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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2886 | 11 de Julho de 2012

REVISTA EXAME: Cooperativas do PR se destacam entre maiores e melhores do País

revistaexame 11 07 2-12Cooperativas do Paraná estão entre as 1.000 maiores empresas do Brasil, listadas pela revista Exame - Especial “Melhores e Maiores”, do mês de julho. Em sua 39ª edição, a publicação é considerada uma das maiores do mundo na área de economia e negócios, com mais de 700 páginas recheadas de informações. Neste ano, o levantamento foi feito com base em dados de 3.000 empresas, além dos maiores grupos privados do país. O objetivo é medir o desempenho das empresas individualmente. Para elaborar a lista das mil maiores empresas do País, a Exame utiliza as vendas líquidas como critério de avaliação pois, de acordo com os editores da revista, é um indicador da contribuição da empresa para a sociedade em termos de produtos e serviços oferecidos no ano anterior. A edição especial Maiores e Melhores traz ainda o ranking das que se destacaram por região, por setor e de acordo com vários outros indicadores. O cooperativismo paranaense também figura entre as maiores no Sul do País, no agronegócio, em vendas, número de empregados diretos, em exportações, entre outros.

 

 

 1000 MAIORES EM VENDAS

Colocação em 2011

Cooperativa

70

Coamo

166

C.Vale

266

Cocamar

267

Lar

353

Integrada

354

Copacol

360

Castrolanda

368

Coopavel

374

Unimed Curitiba

379

Agrária

438

Frimesa

494

Batavo

583

Cocari

592

Copagril

688

Coasul

776

Capal

950

Unimed Londrina

 

VISITA: Convenção da Faciap terá painel sobre o cooperativismo

10072012-IMG 145 SmallA 22ª Convenção da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná) terá um painel de debates sobre o cooperativismo. O evento, que será realizado nos dias 30 de setembro, 1° e 2 de outubro, em Foz do Iguaçu, reunirá cerca de 1.500 participantes. O presidente da Faciap, Rainer Zielasko, visitou a sede do Sistema Ocepar, na tarde de terça-feira (10/07), e explicou os objetivos da iniciativa. “Queremos mostrar a força do cooperativismo e a transformação que promove nos locais em que atua, mostrar como as comunidades ganham quando trabalham unidos em torno de um objetivo comum”, disse. Zielasko, que foi recebido pelo presidente João Paulo Koslovski, convidou as cooperativas para participar do painel. “Será um momento em que estaremos juntos demonstrando a importância do cooperativismo e repassando informações para que essas experiências possam ser replicadas em regiões e comunidades de todo o estado”, ressaltou. “O painel na Convenção será também uma confraternização e comemoração de resultados e do fato da ONU (Organização das Nações Unidas) ter declarado 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas”, lembrou.

Diálogo – Zielasko enfatizou o diálogo existente entre as entidades de representação no Paraná. “Trabalhamos em conjunto em projetos comuns buscando criar um ambiente favorável para que a economia do Paraná possacrescer de forma sustentável, gerando empregos e renda. O associativismo e o cooperativismo são ferramentas de transformação e têm ajudado no desenvolvimento do estado”, concluiu.

10072012-IMG 1447Small

CAPACITAÇÃO: Curso sobre derivativos agrícolas está com inscrições abertas

Detalhe Soja Mao 11 07 2012O Sistema Ocepar promove, nos dias 18 e 19 de julho, no Hotel Harbor Querência, em Cascavel, Oeste do Estado, um curso sobre derivativos agrícolas com o instrutor Miguel Biegai Júnior, corretor mercado físico e futuro de commodities. Ele vai fazer uma revisão básica dos fundamentos atuais dos mercados de soja e milho e tratar ainda sobre contratos futuros, hedge, formação de preços, entre outros itens. De acordo com os organizadores, a ideia do evento é orientar os profissionais das cooperativas paranaenses sobre o comportamento das commodities agrícolas nesse mercado que está ficando cada vez mais complexo e dinâmico. “Os instrumentos clássicos de proteção de preços ainda são amplamente utilizados, mas trazem alguns inconvenientes como chamadas de margem salgadas, quando o mercado vai contra um determinado posicionamento vendido ou comprado”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

Inscrições e orientações – As inscrições ao curso devem ser feitas até o dia 13 de julho pelo agente de Desenvolvimento das Cooperativas por meio do site www.paranacooperativo.coop.br. Mais informações com Robson Mafioletti (robson@ocepar.org.br / (41) 3200-1111) ou Gilson Martins (gilson@ocepar.org.br / (41) 3200-1113).

Clique aqui para conferir na íntegra a progamação do Curso sobre derivativos agrícolas

FUNDAÇÃO ABC: Laboratório de estudos ambientais e de resíduos é inaugurado em Castro

Fundacao abc inauguracao laboratorio 11 07 2012SmallCom a presença do secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná, Noberto Ortigara, que na ocasião representou o governador Beto Richa, presidentes de cooperativas da região, entre eles, Frans Borg, da Castrolanda, e Erick Bosch, da Capal, foi inaugurado, nesta terça-feira (11/07), na cidade de Castro, o Laboratório de Estudos Ambientais e de resíduos da Fundação ABC. A Ocepar foi representada pelo assessor da Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar, Robson Mafioletti.

