COOPERJOVEM: Instituto Sicoob e Sescoop/PR estreitam parceria
Uma nova proposta de trabalho conjunto foi apresentada por representantes do Instituto Sicoob Paraná ao Sescoop/PR, na manhã desta terça-feira (24/07), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O encontro contou com a presença do gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, da coordenadora estadual do Programa Cooperjovem, Vanessa Christófoli, do presidente do Instituto Sicoob, Carlos Alberto Pimentel Gonçalves, da gestora administrativa do Instituto Sicoob, Emmanuele Soares, analista de Recursos Humanos da Central Sicoob Paraná, Vera de Paula, e o assessor da diretoria do Sebrae/PR, Luiz Marcelo Padilha.
Cooperjovem- “O motivo da nossa vinda a Curitiba foi estreitar os laços com o Sescoop/PR, especialmente em relação ao Cooperjovem, que nós já desenvolvemos em parceria com as cooperativas singulares do Sistema Sicoob no Paraná. O Cooperjovem seria a base de um outro projeto que nós viemos apresentar para darmos continuidade a esse trabalho, com a formação de cooperativas mirins”, explicou o presidente do Instituto Sicoob, Carlos Alberto Pimentel Gonçalves. “Essas cooperativas seriam formadas por estudantes que já participaram do Cooperjovem e teriam como foco o processo educacional baseado na vivência do cooperativismo na prática, preparando os alunos para replicar esse conhecimento. A nossa intenção é buscar parcerias para construirmos esse projeto juntos”, complementou a gestora administrativa do Instituto Sicoob, Emmanuele Soares.
Primeiros passos – Segundo o presidente do Instituto Sicoob, um grupo formado por profissionais do Sescoop/PR, Instituto Sicoob e Sebrae, viajará, em setembro, à Nova Petrópolis (RS) para conhecer as experiências bem sucedidas na formação de cooperativas mirins existentes no município. “Queremos ver o que está sendo feito lá e os benefícios que estão sendo proporcionados à comunidade”, ressaltou. Ainda de acordo com ele, a proposta é estruturar as ações até o final do ano, submetê-la à aprovação dos conselhos de administração das entidades envolvidas para implantar um projeto piloto em 2013. “É importante trabalharmos a educação cooperativista entre os jovens pois assim teremos um efeito multiplicador grande do espírito da cooperação”, frisou Gonçalves. “O cooperativismo é um meio para alavancar o desenvolvimento de uma região e de termos um mundo mais justo e perfeito”, acrescentou.
O programa – O programa Cooperjovem é realizado pelo Sescoop/PR juntamente com 12 cooperativas, envolvendo 10 mil alunos, 564 professores em 41 municípios paranaenses. “Essa parceria com o Sicoob contribui para consolidar o trabalho que o Sescoop realiza desde 2005, fortalecendo o programa Cooperjovem. Da nossa parte, não vamos medir esforços para viabilizar esse trabalho e o projeto que nos foi apresentado é um meio de darmos prosseguimento ao processo de formação dos jovens que formam a quarta geração do cooperativismo”, afirmou o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche.
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COCARI: Dia de Campo de Inverno reúne 1.100 cooperados em Mandaguari
Cerca de 1.100 cooperados compareceram ao Centro Tecnológico Cocari (CTC), em Mandaguari, para acompanhar as novidades para as culturas da estação no Dia de Campo de Inverno, promovido nos dias 18 e 19 de julho. No primeiro dia, os visitantes foram produtores rurais das regionais da Cocari de Aquidaban, Itambé, Mandaguari, Marialva e Marilândia do Sul. Já no segundo dia foi a vez dos cooperados das regionais Cruzmaltina, Kaloré, São Pedro do Ivaí e Rio Branco do Ivaí conferirem as novas tecnologias e manejos para as culturas de milho e trigo.
Panorama da agricultura – Na abertura dos dois dias do evento, o presidente da Cocari, Vilmar Sebold, agradeceu a participação dos cooperados, representantes de empresas parceiras e pesquisadores, especialmente em um dia com neblina e temperaturas tão baixas na região de Mandaguari como as registradas na quarta-feira. “Agradecemos aos pesquisadores e ao Departamento Técnico, pois é por meio da pesquisa que se pode fazer a diferença e por isso que vocês saíram de casa em um dia como este, vindo atrás de novidades para agregar maior produção para os senhores cooperados”, frisou.
Ano diferente – Na ocasião, o presidente falou sobre o cenário da agricultura nos últimos meses, destacando as previsões de quebra de safra dos Estados Unidos em virtude da estiagem que afeta o país. “Estamos vivenciando um ano totalmente diferente do que vimos até hoje, com fatores que, provavelmente, irão mudar os patamares dos preços agrícolas para uma nova escalada, o que já aconteceu em 1988, depois voltou a ocorrer em 1998-1999 e agora novamente”, disse.
Seca severa – “A previsão climática nos Estados Unidos é extremamente preocupante, pois a seca já é a mais severa desde 1956. Seguramente faltará soja no mundo e os povos mais pobres do planeta, em especial na África, serão os mais atingidos nos próximos anos. A ONU já fala que mais de um bilhão de pessoas podem ter falta de comida”, declarou Sebold. Na sequência, o presidente destacou que os preços da soja e milho gerarão maior inflação, sendo que, neste momento, estão afetando mais seriamente a suinocultura, que corre o risco de ser inviabilizada no Brasil.
Reserva – Diante desse cenário, Vilmar Sebold deixou um conselho aos cooperados. “Nós temos de estar preparados para o mercado. Então, façam uma reserva nesse momento. É ano de vender de pouquinho, de vender picadinho o milho que vocês vão colher e que, se Deus quiser, nós vamos ter uma grande safra na nossa região, para buscar um preço médio porque a tendência é altista”, recomendou. “Cada um é dono da sua produção e é livre para buscar a melhor forma e a melhor opção para a comercialização, mas procurem manter um pouco daquilo que vão colher”, complementou Sebold.
