VISITA: Unicafes e Ocepar ampliam diálogo
A nova Lei do Cooperativismo e a legislação tributária, muitas vezes desfavorável às cooperativas, são demandas em comum da Unicafes e da Ocepar. Demandas que podem avançar mais rápido caso as entidades tenham uma estratégia conjunta de ação, acredita o presidente da Unicafes Paraná (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Luiz Ademir Possamai, que esteve na manhã desta segunda-feira (23/07) na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, onde reuniu-se com o presidente João Paulo Koslovski e o superintendente José Roberto Ricken. Também participou da reunião o assessor da Unicafes PR, Alcedir Zanco.
Aproximação - “Nosso objetivo é aproximar-se da Ocepar com o intuito de fortalecer o cooperativismo. Onde pudermos somar estaremos juntos, incentivando a sinergia entre as cooperativas”, afirmou Possamai. “Os itens que nos levam a debater são a Lei do Cooperativismo e a legislação tributária que atrapalham muito as cooperativas, o que é uma preocupação tanto da Unicafes quanto da Ocepar. Estamos dialogando em busca de avanços”, acrescentou. Sobre a Lei do Cooperativismo, Possamai disse que o entendimento da Unicafes é no sentido de aprovar uma legislação que garanta o fortalecimento da representatividade das cooperativas. “Não se pode enfraquecer o que o sistema cooperativista já conquistou”, ressaltou.
Avanços no Paraná - Para o dirigente da Unicafes, o cooperativismo tem muito a avançar no Paraná, e ampliar as parcerias entre as cooperativas é um caminho inteligente para fortalecê-lo. “No Ano Internacional das Cooperativas esperamos que o cooperativismo seja compreendido como uma alternativa de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. É lógico que a viabilidade econômica é fundamental para que uma cooperativa cresça, mas o objetivo sempre é desenvolver as pessoas”, concluiu.
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FÓRUM PRESIDENTES: Oportunidade para trocar experiências e promover interação, diz Koslovski
O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, destacou a importância da participação dos dirigentes cooperativistas do Paraná no Fórum de Presidentes que o Sistema Ocepar promove nos próximos dias 30 e 31 de julho, na sede da entidade, em Curitiba. “Sempre é uma oportunidade de trocar experiências e informações para que haja uma interação dos presidentes em relação ao trabalho que o cooperativismo faz em seus diferentes ramos”, afirmou ele em entrevista concedida ao coordenador de Comunicação da Ocepar, Samuel Milléo Filho. Ainda de acordo com Koslovski, no evento estarão em debate assuntos que poderão subsidiar os participantes em relação ao planejamento das atividades das cooperativas. “Vamos analisar a situação econômica mundial e os reflexos no Brasil dos problemas que estão correndo em diversos outros países. Também teremos a presença dos presidentes da Fiep, Faep e Fecomércio, num painel onde eles vão expor os desafios e avanços dos setores primário, secundário e terciário em relação ao Estado do Paraná”, acrescentou o presidente da Ocepar.
Programação – Koslovski lembra que o evento inicia no dia 30 com a presença do governador Beto Richa, que fará uma análise do trabalho realizado pelo poder executivo paranaense. Nesse mesmo dia, haverá a entrega do 9º Prêmio Ocepar de Jornalismo. Já no segundo dia do Fórum de Presidentes, a Ocepar vai homenagear a Secretaria de Estado da Agricultura e o Instituto Emater pelos relevantes serviços prestados ao cooperativismo paranaense.
Clique aqui e confira a programação completa do Fórum de Presidentes
Clique aqui e confira na íntegra a entrevista de João Paulo Koslovski
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INFRAESTRUTURA: Superintendente da Ocepar destaca necessidade de investimento nos portos
Os gargalos de infraestrutura existentes no Brasil foram tema de reportagem exibida pelo Jornal da Globo, na noite da última sexta-feira (20/07), pela Rede Globo. A repórter Carolina Wolf mostrou a fila de mais de 100 navios que aguardavam para embarcar mercadorias no Porto de Paranaguá, no litoral paranaense, e entrevistou o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, sobre a situação que está trazendo grandes prejuízos para importadores e produtores. “Tem que investir, todo mundo sabe disso e o Brasil vai ter uma participação muito maior no mercado internacional de grãos e tem que estar preparado para isso. Teria que cobrir o embarque e isso também não é simples. Então, se fosse resolvido isso o problema seria bem menor”, disse Ricken. A mesma matéria foi exibida em rede estadual, pelo programa Paraná TV 2ª edição, no Globo Rural e na Globo News.