Único do Sul do País - Segundo Luciano Dias Carneiro Kluppel, presidente da Fundação, “este é o sexto laboratório da entidade e o único em toda região Sul do país que fará trabalhos no campo e no laboratório (parte analítica), motivo de orgulho para nosso Paraná”. Ele ainda fez questão de enaltecer o trabalho realizado pela equipe de profissionais da Fundação ABC: “o nosso maior tesouro são os nossos colaboradores, que não medem esforços para nos entregar a mais alta tecnologia. Tenho certeza que o sucesso desta fundação está nas mãos deles”, disse. Todas as explicações sobre o funcionamento do novo serviço foram dadas pelo coordenador de Estudos Ambientais e de Resíduos, Dagoberto Márcio de Oliveira. Na apresentação que fez aos convidados, ele mostrou como o setor foi organizado e como serão realizados todos os trabalhos a partir de agora.

Sucesso – Durante sua fala, o secretário Norberto Ortigara parabenizou o investimento realizado pela Fundação ABC e desejou sucesso ao novo empreendimento. Lembrou ainda de um discurso que fez há 12 anos no Iapar, quando o instituto completou 40 anos. “Foi quando ousei em dizer que a agricultura no Paraná só é esta força que vemos graças ao trabalho da Coodetec, da Fundação ABC, da Embrapa e do Iapar, enfim, toda uma soma de esforços para conseguir bons resultados no campo. E a região dos Campos Gerais só é conhecida nacionalmente por causa desta pesquisa feita há 28 anos pela Fundação ABC, trabalho reconhecido e pago pelos produtores associados das cooperativas. Vocês estão de parabéns!”.

Inauguração – Após a solenidade realizada no auditório, as autoridades e convidados, cerca de cem pessoas, foram para a entrada principal do laboratório, onde o secretário Norberto Ortigara, o presidente Luciano Dias Carneiro Kluppel, Frans Borg, Eric Bosch e Andreas Los, conselheiro da Batavo, descerraram a fita, inaugurando oficialmente as novas instalações. Em seguida, todos puderam conhecer o novo empreendimento da fundação.

Laboratório - A coordenadora do laboratório, Analúcia Litzinger Gomes, conta que um dos Fundacao abc inauguracao laboratorio 11 07 2012lobjetivos será o de investigar a porcentagem de resíduos de agrotóxicos que ficam nos alimentos. “Hoje, um agrotóxico precisa passar por esta análise para que seja registrado no país e tenha autorização do governo para ser utilizado nos alimentos. É lei!”, explica ela. Esta análise também é solicitada por alguns países importadores antes de comprar grãos, como soja e milho. O local ganhou um setor inteiro destinado à realização desse serviço. Desde novembro de 2010, Dagoberto Marcio de Oliveira coordena o setor de Estudos Ambientais e Resíduos. “A submissão do sistema qualidade BPL (Boas Práticas de Laboratório) da Fundação ABC já foi realizada junto ao Inmetro”, acrescenta Dagoberto.

Foco - O foco principal do setor é “viabilizar soluções que suportam o desenvolvimento sustentável do agronegócio, atendendo a crescente demanda por alimentos, levando em consideração a importância em preservar o meio ambiente, mantendo a capacidade produtiva do solo e preservando os recursos hídricos”.  Será um novo serviço oferecido pela Fundação ABC para captar mais recursos para a pesquisa, como também dar suporte técnico e científico para as pesquisas feitas pela fundação.  “Trabalhando com técnicas analíticas avançadas, com uma equipe treinada e equipamentos de ultima geração, o Laboratório de Análises Ambientais e de Resíduos da Fundação ABC está apto a ser um laboratório de referência internacional prestando serviços com excelência e qualidade em analises química e pesquisas agropecuárias de agrotóxicos.”, resume o coordenador.

Ampliação e investimentos - Foram 10 meses de obra para que a ampliação da sede ficasse pronta. São 620 metros quadrados a mais em dois pavimentos, que abrigam a ampliação do Laboratório de Análises Físico Químicas (LABFQ) e o novo Laboratório de Análises Ambientais e de Resíduos (LAAR). O investimento foi de R$ 3,6 milhões, repassados pela Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal (FINEP). É pouco mais da metade do que a Fundação ABC vem aplicando nos últimos dois anos para aprimorar os trabalhos de pesquisa, ampliara estrutura e acompanhar os avanços tecnológicos. “É um investimento necessário se não quisermos ficar defasados”, resumiu o gerente geral Eltje Jan Loman Filho.  (Com informações Imprensa Fundação ABC)

PLANO SAFRA: Sicredi projeta R$ 6,2 bilhões em crédito rural para 2012/2013

O sistema de cooperativas de crédito Sicredi projeta a liberação de R$, 6,2 bilhões com o Plano Safra 2012/2013 para a sua plataforma nacional de associados, que compreende dez Estados brasileiros. Para o Paraná está previsto a destinação de R$ 1,6 bilhão, de acordo com anúncio oficial feito no dia 27 de junho, em Curitiba (PR). Da fatia paranaense, R$ 462 milhões devem ser disponibilizados ainda nos meses de julho e agosto.

