Imprimir
Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3285 | 18 de Fevereiro de 2014

TRIGO: Câmara Setorial defende política nacional de incentivo ao cereal

trigo 18 02 2014A definição de uma política nacional de incentivo à produção de trigo que assegure o abastecimento do cereal a médio prazo foi uma das prioridades levantadas pelo gerente técnico e econômico do Sistema Ocepar e presidente da Câmara Setorial das Culturas de Inverno, Flávio Turra, na reunião ocorrida nesta segunda-feira (17/02), na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília. “O país necessita de uma política para o trigo envolvendo os diferentes elos da cadeia produtiva, cada um com seus direitos e deveres, e o governo fazendo a sua parte, procurando garantir o estímulo à produção nacional”, esclarece Turra.

Preço mínimo- O aumento de 16% no preço mínimo do trigo pão, tipo 1, que representa o valor básico do cereal, e a disponibilização de mais recursos destinados ao seguro rural, buscando garantir a remuneração do produtor pela qualidade, quantidade e preço, foram outras demandas apresentadas pela Câmara Setorial das Culturas de Inverno no encontro. Ainda de acordo com Turra, o setor também avalia como importante para a triticultura nacional que o governo adote mecanismos de proteção à produção e à indústria nacional contra práticas desleais de mercado por parte de outros países produtores e que a entrada do cereal e derivados de trigo dos outros países ocorra sem incentivo na origem e em épocas que não prejudiquem a comercialização da produção brasileira.

Produção - Na safra 2013, o Brasil produziu 5,7 milhões de toneladas de trigo e importou 7,5 milhões de toneladas, principalmente dos Estados Unidos e Argentina, para cobrir a demanda nacional. A expectativa é de que na safra 2014 ocorra um aumento de área, especialmente no Paraná, que ocupou a vice-liderança da produção nacional na safra passada, e em Minas Gerais, que vem expandindo o plantio de trigo nos últimos anos. “Isso deve ocorrer devido à boa perspectiva para o trigo no mercado e aos preços menos favoráveis do milho”, explica o presidente da Câmara Setorial das Culturas de Inverno. Na reunião ocorrida no Mapa, o setor solicitou ainda que o Plano Safra das Culturas de Inverno seja divulgado ainda no mês de fevereiro.

Reunião - O Mapa reuniu os presidentes das 28 Câmaras Setoriais e das oito Câmaras Temáticas para discutir as demandas de cada área para 2014. O encontro foi coordenado pelo secretário-executivo do Ministério, José Gerardo Fontelles. Houve a apresentação das três prioridades por parte de cada representante das Câmaras. As demandas serão analisadas e vão nortear as ações do Mapa do ano, priorizando os pontos comuns levantados nas várias cadeias produtivas, como por exemplo, seguro rural, custos com logística de transporte, agrotóxicos, entre outros.

Clique aqui e acesse as pautas levantada por cada Câmara Setorial e Temática

 

FALECIMENTO: Ocepar lamenta a perda de Nelson Trombeta

Nelson Trombeta 18 02 2014O Sistema Ocepar lamentou o falecimento do engenheiro agrônomo Nelson Víctor Trombeta, 70 anos, cujo sepultamento ocorreu na última sexta-feira (14/02). Trombeta foi diretor executivo da Ocepar, na década de 1970, e, posteriormente ocupou o cargo de superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília. Iniciou sua carreira na Emater, em Curitiba, onde atuou em dois períodos, entre os anos de 1967 e 1969, e entre 1972 e 2001, sendo que nesta segunda fase assessorou as cooperativas. Também trabalhou na Cooperativa de Mate Rural Sul, sediada na capital paranaense, foi coordenador de planejamento na extinta Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater) e, com o fim da empresa, passou a exercer funções no Ministério da Agricultura na capital federal. 

 

PRIMATO: Resultados positivos são apresentados em assembleia

No último sábado (15/02), a Primato Cooperativa Agroindustrial realizou as Assembleias Geral Extraordinária e Ordinária, nas dependências da Associação Primato, em Toledo, reunindo aproximadamente 420 pessoas entre cooperados, colaboradores, autoridades, imprensa e familiares dos cooperados.

Resultados - Segundo o presidente da Primato, Ilmo Werle Welter, a assembleia é um momento de encontro e prestação de contas sobre os resultados de 2013 e também apresentação das ações e metas para este ano. “Tivemos resultados positivos em 2013 que merecem ser compartilhados com a comunidade participativa. Todos que estiveram presentes contribuíram de alguma maneira para o desenvolvimento da Cooperativa”, salientou Welter.

Alteração estatutária- A assembleia geral deu início com a extraordinária, onde foi apresentada a alteração estatutária, sendo aprovada por unanimidade que o mandato  do Conselho de Administração eleito na Assembleia Geral Ordinária de 2013, de 03 anos passou  para 4 anos, vigorando até a Assembleia Geral Ordinária de 2017, e também foi aprovado a inclusão do artigo 43°, na estrutura administrativa, onde concede aval para as cooperativas centrais quando da contratação e operação de financiamento em bancos comerciais, de investimento ou de desenvolvimento.

Prestação de contas- Na sequência, foi realizada a assembleia ordinária, com a prestação de contas relativas ao exercício de 2013, compreendendo o relatório da gestão, demonstrações contábeis, parecer do Conselho Fiscal, parecer da Auditoria Independente, campanhas e eventos realizados em 2013, e a eleição dos conselheiros fiscais para a gestão de 2014, sendo eleitos:  Nelson Otávio Minozzo, Vanderlei José Bandurski, Delton Hoffmann, Alison Petermann, Elaine Decker Lawich e Clarindo Mazzarollo.