Clique aqui e assista à matéria exibida no Jornal da Globo
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21º JOVEMCOOP: Jovens definem ações para disseminação do cooperativismo
Cerca de 350 jovens, de 11 cooperativas paranaenses, estiveram reunidos na Associação Atlética Coopavel, em Cascavel, nos dias 19 e 20. Eles discutiram ações de disseminação dos valores cooperativistas, assistiram a palestras e participaram de oficinas, durante o 21º Jovemcoop. O evento foi promovido e organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Paraná (Sescoop/PR), porém, os temas do encontro foram sugeridos pelos jovens líderes, em abril, no Encontro da Liderança Cooperativista (Elicoop Jovem), também realizado em Cascavel.
Projetos - No primeiro dia, depois de assistir a palestra sobre o Ano Internacional das Cooperativas, com o consultor especializado em empreendedorismo e desenvolvimento organizacional, José da Paz Cury, os participantes apresentaram 11 projetos, cujo objetivo é divulgar o cooperativismo e as práticas cooperativistas através do tema “Você sabia?”. Cada grupo de jovens desenvolveu ações e apresentou os resultados no 21º Jovemcoop. Após apresentação, eles unificaram as ideias e adotaram uma ação em conjunto, escolhendo, também, um logotipo para o trabalho que será desenvolvido em todas as regiões onde há jovens cooperativistas.
Importância do movimento cooperativista - Para Djoni Volkweis, jovem cooperativista da C.Vale, a intenção é mostrar o quanto o movimento cooperativista é importante. “2012 é o Ano Internacional do Cooperativismo e, por isso, precisamos aproveitar para mostrar à sociedade o que é uma cooperativa e a importância deste movimento para o Estado e para o País. Acredito que temos força e as ferramentas certas para espalhar essa ideia”, argumentou.
Segundo dia - Patrícia Santos e Marco Zanqueta foram os palestrantes do segundo dia de evento. Ela falou sobre gestão de pessoas, com foco em liderança e comprometimento. Zanqueta abordou a juventude e o cooperativismo, através de uma palestra cheia de truques de mágica.
Preparação - “Nós, do Sescoop/PR, estamos plantando uma semente, criando situações para preparar o jovem para ser um líder. Já temos casos de jovens que passaram por esses movimentos e que hoje são presidentes e membros de conselhos das cooperativas. Se não chegarem lá, pelo menos serão cooperados mais atuantes ou mesmo levarão para a sociedade o que aprenderam aqui”, destacou o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche. (Imprensa Coodetec)
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INTEGRADA: Nova Unidade Industrial de Milho será referência
A Cooperativa Integrada está investindo no processo de industrialização e as obras da nova Unidade Industrial de Milho (UIM), em Andirá, seguem em ritmo acelerado. Os trabalhos começaram no ano passado e, atualmente, centenas de operários trabalham na construção do complexo industrial, que vai contar com cinco silos de concreto e três prédios onde vão funcionar os setores de moagem de milho, produção de amido, armazenamento e expedição. A nova UIM também vai contar com prédios para o setor administrativo, laboratórios e área de alimentação, além de um auditório para reuniões e palestras. Com investimentos de mais de R$ 50 milhões, a indústria será uma das mais modernas do Brasil no segmento.
Utilização - Os produtos da UIM são utilizados em diversos setores da indústria nacional de alimentos e bebidas, como cereal matinal, cervejaria, panificação, biscoitos, massas, gorduras vegetais, rações e até mesmo na mineração e na produção de papel.
