PLANO SAFRA 2014/2015: Setor produtivo do PR quer redução de juros de custeio e investimento
Redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio e investimentos para recursos do crédito rural e disponibilização de R$ 200 bilhões para o financiamento de custeio, comercialização e investimento. Os produtores rurais e cooperativistas pedem ainda o aumento dos limites para financiamento nos programas Procap-Agro e Prodecoop e a elevação dos preços mínimos do milho, feijão e café. As reivindicações do setor produtivo do Paraná foram apresentadas na manhã desta terça-feira (25/02), durante evento na sede da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). O documento, elaborado em conjunto pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação da Agricultura do Paraná (Faep), além da Seab, foi entregue a representantes do Ministério da Agricultura (Mapa). “As propostas que apresentamos são um conjunto de pleitos e sugestões para que haja o necessário aperfeiçoamento da política agrícola do país”, disse o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
Debate - Compuseram a mesa para debater as sugestões, além do secretário Ortigara, o diretor do Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, o diretor de Financiamento à Produção Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luiz Guadagnin, o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa, o presidente da Faep, Agide Menegueti, e do vice-presidente da Fetaep (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná), José Castilho. “É importante que busquemos avanços no próximo Plano Agropecuário e Plano Safra. As propostas do cooperativismo do estado estão focadas em especial à redução das taxas de juros e aumento nos limites para os programas voltados ao setor, como o Prodecoop e o Procap-Agro”, disse o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa.
Clique aqui e confira na íntegra as propostas do Paraná ao Plano Agrícola e Pecuário 2014/15
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SEAB: Paraná perde mais de 2 milhões de toneladas para seca e calor
As perdas nas lavouras de soja e milho do Paraná ultrapassam 2 milhões de toneladas, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (25/02) pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado (Seab). O volume refere-se somente à quebra na produção de soja, disse o secretário Norberto Ortigara. No caso do milho, o prejuízo é menos expressivo e soma 100 mil toneladas. O órgão acredita, no entanto, que a redução na safra de grãos 2013/14 pode ser ainda maior e chegar a 2,5 milhões de toneladas para os dois grãos. Isso porque as chuvas que caíram nas últimas semanas não foram suficientes para reverter o déficit hídrico no solo em boa parte das regiões produtoras paranaenses. A redução na previsão de colheita do estado se deve ao calor excessivo e a falta de chuvas registrados especialmente no início deste ano. “Em algumas fazendas, as temperaturas chegaram a 70ºC”, lembrou Ortigara. Segundo o secretário, a região Norte foi a mais castigada pelo clima neste ano. Em Cornélio Procópio, por exemplo, a quebra foi de 50% no potencial produtivo da oleaginosa.
Cálculo - Cálculo do Agronegócio Gazeta do Povo (AgroGP) indica que o prejuízo financeiro na soja deve somar R$ 2 bilhões, considerando a perda anunciada pela Seab e os preços atuais do produto praticados no mercado — R$ 60 por saca de 60 quilos. No milho, a quebra deve ficar acima de R$ 33 milhões, já que os preços do cereal estão em torno de R$ 20 por saca. A Expedição Safra Gazeta do Povo, que há oito anos monitora a intenção de plantio, desenvolvimento das plantações e a colheita dos grãos nos principais estados agrícolas brasileiros, está em campo conferindo os resultados da temporada 2013/14. Na semana após o carnaval, um novo indicador de safra para o Paraná será lançado pela Expedição. Segundo maior produtor nacional de grãos, o estado pretendia colher 16,48 milhões de toneladas de soja e 5,6 milhões de toneladas de milho neste ciclo, conforme a Seab.
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IC AGRO: OCB e Fiesp lançam índice de confiança do agronegócio
Uma importante ferramenta foi lançada nesta segunda-feira (24/02), em São Paulo, com o objetivo de auxiliar os elos da cadeia produtiva nacional na hora de tomar suas decisões. É o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), desenvolvido pelo Departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Os primeiros números do relatório também foram apresentados, na capital paulista.
Participação - O evento contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do presidente do Sistema Ocesp, Edivaldo Del Grande, do embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues, dentre outras autoridades.
Novo tempo- Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, esse estudo reflete a importância de se pensar em um novo tempo para a agropecuária brasileira. Segundo ele, o indicador chama a atenção para o benefício direto ao produtor cooperado. “Teremos a oportunidade de olhar o agronegócio de maneira integrada, já que as cooperativas são agentes importantes nesse contexto, dentro e fora da porteira. Elas são verdadeiros centros de segurança para os seus cooperados e, com as informações do IC Agro, poderão rever estratégicas e identificar novos caminhos para potencializar a competitividade dos seus associados”, declara Márcio Freitas.
Fiesp - “O IC Agro, primeiro produto do tipo no Brasil, será uma ferramenta essencial para toda a cadeia produtiva. É um material de referência e sem dúvida será usado para auxiliar a tomada de decisões das indústrias, empresários e cooperativas, frente aos resultados obtidos”, explica o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. “Por outro lado, ele também será usado pelo governo como um termômetro já que permite apontar as necessidades de implementação e melhoria de políticas públicas para o setor”, acredita o presidente da Fiesp.
Cooperativas - Por fim, Skaf ressaltou a relevância das cooperativas como agentes de desenvolvimento do agronegócio. Segundo ele, 84% dos produtores entrevistados falaram sobre a importância da união entre eles para o bom resultado do processo produtivo.
Divulgação – O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) será divulgado trimestralmente e tem como objetivos compreender os pontos de convergência e divergência entre os elos da cadeia produtiva, medir a disposição de realizar novos investimentos e antecipar mudanças de tendências.
