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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3281 | 12 de Fevereiro de 2014

APASEM: Excesso de calor já prejudica produção de sementes de soja no Paraná

Apasem Estiagem (1) (Small)A forte estiagem que atinge toda região Sul do País, em especial o Paraná, preocupa os produtores de sementes de soja. Segundo levantamentos iniciais realizados pela Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do Paraná (Apasem), as perdas podem chegar entre 25% e 30% da área plantada. Para analisar o atual quadro e estudar possíveis medidas que devem ser adotadas pelo setor, membros da diretoria da entidade estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (11/02), em Curitiba, com o presidente da Apasem, Raphael Rodrigo Fróes.

Cadeia produtiva - Segundo Fróes, caso realmente sejam comprovados esses percentuais apresentados na reunião, o Paraná deixará de produzir entre 1 e 2 milhões de sacas de 50 quilos de sementes. “Não é um problema só do Paraná e sim para o país – afirma ele – afinal, a previsão inicial era de um produção normal de 5 milhões de sacas e que poderá cair para 3,5 milhões, somos produtores e exportadores de sementes e atinge toda cadeia produtiva”.

Campos emergenciais – Segundo o presidente da Apasem, a primeira medida para reduzir a falta de sementes de soja na próxima safra é que o Ministério da Agricultura autorize a entidade buscar novos campos emergenciais de produção de sementes de soja em área já cultivadas, mas que não foram registradas junto ao Mapa como áreas para sementes. “Não podemos deixar que essa situação se prolongue por mais tempo, acarretando uma maior quebra na produção, nós não queremos aumentar a produção e sim manter o histórico de produção dos últimos anos e que atenda as demandas no estado e possíveis exportações”, lembra.

Perdas – Para o gerente técnico econômico da Ocepar, Flávio Turra, que também participou desta reunião na Apasem, a situação é preocupante na produção de sementes como também na safra normal de soja e milho. “As previsões iniciais para uma super-safra neste ano, com uma produção estimada em 16,5 milhões de toneladas de soja terão que ser revistas diante das altas temperaturas que estão atingindo as lavouras e também a falta de chuvas para o plantio do milho safrinha no estado”, lembra.

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PRÊMIO OCEPAR: Trabalhos devem ser inscritos até o dia 28 de fevereiro

premio ocepar 12 02 2014Interessados em participar do 10º Prêmio Ocepar de Jornalismo têm até o dia 28 de fevereiro para inscrever seus trabalhos. Podem concorrer matérias veiculadas entre 1º de agosto de 2012 e 28 de fevereiro de 2014. A entrega do Prêmio será realizada em maio. Nesta edição estão vigorando duas novas categorias: o Prêmio Especial Unimed, voltado apenas para matérias sobre saúde e o Prêmio Especial Ramo Crédito, destinado a trabalhos que abordem o cooperativismo de crédito e cujo vencedor vai receber R$ 6 mil cada. “Anteriormente, tínhamos as categorias ramos crédito e saúde e o valor pago era de R$ 3,5 mil e que agora praticamente dobra, como uma forma de incentivo para que mais profissionais possam se interessar e participar”, explica o coordenador da assessoria de comunicação e do Prêmio Ocepar, Samuel Milléo Filho.

Universitário - A categoria Universitário, lançada no ano passado, foi mantida, mas, neste ano, os acadêmicos de Jornalismo poderão inscrever matérias tratando de todos os ramos do cooperativismo, diferentemente do ano passado, que se restringia ao crédito. Será escolhido um ganhador que receberá R$ 2.500,00. Segundo Milléo é uma forma de também valorizar os futuros profissionais jornalistas. “Uma oportunidade para levar o tema para dentro dos cursos de Jornalismo em diversas universidades paranaenses, e propiciar que esses estudantes passem a entender como funciona o cooperativismo e o que ele representa para o desenvolvimento do nosso estado e do país”, lembrou.

Demais categorias – Nas demais categorias Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo e Mídia Cooperativa - a premiação continua a mesma das edições anteriores. Os três melhores trabalhos em cada uma delas vão receber R$ 6 mil (primeiro lugar); R$ 3 mil (segundo lugar) e R$ 2 mil (terceiro lugar).

Espaço - No decorrer desta primeira década de existência, o Prêmio Ocepar de Jornalismo vem conquistando um importante espaço entre profissionais, empresas e entidades de representação. Segundo Milléo, “no ano retrasado, o site da Associação Nacional de Jornais (ANJ) destacava o Prêmio Ocepar de Jornalismo como um dos melhores do Brasil, devido à sua continuidade e pela forma como é realizado. Completar 10 anos é uma conquista, não só para a Ocepar, mas também para o cooperativismo paranaense e entidades de classe”, afirmou. Ele faz questão de destacar que esta premiação do jornalismo paranaense chega até esta sua primeira década graças ao importante apoio financeiro do Sicredi Paraná e da Unimed Paraná, além do apoio institucional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor), que passa a ser fortalecido com as presenças do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

O Prêmio - O concurso é realizado desde 2004 com o objetivo de premiar os melhores trabalhos e profissionais da imprensa que atuam nos veículos de comunicação do Paraná e também das cooperativas paranaenses. O Prêmio Ocepar de Jornalismo tem ainda o propósito de divulgar a importância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do Paraná e do Brasil. Desde que foi criado, já recebeu um total de 630 trabalhos inscritos em telejornalismo, radiojornalismo, jornalismo impresso e mídia cooperativa. Somente na edição passada, houve 85 matérias inscritas.

