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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2909 | 13 de Agosto de 2012

INTERCÂMBIO: Agricultores argentinos conhecem o cooperativismo paranaense

Um grupo de 42 agricultores vinculados à Associação das Cooperativas Argentinas (ACA) esteve na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (13/08), para conhecer o cooperativismo paranaense. As informações foram repassadas pelo superintendente, José Roberto Ricken, pelo superintendente adjunto, Nelson Costa, e pelo analista Gilson Martins. “Precisamos intercambiar ideias para que o cooperativismo cresça e se fortaleça no Brasil e na Argentina”, afirmou Ricken ao recepcionar o grupo. Na Ocepar, os argentinos realizaram a primeira de uma série de visitas técnicas que vão acontecer no Paraná até sexta-feira (17/08). Nesse período, os argentinos também vão passar pela Cooperativa Castrolanda e pela Fundação ABC, em Castro, e pela Coamo, em Campo Mourão. O grupo tem interesse em conhecer especialmente o processo de industrialização das matérias-primas adotado pelas cooperativas paranaenses.

Construtiva - “Foi muito construtiva e esclarecedora a visita à Ocepar”, disse Francisco Félix Fernandez, agricultor de Ville de Rosário, centro da Província de Córdoba. “Eu sabia que o cooperativismo era forte no Paraná, mas não tinha noção de sua importância econômica e social para o Estado”, acrescentou. Ele contou que produz em um região semi-árida, onde chove cerca de 650 a 700 ml ao ano. Numa área de 600 hectares, cultiva principalmente milho, trigo e soja. Uma pequena área também é destinada ao amendoim e ao sorgo. Normalmente, obtém produtividade média de 7 mil quilos por hectare de milho; 1.900 quilos por hectare de soja e 3100 quilos por hectare de trigo. De acordo com ele, o resultado pode ser 40% superior ou 30% inferior, dependendo das condições climáticas. “Cerca de 60% da minha produção é comercializada por meio de cooperativas e 40% por empresas privadas”, informou.

Sobre a ACA – Em 2012, a ACA está completando 90 anos de fundação. A Associação congrega 150 cooperativas dos ramos saúde, turismo, seguros e agropecuário que, juntas, possuem 50 mil cooperados. Outros cinco mil agricultores de médio e grande porte são associados diretamente à ACA. Com sede em Buenos Aires, a Associação possui sucursais em Córdoba, Rosário e Baía Blanca, além de mais quatro pequenas filiais pelo País. No setor agropecuário, a ACA atua na comercialização de grãos, tem frigoríficos, fábricas de fertilizantes e trabalha ainda com etanol, suínos, malte, insumos e agroquímicos. 

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TREINO&VISITA: Analista da Ocepar vai tratar sobre o plano safra 2012/13

As principais medidas de apoio ao agronegócio que constam no plano safra 2012/13 serão tema da palestra que será ministrada pelo analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, na próxima reunião do grupo Treino&Visita, nesta terça e quarta-feira (14 e 15/08), no auditório da Embrapa Soja, em Londrina, Norte do Estado. No encontro, o extensionista Nelson Harger, do Instituto Emater, vai apresentar o prognóstico climático para a próxima safra de verão. Já os pesquisadores Rafael Moreira Soares, Waldir Pereira Dias e Dionísio L. P. Gazziero vão falar sobre manejo das principais doenças que afetam as lavouras de soja, nematoide e controle do capim amargoso, respectivamente. O grupo Treino&Visita é formado por profissionais das cooperativas, pesquisadores e extensionistas que se reúnem regularmente para trocar informações, repassadas posteriormente aos agricultores por meio das equipes de assistência técnica das cooperativas e do Instituto Emater.

Clique aqui e confira a programação completa da 47º Reunião do Treino&Visita

SICREDI CENTRAL PR/SP: Parceria com Fiep é lançada para beneficiar setor industrial

Sicredi Central PR Convenio Fiep 13 08 2012Uma parceria entre o Sicredi e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) foi firmada na última sexta-feira (10/08). A iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de soluções financeiras customizadas às necessidades e à realidade das diferentes indústrias que integram os sindicatos representados pela Fiep ou que são associadas ao Sicredi. O convênio foi assinado pelo presidente da Fiep, Edson Campagnolo, pelo presidente da Central Sicredi PR/SP, Manfred Dasenbrock, e pelo superintendente da agência de Curitiba do BRDE, Carlos Azzolin Olson.

Setembro - A partir de setembro, as indústrias paranaenses, independentemente de seu porte, serão beneficiadas com a parceria. Além das vantagens oferecidas pela associação a uma cooperativa de crédito, terão acesso a produtos e serviços personalizados e descontos progressivos nas taxas, obtidos pela utilização das soluções financeiras.