Apoio – O IC Agro é uma realização da Fiesp e OCB, com o apoio da Anfavea e Andef. Os dados que compõem o índice são atualizados trimestralmente e a próxima divulgação está prevista para o final de março. Outros detalhes e o download do estudo completo estão disponíveis no site: www.icagro.com.br. A ideia é que um novo índice seja lançado a cada três meses. (OCB, com informações da Fiesp)
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FRIMESA: Estratégia campeã
A Frimesa Cooperativa Central realizou, na última sexta-feira (21/02), a AGO – Assembleia Geral Ordinária. Durante o evento, os presentes aprovaram o relatório que aponta o excelente desempenho obtido em 2013. “Atingimos nossas metas, e 2013, certamente vai entrar para a história. Com todos os indicadores apontando um dos melhores anos da cooperativa, o crescimento é uma prova de que a Frimesa certamente vive hoje, uma das melhores fases, tanto no resultado financeiro quanto no posicionamento da marca no mercado”, assim o diretor presidente da Frimesa, Valter Vanzella, expressa o momento que a cooperativa vive hoje.
Conselho Fiscal- Na Assembleia, os 30 delegados, representantes dos mais de 4.600 produtores integrados das Cooperativas Filiadas – Copagril, Lar, Copacol, C.Vale e Primato – empossaram ainda os novos Conselheiros Fiscais, responsáveis pelo exercício 2014 da Frimesa. A chapa única que concorreu ao Conselho Fiscal é formada pelos cooperados Genezio Clemente, da Copacol, como presidente; Edio Rodrigo Welter, da Lar; da Primato os cooper ados Moacir Scuzziatto e Cezar Luiz Dondoni; Beno Zanon da C.Vale e Milton Schone da Copagril, que permanece dentre os membros.
Estabilidade - Representando a Ocepar – Organização das Cooperativas do Paraná – estava o superintendente adjunto Nelson Costa, que ressaltou a importância do cooperativismo no estado, destacando ainda a estabilidade da Frimesa.
Ciclo - De acordo com Vanzella, a cooperativa hoje encerra um ciclo do planejamento e começa a olhar para o futuro de forma mais ousada, “começamos a planejar os passos para os próximos anos”.
Desempenho - Somente no ano passado, a Central cresceu 24%, o que representou um aumento de R$ 323 milhões no faturamento. Este crescimento, baseado em pilares como conhecimento, inovação e atitude, fez a receita da Frimesa, através dos 5.440 colaboradores, passar de 1,34 para 1,66 bilhão.
Investimentos- Os investimentos nas unidades industriais permitiram à cooperativa aumentar a produção em 11%, uma expansão de 260,5 para 289,1 mil toneladas. Tal crescimento só foi possível pelo aumento de 10% na área de carnes, onde foram industrializadas 1.417.306 cabeças de suínos. Na área de lácteos a recepção média diária chegou à casa dos 600 mil litros de leite, 16,6% a mais, se comparado à 2012.
Carnes - As 188.828 toneladas de suínos industrializados, são resultado, exclusivamente, do trabalho de 881 produtores integrados às cooperativas filiadas. Em 2013, 59,3% da matéria-prima foi transformada em presuntos, salames, mortadelas e linguiças, entre outros embutidos. Os cortes somaram 24,4% do total. Já a exportação ficou na casa dos 9,3%. Os subprodutos completaram a soma com 7%.
Lácteos - Com um crescimento considerável, as indústrias de lácteos da Frimesa ampliaram os volumes de produção, focadas na agregação de valor. A produção média, de 600 mil litros diários foram transformados em mais de 100 mil toneladas de produtos. 58,8% de produtos industrializados. 31,2% de Leite Longa Vida e o restante, 9,9% em queijos. (Imprensa Frimesa)
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BOM JESUS: Falta apenas um dia para o 9º Dia de Campo
Nesta quarta e quinta-feira (26 e 27/02) acontecerá, no Campo Experimental da Bom Jesus (Lapa), o 9º Dia de Campo. Nessa edição do maior evento agropecuário da região sudeste do Estado são esperadas mais de 2 mil pessoas nos dois dias de evento. Nesse ano, mais de 50 empresas participam do Dia de Campo que pode ser considerado o maior e mais bem organizado dos últimos anos, porém o clima seco do mês de janeiro e fevereiro acabou interferindo nos cultivares, como explica o responsável pelo Campo Experimental e Engenheiro Agrônomo, Carlos Klenki. “Em 2014, especialmente, tivemos a interferência do clima na preparação do campo, nos meses de janeiro e fevereiro as altas temperaturas interferiram principalmente nas cultivares de soja e feijão”.
Visual - Porém, nas últimas semanas a região da Lapa recebeu boa quantidade de chuvas, o que fez com que o Campo Experimental recuperasse o visual e se tornasse muito atrativo para os visitantes, é o que diz Severino Giacomel, engenheiro agrônomo e gerente do Departamento Técnico da Bom Jesus. “O visual do Campo Experimental é excelente, as últimas chuvas do mês de fevereiro fizeram com que o campo se recuperasse, dessa forma o campo está especialmente bom se comparado às edições anteriores”.
Café da manhã- Nos dois dias de evento, os visitantes serão recebidos a partir das 8h da manhã com café da manhã, organização dos grupos de estudo e a abertura oficial do evento com o presidente da Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio. A partir das 9h30, os visitantes serão encaminhados para o Campo Experimental onde percorrerão em três roteiros os stands das 54 empresas participantes. Próximo ao meio-dia será servido um almoço e após esse momento os visitantes estarão liberados para visitar as empresas que mais lhe chamaram a atenção.
Negócios - Durante o evento também será possível fechar negócios no estande da Bom Jesus, assim como os visitantes do dia 26 poderão aproveitar as ofertas no seu entreposto, no dia 27. Já os visitantes do dia 27 poderão aproveitar as ofertas nos entrepostos da cooperativa no dia 28. (Imprensa Bom Jesus)

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AGRÁRIA: Dia de Campo de Verão acontece nesta quarta e quinta
A Cooperativa Agrária promove o Dia de Campo de Verão 2014 - evento técnico sobre cereais de verão, nesta quarta e quinta-feira (26 e 27/02), na Colônia Vitória, no distrito de Entre Rios. No primeiro dia, dois palestrantes convidados abordarão avanços e desafios do plantio direto, bem como o mercado de soja e milho. No segundo dia, o tema "cooperação" será abordado pelo filósofo Clóvis de Barros Filho. No período da tarde, nos dois dias, haverá as tradicionais palestras simultâneas da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) em sete áreas de pesquisa, incluindo as estações de fertilidade do solo, milho, feijão, soja e plantas daninhas, mecanização, fitopatologia e - novidade para este ano - a entomologia. (Imprensa Agrária)
Mais informações estão disponíveis no site www.diadecampodeverao.com.br
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COCAMAR I: Cheques são entregues a hospitais de quatro cidades
Quatro hospitais estão recebendo cheques emitidos pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial, no valor de R$ 25 mil cada. A doação, aprovada pelos 450 associados que compareceram à Assembleia Geral Ordinária, no último dia 6, em Maringá, é parte das sobras financeiras referentes ao exercício 2013. Para a distribuição do recurso, foram escolhidos o Hemocentro e o hospital do Câncer, ambos de Maringá, o Hospital do Câncer de Londrina e o Hospital do Câncer de Umuarama.