Lançamentos regionais - Para divulgar o Prêmio, foi realizada uma série de lançamentos regionais pelo Paraná nos meses de outubro e novembro nas cidades de Curitiba, Cascavel, Palotina, Toledo, Francisco Beltrão, Pato Branco, Ponta Grossa, Guarapuava, Apucarana, Londrina, Maringá e Campo Mourão.

Serviço – Mais informações pelo fone (41) 3200-1150, e-mail: jornalismo@sistemaocepar.coop.br. A ficha de inscrição e o regulamento estão disponíveis no Portal: www.paranacooperativo.coop.br.

 

LAR: Cooperativa realiza AGO e apresenta crescimento nos seus 50 anos

A Lar chega aos 50 anos com uma sólida marca de evolução e aparece entre as quatro maiores cooperativas do Paraná. Graças a um sistema de gestão compartilhada e atuação diversificada, registrou em 2013 o extraordinário salto de 19,39% em seu faturamento bruto anual (cerca de R$ 2,7 bilhões), enquanto que o PIB brasileiro ficou pouco acima dos 3%. Considerando todas as áreas em que atua, a Lar obteve no ano passado o maior crescimento de sua história, reforçando o sonho de um grupo de 55 produtores rurais que no dia 19 de março de 1964, na cidade de Missal, criou a Cooperativa Mista Agrícola Sipal Ltda, sob inspiração direta da Igreja Católica.

AGO - A cooperativa conta hoje com 9.199 associados e 6.461 funcionários, atuando nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul e também no Paraguai. A produção de sementes de soja passou de 163.202 sacas em 2012 para 210.325 em 2013 e a de milho saltou de 70 milhões para quase 100 milhões no mesmo período. “O melhor desempenho da história é um presente para todos aqueles que não desistiram porque queriam um futuro melhor para os seus familiares”, ressaltou na oportunidade o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues. Um completo relatório e balanço dos resultados obtidos foram apresentados pela diretoria da cooperativa Lar, durante Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 31 de janeiro, no salão de festas da Igreja Matriz de Medianeira, com a presença de 606 cooperados, membros da diretoria executiva, dos conselhos de administração e fiscal, do deputado federal, Dilceu Sperafico, do deputado estadual Élio Rusch e do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski e demais autoridades.

Desenvolvimento regional- O diretor presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues ressalta o crescimento pelo terceiro exercício seguido na taxa de 20 por cento e sublinha que 2013 foi o melhor ano na história da cooperativa. Para atender o associado e sustentar o crescimento foram investidos R$ 151 milhões em 2013, com ênfase na qualificação das pessoas e certificações de processos. “A cooperativa teve a sabedoria de distribuir sobras aos associados, pagar 14º salário aos funcionários e assegurar reservas pra cumprir seus compromissos e continuar se expandindo”, acentua. O diretor-presidente destaca que a Lar chega aos 50 anos no seu melhor momento e se transformou em uma locomotiva de desenvolvimento para a região, viabilizando as pequenas propriedades, gerando emprego e renda. Por isso, explica, “comemoramos nosso primeiro meio século de existência reverenciando o passado para sermos ainda melhores nos próximos 50 anos”.

Diversificação - Para 2014, a Lar projeta diversas inaugurações e deverá continuar crescendo no mesmo ritmo dos últimos três anos. Vai ampliar as atividades de diversificação à pecuária, como forma de gerar oportunidades e viabilizar as pequenas propriedades, incrementando ainda mais o processo industrial e as exportações. “A modernização da gestão, os investimentos nas pessoas e a melhoria dos processos são as prioridades”, aponta Irineo da Costa Rodrigues.

Aniversário- Essa história de bons resultados estará em evidência nos meses de fevereiro e março. No próximo dia 19 no Clube Esportivo Social União Medianeirense acontece o lançamento do livro comemorativo aos 50 anos, intitulado “Uma História de Cooperação, Atitude e Amor”, escrito pelo jornalista Eloy Olindo Setti. Dias 18 e 19 de março as atenções se voltam para Missal e Medianeira, que terão uma série de atividades para festejar o cinquentenário da tradicional cooperativa, incluindo eventos, shows e homenagens. O ponto alto será a inauguração da nova sede administrativa, localizada às margens da BR-277, na entrada de Medianeira.  (Com informações da Assessoria de Imprensa da Lar)

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SISTEMA OCB: Divulgado relatório mensal sobre ações de janeiro

sistema ocb 12 02 2014A transparência é a marca das entidades que compõem o Sistema OCB. Foi divulgado segunda-feira (10/02), o Relatório Mensal, que apresenta as ações realizadas ao longo do mês de janeiro. “A intenção é prestar contas das ações desenvolvidas no mês aos diretores, representantes dos ramos e dirigentes das unidades estaduais, apresentando a evolução dos projetos priorizados pelo Conselho para este ano. Desta forma, os líderes terão condições de acompanhar o andamento e propor novas estratégias para o cumprimento das metas, estreitando, cada vez mais, os laços com a base”, considera Tânia Zanella, gerente geral do Sistema OCB. Números importantes constam do documento. Por exemplo:

- 900 mil – É o número de associados ligados a cooperativas do ramo Infraestrutura a serem beneficiados com uma aproximação ainda maior entre o Sistema e a Aneel. O segmento passa a contar com um interlocutor na agência: o assessor da diretoria, Antônio Erthal.

- 34 - É o total de participantes da Oficina de Planejamento para a definição dos Cenários e Desafios do Cooperativismo. Os debates foram enriquecidos com visões de diretores, conselheiros e representantes das unidades estaduais e da Nacional.