Aumento - O valor previsto para o Paraná representa um aumento de 32% em comparação ao período anterior, e será direcionado para o uso dos associados no custeio, investimento e comercialização nas linhas de crédito disponíveis. Do montante paranaense, cerca de R$ 340 milhões estão reservados para o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e R$ 376 milhões ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura familiar). A maior parte, R$ 884 milhões, será direcionada aos demais produtores rurais.

Crescimento sustentável - De acordo com o presidente da Central Sicredi PR/SP e Sicredi Participações S.A., Manfred Alfonso Dasenbrock, a evolução nos valores de oferta de crédito rural aos associados está diretamente ligada ao crescimento da economia brasileira e, principalmente, à atuação estratégica de cada cooperativa na sua área de atendimento.

Estratégia - "O Plano Safra é, também, uma estratégia para otimizar todos os recursos e meios para atender a necessidade do associado. Ao oferecermos meios para que o produtor rural continue a investir em tecnologia e estrutura, ele se torna mais um agente responsável pelo crescimento do País", diz. Dasenbrock comemora as ações assertivas do Sicredi na viabilização do crédito rural no período 2011/2012, que, além do crescimento sustentável do Sistema, também contribuiu com o aumento do quadro social.

Sicredi União PR - O presidente da Sicredi União PR, Wellington Ferreira, conta que o resultado da região onde a cooperativa atua não foi diferente. Na última safra a Sicredi União PR liberou R$300 milhões em crédito rural, atendendo mais de sete mil operações. “Isso demonstra que a cooperativa continua atendendo com eficiência as demandas do agronegócio e para nós isso é motivo de muito orgulho”, diz. (Imprensa Sicredi)

Expectativa de liberação no Paraná:

Demais produtores - R$ 884 milhões

Pronamp - R$ 340 milhões

Pronaf - R$ 376 milhões

Total - R$ 1,6 bilhão

Previsão para liberação no Paraná em julho e agosto:

Demais produtores - R$ 290 milhões

Pronamp - R$ 82 milhões

Pronaf - R$ 90 milhões

Total - R$ 462 milhões

CÓDIGO FLORESTAL: Votação do relatório da MP é marcada para amanhã

O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) concluiu na manhã desta quarta-feira (11/07) a leitura do relatório sobre a Medida Provisória 571/2012 que alterou o novo Código Florestal brasileiro (Lei 12.651/2012). Ele acolheu, total ou parcialmente, 100 emendas das mais de 600 apresentadas. As principais alterações ao texto original da MP introduzidas no relatório referem-se aos princípios do novo Código Florestal, às definições de Vereda e pousio, à forma de cômputo de Áreas de Preservação Permanente (APPs) no cálculo da reserva legal e à recomposição de áreas de reserva legal em propriedades de 4 a 10 módulos fiscais. Representantes do setor cooperativista acompanharam a sessão, entre eles, o assessor da área de meio ambiente da Ocepar, Sílvio Krinski.

Nova reunião - Após a leitura do relatório, o presidente da comissão mista que examina a MP 571/2012, deputado Bohn Gass (PT-RS), marcou nova reunião para a manhã desta quinta-feira (12/07), às 10h, destinada a votação do parecer. (Com informações da Agência Senado)

SICREDI VALE DO PIQUIRI: Reuniões de prestação de contas começam a ser realizadas

As reuniões de prestação de contas da cooperativa Sicredi Vale do Piquiri começaram no dia 09 de julho e terminam no dia 10 de agosto. Neste ano, além de acompanhar os números da cooperativa, o presidente Jaime Basso fala sobre os benefícios do cooperativismo e como as cooperativas agregam renda nos municípios onde estão inseridas. A palestra faz referência a “2012 – Ano Internacional das Cooperativas”, declarado pela ONU, com o slogan ‘Cooperativas Constroem um Mundo Melhor’. “Vale a pena conversar sobre os diferenciais que a sociedade cooperativa apresenta. Eles fazem com que as cooperativas estejam inseridas de fato na vida da comunidade e auxiliem no desenvolvimento regional”, comenta o presidente Jaime Basso.

Goioerê - Em Goioerê, mais de 350 associados e convidados se reuniram na Aceng. A reunião foi dividida em duas partes: na primeira, o presidente Jaime Basso trouxe número do cooperativismo no mundo, Brasil, Paraná e regional. Também apresentou exemplos, de como as cooperativas agregam renda onde estão inseridas. Na segunda parte, os associados acompanharam os números da cooperativa e como esta o desempenho de acordo com o planejamento nestes primeiros seis meses. “Essas reuniões contribuem para que os associados acompanhem de perto a vida da cooperativa”, avalia o coordenador do núcleo 2 de Goioerê, Maicon Soares Silva.