Tradição - Destinar, todo início de ano, uma fração das sobras para essa finalidade, já é tradição na cooperativa. A proposta, geralmente apresentada pela presidência da Assembleia, tem aprovação unânime.
Entidades beneficiadas- Na segunda-feira (24/02), pela manhã, o gerente de Relações Humanas da cooperativa, Douglas Eduardo de Mattos, acompanhado do gerente da unidade de atendimento Maringá, Claudemir Menegon, levou o cheque ao Hospital de Câncer da cidade, entregue ao diretor Paulo Moya. À tarde, no Hemocentro, foram recepcionados pela diretora Silvia Maria Tintori. Nesta terça-feira (25/02) pela manhã, está agendada a entrega em Londrina e, na quarta (26/02) à tarde, em Umuarama. (Imprensa Cocamar)
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COCAMAR II: Cultivo de eucaliptos é difundido em palestras
A cultura do eucalipto pode ser uma alternativa econômica interessante para a geração de renda adicional em propriedades de todos os tamanhos. Desde o início do mês, a Cocamar vem promovendo palestras junto a produtores cooperados em municípios da região, para apresentar as vantagens dessa cultura. De acordo com o agrônomo Renato Hobold Watanabe, o eucalipto, cujo corte inicia no sétimo ano após o plantio, tem mercado garantido, podendo ser destinado para aproveitamento como lenha ou forração na indústria moveleira. Da mesma forma, a espécie compõe o tripé da integração lavoura-pecuária-floresta, podendo ser plantada em cantos de propriedades e espaços pouco aproveitáveis, onde, além de possibilitar uma renda extra, proporciona sombreamento e bem-estar aos animais.
Programação - Houve três palestras em fevereiro (Umuarama, Cruzeiro do Oeste e Altônia) e outras 18 estão programadas para março em várias outras cidades. (Imprensa Cocamar)
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RAMO CRÉDITO: Sicoob FederalCred Sul e Sicoob Sul se unem
Com dois Postos de Atendimento, a FederalCred Sul, presente em Curitiba e interior de Santa Catarina, se integra ao Sicoob Sul, também de Curitiba. Com isto, a área de atuação do Sicoob Sul, bem como a quantidade de postos de atendimento aumentam. A aglutinação das cooperativas também amplia o público, passando a atender os servidores públicos da União nos dois Estados.
Projeto +20- Segundo o diretor Administrativo e Financeiro do Sicoob Sul, Herbert Michelis, a aglutinação das duas cooperativas vêm contribuir para o projeto +20, que tem como objetivo ampliar a presença do Sicoob em Curitiba e região metropolitana até 2015. “Queremos estender a marca Sicoob e aumentar o público beneficiado por nossos produtos e serviços”, completa.
Total - Agora, o Sicoob PR atua no Paraná e Santa Catarina, com 136 Postos de Atendimento nas principais cidades. (Imprensa Sicoob Central PR)
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AGENDA PARLAMENTAR: Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados realizam eleições
Nesta semana, a Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados realizam as eleições para presidências e vice-presidências. Os líderes partidários se reúnem, nesta terça-feira (25/02), para definir os nomes dos deputados que devem concorrer à presidência das sete comissões que ainda não possuem indicações. As reuniões para instalação dos colegiados estão previstas para quarta-feira (26/02), às 10h e 14h.
Audiência pública- A Câmara dos Deputados realiza ainda audiência pública, nesta terça-feira (25/02), às 14h, para debater o texto do Senado Federal ao Plano Nacional de Educação - PNE (PL 8.035/2010). O PNE define metas e diretrizes da área para os próximos dez anos. Além disso, a Frente Parlamentar Mista da Educação, composta por deputados e senadores, também debate os desafios do setor para os próximos anos, a reunião está agendada para quarta-feira às 9h. (Blog OCB no Congresso)
Para acessar a Agenda da Semana,clique aqui.
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MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: Ministro Afif Domingos apresenta a Caravana da Simplificação, em Curitiba
O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado do Paraná (Fopeme), que é presidido pelo secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, recebeu, nesta terça-feira (25/02), o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. A reunião do Fórum aconteceu na Associação Comercial do Paraná. O superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, prestigiou o evento.
Tratamento diferenciado- O Fórum é a instância governamental que trata dos aspectos não tributários relativos ao tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas e aos empreendedores. O ministro apresentou a Caravana da Simplificação, que trata do novo Simples Nacional e da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM). (Com informações da Agência de Notícias do Paraná)
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SEBRAE: Paranaenses concorrem à etapa nacional do Prêmio Mulher de Negócios
Três finalistas do Paraná concorrem à etapa nacional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, cujas vencedoras serão anunciadas nesta terça-feira (25/02), em Brasília. Participam da disputa as paranaenses: Francisca Nunes Alves, de Araruna, na categoria Produtora Rural; Raquel Aparecida da Cruz, de Campo Mourão, como Microempreendedora Individual; e Lucienne de Souza, de Floresta, enquadrada na categoria Pequenos Negócios. Elas concorrem com 81 empreendedoras do Brasil e as vencedoras ganharão uma viagem internacional.