- 77 - É o total de notícias publicadas na mídia durante o mês de janeiro – fazendo referência ao trabalho do Sistema OCB e à importância do movimento cooperativista brasileiro. O maior destaque ocorreu em ambiente web.

Acesse o Relatório de Análise Crítica por aqui.

Leia aqui a íntegra do relatório!

 

EDUCACIONAL: Ramo terá diagnóstico nacional

A partir do mês que vem, cooperativas do ramo Educacional de todo o País receberão o segundo questionário, cujas respostas subsidiarão a elaboração do diagnóstico do ramo. A notícia foi anunciada nesta terça-feira (11/02), durante reunião do Conselho Consultivo, realizada em Brasília.

Destaque - O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, fez questão de participar da abertura do evento. Após saudar os membros do conselho, ele comentou sobre o quanto o ramo Educacional tem se destacado. “Cada vez mais, as cooperativas têm conseguido o respeito da sociedade, pois elas são uma solução eficiente de inclusão social e de formação de mão de obra”, analisa.

Aproximação- A gerente geral, Tânia Zanella, espera que o resultado do diagnóstico aproxime, ainda mais, as cooperativas do ramo Educacional ao dia-a-dia do Sistema OCB. “Temos o programa ‘Portas Abertas’ que é uma excelente oportunidade para as cooperativas compreenderem a função do Sescoop, da OCB e da CNCoop – casas que compõem o sistema”, enfatiza Tânia.

Cronograma – De acordo com o representante do ramo, Ricardo Lermen, a aplicação do segundo questionário obedecerá a um cronograma. “Um documento oficial circulará, ainda neste mês, para sensibilizar as cooperativas sobre a importância de participar desta segunda fase. Em março, elas receberão o questionário e serão os focos da mobilização regional a ser realizada pelas unidades estaduais; em abril, será elaborado o panorama da segunda etapa. Maio e junho são os meses de elaboração do diagnóstico e, em agosto, acontecerá a entrega do Sistema OCB”, informa Lermen.

Breve histórico- O diagnóstico é uma ferramenta encontrada pelo Sistema OCB para levantar informações, demandas e necessidades das cooperativas escolares do ramo educacional de todo o País. A primeira etapa foi realizada entre os meses de agosto e setembro do ano passado.

Etapa inicial- No primeiro momento, representantes das cooperativas foram entrevistados com a finalidade de perceber o perfil da cooperativa e o que ela sabe sobre as ações políticas e institucionais, realizadas pelo Sistema OCB.

Informações - Dentre outras informações, apurou-se o seguinte: quase 39% das cooperativas têm entre 15 a 24 anos de atuação; 83% têm uma unidade escolar; e 61% definem os temas “tributação” como prioridade nas políticas voltadas ao setor;

Desafios - Na segunda etapa, as cooperativas responderão a questionários que levantarão os desafios encontrados na hora de tomar financiamentos e, também, em relação a questões tributárias. (Informe OCB)

ARMAZENAGEM: Mapa vai exigir certificados de armazéns a partir de março deste ano

O Ministério da Agricultura por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário (SDC) vai começar a exigir, a partir de março deste ano, a certificação para todas as unidades armazenadoras que prestam serviços remunerados de armazenagem para produtos de terceiros, inclusive em estoques públicos.

Determinação - De acordo com o secretário da SDC, Caio Rocha, a determinação para a certificação deveria ter começado a ser cumprida assim que a Instrução Normativa nº 31, de 10 de outubro de 2008, foi assinada, determinado que o Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras teria início em dezembro de 2009, mas foi prorrogada por diversas vezes. 

Reuniões - A partir de agora, a SDC dará início a uma série de reuniões com as Secretarias Estaduais de Agricultura, representantes dos produtores, unidades da Conab, Superintendências Federais de Agricultura e entidades vinculadas ao setor, para deixar clara a necessidade da certificação, instruindo as entidades sobre o processo para se obter o certificado.

Base - Vale ressaltar que a certificação de unidades armazenadoras está baseada em três fatores. São eles: os requisitos técnicos operacionais, a capacitação da mão-de-obra que trabalha nos armazéns e ainda a documentação que comprova o manejo adotado pelo armazenador. (Mapa)

CARNE BOVINA: Rússia libera exportações de dois estabelecimentos

O site do Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) publicou oficialmente na segunda-feira (10/02), a liberação de dois frigoríficos brasileiros exportadores de carne bovina. “O resultado deste processo deve-se às ações do Ministério e do setor produtivo nacional”, destacou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade.

SIF - O SIF 1251 (Frigorífico Astra do Paraná) e o SIF 2153 (VPR Brasil Importações e Exportações) foram aprovados para exportarem para a Rússia a partir do dia 10 de fevereiro de 2014. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (SRI/Mapa), Marcelo Junqueira, a boa notícia contrapõe restrições anteriores. “Isso fará com que o abastecimento russo seja reforçado e as exportações brasileiras continuem crescendo”, afirmou Marcelo. (Mapa)

GRÃOS I: A colheita avança no Paraná e indefinição sobre safra persiste

graos I 12 02 2014A nova expectativa da safra de grãos 2013/14 será divulgada no fim de fevereiro, de acordo com a periodicidade mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento. O levantamento deverá refletir a situação climática atual e um possível agravamento caso persista o quadro de estiagem e elevadas temperaturas no campo.