Troca de experiências – O cooperado Milton Pedro da Silva, da regional Cruzmaltina, diz ter achado importante ouvir esclarecimentos sobre a situação do mercado internacional. “Se o presidente não tivesse falado eu não saberia como está o mercado. É importante participar de eventos como este porque além de aprender sobre plantio, a gente fica sabendo sobre o mercado. Aqui eu recebo informações e troco experiências com produtores de longe também”, revelou o cooperado.
Estandes – Durante o Dia de Campo, os produtores puderam conferir híbridos de milho, novas cultivares de trigo, forrageiras de inverno e controle químico de pragas e doenças. Foram instalados 22 estandes de empresas parceiras da Cocari para visitação dos cooperados no CTC, entre eles o estande do Departamento Técnico (Detec) da Cocari. Distribuídos em grupos, os produtores percorreram as estações conferindo as novidades apresentadas pelos representantes das empresas, pesquisadores e por integrantes do Detec. Ainda houve exposição de maquinários e implementos agrícolas.
Público feminino – Além de conferirem as novas tecnologias para a agricultura, no segundo dia do evento as mulheres também puderam assistir a uma palestra sobre a Influenza A (H1N1), sendo ministrada pelo médico do trabalho Dr. José Augusto da Cunha Grohmann, na Associação Atlética Cocari. Na palestra, Grohmann falou sobre formas de prevenção deste novo vírus de gripe, ressaltando a importância de cuidados simples, como lavar as mãos constantemente e o uso do álcool em gel, para diminuir a probabilidade do contágio da H1N1. A distribuição de um panfleto com informações sobre a doença também ajudou a tirar dúvidas. (Imprensa Cocari)
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COPAGRA: Sojicultores planejam a safra 2012/2013
Os prejuízos deixados pela forte estiagem do ano passado não está intimidando o produtor rural. Sem muitas lamentações, a movimentação na Copagra começa a criar corpo e os primeiros negócios para a safra 2012/2013 de soja estão aparecendo. De acordo com Carlos Ferrari, técnico em agropecuária da Copagra, a movimentação dos produtores é em busca de elaboração de projetos para custeio e reserva de insumos. Para ele, a frustração da última safra não terá interferência na decisão na hora de plantar soja. “A área destinada à cultura será a mesma do ano passado”, frisa.
Boa expectativa - O agricultor Jaime Pedersoli, de Santa Cruz do Monte Castelo, é um deles. Ele já elaborou o projeto de custeio, reservou insumos na Unidade da Cooperativa, instalada em Querência do Norte, e aguarda apenas o término do período do vazio sanitário para efetuar o plantio de soja em 700 hectares. As terras estão ocupadas com o milho safrinha. “Espero uma grande produtividade de soja este ano”, afirma Pedersoli.
Regras - Com início do plantio indicado tecnicamente após o dia 20 de outubro existem algumas regras que devem ser adotadas pelos sojicultores. De acordo com Ferrari, uma medida simples, mas muito importante a se fazer um plantio escalonado e com ciclos diferenciados no desenvolvimento da planta. Pela indicação o ideal é plantar 60% das lavouras num primeiro momento com ciclo curto e 40% utilizando ciclo médio ou longo. Os agricultores de Querência do Norte e região devem plantar acima de 5.100 hectares com soja este ano.
Clima deve favorecer plantio - Depois de ter sido o ator principal da forte quebra na safra de grãos, o clima deverá voltar à cena com surpresas para a agricultura brasileira. O fenômeno climático que trouxer a catastrófica estiagem do verão (La Niña) está perdendo espaço para o fenômeno oposto (El Niño), que será responsável por antecipar em quase em um mês a estação de chuvas. Se confirmadas, as precipitações fora de época trarão problemas para o corte da cana e a colheita do café, mas benefícios para o plantio de soja.Para tanto é preciso que ocorra no tempo certo para não aumentar o risco climático do milho na segunda safra. Até lá, no curtíssimo prazo, as culturas em fase de colheita terão algum alento, pois até agosto, a previsão é de clima seco. (Imprensa Copagra)
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RAMO CRÉDITO: Cooperativas terão fundo garantidor único até o final do ano
Perto de ultrapassarem a marca de R$ 100 bilhões em ativos em 2012, as cooperativas de crédito se consolidam no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ainda nesse ano devem ganhar um Fundo Garantidor de Crédito unificado, nos mesmos moldes do FGC do sistema bancário, no qual até R$ 70 mil dos depósitos de cada CPF está garantido pelo sistema.
Sicoob - Com 44% dos ativos do mercado de cooperativas de crédito, cerca de R$ 30 bilhões do total de R$ 92 bilhões até maio deste ano, o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) já possui o próprio fundo garantidor, que possui atualmente R$ 170 milhões em depósitos. O diretor do Sicoob, Abelardo Duarte de Melo Sobrinho, revela ainda que na entidade 0,15% dos depósitos das cooperativas são retidos para garantir até R$ 70 mil e 0,25% para o que exceder esse valor.
Integração - Ênio Meinen, diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), controlado pelas instituições do Sicoob, detalha que hoje cada confederação, central ou singular possui o próprio Fundo Garantidor, mas que a ideia a ser aprovada neste ano é a integração. “Deverá, até o final do ano, instituir um valor mínimo (depósitos). Depende do CMN [Conselho Monetário Nacional] deliberar e de o Banco Central divulgar e fazer cumprir.”
Tratamento tributário - Entre os entraves, segundo Meinen, está o tratamento tributário diferenciado para a aplicação dos recursos, o que já ocorre no FGC dos bancos. Também há o debate sobre um valor mínimo a ser retido, que poderá ser de acordo com o nível de risco da cooperativa. “Quanto mais risco, mais contribuição. Falta o BC e as cooperativas chegarem a um nível ótimo de entendimento sobre a composição e os critérios das reservas”, diz o diretor.