Estímulo - De acordo com o superintendente de Desenvolvimento da Central Sicredi PR/SP, Maroan Tohme, a parceria é um importante passo no estímulo ao desenvolvimento econômico do Paraná por meio do fomento financeiro proporcionado pela atuação das cooperativas de crédito. Os resultados de uma cooperativa de crédito são repassados aos seus associados, os donos do negócio, proporcionalmente ao volume das suas operações e reinvestidos no lugar onde vivem, fortalecendo a economia da região. Isso promove o crescimento local, incluindo o segmento industrial.

Facilidades - Para o consultor técnico da Fiep na área de captação e fomento, Eduardo Kossovski, esta parceria deverá trazer muitas facilidades para as empresas do Estado, principalmente na disponibilização dos recursos do BNDES e complementarmente nas linhas voltadas para meios de pagamento.

Vantagem - Já o vice-presidente da Fiep, Evaldo Kosters, ressalta que "além das condições especiais oferecidas, a vantagem é que os resultados das operações das cooperativas de crédito retornam em benefício do próprio setor e da região". Kosters também explica que as soluções customizadas do Sicredi para atender às indústrias estão sendo desenvolvidas em conjunto com a Fiep, de acordo com as necessidades das cadeias produtivas.

Pontos de atendimento - Os benefícios da parceria com a Fiep estarão disponíveis em todos os pontos de atendimento do Sicredi no Paraná, são mais de 260 municípios, totalizando 350 pontos, com a maior rede de atendimento no interior do Estado. (Imprensa Central Sicredi PR/SP)

SICREDI VALE DO PIQUIRI: Unidade de Umuarama completa 12 anos

A unidade da Sicredi em Umuarama completou 12 anos, no último sábado, sábado (11/08). Na sexta-feira (10/08), a equipe da unidade, os líderes de núcleos, imprensa e diretores da cooperativa participaram de um café da manhã comemorativo. “Celebrar estes momentos é uma forma de estar mais próximo do associado e da comunidade”, diz o gerente Diego Schanoski. Além de comemorar a data, a equipe da Sicredi aproveitou para mostrar a nova área de atendimento ao público via caixas eletrônicos e também o novo layout para o atendimento interno. “O objetivo é adequar as instalações oferecendo maior conforto, comodidade e sigilo aos associados”, comenta o presidente Jaime Basso. (Imprensa Sicredi Vale do Piquiri)

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SICREDI PLANALTO DAS ARAUCÁRIAS: Alunos do "A União Faz a Vida" apresentam peça sobre cooperação

166881 258373 teatro a uniao faz a vida 13 08 2012Os alunos que participam das aulas de teatro do programa "A União Faz a Vida", em Contenda (PR), apresentaram a peça "As Aventuras de Paulinho", no dia 4 de agosto, durante a convenção da Sicredi Planalto das Araucárias PR/SC, na Lapa (PR). O espetáculo foi encenado para colaboradores, coordenadores e conselheiros da cooperativa de crédito, responsável pela iniciativa.

Foco - O texto da peça de teatro, com foco no tema cooperação, foi elaborado pela professora do curso Mara Ganzert com a colaboração dos alunos durante os ensaios. As aulas de teatro são oferecidas aos sábados em duas turmas para cerca de 50 crianças e adolescentes, com idade entre 8 e 11 anos, moradores de Contenda. Segundo Mara, os alunos aprendem técnicas de teatro e os princípios da cooperação.

Benefícios - "Percebo que as aulas ajudam as crianças a se interessarem mais pela leitura, a melhorar a expressão corporal, a comunicação, a trabalhar em grupo e ajudar o colega", destaca Mara em relação aos benefícios do curso. Os alunos também desenvolvem um projeto de contação de histórias em escolas do município, que terá continuidade neste segundo semestre.

Ação educativa - O programa "A União Faz a Vida" faz parte das ações educativas realizadas pelas cooperativas do Sicredi com objetivo de promover valores de cidadania e cooperação. A iniciativa está presente em mais de mil escolas no País, envolvendo cerca de 170 mil alunos.

Sicredi Planalto das Araucárias PR/SC - É uma das 115 cooperativas de crédito singulares que fazem parte do sistema Sicredi. Atua em uma região com 53 municípios, sendo que 10 deles já possuem unidades de atendimento: Balsa Nova, Campo Largo, Canoinhas, Contenda, Lapa (duas unidades), Paranaguá, Quitandinha, Rio Negro, São José dos Pinhais e São Mateus do Sul. (Imprensa Sicredi Planalto das Araucárias)

AGROLEITE I: Evento é encerrado com recorde de público e de negócios

Encerrou, na tarde de sábado (11/08), o Agroleite 2012, vitrine da tecnologia do leite no Brasil, em Castro no Paraná.  A 12ª edição bateu recorde de público e de negócios.  A estimativa do comitê organizador é que mais de 80 mil pessoas estiveram no evento. Foram registradas as presenças de visitantes de diversos estados do Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Áustria, Nova Zelândia entre outros países que estiveram conhecendo a 1ª fase de investimentos da cidade do leite e o potencial produtivo da região.