Origem - O projeto para construção da nova planta industrial surgiu em virtude das limitações estruturais da antiga unidade, que tinha capacidade de produção limitada e não estava conseguindo atender os programas de qualidade exigidos pelas empresas nacionais multinacionais de produtos alimentícios, que são os principais clientes da UIM. Na nova unidade, que deverá entrar em operação no início de 2013, a capacidade de produção poderá praticamente dobrar, passando das 160 mil toneladas anuais para até 300 toneladas de derivados de milho por ano. Além disso, a nova planta será referência em qualidade.
Certificações necessárias - “Nessa nova planta industrial vamos buscar todas as certificações necessárias para atingir a excelência em segurança alimentar e ambiental. Com isso, teremos ainda mais qualidade no processo produtivo para atender consumidores exigentes e de alto nível”, explica o gerente da Unidade Industrial de Milho, Aldo Alves. Segundo ele, com estrutura diferenciada, a nova UIM vai possibilitar a ampliação do atual portifólio de produtos e a abertura de novos mercados. “Vamos elaborar produtos com alto padrão de qualidade, visando aumentar nossa participação no mercado interno a ainda buscar novos clientes fora do país, principalmente na América do Sul e Europa”, explica.
Localização estratégica - A nova UIM conta com localização estratégica. Construída em Andirá, às margens da BR 369, a indústria está situada próxima da divisa com o estado de São Paulo e com facilidade de acesso para a região Sudeste do Brasil, onde estão 80% dos clientes. (Imprensa Integrada)
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COPAGRA: Dia de Campo vai abordar cultura do milho
O plantio de uma lavoura deve ser muito bem planejado, pois determina o início de um processo de cerca de 120 dias e que afetará todas as operações envolvidas, além de determinar as possibilidades de sucesso ou insucesso. O planejamento do plantio começa com a compra da semente e demais insumos. Neste período, o agricultor deve analisar quais serão as variedades e a melhor época de plantio. Em busca de ofertar a possibilidade de híbridos de alta produtividade, a Copagra, em parceria com empresa Pioneer, implantou na Fazenda Dois Corações, em Querência do Norte, um campo experimental onde foram cultivadas diversas variedades de milho transgênico. O objetivo foi avaliar e apresentar aos agricultores todas as variedades cultivadas na região. “Assim eles poderão analisar e tirar as conclusões”, explica Carlos Ferrari, técnico em agropecuária da Cooperativa.
Resultados - Os resultados do campo experimental serão apresentados aos produtores, através de um Dia de Campo, que será realizado na fazenda, dia 25, às 8h30,em Querência do Norte. “Sempre oferecemos novidades e sempre surgem dúvidas. Para isso, os visitantes terão a disposição pesquisadores e representantes da empresa que poderão prestar esclarecimentos sobre as tecnologias”, salienta o técnico. (Imprensa Copagra)
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SAÚDE: SUS vai distribuir novo remédio contra câncer de mama
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (23/07) que vai incorporar o medicamento Trastuzumabe, utilizado no combate ao câncer de mama, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio de alto custo reduz as chances de reincidência da doença e diminui em 22% o risco de morte das pacientes.
Eficiente - De acordo com a pasta, o medicamento é considerado um dos mais eficientes no combate ao câncer de mama e também um dos mais procurados. Em 2011, o governo federal gastou R$ 4,9 milhões para atender a um total de 61 pedidos judiciais que determinavam a oferta do remédio. Este ano, já foram gastos R$ 12,6 milhões com a compra do Trastuzumabe por ação judicial.
Recursos - Para disponibilizar o remédio em unidades públicas de saúde, serão necessários R$ 130 milhões ao ano. A incorporação foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama inicial e avançado e integra as ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado no ano passado.
Prazo - A partir da publicação no Diário Oficial da União, o SUS tem prazo de 180 dias para iniciar a oferta do medicamento. Segundo o ministério, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum no mundo e o mais frequente entre mulheres, com uma estimativa de mais de 1,15 milhão de novos casos a cada ano. A doença é responsável ainda por 411.093 mortes anualmente.