Atividades desenvolvidas em 2013 - A Primato fechou o ano com 10,36 % sobre o capital social integralizado da Frimesa, alcançou a marca de mais de 211 milhões de vendas e um resultado de aproximadamente 9 milhões. Em 2013, a Primato realizou novos projetos de expansão. A conclusão da reestruturação da indústria de alimentos para animais, através da separação das linhas de produção de bovinos de leite e corte e suínos, fez com que a capacidade de produção de ração aumentasse de 8 mil para 15 mil toneladas ao mês.

Supermercado - Outro projeto realizado foi a inauguração de mais uma unidade de supermercado, localizada na Avenida José João Muraro, em Toledo.Com uma área de mais de 6 mil metros quadrados, conta com rotisseria, adega, cafeteria, restaurante e amplo estacionamento, em um ambiente moderno, a fim de oferecer conforto e praticidade aos clientes.

Transporte de cargas- O transporte de cargas foi mais um segmento implementado. Com 33 caminhões, entre Bi trem, transporte de rações, carga seca e suínos vivos. Para encerrar o ano, em dezembro de 2013, a Primato ainda distribuiu um total de R$ 200 mil aos seus cooperados no Programa Fidelidade, como forma de devolução de parte do resultado obtido com os cooperados pela sua fidelidade comercial à Cooperativa e realizou diversas reuniões de prestação de contas, com a participação de mais de mil cooperados e familiares, com o objetivo de informar e integrar cooperado e cooperativa.

Planejamento 2013 e metas 2014 - A cooperativa fecha seu ano com mais de 600 colaboradores trabalhando nas unidades da Primato e com 2.183 cooperados, e uma atuação comercial em mais de trinta e dois municípios no estado do Paraná. Entre as novas metas apresentadas durante o encontro, Welter evidenciou que a previsão de faturamento da Primato para 2014 é de aproximadamente R$ 256 milhões, e um investimento de aproximadamente R$ 8 milhões.  Em Vera Cruz do Oeste, uma das novidades em investimento é a implantação de uma unidade de supermercado. O espaço já está na fase final, e a previsão é que o ambiente seja inaugurado no dia 28 de fevereiro.

Presenças - Entre as autoridades que participaram da assembleia estiveram o gerente do Desenvolvimento de Auto Gestão Sescoop/PR – Gerson Lauermann, representando o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski; o Diretor Executivo da Frimesa, Elias José Zydek, representando o presidente da Frimesa, Valter Vanzella; Deputado Federal-  Dilceu João Sperafico, Deputado Estadual – Duílio Genari, e o assessor parlamentar Paulo Pagnussatti, representando o Deputado Estadual Elton Welter; Prefeito de Toledo, Luis Adalberto Beto Lunitti Pagnussatt; Prefeito de Vera Cruz do Oeste,  EldonAnschau; Prefeito de São Pedro do Iguaçu, Natal Nunes Maciel; Presidente da Câmara de vereadores de Toledo- Adriano Remonti; Presidente do Sicredi Oeste, Cirio Kunzler,  Diretor Secretário da Copagril,  Márcio Buss, representando o Presidente da Copagril,  Ricardo Silvio Chapla e o Auditor Independente da CSS auditores associados, Adirley Gasparim.

Agradecimento -  Segundo o presidente da Primato, Ilmo Werle Welter, o fortalecimento da Primato se deve a todos que participam dessa jornada, que com o seu trabalho, em cada segmento, vem contribuindo para o sucesso da Cooperativa, que busca um desenvolvimento sustentável, baseado nos valores da integridade, excelência e simplicidade com agilidade. “O apoio, a confiança e trabalho de todos os cooperados, clientes, colaboradores, fornecedores, imprensa e instituições financeiras, fez com que todos desafios fossem superados. Todas as atividades atualmente estão positivas. Criar relações de consumo todo dia mais inteligentes é a missão da Primato. Queremos que os nossos cooperados e clientes sintam prazer em negociar com a Primato. Obrigado por serem os fatores e a origem do sucesso da nossa Primato Cooperativa Agroindustrial”, afirmou Welter. (Imprensa Primato)

{vsig}noticias/2014/02/18/primato/{/vsig}

CAPAL: Rodada de pré-assembleias é encerrada com boa participação de associados

A Capal concluiu, na última sexta-feira (14/02), a rodada de pré-assembleias com boa participação dos associados. No total, 271 cooperados estiveram presentes em seis reuniões, fazendo valer seu poder de voto e seu direito de conhecer os números e resultados da cooperativa no último exercício.

Responsabilidade social- Nestas oportunidades, além de todos os relatórios financeiros, o superintendente, Adilson Roberto Fuga, aproveitou para apresentar e salientar a importância do trabalho de responsabilidade social realizado em 2013. “Uma cooperativa, por sua essência, já nasce socialmente responsável, e no último ano realizamos diversas ações que reforçaram esses valores. É muito importante para nós que o associado tenha conhecimento destas atividades e faça parte delas”, reforça Adilson.

Detalhes - Nas pré-assembleias, o associado tem a vantagem de conhecer detalhes sobre a participação da sua filial nos grandes números da cooperativa e pode questionar e obter mais informações sobre o andamento das atividades e investimentos previstos para sua região.

Reconhecimento - O associado Hiroshi Yamashita, da filial Carlópolis, participa sempre das pré-assembleias e reconhece a sua importância. “Sempre valorizei o cooperativismo e sei da importância deste momento de assembleia, pois é quando o cooperado tem a oportunidade de conhecer os números e rumo que a Cooperativa está tomando, além do direito de voto. Além de participar sempre, eu incentivo outros produtores a virem também”, conta Hiroshi.

