SICREDI VALE DO PIQUIRI: Delegados são capacitados sobre cooperativismo
Setenta e seis delegados do Sicredi Vale do Piquiri, também conhecidos como coordenadores de núcleos - cooperados que representam oficialmente o quadro social perante a cooperativa -, estiveram na manhã desta terça-feira (07/08), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. A visita faz parte de um programa de imersão promovido pelo Sicredi Vale do Piquiri, com o apoio do Sescoop/PR, e que visa ampliar o conhecimento dos associados sobre o cooperativismo paranaense. Os delegados são de 26 municípios e representam as 30 unidades de atendimento do Sicredi Vale do Piquiri.
O Sistema - Recebidos pelo superintendente José Roberto Ricken, os visitantes puderam conhecer a estrutura e atuação das três entidades que compões o Sistema Ocepar – o Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e a Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – (Fecoopar). Ricken explicou também sobre a maneira como ocorreu a formação do cooperativismo no Paraná, com forte influência dos fluxos imigratórios, e mostrou números que ilustram o desenvolvimento do setor, a exemplo do fato do cooperativismo responder por 16,5% do PIB do Paraná e por 55% do PIB agropecuário estadual, tendo registrado no ano passado uma movimentação econômica de R$ 32 bilhões.
Qualificação – Ainda de acordo com o superintendente, em 12 anos, as atividades e cursos promovidos pelo Sescoop/PR tiveram mais de 1 milhão de participantes, que assistiram a 338 mil horas de aulas em 26 mil eventos de treinamento. No período, os investimentos realizados foram superiores a R$ 81 milhões. São cooperados, colaboradores e familiares que tiveram acesso à qualificação profissional, sejam em cursos específicos para a necessidade operacional da cooperativa ou em projetos de pós-graduação, MBAs e mestrados.
A imersão – Este é o segundo ano que o Sicredi Vale do Piquiri promove uma viagem de imersão para os seus delegados. Em 2012, a ação iniciou com uma visita às cooperativas de origem holandesa Batavo e Castrolanda, ao parque Histórico de Carambeí e a uma propriedade rural da região dos Campos Gerais. Em Curitiba, além do Sistema Ocepar, os associados da cooperativa visitaram o Banco Central e a Central Sicredi PR/SP.
Formação – O presidente da Sicredi Vale do Piquiri e vice-presidente da Central Sicredi PR/SP, Jaime Basso, explica que dentro do novo modelo de organização do quadro social do Sistema Sicredi, criou-se a figura dos coordenadores de núcleos que são os delegados que representam os associados na Assembleia Geral. “Portanto, a cooperativa está preocupada com a formação e a qualificação destas pessoas para que elas possam contribuir cada vez mais com o desenvolvimento e com a gestão da cooperativa. Isto é de fundamental importância para que não tenhamos apenas pessoas lá representando os associados, mas com condições e capacitação suficiente para contribuir com o efetivo desenvolvimento da cooperativa”, disse.
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VISITA I: Deputado Kielse discute impactos do pedágio na Ocepar
O impacto do pedágio na produção e na economia paranaense foi o tema discutido pelo deputado estadual Cleiton Kielse com o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, na tarde desta segunda-feira (06/08), em reunião ocorrida na sede da organização, em Curitiba. “Nós não podemos deixar que continuem esses desmandos que ocorrem em relação aos valores extremamente absurdos nos preços das tarifas, à falta da duplicação e de obras de infraestrutura que essas empresas deveriam já ter executado há muitos anos”, disse o parlamentar.
Arrecadação x investimento - Kielse lembrou que, logo que as rodovias paranaenses foram pedagiadas, a tarifa custava, em média, R$ 1,50 e atualmente o valor mais barato gira em torno de R$7,50. Por outro lado, ele destaca que a frota de carros no Paraná era de 1,8 milhão, na época da primeira licitação feita no Estado, e deve chegar a seis milhões de veículos até o final desse ano. Segundo o deputado, as concessionárias ganharam com a melhora da economia, estão arrecadando muito e investindo pouco em melhorias. “As concessionárias vão fechar até o final do ano uma arrecadação global de R$ 20 bilhões, se forem contabilizados os valores desde 1998. Com esse dinheiro, nós poderíamos ter, no mínimo, de seis a sete pistas paralelas às existentes em todo o Anel de Integração, sendo que as que já existiam foram construídas com dinheiro público. Isto é, elas não fizeram 10% do que deveriam ter feito, duplicaram somente 110 quilômetros, e investiram apenas o equivalente a 15% de toda a arrecadação. Se forem descontados os impostos, os gastos com funcionários e o montante aplicado nas duplicações, essas empresas obtiveram uma renda líquida de quase R$ 15 bilhões. Existe negócio mais lucrativo que esse?”, questionou.
Aditivo – Kielse destacou ainda os prejuízos causados pelo termo aditivo feito nos contrato com as concessionárias, em 2000. “Nós tivemos um aditivo que foi um crime lesa pátria pois retirou da licitação 487 quilômetros das obras de duplicações mais caras, justamente nas rodovias que têm o maior número de mortalidade no Estado. Um dano irreversível. A situação se agravou ainda mais em 2012, com a postergação das obras que deveriam ter sido iniciadas em 2007 e foram adiadas para 2014”, frisou.
Mortes – O deputado lembrou que este ano já ocorreram 400 mortes no estado do Paraná em rodovias pedagiadas. “Esse número é um absurdo. Nos Estados Unidos, numa rodovia com a mesma distância e linha de produtividade de transporte de cargas, a média de mortalidade por ano é de 32 pessoas, ou seja, nós estamos com o índice de mortalidade vinte vezes maior que nos Estados Unidos, sendo que naquele país, as tarifas de pedágio custam menos que um quarto do preço daqui e as rodovias possuem entrada e saída para todos os pontos estratégicos das estradas.”
Mobilização – Para reverter essa situação, Kielse defende que sejam suspensas as parcerias com as atuais concessionárias e a realizada licitação para contratação de novas empresas, caso não haja uma diminuição das tarifas e as obras previstas nos contratos não sejam executadas. “Se não houver uma redução de, no mínimo, 60 a 70% no valor real das tarifas e a execução das obras que são devidas aos paranaenses, nós não temos o que conversar com essas concessionárias que trabalham de uma maneira extremamente difícil, nefasta e de forma que custa o preço da vida de milhares de pessoas que, pelos números que nós levantamos, deve chegar de 1996 até 2012, a quase cinco mil pessoas mortas dentro das rodovias pedagiadas no Estado”, completou.