Novos casos - No Brasil, a estimativa é que 52.680 novos casos sejam detectados de 2012 a 2013. Em 2010, foram notificadas 12.812 mortes por causa da doença no país. (Agência Brasil)
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FRETE: Nova lei pressiona transporte de grãos
A lei que definiu a jornada de dez horas para os motoristas de caminhão no país já começou a elevar o custo do transporte de grãos. Desde o dia 17 de junho, quando entrou em vigor, as transportadoras do Paraná aumentaram, em média, em 5% o preço do frete. A previsão é de um novo reajuste no próximo mês, de mais 25%. Em Mato Grosso, o baque foi ainda maior, com preços 36% mais elevados.
Estimativa - O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setcergs), José Carlos Silvano, estima que o preço do frete ficará entre 20% e 30% mais alto em todo o país. Para o agronegócio, em particular, o aumento pode chegar a 50%. "As distâncias percorridas nesse setor são maiores, com grande parte do escoamento da produção de Mato Grosso por Paranaguá (PR). Com as novas obrigações, o custo será ainda maior", diz.
Preço final - Segundo a Ocepar, entidade que representa as cooperativas do Paraná, os custos com frete representam entre 6% e 8% do preço final da soja e 10% a 12% no do milho, em média, mas essa proporção varia de acordo com a região. "Calcula-se que, para a soja transportada de Rondonópolis (MT) até Paranaguá, entre 20% e 25% do valor do produto final seja frete", afirma Nelson Costa, superintendente adjunto da entidade.
Oferta e procura - O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de São Paulo, Norival de Almeida Silva, pondera que o aumento poderia chegar a 50%, não fosse a famosa lei da oferta e procura. "Se unirmos essa nova legislação às medidas de redução da informalidade e ao reajuste do diesel, o aumento para os transportadores seria, com certeza, próximo de 50%. Mas é impossível em qualquer setor uma elevação tão grande nos preços, então o mercado vai se ajustar com preços talvez 20% maiores", diz.
Determinação - A lei n º 12.619, criada em 30 de abril de 2012, determina que o motorista profissional trabalhe no máximo dez horas diárias ao volante e descanse 30 minutos a cada quatro horas. A lei também determina que o tempo de descanso à noite deve ser de 11 horas. "Um veículo que rodava 10 mil quilômetros por mês, com a nova lei, fará 7 mil quilômetros, uma queda de produtividade de 30%", calcula Silvano, do Setcergs. "Além disso, com viagens mais longas, vai faltar caminhão para atender a toda a demanda", acredita.
Mato Grosso - Em Mato Grosso, o valor do frete intermunicipal já subiu mais de 30% em algumas regiões, segundo o Instituto Matogrossense de Economia Aplicada (Imea). "Para transportar grãos de Sorriso a Alto Taquari e de Campo Novo do Parecis a Rondonópolis, houve um aumento de 36,4% e 31,6%, respectivamente", conta Cléber Noronha, analista do instituto.
Alta - O valor do frete de Rondonópolis ao porto de Paranaguá subiu 19,3% no mesmo período. "De Rondonópolis a Paranaguá, o caminhão levava três dias. Agora demora mais, porque o motorista tem de descansar mais tempo e a cooperativa ou trading tem de pagar por isso", afirma Noronha. Os fretes com destino ao porto de Santos também tiveram altas significativas. Na rota entre Sorriso e Santos, o preço chegou a R$ 205 por tonelada, aumento de 5,4% ante os R$ 194,50 do mês anterior.
Tendência - Já o trajeto entre Campo Novo do Parecis até o porto de Porto Velho (RO) está custando R$ 110 por tonelada, aumento de 7,8% no mês. "A adequação do transporte à nova lei, somada ao pico da safra de milho e algodão, começa a criar uma tendência sólida de alta no preço do frete em Mato Grosso", diz Noronha. No transporte de algodão, de Rondonópolis ao porto de Santos, por exemplo, o frete sofreu um reajuste de 11% em julho ante junho, para R$ 200 por tonelada.