Momento essencial- Para o presidente da Capal, Erik Bosch, este momento é essencial para a cooperativa, e após um ano de forte desenvolvimento como foi 2013, é também um momento de alegria, pois podemos apresentar o resultado de um trabalho sério e dedicado. “Fico feliz em poder apresentar, juntamente com a diretoria, resultados tão satisfatórios. Isso mostra que crescemos em 2013, garantindo maior solidez e credibilidade junto aos nossos associados”, diz o presidente.

AGO - Os preparativos estão focados agora na Assembleia Geral Ordinária (AGO), que acontecerá em 21 de fevereiro, na matriz, em Arapoti. (Imprensa Capal)

{vsig}noticias/2014/02/18/capal/{/vsig}

COAMO: Convenção Anual de Vendas da linha de Alimentos foca no futuro


coamo 18 02 2014 “Futuro! Estamos prontos?”, esse é o tema da Convenção Anual de Vendas dos Alimentos Coamo, que comercializa os alimentos por meio das marcas Coamo, Primê, Anniela, Sollus e Dualis. O objetivo do evento é reunir toda a equipe de vendas, interna e externa, para apresentar os resultados do ano anterior e traçar as estratégias para o atual. O encontro acontece no dia 21 de fevereiro, a partir das 8h, na administração da Coamo, em Campo Mourão, no Paraná.

Estratégias - Segundo o gerente Comercial de Alimentos, Domingos Marzulli,  a Convenção Anual dos Alimentos Coamo é importante  na medida em que reúne todos os representantes comerciais para traçar as metas do ano. "Neste ano apresentaremos novas ações estratégicas comerciais e mercadológicas. Por meio deste fórum também faremos uma avaliação dos trabalhos, apresentação dos planos e ações, preparando a equipe para os lançamentos de produtos que serão novidades nas principais feiras supermercadistas do país", afirma. 

Tema - Para o superintendente Comercial da Coamo, Alcir José Goldoni, o tema da Convenção Anual busca em uma frase apresentar o foco em que se dará as ações e estratégias comerciais. “Vivemos em um mercado competitivo e que demanda uma avaliação constante das tendências e diante desse cenário precisamos sempre estar atualizados. Nossa equipe de vendas está treinada e preparada para levar aos clientes as informações  completas dos nossos produtos, desde a origem, processos industrias dentro dos princípios da segurança alimentar, da qualidade e sabor, bem como do compromisso que a Coamo tem com a transparência de suas ações. A evolução constante é que nos capacitará para mantermos no futuro o destaque e reconhecimento que os Alimentos Coamo conquistaram. Devemos sempre buscar nossa capacitação profissional e pessoal nos questionando sobre o quão atualizados estamos e se estamos surpreendendo o cliente no atendimento de suas necessidades", esclarece.

Participantes - A convenção contará com a presença dos representantes comerciais, da linha varejo e da linha indústria - que atuam nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul - e funcionários internos da cooperativa. (Imprensa Coamo)

 

DESENVOLVIMENTO RURAL: Cooperativas estarão representadas em Conselho Nacional

A representação das cooperativas do ramo agro passou a contar, desde esta segunda-feira (17/02), com mais força. É que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável instalou o Comitê Permanente do Cooperativismo. O Sistema OCB faz parte da nova entidade. A solenidade aconteceu no Palácio do Desenvolvimento, em Brasília.

Finalidade - O comitê foi criado pelo Conselho no fim de agosto do ano passado, com a finalidade de monitorar e avaliar a implementação das ações de fomento para o cooperativismo, nos programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além disso, também faz parte das atribuições do comitê: propor soluções aos entraves identificados e formular diretrizes, estratégias, instrumentos e políticas públicas de apoio às iniciativas de economia solidária na agricultura familiar. (Informe OCB)

ICA: Conferência Internacional debaterá estudos sobre cooperativismo

ica 18 02 2014Entre os dias 25 e 28 de junho, será realizada na cidade de Pula, na Croácia, a Conferência Internacional do Comitê de Pesquisa da Aliança Cooperativa Internacional (ICA CCR). O evento reunirá profissionais cooperativistas, pesquisadores e estudantes ligados ao setor e à economia social, bem como outros campos de investigação em cooperativismo.

Inscrições - As inscrições de resumos para apresentação de “cases” estão abertas até o dia 1º de março por meio do site www.ica2014.coop. No portal está também a lista de campos de estudo contemplados na conferência. Os trabalhos apresentados poderão ser publicados em edição especial do Journal of Co-operative Organization and Management (Elsevier Science).

À disposição- A Gerência de Relações Institucionais do Sistema OCB estará à disposição das unidades estaduais que tiverem interesse em se inscrever, esclarecendo dúvidas e auxiliando com informações adicionais. Para isso, basta que a UE entre em contato por meio do e-mail:  relacoesinstitucionais@ocb.coop.br. (Informe OCB)

 

VBP: Valor de produção agropecuária deve alcançar R$ 444,5 bi

O valor bruto da produção agropecuária brasileira (VBP) deve crescer 4,4% este ano em relação a 2013, alcançando R$ 444,5 bilhões. O VBP agrícola deve ter um aumento real de 6,9%, enquanto a pecuária, redução de 0,3%. Entre as lavouras, os principais destaques são o aumento previsto no valor da soja, de R$ 89,5 bilhões em 2013 para 112,65 bilhões em 2014. “Esse aumento deve-se tanto aos preços mais altos esperados em 2014 como a uma maior produção”, explica o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques.