Grandeza - Para Meinen, o fundo nacional permitirá maior grandeza ao mercado. “Hoje não consegue juntar e um padrão único de controle é bom para a sociedade. Todos os procedimentos serão padronizados”, pontua. Atualmente, o mercado de cooperativas de crédito no Brasil está dividido em quatro confederações, 38 centrais, sendo 87% filiado às confederações, e 1.273 singulares, no qual 78% estão associados às centrais, além de dois bancos cooperativos.
União - O diretor de Operações enfatiza que a criação do fundo é um dos passos para a união. “Santa Catarina, por exemplo, tem uma competição pelos associados, mas é salutar. O que a gente defende no futuro próximo é única confederação e uma central por estado, e um fundo garantidor, que vai garantir a união. O BC dá uma induzida a isso.”
Tendência - Além da criação do fundo nacional, a concentração das cooperativas é uma tendência já observada e essencial, segundo o diretor do Sicoob. “Nos últimos 12 anos, caiu o número de cooperativas e aumentaram os PACs [Pontos de Atendimento]. Isso é escala. Temos o desafio de ter uma estrutura única.” No final de 2011, o setor de cooperativas concentrava 5 mil pontos de atendimento, com R$ 86,5 bilhões em ativos. O patrimônio líquido estava em R$ 15,9 bilhões.
Operações de crédito - No que se refere às operações de crédito, números do Banco Central, até maio, revelam que as cooperativas de crédito rurais, mútuas e de livre admissão acumulam saldo de R$ 41,566 bilhões, alta de 25,8% no acumulado de 12 meses e de 9,4% no ano.
Características - As cooperativas são instituições financeiras reguladas e fiscalizadas pelo Banco Central, sendo regidas pelas Leis 4.595/1964, 5.764/1971, Lei Complementar 130/2009 e a Resolução 3.859/10, do CMN. A legislação permite que a instituição seja vinculada a um segmento, como rural, ou de livre admissão. Mas, no último caso, a atuação livre somente é permitida com patrimônio líquido acima de R$ 25 milhões.
Diferencial - A principal diferença ante os bancos, segundo Meinen, é que não possuem objetivo no lucro. “O dono, administrador e cliente são uma pessoa só. Tudo que sobra de resultado positivo deve ser devolvido ao cliente, proporcionalmente ao que foi investido.” (DCI)
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PUBLICAÇÃO: Consultor da OCB lança livro comentando o novo Código Florestal brasileiro
O doutorando em Direito Econômico e Socioambiental e consultor jurídico da OCB para assuntos ambientais durante toda a tramitação do novo Código Florestal brasileiro, Leonardo Papp, lançou recentemente a obra “Comentários ao novo Código Florestal brasileiro – Lei 12.651/12”. O objetivo do livro é instigar o debate acerca das possibilidades e dos limites da Lei Federal nº 12.651/12, numa abordagem eminentemente jurídica. “Embora ainda tenhamos muita labuta até que a Medida Provisória (que regulamentará o normativo) seja definitivamente votada, o fato é que a nova legislação já está em vigor. O livro é, em alguma medida, minha contribuição inicial para os inevitáveis debates dessa nova fase, agora de interpretação e aplicação do novo diploma legal”, afirma o autor.
Comentários - Para facilitar a identificação dos assuntos discutidos, foi adotada a metodologia de comentários artigo por artigo, sem desconsiderar as conexões entre os diversos institutos jurídicos. Além de interpretar o novo diploma legal, Papp sinaliza a necessidade de se construir uma legislação desenvolvimentista, que de fato cumpra sua vocação ambivalente: proteger os recursos naturais e viabilizar a sua exploração econômica.
Sobre o Autor - Leonardo Papp é doutorando em Direito Econômico e Socioambiental na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Mestre em Direito Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (USFC), Especialista em Direito Imobiliário pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É Professor das disciplinas de Direito Ambiental e de Direito Imobiliário no Centro Universitário Católica de Santa Catarina (CatólicaSC), além de Advogado, com atuação destacada nas áreas de meio ambiente e negócios imobiliários. (Informe OCB)
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EXPEDIÇÃO AVICULTURA: Paraná se consolida como líder no setor avícola
Num ano em que o Brasil perde espaço no mercado internacional, o Paraná amplia suas exportações de carne de frango e se consolida como líder nacional no segmento avícola. Enfrentando forte competição dos Estados Unidos, o país viu seus embarques recuarem 2% no primeiro semestre de 2012, para 1,9 milhão de toneladas. Na contramão, o estado exportou 13% mais e concentrou quase um terço dos negócios firmados pelo país com o mercado externo no período.
Vantagem - Com 563,5 mil toneladas de carne de frango exportadas entre janeiro e junho, o Paraná abriu ampla vantagem sobre o seu principal concorrente, Santa Catarina. O estado vizinho, que nesta mesma época do ano passado encabeçava o ranking brasileiro de exportação, viu seus embarques encolherem 8% em 2012, para 478,4 mil toneladas – 85 mil toneladas a menos que o Paraná. O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, atribui o avanço paranaense a uma série de fatores, como o crescimento do número de avicultores e de abatedouros, quase todos habilitados à exportação, e à disponibilidade de matéria-prima. “O Paraná é privilegiado. Somos os maiores produtores de grãos do país e, tendo soja e milho à vontade como nós temos aqui, é mais fácil fazer frango”, observa.
Avicultores integrados - Hoje, o Paraná tem mais de 18 mil avicultores integrados a 42 indústrias, entre abatedouros e incubatórios. Essas empresas são as responsáveis pela produção anual de mais de um bilhão de cabeças de frango – quase 4 milhões de aves por dia. As 28 indústrias paranaenses habilitadas para exportação vendem todos os anos mais de 1 bilhão de toneladas de carne de frango para 130 países dos cinco continentes, injetando na economia do estado mais de US$ 2 bilhões. Todo o frango produzido no Paraná vem das granjas de matrizes espalhadas pelo estado.
Distribuição de renda - Além de gerar receita, essas indústrias também têm um papel muito importante na distribuição da renda. “Não existe outro setor dentro do agronegócio que empregue tanto quanto a avicultura”, sustenta Martins. De acordo com o Sindiavipar, a cadeia avícola paranaense gera atualmente 50 mil postos de trabalho diretos e 500 mil empregos indiretos.