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VISITA II: Cooperativistas da Argentina trocam informações com paranaenses
Cooperados da Cooperativa Agrícola Guillermo Lehmann visitaram, na manhã desta terça-feira (07/08) em Curitiba, a sede do Sistema Ocepar. A comitiva argentina, formada por 23 associados e dirigentes, está em viagem técnica para conhecer o cooperativismo do Paraná. Além da Ocepar, visitarão as cooperativas Witmarsum e Castrolanda, a Fundação ABC e acompanharão as novidades da Feira Agroleite, no Parque Dario Macedo, em Castro. Também está prevista a visita a propriedades de cooperados da região dos Campos Gerais. A Cooperativa Guillermo Lehmann atua principalmente na pecuária de leite, mas tem negócios também no setor de grãos – milho, soja e trigo. Com 4 mil cooperados, está sediada no município de Pilar, na província de Santa Fé.
Agregação de valor - Os cooperativistas argentinos foram recebidos pelo superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa, e pelo analista técnico e econômico Gilson Martins. A comitiva demonstrou especial interesse em conhecer a organização do sistema cooperativista do Paraná e o processo de agroindustrialização e agregação de valor por que passam as cooperativas do estado, com crescente participação no varejo. Também quiseram saber mais a respeito do trabalho de treinamento do Sescoop/PR e as ações voltadas à sucessão na propriedade rural.
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INFRAESTRUTURA I: Aprovado plano que vai orientar expansão do Porto de Paranaguá
O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO) foi aprovado por unanimidade na manhã desta segunda-feira (06/08), durante reunião extraordinária do Conselho de Autoridade Portuária (CAP). Elaborado a partir das diretrizes da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), o plano estabelece o plano de desenvolvimento do Porto nos próximos 20 anos.
Planejamento - “O Plano de Zoneamento é a linha mestre de qualquer porto. Ele nos dá um diagnóstico e um prognóstico da situação e possibilita planejarmos o futuro do porto. É uma grande conquista e um avanço, nos permitindo executar com mais precisão, clareza e transparência o Programa de Governo”, afirmou o secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho.
Elaboração - O PDZPO foi elaborado pela Appa juntamente com a Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (FEESC) e o Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans). Quando concluído, o Plano foi submetido ao Conselho de Autoridade Portuária e à Comissão Especial de Acompanhamento do PDZPO. A comissão, que analisou o Plano, contou com a presença de diversos representantes da sociedade civil, e analisou todos os temas do PDZPO em profundidade, durante aproximadamente dois meses, sugerindo alterações e melhorias, até chegar no produto final, aprovado nesta segunda-feira.
Consonância - Este é o primeiro plano de desenvolvimento e zoneamento feito em total consonância com o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), do Governo Federal, e em conformidade com todas as resoluções ambientais vigentes. “Estamos há 10 anos sem um plano semelhante, ele nos possibilitará colocar o plano de governo em ação estabelecido pelo Governo Beto Richa, viabilizar as parcerias público-privadas e buscar recursos para os projetos de expansão, junto ao governo federal”, disse o superintendente dos portos paranaenses, Luiz Henrique Dividino.
Destaques – O Plano de Zoneamento destaca a possibilidade de o Porto diversificar e dobrar o volume de carga nos próximos 20 anos. Isso significa dizer que o Porto, que atingiu um volume de 41 milhões de toneladas movimentadas em 2011, poderá chegar a mais de 80 milhões nos próximos anos. O plano também desenha as novas áreas de expansão em Antonina, Imbocuí/Emboguaçu e em Pontal do Paraná, num total de 50 milhões de metros quadrados disponíveis para crescimento de área e retro área. Mesmo com esse crescimento previsto, o Porto ainda vai conseguir manter 80% de área preservada na baía.
Escoamento - O PDZPO prevê ainda melhoria direta no escoamento de granéis sólidos para exportação de açúcar, soja, milho, farelo; melhorias no recebimento de fertilizantes, sobretudo na redução dos custos logísticos de sobre estadia e expansão no segmento de líquidos a granel. Todos os empreendimentos previstos visam atender a determinação do Governador do Paraná Beto Richa, no sentido de atender as necessidades dos produtores rurais e da indústria paranaense.
Avanço - O presidente do CAP, Wilson do Egito Coelho Filho, destacou o processo democrático que levou a elaboração final do PDZPO de Paranaguá. “Todo plano de desenvolvimento e de zoneamento é fruto de uma relação entre o porto e a cidade porque o desenvolvimento do porto impacta na cidade e a cidade se beneficia deste desenvolvimento de diversas formas. Mas a busca de um equilíbrio é o principal desafio e que muitas vezes gera conflito. Mas com todos sentados discutindo e aprovando este documento por unanimidade, comprova-se que aqui o exercício da cidadania foi exercido”, disse.
Integração - “O PDZPO, pela primeira vez, foi elaborando visando a integração entre o Porto e a cidade promovendo a harmonização dos conflitos urbanos, sem deixar de lado os cuidados com o meio ambiente e a redução dos impactos da atividade portuária junto a comunidade do entorno”, afirma Dividino. (AEN)
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INFRAESTRUTURA II: Comitê técnico do Fórum Futuro 10 acompanha aprovação do PDZPO
Representantes das entidades que compõem o Fórum Permanente Futuro 10, entre eles, o analista do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Gilson Martins; o assessor da diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, e o assessor da Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, acompanharam a aprovação do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO), ocorrida nesta segunda-feira (07/08), bem como as reuniões semanais realizadas durante a preparação do documento. Os três profissionais integram o Comitê Técnico criado pelo Fórum especialmente para tratar de questões ligadas à infraestrutura.
Ponto prioritário - O Fórum Futuro 10 reúne as maiores organizações do Paraná com o objetivo de discutir os temas de interesse para o desenvolvimento econômico estadual. A infraestrutura é um dos pontos prioritários de atuação do grupo e tem o Porto de Paranaguá como principal foco de ações ligadas a essa área. “Temos acompanhado todas as discussões relativas ao tema e apresentado propostas. Além disso, o Comitê Técnico do Fórum realizou diversos levantamentos sobre as necessidades de investimentos para modernização dos portos do Paraná, tendo inclusive estruturado um instrumento para acompanhamento das obras e ações”, esclarece Gilson.