Outros - Outros produtos agrícolas com perspectiva de alta são o algodão (58,4%), mandioca (64,8%), maçã (26,4%), arroz (7,8%), banana (2,8%), laranja (21,2%), cacau (7,5%), pimenta do reino (28,5%) e uva (14,5%). Ainda segundo o coordenador de Planejamento Estratégico, na outra ponta, os produtos que devem apresentar queda no VBP são café (3%), cana-de-açúcar (7%) e cebola (49,2%), principalmente devido aos preços mais baixos desses produtos este ano em relação a 2013.

Pecuária - Quanto à pecuária, com estimativas indicando ligeira redução do valor da produção, pode-se atribuir esse resultado ao menor preço previsto para a carne de frango, leite e ovos. “As carnes de bovinos e suínos, no entanto, mostram comportamento bastante favorável nestas primeiras estimativas de 2014”, afirma Gasques. (Mapa)

Clique aqui para baixar as tabelas do VBP de janeiro.

SEMENTES I: Calor e seca desclassificam 100 mil toneladas de grãos

semente I 18 02 2014Mais suscetíveis às intempéries do clima, os campos de sementes de soja do Paraná registram problemas por causa da falta de umidade e altas temperaturas das últimas semanas. Estimativa da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) aponta redução de 40% na produção sementeira.

Levantamento - O levantamento da entidade indica que a oferta deve cair de 250 mil toneladas previstas no inicio deste ciclo para 150 mil toneladas. O problema deve interferir nos custos da próxima temporada. O volume que não for classificado como semente deve ser aproveitado pela indústria, que dará o preço conforme a qualidade do produto.

Sudoeste - De acordo com apuração da reportagem, o clima só não castigou os campos sementeiros da região Sudoeste do estado. As demais áreas confirmam perdas e ainda estão sujeitas a problemas. Além da redução na oferta, há perda de qualidade das sementes colhidas até o momento. “Alguns lotes devem ser reprovados por causa da baixa qualidade”, afirma Antônio Alberto Gomes da Silva, gerente comercial de semente da cooperativa Batavo, de Carambeí, nos Campos Gerais.

Perdas - Na região de atuação da cooperativa, as perdas são de 30%. A Batavo tinha a previsão de produzir 500 mil sacas de 40 quilos de sementes, sendo 25% para abastecer associados e o restante para venda no mercado. A vizinha Castrolanda, em Castro, também nos Campos Gerais, estimava colher 18 mil toneladas de cultivares. Porém, além da perda estimada em 15% na região, a área de 1,7 mil hectares ao Sul de São Paulo, nos municípios de Itapeva, Itaberá e Itararé, registram desclassificação ainda maior, de 80%. “Se conseguirmos colher 1 mil tonelada para semente [das 5 mil toneladas previstas para área em São Paulo] já será muito. A situação é caótica”, define Charles Alan Teles, coordenador de produção de semente da cooperativa.

Multiplicação - Há cinco anos, o agricultor e sementeiro Edson Roberto Freire, do município de Ventania, dedica parte da sua propriedade para a multiplicação da oleaginosa. Ele foi atraído para o negócio por conta do bônus de até 10% em cima do preço da soja no mercado. Mas neste ano a estiagem deve levar parte do lucro esperado. “Cerca de 30% da área – 380 hectares – não está pronta e a quebra será de 50%. Multiplicar exige monitoramento constante, limpeza das máquinas para não misturar variedades e outros cuidados. Os gastos são maiores. A situação está difícil”, afirma o produtor, que aumentou em 130 hectares a área em relação à temporada passada.

Aquém do esperado- Jean Bouwman, um dos 110 produtores de semente de soja no Paraná, previa colher 65 sacas por hectare quando planejou dedicar 450 hectares para multiplicação – 100 hectares no Paraná e outros 350 hectares em solo paulista. “Não sei se consigo tirar 15 sacas [de sementes] por hectare. O déficit hídrico é muito grande. O calor está derrubando as folhas e a planta não tem mais capacidade de enchimento”, lamenta.

Área - Na temporada atual, o Paraná dedicou cerca de 5 milhões de hectares à soja, conforme indicador da Expedição Safra Gazeta do Povo. Se esta área for mantida no próximo ano, a demanda por sementes seria em torno 200 mil sacas. A tendência é que estados como Santa Catarina assumam maior fatia do mercado paranaense.

Situação preocupante- “A situação para próxima safra é preocupante”, ressalta Eugênio Bohatch, diretor executivo da Apasem. “Estamos preocupados principalmente em função da qualidade do produto colhido”, complementa o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison, que prefere não estimar a perda. A entidade mantém a projeção de produção nacional de 1,2 milhão de toneladas de semente no país.

Com oferta menor, preços tendem a subir - Grãos que perderam capacidade de germinação serão destinados à indústria. A escassez tende a inflacionar o mercado das sementes de soja. Com oferta reduzida e demanda em alta – principalmente em função dos bons preços da commodity, que estimulam o plantio –, o setor projeta reajuste no preço das cultivares mais disputadas antes do plantio de 2014/15, que começa em setembro.

Valorização - “As perdas impactam e geram valorização da semente”, aponta o gerente comercial de Sementes da cooperativa Batavo, Antônio Alberto Gomes da Silva. “Acredito em, no mínimo, 15% de aumento no preço”, faz coro o coordenador de Produção de Semente da Castrolanda, Charles Alan Teles.

Valor - De acordo com dados da Apasem, no plantio passado, o preço das cultivares na região Sudoeste ficou entre R$ 1,90 e R$ 3 o quilo. Nos Campos Gerais, a comercialização do quilo de semente foi entre R$ 2,50 e R$ 2,80.