Festa Julina em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas – A equipe de Goioerê inovou e recepcionou os associados com adereços das festas Julinas. Logo na recepção equipe caracterizada, assim com o salão e outros espaços ornamentados. No final, no coquetel, cardápio com comidas típicas desta época do ano. A ideia da caracterização, de acordo com a equipe, foi uma forma de comemorar o ‘Ano Internacional das Cooperativas’ de um jeito que só a Sicredi tem. “Os festejos comunitários são preparados em cooperação, da mesma forma, organizamos essa festa de forma cooperativa para comemorar esse ano tão importante para as cooperativas no mundo”, disse o gerente da unidade, Marcos Antonio Inocente. (Imprensa Sicredi Vale do Piquiri)

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MAPA I: Governo discute medidas de apoio à suinocultura

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, reuniu a bancada ruralista do Congresso nesta terça-feira (10/07), em Brasília, para discutir as medidas de apoio à suinocultura. A proposta do Governo Federal será apresentada aos suinocultores na quinta-feira (12/07), durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado. Mendes Ribeiro confirmou à bancada presença na reunião, quando anunciará o apoio do governo ao setor.

Medidas - Entre as medidas, a prorrogação de dívidas e a criação de uma linha especial de crédito, entre outras que integrarão o pacote de apoio mais amplo, costurados pelos ministérios da Agricultura e da Fazenda, para resolver os problemas pontuais em alguns setores da agropecuária. Nas últimas semanas, o governo intensificou as negociações com o setor com o objetivo de amenizar a crise que atinge a suinocultura.

Saída emergencial - Mendes Ribeiro manteve encontros com o setor produtivo, tanto representantes da indústria como produtores com o propósito de encontrar uma saída emergencial, devido ao agravamento da crise. “Estamos atentos e empenhados em apoiar o setor que passa por dificuldade”, disse aos deputados e senadores da ruralistas presentes na reunião. (Mapa)

MAPA II: Zoneamento Agrícola orienta plantio de soja e gergelim

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (10/07), o zoneamento agrícola para a soja em dez estados mais o Distrito Federal. Pela primeira vez, a indicação da soja foi feita por macrorregião, uma maneira de melhor adequar a cultivar às áreas de plantio. Além da soja, foi divulgado também o zoneamento do gergelim em 12 estados mais o Distrito Federal. A orientação vale para o ano-safra 2012/13.

Produtividade - A produtividade do gergelim é bastante afetada pelas condições climáticas prevalentes durante o ciclo da cultura. Entre os principais fatores climáticos que exercem essa influência estão temperatura, precipitação, luminosidade e altitude. As temperaturas ideais para o crescimento e desenvolvimento da planta situam-se entre 25ºC e 30ºC, inclusive para a germinação das sementes. Temperaturas abaixo de 20ºC provocam atraso na germinação e no desenvolvimento da planta. Por isso, o plantio sob condições controladas apresenta grande potencial de produção, alto rendimento de grãos e estabilidade de produção.

Soja - A soja, no entanto, adapta-se melhor a temperaturas do ar entre 20ºC e 30ºC. A temperatura ideal para o seu crescimento e desenvolvimento está em torno de 30ºC. A faixa de temperatura do solo adequada para a semeadura varia de 20ºC a 30ºC, sendo 25ºC a temperatura ideal para uma emergência rápida e uniforme. A floração precoce ocorre, principalmente, em decorrência de temperaturas mais altas, podendo acarretar diminuição na altura da planta. A soja, sendo basicamente uma planta de dias curtos, é influenciada pelas condições fotoperíódicas próprias de cada latitude, especialmente na duração do período de emergência à floração.

Identificações - Com a divulgação do zoneamento agrícola, o Ministério da Agricultura quer identificar os municípios e os períodos de semeadura, para as culturas, em condições de baixo risco climático nas regiões dos estados brasileiros. Essas identificações foram realizadas com base em um modelo de balanço hídrico da cultura. “O zoneamento é o principal instrumento utilizado pelo crédito e seguro rural. É por meio dele que são selecionadas as áreas com maior aptidão para o cultivo de cada cultura e variedade, diminuindo os riscos devido aos problemas climáticos”, destacou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha. (Mapa)

Clique aqui, acesse e leia na íntegra as portarias publicadas no DOU sobre o zoneamento.

SOJA: Boas perspectivas em 2012/13

A disparada das cotações internacionais da soja nas últimas semanas, após meses de negociações em patamares já elevados, deverá estimular a ampliação da área plantada com a oleaginosa no país e garantir margens polpudas aos produtores brasileiros na safra 2012/13. Carro-chefe do agronegócio nacional há mais de uma década, a soja poderá, assim, retomar a dianteira na colheita de grãos e fortalecer sua liderança no valor bruto da produção (VBP) agrícola e nas exportações do setor.

