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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3286 | 19 de Fevereiro de 2014

EXPOCOOP 2014: Últimos detalhes do evento são discutidos em Curitiba

Questões relativas à infraestrutura e ao fechamento da programação completa da Expocoop 2014 - Feira Mundial do Cooperativismo estão sendo discutidas nesta quarta-feira (19/02), em Curitiba. O evento acontece entre os dias 15 e 17 de maio, na Expo Unimed, na capital paranaense, com a expectativa de reunir representantes de cooperativas de todo o Brasil e de países da Europa, África, Ásia e Américas. Durante todo o dia, a diretora da Worldentry Exhibitions – WEX, empresa sediada em Portugal que está organizando a Expocoop, Ana Branco, estará acertando os últimos detalhes do evento com representantes das entidades apoiadoras do evento, como os Sistemas OCB e Ocepar.

Presenças - A reunião teve início às 9h, com a presença dos superintendentes da OCB, Renato Nobile, e da Ocepar, José Roberto Ricken, das gerentes da OCB, Fabíola Nader Motta, de Relações Institucionais, e Belmira Neves de Oliveira, da área operacional, do coordenador de Comunicação da Ocepar, Samuel Milléo Filho, e do gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche. Também participam as representantes do Ministério da Agricultura, Vera Lúcia Oliveira Daller e Aura Domingos Pereira, o presidente e o vice-presidente da Cooperativa Paranaense de Turismo (Cooptur), Dick de Geus e Márcio Canto de Miranda, respectivamente.  

Referência - De acordo com os organizadores, a Expocoop 2014, será uma referência em negócios com foco no agronegócio e nas agroindústrias. Além da exposição, comercialização, divulgação de produtos e inovações tecnológicas, haverá grandes oportunidades para as cooperativas brasileiras como: rodadas de negócios, internacionalização, bolsa de investimentos, networking para alianças estratégicas e a promoção da intercooperação com o mercado nacional e mundial.

Ampliada - Ampliada e estimulada pelo sucesso das edições anteriores realizadas no Brasil, Portugal, Índia e Inglaterra, a Feira transformou-se em um importante instrumento de inserção dos produtos e serviços no mercado interno e externo. Estes resultados asseguraram a incorporação da Expocoop 2014 no calendário das mais importantes feiras mundiais.

Programação técnica– Durante o evento haverá ainda uma intensa programação técnica para mais de 6000 visitantes, produtores, exportadores, importadores, pesquisadores do Brasil e do exterior e um espaço exclusivo para palestras.

Serviço – Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo e-mail  anabranco@expocoop.com, fone (+351) 214 827 503 (Portugal) ou por meio do site www.expocoop.com.

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PRÊMIO OCEPAR: Faltam poucos dias para o encerramento das inscrições

premio ocepar 19 02 2014Em apenas nove dias encerra o prazo de inscrições ao 10º Prêmio Ocepar de Jornalismo. Os interessados em concorrer têm até o dia 28 de fevereiro para encaminhar os trabalhos. Clique aqui para acessar a ficha de inscrição e o regulamento. Podem concorrer matérias veiculadas entre 1º de agosto de 2012 e 28 de fevereiro de 2014. O tema do concurso é “Cooperativas no Paraná”. Como em anos anteriores, serão aceitas inscrições de trabalhos que façam referência a um ou mais ramos do cooperativismo paranaense representado pela Ocepar: agropecuário, saúde, crédito, consumo, trabalho, transporte, turismo, habitacional, educacional, infraestrutura. A entrega do Prêmio será realizada em maio.

Novidades - Ao completar uma década, o Prêmio Ocepar de Jornalismo está com várias novidades, como o lançamento de novas categorias e aumento no montante total dos recursos que serão distribuídos aos vencedores, passando de R$ 51 mil, na edição passada, para R$ 62 mil nesta edição. Duas categorias foram criadas: o Prêmio Especial Unimed, voltado apenas para matérias sobre saúde e o Prêmio Especial Ramo Crédito, destinado a trabalhos que abordem o cooperativismo de crédito e cujo vencedor vai receber R$ 6 mil cada. “Anteriormente, tínhamos as categorias ramos crédito e saúde e o valor pago era de R$ 3,5 mil e que agora praticamente dobra, como uma forma de incentivo para que mais profissionais possam se interessar e participar”, explica o coordenador da assessoria de comunicação e do Prêmio Ocepar, Samuel Milléo Filho.

Universitário - A categoria Universitário, lançada no ano passado, foi mantida, mas, neste ano, os acadêmicos de Jornalismo poderão inscrever matérias tratando de todos os ramos do cooperativismo, diferentemente do ano passado, que se restringia ao crédito. Será escolhido um ganhador que receberá R$ 2.500,00. Segundo Milléo é uma forma de também valorizar os futuros profissionais jornalistas. “Uma oportunidade para levar o tema para dentro dos cursos de Jornalismo em diversas universidades paranaenses, e propiciar que esses estudantes passem a entender como funciona o cooperativismo e o que ele representa para o desenvolvimento do nosso estado e do país”, lembrou.

Demais categorias– Nas demais categorias Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo e Mídia Cooperativa - a premiação continua a mesma das edições anteriores. Os três melhores trabalhos em cada uma delas vão receber R$ 6 mil (primeiro lugar); R$ 3 mil (segundo lugar) e R$ 2 mil (terceiro lugar).

O Prêmio- O concurso é realizado desde 2004 com o objetivo de premiar os melhores trabalhos e profissionais da imprensa que atuam nos veículos de comunicação do Paraná e também das cooperativas paranaenses. O Prêmio Ocepar de Jornalismo tem ainda o propósito de divulgar a importância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do Paraná e do Brasil. Desde que foi criado, já recebeu um total de 630 trabalhos inscritos em telejornalismo, radiojornalismo, jornalismo impresso e mídia cooperativa. Somente na edição passada, houve 85 matérias inscritas. A iniciativa é do Sistema Ocepar, com apoio financeiro da Central Sicredi PR/SP e Unimed Paraná, e em parceria com os Sindicatos de Jornalistas Profissionais do Estado do Paraná, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Serviço – Mais informações pelo fone (41) 3200-1150, e-mail:  jornalismo@sistemaocepar.coop.br.