Expectativa - Para o multiplicador Jean Bouwman, o produtor paranaense precisa estar preparado para gastar na compra de cultivares para o próximo plantio. “Haverá pouca semente na mão do produtor. Estimo preço mínimo de R$ 4,50 o quilo. Talvez chegue a mais”, aponta. (Gazeta do Povo)

 

SEMENTES II: Setor reivindica inscrição emergencial de novos campos

A tendência de redução na oferta de sementes de soja para a temporada 2014/15 fez com que a Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem) solicitasse, na semana passada, autorização para novos campos de multiplicação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Se o Ministério der o aval para a inscrição de novos campos, em virtude do estado de emergência, trará um alento para o agricultor”, ressalta Charles Alan Teles, coordenador de produção de semente da Castrolanda.

Parecer favorável- O pedido teve o parecer favorável dos membros da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná e da Subcomissão de Soja, órgãos consultivos do Mapa. Ontem, a documentação seguiu para Brasília solicitando a substituição das áreas que registraram perda.

Burocracia - De acordo com o diretor-executivo da Apasem, Eugênio Bohatch, existe o receio de que a burocracia em Brasília atrase o processo. No ano passado, o Mapa demorou quatro meses para liberar novos campos de produção de sementes de trigo após duas geadas fortes – em julho e agosto – que afetaram a multiplicação do cereal no estado.

Ideal - “O ideal é a liberação sair para ontem. Se for igual ao trigo complica. O reflexo serão problemas na oferta de sementes de soja para a próxima safra”, aponta do executivo da Apasem. “A pressão da soja é maior, pois tem peso positivo na balança comercial. Estimo e faço votos que a aprovação ocorra em 15 dias”, diz Scylla César Peixoto Filho, chefe do Serviço de Fiscalização e Insumos Agrícolas da Superintendência Federal do Mapa no Paraná. (Gazeta do Povo)

MAIS PECUÁRIA: Agricultura lança programa para aumentar produção de carne e de leite

mais pecuaria 18 02 2014O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou, nesta segunda-feira (17/02), um programa destinado a aumentar a produção de leite e carne até 2023. O Plano Mais Pecuária, dividido nos eixos Mais Leite e Mais Carne, pretende aumentar a produtividade do gado leiteiro em 40%, elevando, assim, de 35 bilhões para 46,8 bilhões de litros a produção anual da bebida. Além disso, tem a meta de dobrar a produtividade do gado de corte, passando de 1,3 para 2,6 bovino por hectare.

Melhoramento genético- Uma das estratégias usadas para atingir os objetivos será o melhoramento genético. O governo apoiará financeiramente iniciativas de incentivo e treinamento da inseminação artificial. O objetivo é, até 2023, disponibilizar cerca de 252 mil touros reprodutores ao ano. O plano também pretende usar ações de marketing para aumentar o número de consumidores de leite e de carne, lançar editais para pesquisas que ajudem a desenvolver novos produtos e firmar parcerias para capacitar técnicos e produtores rurais.

Monitoramento - Deve haver, ainda, monitoramento da qualidade dos produtos nacionais. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2016, todo o leite captado pela indústria deve estar de acordo com os padrões oficiais, com redução da prevalência de brucelose e tuberculose. Quanto à produção de carne, o objetivo é que até 2018 todos os estados tenham aderido ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Comitê executivo- O Plano Mais Pecuária será organizado por um comitê executivo formado por técnicos e autoridades da pasta da Agricultura, e este órgão acompanhará a execução dos projetos. O programa foi formulado após reuniões do ministério com produtores de leite e carne bovina. A avaliação do órgão é que as ações de incentivo aos dois setores estavam fragmentadas e que o aumento da produtividade e padrões de qualidade ajudará também a aumentar a exportação dos dois itens.

Anúncio - O lançamento do plano ocorreu em Juiz de Fora (MG). Inicialmente, ele seria anunciado pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade. No entanto, como Andrade não conseguiu pousar na cidade mineira devido à chuva e retornou para Brasília, foi feito pelo chefe da assessoria de Gestão Estratégica do ministério, João Cruz. (Agência Brasil)

 

CANA-DE-AÇÚCAR: Produtores terão R$ 1,4 bilhão em linhas de crédito a partir deste ano

As empresas envolvidas com a cadeia de plantio e processamento da cana-de-açúcar poderão obter linhas de crédito para desenvolver pesquisas de inovação tecnológica por meio de uma nova modalidade: o Plano de Apoio Conjunto à Inovação Tecnológica Agrícola no Setor Sucroenergético (PAISS Agrícola), lançado nesta segunda-feira (17/02) na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). A partir deste ano até 2018, serão disponibilizados para o setor R$ 1,480 bilhão.

BNDES e Finep- O dinheiro será liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). As linhas de crédito foram anunciada em solenidade da qual participaram o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho e da Finep, Glauco Arbix.

Condições - Segundo Arbix, os interessados terão juros subsidiados com 4% ao ano, três anos de carência e prazo de dez anos. No caso de investimentos de maior risco, os juros caem para 3,5% e a carência vai para quatro anos. O ministro Raupp destacou que o governo procurou se antecipar às necessidades do setor, visando aos ganhos que o oferecimento do crédito pode ter para o desenvolvimento econômico do país. “Nossa resposta foi maior do que a reivindicação deles”, disse ele,

Inova Empresa- A medida faz parte do Plano Inova Empresa, lançado em março do ano passado, com a intenção de aplicar R$ 32,9 bilhões em melhoramento tecnológico para ampliar a produtividade nos mais diversos setores. Segundo Luciano Coutinho, já foram contratados R$ 2,476 bilhões e os primeiros desembolsos do PAISS Agrícola devem ser feitos ainda neste ano.

Planos de negócios- Os planos de negócios selecionados serão apresentados no dia 16 de maio e o resultado preliminar da etapa única de seleção dos planos, bem como da indicação dos planos de suporte conjunto, está previsto para 20 de junho. O resultado final sairá em 10 de julho.