Adaptação - Silva, do sindicato dos autônomos, alerta que a fiscalização para cumprimento desta lei ainda não começou, mas as empresas já estão se adaptando às necessidades e, por isso, o frete já está subindo. "Algumas questões ainda precisam ser resolvidas, como os locais onde os motoristas poderão descansar durante o trajeto, mas qualquer avanço para formalizar este setor é bem vindo", diz. A presidente Dilma Rousseff vetou o artigo da lei que previa a construção de bolsões de estacionamento a cada 200 quilômetros de rodovia. (Valor Econômico)
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AGRICULTURA I: Soja salva balança comercial brasileira
Eraí Maggi Scheffer, conhecido como "o rei da soja", está empolgado com a próxima safra. Vai plantar em Mato Grosso 220 mil hectares do grão, o equivalente a mais de 200 mil campos de futebol. A cultura vai tomar espaço do algodão e das pastagens e a área plantada vai crescer quase 24% em relação à safra anterior. "É uma alta expressiva. Todos os agricultores estão animados."
Maior safra - Em meio a uma das mais graves crises da economia global, os agricultores brasileiros se preparam para plantar a maior safra de todos os tempos, que pode levar o Brasil a superar os Estados Unidos e se tornar o maior produtor de soja do mundo. O motivo é o preço do grão, que nunca esteve tão alto. A soja voltou a ser o principal produto da pauta de exportação e está salvando a balança comercial do País.
Sexta-feira - Na sexta-feira (20/07), o preço da soja bateu US$ 17,57 por bushel (27 2155 kg) na bolsa de Chicago, uma valorização de 15% desde o início do mês, quando uma forte seca atingiu as lavouras nos EUA. Antes desse rally, o recorde era de US$ 16,50 por bushel, marcado antes da quebra do Lehman Brothers em 2008. No porto de Paranaguá (PR), a saca (60 kg) de soja chegou a impressionantes R$ 85. Em Sorriso (MT), apesar de todas as deficiências logísticas, os produtores recebiam R$ 73,5 por saca.
Superávit - "Como não importamos praticamente nada, a soja é superávit na veia", afirma Amaryllis Romano, analista da Tendências Consultoria. No primeiro semestre, as exportações de grão, farelo e óleo atingiram US$ 15,9 bilhões, mais de duas vezes o superávit do País, que vem minguando por causa da queda dos preços do minério de ferro e da menor demanda por produtos manufaturados. A participação da soja nas exportações atingiu 13 6%, ultrapassando o minério, com 12,7%.
Seca - O rally da soja é consequência de uma das piores secas da história dos Estados Unidos. Segundo Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado, a soja está na fase de floração e formação do grão nos EUA, um momento crítico para a falta de chuva. Por enquanto, 4 milhões de toneladas já foram perdidas. "Se não chover no próximo mês, as perdas serão mais severas."
Estoques baixos - Os estoques mundiais do grão já vinham baixos desde o ano passado, quando Brasil e Argentina também tiveram prejuízos por causa do clima. Até agora, os três maiores produtores de soja perderam juntos 21 milhões de toneladas, quase 10% da produção mundial. "É uma quebra importante. A China continua com uma fome danada e, apesar da crise, a Europa também não deixou de comer", diz Fábio Trigueirinho, secretário executivo da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove).
Disparada - Como faltou produto, o preço disparou. "O pessoal está rindo sozinho", admite Aroldo Gallasini, diretor-presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná. "Em 20 dias, mudou todo o cenário para a agricultura brasileira."
Supersafra - É nesse clima de otimismo que os agricultores começam a plantar a safra 2012/13 a partir de setembro. Para a Agroconsult, a área plantada de soja vai aumentar 10%, para 27,9 milhões de hectares. Se o clima não atrapalhar, a colheita pode chegar 83 milhões de toneladas, alta de 25% sobre a temporada 2011/12 e volume superior aos 80 milhões de toneladas previstos pela consultoria para os EUA.