Ajuda - Com a "ajuda" de um câmbio também mais atraente, os bons preços que marcaram o primeiro semestre levaram à aceleração das vendas antecipadas e praticamente já definiram mais um ciclo de aumento da área de cultivo em Mato Grosso, que encabeça a produção de soja do Brasil. Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), a movimentação dos produtores indica que área, produtividade e produção deverão aumentar em relação ao ciclo 2011/12 - 4,8%, 2,7% e 7,7%, respectivamente.

Projeções - Segundo as mais recentes projeções do Imea, a área semeada com soja deverá alcançar 7,4 milhões de hectares em 2012/13 em Mato Grosso, 1,7 milhão mais que em 2008/09 e um novo recorde. A colheita, por sua vez, está calculada em 23 milhões de toneladas, 5,5 milhões mais robusta que em 2008/09 e, se confirmada, também a maior da história. Ainda de acordo com o instituto, 48,3% da produção prevista - e que sequer foi plantada - já foi negociada, quando nesta mesma época do ano passado, quando estava em andamento a comercialização da safra 2011/12, o percentual era de 21%.

Acidente grave - Como o Imea calcula que 94% das sementes, 92% dos fertilizantes e 95% dos defensivos necessários para a semeadura da oleaginosa já estejam comprados em Mato Grosso, pode-se - quase - garantir que só um acidente grave será capaz de evitar o avanço. E o clima, principal protagonista de "acidentes graves" no campo, por enquanto dá sinais de que será favorável. Previsões meteorológicas atuais sinalizam boas e desejáveis chuvas para o início do plantio no Estado, em 15 de setembro.

Venda futura - Nas contas da Céleres, consultoria com sede em Uberlândia (MG), 35% da soja que deverá ser colhida no país em 2012/13 já está comprometida com tradings e esmagadoras graças aos "excelentes patamares de preços pagos no mercado interno e à proximidade dos trabalhos de cultivo da nova safra". A Safras & Mercado estima que 33% da futura produção nacional já esteja comprometida, com destaque para os elevados percentuais em Mato Grosso (48%), Goiás (40%), Bahia (32%) e Minas Gerais (32%). Mesmo o Rio Grande do Sul, que historicamente antecipa pouco as vendas, já tem cerca de 15% da colheita esperada "travada".

EUA - Segundo o Departamento da Agricultura dos EUA (USDA), a colheita deverá atingir 78 milhões de toneladas do grão no Brasil no novo ciclo, ante 65,5 milhões em 2011/12 e 75,5 milhões em 2010/11. A Conab, ligada ao Ministério da Agricultura, ainda não divulgou estimativas para 2012/13, mas calculou a colheita em 66,4 milhões de toneladas em 2011/12, ante 75,3 milhões no ciclo anterior.

Quebra - Esta forte quebra da produção na safra recém-encerrada, provocada por uma longa estiagem gerada pelo fenômeno La Niña e concentrada na região Sul do país, pode ser considerada a primeira lufada em direção ao avanço nacional que deverá ser observado em 2012/13. Avanço esse puxado por Mato Grosso, já que Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina terão pela frente uma temporada de recuperação após as perdas bilionárias apuradas na safra passada. Conforme a Conab, a colheita de soja no Sul ficou em 18,6 milhões de toneladas em 2011/12, uma queda de quase 35% sobre 2010/11.

La Niña - Os reflexos do La Niña no Sul do Brasil começaram a exercer uma influência mais flagrante nas cotações internacionais da soja em grão e seus derivados (farelo e óleo) em meados de dezembro de 2011, quando as lavouras do ciclo passado estavam em desenvolvimento. Puxada pela China, a demanda internacional não arrefeceu como se previa e os preços seguiram elevados, inclusive com prêmios positivos nos portos brasileiros mesmo durante o escoamento da safra mais magra que foi colhida.

Mercado global - Passada essa fase aguda de escassez no Brasil, que já forçou as grandes tradings (ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus) a importarem pequenos volumes do grão da "concorrente" Argentina - onde os danos do La Niña foram menores -, o mercado global passou a acompanhar as tendências para o Hemisfério Norte, cujas plantações da safra 2012/13 estão em desenvolvimento. E como não houve aumento significativo da área de cultivo nos EUA, maior produtor e exportador global, à frente do Brasil, e a seca e o calor hoje afetam as lavouras, as cotações não pararam de subir, catapultadas por investimentos especulativos. Mesmo em fase de "aversão" ao risco, os fundos mantiveram-se ativos na soja por conta da oferta global escassa.

Chicago - Na bolsa de Chicago, referência global para as cotações do grão, os contratos de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) acumulam valorizações de 31,7% em 2012 e de 18,1% nos últimos 12 meses, conforme cálculos do Valor Data. E isso apesar da queda de 1,01% registrada ontem, fruto de um ajuste de posições antes da divulgação pelo USDA, hoje, de um novo relatório sobre as condições das lavouras americanas.