Efeitos- A presidenta da Unica, Elizabeth Farina, destacou que os efeitos só virão no longo prazo, mas considerou a medida positiva no sentido de buscar uma saída para estimular o setor, que vem enfrentando nas últimas safras aumentos seguidos dos custos de produção. De acordo com Elizabeth, nas últimas cinco safras, os produtores de cana-de-açúcar o custo de produção da tonelada de cana passou de US$ 15 para US$ 30. “Temos informações de nossos associados de que o PAISS anterior [na versão industrial] vem funcionando muito bem e acreditamos que este vá funcionar [também].”

Recursos - A Finep informou que o programa ainda disponibilizará R$ 80 milhões de recursos não reembolsáveis – R$ 40 milhões pelo Fundo Tecnológico do BNDES e R$ 40 milhões de subvenção econômica pela própria financiadora. Antes do PAISS Agrícola, o BNDES e a Finep lançaram, em março de 2011, o PAISS Industrial, destinado a apoiar a inovação tecnológica industrial dos setores sucroenergético e sucroquímico. Das 57 empresas participantes, 35 tiveram a aprovação de planos de negócios, somando R$ 2,5 bilhões contratados ou em andamento para a contratação. (Agência Brasil)

EUA: Reforma amplia subsídios indiretos

eua 18 02 2014A reforma da política agrícola dos Estados Unidos, aprovada no início deste mês com mais de um ano de atraso, promove uma ampla reestruturação nos programas de subsídios do país, mas tende a causar distorções ainda maiores no comércio agrícola internacional. A maior parte do orçamento de US$ 956 bilhões é destinada a um projeto social semelhante ao Bolsa Família. A medida mais importante da nova Farm Bill põe fim a um sistema de pagamentos diretos aos agricultores, estabelecido há 18 anos e que custava aos cofres públicos cerca de US$ 5 bilhões anuais.

Novos programas- Em contrapartida, três novos programas de controle de riscos e garantia de renda foram criados. Essa “rede de segurança” cobre aproximadamente uma dúzia de produtos (soja, milho, trigo, aveia, cevada, sorgo, arroz, amendoim, leguminosas e outras oleaginosas, conforme o texto), mas não vale para o algodão, que ganhou programas próprios (leia mais nesta página). Açúçar, frutas e produtos florestais e pecuários, como lácteos e carnes, também seguem regras específicas.

Subsídios ilegais- Criando programas diferenciados para o algodão, o governo norte-americano tenta acabar com os subsídios ilegais que motivaram uma disputa comercial com o Brasil. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a Abrapa, associação que representa os cotonicultores brasileiros, e o próprio Itamaraty ainda estão analisando as medidas previstas no novo pacote agrícola norte-americano. Avaliações preliminares indicam que, ao invés de respeitar os princípios do livre comércio, como defendem os EUA, a nova legislação viola ainda mais os compromissos assumidos pelo país junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). E não apenas no caso do algodão.

Manutenção - “Houve, sim, uma diminuição dos subsídios proibidos pela OMC, mas alguns foram mantidos. Outros classificados como caixa amarela [permitidos pela organização, mas com limitações] também continuam existindo”, afirma o doutor em Comércio Internacional Fábio Carneiro Cunha, da Legex Consultoria, um dos advogados que defendeu o Brasil no emblemático caso do algodão, citando as garantias de crédito à exportação. “Basicamente, o que os Estados Unidos fizeram foi apenas mascarar os amarelos”, resume.

Alerta - A Câmara de Comércio dos Estados Unidos vem alertando que, ao vincular os pagamentos à área de plantio, os novos programas de garantia de renda seriam, “altamente prejudiciais ao comércio internacional, porque incentivam os agricultores a aumentar o plantio simplesmente para receber os benefícios, sem levar em conta a demanda e o mercado para a cultura ou de outros produtos que poderiam ser cultivados em seu lugar”. Como resultado, “a produção nacional seria artificialmente inflada, o que reduziria os preços internacionais”, aponta o texto.

Retrocesso - Na avaliação do órgão, que reúne empresários de diversas áreas, a nova lei é “um grande retrocesso na política nacional de apoio à agricultura”. A organização alerta, ainda, se um novo painel de contestação fosse aberto na OMC os EUA sofreriam outra derrota porque “não estão respeitando as normas do acordo SCM [Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias]”. Brasil, China e Argentina seriam prováveis autores da denúncia, cita o texto.

Regras para o algodão desrespeitam a OMC - Na esperança de evitar a retaliação, os EUA criaram normas diferenciadas para o algodão, que, segundo o governo norte-americano, estariam de acordo com as determinações da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Programa de Proteção de Renda, conhecido como Stax, é um mecanismo de seguro complementar ao sistema já existente que garante aos cotonicultores até 90% da receita esperada. O pagamento é vinculado aos preços e volumes de produção correntes, sem limite de valor.

Regulamentação - Ainda sujeito a regulamentação, o Stax só estará disponível a partir de 2015 e, em algumas regiões, apenas em 2016. Durante esse período, os produtores receberão o que o governo chama de pagamento de assistência à transição, que nada mais são do que os pagamentos diretos com um novo nome e ligeiramente reduzidos. A cobertura desse programa de transição é de 60% da área de cultivo em 2014 e 36,5% em 2015.

Avaliação preliminar- Em avaliação preliminar, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) afirma que “a promulgação da nova lei agrícola não exime os Estados Unidos da sua responsabilidade internacional com o Brasil e com a OMC. Em nota, a entidade diz que a nova legislação norte-americana deve reduzir os preços internacionais da fibra “de 7% a 13,4%, a depender das condições de mercado. O governo americano não está pagando o que deve ao Brasil [US$ 50 milhões].” A Abrapa diz que a lista de retaliação em bens está pronta.