Mulheres empreendedoras- O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é uma iniciativa voltada para mulheres empreendedoras e visa reconhecer, divulgar e premiar histórias de empreendedorismo feminino. As três finalistas paranaenses são da região noroeste do Estado e venceram a etapa estadual, realizada em novembro, em Curitiba.
Todas vencedoras- O coordenador estadual do Prêmio e consultor do Sebrae/PR, Lucas Hahn, destaca que todas as finalistas são vencedoras. “Ter chegado até a etapa nacional já é um grande feito, um reconhecimento importante. Esta iniciativa é muito importante, porque, valorizando o trabalho dessas empreendedoras, estamos contribuindo para que mais mulheres usem seus exemplos para também investir em suas carreiras”, afirma.
Escolha - “As 81 finalistas não foram escolhidas por acaso. Todas são fortes candidatas, mas as paranaenses entram com grandes chances, porque o processo de escolha nas três categorias foi criterioso e o foco em gestão é o forte das representantes do nosso Estado. As histórias delas são exemplos de que o empreendedorismo feminino está cada vez mais presente no Paraná e que pode mudar a vida de muitas pessoas. São trajetórias de superação, de mulheres que fazem a diferença na sociedade com seus empreendimentos”, diz a consultora do Sebrae/PR em Maringá, Vânia Paula Claus.
Consciência - Francisca Nunes Alves, 69 anos, uma das finalistas paranaenses, tem consciência disso e considera sua história um exemplo de superação. Após perder um dos pés, ela entrou em depressão. A empreendedora encontrou alívio quando começou um curso para produzir compotas e doces. Conhecida hoje como “Tia Chica dos doces de Araruna”, ela acredita que tem chances de vencer. “Tenho muita fé e sei que posso trazer este Prêmio para o Paraná. Tenho uma história de muita luta e estou ansiosa para viajar a Brasília e conhecer outras histórias como a minha”, conta a produtora rural, que atualmente fornece seus produtos para 12 municípios.
O Prêmio é uma iniciativa do Sebrae Nacional, em parceria com o Governo Federal, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Federação das Associações das Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW Brasil) e Fundação Nacional de Qualidade (FNQ).
Viagem ao exterior- Lucas Hahn explica que as vencedoras de cada uma das três categorias ganharão uma viagem ao exterior. “Elas irão para outros países conhecer experiências de sucesso em suas áreas de atuação. Assim, poderão aplicar o que viram em seus empreendimentos e melhorar ainda mais os seus negócios. Além disso, elas serão beneficiadas com a exposição que recebem, pois são convidadas para dar entrevistas e se tornam mais conhecidas”, justifica.
Aumento na clientela- Francisca sentiu um aumento na clientela desde que venceu a etapa estadual. “Pessoas de outras cidades ficaram sabendo do meu trabalho por reportagens e me procuraram para me parabenizar e comprar os meus produtos”, relata.
Inscrições- O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios recebeu 6.642 inscrições em todo País, sendo 402 somente no Paraná. As inscrições para a próxima edição abrem a partir do dia 8 de março. Mais informações pelo telefone 0800 570 0800.
Sobre o Sebrae/PR - Para quem já é ou quer ser empresário, o Sebrae/PR – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná é a opção mais fácil e econômica de obter informações e conhecimento. Criado na década de 1970, o Sebrae apoia as decisões dos empresários, dos potenciais empresários e dos potenciais empreendedores, no campo e na cidade, porque é a instituição que entende de pequenos negócios e possui a maior rede de atendimento do País. Ao todo, são 27 unidades e aproximadamente 600 postos de atendimentos espalhados de norte a sul do Brasil. No Paraná, conta com seis regionais e 11 escritórios. A instituição chega aos 399 municípios do Estado por meio de atendimento itinerante, pontos de atendimento e de parceiros locais, como associações, sindicatos, cooperativas, órgãos públicos e privados. O Sebrae/PR oferece palestras, orientações, capacitações, treinamentos, projetos, programas e soluções empresariais, com foco em desenvolvimento de empreendedores; impulso a empresas avançadas; competitividade setorial; promoção de ambiente favorável para os negócios; tecnologia e inovação; acesso ao crédito; acesso ao mercado; parcerias internacionais; redes de cooperação; e formação de líderes. (Imprensa Sebrae/PR)
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EXPEDIÇÃO SAFRA: Portos do sul medem forças com o arco norte
Enquanto o Centro-Oeste anuncia que vai desviar a exportação de soja e milho para os portos do Arco Norte, o Paraná e o Rio Grande do Sul preveem ampliação nos embarques em seus terminais. Tanto o Porto de Paranaguá (PR) como o de Rio Grande (RS) estimam carregamento de volume 12% maior que o de 2013, apesar dos sinais de que estão sobrecarregados. Querem acompanhar o crescimento de 10% na produção nacional de soja (para cerca de 90 milhões de toneladas) e manter, juntos, participação de 37,5% na exportação crescente.
Ajustes - O Porto de Rio Grande – que ultrapassou o de Paranaguá na exportação da oleaginosa no ano passado, com vantagem de 8,27 milhões para 7,78 milhões de toneladas – faz ajustes para embarcar 9,2 milhões de toneladas de soja em 2014, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. Os exportadores de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso economizaram tempo usando um porto mais distante e menos concorrido no último ano e deverão continuar lançando mão dessa alternativa, prevê o diretor-superintendente, Dirceu Silva Lopes.
Grãos estrangeiros - Enquanto Paranaguá segue prospectando aumento da produção agrícola e da demanda de exportação em sua zona de abrangência (o centro-sul do país), Rio Grande tem projetos para ampliar o recebimento de grãos também da Argentina e do Uruguai. O nordeste uruguaio, onde a soja vem se expandindo rapidamente, fica a 400 quilômetros de Montevidéu, o dobro da distância a ser percorrida até o porto gaúcho. Do nordeste argentino, podem sair carregamentos de soja e também de trigo, aponta Dirceu Lopes. “Podemos avançar 5 milhões de toneladas expandindo nossa área de influência para além das fronteiras”, avalia o superintendente do porto gaúcho. O Paraguai, que tem estrutura para exportação por Paranaguá, continua escoando praticamente toda sua produção pela Argentina.