Estimativa - A Safras & Mercado estima a safra 2012/2013 em 82,3 milhões de toneladas, quase igual aos 83 milhões dos americanos. "Se o clima continuar ruim nos EUA, o Brasil pode ultrapassar e ocupar o posto de maior produtor do mundo", diz Gutierrez. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê uma safra de 83 milhões de toneladas para os EUA e 78 milhões de toneladas para o Brasil.
Rentabilidade - Segundo Marcos Rubin, analista da Agroconsult, o forte crescimento da produção de soja na safra 2012/13 será uma consequência da perspectiva de rentabilidade do agricultor, que hoje é excelente. Além das cotações internacionais recordes, o setor também é favorecido pela desvalorização do câmbio, que elevou os preços recebidos em reais.
Bom momento - "É um bom momento, não há como negar. Os custos também subiram e boa parte da safra atual já estava vendida. Mas, sem dúvida, teremos um ritmo de crescimento chinês na próxima safra", diz Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Comercialização acelerada - A comercialização da nova safra está acelerada. Os agricultores brasileiros já venderam, em média, 35% da produção que não foi sequer plantada, porcentual superior a média de 10% desta época. Segundo Cleber Noronha, analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), esse porcentual já chega a 65% em Mato Grosso.
Liderança global - Nos próximos anos, EUA e Brasil devem disputar a liderança global de produção de soja no mundo, mas a tendência é que os brasileiros se consolidem no topo porque, mesmo sem aumentar o desmatamento, o País ainda pode elevar significativamente sua área plantada. O Brasil ainda deve produzir outros "reis da soja" como Eraí Maggi Scheffer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)
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AGRICULTURA II: Faturamento da agropecuária atinge recorde de R$ 50,4 bilhões
O Valor Bruto da Produção (VBP) Agrícola paranaense, que expressa o faturamento do setor, atingiu R$ 50,4 bilhões na safra 2011. O resultado superou as expectativas e ultrapassou o recorde obtido em 2008, de R$ 47,59 bilhões. A produtividade das lavouras de soja e milho e a produção de frango de corte foram os fatores que mais colaboraram para o resultado final, que corresponde a aumento de 4,7% sobre o ano anterior.
Levantamento - O levantamento final foi divulgado na sexta-feira (20/07) pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o recorde histórico do VBP 2011 reflete a combinação de bons preços pagos pelo mercado à maior parte dos produtores com a busca contínua pelo aumento da produtividade.
Versão preliminar - A versão preliminar do VBP, calculado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), já foi repassada aos municípios. O resultado do VBP de 2011 será utilizado pela Secretaria da Fazenda para compor a cesta de índices que forma o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), influenciando a distribuição do FPM de 2012.
Ganho - Segundo Ortigara, nas últimas duas décadas o produtor paranaense está conquistando ganhos de produtividade, refletindo o elevado grau de profissionalismo com que é conduzida a atividade agrícola em todo o Estado. “Percebendo os bons resultados, o produtor vem se aplicando cada vez mais em tecnologia e capacitação”, afirmou.
Participação – A agricultura lidera a participação no VBP, com 52% de contribuição no faturamento bruto da produção, capitaneada pelo avanço da produção e renda da soja. A participação da pecuária no VBP ficou em torno de 42% e a da produção florestal, em quase 7%. “Todos os setores que compõem a agropecuária paranaense tiveram aumentos no Valor Bruto da Produção”, disse o diretor do Deral, Francisco Simioni. Mas o produto que mais contribuiu com a renda da safra 10/11 foi a soja, que proporcionou faturamento bruto aos produtores paranaenses de R$ 10,9 bilhões, apontou. “Esse valor é resultado do aumento de 9% na produção de soja e dos preços praticados na safra de 2011, que elevaram o VBP da cultura em 30% em relação à safra anterior”, justificou.