Alerta - Nos últimos 15 dias, essa situação deixou em alerta os produtores paranaenses e os técnicos do Deral. No mês passado, havia uma perspectiva de safra recorde de soja, estimada em 16,5 milhões de toneladas, que já incluía um pequeno recuo de produtividade, em função da estiagem de dezembro de 2013. Com a manutenção do clima seco e elevadas temperaturas, o Deral adianta que certamente ocorrerão prejuízos às lavouras de soja e de milho da primeira safra.

Pesquisas de campo- De acordo com pesquisas de campo que estão sendo feitas, as áreas de soja colhidas, que passaram de 4% em janeiro para 20% nesta semana, continuam apresentando produtividades variadas, situação que deve ser mantida para as próximas áreas em virtude deste fevereiro seco. As lavouras consideradas boas compunham 94% da área em janeiro, passando nesta semana a apenas 66%, com outras 28% em situação média e 6% consideradas ruins.

Milho - O milho de primeira safra também teve uma piora, podendo resultar em perdas. Para a segunda safra da cultura a situação também preocupa, pois além de prejudicar as áreas já plantadas, há uma desaceleração do ritmo dos trabalhos de campo, fazendo com que os agricultores percam o momento mais adequado do plantio. Para a segunda safra de feijão a situação é semelhante, segundo o Deral.

Chuvas - De maneira geral, a situação pode se estabilizar caso ocorram chuvas significativas com a entrada da frente fria previstas pelo Simepar para esta quinta-feira (13/02) no Estado, porém a Secretaria da Agricultura informa que inevitavelmente haverá redução do potencial produtivo estimado. (Agência de Notícias do Paraná)

 

GRÃOS II: Governo lança Operação Safra 2014 para agilizar embarque

graos II 12 02 2014O governador Beto Richa lançou nesta terça-feira (11/02), em Curitiba, a Operação Safra 2014, uma ampla campanha de comunicação direcionada a exportadores e caminhoneiros, que tem por objetivo garantir o bom escoamento da safra de grãos, sem a formação de filas nos acessos ao Porto de Paranaguá. A Operação Safra é realizada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Paranaguá é o segundo maior porto brasileiro e o primeiro em movimentação e exportação de grãos do País. Para a safra deste ano, a expectativa é movimentar entre 17 milhões e 20 milhões de toneladas de grãos. São esperados mais de 440 mil caminhões.

Diferencial - Nesta segunda edição, a Operação Safra tem como diferencial o fato de, além de tratar das questões de filas, orientar os atores do sistema para evitar o acúmulo de resíduos nas vias de acesso aos portos. O cuidado com o meio ambiente é um dos motes principais da campanha de comunicação deste ano. Diferentes materiais informativos serão distribuídos aos caminhoneiros e exportadores, explicitando as regras de recepção dos grãos.

Expectativa - “Não tenho dúvida de que será um sucesso, a exemplo do ano passado, quando não tivemos filas quilométricas de caminhões. Mais uma vez demonstramos a organização do nosso porto e o bom planejamento feito pelos dirigentes, com uma gestão profissional e ética, que tem alcançado extraordinários resultados”, afirmou o governador no lançamento, junto com o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e o superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino.

Modelo - O governador ressaltou que a própria Agência Nacional de Transporte Aquáviários (Antac) coloca o Porto de Paranaguá como modelo de gestão para os demais portos brasileiros e que dirigentes de outros terminais, em especial de Santos, visitam o Paraná para conhecer o modelo de gestão adotado.

Área estratégica- “Isso é resultado da visão do governo estadual que tem o porto como área estratégica para o desenvolvimento do estado. Um porto moderno e mais eficiente contribui para redução do custo de produção e torna os produtos brasileiros mais competitivo”, afirmou Richa. Ele disse que os investimentos no terminal para melhor escoamento da safra é fruto do trabalho integrado entre o governo estadual, em parceria com as federações e entidades que representam os transportadores de cargas e o agronegócio. Além dos investimentos em compra de equipamentos e dragagens, o porto realiza a distribuição de senhas, programação do desembarque, ampliação do pátio de triagem e melhorias nos acessos ao porto.

Comunicação e meio ambiente– O superintendente do Porto de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino, ressaltou que o foco da campanha deste ano não está somente no processo de logística, na descarga dos caminhões. “Queremos agregar e utilizar a ferramenta de comunicação, para ter ganhos na área de responsabilidade social e no cuidado com a cidade”, afirmou ele, na solenidade.

Trabalho intenso- O secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho, ressaltou o sucesso da Operação Safra e lembrou que, desde agosto de 2011, não são registradas filas nos acessos aos portos. Com a expectativa de mais uma super safra, o trabalho da administração dos portos será ainda mais intenso.

Caminhões - “O porto organizou o desembarque de caminhões, ofertando mais qualidade de trabalho ao caminhoneiro e permitindo que ele possa retornar ao seu local de origem mais rápido e fazer novos fretes”, disse Richa Filho. Em média um caminhão leva até quatro horas para descarregar em Paranaguá. Na gestão passada do Porto, levava até três dias.

Produtivo - Janeiro de 2014 se mostrou o mais produtivo da história dos portos paranaenses e isso vem se repetindo em fevereiro. Até esta segunda-feira (10/02) foram exportados 1,4 milhão de granéis, com aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2013. O número de caminhões recebidos também aumentou. Foram 32,2 mil caminhões até o dia 10 de fevereiro, um aumento, também, de 25% em relação ao ano passado. Para 2014, a expectativa da Appa é que o escoamento de grãos seja 12% superior e a quantidade de caminhões graneleiros recebidos supere a marca dos 400 mil.