Dobro - O Centro-Oeste do Brasil quer praticamente dobrar a exportação de soja e milho pelo Arco Norte (Amazonas, Amapá, Pará e Maranhão) neste ano. A projeção mais expressiva vem de Mato Grosso, que embarcou 4,5 milhões de toneladas (2012/13) e planeja exportar 9,5 milhões de toneladas pela região (2013/14), principalmente pelos portos de Belém (PA), conforme o Movimento Pró-Logística.
Projeção mato-grossense- Para 2014/15, a projeção mato-grossense é desviar 17 milhões de toneladas de grãos dos portos do Sul e Sudeste. Na comparação com o trajeto ao Porto de Santos, por onde Mato Grosso exportou 55% da soja e do milho no ano passado, a distância que precisa ser percorrida de caminhão é 50% menor (1 mil km até Itaituba, AM) ou 30% mais curta (1,37 mil km até Santarém, PA). Desses portos, a carga completa 2 mil km por via fluvial até Belém (PA).
Ordem na fila - Apesar de mais longo, o trajeto aos portos do Sul está melhor estruturado, apontam Paranaguá e Rio Grande. Entre Mato Grosso e Pará, há 330 quilômetros sem asfalto na BR-163. E as filas de caminhões assombram Santos. Esse problema foi superado e dificilmente voltará a ocorrer em Rio Grande, sustenta o superintendente do porto gaúcho.
Distribuição - Dirceu Lopes conta que sete pátios distribuem os caminhões em regiões próximas aos quatro terminais de embarque. Segundo ele, três pátios são novos. Para que os demais veículos circulem sem problema na região portuária, os caminhões são obrigados a permanecer nos pátios entre 6h15 e 8h30 e entre 17h45 e 20 horas. A competição por espaço é crescente desde a inauguração, em 2010, do Polo Naval da Petrobras, onde são montadas plataformas para extração marítima de petróleo.
Problema resolvido- Paranaguá informa ter resolvido o problema crônico das filas com o agendamento eletrônico para a chegada dos caminhões e deve dobrar a capacidade do pátio central de triagem, para 2,2 mil vagas. E outros estacionamentos devem ser criados. “Com o alto grau de informatização do fluxo de chegada, é possível integrar vários pátios, sejam públicos ou privados, e maximizar o sistema”, afirma o superintendente Luiz Henrique Dividino. Nesta época do ano, Paranaguá recebe 1,5 mil caminhões por dia, mas o número passa de 2,7 mil nos meses mais movimentados, como acontece também em Rio Grande.
Longe, mas rápido - Para chegar ao porto gaúcho, um caminhão de soja que sai de Mato Grosso percorre 535 quilômetros a mais do que se fosse para Paranaguá. A diferença chega a 715 quilômetros na comparação com Santos – que mantém liderança nas exportações, com 12,9 milhões de toneladas em 2013, mas volta a enfrentar filas de caminhões.
Atendimento - O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, afirma que a previsão de aumento de 12% nos embarques não representa uma corrida em busca de recordes. Os ajustes técnicos e de infraestrutura para se chegar a essa marca devem-se à previsão de safra recorde e têm o objetivo de “atender o comércio exterior da melhor forma”.
Carregamento sem paradas - A velocidade dos embarques vem reduzindo o tempo de espera dos navios em Rio Grande, conforme a superintendência do porto. “Estamos carregando navio de 64 mil toneladas em 18 horas no Tergrasa [um dos quatro terminais]. Antes de ajustarmos o processo, levava de 24 a 28 horas”, compara o superintendente Dirceu Lopes. Os ajustes estão servindo de referência para os outros três terminais do porto, diz o superintendente.
Espera - O objetivo de acelerar o processo é reduzir a espera dos navios, que se aglomeram ao largo. No porto gaúcho, as embarcações esperam de 10 a 12 dias para carregar grãos. Nas épocas críticas, são duas semanas, metade do tempo registrado em Paranaguá. “Os maiores portos para exportação de grãos do Brasil são o de Santos e o de Paranaguá. Nós queremos ser o mais eficiente”, afirma Lopes.
Tempo de carregamento- A redução do tempo de carregamento a menos de dois dias vem ocorrendo também em Paranaguá. O porto criou uma “via expressa”, para oferecer a melhor estrutura disponível aos navios com até três paradas programadas e desestimular as interrupções. Sem adesão à “fila rápida” por enquanto, a própria estrutura do Corredor de Exportação (onde atracam três navios ao mesmo tempo e para onde convergem as correias ligadas aos armazéns) é apontada como vantagem competitiva.
Transferência de cargas- O sistema dispensa transferência de cargas em caminhões. O maior entrave acaba sendo as chuvas, que paralisaram os carregamentos durante 100 dias em 2013.
Menor - A movimentação de grãos dentro dos portos é cada vez menor. A meta é descarregar o caminhão e encaminhar a soja direto para o navio, sem transferências. Em Rio Grande, um sistema de compartilhamento de cargas entre os quatro terminais graneleiros evita que os navios tenham que sair de um carregador para o outro. Com o sistema, conhecido como “FOB FOB” (da expressão Free on Board, que refere-se à mercadoria livre de custos de transporte, pronta para embarque), Rio Grande pode manter o carregamento simultâneo de cinco navios com mais frequência.
Previsão - 18 milhões de toneladas de soja devem ser exportadas por Paranaguá e Rio Grande em 2013/14, preveem os administradores dos portos. São 2 milhões a mais do que na última temporada, o que mantém a participação dos dois portos, juntos, em 37,5% dos embarques da oleaginosa. Santos segue na liderança, com mais de 12 milhões de toneladas. Para que as previsões do Sul se concretizem, o Centro-Oeste terá de elevar o escoamento de grãos pela região, apesar das distâncias serem maiores. (Gazeta do Povo)
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APROSOJA: Preço do transporte de soja de Mato Grosso a Santos bate recorde
A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou nota afirmando que o valor do frete no Estado para escoamento da safra de verão bateu o recorde de preço com metade da soja colhida e chegou a R$ 330 de Sorriso a Santos. Isto representa R$ 18,60 por saca e um avanço de 10% em relação à semana passada. O Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, já havia noticiado, em 18 de fevereiro, que o transporte de grãos até o porto havia subido, em média, 35% no Estado em um mês.