Grãos também devem ter apoio - Com as cotações internacionais em níveis recordes, mecanismos de garantia de preço como o Programa de Pagamentos Contra-ciclicos (CCP, na sigla em inglês) não vinham sendo acionados nos últimos anos. Mas essa realidade pode mudar já a partir da próxima safra. Isso porque a nova Farm Bill reajusta em até 100% os preços de garantia, agora chamados de valores de referência, e as projeções de longo prazo indicam queda de preço para as próximas temporadas.

Remuneração mínima- Esse tipo de programa, criado para garantir remuneração mínima aos produtores em épocas de mercado desfavorável, paga aos agricultores uma determinada quantia em dinheiro sempre que as cotações caem abaixo de um nível pré-determinado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), independente dos níveis de produção. Ou seja, não é preciso haver quebra de safra para que o mecanismo seja acionado. Pelo contrário. Quanto maior a produção, maior o pagamento. E quanto mais os preços recuam, mais os produtores recebem.

Reajuste - Na nova legislação, o Programa de Garantia de Preço (PLC, na sigla em inglês), reajusta de US$ 4,17 para US$ 8,40/bushel (+101%) o gatilho para a soja e de US$ 2,63 para US$ 3,70/bushel (+41%) o do milho. Com a oleaginosa trabalhando na casa dos US$ 13/bushel e o milho perto de US$ 4,50/bushel na Bolsa de Chicago atualmente, o mercado não precisaria cair muito para que o novo mecanismo de proteção seja acionado.

Preços de referência- O reajuste dos preços de referência “aumenta a probabilidade de que os pagamentos sejam necessários, o que demandaria grandes gastos do governo federal”, pontua um documento da Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Na avaliação da entidade, a mudança também pode ser prejudicial ao mercado. O fato de contar com essa garantia do governo em níveis tão atrativos de preço faria com que “os agricultores tomassem suas decisões de plantio com base no nível de apoio federal, e não nas condições de oferta e demanda e no retorno do mercado”, diz.

Mercado - “Claro que quando falamos de mercado tudo pode mudar com muita rapidez, às vezes do dia para a noite, e por isso é muito difícil afirmar com segurança. Mas, ao que tudo indica neste momento, os pagamentos, serão sim necessários nos próximos anos”, conta o jornalista norte-americano Dan Looker, especializado em política agrícola. Segundo ele, os pagamentos serão não só necessários mas fundamentais para manter o produtor de grãos na atividade, principalmente no caso do milho. “Os preços atuais já estão muito próximos do custo de produção, que é de cerca de US$ 4,50 por bushel. Se o mercado continuar caindo os agricultores terão prejuízo.”

Gazeta do Povo acompanha Fórum de Agricultura nos EUA - Assunto recorrente nas discussões agro nos Estados Unidos, o fortalecimento das exportações deve voltar ao foco das atenções nesta semana, durante a 90º edição do Agricultural Outlook Forum, que ocorre nesta quinta (20/02) e sexta-feira (21/02) em Arlington, na Virgínia, próximo a Washington DC. O Agronegócio Gazeta do Povo vai acompanhar as discussões por meio da Expedição Safra.

Vigilância - Em entrevista à mídia local, o secretário da Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, afirmou que o USDA irá permanecer “vigilante para ajudar os produtores norte-americanos a aproveitar todas as oportunidades de mercado, mesmo com preços mais baixos”, numa referência aos programas de apoio criados na nova Farm Bill.

Tema - Com o tema “A nova face da agricultura”, o congresso vai debater o futuro do agronegócio e apresentar ao mundo as primeiras estimativas oficiais do governo norte-americano para a safra 2014/15 dos EUA. A Farm Bill não consta oficialmente da programação, mas certamente estará em pauta durante o evento.

Gastos - 80% dos gastos do pacote aprovado pelo governo norte-americano são destinados ao Programa de Assistência Nutricional Suplementar, que distribui à população de baixa renda cupons alimentares conhecidos como foods stamps.

Mais - Acompanhe a cobertura completa do 2014 Agricultural Outlook Forum no site www.AgroGP.com.br (Gazeta do Povo)

 

ENERGIA: Conta de luz teria que subir 15% para cobrir térmicas

energia 18 02 2014As contas de luz teriam que subir cerca de 15% este ano, caso o governo decidisse cobrir apenas metade do rombo causado no caixa das distribuidoras de energia elétrica, por causa do uso intensivo das térmicas em função da falta de chuvas. O Tesouro Nacional arcaria com a outra metade.

Decisão - A decisão sobre o gasto com energia é crucial para o governo definir o contingenciamento do Orçamento e a meta de superávit primário que será anunciada até esta quarta-feira (19/02). Nesta segunda-feira (17/02), houve mais uma reunião da junta orçamentária para definir o corte do Orçamento e o governo continua com o propósito de fazer da meta fiscal um sinal decisivo para recuperar a confiança do setor privado.

Preço de compra- Num cenário considerado realista, em que o preço de compra de energia cai um pouco ao longo do ano, o custo das térmicas deve variar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões. Se o governo cobrir metade, teria que acomodar entre R$ 5 bilhões a R$ 6,5 bilhões nas contas deste ano. O restante viria de um reajuste extraordinário das tarifas para o consumidor, que chegaria a cerca de 5%.

Subsídios - Além do custo das térmicas, a tarifa de energia teria que subir mais 4,6% para financiar as despesas com subsídios e com o pagamento de indenizações ao setor elétrico. Os contratos de concessão também estabelecem reajustes anuais e esses estão estimados, para o exercício, em uma média de 6%. Somados esses três efeitos, o aumento na conta do consumidor poderia superar os 15% este ano.