 

SEGURO RURAL: Seminário discute oportunidades e desafios

A Escola de Negócios da Funenseg promoveu, nesta terça-feira (18/02), em Curitiba, o seminário “Os Desafios do Agronegócio: Subscrição de Riscos e Sustentabilidade”. O evento discutiu as possibilidades de mercado existentes para o setor agropecuário, com enfoque especial ao seguro rural, suas potencialidades, concorrência, riscos inerentes à atividade e oportunidades associadas à subvenção ao prêmio do seguro fornecido pelo governo brasileiro. Houve ainda a apresentação de uma palestra sobre a carteira de produtos de seguro rural com uma comparação com mercados internacionais. Os temas foram abordados por Bruno Kelly, corretor de seguros da empresa Correcta, do Rio de Janeiro, e por Fernando e Gláucio Toyama, do grupo segurador Banco do Brasil e Mapfre Seguros.

Participação - Ao todo participaram 40 pessoas, entre elas, o analista técnico e econômico, Robson Mafioletti. “As informações discutidas no seminário foram positivas e trouxeram informações para os corretores do Paraná sobre os produtos e os desafios futuros para desenvolver produtos que atendam à demanda dos produtores rurais. Outro ponto ressaltado foi  a importância do Governo Federal garantir a subvenção pública ao prêmio de seguro rural e que também minimize os riscos das seguradoras/resseguradoras neste mercado. Houve ainda a apresentação dos modelos norte-americano e espanhol de seguro rural e as similaridades com o modelos desenvolvido no Brasil”, disse Mafioletti. 

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TRABALHO: Ramo elabora plano de ação 2014

trabalho 19 02 2014Questões tributárias vão demandar muito da atenção dos membros do Conselho Consultivo do ramo Trabalho do Sistema OCB, em 2014. Por isso, representantes do setor se reuniram, nessa terça-feira (18/02), para discutir a pauta do plano de ação para o ano. O encontro ocorreu na Casa do Cooperativismo, em Brasília, e contou com a participação do diretor do Sistema para o ramo Petrucio Magalhães Junior e da gerente geral, Tânia Zanella.

Evolução - Para o Diretor, a reunião do Conselho é um fórum consultivo, permanente e qualificado capaz de definir diretrizes e ações, visando ao fortalecimento das atividades das cooperativas de trabalho. “A cada encontro, percebemos a evolução das discussões e encaminhamentos, impactando diretamente nos resultados do ramo”, avalia Petrucio.

Produtivo - Para a gerente geral, Tânia Zanella, o evento foi muito produtivo. “Houve uma grande representatividade dos estados o que possibilitou discussões aprofundadas sobre questões como tributação e estratégias de mercado para o  ramo”.

Reuniões - Segundo o coordenador do Conselho Consultivo, Geraldo Magela da Silva, uma série de reuniões deverá ser realizada entre representantes do Sistema OCB e governo federal. Dentre os assuntos, está a cobrança de 15% de imposto sobre o valor do contrato de prestação de serviços dessas cooperativas, pagos pelo contratante, ao governo.

Competitividade - “Isso gera o que chamamos de ‘relativa perda de competitividade’. E, na tentativa de solucionar a questão, as cooperativas têm reduzido o preço de seus serviços. A questão é que o cooperado perde com isso. Por isso, precisamos sensibilizar o governo. Não queremos tratamento especial, apenas o que é justo”, afirma Magela.

Regulamentação – Outro assunto que, certamente, constará do plano de ações 2014 para o ramo Trabalho é a sanção da regulamentação da lei nº 12690/12. “As cooperativas vivem sob um regime de instabilidade jurídica, muito grande. Espera-se que o decreto venha a esclarecer, junto à lei, um ambiente mais favorável para a atuação das cooperativas”, argumenta. (Informe OCB)

 

COOPERATIVISMO: Câmara Temática debate futuro do setor

Os cenários e os desafios para as cooperativas até 2025 estiveram na pauta da sexta edição da Câmara Temática de Cooperativismo Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O evento foi realizado nesta terça-feira (18/02) em Brasília. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, também presidente da câmara, falou sobre o assunto. O evento abordou ainda questões como o Balanço do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 e as perspectivas para o próximo Plano Safra além do projeto “Sebrae no Campo”. (Informe OCB)

SICREDI: Aplicativo no Facebook avalia o nível de cooperação

sicredi 19 02 2014 capturaO Sicredi acaba de lançar um novo aplicativo para o Facebook, que integra a plataforma digital da Sicredi Touch, a conta jovem do Sicredi. Com o Your Touch, o usuário classifica o seu nível de cooperação em diversas áreas da vida. O internauta que curtir o app vai responder a um quiz que avalia suas atitudes do dia a dia na vida financeira, sustentabilidade, internet, vizinhança, cidadania e no trânsito. A partir das respostas, o Your Touch gera um badge (um ícone ou distintivo digital) para o usuário de acordo com o nível de cooperação. Os badges usarão o avatar do internauta e serão apresentados com nomes criativos e textos divertidos. No momento seguinte, o usuário é convidado a compartilhar o resultado com os amigos.