Expectativas superadas - Em negócios, a feira superou as expectativas dos expositores e os resultados oficiais serão divulgados nesta semana.  A campeã suprema desta edição foi Rag Poesia Bond 382 , do criador Jan Johannes de Boer, da Fazenda Horizonte de Castro/PR.

Sucesso - “A edição 2012 foi um sucesso, superou as expectativas dos nossos expositores de animais, de empresas, de público. Nós agradecemos todas as pessoas que vieram para Castro e prestigiaram o Agroleite, conheceram de perto a 1ª fase de investimentos onde em breve teremos a cidade do leite. Parabéns ao vencedor da campeã suprema, nosso cooperado Jan Johannes de Boer pela conquista. Nós queremos dedicar todo este sucesso aos nossos expositores parceiros do Agroleite que acreditaram  e vieram somar conosco.  Tivemos uma semana iluminada e estamos muito felizes  com a realização do Agroleite ”, avalia  o presidente da Castrolanda Frans Borg.

Resultados - Os resultados das raças holandesa P&B, V&B, jersey, simental e do torneio leiteiro estão disponíveis no site oficial do evento (www.agroleitecastrolanda.com.br). (Imprensa Castrolanda)

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AGROLEITE II: Ministro destaca ações da política agrícola

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, esteve na 12ª edição do Agroleite na sexta-feira (10/08), em Castro (PR). Em seu discurso, destacou que a política agrícola deve garantir renda ao produtor e que são necessários investimentos para ganhar eficiência, absorver tecnologia e para tornar as propriedades rurais cada vez mais competitivas e sustentáveis.

Exemplo - “O setor da pecuária de leite é um exemplo de que as ações do Ministério da Agricultura estão sendo eficazes. O município de Castro é responsável pela produção de 220 milhões de litros. Já o estado do Paraná é responsável por 3,9 bilhões de litros e esperamos que a produção nacional de leite tenha um avanço de 4% este ano”, enfatizou.

Linhas de financiamento - Por meio do Plano Safra, os produtores terão as linhas de financiamentos para a aquisição de matrizes e reprodutores renovadas e a taxa de juros reduzida dos atuais 6,75% para 5,5%. Além disso, o limite de crédito de custeio para a pecuária de leite foi elevado de R$ 650 mil para R$ 750 mil por produtor enquanto o limite de comercialização às agroindústrias e processadoras de leite passou de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões, com a ampliação do prazo de pagamento para 240 dias e com a redução da taxa de juros para 5,5% ao ano.

Preços - Mendes Ribeiro lembrou que os preços pagos aos produtores também estão se recuperando e que, com a implementação do projeto de regionalização, o Ministério da Agricultura quer incentivar ainda mais os produtores, fazendo com que chegue até eles mais recursos, tecnologia, promovendo aumento de renda e qualidade de vida ao home do campo. “As perspectivas para o nosso setor rural são por demais promissoras. Esperamos que a nova política agrícola, que estamos implementando, seja o combustível para que a agropecuária brasileira ganhe novo fôlego e cresça com ainda mais rapidez e solidez”, finalizou. (Mapa)

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COODETEC: Trigo prepara o solo para as culturas de verão

coodetec encontro tecnologico 13 08 2012 1O Encontro Tecnológico de Inverno 2012 reuniu, na última quinta-feira (09/08), cerca de 200 profissionais e produtores de trigo, na sede da Coodetec, em Cascavel.  Pela manhã, os participantes receberam instruções sobre manejo de plantas daninhas, preparação do solo e qualidade na colheita. Durante a tarde, tiveram acesso aos lançamentos de cultivares de trigo pão e melhorador. O evento foi promovido pela Coodetec, em parceria com a Bayer CropScience e M.A. Máquinas – John Deere.

Informações importantes - Para o produtor e proprietário de revenda de sementes, Avelino Stefanoski, de Vera Cruz do Oeste, o Encontro Tecnológico de Inverno tirou muitas dúvidas e trouxe informações importantes. “Vale a pena investir no trigo. Os preços estão melhorando e a nossa expectativa é a de que continue assim. No evento, tivemos a oportunidade de conhecer novas tecnologias, que irão garantir o aumento da produtividade”, detalhou.

Potencial - Na abertura, o presidente executivo da Coodetec, Ivo Carraro enfatizou que o produtor deve continuar acreditando no trigo. “Precisamos estar preparados para a explosão da cultura. Nossos produtores e nossas terras têm potencial para o crescimento do trigo e nós, enquanto cooperativa de pesquisa, acreditamos nisso e continuamos investindo na cultura.”