PDZPO – O analista ressalta que o PDZPO é um instrumento que direciona as ações no Porto de Paranaguá por um longo período e deverá ser utilizado pelos administradores independentemente dos gestores que estiverem no comando. “Essa característica possibilitará à sociedade acompanhar e exigir o cumprimento do Plano das gestões futuras. O desafio, no momento, é a disponibilização de recursos para a execução das obras, seja por meio dos orçamentos da União e do Estado ou pelas Parcerias Público Privadas”, afirmou o analista da Ocepar.
Desenvolvimento – Gilson lembra que o Porto de Paranaguá necessita urgentemente de melhorias pois já está com a capacidade de operação quase esgotada. “Essa situação acaba limitando o desenvolvimento do Estado. Assim, a expectativa é de que as melhorias previstas no Plano sejam implementadas o mais breve possível”, finalizou.
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COAMO: Encontro de Inverno é promovido na Fazenda Experimental
Com o tema "Cooperado: a Coamo pesquisa em seu benefício", a Coamo está realizando, nesta terça e quarta-feira (07 e 08/08), na sua Fazenda Experimental, em Campo Mourão, o tradicional Encontro de Inverno que reúne cerca mais de 800 cooperados em dois dias, representando as regiões produtoras do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Novidades tecnológicas - Os associados têm a oportunidade de conhecer novidades tecnológicas voltadas para a produção de grãos, leite e carne durante o período de inverno. Os temas deste ano apresentados aos produtores são - Variedades e épocas de plantio de trigo, doenças em trigo: controle químico e comportamento das variedades, demonstração e resultados de sobresemeadura de aveia/azevém em pastagens de verão, tecnologias no manejo de ordenha mecânica, tecnologia em aplicação de herbicidas em pastagens, demonstração e resultados de pastejo no sistema milho safrinha com brachiaria ruziziensis, consórcio de milho safrinha com brachiaria ruziziensis e manejo de altura em pastagens de verão.
Importância - Para o engenheiro agrônomo, idealizador e presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, o encontro tem uma importância muito grande para os cooperados. Gallassini destaca que o inverno é um período de risco para a atividade agrícola onde os produtores contam com poucas opções de renda. "Na medida que o tempo passa e com a evolução tecnológica, a atividade no período mais frio do ano está se aprimorando e vem apresentados alternativas com novos produtos que melhoraram a produtividade. Com novas tecnologias acontece o incremento na renda dos produtores e tudo o que há de novo é mostrado neste Encontro de Inverno da Coamo que fornece opções de renda mais segura para os cooperados da Coamo", considera.
Verão e inverno - A Coamo promove seus encontros na Fazenda Experimental anualmente em duas oportunidades, sendo uma no verão e outra no inverno. Para o engenheiro agrônomo, Joaquim Mariano Costa, responsável pela Fazenda Experimental da Coamo e coordenador do encontro, a agricultura é um sistema de produção em que as atividades agrícolas desenvolvidas no inverno complementam as do verão. "Não dá para mostrar somente o verão porque muitas das coisas do inverno interferem na sua produção. O produtor tem de olhar a propriedade como um todo e os encontros oportunizam isso."
Aprimoramento das atividades - Costa comenta que o agricultor tem de acompanhar as novidades para o sistema agrícola e aprimorar a atividade de forma que continue sendo viável. "É preciso produzir acima da média e não tem como fazer isso se não for se inteirando e buscando novas tecnologias. O encontro na Fazenda Experimental é a melhor oportunidade que existe. O produtor tem condições de conhecer o processo e os resultados obtidos com os experimentos na prática", finaliza o coordenador. (Imprensa Coamo)
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COCAMAR I: Dia de Campo será realizado na quinta-feira, com a presença do governador
Mostrar que a integração lavoura, pecuária e floresta pode ser a grande saída para revitalizar a economia da região noroeste do Paraná, onde os solos arenosos concentram uma atividade pecuária que, salvo exceções, é considerada incipiente. É com este objetivo que a Cocamar, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e a Emater/PR promovem nesta quinta-feira (09/08) no município de Xambrê, região de Umuarama, um dia de campo sobre o assunto. O evento, que terá a participação do governador Beto Richa, do secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e de cerca de 500 produtores convidados, começa às 9 horas na Estação Experimental do Iapar.
Produtividade - A integração é um modelo sustentável já praticado há quase duas décadas no Paraná e que foi aperfeiçoado nos últimos anos, sendo inclusive difundido pela Embrapa como solução para o aproveitamento de mais de 100 milhões de hectares de pastagens degradadas no país e sua incorporação ao processo produtivo. Para isso existem recursos financeiros oferecidos a baixo custo pelo Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), do governo federal. “O Brasil tem a capacidade de dobrar ou até triplicar a produção de alimentos e ser o grande provedor do mundo”, afirma o pesquisador Sérgio José Alves, do Iapar, que há 18 anos se dedica a projetos de integração. Segundo ele, o sistema “é um choque de produtividade” e se resume a transformar uma propriedade em uma dinâmica produtora de grãos, carnes e madeira. Enquanto a média de ocupação dos pastos, no Brasil, é de apenas 0,7 cabeça por hectare/ano, com a integração essa quantidade pode ser multiplicada por dez ou até mais. Além disso, na mesma área é possível produzir soja – um produto de liquidez garantida – e cultivar floresta de eucaliptos que proporciona sombra e bem estar ao rebanho, sem contar a renda adicional com madeira.
Braquiária - O engenheiro agrônomo Rafael Franciscatti dos Reis, da Cocamar, explica que o pilar de sustentação do sistema é o capim braquiária, uma espécie africana que se adaptou muito bem ao País. Semeada no outono, a vegetação cresce rapidamente e vai fornecer alimento em suficiência para o gado no inverno. Um mês antes da semeadura da soja, a braquiária é dessecada, permitindo que a operação seja feita em sistema de plantio direto - prática que protege o solo do processo erosivo e das altas temperaturas do verão, favorecendo o desenvolvimento da lavoura.