Plataforma digital- O aplicativo, desenvolvido pela DZ Estúdio, integra a plataforma digital Sicredi Touch, desenvolvida para ampliar o relacionamento com o segmento jovem por meio de conteúdo relevante como os vídeos da série "Cooperação sem Complicação". Na segunda quinzena de março e na primeira de abril, serão lançados os vídeos sobre Trânsito e Internet. O vídeo sobre Trânsito traz dicas úteis de cooperação para que o momento de locomover-se seja mais tranquilo e a vida das pessoas mais colaborativa. O Internet apresenta sugestões para compartilhar conhecimento e utilizar a rede a favor de um mundo digital melhor. Já estão disponíveis os vídeos sobre Vida Financeira e Sustentabilidade.

Acesso - As reflexões e sugestões práticas para uma vida mais cooperativa estão na Sicredi Touch (www.sicreditouch.com.br/play) - seção Touch Play.

Sobre o Sicredi - O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 2,5 milhões de associados e 1.258 pontos de atendimento, em 10 Estados* do País. Organizado em um sistema com padrão operacional único conta com 100 cooperativas de crédito filiadas, distribuídas em quatro Centrais Regionais - acionistas da Sicredi Participações S.A. - uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br.

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

 

SICOOB: Transações mobile banking registram crescimento de 595%

sicoob 19 02 2014O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) encerrou 2013 com mais de 25 milhões de transações realizadas por meio do mobile banking, um crescimento de 595,57% comparado ao ano anterior. A tendência de alta continua. Só em janeiro deste ano, foram realizadas quatro milhões de transações neste canal, um salto de 254% comparado ao mesmo mês do ano passado.

Plataforma móvel- A Plataforma Móvel do Sicoob pode ser utilizada tanto em celulares quanto em tablets. Atualmente os associados, pessoas físicas e jurídicas, acessam o aplicativo “Sicoob” nos dispositivos dos cinco principais fabricantes mundiais: Apple (iOS), Google (Android), RIM (Blackberry), Microsoft (Windows Phone) e Firefox OS (Mozilla). Até dezembro, os associados já tinham realizado mais de 135 mil downloads do aplicativo, nas lojas virtuais dos fabricantes de dispositivos móveis.

Serviços - Com estes dispositivos, e acesso à internet, o associado realiza, entre outros, pagamentos, transferências, TEDs, DOCs, aplicações financeiras, consultas de saldos e extratos. Também podem verificar informações dos cartões, checar a previdência, realizar a cópia de imagem dos cheques e até mesmo simular ou contratar empréstimos.

Comodidade e praticidade- De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação, Ricardo Antônio Batista, o canal mobile deve se transformar, nos próximos anos, em um dos principais meios de relacionamento do associado com as cooperativas de crédito no Sicoob. “A grande comodidade e praticidade oferecida pela ferramenta mobile possibilita economia de tempo, já que a realização de transações podem ser feitas aonde o associado esteja, em qualquer hora do dia”.

Sobre o Sicoob- O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui mais de 2,5 milhões de associados em todo o país e está presente em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por mais de 500 cooperativas singulares, 15 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação) que tem a finalidade de defender os interesses das cooperativas representadas, ofertar serviços, promover a padronização, supervisão e integração operacional, financeira, normativa e tecnológica. Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil S.A. (Bancoob) especializado no atendimento às cooperativas de crédito e cujo controle acionário pertence às cooperativas do Sicoob; a Bancoob DTVM, distribuidora de títulos e valores; o Sicoob Previ, fundação que oferece plano de previdência complementar; a Cabal Brasil, bandeira e processadora de cartões e a Ponta Administradora de Consórcios. Conta ainda com o Fundo Garantidor do Sicoob (FGS), que confere credibilidade ao Sistema e garante a proteção dos recursos dos seus associados. A rede Sicoob é a sexta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem um amplo portfólio de produtos e serviços para seus associados e possibilitam acesso a recursos para empréstimos em geral e investimentos, tanto para pessoas físicas como jurídicas, com juros mais acessíveis. (Imprensa Sicoob)

 

COCAMAR I: Quebra de safra na região da cooperativa passa de 25%

Uma safra de soja que tinha tudo para ficar entre as melhores dos últimos anos, não resistiu ao clima seco de janeiro, que foi marcado também por temperaturas muito acima da média. Na região da Cocamar, que se estende por dezenas de municípios do noroeste e norte do Estado, a perda, no geral, passou de 25%, segundo o departamento técnico da cooperativa. Em alguns lugares, a situação foi bem mais grave.

Contraste - A realidade das lavouras de soja de grande parte do Paraná contrasta com as informações de que o país vai colher neste ano uma safra recorde de grãos, estimada recentemente em 193 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), das quais 90 milhões de soja. Em alguns municípios, como Bela Vista do Paraíso, Alvorada do Sul e Primeiro de Maio, no norte do Estado, a quebra de produtividade deve ultrapassar 50%, como resultado de 40 dias sem chuvas. Em Atalaia, no noroeste, a situação é semelhante.

Produtividade - De acordo com o coordenador técnico de culturas anuais da cooperativa, agrônomo Emerson Nunes, a média de produtividade, calculada em 110 sacas por alqueire no início do ciclo, já caiu para 88 sacas.

Qualidade - Além da perda na produção, a qualidade dos grãos também foi comprometida em razão das altas temperaturas. Segundo Nunes, reflexos negativos dessa situação devem ser sentidos também na safra de inverno, uma vez que haverá redução no cultivo de milho, além de menos investimento em tecnologia. Na região norte, muitos produtores devem migrar para o trigo. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Em ano ruim, problemas não faltam

Quando o cooperado Ricardo Cicotti fez a semeadura da soja em duas propriedades no município de Atalaia (sendo uma própria de 15 alqueires e outra arrendada de 21), ele esperava contar com a ajuda do tempo para conseguir uma produtividade entre 150 a 160 sacas por alqueire, já obtida em outras épocas. Mas, com a estiagem ocorrida em dezembro, reduziu um pouco a previsão, mas ainda mantinha a confiança em colher bem. O problema foi a seca prolongada de janeiro, somada ao forte calor, que aniquilou a lavoura. Segundo Cicotti, no lote de 15 alqueires a média deve ficar entre 35 e 40 sacas, bem abaixo do custo de produção, calculado em 65 sacas por alqueire. E, na área arrendada, garante: “Nem compensa passar a máquina”.