Posição de destaque - Dinâmica, a atividade ocupa posição de destaque nas pequenas economias regionais. É o caso de Piraí do Sul. Dono do maior plantel de aves dos Campos Gerais paranaenses, o município tem aproximadamente metade de sua renda proveniente da avicultura. “Setenta por cento do faturamento do município vêm do campo e, desse total, setenta por cento vêm da cadeia das aves”, calcula o secretário da Agricultura de Piraí, Luiz Fernando Tonon.
Especialização - Especializado na criação de frango inteiro tipo griller, o município tem 100% da sua produção direcionada à exportação a um dos principais mercados importadores do produto brasileiro, o Oriente Médio. Segundo o secretário, são cerca de 200 avicultores que produzem aproximadamente 50 milhões de frangos por ano. “Hoje está sendo muito bom para nós, mas no longo prazo essa dependência é preocupante. Se a BRFoods fechar, Piraí quebra. Precisamos buscar alternativas de diversificação”, defende o secretário. Leite, ovinos, morango, mandioca e peixes estão entre as opções promovidas pelo Projeto Piraí Rural, lançado pela prefeitura no ano passado.
Projeto percorre das granjas do interior ao Porto de Paranaguá - Das granjas do interior até o Porto de Paranaguá, a Expedição Avicultura 2012/2022 vai percorrer, nas próximas semanas, os caminhos que a produção paranaense faz para ganhar o mundo e chegar aos mais exigentes mercados importadores. Com o know-how e a capilaridade da Expedição Safra, realizada há seis temporadas, uma equipe de técnicos e jornalistas iniciou na semana passada um roteiro pelos principais polos avícolas do Paraná. A sondagem começou pelos Campos Gerais e segue pelas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste e Norte, além dos portos de Paranaguá e Antonina.
Futuro da atividade - A partir do Paraná, a Expedição vai discutir o futuro da avicultura brasileira e o impacto do segmento nas economias regionais brasileiras, do produtor ao consumidor, dentro e fora da porteira. O levantamento será técnico-jornalístico e o pano de fundo é o desenvolvimento econômico e social do Paraná, da Região Sul e do Brasil. Uma iniciativa do Agronegócio Gazeta do Povo, o projeto conta com o oferecimento do Grupo Unifrango e apoio técnico do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindivipar). A Expedição Avicultura foi lançada nesta terça-feira (24/07), em Curitiba, com a presença de autoridades e lideranças do agronegócio. O Sistema Ocepar foi representado pelo engenheiro agrônomo Robson Mafioletti e pelo médico veterinário Alexandre Amorim. (Com informações da Gazeta do Povo)
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MAPA: Cooperativismo integra Comitê Estratégico do Agronegócio
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, lançou nesta segunda-feira (23/07), às 11h, o Comitê Estratégico do Agronegócio, formado por ex-ministros, parlamentares e lideranças rurais e empresariais. “É muito importante termos um instrumento como o Comitê para auxiliar no crescimento da agricultura brasileira. Pessoas competentes que lidam com o setor diariamente farão parte das discussões. O grupo nos ajudará no aferimento dos resultados, na implementação do Plano Agrícola e Pecuário ou mesmo na condução de programas estratégicos para o ministério e para o governo”, ressaltou Mendes Ribeiro.
Personalidades - O comitê terá a participação de personalidades como o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas; o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Senador Waldemir Moka; o embaixador especial da FAO para o cooperativismo, Roberto Rodrigues; e outros como Alysson Paolinelli; Antônio Delfim Netto; Assis do Couto; Cesário Ramalho da Silva; Edinho Araújo; Francisco Sérgio Turra; Homero Pereira; Jorge Gerdau Johannpeter; Kátia Abreu; Luciano Coutinho; Luiz Carlos Corrêa Carvalho e Marcus Vinicius Pratini de Moraes.
Prioridades - O grupo terá como objetivo definir prioridades a serem estabelecidas na formulação das políticas agrícolas e também contribuirá na fixação de diretrizes, indicadores e metas de desempenho do agronegócio e suas respectivas cadeias produtivas, além de avaliar e acompanhar as ações governamentais aplicadas ao desenvolvimento e sustentabilidade do setor.
Primeira reunião - Mendes Ribeiro coordenou a primeira reunião do colegiado. No encontro, foram apresentados a sistemática de funcionamento do Comitê e o Plano de Ações Estratégicas do Mapa 2012/ 2014, e também foram discutidas as linhas de atuação e ações prioritárias para os próximos dois anos. Os participantes do evento receberam cópia do Plano que será debatido na próxima reunião, a ser realizada em 45 dias em local ainda a ser definido. Ao final, os membros fizeram uso da palavra e saudaram a iniciativa do ministro para o fortalecimento do agronegócio nacional.