Palestras - Na primeira palestra técnica, o professor da UENP/FFALM, Robinson Osipi, falou sobre os benefícios do cultivo de trigo no manejo das plantas daninhas. “O agricultor precisa valorizar essa cultura, porque o trigo, dentro do sistema de rotação, é muito importante no manejo da resistência de plantas daninhas. É importante optar por produtos diferentes dos utilizados nas outras culturas. Desta forma, a área de soja e milho verão ficará livre de plantas daninhas ou com menor potencial de infestação do banco de sementes das invasoras, o que facilitará o manejo”, argumentou. Ainda de acordo com Osipi, a rotação de culturas, incluindo o trigo, minimiza os problemas com resistência à buva e capim amargoso.

Solo - O Encontro Tecnológico de Inverno contou ainda com a apresentação do pesquisador da área de solos do Iapar, Antônio Costa, e com a palestra do gerente da Divisão de Pesquisa da Coodetec, Ivan Schuster. Costa falou sobre os benefícios da cultura para a melhoria da fertilidade do solo. “O trigo é uma opção de renda para o produtor no inverno e, para que isso ocorra, é necessário adequar variedade, adubação e correção de solo coodetec encontro tecnologico 13 08 2012à sua realidade. O trigo é viável e prepara o solo para a cultura que vai sucedê-lo”, destacou. Já, Schuster, apresentou a biotecnologia aplicada ao melhoramento genético de trigo. “Num longo prazo, teremos plantas transgênicas, que serão resistentes a doenças (giberela e ferrugem, por exemplo) e tolerância a seca. Teremos trigo biofortificado, que aumenta qualidade para panificação e é indicado para quem tem intolerância a glúten.”

Estações - No campo, junto às parcelas de trigo CD, os participantes acompanharam as orientações dos pesquisadores Coodetec sobre manejo de doenças nas novas cultivares de trigo e o posicionamento de cultivares de trigo pão e melhorador. Na estação Bayer CropScience, foi destacado o programa Bayer Muito Mais Trigo e, na estação da M.A. Máquinas – John Deere, uma equipe técnica falou sobre qualidade da colheita na cultura de trigo.

Incentivo - “Nossa intenção é incentivar os produtores a não deixar o trigo de lado. Essa cultura deve ser vista como planta de cobertura de luxo, por fazer o papel de colocar palha no sistema e possibilitar ganhos ao longo dos anos. O agricultor que cultiva o trigo consegue produzir mais soja e mais milho, por reter mais água no solo e manejar melhor as plantas daninhas de difícil controle”, explicou o gerente comercial da Coodetec, Marcelo da Costa Rodrigues. (Imprensa Coodetec)

COCAMAR: Setecentos produtores participam do Dia de Campo em Xambrê

cocamar 13 08 2012SmallCerca de 700 produtores participaram de um Dia de Campo sobre integração lavoura, pecuária e floresta promovido na última quinta-feira (09/08) na Estação Experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em Xambrê, região de Umuarama. A realização da Cocamar, Iapar e Emater/PR contou também com a presença de um grande número de autoridades e lideranças. O governador Beto Richa comunicou na véspera que não poderia comparecer e foi representado pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara.

Estações - Na programação, os participantes passaram por três estações em que foram apresentados, em cada qual, detalhes específicos sobre lavoura, pecuária e floresta, com palestras proferidas por especialistas da cooperativa, da instituição e da Emater.

Sistema moderno e sustentável - De acordo com o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, a integração é um sistema moderno e sustentável que traduz a tendência da atividade agropecuária. “Para quem quiser tornar sua propriedade altamente produtiva, esse é caminho”, disse Lourenço, lembrando que a pecuária mantida de forma tradicional tende a desaparecer, enquanto a monocultura de grãos, hoje em alta, é marcada também por períodos de preços ruins. “Integrando vários negócios, a possibilidade de quebrar é praticamente nula”, disse.

Revolução - Por sua vez, o presidente da Emater/PR, Rubens Ernesto Niederhattmann, afirmou que a integração é um sistema que veio para revolucionar a agropecuária brasileira e está ao alcance de quem quiser promover um choque de produtividade em sua fazenda, tornando-a uma fábrica de alimentos. “É para isso que precisamos avançar”, observou, dizendo que a região propicia solo, clima, tem tecnologia disponível e conta com recursos oferecidos pelo programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) do governo federal.

Modelo - Florindo Dalberto, presidente do Iapar, explicou que a instituição mantém cerca de 20 hectares com integração lavoura, pecuária e floresta, onde se produz grãos no verão, se faz engorda gado no inverno e ainda há floresta de eucalipto que proporciona sombreamento ao gado e uma renda adicional com a venda da madeira. “É um modelo pronto para que os produtores venham conhecer e aplicar, aqui há tudo o que eles precisam”, acrescentou. Para o especialista Sérgio Alves, que há quase 20 anos se dedica ao assunto no Paraná, a integração é um caminho sem volta “e quem investe não têm motivos para se arrepender, pois passa a produzir itens nobres e de liquidez no mercado”.