2013 - “No ano passado, o valor de R$ 320 por tonelada foi atingido na primeira semana de março, quando a colheita de soja estava 70% concluída”, diz a entidade na nota, citando números do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Pressão - Segundo a Aprosoja, ainda restam 13,9 milhões de toneladas de soja a serem colhidas e a expectativa é de mais pressão nas cotações de transporte, pois o pico da colheita está começando. “Segundo os dados divulgados pelo Imea, hoje, se a tendência de alta no preço do frete seguir a projeção das últimas três safras, o pico da cotação ocorrerá em março, quando quase toda a safra estará disponível no mercado. Com isso, a relação de frete com o preço da soja pode ultrapassar os 40% registrados em março do ano passado”.
Outros fatores- Além da demanda mais acentuada por caminhões, contribuem para este cenário a pressão no escoamento, o déficit de armazenagem no Estado e a elevação no custo de transporte ocasionado pela logística deteriorada e ineficiente. (Valor Econômico)
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SAFRA 2014/15: EUA entre clima bom e preços baixos
Apesar da incerteza sobre o clima dos próximos meses, os Estados Unidos estão confiantes de que colherão uma safra recorde de grãos na temporada 2014/15, que começa a ser semeada no mês que vem no país. Entre soja e milho, os norte-americanos esperam retirar dos campos 451,8 milhões de toneladas – 8,6 milhões acima da colheita anterior. O crescimento de 2% deve ocorrer mesmo com uma ligeira redução de 0,4% na área de cultivo e promete derrubar as cotações internacionais dos grãos no próximo ciclo.
Usda - Apresentadas pelo Usda, o Departamento de Agricultura do país, na semana passada, as primeiras estimativas oficiais de produção para a safra 2014/15 contam com produtividades bem acima da linha de tendência, desconsiderando as previsões que apontam para mais um ano de neutralidade climática – condição que torna regime de chuvas mais imprevisível e aumenta o risco de quebras de safra.
Produtividade- Com média de 3,04 mil quilos de soja e 10,39 mil quilos de milho por hectare, o governo norte-americano prevê safras de, respectivamente, 96,6 milhões e 355,2 milhões de toneladas na temporada 2014/15 – produção suficiente para alçar os estoques da oleaginosa ao maior nível em oito anos. Deve ser o segundo ano consecutivo de recomposição das reservas internas do cereal, depois de oito safras de vantagem para o consumo.
Desempenho - No ano de melhor desempenho até agora, os EUA conseguiram retirar das lavouras 2,96 mil quilos de soja e 10,34 mil quilos milho por hectare. Isso foi na safra 2009/10, último ciclo de produção cheia no país. Naquela temporada, os produtores norte-americanos colheram 91,4 milhões de toneladas de soja e 332,5 milhões de toneladas de milho.
Clima - “Supondo que o clima será favorável, depois de quatro safras com problemas climáticos, os EUA podem estabelecer novos recordes. Com isso, os preços devem recuar ao menor nível desde 2009/10”, cravou o economista-chefe do Usda, Joseph Glauber, no discurso de abertura do 90.º Agricultural Outlook Forum, em Arlington, na Virgínia.
Preço - Levantamento do Usda indica que o preço médio da soja deve cair 24%, de US$ 12,70 por bushel (27,2 quilos) na temporada anterior para US$ 9,65 no próximo ciclo. O milho tende a registrar queda um pouco mais suave, de 13%, mas deve recuar a níveis ainda mais críticos. Os US$ 3,90 por bushel (25,4 quilos) previstos pelo órgão para 2014/15 ficam abaixo dos custos de produção, estimados pelo setor em US$ 4,50/bushel.
Bom ano- “Ao que tudo indica neste momento, o Meio-Oeste [principal região de produção de grãos dos EUA] terá um bom ano, com possibilidade de produtividade [de milho] acima de 10 mil quilos por hectare”, garantiu o agrometeorologista do Usda Brad Rippey. Segundo ele, uma seca como a que assolou o Corn Belt em 2012, provocando a maior quebra da história norte-americana, está descartada. “Por outro lado, é possível que haja excesso de umidade na primavera, o que, potencialmente, pode atrasar o plantio em algumas áreas”, alertou.
Estoques crescem com queda nas exportações e produção maior - Depois de verem seus estoques de milho recuarem ao menor nível em quase 20 anos no ciclo 2012/13, os Estados Unidos devem engatilhar o segundo ano consecutivo de reposição de suas reservas internas. Com consumo interno praticamente estável e exportações em queda, os estoques finais do cereal devem saltar de 37,6 milhões de toneladas em 2013/14 para 53,4 milhões em 2014/15. “Apesar da área menor, a produção tende a crescer, mas, do outro lado, o ganho de demanda será mínimo”, resumiu Mark Ash, economista do USDA.
Estagnação - Ash explicou que a queda recente dos preços do cereal não está sendo suficiente para reverter a estagnação da produção de etanol, que deve continuar absorvendo menos de 40% da produção norte-americana de milho. Por outro lado, houve uma melhora nas margens da indústria de carnes, mas o crescimento da demanda do cereal para alimentação animal deve ser pequeno. Nas exportações, a perspectiva é de queda de 3%, de 40,6 para 39,4 milhões de toneladas. “Enfrentamos concorrência feroz de Brasil e Ucrânia, que ultrapassaram a Argentina e já são o segundo e terceiro maiores exportadores de milho do mundo”, explicou o secretário de Agricultura, Tom Vilsack.
Soja - No caso da soja, tanto exportação (43,5 milhões de toneladas), quanto esmagamento (46,9 milhões de toneladas) devem crescer, mas o aumento fica aquém do incremento previsto para a produção. Com isso, os estoques da oleaginosa devem praticamente dobrar, para 7,8 milhões de toneladas ao final do ciclo 2014/15.