Indicações - Além dos 15 integrantes já divulgados no Diário Oficial da União do dia 20 de julho, o Comitê também será composto por dois integrantes que ainda serão indicados pelo Senado Federal e terá limite máximo de até 20 representantes. O grupo se reunirá, em Brasília, pelo menos duas vezes ao ano, com o objetivo de definir prioridades na formulação das políticas agrícolas, contribuir na fixação de diretrizes, indicadores e metas de desempenho do agronegócio e suas respectivas cadeias produtivas. O Comitê ainda avaliará e acompanhará as ações governamentais aplicadas ao desenvolvimento e sustentabilidade do agronegócio nacional. Poderão ocorrer encontros extraordinários por convocação do seu presidente ou por solicitação subscrita de dois terços dos integrantes. (Mapa)
Confira quem integra o Comitê Estratégico do Agronegócio:
- Presidente Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho – Abramilho e ex-ministro da Agricultura (1974 a 1979), Alysson Paolinelli;
- Professor e ex-ministro da Agricultura (1979) Antônio Delfim Netto;
- Deputado Federal, Assis do Couto (PT/PR); - indicado pela Câmara Federal;
- Presidente da Sociedade Rural Brasileira – SRB, Cesário Ramalho da Silva;
- Deputado Federal, Edinho Araújo (PMDB/SP); indicado pela Câmara Federal
- Presidente Executivo da União Brasileira de Avicultura - Ubabef e ex-ministro da Agricultura (1998 a 1999), Francisco Sérgio Turra;
- Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA, deputado Homero Pereira (PSD/MT);
- Presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade do Conselho de Governo da Presidência da República, Jorge Gerdau Johanpetter;
- Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Senadora Kátia Abreu (PSD/TO);
- Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, Luciano Coutinho;
- Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio - Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho;
- Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, Márcio Lopes de Freitas;
- Membro do Conselho de Administração da JBS Friboi e ex- ministro da Agricultura (1999 a 2002) Marcus Vinicius Pratini de Moraes;
- Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas - FGV e ex-ministro da Agricultura (2003 a 2006), Roberto Rodrigues;
- Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo - Frencoop, senador Waldemir Moka (PMDB/MS);
- 2 representantes do Senado Federal a ser indicados pela Presidência da Casa.
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CARNES: Técnicos russos iniciam missão técnica pelo Brasil
O roteiro da missão russa que visitará o Brasil durante as duas próximas semanas foi definido nesta segunda-feira (23/07), durante uma reunião de trabalho entre representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor). O roteiro da comitiva inclui visitas aos três estados embargados – Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul –, além de Pará, Goiás e Santa Catarina.
Estabelecimentos - No total, 21 estabelecimentos de bovinos, suínos e aves serão inspecionados por oito técnicos divididos em três grupos, um para cada tipo de carne. Todos estão com exportações suspensas temporariamente para a Rússia. Também serão visitados o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro Leopoldo (MG), postos de vigilância agropecuária na fronteira, unidades de vigilância agropecuária estaduais, fazendas e granjas. No dia 31 de julho, mais um técnico russo deverá chegar ao Brasil para examinar exclusivamente documentos e relatórios na sede do Mapa.
Continuidade - O objetivo da missão é dar continuidade na avaliação do sistema de inspeção e controle de segurança dos produtos de origem animal exportados para aquele país e reverter o embargo às carnes das três unidades federativas – que iniciou em junho do ano passado –, assim como de frigoríficos dos outros estados incluídos no roteiro. A reunião de encerramento está marcada para o dia 3 de agosto, em Brasília. (Mapa)
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PROGRAMA DE SUBVENÇÃO: Seguro rural ainda esbarra em volume escasso de recursos
A escassez de recursos alocados pelo governo federal no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) continua a limitar a expansão das contratações dessa ferramenta de proteção contra adversidades climáticas pelos agricultores brasileiros.
Valor garantido - Ainda que tenha anunciado a intenção de liberar R$ 400 milhões para os subsídios nesta safra 2012/13, que começou "oficialmente" em 1º de julho, apenas R$ 174 milhões estão efetivamente garantidos até o fim do atual ano calendário. E, dado o histórico de cortes de recursos para o programa em virtude dos recorrentes contingenciamentos no Orçamento da União, há dúvidas no mercado se a promessa será cumprida.
Salto - Se, de fato, for liberado até junho de 2012 o montante total anunciado, haverá um salto de quase 50% em relação ao ciclo 2011/12. Mesmo assim, concordam as seguradoras que atuam no ramo, é pouco diante da demanda e das necessidades do país, realçadas pela prolongada estiagem que prejudicou as lavouras de grãos do Sul do país na temporada passada.
Limitado - "Os recursos continuam limitados e instáveis, o que contém a ampliação das contratações", afirma Luís Carlos Guedes Pinto, diretor-geral de seguro rural e habitacional do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre. O grupo é líder absoluto na área agrícola, com 60% do mercado, mas essa participação poderá cair a depender da avaliação das autoridades antitruste.
Contratado - Segundo dados do Ministério da Agricultura, no ano passado foram contratadas mais de 60 mil apólices, a área agrícola segurada superou 6 milhões de hectares e a importância protegida pela ferramenta chegou a cerca de R$ 8 bilhões. Diante do gigantismo do campo brasileiro, contudo, são números baixos.
Área plantada - Apenas a área plantada com grãos alcançou 50,8 milhões de hectares na safra passada, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento. E o valor bruto da produção (VBP) das 20 principais culturas do país, as perenes entre elas, deverá se aproximar de R$ 215 bilhões neste ano.
Seca - Nesse contexto, e depois dos prejuízos causados pela seca no Sul, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre encerrou o ciclo 2011/12 com R$ 210 milhões em prêmios arrecadados e R$ 240 milhões pagos em indenizações.
Sinistros - O grupo recebeu a comunicação de 6,8 mil sinistros - 64% do total no Paraná - e informou que pagou 5,2 mil até o início do mês e que deverá cobrir os 1,6 mil restantes nas próximas semanas. Cerca de 65% da carteira de seguro rural dos parceiros é formada por clientes da região Sul.
Concentração - Em parte, essa concentração pode ser explicada pela maior dependência dos produtores sulistas de crédito rural. Principal agente liberador desses recursos com juros subsidiados do país, o Banco do Brasil incentiva a contratação de seguro quando fecha uma operação de crédito rural, cujas subvenções para as principais culturas variam de 50% (soja e milho de verão) a 70% (trigo e milho safrinha).
Percentual - Guedes Pinto, que foi ministro da Agricultura no governo Lula e vice-presidente de Agronegócios do BB, calcula que 62% da carteira de crédito rural do banco esteja protegida por seguro - e que o percentual não é maior pela escassez de recursos do governo para os subsídios.