Primeiros passos - O deputado estadual Fernando Scanavaca lembrou que foi durante a seu mandato de prefeito em Umuarama, na segunda metade da década de 1990, que se começou a falar e a dar os primeiros passos em integração. Para ele, o sistema, ao promover uma revitalização na agropecuária e na economia regional, “pode voltar a fazer com que o noroeste seja forte, da mesma forma como acontecia nos tempos áureos da cafeicultura”.

Parceria - Finalmente, o secretário Norberto Ortigara enfatizou que o governo do Paraná quer ser “um parceiraço” da Cocamar na divulgação do sistema de integração lavoura, pecuária e floresta, explicando que não há dúvida quanto a eficácia e os resultados desse sistema inovador. “É um processo que vai evoluir e ganhar o seu espaço, pois é a melhor maneira de garantir o futuro dos produtores do noroeste.”

Área - A região da cooperativa conta com cerca de 20 mil hectares já mantidos com o programa e a perspectiva é que essa área apresente forte expansão nos próximos anos. Um dos cooperados referenciais nesse assunto é César Formighieri, dono da Fazenda Santa Felicidade em Maria Helena, região de Umuarama. Neste ano, mesmo com seca, ele colheu 80 sacas de soja por alqueire que, cotada a preço acima da média, garantiu uma lucratividade equivalente a 30 sacas. Formighieri, que faz integração desde 2001, disse que o acompanhamento técnico é fundamental. Falando aos presentes, ele disse também que é preciso mudar a forma de o pecuarista ver a sua atividade, “não há como sobreviver diante da baixa rentabilidade em razão dos pastos degradados, comuns no noroeste”.

Avanço - Segundo Luiz Lourenço, o potencial para avanço da integração na região do arenito caiuá, no noroeste do Estado, é de aproximadamente 1,8 milhão de hectares. (Imprensa Cocamar)

GRÃOS: USDA corta suas projeções para oferta de milho e soja

A deterioração do quadro de oferta de grãos nos EUA nesta safra 2012/13 promete amplificar a pressão "altista" sobre as cotações internacionais de commodities como milho e soja nos próximos meses, o que tende a exacerbar as críticas sobre o mandato do etanol no país e as preocupações em torno de uma crise "agroinflacionária" mundial.

Relatório - Segundo relatório divulgado na sexta-feira (10/08) pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os reflexos da estiagem e do calor que assolam o Meio-Oeste do país derrubarão a colheita de milho para 273,79 milhões de toneladas, 16,9% menos que o previsto há apenas um mês e volume 12,8% inferior ao efetivamente colhido em 2011/12. Será o pior resultado desde 2006.

Piora - As estimativas ainda podem piorar, tendo em vista que a colheita americana só começará a ganhar força em algumas semanas. Em relação às projeções iniciais de produção, a quebra deverá ultrapassar 100 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, o USDA passou a estimar a colheita de milho no Brasil em 72,8 milhões de toneladas em 2011/12, um novo recorde também sinalizado pela Conab e puxado pelo desempenho da safrinha.

Reflexos - A tenebrosa situação nos EUA tem reflexos diretos e irreversíveis no tabuleiro global do cereal. Apesar de ter revisto para cima as colheitas de Argentina, Brasil e China em 2012/13, o baque americano deverá reduzir a produção mundial de milho para 849,01 milhões de toneladas na temporada, 6,2% menos que o estimado em julho e volume 3,2% menor que o de 2011/12, sempre conforme as estatísticas do USDA.

Soja - A seca e o calor nos EUA também provocam reflexos deletérios sobre as lavouras de soja. Conforme o USDA, a produção americana tombará para 73,27 milhões de toneladas em 2012/13, quase 12% abaixo do previsto em julho e da colheita de 2011/12. Assim, a produção mundial na safra atual foi revisada para 260,46 milhões de toneladas, 2,5% menos que o estimado em julho.

Volume maior - Mesmo assim, o volume é 10,3% maior que o de 2011/12, diferentemente do que deve acontecer no mercado de milho. Os estoques globais finais de soja também tendem a aumentar um pouco em relação ao ciclo passado, ao contrário do que ocorrerá com o milho. Mas, em ambos os casos, os níveis são baixos.