Com recuo no milho, soja tem plantio recorde - Depois de cultivar área recorde de milho no ciclo passado, os Estados Unidos irão diminuir o plantio na próxima temporada. A extensão destinada ao cereal deve cair 3,7% no ciclo 2014/15, para 37,2 milhões de hectares. A área será transferida para a soja, que só não ganha mais terreno porque enfrenta forte competição com o algodão na região do Delta do Mississippi. A oleaginosa terá plantio 4% maior na próxima safra norte-americana, com 32,1 milhões de hectares cultivados – a maior área da história. As projeções fazem parte da primeira estimativa de intenção de plantio do Usda, divulgada na semana passada durante o Agricultural Outlook Forum. Os números serão revistos pelo Departamento em março. (Gazeta do Povo)
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ECONOMIA I: Balança comercial tem déficit de US$ 646 milhões na terceira semana de janeiro
A balança comercial brasileira registrou novo déficit (exportações menores que importações) na terceira semana de fevereiro, ficando negativa em US$ 646 milhões. As compras do Brasil no exterior totalizaram US$ 4,3 bilhões, contra vendas externas de US$ 3,6 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial está negativo em US$ 6,7 bilhões, 45% a mais que o déficit de US$ 4,6 bilhões observado para o mesmo período de 2013. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (24/02) pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior.
Média diária- Na terceira semana do mês, a média diária das importações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, ficou em US$ 733,2 milhões, valor 1,6% superior ao patamar registrado até a segunda semana. O principal fator foi o incremento de 9,5% nas vendas de produtos de maior valor agregado, como automóveis de passageiros, suco de laranja congelado, motores para veículos, açúcar refinado e veículo de cargas, que movimentaram US$ 305,4 milhões diários. Os itens básicos e semimanufaturados tiveram retração nas vendas. Além disso, o crescimento mais amplo das importações não permitiu que a balança ficasse no positivo. As compras do Brasil no exterior passaram de US$ 862,4 milhões para US$ 925,5 milhões, segundo o critério da média diária.
Saldo acumulado- Já o saldo negativo acumulado no ano resulta de um recuo nas exportações em relação a fevereiro de 2013. Comparando-se a média diária de US$ 725,3 milhões negociados até a terceira semana de fevereiro deste ano com os US$ 868 milhões registrados para o mesmo mês do ano passado, as vendas externas caíram 16%. A queda foi generalizada, com recuo na comercialização de itens básicos (-20,4%), semimanufaturados (-16,8%) e manufaturados (-14,2%). Entre os produtos que puxaram o recuo estão milho, petróleo bruto, farelo de soja, ouro, celulose, açúcar bruto, automóveis de passageiros, veículos de carga, pneumáticos e óxidos e hidróxidos de alumínio.
Importações - Do lado das importações, a média diária até terceira semana de fevereiro, de US$ 904,5 milhões, ficou 3,3% abaixo da média de fevereiro de 2013, que foi US$ 934,9 milhões. Nesse comparativo, retrocederam os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-45,8%), equipamentos mecânicos (-11,8%), borracha (-10,5%), automóveis e partes (-9,8%), farmacêuticos (-6,7%), siderúrgicos (-6,1%) e químicos orgânicos/inorgânicos (-5,8%). (Agência Brasil)
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ECONOMIA II: Mantega promete retirar projeto que muda indexador
Em reunião nesta segunda-feira (24/02) com economistas do mercado financeiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumentou que as medidas fiscais anunciadas na semana passada são "realistas" e "críveis". Acompanhado do secretário de Política Econômica, Márcio Holland, o ministro, atendendo a uma sugestão de participantes do encontro, se comprometeu a demonstrar, mensalmente, o cumprimento das iniciativas anunciadas. Prometeu também adotar outras medidas para compensar possível frustração de receita ou aumento de despesa.
Superávit primário- "Meu compromisso é com o superávit primário de 1,9% do PIB", teria dito o ministro, segundo relatos colhidos pelo Valor. Ele disse que pensou em anunciar uma meta de 2% ou 2,1% do PIB, mas que acabou fechando em 1,9% por considerar esse valor mais "realista e exequível".
Participação - Foi a primeira vez que Mantega participou do começo ao fim de uma conversa com economistas do mercado, em um esforço de restauração da confiança no governo. Dos interlocutores ouviu que haverá um teste de implementação até que o novo programa fiscal seja parte das expectativas e prognósticos do mercado. Por algum tempo o governo ficará sob escrutínio.
Convencimento - Mantega informou que está tentando convencer "consensualmente" o Congresso a não aprovar o projeto de lei que muda - de IGP-DI para taxa Selic - o indexador da dívida dos Estados e municípios. O governo concorda com a aprovação do projeto original, mas não com a aplicação retroativa do novo indexador, medida incluída por parlamentares no texto e que, se aprovada, ampliará a dívida pública e permitirá a contratação de novos débitos.
Risco - O ministro deixou claro que, como teve origem no governo, o projeto de lei poderá ser retirado do Congresso se houver risco de aprovação da retroatividade. A medida aguarda votação no plenário do Senado e consta do leque de providências que o PMDB ameaça aprovar em meio ao embate do partido com o Palácio do Planalto.
BNDES - Mantega afirmou que o governo está "segurando" os Estados e municípios e que, neste ano, o BNDES não vai conceder empréstimos a esses entes da federação. Reiterou, também, que o Tesouro repassará menos recursos em 2014 ao BNDES.
Reação - O ministro reconheceu que a reação da economia às medidas de estímulo adotadas nos últimos três anos foi "pior que a encomenda", ao contrário do que ocorreu em 2009. Ele disse que o salário mínimo, que teve correção menor neste ano (de 6,78%), vai ajudar o Banco Central a controlar a inflação e lembrou que, em 2015, a sua indexação à inflação e ao PIB de dois anos antes vai acabar.
Cide - Um dos momentos do encontro que mais chamaram a atenção dos convidados foi quando Mantega declarou que, por sua vontade, a cobrança da Cide incidente sobre combustíveis "já teria voltado". Ele disse que isso aumentaria a arrecadação em R$ 12 bilhões, mas explicou que o governo tem duas preocupações: a inflação já está perto do teto da meta (6,5%) e o ano eleitoral dificulta essa medida.
