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CRÉDITO RURAL: Pleitos do cooperativismo são discutidos com o presidente do Banco Central e com o ministro da Agricultura

O Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) promoveu, na tarde desta quinta-feira (19/05), uma reunião virtual com a presença do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos. Também participaram o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, juntamente com o secretário de política agrícola, Guilherme Soria Bastos Filho, e o diretor de Crédito e Estudos Econômicos, Wilson Vaz de Araújo, ambos do Mapa, e o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado federal Evair de Melo. O objetivo foi reforçar os principais pleitos do cooperativismo em relação ao crédito rural. No dia 2 de maio, a OCB realizou outro encontro com o ministro da Agricultura para tratar do tema e apresentar as propostas do setor para o Plano Safra 2022/23.

Lideranças do setor - Conduzida pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e pela superintendente Tânia Zanella, a reunião desta quinta foi acompanhada por aproximadamente 250 pessoas, entre as quais, diretores da OCB, dirigentes das Organizações das Cooperativas Estaduais (OCEs), lideranças de cooperativas agropecuárias e de crédito dos estados do Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. O Sistema Ocepar esteve representado pelo presidente José Roberto Ricken, 12 diretores e os superintendentes.

Solução conjunta - Freitas agradeceu a oportunidade do cooperativismo estar sendo ouvido pelo presidente do Banco Central e pelo ministro da Agricultura e suas equipes técnicas. De acordo com ele, a ideia é construir uma solução conjunta que contribua para que o agronegócio possa prosseguir desempenhando o importante papel de fornecedor de alimentos para o país e o mundo. “O nosso agro está bem e podemos nos orgulhar disso, pois é resultado do esforço de cada cooperado, de cada produtor rural brasileiro. É como se fosse um bi-trem numa subida. O caminhão é bom, carrega muita carga, mas não pode faltar combustível para que ele continue subindo a estrada”, afirmou.

Abastecimento - “Sabemos das dificuldades que o governo federal tem passado, especialmente quanto ao orçamento. Mas, diante das preocupações que as nossas cooperativas têm manifestado, cabe a nós tentar criar canais que viabilizem o processo de produção sem traumas. Temos a preocupação em manter uma agricultura sustentável e produtiva. Também nos preocupa o abastecimento global e o único país que pode dar uma resposta efetiva a esse problema é o Brasil. Temos potencial para produzir 300 milhões de toneladas ou até mais”, acrescentou.

Apresentação - Na sequência, o coordenador nacional do Ramo Agropecuário do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, que também é presidente da Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus e Sicredi Integração PR/SC, sediadas na Lapa (PR), apresentou as principais demandas do setor cooperativista. Ele destacou que há no país 1,2 mil cooperativas agropecuárias, com um milhão de produtores rurais cooperados e 223 mil trabalhadores de forma direta. “As cooperativas respondem por mais de 50% da safra brasileira de grãos e a maioria dos produtores cooperados são da agricultura familiar”, pontuou.

Pontos de atenção - Baggio afirmou também que os pontos de maior atenção atualmente para o setor são: a elevação dos custos da produção agropecuária, o aumento das taxas de juros, a concentração de mercado e o seguro rural. Enfatizou ainda a necessidade das cooperativas agropecuárias terem condições de dar continuidade aos seus investimentos. “São cerca de R$ 50 a R$ 60 bilhões em investimentos que estão sendo feitos somente neste ano.”

Pleitos - Quanto aos pleitos do setor, o coordenador nacional do Ramo Agropecuário disse que o cooperativismo defende a manutenção da atual arquitetura do crédito rural. O setor também está propondo ao governo federal a disponibilização de R$ 330 bilhões para o Plano Safra 2022/2023, valor 31% superior em relação aos R$ 251,22 bilhões anunciados para a atual safra. Desse total, R$ 234 bilhões seriam destinados ao custeio da safra e comercialização e aproximadamente R$ 97 bilhões para investimentos. As cooperativas estão ainda solicitando a elevação dos percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras. Também, o aumento de recurso alocados para a equalização das taxas de juros no crédito rural, de R$ 13 bilhões para R$ 22 bilhões, e para o seguro rural, de R$ 1 bilhão para R$ 1,8 bilhão.

Ramo crédito - Representando o Ramo Crédito, o diretor do Sicredi, Gustavo Freitas, enfatizou o apoio que o Banco Central vem dando às cooperativas de crédito e o empenho do Ministério da Agricultura na elaboração do Plano Safra. As condições pouco favoráveis, tanto em âmbito nacional como internacional, também foram apontadas por Gustavo. “O agro é indispensável para que possamos passar por esse momento de maior dificuldade”, salientou.

Receptividade - Mais uma vez, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, foi receptivo às proposições apresentadas pelo cooperativismo. De acordo com ele, as colocações feitas por entidades representativas do agronegócio, como a OCB, contribuem para que o governo possa elaborar políticas públicas de acordo com as reais necessidades do setor. “Essas reuniões são fundamentais e os estudos de vocês se aproximam dos nossos e vamos colocar essas propostas na mesa”, frisou.

Plano Safra robusto - Ainda de acordo com Montes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, também tem a expectativa de que seja elaborado um Plano Safra 2022/2023 robusto. “Isso está irradiando em outras esferas de governo. Precisamos estimular a nossa produção”, complementou. Em sua avaliação, há condições de alcançar uma safra nacional de 300 milhões de toneladas em breve. Ele afirmou que, após suas últimas viagens internacionais, pode perceber o que os países esperam do Brasil e a importância do país para assegurar o abastecimento global de alimentos. “O setor agropecuário é uma prioridade absoluta hoje. É um mecanismo para combater a inflação no país e temos uma responsabilidade com o mundo. Cada um pode participar com o seu ativo. Os atores têm que se juntar. O Brasil possui terra, tecnologia e produção para evitar a insegurança alimentar. Esse Plano Safra tem que ser diferente”, disse.

Cadeia global de valor - Da mesma forma, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, afirmou que a instituição irá se empenhar para que sejam viabilizadas condições adequadas ao atendimento das necessidades de crédito rural das cooperativas agropecuárias. “Vamos estudar a pauta e discuti-la com os técnicos. Estamos sempre à disposição para fazer o máximo. A agricultura é fundamental para o Brasil. Precisamos de um Plano Safra excepcional pois há o risco de insegurança alimentar no mundo”, afirmou. Em seu entendimento, os governos de diversos países têm tomado medidas para solucionar apenas suas questões internas, sem um direcionamento que garanta o abastecimento para todos. “A alimentação é uma cadeia global de valor”, finalizou Campos.

Confiante - Em sua participação, o presidente da Frencoop, deputado Evair de Melo, disse que está otimista em relação ao Plano Safra 2022/23. “Tenho confiança que em breve vamos ter notícias muito boas. Vamos ter respostas positivas e avançar. O trabalho está sendo conduzido num ambiente muito positivo”, afirmou.

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