Brasil - Em tempos de Olimpíadas, os problemas da soja nos EUA darão ao Brasil inéditas medalhas de ouro na produção e na exportação do grão em 2012/13, desde que o clima na safra que começará a ser semeada em meados de setembro colabore. Depois da seca que afetou a região Sul do país em 2011/12, tudo indica, até agora, que os meninos - La Niña e El Niño - vão de fato se comportar melhor, o que deverá resultar, conforme o USDA, em uma produção de 81 milhões de toneladas, 3,8% mais que o estimado em julho e 23,7% acima do volume do ciclo 2011/12.

Exportação - Em 2012/13, conforme o USDA, o Brasil exportará 37,6 milhões de toneladas de soja em grão, à frente de EUA (30,21 milhões) e Argentina (13,5 milhões), pervertendo uma ordem que vigorou por praticamente uma década, até 2011/12. No ciclo passado, os EUA exportaram 36,74 milhões de toneladas, conforme o USDA, e superaram Brasil (36,7 milhões) e Argentina (7,8 milhões).

Reações modestas - Na bolsa de Chicago, as primeiras reações às novas estimativas do USDA foram moderadas. Os analistas alegaram que as projeções para o milho vieram de acordo com as expectativas e as cotações do cereal caíram. A erosão do quadro da soja causou alguma surpresa, mas os ganhos registrados foram moderados. No mercado de trigo, onde o USDA revisou para baixo produção e estoques finais mundiais, mas elevou as projeções para os EUA, onde as condições das lavouras melhoraram, os preços também retrocederam.

Retrações - Em parte, essa "reação controlada" a uma oferta de grãos mais combalida decorre de projeções de retrações nas demandas. Exceto no caso do trigo, cujo consumo poderá aumentar em função da crise do milho (ambos podem ser usados em rações), no milho e na soja o USDA reduziu as previsões de demanda em parte por causa dos preços já superelevados, que começam a provocar resistência em compradores, do México ao Irã, passando pelo Brasil.

Choque de oferta - Vale observar, contudo, que a crise do biênio 2007-2008 foi provocada sobretudo por um choque de demanda. Agora, a crise é causada por um choque de oferta, que gera resistência em consumidores e tende a arrefecer no médio prazo, até porque as ofertas tendem a ser recompostas. Mas, para os próximos meses, a tendência é de preços em alta. (Valor Econômico)

ETANOL I: Produtores pedem definição do percentual na gasolina

Os produtores de cana-de-açúcar querem garantias do governo sobre o futuro do etanol antes de arriscar novos investimentos. Para a Unica, que reúne o conjunto dos produtores, o governo pode até baixar o preço do combustível, mas terá de garantir o custo do projeto etanol se quiser aumento na produção.

Definição clara - "Reivindicamos uma definição clara da participação do etanol na matriz de combustíveis daqui a 20 anos. Queremos que o investidor tenha uma previsibilidade para saber que o investimento manterá a regra do jogo, independentemente da política interna de preço de gasolina", afirmou Antonio de Pádua Rodrigues, presidente interino da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), durante encontro sobre energia promovido pela Fiesp em São Paulo.

Projetos novos - No biênio 2008/2009, de acordo com Rodrigues, 30 novos projetos entraram em operação. "Mas até 2015 apenas quatro novas unidades deverão ser construídas. E não existem projetos previstos para início de operação após essa data", advertiu.

Investimentos - O setor sucroalcooleiro, pelas suas contas, requer investimentos de R$ 130 bilhões para voltar a crescer e retomar a participação do etanol de 50% na matriz brasileira de combustíveis. Segundo ele, esses recursos seriam utilizados na construção de 100 novas usinas para produção apenas de etanol. Em 2010, o etanol chegou a representar 44,6% do total de combustíveis utilizados no Brasil. No final de 2011, a participação caiu para 31,68%. Nesses investimentos não está incluída a produção de açúcar, afirmou. Para o professor Luiz Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei - MG), a produção caiu 30% desde 2008. "O Brasil passou a importar etanol. A causa está associada à perda de competitividade determinada essencialmente pela intervenção governamental na formação de preços da gasolina, mantidos em níveis artificialmente baixos", frisou.

Preço artificial - Para o presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, "não há justificativa econômica nem lógica para a manutenção da gasolina em patamares baixos". Ele avalia que a defasagem de preço já ocorria, mas era mascarada pelo câmbio em torno de R$ 1,5. Segundo especialistas, a manutenção do preço artificial da gasolina há mais de cinco anos é o principal motivo da perda de competitividade do etanol no mercado doméstico. Para o presidente interino da Unica, a competitividade do etanol hoje está restrita ao Estado de São Paulo, responsável pelo consumo de 60% do combustível renovável. "Como é incerto o aumento do preço da gasolina, o setor terá de encontrar formas de redução de custo para voltar a ser competitivo".