Cobertura - O produtor lembra que o Proagro mal cobrirá os custos, mas, além desse, ele se vê diante de outros dois problemas. O primeiro é saber como honrar a entrega de 1.500 sacas que foram vendidas antecipadamente à cooperativa, a R$ 61 cada. O outro é como pagar o arrendamento ao custo de 30 sacas por alqueire ao proprietário dos 21 alqueires.  “Acho que nunca passei por um momento tão difícil”, comenta Cicotti, que busca reanimar-se para investir no plantio de milho de inverno, e completa: “A gente não pode parar. Tem que entregar nas mãos de Deus.”

Granizo – Em Maringá, a família de Ivan Bavelone, que cultiva 190 alqueires no município e Astorga, enfrentou estiagem e também uma chuva de granizo. Em 60 alqueires, por causa da seca, a média ficou em 80 sacas por alqueire, de acordo com o produtor. Em outra parte, justamente a que havia recebido mais chuva, onde a expectativa era de uma produção de 120 a 130 sacas, houve duas tempestades de granizo, nos dias 6 e 11 de fevereiro. “Detonou com tudo. Vamos fechar com umas 60 sacas por alqueire”, afirma Bavelone, explicando que não há como fechar as contas. Da área cultivada, 44 alqueires foram arrendados no município de Astorga. “Além do custeio normal da safra, temos que pagar 1.800 sacas do arrendamento”, completa.

Região do Guerra- Ainda em Maringá, o produtor José Carlos Marques Luiz, cuja família cultiva 45 alqueires na região do Guerra, conta que caprichou nos cuidados com a lavoura, esperando colher de 150 a 180 sacas de soja por alqueire. Com o clima adverso, calcula agora conseguir ao menos 100 sacas por alqueire. “Aqui até que choveu, mas o calor forte judiou”, diz.  

Quente - Quarenta e dois graus na sombra. A temperatura, medida no final de janeiro e início de fevereiro, assustou o produtor Valter Afonso da Fonseca e os irmãos, que plantam 120 alqueires em Maringá, também na região do Guerra. Ele destacou o forte calor nesta safra de verão. “O clima quente arrebentou com a soja”, lamenta Fonseca, que fazia planos de colher 145 sacas por alqueire: “Agora, se der a metade, está bom”, acrescenta. O produtor tem seguro de toda a lavoura e, em um lote de 17 alqueires, o último a ser plantado,  a média deve ficar em 50 sacas. “As vagens não encheram e teve muito pé que morreu”, cita.

Norte - Nos municípios de Alvorada do Sul, Primeiro de Maio e Bela Vista do Paraíso, que ficam na região de Londrina, as produtividades ficaram muito abaixo do esperado. Onde normalmente é comum produzir até mais de 140 sacas por alqueire, houve produtores que só conseguiram 50 sacas, enquanto outros não passaram de 20s. 

Situação complicada- Nos quatro alqueires cultivados pelo cooperado Cláudio Ribeiro Barbosa, em Primeiro de Maio, a média foi de apenas 36 sacas por alqueire. “Fiz tudo direitinho: utilizei sementes de qualidade, joguei a média de 900 quilos de adubo por alqueire, mas não choveu e fez muito calor. Como a safra de inverno passada também não foi boa, estamos agora numa situação complicada”, lamenta. (Imprensa Cocamar)

AGRICULTURA FAMILIAR: Compras de produtos para merenda chegará a R$ 58 milhões

agricultura familiar 19 02 2014As compras de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar no Paraná devem atingir R$ 58 milhões neste ano, o que representa 75% do total de R$ 78 milhões que serão repassados pelo Governo Federal ao estado dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Pela lei do PNAE, é necessário que pelo menos 30% dos recursos totais seja para a compra de produtos de agricultores familiares. O Paraná, portanto, estará destinando a aquisição de alimentos frescos mais que o dobro que o mínimo exigido pela lei. Para este ano, a Secretaria da Educação prevê ofertar 1,3 milhão de refeições para os alunos de 2.700 escolas estaduais dos 399 municípios do Paraná.

Apresentação - A evolução do programa no Paraná desde 2011 e as projeções de compras para este ano foram apresentadas nesta terça-feira (18/02) pela executora do PNAE no Estado, Márcia Stolarski, durante a primeira reunião deste ano do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf-Paraná). O Conselho é constituído por 37 entidades que representam a agricultura familiar no Estado e tem como presidente o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Os agricultores que fornecem alimentos para o PNAE podem ser beneficiados até o limite de R$ 20 mil cada um por ano.

Tendência - Márcia afirmou que as compras de alimentos feitas diretamente dos agricultores tendem a crescer, mesmo que o montante repassado pela União para o programa esteja congelado desde 2010 - em R$ 0,30 por aluno/dia.

Desafio - Um desafio apresentado aos conselheiros do Cedraf-PR para atingir a meta de aumento nas compras de produtos frescos, segundo Márcia Stolarski, é organizar os agricultores e associações em 26 municípios do Estado que ainda não estão incluídos no programa por falta de oferta de produtos.

Segunda chamada pública- Márcia comunicou a realização de uma segunda chamada pública, até o fim do ano, para a inclusão desses municípios. São eles: Antonio Olinto, Arapuã, Ariranha do Ivaí, Campina do Simão, Congonhinhas, Cornélio Procópio, Foz do Jordão, Goioxim, Grandes Rios, Guaraqueçaba, Iguatu, Ipiranga, Itambaracá, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Fátima, Rancho Alegre, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, São João do Triunfo, Santa Amélia, Santo Antônio do Paraíso, Sapopema, Sertaneja, Rio Bom e Ventania.