Discussão política- É aí que entra a discussão política. O governo quer evitar o quanto puder dar essa bandeira à oposição num ano eleitoral. A redução nas contas de energia no ano passado é considerada uma política de governo e um dos feitos que podem trazer dividendos durante a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. Nasce daí a ideia de não fazer o repasse integral do custo das térmicas ao longo de 2014 e transferir parte do reajuste de tarifas para o consumidor para ser pago somente a partir do ano que vem.

Repasse - Dessa forma, o governo repassaria aos preços algo próximo a 10% este ano, mas não incluiria nas revisões o repasse dos 5% das térmicas. O problema, nesse caso, é a saúde financeira das distribuidoras. Se o governo não conceder nenhum reajuste extraordinário em 2014, as empresas terão que esperar até o ano que vem para recompor seu caixa. Neste ano elas seriam, portanto, obrigadas a tomar dinheiro no mercado financeiro para cobrir o gasto com a compra de energia mais cara das térmicas.

Saúde financeira- O setor já indicou ao governo que muitas das empresas hoje no mercado não têm condições de buscar esses recursos sem comprometer sua saúde financeira. Mesmo com uma eventual linha especial feita por bancos públicos, há distribuidoras que já têm um nível de endividamento elevado e extrapolariam os indicadores de pagamento com serviço da dívida e suas receitas. A Eletropaulo, por exemplo, contou com repasse para cobrir despesa com energia térmica superior a R$ 500 milhões em 2013.

Socorro - Esse quadro não leva em conta o pagamento do socorro de R$ 9,8 bilhões que o Tesouro Nacional já deu às distribuidoras no ano passado. A regra estabelecida então previa que o repasse de um quinto dessa despesa ao consumidor seria iniciado este ano, mas o debate no governo nesse momento indica que essa conta será mesmo postergada para 2015. Se isso ocorrer, o reajuste das contas de energia no ano que vem deverá levar em conta mais esse esqueleto.

Aporte - Na sexta-feira (21/02), as distribuidoras de energia deverão fazer o aporte das garantias financeiras para a liquidação das despesas referentes à energia comprada no mês de janeiro, mas elas já admitem a possibilidade de pedir uma extensão do prazo à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A conta só precisa ser efetivamente saldada em meados de março.

Quitação - O que ocorre, agora, é um aporte - em dinheiro ou em fiança bancária - de aproximadamente metade da despesa de pelo menos R$ 1,5 bilhão que deverá ser quitada em março. A solução "meio a meio" não agrada às empresas, que alegam problemas de fluxo de caixa para bancar as despesas com as térmicas até o reajuste das tarifas.

Respostas- O governo ainda não tem respostas para todas essas questões, mas não haverá alternativa entre escolher doses maiores ou menores de inflação ou de redução na meta do resultado primário. No cenário do Banco Central, que consta do ultimo relatório trimestral de inflação, o reajuste considerado para energia elétrica é de 7,5%. Um reajuste maior do que esse percentual poderá adicionar pressões sobre a inflação do último ano do mandato da presidente Dilma Rousseff. (Valor Econômico)

 

MDIC: Balança tem déficit de US$ 338 milhões na 2ª semana de fevereiro

A balança comercial brasileira teve déficit de US$ 338 milhões na segunda semana de fevereiro (do dia 10 a 16), informou nesta segunda-feira (17/02), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O valor resulta de US$ 3,956 bilhões em exportações e US$ 4,294 bilhões em importações no período. No ano, o saldo está negativo em US$ 6,099 bilhões e, só em fevereiro, está negativo em US$ 2,041 bilhões.

Média diária- A média diária de US$ 721,4 milhões nas exportações, acumuladas até a segunda semana de fevereiro, é 16,5% inferior à média diária de US$ 863,8 milhões dos embarques realizados em todo o mês de fevereiro de 2013. Essa baixa é explicada pela retração nas vendas de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados.

Básicos - As exportações de básicos caíram 19,9% nessa comparação, de US$ 391,9 milhões da média diária de fevereiro de 2013 para US$ 313,8 milhões no acumulado deste mês. O resultado foi afetado por petróleo em bruto, milho em grão, algodão em bruto, fumo em folhas, farelo de soja, minério de ferro, café em grão, e carne suína e de frango.

Produtos manufaturados- As vendas de produtos manufaturados, por sua vez, apresentaram baixa de 16,8%, na comparação da média diária no acumulado deste mês (US$ 278,9 milhões) com fevereiro do ano passado (US$ 335,4 milhões).  Esse resultado foi encabeçado pela queda nos embarques de automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, pneumáticos, bombas e compressores, calçados e motores e geradores elétricos.

Semimanufaturados - Já no caso dos semimanufaturados, a média caiu 10,9%, passando de US$ 118,1 milhões em fevereiro de 2013 para US$ 105,2 milhões no acumulado deste mês. Os piores desempenhos foram verificados nas vendas de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, celulose e ouro em forma semimanufaturada.

Importações - Na outra ponta, as importações também caíram 1% na segunda semana de fevereiro, com média diária de US$ 925,5 milhões, ante US$ 934,9 milhões em todo o mês de fevereiro do ano passado. De acordo com o ministério, os itens que puxaram a queda foram adubos e fertilizantes (-49,5%), cereais e produtos de moagem (-11,1%), veículos automóveis e partes (-7,4%), equipamentos mecânicos (-7,0%), borracha e obras (-6,3%) e farmacêuticos (-3,0%). (Valor Econômico)


Versão para impressão


Expocoop 2014

Assessoria de Imprensa do Sistema Ocepar - Tel: (41) 3200-1150 / e-mail: imprensa@ocepar.org.br