Fundo de catástrofe - O executivo lembra que a falta de regulamentação do "fundo de catástrofe", que ajudará as seguradoras a garantirem recursos para o pagamento dos sinistros em caso de eventos de grande dimensão como a seca de 2011/12, também não ajuda o desenvolvimento do segmento, mas realça que é crescente a participação das resseguradoras nesse mercado, o que também é considerado vital para a diluição de riscos. (Valor Econômico)
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COMMODITIES: Previsão de chuvas nos EUA derruba cotações dos grãos
A valorização do dólar e a previsão de melhora nas condições climáticas em regiões produtoras do Meio-Oeste dos Estados Unidos derrubaram as cotações dos grãos nesta segunda-feira (23/07) na bolsa de Chicago. Apesar dos recuos observados, os preços da soja e do milho continuam próximos de patamares recordes, justamente por conta das perdas causadas pela combinação de seca e calor nos EUA nesta safra 2012/13.
Soja - No mercado de soja, os contratos futuros de segunda posição de entrega (setembro), normalmente os de maior liquidez, caíram 65,50 centavos de dólar, para US$ 16,4775 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). No milho, a segunda posição (dezembro) fechou a US$ 7,8550 centavos por bushel (25,2 quilos), em baixa de 10,25 centavos, enquanto os papéis do trigo (dezembro) recuaram 29,25 centavos, para US$ 9,19 por bushel (27,2 quilos).
Chuvas - Novos mapas climáticos indicam a possibilidade de chuvas em parte do Meio-Oeste nos próximos dias, o que poderia aliviar a seca que atinge a região. Precipitações devem atingir os Estados de Minnesota, Iowa, Illinois, Indiana e Ohio entre o fim desta semana e o início da próxima. Contudo, as temperaturas tendem a permanecer elevadas no oeste do cinturão do milho (que compreende Iowa, Illinois e Missouri) até quinta-feira, quando as chuvas deverão trazer algum refresco.
Milho - Segundo analistas, a queda do milho foi proporcionalmente menor que a da soja porque boa parte das lavouras plantadas com o cereal não têm mais como recuperar seu potencial de produtividade mesmo que as chuvas caiam, já que a estiagem atingiu a cultura em sua fase crítica, de polinização. A baixa do trigo foi puxada pela do milho. (Valor Econômico)
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MDIC: Balança tem superávit de US$ 758 milhões na terceira semana de julho
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 758 milhões na terceira semana de julho, informou nesta segunda-feira (23/07) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O saldo positivo resulta da diferença entre US$ 4,940 bilhões em exportações e US$ 4,182 bilhões em importações.
Acumulado - No acumulado do mês, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 1,470 bilhão. No ano o resultado das transações comerciais brasileiras é superavitário em US$ 8,540 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo da balança comercial era positivo em US$ 15,710 bilhões.
Média diária - A média diária de US$ 948,6 milhões nas exportações até a terceira semana de julho é 10,5% inferior à média diária de US$ 1,060 bilhão dos embarques realizados em julho de 2011. A diminuição nas vendas nas três categorias de produtos é a causa para a queda na média diária no acumulado de julho de 2012, quando comparada com o mês inteiro em 2011, segundo o ministério.
Produtos básicos - Os produtos básicos recuaram 12,9%, dos US$ 508,5 milhões da média diária de julho de 2011 para US$ 443,1 milhões em julho deste ano, por conta, principalmente, de minério de ferro; petróleo em bruto; café em grão; minério de cobre; carne de frango; e algodão em bruto.
Semimanufaturados - Na venda de semimanufaturados a média caiu 9,4% na mesma comparação, passando de US$ 158,2 milhões em julho de 2011 para US$ 143,3 milhões nas três primeiras semanas deste mês. O resultado se deve a alumínio em bruto; semimanufaturados de ferro/aço; açúcar em bruto; óleo de soja em bruto; e celulose.
Manufaturados - As exportações de manufaturados encolheram 7,8% na comparação da média diária no acumulado deste mês (US$ 342,2 milhões) com julho de 2011 (US$ 371,1 milhões). Os principais responsáveis pela queda foram açúcar refinado; motores para veículos; pneumáticos; tratores; calçados; polímeros plásticos; autopeças; e automóveis de passageiros.
Importações - Na outra ponta, as importações diminuíram 6,5% nas três primeiras semanas de julho de 2012, com média diária de US$ 850,6 milhões, ante US$ 910,2 milhões em todo o mês de julho de 2011. No comparativo, caíram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (-30,4%); siderúrgicos (-23,9%); aparelhos eletroeletrônicos (-15,2%); instrumentos de ótica e precisão (-13,8%); borracha e obras (-13,2%); farmacêuticos (-12,2%); e plásticos e obras (-7,9%). (Valor Econômico)
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ECONOMIA: Tombini reitera aceleração do PIB e inflação na meta
Em dois momentos, nesta segunda-feira (23/07), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou os prognósticos de que a economia brasileira já começou a dar os primeiros sinais de recuperação e que o crescimento tomará velocidade no fim deste ano, quando o país estará crescendo ao ritmo de 4% anualizado, ao mesmo tempo em que a inflação convergirá para a meta de 4,5%.
Mau humor - Em entrevista a jornalistas estrangeiros e, pouco depois, durante um pronunciamento na solenidade de lançamento das novas cédulas de R$ 10,00 e R$ 20,00, Tombini procurou dissolver o mau humor que tomou conta dos mercados desde a última quinta-feira (19/07). Garantiu que o IPCA, a despeito do inesperado dado do IPCA-15 deste mês, não vai disparar este ano nem em 2013 e que o nível de atividade estará mais forte no último trimestre do exercício.
Defasagem - O ambiente internacional adverso, segundo ele, acentuou a defasagem entre a tomada das medidas de estímulo fiscal e monetário e seus reais efeitos na economia. O BC já cortou a taxa Selic em 4,5 ponto percentual, para 8% ao ano, e liberou cerca de R$ 60 bilhões em depósitos compulsórios.
Novos empregos - Tombini salientou que o país criou 1,2 milhão de novos empregos nos últimos doze meses, apesar de os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), divulgados ontem, terem mostrado uma desaceleração na criação de novos postos de trabalho. Em junho foram abertos 120.440 empregos formais, resultado abaixo do previsto e 44% menor que em igual mês de 2011.