Safras – A produção de milho recuou na primeira safra de 2011 e na segunda safra houve a ocorrência de fatores climáticos, como geadas seguidas de chuvas, que prejudicaram a produção. Mas o aumento nos preços pagos aos produtores compensou as perdas no volume de produção e o milho foi o grão com maior elevação no VBP, depois da soja. O faturamento bruto da cultura em 2011 foi de R$ 4,8 bilhões, um crescimento de 25% sobre 2010, quando atingiu R$ 3,7 bilhões.
Cana - A cana-de-açúcar teve queda de 9% no volume de produção, mas o aquecimento das cotações do açúcar no mercado internacional elevou o VBP da cultura em 21%. Com faturamento de R$ 2,2 bilhões em 2011 (R$ 400 milhões a mais que no ano anterior), a cana de açúcar assumiu o lugar antes ocupado pela produção de toras para serraria e laminadora.
Florestas - O setor florestal, correspondente à produção das serrarias e laminadoras, apresentou queda de 5% no faturamento bruto em relação a 2010, devido à redução nos preços dos produtos. A renda deste grupo ficou em R$ 2 bilhões.
Trigo - O VBP do trigo apresentou redução expressiva, de 39%, caindo de R$ 1,5 bilhão na safra 2010 para R$ 1,0 bilhão na safra 2011. “Isso ocorreu porque o trigo teve redução de área, de produção estimada e nos preços praticados”, explicou a economista do Deral Fernanda Yonamini.
Pecuária – Mantendo a tendência de crescimento, a produção de frango de corte foi o segundo produto que mais contribuiu para a elevação do VBP em 2011, quando atingiu faturamento bruto de R$ 6,5 bilhões, resultado 19% acima do VBP de 2010, que foi de R$ 5,4 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pela combinação do aumento de 8% nos abates de frango e de 3% nos preços recebidos no ano passado pelos avicultores.
Leite - A produção de leite também continua crescendo no Paraná e desponta como importante gerador de renda aos produtores. Em 2011, a bovinocultura de leite foi responsável pela geração de R$ 3,2 bilhões em renda bruta aos produtores. Esse resultado foi proporcionado pelo aumento de 8% na produção e na elevação de 5% nos preços pagos ao produtor em relação a 2010, o que contribuiu para um aumento de 21% no VBP de 2011.
Carne bovina - Segundo o Deral, a carne bovina teve desempenho positivo uma vez que a queda no número de abates de 8% foi compensada pelo aumento dos preços praticados. Desta forma, a renda da carne bovina em 2011 foi de R$ 2,3 bilhões, levando o VBP a uma variação positiva de 7% em relação ao ano anterior.
Suínos - A produção de carne suína continua instável. No ano passado, na expectativa de aumentar as exportações, a produção de carne suína subiu. Mas as exportações não reagiram na mesma proporção que a produção e os preços caíram 9% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o VBP da carne suína aumentou 14%, levando a renda do setor a atingir R$ 1,8 bilhão.
Municípios – Os municípios de Toledo, Castro e Cascavel foram os que mais contribuíram com a renda bruta da agricultura paranaense em 2011. Toledo foi o campeão, com um faturamento bruto de R$ 1,2 bilhão, no qual se destaca a produção de suínos (que gerou uma renda de R$ 292,5 milhões), frango de corte (R$ 190 milhões) e soja (R$ 156,9 milhões).
Castro - O município de Castro atingiu faturamento bruto de R$ 956,1 milhões, com destaque para a produção de soja, leite e frango de corte que proporcionaram rendas de R$ 198,6 milhões; R$ 171,6 milhões e R$ 104.4 milhões, respectivamente. Cascavel foi o terceiro município que mais contribuiu com o VBP paranaense de 2011, com um faturamento bruto de R$ 853, 5 milhões, obtido com a produção de soja, frangos de corte e pintinhos de corte. (AEN)
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FOCUS: Mercado eleva previsão para a inflação oficial em 2012
Analistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para a inflação em 2012, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (23/07). A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano subiu – pela segunda semana consecutiva - de 4,87% para 4,92%. Com isso, as expectativas se distanciam um pouco mais do centro da meta de inflação, de 4,50%.