Novos cálculos - Essas fortes altas, sobretudo as das últimas semanas, levaram o Ministério da Agricultura a adiar seus novos cálculos para o valor bruto da produção (VBP) das 20 principais culturas agrícolas do país em 2012, conforme informou ao Valor o coordenador de planejamento estratégico da Pasta, José Garcia Gasques. As últimas estimativas do ministério para o VBP da soja neste ano apontaram para R$ 47,7 bilhões, 13,6% menos que em 2011 por conta da menor produção. Mesmo sem uma revisão mais expressiva para cima, que deverá acontecer, a oleaginosa se mantém na liderança desse ranking.

Exportações - Liderança que também foi mantida nas exportações do setor de agronegócios no primeiro semestre. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo ministério, os embarques do chamado "complexo soja" (grão, farelo e óleo) renderam US$ US$ 15,9 bilhões no primeiro semestre do ano, 25,4% mais que entre janeiro e junho de 2011. Apesar da redução da oferta em razão da seca que marcou a safra 2011/12 na região Sul, a forte demanda da China acelerou os embarques e determinou a alta observada. Com a escassez do grão e os chineses aparentemente bem abastecidos, a tendência é de arrefecimento no segundo semestre.

Preços firmes - Se de fato for confirmada uma temporada menos produtiva nos EUA, a tendência é de preços também firmes na segunda metade deste ano. Ainda que seja normal que o início do escoamento da produção americana provoque alguma queda, o quadro poderá colaborar para margens maiores para os produtores brasileiros. Para Mato Grosso, as primeiras indicações do Banco do Brasil - principal agente liberador de crédito rural do país - são de manutenção da margem média entre R$ 880 e R$ 890 por hectare. Para o Paraná, que tem vantagens logísticas em relação ao Estado do Centro-Oeste, a expectativa é de aumento de R$ 829 em 2011/12 (nível baixo por causa das perdas) para R$ 1.398.

Sinalização positiva - Cedo - Mas, se para área plantada, produtividade, produção e preços ainda há muitas incertezas no ar, apesar das boas perspectivas, para as margens a "futurologia" é ainda mais complicada. "É cedo para cravar que será uma safra de rentabilidade recorde, mas o fato é que a sinalização é positiva", resume Flávio F. Junior, diretor da Safras & Mercado. (Valor Econômico)

EMBARQUES: Porto de Paranaguá fecha semestre com movimentação recorde de soja

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) concluiu, nesta terça-feira (10/07), o balanço da movimentação de cargas do primeiro semestre do ano. Mais uma vez, foi o desempenho da soja que impulsionou o aumento geral de 5%, em relação ao mesmo período de 2011. A exportação do grão, em 2012, foi 25% maior. De janeiro a junho deste ano, o Porto de Paranaguá movimentou mais de 20,7 milhões de toneladas de cargas. Desse total, mais de 14,6 milhões de toneladas é de granéis sólidos. E o maior volume, mais de cinco milhões, é da soja.

Meta - “A meta que nos foi passada pelo governador Beto Richa foi a de dar o máximo de assistência e atenção ao produtor rural. Os números demonstram o bom momento para os produtores e nós, no porto, estamos concentrados em promover melhorias principalmente no corredor de exportação, para incentivar ainda mais a exportações do setor”, disse o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Está programada para o mês que vem o lançamento do edital de licitação para a realização da primeira etapa do repotenciamento do corredor de exportação do Porto, que vai permitir um ganho de 30% na produtividade dos embarques.

Preços – De acordo com o engenheiro agrônomo Marcelo Garrido, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o que impulsionou a exportação recorde, desde o início do ano, foram os preços. “Com quebra de safra na América do Sul e diminuição da área plantada de soja nos Estados Unidos – principal exportador do grão -, os preços da soja ficaram aquecidos, favorecendo os produtores brasileiros”, explica.

Comercialização - Até o final de junho, segundo Garrido, o produtor de soja paranaense já comercializou 95% da safra. Ou seja, o estoque do produto já é baixo. “A tendência agora é queda na exportação da soja, que já é bem incipiente”, afirma.  Os 5% que faltam ser comercializados pelo Paraná devem durar, no máximo, até o final de agosto, de acordo com o agrônomo.

Vendas - Ainda segundo o técnico do Deral, até junho o Brasil exportou U$ 15,95 bilhões do complexo soja (grão, farelo e óleo). Desse total, a participação da soja paranaense é de 20,3%, o que representa U$ 3,24 bilhões. No mercado externo, o preço da saca de soja (60 quilos) passou dos R$70. Para o produtor do Paraná, em junho, o preço pago pela saca foi de R$58,29, 45% a mais do que em junho de 2011, quando o valor era em torno de R$40.

Outras cargas – No fechamento do semestre, a Appa também registrou aumento na exportação de farelo de soja. Foram mais de 2,6 milhões de toneladas, 4% a mais que o período em 2011. A exportação de contêineres também apresentou alta, de 10%. De janeiro a junho, este ano, foram mais de 184 mil TEUs (twenty-foot equivalent unit). No ano passado, esse total era de 167 mil.