Organização - As instituições que compõem o Cedraf vão ajudar na organização dos agricultores nesses municípios, para que participem da segunda chamada pública que será feita ainda este ano.

Solução - Para o secretário Norberto Ortigara, é importante solucionar essas dificuldades porque é do interesse de todos que as coisas fluam bem e esse mercado precisa ser conquistado, defendeu. A executora do programa no Estado, que é também da diretoria de infraestrutura e logística da Secretaria Estadual da Educação, atribuiu o aumento das compras de produtos da agricultura familiar à construção da parceria com os agricultores e cooperativas de agricultores familiares que estão mais organizados, mais participativos e melhoraram a logística de distribuição de alimentos fazendo com que as mercadorias sejam entregues com mais regularidade nas escolas.

Evolução – De 2011 para cá, os municípios atendidos pelo programa passaram de 192 para 373. As compras de alimentos aumentaram de 39 para 81 itens e o valor investido para aquisição de produtos diretamente dos agricultores familiares passou de R$ 3 milhões para R$ 46 milhões.

Aumentos - Nesse período, o número de escolas atendidas passou de 906 para 2.254; o número de associações e cooperativas fornecedoras aumentou de 46 para 134; o volume de compras de produtos passou de 1.885 toneladas para 15.487 toneladas e o volume de alimentos orgânicos comprados evoluiu de 9 toneladas para 2.384 toneladas.

Grupos de alimentos- Atualmente o programa de alimentação escolar no Paraná está comprando alimentos de 11 grupos de alimentos como frutas, sucos, cereais, feijões, carnes e ovos, tubérculos, hortaliças, legumes, panificados, leite e iogurtes. Será priorizada a compra de alimentos em municípios classificados com maior número de agricultores familiares e com cooperativas de agricultores familiares constituídas, informou Stolarski.

Orgânicos - Márcia ressaltou, ainda, a importância no fornecimento de alimentos orgânicos, cujos produtores recebem até 30% acima do preço referência estipulado para os alimentos convencionais similares.

Recomendação - No encontro do Cedraf-PR também foi aprovada recomendação para a criação, consolidação e certificação de áreas contínuas livres de agrotóxicos no Estado. A proposta foi apresentada pelo pastor Werner Fuchs, da rede Ecovida, e será encaminhada para análise nos órgãos estaduais, federais, aos poderes Legislativo e Judiciário, bem como ao Ministério Público Estadual para que apoiem a criação dessas áreas.

Outros temas- Outros temas foram avaliados, como as diversas estratégias e programações para comemoração do Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em reconhecimento à contribuição da agricultura familiar para segurança alimentar e erradicação da pobreza no mundo.

Zonas de amortecimento- O pastor Werner Fuchs propôs a criação de áreas livres de agrotóxicos em zonas de amortecimento em torno de unidades de conservação; áreas de recarga de aquíferos, áreas de mananciais e demais Áreas de Proteção Ambiental (APAs), áreas de assentamentos da reforma agrária e faxinais e em outras áreas contínuas ou unidades territoriais por deliberação de seus habitantes.

Legislação - Fuchs apresentou a proposta com base em legislação já existente sobre o assunto. Ele citou a lei de segurança alimentar e nutricional que define a alimentação saudável baseada na produção agroecológica; a adesão do Paraná ao sistema estadual de segurança alimentar e nutricional, que institui modelos agroecológicos de produção; a necessidade de articular políticas e ações de incentivo ao cultivo de alimentos orgânicos e de base agroecológica; as dificuldades que o agricultor agroecológico enfrenta com o vizinho e a possibilidade de contaminação e ainda o cumprimento de resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que estabelece um raio de 10 quilômetros como zona de amortecimento para proteção ambiental dos cultivos agroecológicos. (Agência de Notícias do Paraná)

 

SEMA: Prêmio vai reconhecer mulheres que atuam em defesa do meio ambiente

sema 19 02 2014Reconhecer e premiar mulheres que contribuíram de forma relevante para a defesa do meio ambiente no Paraná. Este é o objetivo do Prêmio Mãe Natureza, instituído esta semana, por meio de resolução, pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida. "O prêmio será conferido anualmente, no Dia Internacional da Mulher, e agraciará três mulheres que se destacaram na área ambiental no Estado", explica o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Luiz Eduardo Cheida.

Indicação - A indicação das candidatas ao prêmio deve ser encaminhada à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos até o dia 28 de fevereiro e incluir os dados pessoais da indicada, o currículo e um ofício com a justificativa para a indicação. As indicações devem ser feitas por entidades de classe, sindicatos, instituições públicas e privadas, organizações não governamentais, instituições de ensino ou órgãos de pesquisa.

Servidores públicos- É vedada a indicação de servidores públicos ou profissionais vinculados ao Sistema de Meio Ambiente do Paraná, o que inclui as autarquias da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto das Águas do Paraná e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG).

Nomes - Os nomes das premiadas serão previamente publicados e divulgados na semana que antecederá o evento de diplomação e recebimento do troféu.

Conselho - Para a escolha das mulheres que receberão o prêmio será constituído o Conselho do Prêmio Mãe Natureza, composto por seis integrantes, sendo dois representantes da Secretaria do Meio Ambiente, dois representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Paraná e dois representantes indicados por organizações não governamentais. A resolução prevê que 50% do Conselho deve ser composto por mulheres. O secretário do Meio Ambiente presidirá o Conselho. (Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente)

 

JUCEPAR: FCN e RE eletrônica já estão disponíveis para novos empreendedores

A Junta Comercial do Paraná (Jucepar) já deu início à obrigatoriedade do preenchimento eletrônico da Ficha de Cadastro Nacional (FCN) e do Registro de Empresário (RE), segundo passo no processo de registro de estabelecimentos e parte da implantação da Redesim. O objetivo da medida é facilitar o processo de abertura de empresas no Estado.