BC - Nesse momento da conversa, o ministro quis saber a opinião dos presentes quanto à reação que o Banco Central teria ao aumento de preços administrados. Seu temor é que o BC eleve a taxa de juros. Foi dito a ele que seria melhor reajustar agora os preços represados porque isso teria efeito positivo sobre as expectativas dos agentes econômicos, a taxa de câmbio e a confiança dos setores regulados.
Explicação - Foi cobrada do ministro uma explicação para a falta de previsão realista, no Orçamento, dos gastos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O ministro explicou que não há como fazer isso antes do fim de março, quando termina a estação das chuvas. Ele assegurou que, a depender de como estejam os reservatórios das hidrelétricas, o governo anunciará medidas para compensar uma possível elevação de gastos com a CDE. A solução pode combinar um reajuste da conta de luz com aumento da cobertura dada pela CDE. Mantega explicou que, no ano passado, o governo teve gasto de R$ 20 bilhões associado à seca - foram R$ 10 bilhões para a CDE e R$ 10 bilhões para cobrir outras despesas.
Situação internacional- O ministro disse que a situação internacional vai piorar antes de melhorar, com impactos negativos na liquidez de curto prazo. Declarou também que, se a China crescer a um ritmo de 7,5%, será bom para o Brasil, mas, neste momento, "afastar o risco de rebaixamento da dívida é mais importante". O governo está preocupado com a avaliação da Standard & Poor's, que enviará uma equipe ao país daqui a duas semanas - a agência foi a única, das três maiores, que não reagiu às medidas anunciadas.
Satisfação - A opinião dos economistas não foi unânime, mas a maioria saiu satisfeita do encontro com Mantega e Holland. "O esforço não é pequeno e, neste governo, é inédito. O discurso está muito arrumado", comentou um dos participantes. "Está claro para eles que, agora, tem que entregar [o prometido]."
Exercício de fé- "O ajuste foi bem recebido, mas é um exercício de fé acreditar nas promessas do governo", ponderou um economista, observando que as medidas não mudaram a projeção de superávit para 2014. "No ano passado, eles prometeram 2,3% do PIB, nos disseram para confiar e não entregaram." (Valor Econômico)
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INTERNACIONAL: Acordo Mercosul-UE está próximo, afirma Dilma em Bruxelas
O Mercosul e a União Europeia (UE) fizeram progressos nesta segunda-feira (24/02) nas negociações de um acordo de livre comércio entre os dois blocos, durante visita da presidente Dilma Rousseff a Bruxelas, apesar do clima azedo criado por críticas brasileiras a uma consulta feita pelos europeus na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra incentivos à indústria.
Concretização - "Estamos, pela primeira vez, próximos de realizar esse fato", disse Dilma após encontro de cúpula entre o Brasil e a UE. Nele, foi sacramentado o dia 21 de março como a data para técnicos dos dois blocos decidirem se levam adiante a troca formal de ofertas com vistas a um acordo de livre comércio.
Avanços - "Num momento em que a Europa está avançando em tantos acordos comerciais, seria uma pena não termos um com nossos amigos do Mercosul", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, contraparte de Dilma na reunião de cúpula, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Caminho - O caminho para a troca de ofertas foi destravado em reunião entre membros do Mercosul há duas semanas em Caracas, em que a Argentina finalmente aceitou uma oferta com amplitude a mínima para negociar com os europeus. Agora, os países do Mercosul definem os detalhes finais numa reunião em 7 de março.
Contato preliminar- O Mercosul e a EU decidiram promover um contato preliminar em 21 de março para fazer uma sondagem mútua que evite a repetição do fiasco de 2004, em que as ofertas dos dois lados ficaram bem aquém do esperado pelas partes.
Posição - Ao mesmo tempo, ambos os lados procuraram nesta segunda marcar posição na disputa comercial que se desenha na OMC sobre incentivos brasileiros à Zona Franca de Manaus e um programa para a indústria automotiva, o Inovar-Auto.
Ponto caro- Dilma procurou levantar um ponto muito caro à opinião pública europeia - a defesa do meio ambiente e, em especial, da Floresta Amazônica - para tentar minar o apoio dentro do bloco aos questionamentos contra a Zona Franca. "Assinalei minha surpresa que a Europa, tão comprometida com questões ambientais, conteste uma produção limpa na Amazônia que gera emprego e renda e é fundamental para que a gente mantenha a floresta em pé."
Nada contra- Durão Barroso se antecipou ao golpe e, em pronunciamento ao lado de Dilma, disse que a União Europeia não tem "em princípio" nada contra a Zona Franca. Para ele, há questões técnicas dentro do mecanismo de incentivo que merecem ser mais bem examinados.
Relação - Dilma pontuou, em entrevista a imprensa brasileira depois do encontro, que a disputa não atrapalha as negociações para o acordo de livre comércio. "Não há relação entre uma coisa e outra."
Política macroeconômica- Dilma fez, em dois discursos em Bruxelas, uma defesa da política macroeconômica de seu governo. "A disciplina fiscal é e continuará sendo um princípio basilar de nossa atuação", afirmou. Em encontro com empresários, ela deu uma resposta indireta a relatório do Federal Reserve que aponta o Brasil como a segunda economia mais vulnerável à mudança de sua politica monetária, atrás da Turquia. "Flutuação não deve ser confundida com vulnerabilidade", disse Dilma, repetindo argumentação empregada nos últimos dias pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. "É mudança de preços relativos. A recente desvalorização ocorreu na sequência de uma valorização de 50% a 58% da moeda brasileira."
Dentro da expectativa - Como já era esperado, não foi fechado nesta segunda o acordo de "céus abertos", discussão que se prolonga por dois anos, nem se chegou a entendimento para a construção de um cabo de fibra óptica entre Brasil e Europa. "Sempre que negociamos um acordo, tem que ter muito claro as vantagens e desvantagens", disse Dilma. "Não é algo que tiramos da cartola - e pode levar mais de dois anos." (Valor Econômico)
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