Importação – Na importação pelo Porto de Paranaguá, a movimentação de contêineres apresentou aumento de 13%. No primeiro semestre deste ano, foram mais de 188 mil TEUs contra 166 mil do ano passado. A importação de trigo, de janeiro a junho, também foi maior. Este ano, foram mais de 131 mil toneladas importadas do produto, 78% a mais que em 2011. (AEN)

RELATÓRIO: Infraestrutura e PIB per capita limitam segurança alimentar no Brasil

Apesar de ser um dos principais produtores de alimentos do mundo, o Brasil precisa resolver importantes gargalos para garantir a segurança alimentar de sua população. É o que aponta o relatório divulgado nesta terça-feira (10/07) pela Economist Intelligence Unit (EIU) e pela multinacional DuPont.

Índice global - Sexta maior economia do mundo, o Brasil é apenas o 31º colocado entre os 105 países que integram o índice global de segurança alimentar desenvolvido pela EIU. Os países foram avaliados em 25 indicadores, que medem poder aquisitivo, disponibilidade e qualidade dos alimentos. Os Estados Unidos lideram o ranking, enquanto que o Congo, na África, tem o pior índice de segurança alimentar do planeta.

Lado positivo - “Esperava estar um pouco melhor, mas temos que olhar do lado positivo. Essa colocação nos dá a responsabilidade de ver onde estamos errando e buscar saídas”, afirmou o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, no evento de lançamento do novo índice, em São Paulo.

Estímulo - Na opinião do presidente da DuPont no Brasil, Ricardo Vellutini, a posição brasileira funciona como um estímulo para o setor público e privado. “Se estivéssemos em primeiro lugar, ficaríamos parados, sem fazer nada”, disse. “O Brasil é aquele que poderá liderar o caminho da agricultura mundial nos próximos anos”, reforçou Paul Schickler, presidente global da DuPont Pioneer, divisão de sementes da multinacional americana.

Infraestrutura e PIB- Se quiser avançar em segurança alimentar, o Brasil terá de enfrentar seus problemas de infraestrutura e elevar a seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita, segundo o economista Robert Wood, especialista em Américas do EIU. “A infraestrutura disponível para armazenagem de culturas e as condições dos portos e rodovias limitam o avanço do país”, disse ele.

Pior desempenho - Numa escala de zero a cem, o indicador nacional para infraestrutura agrícola teve o pior desempenho (19,4 pontos) entre todos os critérios avaliados pelo índice. No item PIB per capita, o Brasil obteve 19,9 pontos.

Principais gargalos - Entre os dois principais gargalos, o economista do EIU acredita que a infraestrutura agrícola tem condições de avançar de maneira mais rápida. “O PIB per capita leva mais tempo para crescer”, disse. Apenas para efeito de comparação, se estivesse situado na média mundial (53,7 pontos) para a infraestrutura agrícola, o Brasil ultrapassaria Chile e México e seria o melhor país da América Latina.

Bolsa Família - Se por um lado citou os principais desafios do país, o índice global também destacou os pontos positivos. Entre os melhores indicadores, o relatório destacou a presença de uma rede de programas de segurança alimentar, como o Bolsa Família. (Valor Econômico)

BRASIL I: Governo prepara corte de tributos sobre contas de energia de grandes empresas

A presidente Dilma Rousseff deve anunciar no mês que vem a desoneração da conta de energia para grandes empresas. A alíquota do PIS/Cofins, que incide sobre a conta de energia elétrica, será praticamente zerada. O governo também pretende extinguir alguns encargos embutidos no preço, como a Reserva Global de Reversão (RGR), a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), entre outros.

Detalhes - Os detalhes da medida estão sendo fechados pelo Ministério da Fazenda, mas a desoneração só vai entrar em vigor a partir de janeiro de 2013. O objetivo é reduzir o preço final da conta de energia aos grandes consumidores em pelo menos 10% - só o PIS/Cofins representa 8,5% do preço final de energia elétrica. Com a desoneração, o governo espera criar as condições para que, em seguida, os Estados "façam a sua parte", isto é, reduzam as alíquotas do ICMS cobrado sobre o insumo.

Anúncio - A presidente deve anunciar a redução do preço da energia até o dia 7 de agosto, quando recebe no Palácio do Planalto, pela terceira vez no ano, um grupo de 30 empresários de grandes companhias. Conhecido como G-30, esse grupo alertou a presidente, nas duas reuniões realizadas em 2012 (em 22 de março e 3 de maio), que a medida poderia ter efeito imediato sobre a atividade econômica, e, consequentemente, sobre as perspectivas de novos investimentos.

Preocupação - O governo está preocupado com setores como alumínio, siderurgia, papel e celulose e petroquímico, que são eletrointensivos (consomem muita energia no processo produtivo). Carlos Jorge Loureiro, presidente da DCL Aços Laminados, afirmou que a desoneração de impostos e encargos, se adotada, pode salvar as siderúrgicas e, com isso, o setor de distribuição de aço. "É difícil achar que dá para ganhar dinheiro com distribuição de aço se o seu fornecedor, a siderúrgica, está mal", disse o empresário ao Valor.