Materiais - A Operação Safra 2014 conta com materiais como folders (em versão impressa e virtual), com mapas das rotas até terminais de carga e descarga; totens na entrada dos terminais; outdoors e placas (nas estradas do Interior, na descida da Serra do Mar e na cidade, tanto nos acessos ao Porto quanto no Pátio de Triagem); entre outros materiais, com o mesmo objetivo de estabelecer diálogo e trazer o transportador para junto da Appa, na ordenação do fluxo durante o escoamento da safra e na manutenção da limpeza – fator que direta e indiretamente também gera consequências ao trânsito na estrada e na cidade.

Lançamento setorial- A partir da próxima semana, a Operação começa a ser lançada setorialmente nas principais regiões do Paraná. Ações nos postos da Polícia Rodoviária Federal serão realizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel e Maringá, com o objetivo de conversar com os caminhoneiros, apresentar a campanha. O material informativo será distribuído nas praças de pedágio das concessionárias de rodovias, parceiras na ação (CCR, Ecovia e Ecocataratas).

Blitz - Em Paranaguá, no entorno do porto e no pátio de triagem, serão realizadas blitz para distribuição de lixeiras para os caminhões e sacos de lixo reforçados, que deverão ser usados para acondicionar os grãos residuais das caçambas. Os motoristas serão orientados a realizar as varreduras em local apropriado, para evitar acúmulo de sedimentos nas vias. Da mesma forma, os operadores portuários serão informados a garantir a limpeza do entorno dos terminais, fazendo uso de mecanismos para evitar o derramamento de carga.

Retrospectiva – A nova campanha segue a campanha de 2013, quando as regras para cumprimento do Sistema Carga Online se tornaram mais rígidas e o Governo do Estado promoveu um grande debate com todos os atores intervenientes do sistema, até conseguir ajustar as regras da melhor maneira possível.

Inclusão- Pela primeira vez os caminhoneiros foram incluídos no processo de recebimento da safra, recebendo comunicação exclusiva e especial, indicando de que maneira poderiam contribuir para o bom escoamento da safra.

Origem dos grãos – Dos 388.266 caminhões que chegaram ao Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, em 2013, quase 264 mil têm origem no próprio Estado. Entre as principais dez regiões produtoras e exportadoras do Paraná estão Londrina, Ponta Grossa, Maringá, Campo Mourão, Guarapuava, Toledo, Cascavel, Palmas e Goioerê.

Outros estados- Além do Paraná, exportam grãos pelo Porto de Paranaguá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rondônia, em ordem de quantidade de caminhões. (Agência de Notícias do Paraná)

 

LEGISLAÇÃO: Paraná vai exigir destinação correta de medicamentos vencidos

No Paraná, o descarte adequado de medicamentos em desuso é determinado por lei. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Secretaria da Saúde irão notificar e multar os fabricantes, importadores, distribuidores e revendedores de medicamentos que não apresentarem, até o dia 23 de abril, um plano de destinação dos medicamentos em desuso.

Legislação - O Paraná possui uma lei pioneira no país, em vigor desde outubro, que determina o descarte adequado de todos os resíduos de medicamentos, de uso humano ou veterinário e que é reconhecida como modelo por representantes de entidades da área de saúde e do meio ambiente. A lei, regulamentada em outubro, deu um prazo de 180 dias para o setor se adequar.

Contaminação - O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, explica que os medicamentos contaminam a água e o solo e podem provocar reações adversas como intoxicação de animais e pessoas. “São resíduos tóxicos para o meio ambiente e perigosos para a saúde que precisam ser devolvidos ao lugar certo a fim de que sejam neutralizados, melhorando a qualidade de vida de todos”, afirma Cheida.

Medida imediata- Em reunião realizada, nesta segunda-feira (10/02), entre técnicos das Secretarias da Saúde e Meio Ambiente, foi definida uma medida imediata para alertar a todos os envolvidos na cadeia produtiva de medicamentos. "Vamos convocar os principais fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de remédios para alertar sobre o prazo limite para apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos", informou o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária Estadual da Secretaria da Saúde, Paulo Costa Santana.

O que diz a lei- A medida atende a Lei 17.211/2012 e ao decreto 9.213, assinado pelo governador Beto Richa, em 23 de outubro de 2013, que regulamenta a lei estadual. A legislação prevê um prazo de 180 dias, a partir da assinatura do decreto, para que os setores envolvidos apresentem um documento apontando as ações para destinar adequadamente os remédios fora de uso. As multas podem variar de R$ 7.172 a R$71.720 por estabelecimento. Em caso de reincidência, as multas poderão dobrar de valor.

Obrigação - Conforme a Lei, os estabelecimentos que comercializam ou distribuem medicamentos - incluindo farmácias, drogarias, clínicas, hospitais, lojas de produtos animais, entre outros - são obrigados a aceitar a devolução dos medicamentos usados, vencidos ou inservíveis. Em contrapartida, os fabricantes, importadores e distribuidores são obrigados a coletar e destinar adequadamente os medicamentos descartados nos pontos de recolhimento. Os estabelecimentos deverão apresentar um registro dos volumes de remédios coletados, notas de transporte e de tratamento e/ou destinação final em local licenciado para este fim.

Evitar descarte- A legislação pretende evitar o descarte de remédios, como comprimidos, xaropes e pomadas, entre outros, em lixo comum ou rede de esgoto. A lei prevê a responsabilidade compartilhada de fabricantes, comerciantes e consumidores pelo descarte correto de remédios vencidos. “Cada um tem o seu dever. As atribuições devem ser divididas de uma forma que todos possam colaborar”, destacou o coordenador de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente, Laerty Dudas.