Demanda - Em 2020, dependendo da taxa de crescimento da frota e do Produto Interno Bruto (PIB), a demanda de combustível quase que dobrará comparada aos níveis atuais, diz Padua Rodrigues. "Hoje o Brasil tem uma demanda da ordem de 45 milhões de litros e o etanol está participando com 36% dessa demanda. Se em 2021 a demanda estará na casa dos 75 a 76 milhões de litros em gasolina, o consumo do etanol dependerá da sua participação nesse combustível", afirmou.

Participação - Nastari observou que a participação brasileira do etanol na gasolina é bem maior que a meta dos Estados Unidos e da União Europeia. Nos Estados Unidos, a meta é sair dos 9,5% atuais e atingir 20% da matriz em 2022. Na União Europeia, a meta é chegar a 10% de participação de etanol até 2020. Hoje, o índice é de 3,4%. (Valor Econômico)

ETANOL II: Nova legislação amplia espaço para produto na União Europeia e China

As vantagens já conhecidas do etanol brasileiro estão ganhando novo impulso diante de cenários internacionais cada vez mais favoráveis. Além da necessidade global de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, o Brasil pode se beneficiar de uma série de fatos. Um deles é a definição de metas de mistura do etanol na gasolina dos Estados Unidos e da União Europeia. A produção americana está próxima do teto estabelecido para 2022, o que significa que terão de importar quantidades maiores a cada ano.

Obrigatoriedade - A União Europeia, da mesma forma, estabeleceu na sua legislação a obrigatoriedade de combustíveis renováveis até 2020, de tal forma que 10% do consumo do setor de transportes tem que vir de fontes renováveis. Tanto a Europa como os Estados Unidos produzem cerca de 50% do que consomem. Além disso, os mercados asiáticos, principalmente a China, devem reforçar a lista de compradores.

Oportunidade - "É uma grande oportunidade para o Brasil, porque o etanol de cana de açúcar é considerado um etanol sustentável, exatamente o que o mundo deseja. Estamos falando de algo próximo de 17 bilhões de litros no consumo anual na União Europeia e de 136 bilhões de litros para os Estados Unidos, isso para 2022", afirmou Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da União Brasileira de Cana de Açúcar (Unica) no 13º Encontro Internacional de Energia promovido pela Fiesp. Além da qualidade, o etanol brasileiro supera os demais quando se trata de minimizar os danos do efeito estufa. "O etanol produz nove unidades de energia renovável para cada unidade de energia fóssil colocada no sistema, muito superior ao milho e ao trigo, que são de quatro e dois, respectivamente", informa Sousa. (Valor Econômico)

MEDIDAS: Mantega diz que Brasil prepara incentivos para acelerar economia

O Governo Federal prepara diversos incentivos à indústria para atenuar o impacto da crise global, que desacelerou a economia do país, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista publicada neste domingo (12/08) no jornal "Correio Braziliense". A primeira fase desse pacote será anunciada na próxima quarta-feira (15/08) e incluirá "uma expansão dos programas de investimentos em infraestrutura", que propiciará "um cenário de alta da economia" durante o segundo semestre deste ano, afirmou Mantega.

Detalhes - O ministro não revelou detalhes deste plano, que poderia incluir concessões ao setor privado, tanto nacional como estrangeiro, nas áreas de portos, aeroportos, estradas e ferrovias, e a reabertura da licitação para a construção de um trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo.

Crise global - Mantega admitiu que "muitos empresários se aterrorizaram" pelo agravamento da crise global e seu impacto no Brasil, que reduziu as previsões de crescimento para este ano dos 4,5% iniciais para menos de 3%.

Previsão - Este pacote de incentivos, segundo o ministro, melhorará as percepções do setor privado, acelerará o ritmo do investimento privado e público e deverá reforçar a previsão inicial, que a economia brasileira chegue a expandir-se cerca de 4% neste ano. "Será um conjunto de medidas que favorecerá o crescimento" pela via do investimento, "que é a prioridade do governo neste momento", indicou.

Crescimento econômico - Na opinião de Mantega, o cenário também não é negativo para o país se 2012 concluir com um crescimento econômico próximo de 3%. "Uma boa taxa de expansão da economia é de uma média de 5%, mas isso quer dizer que um ano pode ser de 6% e outro ano de 3%, de modo que a média se mantenha", destacou.

 Restrições orçamentárias - O ministro também ratificou que, por causa da crise global, o governo mantém restrições orçamentárias que lhe impedem de atender as reivindicações de pelo menos 30 setores da administração pública que estão em greve por melhores salários. "Mas isso não quer dizer que não haverá aumentos", comentou o ministro, lembrando que o governo ofereceu altas salariais de até 45% em três anos aos professores das universidades públicas, em greve há quase três meses. (EFE/Gazeta do Povo)

ECONOMIA: Analistas reduzem pela segunda semana consecutiva projeção de crescimento

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram pela segunda semana seguida a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,85% para 1,81%. Para 2013, a projeção foi mantida em 4%. As informações são do boletim Focus, publicação semanal do BC feita com base em projeções do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

Produção industrial - As projeções para a retração da produção industrial este ano pioram há 11 semanas. Desta vez, a estimativa de queda passou de 0,69% para 1%. No próximo ano, a expectativa é que haja recuperação, com crescimento de 4,3%, ante os 4,4% previstos no boletim divulgado na semana passada.