Em expansão - Na região da Cocamar – noroeste e norte do Paraná - já são cultivados cerca de 20 mil hectares com integração, o dobro em comparação ao período 2010/11. Para a cooperativa, que vem difundindo esse modelo desde meados da década de 1990, a grande oportunidade para consolidá-lo é agora. “Os produtores têm a oportunidade de faturar com os altos preços das commodities e transformar suas terras em verdadeiras ‘fábricas de comida’”, afirma o presidente Luiz Lourenço. Segundo ele, quem ingressa na integração e conduz esse sistema com tecnologia adequada e acompanhamento especializado, não tem motivos para se arrepender. “Mesmo nos momentos ruins, ele não quebra”, garante.
Difundir - As lideranças esperam que o governador se encante com a proposta e ajude a difundi-la como programa de governo – uma forma de gerar riquezas e combater o empobrecimento regional. Só no noroeste paranaense, a região do arenito caiuá, que comporta 107 municípios onde vivem mais de 1,3 milhão de habitantes, possui cerca de 2 milhões de hectares com potencial para sediar projetos de integração, o que significa 10% de toda a área agricultável do Estado. “Temos aqui tudo o que é preciso para promover uma revolução no agronegócio regional”, cita Luiz Lourenço, relacionando a existência de cooperativas fortes, estruturas de armazenagem, apoio especializado, pesquisa de ponta, estradas, recursos financeiros disponíveis a baixo custo e porto relativamente próximo. O trabalho maior, acrescenta, está em convencer os produtores, muitos dos quais apegados a modelos antigos e resistentes a investir em inovações. (Imprensa Cocamar)
DIA DE CAMPO – PROGRAMAÇÃO
Local: Estação Experimental do Iapar
Endereço: Estrada Santa Fé, km 10, Xambrê (PR)
9h – inscrição
9:15h – abertura
9:30h – visita às estações
1ª estação – Introdução aos conceitos de integração, com Antonio César Pecheco Formighieri, produtor, e Sérgio José Alves, pesquisador do Iapar.
2ª estação – Lavoura em sistemas integrados, com Rodrigo Burci, engenheiro agrônomo da Cocamar, e Sérgio Vercezi Filho, gerente do Banco do Brasil.
3ª estação – Produção pecuária (carne e leite), com Geraldo Moreli e João Batista Barbi, zootecnistas da Emater/PR, e José Luiz Moleta, pesquisador do Iapar.
4ª estação – Sistemas florestais, com Anízio Menarim Filho, engenheiro agrônomo da Emater/PR, e André Luiz Medeiros Ramos, pesquisador do Iapar.
12h – encerramento.
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COCAMAR II: Cooperativa é certificada para atuar no mercado solidário internacional
A Cocamar Cooperativa Agroindustrial foi certificada pela Fairtrade Labelling Organization International (Flo), uma organização não governamental com sede na Alemanha, para atuar no mercado solidário na Europa. A partir de agora, para cada tonelada de suco concentrado de laranja exportado pela unidade industrial da Louis Dreyfus Commodities, em Paranavaí (PR) – que utiliza matéria prima de produtores cooperados da Cocamar – 100 dólares retornam ao setor produtivo para investimentos em tecnologia nos pomares de pequenos citricultores e capacitação de trabalhadores.
Auditoria - Durante anos, desde 1999, a Flo incluiu a produção de suco do noroeste do Paraná no mercado solidário por constatar a inexistência de exploração da mão de obra e também de trabalho infantil. Nesta nova fase da certificação, apenas os cerca de 300 produtores ligados à cooperativa estão autorizados a participar. Para isto, durante vários meses, a Cocamar foi submetida a um intenso trabalho de auditoria, tendo cumprido todas as exigências e sendo considerada apta.
Pagamento - Pelo mercado solidário, consumidores europeus pagam um pouco mais por esses produtos – que são identificados nas prateleiras dos supermercados por um selo de comprovação de sustentabilidade. A diferença no valor é que retorna ao setor produtivo. (Imprensa Cocamar)
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CÓDIGO FLORESTAL: Stephanes é indicado membro titular da comissão mista
O deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PSD-PR) foi indicado como membro titular da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que discute as modificações do novo Código Florestal (Lei 12.651/12). Nesta terça-feira (07/08), a partir das 14h será realizada a primeira reunião após o recesso para votação dos destaques.
Reconhecimento - A indicação de Stephanes é consequência do reconhecimento por parte do Congresso Nacional, do direito do PSD de participar, de acordo com sua proporcionalidade, das Comissões Mistas. A resolução foi promulgada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Para isso, todas as comissões mistas terão seu número de vagas acrescidas em um décimo para cada casa, até janeiro de 2015.
Equilíbrio - Para o deputado, o texto aprovado no dia 12 de julho, conseguiu um bom equilíbrio entre produzir, incluir e conservar, mas ainda guarda questões importantes a serem discutidas a partir dos 343 destaques apresentados. Um dos pontos apontados por ele é o alto custo de implantação das áreas de preservação permanente (APPs) e reservas que dependem de regeneração natural. (Assessoria de Imprensa do deputado Reinhold Stephanes)
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LEITE: Batavo e Castrolanda investem em unidade no interior paulista
As cooperativas paranaenses Batavo e Castrolanda vão investir R$ 80 milhões em uma unidade de processamento de leite em Itapetininga, no interior de São Paulo. Trata-se de mais passo no projeto de operação conjunta que teve início no ano passado em laticínios, avançou para o segmento de suínos e pode ter ramificações em outras áreas, como sucos. A planta industrial paulista será erguida em três fases e deverá entrar em operação em outubro do ano que vem.
Beneficiamento - No começo, a unidade vai beneficiar 600 mil litros de leite por dia, depois 1 milhão de litros e, na sequência, 2 milhões. A unidade terá 20 mil metros quadrados de área construída e ficará em um terreno de 26 alqueires adquirido recentemente naquele município. "Vamos aumentar nossa oferta de produtos e serviços e contamos com a possibilidade de ampliar a bacia leiteira na região", afirma Edmilton Lemos, superintendente de operações lácteas das duas cooperativas. Deverão ser gerados 200 empregos diretos e 600 indiretos.
Processamento - A fábrica paulista processará produtos das cooperativas e também de terceiros, como já acontece nas unidades do Paraná, onde são atendidas empresas como Danone, Nestlé e Itambé. E há mais planos em curso para justificar o aporte. "Temos a ideia de entrar na área de refrigerados e queremos estar mais perto do consumidor", afirma Lemos. A Castrolanda terá 60% da unidade e a Batavo, 40%.