Salários - O presidente do BC lembrou, ainda, que os salários cresceram 3% em termos reais na mesma base de doze meses. Disse que os dados de inadimplência começaram a melhorar tanto nos débitos em atraso de 15 a 90 dias quanto nos de mais de 90 dias. Indicou, também, que a expansão do crédito no mês passado foi mais intensa.
Crise externa - A cena externa, para o presidente do BC, "é desafiadora", mas a probabilidade de um evento extremo hoje é menor, acredita. Nesta segunda foi um dia especialmente ruim para os mercados internacionais, tendo à frente a crise na Espanha, onde, além dos problemas bancários, os governos regionais se mostram insolventes. Mas, para ele, o Brasil está bem posicionado para atravessar esse período.
Investimentos estrangeiros - O país recebeu US$ 6,5 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em junho, o ritmo de ingresso desses investimentos continua forte em julho, segundo Tombini, e a conta de IED será suficiente para cobrir o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos este ano. Acumulados em doze meses, os investimentos somam US$ 64 bilhões. O segundo colocado na região é o México, com quase US$ 20 bilhões, ou seja, um terço do ingresso no país.
Indústria - Os estoques da indústria, com as medidas de incentivo ao consumo - sobretudo da indústria de automóveis - caiu para os níveis do início do ano passado. Mesmo que os estímulos fiscais sejam de duração temporária, o fato é que foram suficientes para remover do setor um nível de estoque que inviabilizava o aumento da produção que, agora, pode começar a ocorrer.
Desvalorização - A desvalorização do real representa uma ajuda à indústria local, não necessariamente para incentivar as exportações - dada a situação da economia mundial - mas principalmente para substituir as importações por produtos produzidos internamente.
Inflação - A redução da inflação, que em setembro do ano passado estava no patamar de 7,3% em doze meses e hoje é de 4,9% até junho, foi "significativa" e "disseminada", com queda tanto nos preços livres quanto nos administrados. Houve recuo inclusive nos preços do setor de serviços, que têm sido mais resistentes nos últimos anos como reflexo de uma melhor distribuição da renda.
Incertezas - Diante das imensas incertezas que rondam a economia global, o presidente do BC considera prematuro focar a política monetária no controle das expectativas inflacionárias do próximo ano, quando os mercados estimam algo em torno de 5,5%.
FMI - O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na semana passada no âmbito do estatuto da instituição multilateral, "corrobora" a visão do Banco Central sobre a economia brasileira, ponderou Tombini.
Medidas - Ele adiantou, também, que o governo prepara um conjunto de medidas para reduzir o preço da energia e retomar as concessões de serviços públicos ao setor privado nas áreas de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. O anúncio dessas medidas poderá ocorrer no dia 7 de agosto, segundo fontes do governo, quando a presidente Dilma Rousseff terá uma reunião com empresários. (Valor Econômico)
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INFRAESTRUTURA I: Greve atrapalha movimento nos portos
A greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a operação-padrão da Receita Federal já afetaram o movimento nos principais portos do país. A paralisação da Anvisa, que começou na semana passada, está atrasando a emissão da autorização para que os navios atraquem nos portos. A situação está mais complicada no porto do Rio de Janeiro e no de Vitória, embora as filas sejam maiores em Santos e Paranaguá, em função da grande movimentação de safra.
Greve - Os funcionários da Anvisa entraram em greve dia 16, pedindo reposição salarial de 25%. A agência é responsável pela emissão de um documento conhecido por livre-prática, sem o qual nenhuma embarcação pode entrar no porto para embarque ou desembarque de mercadorias. O aumento reivindicado pelos funcionários da Receita é de 30%.
Queda - O Rio de Janeiro registrou queda de 50% no número de navios de carga em trânsito pelo porto da cidade na semana passada, em relação ao movimento previsto para o porto carioca. Segundo Danilo Luna, diretor de engenharia e gestão portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), empresa que administra os portos fluminenses, ontem havia oito navios fundeados fora da Baía de Guanabara esperando uma solução. "Eles [os navios] não querem entrar no porto, porque, em meio à greve, até conseguem atracar, mas depois não conseguem mais deixar o porto enquanto a greve não terminar ", disse Luna. Em condições normais, não há fila de espera no porto do Rio, disse o executivo.
Atraso - "Há no momento atraso em torno de um dia na chegada dos navios nos portos do Rio e de Santos. Em função disso, a Libra está procurando elevar a produtividade e acelerar a carga e a descarga de contêineres, além de flexibilizar as chamadas janelas [horários certos para as estadias dos navios nos portos]", disse Wagner Biasoli, presidente da Libra Terminais.
Espírito Santo - No Espírito Santo, o número de navios parados esperando para atracar no porto público de Vitória mais do que dobrou com a greve da Anvisa em relação a períodos com condições normais de operação. "Temos 11 navios fundeados dependendo de procedimentos da Anvisa para entrar no porto de Vitória", disse Enildo Ferreira, gerente de operações do porto, administrado pela Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). "O reflexo da greve se fez sentir mais a partir de hoje (ontem)", disse Ferreira.
Rio Grande do Sul - No porto de Rio Grande, no Sul, o principal problema é provocado pela operação-padrão dos servidores da Receita Federal. A demora no desembaraço aduaneiro levou a um acúmulo de 10 mil automóveis importados, quase o dobro do número de veículos que usualmente ficam acumulados no local, o que supera a capacidade do pátio automotivo do terminal, que é de 9 mil veículos, disse o superintendente do porto, Dirceu Lopes.
Grave - Além disso, conforme o executivo, a situação vai se agravar se não houver acordo até o fim do mês, porque está prevista a chegada de mais 3 mil carros no início de agosto, distribuídos em dois navios.
Adesão maior - De acordo com João Maria Medeiros, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagência), a expectativa é que a adesão à greve na Anvisa cresça ao longo desta semana e atinja 70%. No início da paralisação, o percentual era de 35%, e ontem estava em 60%. O presidente do sindicato disse que os grevistas vão respeitar o contingente mínimo de 30% de servidores que não podem cruzar os braços, como previsto em lei.