Dívida líquida - A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35,4 para 35,2%, este ano, e permanece em 34%, em 2013.

Dólar - A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano permanece em R$ 2, tanto para 2012 quanto para 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 17,6 bilhões para US$ 18 bilhões, neste ano, e de US$ 13,7 bilhões para US$ 14,2 bilhões, em 2013.

Transações correntes - Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 59,63 bilhões para US$ 59,25 bilhões, este ano, e mantida em US$ 70 bilhões, em 2013.

Investimento estrangeiro - A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 60 bilhões, em 2013. (Agência Brasil)

IBGE: Paraná lidera geração de empregos na indústria

emprego industria 13 08 2012A indústria do Paraná teve o melhor desempenho do País na geração de postos de trabalho e rendimento dos trabalhadores em junho, conforme a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 14 locais (13 estados mais a região Nordeste). O emprego industrial cresceu 1,8%, em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto na média nacional houve queda de 1,8%. Os salários pagos pela indústria no Estado aumentaram 7,9% na mesma base de comparação, acima da média nacional, de 3,7%.

Estados - Dos 10 estados em que o IBGE realiza a pesquisa, só Paraná e Minas Gerais (0,3%) tiveram resultados positivos. O desempenho positivo da indústria paranaense é explicado pelo aumento no número de empregados nos setores de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (38,1%), fumo (28,8%), têxtil (10,2%), produtos químicos (7,7%), metalurgia (7,4%), refino de petróleo e álcool (6,1%), minerais não metálicos (5,8%), alimentos e bebidas (5,4%) e meios de transporte (3,2%).

Salários - O Paraná ficou em primeiro lugar também no aumento real dos salários pagos em junho, em relação ao mesmo mês de 2011. A ampliação foi determinada pela subida nos rendimentos dos ramos máquinas e aparelhos elétricos (47,0%), química (18,3%), minerais não metálicos (10,5%), meios de transporte (8,9%), alimentos e bebidas (8,6%), têxtil (8,4%) e metalurgia (8,0%). O parque industrial do Estado foi o líder no País em horas trabalhadas (aumento de 2,1% contra redução de 2,6% para o Brasil). Apenas Paraná e Minas Gerais (0,1%) tiveram variação positiva.

Acumulados – Os números do primeiro semestre também colocam a indústria paranaense na liderança em relação a emprego, rendimentos e horas pagas. O contingente ocupado cresceu 3,3%, versus contração de 1,2% no Brasil, enquanto os salários subiram 10,3%, praticamente três vezes mais que a média nacional, de 3,8%. O número de horas pagas aumentou 1,9%, enquanto em âmbito nacional o índice decresceu 1,9%.

Performances - As performances mais expressivas foram das atividades de máquinas e aparelhos elétricos, meios de transporte, refino de petróleo e álcool, alimentos e bebidas, têxtil, produtos químicos, metalurgia e minerais não metálicos.

Índice anual - No índice anual, referente aos 12 meses anteriores a junho, a indústria estadual também alcançou a melhor classificação nacional em pessoal empregado (crescimento de 4,8%, contra queda de 0,6% para o Brasil), sustentada em máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (38,8%), alimentos e bebidas (12,8%), meios de transporte (8,6%), metalurgia (8,6%), têxtil (8,3%), outros produtos (6,9%), minerais não metálicos (6,7%) e produtos químicos (6,2%).

Acréscimos - Em massa de salários reais pagos, o Paraná conquistou o primeiro lugar (10,9% contra 3,5% no País). Os maiores acréscimos ocorreram em máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (44,6%), meios de transporte (19,1%), fumo (15,8%), outros produtos (15,4%), alimentos de bebidas (14,7%), produtos químicos (13,3%) e metalurgia (11,4%). Em horas trabalhadas, com ampliação de 1,2%, ante recuo de 1,4% no Brasil, o Paraná ocupa o terceiro posto entre os estados acompanhados, atrás de Pernambuco e Minas Gerais.

Análise – O economista Gilmar Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), diz que o fato de as contratações terem aumentado, embora a produção industrial paranaense tenha caído 7,5% em junho, mostra que o setor está otimista. “Apesar da queda na produção, o setor aposta na melhora do cenário econômico a médio e longo prazos”, afirma. Segundo ele, “o mais importante é que os empregos estão em setores variados e de maior emprego de tecnologia, o que gera dinamismo para o consumo”, afirmou. (AEN)


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