Nova marca - Hoje as cooperativas também vão apresentar ao mercado uma nova marca para o segmento lácteo, a Colônia Holandesa, em referência à origem dos fundadores. Atualmente elas têm, juntas, capacidade para processar 2 milhões de litros de leite por dia. Com a parceria, novos investimentos e produtos, a intenção é ganhar corpo para enfrentar fusões e aquisições no mercado de laticínios e fortalecer o cooperativismo, segundo Lemos.
Em uso - A marca Colônia Holandesa já começou a ser usada em leite em embalagens longa vida e condensado. Hoje as duas plantas de leite das cooperativas estão localizadas em Ponta Grossa e Castro. Em março, a Castrolanda, a Batavo e outra cooperativa, a Capal, fizeram parceria para atuar na área de suínos, com a construção de um frigorífico orçado em R$ 100 milhões. Esses grupos atuaram juntos no passado, com a marca Batavo, antes de decidirem vender o negócio nos anos 90 para a Parmalat. Na sequência, o controle foi para a Perdigão e para a BRF - Brasil Foods.
Frigorífico - A Castrolanda, que também atua na industrialização de batata e com ovinos, com marca própria e de terceiros, deve ficar com a gestão do frigorífico. Ela faturou R$ 1,3 bilhão em 2011. As receitas da Batavo somaram R$ 873 milhões e, as da Capal, R$ 459 milhões. Em 2011, a Batavo investiu R$ 60 milhões em uma fábrica de leite e criou a marca Frísia para voltar ao varejo. É essa unidade que fica em Ponta Grossa. A fábrica de Itapetininga fica a 300 quilômetros da sede da Castrolanda, em Castro (PR). (Valor Econômico)
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AVICULTURA I: Copacol eleva aposta em frango
As incertezas que rondam a economia global, a queda das exportações brasileiras de carne de frango e o aumento dos custos decorrente da disparada das cotações internacionais dos grãos não afetaram os planos de investimento da Cooperativa Agroindustrial de Consolata (Copacol), com sede em Cafelândia, no oeste paranaense. Ao contrário. O grupo continua firme em seus planos de investir cerca de R$ 160 milhões, até o fim de 2013, na construção de um novo abatedouro, uma fábrica de rações e um incubatório de pintinhos.
Foco principal - O foco principal da cooperativa é a produção, industrialização e comércio de carne de frango. Mas a Copacol também trabalha com suínos, peixes, leite e produtos industrializados. "A crise ainda não afetou nossos planos porque o mercado interno está aquecido e as exportações para a Ásia, principal destinos de nossos produtos no exterior, mantêm-se estáveis", afirma Valter Pitol, presidente da Copacol.
Objetivo maior - "Todo esse investimento faz parte de um objetivo maior, que é aumentar o faturamento e a rentabilidade da cooperativa, com sustentabilidade", diz Pitol. Em 2011, a Copacol faturou R$ 1,38 bilhão, 24% mais que em 2010, e distribuiu aos associados R$ 15 milhões. A meta é alcançar R$ 2 bilhões em cinco anos, com rentabilidade de 5% - hoje o percentual gira em torno de 2,5%. Para 2012, a previsão é alcançar R$ 1,5 bilhão.
Unitá - O frigorífico está sendo construído em Ubiratã, também no oeste paranaense, e faz parte de um projeto conjunto com a cooperativa Coagru, sediada no município. Copacol e Coagru formaram a joint venture Unitá e cada uma arcará com aportes de R$ 75 milhões. Com o investimento, a capacidade de abates de frangos da Copacol, hoje de 350 mil aves por dia, deverá dobrar. Sua parceria ainda não atua no segmento. A meta é chegar a 650 mil até 2014.
Números - "Somos 826 produtores de aves integrados, 1.055 aviários e teremos 450 mil metros quadrados para o abate das aves", diz Pitol. O abate de frango representa quase metade do faturamento de carnes da cooperativa - que, somada ao comércio de suínos e tilápias, representa 60% de seu faturamento total da Copacol, que tem 4,7 mil cooperados e 7,2 mil funcionários. Dos frangos abatidos, 35%, ou 5,5 mil toneladas, vão para o exterior, principalmente para China, Japão e Coreia do Sul. "A crise não chegou lá", completa Valter Pitol.
Fábrica de rações- Já o investimento na fábrica de rações serve para atender à maior criação de frangos e também à criação de suínos da Copacol. A unidade está sendo erguida na cidade de Jesuítas, na mesma região do oeste do Paraná, está orçada em R$ 50 milhões e deve ser concluída no fim deste ano. "Vamos produzir 40 mil toneladas de ração por mês", diz Pitol. A incubadora de pintinhos deverá receber uma aporte total de R$ 40 milhões.
Plantio de grãos - A Copacol fomenta entre seus cooperados todo o plantio de soja e milho que consome para alimentação animal. Atualmente, 800 mil toneladas de grãos são colhidas por ano, 450 mil das quais de milho. Desde janeiro, a cooperativa também conta com uma unidade esmagadora de soja, que consumiu R$ 80 milhões e tem capacidade para 1,8 mil toneladas do grão por dia.
Suficiente - Segundo Pitol, apesar da quebra da safra na região Sul, por causa da estiagem no verão, a Copacol tem soja suficiente para manter as criações até fevereiro do ano que vem. Com a construção do novo frigorífico, 70% da soja produzida pelos cooperados será destinada à produção de farelo para frangos e suínos.
Produção de suínos - A produção de 800 suínos por dia, por 100 associados, é completamente dirigida para a Frimesa, empresa paranaense criada pela Copacol e outras quatro cooperativas da região: Lar, Copagril, CVale e Primato. A Copacol também destina 800 mil litros de leite por mês à Frimesa.
Sistema integrado - "Temos um sistema integrado que engorda o porco até 22 a 23 quilos; depois vendemos ao produtor, que o engorda até 120 quilos. Depois disso, encaminhamos os suínos à Frimesa, que abate, industrializa e comercializa", diz Pitol. Só em 2012, o número de matrizes suínas dos cooperados cresceu de 2,7 mil para 4,2 mil em Jesuítas - sem contar a unidade de Formosa do Oeste, que tem 4,2 mil matrizes.