Paranaguá - A greve dos servidores da Anvisa, ainda não afetou substancialmente as operações no porto de Paranaguá, no Paraná. De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), no fim da tarde desta segunda-feira 119 embarcações aguardavam para entrar no porto, número normal para esta época do ano.
Santos - No porto de Santos, o mais movimentado do país, havia 83 navios esperando para atracar na tarde de ontem. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), contudo, não é possível atribuir a fila de embarcações somente à greve da Anvisa ou à operação padrão da Receita Federal. A estatal afirma que nesta época do ano a confluência entre embarque de safras agrícolas e alta movimentação de contêineres costuma elevar o número de embarcações à espera de vagas para atracar. De acordo com a Codesp, todos os pedidos de atracação solicitados entre sexta-feira e ontem foram atendidos. Segundo o comando de greve da Anvisa em Santos, diariamente são liberadas cerca de 25 autorizações, mas no domingo (ultimo dado disponível) foram apenas 10.
Antecipação - Antevendo os problemas, alguns sindicatos de agências de navegação conseguiram antecipar a emissão da livre-prática. Foi o que fez o terminal da multinacional de líquidos Stolthaven. A empresa tem seis navios já liberados aguardando fora do porto espaço nos berços de atracação. Para a Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), as manifestações podem ainda não ter impedido a entrada dos navios, mas estão, no mínimo, atrasando o procedimento nos portos. O diretor-executivo da Fenamar, André Zanin, avalia que a situação tende a piorar, pois desde o fim de semana a greve da Anvisa recrudesceu.
Liminares - Alguns sindicatos das agências marítimas conseguiram liminares para garantir o trabalho dos servidores da Anvisa, mas os pedidos dos representantes dos portos de Maceió, Recife, Vitória e Santos ainda estão em análise na Justiça. "A situação está começando a ficar crítica. Temos um número elevado de navios esperando para atracar", afirma o diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins. O próximo passo, diz, é a greve afetar a indústria que depende da liberação da carga para o seu negócio. O Sopesp reúne 46 terminais de Santos, que respondem por quase 25% da balança comercial do país. (Valor Econômico)
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INFRAESTRUTURA II: DER inicia programa de melhorias na faixa de domínio de rodovias
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) iniciou nesta segunda-feira (23/07) os serviços de melhoria na faixa de domínio de toda a malha estadual pavimentada. O investimento, da ordem de R$ 139,3 milhões, faz parte do Programa Estadual de Recuperação e Pavimentação de Estradas (PERC), que vai aplicar R$ 840 milhões nos próximos dois anos.
Início - As obras começam pela região de Londrina, onde serão aplicados R$ 3,4 milhões numa extensão de 260,08 quilômetros. Parte do recurso será investido na rodovia PR-445. De acordo com a Superintendência Regional Norte do DER, os serviços nessa rodoviaestão incluídos no Lote 15 e serão realizados em 41 quilômetros, abrangendo o acesso a Três Marcos, acesso a Londrina no final da pista dupla, as Vilas Regina e Ghandi, e nos entroncamentos com outras rodovias como a BR- 369 e a PR-437. O lote também contempla as PRs 090, 218, 437, 532, 538, 545 e 980. A ordem de serviço para a empresa Tecvia Construtora de Obras Ltda foi entregue na última sexta-feira (20/07).
O Programa – Os R$ 840 milhões que o governo investirá no PERC serão destinados a três subprogramas: Conservação e Recuperação Descontínua com Melhorias do Estado do Pavimento (Cremep), com recursos de R$ 410.155.280,21; Conservação de Pavimentos (COP), com R$ 290.698.089,10; e o restante com Conservação das Faixas de Domínio. O diretor geral do DER, Paulo Melani, informou que, somando ao programa a duplicação de rodovias-troncos, como as PRs- 445 e 323, o investimento do Tesouro do Estado chegará a R$ 1,250 bilhão. (AEN)
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SAÚDE Paraná registra 139 novos casos de gripe A na semana
Informe divulgado nesta segunda-feira (23/07) pela Secretaria da Saúde mostra que na última semana foram registrados no Paraná 139 novos casos de gripe A e duas mortes decorrentes da doença – ambas na Região Metropolitana e de pacientes com doenças pré-existentes. Os números são inferiores aos do boletim anterior, que registrava 172 novos casos e cinco mortes. Desde o início do ano, o Paraná registrou 899 casos confirmados e 25 mortes por gripe A.
Declínio - “Apesar do aumento do número total, conseguimos visualizar um declínio no registro de casos novos de gripe A (H1N1). Mesmo assim, é preciso reforçar as estratégias adotadas – vacina dos grupos prioritários, oferta do medicamento oseltamivir e prevenção – para evitar principalmente as mortes pela doença”, afirma o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Maior número de confirmações - O período com maior número de novos casos de gripe A foi a semana de 24 a 30 de junho, quando ocorreram 328 confirmações. O boletim da semana passada mostrou aumento de 29% nos casos confirmados (de 588 para 760). Nesta semana, o aumento foi de 18% (de 760 para 899).
Novas doses – Na reunião da Comissão Estadual de Infectologia realizada nesta segunda-feira (23/07) ficou definida a ampliação da vacinação para crianças de 2 a 5 anos. “Vamos receber mais 400 mil doses na quinta-feira (26/07), e assim que as doses chegarem às unidades de saúde a vacina será estendida para este público-alvo, além dos grupos já priorizados”, destaca Sezifredo Paz.
Imunizações - Com a chegada das novas doses, o Estado terá cerca de 2,6 milhões de paranaenses imunizados contra a gripe neste ano. A vacina é a mesma oferecida durante a campanha de vacinação de maio e protege contra os três vírus influenza que mais circulam no país: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Veja o informe completo no site www.saude.pr.gov.br, no banner sobre a gripe na coluna da direita. (AEN)
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