IBGE - Na sexta-feira (20/07), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15, prévia do indicador oficial de inflação, acelerou para 0,33% em julho, de 0,18% em junho, ficando acima do esperado pelo mercado. De acordo com o instituto, alimentos e despesas pessoais puxaram o indicador.
Mediana - O boletim Focus desta segunda-feira mostra ainda que a mediana dos analistas para o IPCA em julho subiu de 0,21% para 0,25%. Há quatro semanas, estava em 0,18%. Para a inflação acumulada em 12 meses, a mediana das projeções também se deslocou mais para cima, de 5,53% para 5,56%. Para 2013, as apostas se mantiveram em 5,5%.
Governo - Apesar de as expectativas do mercado para a inflação estarem se deteriorando, a estimativa do governo para o IPCA continua 4,7% neste ano, de acordo com o relatório de receitas e despesas do orçamento do terceiro bimestre, divulgado na sexta-feira pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. É a mesma projeção do bimestre anterior.
Copom - Além disso, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na quinta-feira passada pelo BC, o colegiado ressaltou que, no cenário central com que trabalha, a taxa de inflação “posiciona-se em torno da meta em 2012”, estipulada em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). (Valor Econômico)
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MERCOSUL: Tribunal rejeita pedido de readmissão do Paraguai
Foi rejeitado no sábado (21/07) o recurso do governo do Paraguai ao Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul contra a suspensão do país no bloco e a incorporação da Venezuela como sócio pleno. O Tribunal, que não chegou a analisar o mérito da demanda paraguaia, decidiu que não poderia ter sido acionado diretamente pelo país sem antes haver consultas entre todos os membros do Mercosul. A decisão não acaba com a disputa, porque os paraguaios poderão pedir consultas aos demais sócios e, se não tiver resultado, recorrer novamente ao tribunal.
Protocolo - O Paraguai foi suspenso do Mercosul na última reunião do bloco, em junho, com base no chamado protocolo de Ushuaya, o acordo que permite punir membros onde houver “ruptura da ordem democrática”. Brasil, Argentina e Uruguai questionaram a competência do Tribunal de Revisão (principal instrumento de solução de controvérsias no Mercosul) para julgar questões relacionadas à “cláusula democrática”. Os árbitros decidiram, porém, que têm competência para julgar casos relacionados ao protocolo de Ushuaya.
Árbitros - Os árbitros concordaram que a suspensão do Paraguai e a entrada da Venezuela - decidida sem aprovação dos paraguaios, com o argumento de que o país está suspenso - podem ser classificadas como temas do tribunal: uma suposta violação das normas do bloco, capaz de produzir danos graves inclusive para países não membros. “Uma decisão rápida reduziria os elementos de insegurança jurídica que podem surgir”, acrescenta a sentença. Por motivos técnicos, porém, o Tribunal alega não ter competência para apressar o processo, sem consenso por parte de todos os integrantes do Mercosul.
Consultas - Pelas normas do Mercosul, é necessária a realização de consultas antes de iniciada uma queixa ao Tribunal de Revisão, o que não foi feito pelo Paraguai sob a alegação de que foi suspenso do bloco sem direito à defesa, com consequências, como a entrada da Venezuela, que demandariam ação emergencial. A argumentação do Paraguai chegou a convencer alguns dos membros do tribunal, segundo a sentença proferida ontem, que não revela quais jurados consideraram legítimo o recurso direto, sem consultas prévias, devido ao caráter excepcional do caso. Mas a maioria decidiu rejeitar o pedido.
Brasileiros - Há dois brasileiros entre os seis integrantes do Tribunal, o ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, e o jurista Jorge Fontoura. O laudo assinado ontem pelos seis informa que, por unanimidade, não avaliaram o mérito da demanda paraguaia e ressalvam que o país pode insistir no questionamento da decisão dos sócios, desde que siga os procedimentos normais, com pedido de consultas aos demais membros, Brasil, Argentina e Uruguai. A decisão deste fim de semana impõe uma demora no processo, que pode estendê-lo por pelo menos sete meses. (Valor Econômico)
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