Responsabilidade compartilhada- Ele lembra, que a responsabilidade compartilhada pelos resíduos sólidos gerados em diferentes setores está presente na Lei Nacional de Resíduos Sólidos 12.305/2010 e também na Lei 6938/1981. "O recolhimento não está sendo feito no Paraná e não podemos permitir que os remédios fora de uso continuem sendo armazenados nas residências das pessoas ou sendo descartados no meio ambiente", reforçou Dudas.

Cobrança - A responsável pela Divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Secretaria da Saúde, Jussara Serviato dos Santos, disse que a partir do dia 23 de abril, todas as vigilâncias sanitárias municipais irão cobrar o cumprimento da lei estadual.

Modelo - A lei paranaense que define regras para a destinação de remédios é vista como modelo por representantes de entidades da área de saúde e do meio ambiente. “A lei aprovada e sancionada no Paraná está sendo utilizada como referência para outros estados”, afirmou Simone Ribas, assessora do Núcleo de Regulação e Boas Práticas da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente)

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INFRAESTRUTURA: Estado libera licença ambiental para ampliação de aeroportos no Interior

infraestrutura 12 02 2014O Governo do Paraná deu a autorização ambiental para as obras de ampliação de três aeroportos no interior do Estado: Guarapuava, Pato Branco e Toledo. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) licenciou os três locais, atendendo pedido do Banco do Brasil, que é o agente financiador e que priorizou estes três aeroportos. Além disto, o Paraná está aguardando repasse dos recursos do governo federal para a construção do terminal de Cascavel, que deve começar ainda neste mês.

Melhoria- “O Estado está fazendo a sua parte e agilizando os processos para a viabilização dos investimentos federais, que irão permitir a melhoria da infraestrutura aeroviária do Estado”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. “Estes investimentos da União se somarão aos recursos estaduais, que até dezembro de 2014 ultrapassarão a R$ 50 milhões aplicados em aeroportos municipais”, afirmou o secretário

IAP - No Instituto Ambiental do Paraná, os processos de análise dos pedidos ambientais demoraram dois meses. Os técnicos do IAP trabalharam para atender a demanda do Banco do Brasil, evitando atrasos nos cronogramas para construção dos terminais e melhorias de pistas. "O IAP trabalhou rápido para emitir as licenças ambientais, pois esta é uma exigência para liberação do recurso. Tudo foi feito de forma técnica e rápida para que todas as exigências legais fossem cumpridas e o meio ambiente respeitado", disse o presidente IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Outros pedidos- Além destes aeroportos, há outros pedidos ambientais que estão sendo avaliados pelo IAP, conforme cronograma definido com o Banco do Brasil. A Secretaria de Infraestrutura também está dando suporte técnico ao BB, inclusive na avaliação de inventários e também na ajuda em desapropriações.

Aeroporto Cascavel- Além da liberação das licenças ambientais, a Paraná Edificações, autarquia da Secretaria de Infraestrutura, está aguardando a liberação de parte de R$ 5 milhões do governo federal para a construção do terminal de passageiros do aeroporto de Cascavel. Na semana passada, a Paraná Edificações encaminhou o contrato à União e espera iniciar a obra até o dia 20 deste mês.

Capacidade - O novo terminal vai dobrar a capacidade de passageiros, que passará de 200 mil/ano para 400 mil. “Cascavel é o maior polo econômico da região. A ampliação do terminal irá trazer mais turistas à cidade e impulsionar o potencial econômico e social de Cascavel e dos municípios vizinhos”, disse o diretor-geral da Paraná Edificações, Luiz Fernando Jamur.

Categoria - A expectativa é que, com a obra finalizada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aumente a categoria do aeroporto . O novo terminal do aeroporto terá 2,5 mil metros quadrados e o projeto inclui sala de embarque com capacidade para 150 passageiros sentados, além de um novo sistema de esteira de bagagens, lojas, área de check-in e praça de alimentação, entre outras melhorias.

Obra estruturante- Essa é a segunda obra estruturante da qual o governo estadual participa no aeroporto de Cascavel. O Estado repassou recursos para ampliação da pista, que foi inaugurada em outubro. A obra teve investimento de R$ 8 milhões e agora permite que a cidade receba qualquer tipo de aeronave.

Afonso Pena– O Governo do Paraná também aguarda uma posição do governo federal no processo de desapropriação dos terrenos no entorno do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. No ano passado, a Secretaria de Infraestrutura encaminhou ao Ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, uma solicitação para que o Paraná tivesse também recursos federais na desapropriação dos terrenos, tal como aconteceu no Ceará, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Estimativa - A Secretaria de Infraestrutura estima que o valor da desapropriação vai equivaler aos investimentos federais de modernização do Afonso Pena, que estão avaliados em mais de R$ 300 milhões. “O Governo do Paraná quer viabilizar a modernização do Afonso Pena, mas os custos da desapropriação são muito altos e o Estado já investiu mais de R$ 127 milhões em desapropriações no entorno do Afonso Pena. Agora a União também precisa aportar recursos na desapropriação”, disse José Richa Filho. (Agência de Notícias do Paraná)

 

INTERNACIONAL: Crise argentina pode tirar 0,2 ponto do PIB brasileiro em 2014

internacional 12 02 2014A indústria, que avançou apenas 0,3% no último semestre do ano passado, na comparação com igual período de 2012, tende a ser a principal afetada pela crise argentina, que se agravou desde a desvalorização de mais de 20% do peso no mês passado. Como boa parte das exportações do Brasil para o país é de produtos manufaturados, a provável redução das importações argentinas pode tirar algo como 0,2 ponto percentual do crescimento brasileiro em 2014, de acordo com economistas consultados pelo Valor.