Repasse automático- Agora, as informações cadastradas durante o procedimento de pesquisa de viabilidade e reserva de nome e endereço, primeiro passo no registro da empresa, são automaticamente repassadas para a segunda fase do processo, o preenchimento da FCN e RE, gerando os documentos necessários para a entrada de processos na Jucepar.

Discrepância - Segundo o presidente da Jucepar, Ardisson Naim Akel, o método tem a finalidade de diminuir a discrepância de informações entre as duas primeiras etapas, o que ocorria anteriormente, além de possibilitar mais agilidade no processo e segurança no processamento dos dados.

Simplificação - “O propósito é que alguns erros, como a contradição de informações entre a consulta de viabilidade e reserva de nome e as informações registradas na FCN ou RE sejam extintas. Com isso, teremos uma simplificação no processo de abertura de empresas, com significativa economia de tempo e dinheiro dos novos empreendedores”, salienta. (Assessoria de Imprensa da Secretaria da Indústria e Comércio)

APPA: Operação Safra 2014 realiza ação de conscientização com caminhoneiros

Nesta quarta-feira (19/02), a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) começou a realizar blitz educativas com caminhoneiros da Operação Safra 2014. Em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ação teve início às 9h30, no Posto Wanser (PRF), na BR 277, logo após a praça de pedágio da Ecovia, sentido Paranaguá.

Acompanhamento - A ação está sendo acompanhada pelo secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho e pelo superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino. Durante o período da manhã, até às 13h, equipes da Guarda Portuária, com o apoio e a colaboração do efetivo da PRF, farão a parada e abordagem direta aos transportadores. Nessa parada, o material da Operação Safra 2014 será entregue. Este ano, no kit, além do folder informativo, serão distribuídos sacos de lixo e lixeira para os caminhões.

Objetivo - O objetivo da abordagem é chamar a atenção quanto às regras da descarga de grãos no Porto de Paranaguá, garantindo, assim, um escoamento de safra tranquilo e, mais uma vez, sem filas. A partir desta ação, a Ecovia começa a distribuir os folders informativos na Praça de Pedágio e também nas guaritas de entrada do Pátio de Triagem. (Assessoria de Imprensa da Appa)

INSUMOS: Mais agilidade na importação de fertilizantes

Problemas recorrentes que afetam a distribuição de fertilizantes no mercado brasileiro, as filas nos portos e a demora no processo de descarregamento dos insumos importados poderão arrefecer se ganhar força um novo modelo de comercialização que prevê a nacionalização do produto ou o uso de armazéns alfandegados. O novo modelo vem sendo testado por companhias estrangeiras produtoras de matérias-primas de adubos destinadas às empresas misturadoras (fabricantes do produto final) que atuam no país. Atualmente, cerca de 70% da demanda doméstica por adubos é atendida pelas importações.

Nacionalização - Embora as importações diretas das misturadoras ainda sejam a principal via desse comércio, marcado por taxas elevadas de sobre-estadia de navios (demurrage), algumas companhias estrangeiras já investem na nacionalização do produto importado ou em armazéns alfandegados (entrepostados). Fontes do segmento explicam que a mercadoria nacionalizada pode ser vendida em moeda brasileira no Estado em que estiver localizado o armazém. No caso dos armazéns alfandegados, controlados pela Receita Federal, o produto pode ser vendido em outros Estados, mas em dólar.

Vários períodos- De uma maneira ou de outra, as fornecedoras de matérias-primas podem trazer suas mercadorias em vários períodos do ano - e não apenas quando houver grande demanda - e manter em armazéns volumes capazes de atender a diversos perfis de clientes, até os que demandam volumes menores. E as misturadoras não precisam esperar a chegada dos produtos, cuja viagem pode demorar 30 dias, e o descarregamento nos portos, que chega a durar outros 45. "Para o cliente é uma boa", diz Carlos Eduardo Florence, diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubos (Ama-Brasil).

Acordo - Para adotar esses novos modelos de venda, contudo, a empresa estrangeira precisa ter um acordo com operadores portuários ou participação direta em uma companhia operadora, conforme um especialista. Foi o que fez a Uralkali, umas das maiores produtoras de potássio do mundo. O grupo russo anunciou na sexta-feira retrasada que comprou uma participação de 25% na Equiplan Participações, principal acionista do Terminal Portuário da Ponta do Felix, localizado no porto de Antonina, no litoral do Paraná.

Pronunciamento - A Equiplan e o Terminal Portuário da Ponta do Felix não se pronunciaram sobre o negócio. A Uralkali também não informou o valor da aquisição. "O Brasil é um dos mais ativos consumidores globais de fertilizantes à base de potássio, que são necessários para o desenvolvimento das áreas de soja e outras culturas", afirma Oleg Petrov, diretor comercial e de marketing da Uralkali, em comunicado divulgado no dia 7. Conforme o executivo, o investimento habilitará a companhia a expandir suas operações na América Latina.

Potássio - Listada nas bolsas de Moscou e de Londres, a Uralkali informa que detém 20% da produção global de potássio. Os ativos da companhia consistem em cinco minas e sete usinas de beneficiamento na região de Perm, na Rússia. No fim de julho do ano passado, a companhia atraiu os holofotes ao anunciar o fim de sua parceria com a Belaruskali, empresa da Bielorrússia. Juntas, formavam a BPC (Belarusian Potash Company), considerada um cartel que controlava 40% do mercado mundial de potássio, avaliado em US$ 22 bilhões. Na época, representantes da Uralkali disseram que o preços iriam recuar e que a companhia buscava uma estratégia de "máxima produção".