Preço ao produtor - Ao produtor é pago o preço de entre R$ 20 e R$ 22 por cabeça, valor semelhante ao praticado no ano passado, mesmo após o aumento de custos de produção devido à elevação dos preços dos grãos que compõe as rações. "Na nossa ponta, o preço de custo não foi tão alterado, já que somos autossuficientes em milho e farelo de soja para a produção de ração", afirma o presidente da Copacol.
Tilápia - No caso da tilápia, a produção total de 40 mil peixes por dia é voltada ao mercado interno e apenas a pele do peixe é exportada para França. "Hoje, abatemos 20 toneladas de peixe por dia, mas vamos chegar em 2015 com 40 mil toneladas ao dia, apenas melhorando a tecnologia e a produtividade", conclui Pitol.(Valor Econômico)
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AVICULTURA II: Soluções além do corte na produção
O corte de 10% na produção de frango discutido pela indústria avícola nacional e novos cálculos sobre a demanda global surgiram como principais medidas para o enfrentamento da crise vivida pelo setor. Mas essas não são as únicas soluções. Enquanto reivindicam apoio do governo federal, executivos, especialistas e lideranças reafirmam suas apostas no crescimento de médio e longo prazo e concluem que, para isso, deve-se explorar melhor o mercado interno, aperfeiçoar a estrutura de produção, reorganizar as empresas e investir em pesquisas sobre insumos que possam, por exemplo, substituir parcialmente o milho na ração.
Diversificação - Alternativas como a diversificação das atividades, dentro e fora da porteira, e a economia de escala são algumas das saídas encontradas pela GTFoods, de Maringá (Noroeste). Especializado em carne de frango, o grupo vem investindo na comercialização de congelados a base de batatas, de vegetais, de pescados, carne bovina, carne suína, mandioca, polenta e embutidos. Os produtos, trazidos da Bélgica há cerca de dois anos para aproveitar o frete de retorno da carne de frango enviado à Europa, vão ganhar marca própria neste ano. “Vamos estrear com o lançamento das Batatas Canção”, conta o diretor do grupo Ciliomar Tortola.
Apostas - Em Palotina (Oeste), a agregação de valor à produção e o ganho de eficiência são as apostas de C.Vale. “Trabalhamos com uma escala de agregação de valor, desde o grão, passando pela carne até a prestação de serviço, oferecendo ao consumidor pratos prontos, e não apenas o produto in natura”, explica o gerente industrial da cooperativa, Reni Eduardo Girardi. Na sua avaliação, a inovação tecnológica será a responsável pelo novo salto da avicultura brasileira na próxima década. “Para quem é eficiente, vão-se os anéis, mas ficam os dedos”, concorda Roberto Kaefer, diretor da Globoaves, de Cascavel (Oeste).
Seleção natural - A crise vai levar a uma seleção natural baseada na eficiência, reforça o presidente da Copacol, Valter Pitol. “O momento é de extremo desafio e o segredo é a gestão”, resume. Em meio às turbulências, a cooperativa mantém os planos de expansão e inaugura, em janeiro, uma nova planta que promete dobrar sua capacidade de produção. Atualmente são abatidas na unidade de Cafelândia (Oeste) da Copacol 320 mil aves por dia. O frigorífico que está sendo construído em parceria com a Coagru em Ubiratã vai processar 150 mil frangos dia a partir do ano que vem e a meta é chegar a 300 mil aves/dia até 2016.
Investimentos - Os investimentos, que incluem a ampliação do incubatório e do matrizeiro da cooperativa, além das áreas de suínos, leite e processamento de grãos, fazem parte do planejamento estratégico da Copacol. Batizado de GPS – Geração de renda, Produtividade e Sustentabilidade, o plano prevê a aplicação de R$ 470 milhões entre 2008 e 2013. “A meta é alcançar R$ 2 bilhões de faturamento, 5% de rentabilidade e atingir 25 mil participantes em programas de desenvolvimento até o ano de 2013, quando a cooperativa completará 50 anos”, revela o presidente.
Concepção - Ele explica que, quando foi concebido, o GPS já levava em consideração os possíveis altos e baixos da atividade e que, por isso, os investimentos na avicultura estão sendo mantidos em plena crise. “Agora estamos em fase de finalização do plano, analisando o que realizamos nesses cinco anos e planejando os próximos cinco”, revela.
Ave “do sítio” recupera lugar na panela - A crise europeia reduz a demanda internacional. Além disso, o dólar valorizado e o aumento dos custos de produção diminui a competitividade do frango brasileiro. Para driblar essas dificuldades, a indústria brasileira depende do mercado interno, que consome dois terços da produção e ainda possui nichos a serem explorados.
Frango caipira - A Frango Caipira, frigorífico de Ivaiporã (Região Central do estado), ganha sustentação na criação de aves de penas douradas e pescoço pelado, conhecida como “polaca”, igual às criadas soltas nos sítios. “O mercado brasileiro é tão grande e próspero que não vejo necessidade de ir buscar clientes muito longe”, sustenta o diretor da empresa Marcos Batista.
Origem - Iniciado pelo patriarca, Messias Luiz Batista, o negócio surgiu como uma opção à produção industrial. A comercialização começou de porta em porta em 1998. Em 2011, o negócio se profissionalizou com a inauguração de um pequeno frigorífico para abater 100 aves por dia, 5% do volume atual. Segundo Marcos, a evolução da avicultura industrial, principalmente na questão sanitária, obrigou o frango caipira a “não ser tão caipira assim”. Para ele, o mercado é promissor porque a criação de frango “polaco” é uma atividade rara.
Valor agregado - Ele avalia que, além de crescer em volume comercializado, também é possível avançar em valor agregado neste mercado. “No começo vendíamos apenas frango inteiro, mas percebemos que a dona de casa não sabe ou não quer ter o trabalho de dividir o frango em pedaços. Então começamos a vender já cortado. É o mesmo frango, como todas as peças, só que cortado pelas juntas. Para nós a margem é similar, mas no mercado custa em média 10% mais que a ave inteira. E o consumidor está disposto a pagar por isso”, garante. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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ABAG: Congresso debate potencial energético e alimentar do Brasil
Teve início na manhã desta segunda-feira (06/08) o 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). O tema central do evento é “Brasil Alimentos e Energias - Seguranças Globais”, e tem por objetivo debater a liderança do Brasil nestas duas as áreas de produção. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, acompanhado do superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, participa do evento como debatedor no painel “Seguranças alimentar e energética – Limitações e política possíveis – Principais ofertantes”, que teve início às 15h desta segunda-feira.