Revisão - Em função de cenário econômico adverso enfrentado pelo país vizinho e os potenciais efeitos sobre a indústria brasileira, a Nomura Securities revisou de 1,7% para 1,5% a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano. Para Tony Volpon, diretor-executivo e chefe de pesquisas para mercados emergentes das Américas da Nomura, essa revisão foi conservadora, já que ainda há pouca clareza em torno dos desdobramentos que o início de ano turbulento na Argentina terá ao longo de 2014.

Dependência - Volpon avalia que como a indústria brasileira é bastante dependente da Argentina, a crise não traz apenas um choque negativo para as exportações, mas também para o setor industrial, que tem uma cadeia de produção mais longa, e para os investimentos. Do total de exportações para o vizinho em 2013, 76% foram de produtos manufaturados, índice que ficava em torno de 70% em meados da década passada.

Variações - De acordo com modelos econométricos usados pelo Nomura, variações de um ponto percentual na produção industrial argentina estão associados a mudanças de 0,6 ponto percentual na indústria brasileira. Assim, caso a indústria argentina, que nos três meses encerrados em novembro cresceu cerca de 3% sobre igual período do ano passado, fique estagnada nos três meses seguintes, a indústria brasileira, que cresceu a uma taxa de 1,1% no mesmo período, pode ser até 0,72% menor ao fim de 2014, o que reduziria o PIB doméstico em 0,2 ponto, para 1,5%.

Redução de compras- Na avaliação de Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, a Argentina vem reduzindo as compras de produtos brasileiros desde a segunda metade do ano passado, quando o crescimento do país teve desaceleração forte. Na média, estima a LCA, o país cresceu 5% no ano passado, mas esse avanço foi bastante concentrado nos primeiros seis meses do ano. Na segunda metade de 2013, a economia argentina deve ter encolhido a uma taxa anualizada de 4%, o que levou a uma queda de 5% das exportações brasileiras para lá na comparação com o primeiro semestre, de acordo com a série dessazonalizada pela LCA. Entre janeiro e junho de 2013, com o impulso das exportações de veículos, a alta havia sido de 19%, na comparação com o segundo semestre de 2012, sempre de acordo com a série com ajuste da consultoria.

Continuidade - Assim, diz Borges, os números da balança de janeiro deste ano refletem a continuidade desse processo, agravado pela desvalorização cambial e pelas restrições a importações, como o objetivo anunciado pelo governo de reduzir as compras de automóveis de maior valor agregado em até 27,5% neste ano. Em janeiro, as vendas do Brasil para a Argentina caíram 13,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A retração foi puxada principalmente pelo setor automotivo.

Veículos - As vendas de veículos para a Argentina caíram 14,7% em janeiro, enquanto as exportações de partes e acessórios foi 26% menor, na mesma comparação. Em 2014, estima a LCA, a Argentina não deve crescer e as vendas do Brasil para a país vão recuar 15%, o que, isoladamente, poderia "roubar" até 0,3 ponto percentual do PIB brasileiro em 2014,

Outros fatores- A LCA, no entanto, revisou sua estimativa em 0,1 ponto percentual, de 2,4% para 2,3%, porque outros fatores vão parcialmente compensar esse efeito. Os Estados Unidos e a Europa, por exemplo, têm mostrado dados de atividade um pouco mais fortes e podem impulsionar o setor externo, enquanto as perspectivas para a safra agrícola deste ano estão melhorando, diz Borges. O setor industrial, no entanto, tende a ser mais afetado e a expectativa de crescimento da indústria de transformação passou de 2% para 1,3% em 2014.

Cálculo - Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Capital Asset, calcula que a crise argentina pode tirar algo como 0,25 ponto percentual do crescimento brasileiro em 2014 e por isso revisou sua projeção de avanço do PIB doméstico para este ano de 2% para 1,75%. Para Velho, ao longo dos próximos meses, a desvalorização da moeda argentina, em relação ao real e em termos reais (ou seja, levando em conta estimativa de inflação de 6% no Brasil e de 40% na Argentina) deve ser de 11%. A redução da renda por causa dos ajustes contracionistas em curso, como a alta de juros, também é um fator a diminuir a demanda por produtos nacionais.

Curto prazo- A situação pode se agravar no curto prazo por causa dos relatos de que restrições têm sido impostas à compra de dólares, especialmente por importadores. Diante desse contexto, diz o economista, as exportações do Brasil para o país vizinho devem cair de US$ 19,6 bilhões em 2013 para US$ 17,4 bilhões em 2014. O saldo na balança comercial brasileira, no cenário de referência, com queda de 0,75% do PIB argentino em 2014, foi reduzido de US$ 9 bilhões para US$ 6,8 bilhões.

Fraqueza - Para cada 10% de queda das exportações para a Argentina, o crescimento do PIB brasileiro pode diminuir em 0,2 ponto percentual em 2014, estima Aurélio Bicalho, economista do Itaú. Em sua avaliação, a queda das exportações já observada em janeiro pode se acentuar ao longo do ano. "A importação reage muito rapidamente a mudanças na taxa de câmbio, mas o efeito mais intenso tende a ser visto nos próximos meses." O cenário para a atividade industrial no Brasil, avalia, é de fraqueza. A retração de 3,5% da atividade nas fábricas em dezembro, o aumento dos juros e a confiança em patamar baixo já eram riscos para o cenário atual e a piora na Argentina traz uma fonte adicional de incerteza.