Sem representantes- Segundo uma fonte do segmento, com o rompimento a Belaruskali ficou sem representante no Brasil, enquanto a Uralkali continuou comercializando seus produtos no país e se tornou a empresa que exportou o maior volume de potássio ao país em 2013. Em julho, antes de adquirir a participação do Terminal Portuário da Ponta do Felix, a Uralkali firmou um acordo com o mesmo terminal para fornecer 10 milhões de toneladas de cloreto de potássio ao longo de dez anos.

Antonina - O terminal em Antonina tem se fortalecido como alternativa ao porto de Paranaguá, principal porta de entrada de fertilizantes importados no país - responsável por 39,4% de todas as importações brasileiras de fertilizantes em 2013, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). O Terminal da Ponta do Felix começou a receber fertilizantes em 2010. Foram recebidas 1,75 milhão de toneladas em 2013, ante 1,15 milhão em 2012.

Reforço - Outras empresas como a OCP, do Marrocos, e a americana Koch, também estão reforçando a política de estar mais próxima dos clientes brasileiros, conforme fontes do segmento. Uma delas destacou que a Koch detém dois armazéns em Paranaguá para estocar e comercializar produtos nacionalizados e aguarda a liberação de um armazém alfandegado em um acordo com a Rocha Terminais Portuários e Logística, também em Paranaguá. (Valor Econômico)

MACROECONOMIA: Custo das térmicas ainda não entra no cálculo da meta fiscal

macroeconomia 19 02 2014Às vésperas de anunciar os cortes no Orçamento, o governo ainda não decidiu incluir o custo das térmicas no cálculo da meta de superávit primário de 2014. Esse gasto extra pode chegar, no pior dos cenários, a R$ 18 bilhões e, se não for considerado, a estimativa de despesas do decreto estará subestimada. Assim, a meta fiscal anunciada terá que ser eventualmente revista.

Intenção - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi um dos que sinalizaram a intenção do governo de adiar essa discussão. Nesta terça-feira (18/02), depois de anunciar o balanço do PAC, o ministro disse que para avaliar os custos adicionais das térmicas é preciso ter um quadro climático mais claro. Por isso, na avaliação do ministro, não há razões para definir, neste momento, como será o repasse do custo extra - qual será a parte do Tesouro e quanto será repassado para as tarifas.

Definições- "Não temos definições porque não sabemos ainda qual o quadro que vai permanecer, se vai chover ou não, se vai melhorar ou não. Se vamos ou não colocar recursos e se vai ser repassado para as tarifas ainda não está definido e não há razão para que seja definido agora. Será definido tão logo a situação fique mais clara", disse. "Se vamos colocar recurso do Tesouro ou se vai para a tarifa, isso está indefinido", complementou.

Divisão - O Valor apurou que a discussão no governo sobre o que fazer para bancar os custos adicionais das térmicas dividiu o governo desde as primeiras reuniões da Junta Orçamentária, o grupo de ministros que define os cortes de gastos. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, sustentou a tese de que uma estimativa agora seria prematura e só serviria para reduzir a meta de primário estabelecida pelo governo. O melhor seria fazer como no ano passado: aguardar o fim do período chuvoso para então dimensionar a necessidade de recursos. Em 2013, o primeiro repasse de recursos do Tesouro ocorreu em junho. "Não é possível mensurar neste momento o custo das térmicas durante todo o ano", argumentou um técnico.

Meta de superávit- O anúncio da meta de superávit de 2014 acabou se complicando por causa dos gastos das térmicas, que produzem uma energia muito mais cara que as hidrelétricas. O Orçamento deste ano prevê R$ 9 bilhões para o setor elétrico. Mas esses recursos já foram utilizados para cobrir subsídios e indenizações devidos anualmente pela União, sem destinar nenhuma verba para pagar pelo uso das térmicas. Com a falta de chuvas e o esvaziamento dos reservatórios, as usinas termelétricas ficarão ligadas de forma ininterrupta, gerando uma despesa inesperada.

Adiamento - A dificuldade de fechar as contas de 2014 fez o governo adiar o anúncio da meta de superávit para amanhã ou sexta-feira. A intenção original era que os cortes fossem conhecidos hoje. Mesmo assim, o governo terá que cumprir o prazo legal estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal e editar um decreto estabelecendo a "programação financeira e o cronograma de execução mensal" do orçamento até amanhã, dia 20.

Decreto - Segundo técnicos do governo, se não houver uma decisão da presidente Dilma Rousseff sobre os cortes desse ano, é possível trabalhar com um decreto "tampão", como foi feito no ano passado, e a qualquer momento publicar uma revisão com as metas definitivas. Nesse decreto temporário, o governo pode liberar limites mínimos para que cada ministério trabalhe sem comprometer suas atividades fins. Nesse caso, é como se o orçamento fosse cumprido sem contingenciamento das verbas.

Expectativa- Essa, no entanto, não é a alternativa considerada mais provável pelos técnicos do governo. A expectativa continua sendo que o governo publique o decreto com os cortes no prazo final desta quinta-feira. Nos bastidores já circula a informação de que para fixar uma meta fiscal crível, o governo precisará fazer ajustes nos gastos com Educação e Saúde. Segundo um técnico, não está fácil dar um sinal de austeridade fiscal num cenário em que o crescimento econômico ainda patina. Ontem, no entanto, o ministro Mantega disse que espera que o crescimento econômico em 2014 seja superior a 2013. (Valor Econômico

 

BNDES: Em cinco anos, repasses do Tesouro ao banco atingem R$ 324, 2 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já usou todo o recurso aportado pelo Tesouro Nacional entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013, no valor de R$ 324,25 bilhões. O volume inclui o repasse anunciado no fim de novembro, no valor de R$ 24 bilhões, e que entrou no caixa do BNDES no dia 6 de dezembro. As informações constam do relatório de prestação de contas ao Congresso, relativo ao quarto trimestre de 2013, sobre o uso dos recursos recebidos do Tesouro.