Em evidência - “O agronegócio está cada vez mais em evidência no mundo, e a produção agropecuária brasileira ganha destaque no mercado internacional, prometendo manter-se como um dos setores mais produtivos e importantes da economia do país. As cooperativas brasileiras, em especial, respondem por cerca de 50% de toda a produção nacional. O CBA é sempre um momento importante para potencializar a voz de todos os integrantes do agronegócio brasileiro neste cenário”, pontuou Freitas. Durante o painel, o dirigente cooperativista resumiu em poucas palavras as possibilidades que envolvem o potencial alimentar e energético brasileiro: “Organização, estratégia e cooperação. É preciso deixar as individualidades de lado em prol do crescimento conjunto”.
Produtividade - Na abertura do evento, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, ressaltou que a produção de alimentos no Brasil praticamente triplicou nos últimos 20 anos e que o país é um dos principais produtores e exportadores agrícolas mundiais. “A produtividade em grãos cresceu 290%, em 50 anos. No mesmo período, o rebanho de gado cresceu 250%, com o acréscimo em área de apenas 39%. De 1991 a 2012, nossa produção de grãos aumentou 176%, enquanto que a área plantada necessária para suportar essa produção, cresceu apenas 36%. Além disso, usufruímos de terra agricultável, recursos hídricos em abundância e de uma agricultura moderna, com elevada capacidade produtiva e conseguimos atingir o equilíbrio entre produção, demanda e consumo, adotando práticas sustentáveis”, elencou.
Demanda - O ministro explicou, ainda, que para atender à crescente demanda da população mundial, a produção de alimentos em 2050 terá que passar dos atuais 2 bilhões para 3 bilhões de toneladas de cereais, e avançar de 200 milhões para 470 milhões de toneladas de carne. “A meta do setor agropecuário mundial é alimentar essa crescente população considerando a sustentabilidade ambiental, social e econômica. O Brasil ocupa uma posição de destaque entre os países que podem contribuir para o aumento da oferta global de alimentos e poderá se projetar como grande fornecedor de alimentos”, disse.
Saiba mais – A ABAG realiza, desde 2002, tradicionalmente no mês de agosto, o consagrado Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), com o objetivo de fomentar negócios, desenvolver e valorizar as cadeias produtivas da agricultura, da pecuária e da agroindústria nacional. Bem como, discutir temas fundamentais ao desenvolvimento sustentado do Agronegócio e à capacitação e qualificação de seus agentes. (OCB, Com informações do Mapa)
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IAPAR: Encontro debate agroecologia no Oeste do Paraná
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) promove, em Medianeira, Oeste do Estado, o Encontro Regional de Agroecologia (ERA), nesta quarta e quinta-feira (08 e 09/08). Em paralelo, o público poderá visitar a XXI Feira Vida Orgânica e Economia Solidária. As inscrições para o encontro podem ser feitas no site www.iapar.br.
Tema central - De acordo com o pesquisador do Iapar Luiz Moreira Coelho Júnior, o tema central é “Pluriatividade e Sucessão Familiar”, que será debatido em palestras, mesas-redondas, oficinas e trabalhos acadêmicos. O encontro terá abordagem técnica, voltado a produtores, agrônomos e pesquisadores, e a feira busca aproximação maior com os consumidores. “Como são eles que determinam a compra, eles decidem o rumo do mercado”, argumenta Moacir Darolt, pesquisador do Iapar.
Consumo consciente - Darolt dará a palestra “Consumo Consciente” no primeiro dia, abordando a importância dos mercados locais para o desenvolvimento da agricultura orgânica, estratégias para aproximar consumidores e produtores e formas do consumidor incentivar o incremento da produção. “É o consumidor que determina a produção e o não o contrário. Esta é a principal diferença entre os países em desenvolvimento e dos países desenvolvidos, onde o consumo de produtos orgânicos é bem maior por conta da mentalidade dos consumidores”.
Precursor - O Iapar foi precursor dos estudos em agroecologia na região Oeste, quando diagnosticou, em parceria com outras instituições, a presença da agricultura orgânica em 29 municípios lindeiros ao lago de Itaipu. A partir destas informações foi realizado um trabalho educativo com alunos de escolas municipais, além de treinamento de professores e merendeiras para mudança no cardápio da merenda escolar e ainda uma cartilha com dicas para os estudantes.
Realização - O ERA é uma realização da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) - por intermédio de suas vinculadas Iapar e Emater -, em parceria com a Associação Brasileira de Agroecologia, Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná, Itaipu Binacional, Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, Centro Popular de Saúde Yanten, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Associação dos Agricultores Familiares de Medianeira.
Informação e programação - Mais informações, programação completa e inscrições no site do Iapar (www.iapar.br). (Assessoria de Imprensa do Iapar)
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AGROSUL: Assembleia sediará encontro de engenheiros agrônomos
A Assembleia Legislativa sediará, de 8 a 19 de agosto, o Encontro Sul Brasileiro de Engenheiros Agrônomos – Agrosul 2012, evento preparatório ao XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia 2013. A abertura oficial dos trabalhos acontece na tarde de quarta-feira (08/08), com manifestação durante a sessão plenária do Legislativo, e segue com extensa programação ao longo da quinta e da sexta-feira, no Plenarinho da Assembleia, para exploração do tema geral “Alimento, Saúde, Agricultura e o Papel dos Engenheiros Agrônomos em Relação aos Defensivos Agrícolas”. (Assessoria de Imprensa Alep)
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SECA: Clima abre rombo de US$ 33 bilhões nos EUA
A estiagem e o calor extremos estão levando a agricultura dos Estados Unidos à lona nesta temporada. Em valor, o golpe deferido pelo clima às lavouras do maior produtor de grãos do mundo deve ser cinco vezes maior do que o registrado no Sul do Brasil na última safra de verão.
Preços médios - Considerando os preços médios estipulados pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) para a safra 2012/13, em julho, e a quebra na produção aferida até agora, o prejuízo ultrapassa os US$ 33 bilhões. “É a seca mais severa e cara dos últimos 25 anos”, disse o economista Timothy Park à CNN na semana passada. Mas, se o calor e a seca não derem trégua às plantações até o final deste mês, o rombo, financeiro e em volume, tende a crescer, porque boa parte da área de soja do país está entrando na fase decisiva de desenvolvimento.