Setores específicos- Para Alexandre Bassoli, economista-chefe do Opportunity, de modo geral, a deterioração do quadro na Argentina não ajuda a indústria brasileira, mas possivelmente não é um efeito de primeira ordem, já que a economia brasileira é fechada e o comércio internacional diversificado. Para Bassoli, são alguns setores específicos, como o automobilístico, que vão sofrer mais do que a média, porque concentram boa parte das vendas externas para a Argentina. Mesmo assim, Bassoli avalia que a economia vai desacelerar em 2014, com crescimento de 1,6%, devido ao cenário de aumento de incertezas e à estagnação da produtividade, que pioram o ambiente para os investimentos. (Valor Econômico)

 

OMC I: Para Azevêdo, países emergentes ainda são "motor importante" da expansão mundial

omc I 12 02 2014As economias emergentes continuarão sendo um "motor importante" da expansão do comércio mundial em 2014, avalia o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo. Segundo ele, os emergentes continuam com taxas de crescimento "mais vantajosas e interessantes" que as economias desenvolvidas. "Os emergentes não estão com o mesmo vigor, a mesma pujança dos primeiros momentos que se seguiram à crise global, mas isso é natural", afirmou Azevêdo. "Sabia-se que aquela pujança ia diminuir um pouco, porque os efeitos da crise iam chegar ali."

Inevitável - Para o diretor da OMC, "era inevitável" que os efeitos da crise chegassem aos emergentes em certo momento. "Mas é confortante ver que, apesar de todos esses efeitos, eles continuam evitando deflação, recessão."

Relatório - Conforme relatório da OMC aos países-membros, em 2013 o comércio internacional cresceu abaixo dos 2,5% previstos. Para 2014, a entidade agora fala em expansão de 4% a 4,5%, quando antes era mais incisiva no segundo percentual. Calcula que a expansão das trocas globais continuará abaixo da média histórica de 5,5% dos anos 90. Para analistas, o comércio mundial não cresce mais pela falta de demanda, e não por barreiras impostas por bom número de países.

Riscos - Embora veja o terreno sendo gradualmente pavimentado para um crescimento mais acelerado das exportações, a OMC alerta para vários riscos que pesam sobre a economia global e que podem mudar esse cenário.

Exemplos - Exemplifica com efeitos da retirada da política monetária excepcionalmente expansionista nos EUA; negociação sobre o limite de divida dos EUA; ameaça de deflação e persistente crescimento baixo na zona do euro; expectativa de consolidação fiscal no Japão; e uma desaceleração mais forte no crescimento dos emergentes.

AL e Ásia- Parece claro que as turbulências na América Latina e Ásia, dependendo de sua persistência, vão enfraquecer a demanda por bens e serviços originários da zona do euro, EUA e Japão, podendo arranhar a incipiente recuperação dos desenvolvidos, concordam analistas. Isso é ainda mais importante, quando se considera que, apesar da desaceleração das economias emergentes, esses países ainda respondem por uma fatia maior que a dos países mais ricos no crescimento do comércio internacional. (Valor Econômico)

 

OMC II: Programa de subsídio para exportador é questionado pela União Europeia

Na disputa aberta contra o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), a União Europeia (UE) contesta também, além do Inovar Auto, o programa para o setor automotivo, e a Zona Franca de Manaus, a existência do Recap, programa que dá vantagem fiscal a exportadores brasileiros. Na primeira consulta bilateral sobre o contencioso, nesta quinta e sexta-feira (13 e 14/02), em Genebra, os europeus vão insistir que o Recap, ou Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras, é proibido pelas regras da OMC.

Reclamação - A União Europeia reclama que, pelo programa, o Brasil suspende a cobrança de PIS-Pasep, Cofins, PIS-Pasep Importação e Cofins-Importação para companhias "predominantemente exportadoras", ou seja, que obtiveram pelo menos 50% de seu faturamento vendendo para o exterior no ano precedente. Bruxelas alega que trata-se de programa de subsídios condicionado a desempenho exportador e por isso ilegal.

Centro da queixa- O Recap é outro programa que a UE desenterrou na briga contra o Brasil. Bruxelas não tinha mencionado esse incentivo, em reclamações que vinha fazendo periodicamente em comitês da OMC. O centro da queixa europeia é o Inovar Auto e taxas no setor automotivo, desonerações na indústria de eletrônicos, vantagens para bens produzidos em zonas francas e tambem benefícios para exportadores, conforme documento submetido por Bruxelas à OMC.

Lista - A UE lista 55 decretos, leis, portarias e instruções normativas nas quais vê medidas que teriam aumentado o nível de proteção na fronteira para a indústria brasileira, vantagem para o uso de produto nacional e discriminação contra o produto estrangeiro.

Zonas francas- No caso das zonas francas, a UE concentra ataque na Zona Franca de Manaus, mas sinaliza que quer desmantelar também o que chama de 'vantagens discriminatórias' em outras zonas francas na região Norte do país. "Da mesma maneira [que a Zona Franca de Manaus], o Brasil isenta da taxa de IPI sobre bens manufaturados nas zonas de livre comércio de Tabatinga, Guarajá-Mirim, Boa Vista e Bonfim, Macapá e Santana, Brasileia e Cruzeiro do Sul", diz o texto.

Acordo - O conflito com a UE volta à cena comercial duas semanas antes da cúpula Brasil-UE, que ocorrerá no dia 24 em Bruxelas. O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, disse esperar que os dois parceiros se entendam. "Eles estão conversando, espero que cheguem a um acordo", afirmou. (Valor Econômico)


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