Dezembro - Segundo o presidente do banco, Luciano Coutinho, o mês de dezembro, sazonalmente, costuma ser muito forte em desembolsos. No ano passado, o banco registrou liberações recordes de R$ 190,4 bilhões. Para fazer frente a tamanho volume, os recursos repassados do Tesouro ao banco de fomento somaram R$ 39 bilhões somente em 2013.

2014 - Para este ano ainda não é possível traçar expectativas, uma vez que o BNDES deve reduzir seus aportes para um patamar próximo a R$ 150 bilhões para, assim, precisar de menos recursos do Tesouro. No fim do ano passado, o banco de fomento reajustou taxas de algumas linhas, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), e na semana passada definiu nova política operacional, encarecendo o custo de financiamento de alguns setores.

Aplicação - De 2009 a 2013, o BNDES aplicou os R$ 324,25 bilhões em recursos recebidos do Tesouro Nacional em vários projetos e investiu outros R$ 117,78 bilhões provenientes do retorno da carteira de contratos, o que totalizou R$ 442,03 bilhões em desembolsos no período.

Finame - De acordo com o relatório, 48,6% dos recursos (R$ 214,67 bilhões) foram investidos por meio do Finame, onde estão agrupadas operações de produção e comercialização de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional. O segundo maior volume, R$ 92,92 bilhões, 21% do total, foi para o Finem, onde estão agrupados grandes projetos de investimento voltados principalmente para implantação, expansão e modernização de empreendimentos.

Pré-Embarque- Em terceiro lugar, aparece o BNDES Pré-Embarque, que recebeu R$ 41,75 bilhões, 9,4% do total de recursos no período de 2009 a 2013. A modalidade financia a produção para exportação de bens aprovados pelo banco. O total de recursos investidos, R$ 442,03 bilhões, beneficiou 1, 1 milhão de operações de financiamento em todo o país.

Indústria - Sob a ótica industrial, o setor de transformação recebeu a maior parte dos desembolsos feitos pelo BNDES, com os recursos aportados pelo Tesouro Nacional. Do total liberado entre 2009 e 2013, o setor ficou com 36,1% dos recursos (R$ 159,59 bilhões). A área de infraestrutura recebeu 34,5% dos recursos (R$ 152,39 bilhões).

Destaque - Dentro do ramo da indústria de transformação, merece destaque o gênero de atividade de fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que absorveu R$ 37,6 bilhões. No segmento de infraestrutura, o mais beneficiado foi o setor de transporte terrestre, com desembolsos de R$ 96,4 bilhões. Também se destacou a área de eletricidade, gás e outras utilidades, com participação de R$ 30,7 bilhões. (Valor Econômico)

INTERNACIONAL: G-20 vai tentar reduzir tensão sobre emergentes

As maiores economias do mundo, reunidas no G-20, vão tentar nesta semana reduzir a tensão provocada pela política do Federal Reserve (o BC dos EUA), que causa saída forte de capital de emergentes, com uma mensagem bem semelhante ao que já foi dito no ano passado e que mostra os limites da cooperação internacional.

Comunicado - O Valor apurou que a Austrália propôs um primeiro "draft" (esboço) do comunicado dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 no qual usa uma linguagem mais enxuta para sugerir a reafirmação para os bancos centrais dos países ricos fazerem mudanças em suas políticas monetárias de forma cuidadosamente calibradas e acompanhada de comunicação adequada. Além disso, a ideia é que o G-20 reafirme também que os emergentes em geral estão preparados para enfrentar a volta à normalidade da política monetária dos Estados Unidos.

Negociação - O texto será negociado antes das reuniões dos ministros no sábado e no domingo. Mas a Índia já sinalizou que tem uma expectativa bem além da platitude habitual. Raghuram Rajan, presidente do Reserve Bank of India (o BC indiano), reclamou no mês passado que "a cooperação monetária internacional está quebrada" e que os países ricos "não podem a esta altura lavar suas mãos e dizer que estão fazendo o que é necessário".

Consenso - Mas mesmo entre os emergentes não há consenso sobre o que se esperar do Fed. Até porque, mesmo com promessas de coordenação de políticas no G-20, espécie de diretório econômico do planeta, no fim cada um é que define como implementar sua política e evidentemente de acordo com seus interesses.

Preparação - No Brasil, o ministro Guido Mantega e o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem preferido reiterar que o Brasil está preparado para a normalização da política monetária dos EUA, procurando afastar as avaliações de que o país é um dos "cinco frágeis".

Primeira reunião- A nova presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, fará em Sydney sua primeira reunião internacional. E já deixou claro, sem surpresa, que o "tapering" (redução da compra de ativos pelo Fed) será influenciado apenas pela economia americana, e portanto que os afetados que cuidem de seus efeitos.

Lado - Joe Hockey, o ministro das Finanças da Austrália e que vai presidir a reunião, já escolheu de que lado vai ficar: do Federal Reserve. Para ele, com o "tapering" o dólar americano vai se reforçar contra o dólar australiano e outras moedas e "isso nos dá um pouco de respiro". O dólar australiano forte tornou suas exportações mais caras.

Sinalização - O sentimento entre certos negociadores é de que a comunicação do Federal Reserve já melhorou, com sua sinalização de que vai prosseguir com o "tapering" até o fim do ano. Ou seja, o Fed vai continuar diminuindo mensalmente sua compra de ativos, reduzindo a liquidez, mas ainda assim terá reservas de cerca de US$ 3 trilhões. A expectativa é de que a primeira subida dos juros nos EUA só ocorra no verão de 2015.

Afrouxamento - Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) tende a afrouxar ainda mais sua política monetária. O Banco Central do Japão vai colocar mais US$ 700 bilhões de liquidez neste ano no mercado, para tentar prevenir a economia japonesa de cair de novo na deflação. O Banco da Inglaterra faz esforço para convencer os mercados de que manterá seu juro baixo por longo tempo. (Valor Econômico)


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