Milho - No caso do milho, o estrago, com base no valor de US$ 251,9 por tonelada (US$ 6,40 por bushel), somaria US$ 25,1 bilhões, o equivalente à redução de 90,6 milhões de toneladas. O recuo no volume foi projetado no final da última semana pela consultoria Informa Economics, com sede nos Estados Unidos. O mercado, no entanto, já cogita quebra de 100 milhões de toneladas para a colheita do cereal. No início da temporada, a Informa via potencial de 367,69 milhões de toneladas de milho e agora aposta em 285,11 milhões de toneladas.
Recuperação - Plantada mais tarde do que o milho, a soja ainda tem condição de recuperação em alguns estados norte-americanos, mas segundo a consultoria, 14,8 milhões de toneladas teriam sido torrados, o que representa um prejuízo de US$ 8,1 bilhões, considerando valor de US$ 551 por tonelada (com base na média de US$ 15 bushel).
Oportunidade - Embora tumultue o abastecimento global, a quebra na safra norte-americana abre oportunidades ao Brasil. No ano passado, o país já havia abocanhado uma fatia maior do mercado internacional e tirado a liderança dos Estados Unidos. No ciclo 2012/13, as vendas externas tendem a consolidar o Brasil como principal fornecedor da oleaginosa, com vantagem ampliada.
Importante fornecedor - O quadro ainda tornará o país um importante fornecedor de milho. “O cenário é mais preocupante para o cereal. Existem empresas de ração querendo comprar o produto do Brasil. Quando você viu isso acontecer?”, questiona Aedson Pereira, analista de mercado da Informa Economics FNP, braço brasileiro da consultoria norte-americana.
Fôlego - Pereira acredita inclusive que as cotações do cereal têm fôlego maior para subir do que as da soja. Isso por conta do quadro de oferta apertado e da previsão de redução de área do produto no Brasil no ciclo de verão – estratégia que privilegia a soja e adia a ampliação da lavouras brasileiras do cereal para a safra de inverno de 2013. Os efeitos da colheita menor no Hemisfério Norte, no entanto, serão positivos para os agricultores brasileiros. “Com esses preços, o produtor terá dinheiro na carteira e isso vai fazer com que ele invista em tecnologia. A rentabilidade será sensacional”, avalia o especialista.
Crítico - Para os Estados Unidos, porém, o quadro é bastante crítico. Com as projeções atuais, as contas não fecham, principalmente para o milho, produto cujo consumo é estimado em 282 milhões de toneladas. Ou seja, se o clima permitir que as perdas fiquem estancadas em 275 milhões de toneladas, ainda faltariam 7 milhões de toneladas para suprir o abastecimento doméstico do país. Seria também a primeira vez em 24 anos em que os norte-americanos produziriam menos milho do que consomem.
Empréstimos bancários - Além de causar prejuízo bilionário – de US$ 15 bilhões – às companhias seguradoras e ao próprio governo, os agricultores dos Estados Unidos não devem escapar dos empréstimos bancários para se manter na atividade e, principalmente, investir na próxima safra, para quando ficará a segunda tentativa da tão sonhada colheita recorde de soja e milho. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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SAÚDE: Paraná confirma 57 novos casos de gripe A e duas mortes pela doença
O número de novos casos de gripe A no Paraná voltou a cair na semana passada, em relação à anterior, de acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (06/08) pela Secretaria de Estado da Saúde. Foram registrados 57 novos casos (34% a menos que no informe anterior, que registrou 87 casos) e duas mortes, ambas em Ponta Grossa (contra oito no último boletim). No ano, foram confirmados no Estado 1.043 casos de gripe A e 35 mortes.
Queda - O número de casos novos da doença vem caindo desde a semana de 24 a 34 de julho, quando ocorreram 328 confirmações. Desde então, o número de novos registros diminui a cada semana. Mas, como a doença ainda provoca mortes, o superintendente de Vigilância da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz, diz que é importante reforçar o alerta: qualquer pessoa que tenha sintomas de gripe (febre acima de 38º, dor de garganta e tosse seca) deve procurar imediatamente o serviço de saúde. “Se o medicamento antiviral for prescrito em até 48 horas, a chance de cura é de aproximadamente 100%”, afirma.
Mortes confirmadas - Das mortes confirmadas no boletim desta semana, uma foi de um paciente de 44 anos, diagnosticado tardiamente. A outra morte foi de um paciente de 58 anos com pneumopatia. “Aos médicos também fica o alerta para o diagnóstico precoce. O vírus está circulando e por isso a suspeita de influenza deve ser sempre considerada”, diz a médica e coordenadora da sala de situação da gripe, Angela Maron de Mello.
Doenças pré-existentes - De acordo com o levantamento feito pela Secretaria da Saúde, mais de 60,9% das mortes por influenza A (H1N1) em 2012 foram de pacientes que tinham doenças pré-existentes, como cardiopatia crônica, doença mental, pneumopatia e diversos tipos de câncer. “É essencial que as pessoas com doenças crônicas tenham cuidados redobrados”, afirma o superintendente.
Paraná - O Paraná é o Estado da região Sul com menor número de mortes por gripe A este ano. Santa Catarina registra 746 casos e 72 mortes, e o Rio Grande do Sul tem 409 casos graves e 52 mortes.
Outros vírus – A Secretaria da Saúde alerta também para a circulação de outros tipos de vírus causadores das síndromes respiratórias. Neste ano, no Paraná, foram registrados 581 casos e onze mortes por Influenza A (H3), mais conhecida como gripe comum ou sazonal, e nove casos e nenhuma morte por Influenza B. “As estratégias adotadas previnem casos e mortes por todos os vírus influenza que circulam no País. Por isso, as medidas de prevenção e tratamento devem continuar, mesmo que baixem os números de Influenza A (H1N1)”, reforça Angela Maron de Mello.
Vacina – Na semana passada o Paraná recebeu do governo federal mais 160 mil doses de vacina contra a gripe A, totalizando as 400 mil anunciadas. As novas doses foram distribuídas proporcionalmente aos 399 municípios. Com o novo lote, a vacinação foi ampliada para crianças de 2 a menores de 5 anos, além de remanescentes dos grupos priorizados anteriormente: gestantes, idosos acima de 60 anos e crianças de seis meses a menores de dois anos. (AEN)
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