Consumo aparente - Também presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Loureiro disse que o consumo aparente (a soma do que é produzido no Brasil com o que é importado) de aço aumentou apenas 1,6% entre 2007 e 2011, e o resultado só não foi negativo por conta das importações - a produção nacional no período despencou 7%.

Momento difícil - "O mercado está ruim, o momento é muito difícil. As siderúrgicas brasileiras estão trabalhando com margens muito baixas e cada vez menores, para continuar competindo de alguma forma. Uma desoneração dos custos com energia seria um refresco muito importante para toda a cadeia", afirmou o empresário.

Recursos fiscais - Ao empurrar o início da desoneração para 2013, o governo evita abrir mão de recursos fiscais importantes para o cumprimento da meta de superávit primário deste ano (R$ 139,8 bilhões). Ao mesmo tempo, segundo informou um assessor, a Fazenda prepara um projeto de lei para alterar o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina ao governo elevar tributos para contrabalançar as renúncias fiscais, no caso com cortes no PIS/Cofins. Caso aprovado, o projeto vai retirar a obrigação de compensação de receitas já para o próximo exercício.

Urgente - A redução no preço da energia tem urgência na agenda de prioridades de Dilma, que conta também com a busca por uma solução para os contratos das usinas do setor elétrico, cuja concessão termina em três anos. O governo também prepara as concessões de portos, rodovias e a ampliação das concessões de aeroportos, para exploração do setor privado.

Agenda paralela - Com essas iniciativas, a presidente espera montar uma "agenda paralela", como denominou um assessor presidencial, para o segundo semestre. A ideia é se contrapor à acirrada agenda política que começa em agosto, quando se concentram o julgamento do caso do "mensalão" no Supremo Tribunal Federal (STF), a retomada da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira no Congresso e o início das campanhas municipais. (Valor Econômico)

BRASIL II: Dilma lança concessões em agosto, diz ministra

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta terça-feira (10/07) que a presidente Dilma Rousseff deve lançar em agosto um "conjunto" de concessões em quatro áreas: rodovias, ferrovias, aeroportos e energia elétrica. Segundo ela, a preocupação do governo é dar continuidade às concessões nesses setores. "Nós estamos menos preocupados com o que há para vencer [de concessões] e muito mais querendo garantir novos investimentos", afirmou.

Reunião - Apesar das declarações da ministra, Dilma reuniu-se nesta terça-feira (10/07) à tarde com as principais autoridades do setor elétrico e discutiu a situação dos contratos que vão vencer a partir de 2015 e exigem mudanças na legislação para serem prorrogados. De acordo com uma fonte do governo que acompanha as discussões, a questão está "tecnicamente" resolvida e um anúncio oficial deve ser feito de 15 a 30 dias. A não ser que haja uma grande reviravolta, as concessões serão mesmo renovadas.

Energia elétrica - De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nove empresas que atuam na área de transmissão já pediram formalmente a prorrogação das concessões, mesmo desconhecendo completamente se isso vai ser possível e quais as condições que lhes serão impostas. As solicitações foram feitas por Chesf, CTEEP, Furnas, Copel, Celg, Eletronorte, Eletrosul, CEEE e Cemig. Cerca de 73 mil km de linhas de transmissão, que equivalem a 83% da rede básica do Sistema Interligado Nacional, têm concessões expirando em 2015. Elas protocolaram ofícios porque estão a 36 meses exatos do fim dos contratos e as leis vigentes determinam a manifestação de interesse nesse momento.

Prorrogação - Até sexta-feira passada, segundo a Aneel, outras nove empresas do setor pediram a prorrogação dos contratos de 29 usinas hidrelétricas e de uma usina termelétrica. As solicitações foram encaminhadas por Furnas, Eletronorte, Copel, Celg, Cesp, CEEE, Celesc, Zona da Mata Geração e Santa Cruz Geração de Energia. Pedidos formalizados nesta semana ainda não foram incluídos no balanço. A agência também não informou a lista de distribuidoras que estão pedindo prorrogação nos últimos dias. Um total de 41 distribuidoras, que atendem a 30% da demanda nacional, têm contratos expirando em 2015.

Análise - Dilma também analisa a possibilidade de conceder à iniciativa privada um novo lote de rodovias federais. Esse lote inclui pelo menos quatro trechos considerados estratégicos na malha brasileira: BR-101 (na Bahia), BR-163 (entre Cuiabá e Campo Grande), BR-153 (entre Goiânia e Palmas) e BR-262 (Belo Horizonte-Vitória). Outros dois trechos já estão em estágio bem mais avançado e devem ter seus leilões realizados até o início de 2013: a BR-116 em Minas Gerais e a BR-040 (Brasília-Juiz de Fora). Os estudos técnicos já foram enviados para o Tribunal de Contas da União (TCU), mas faltam audiências públicas. (Valor Econômico)


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