FORUM FUTURO 10: Paraná vai a Brasília para entender pacote das concessões
O pacote de concessões de estradas e ferrovias, anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, foi o assunto da reunião do Fórum Futuro 10, realizada na manhã desta segunda-feira (20/08), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O encontro foi conduzido pela coordenador do Conselho Diretivo do Fórum, Guilherme Cunha Pereira. Como o pacote contemplou apenas dois trechos ferroviários no Paraná, deixando de fora obras consideradas prioritárias para destravar a economia do estado, e também em resposta a reação de surpresa dos paranaenses frente às medidas, o Fórum Futuro 10 decidiu mobilizar deputados federais e representes do governo estadual e federal para debater as medidas anunciadas.
Presenças – Participaram da reunião o senador Sérgio Souza, os deputados federais Alex Canziani, Eduardo Sciarra, Leopoldo Meier, Reinhold Stephanes, Osmar Serraglio e Rubens Bueno; os secretários de Estado José Richa Filho (Infraestrutura e Logística) e Cassio Taniguchi (Planejamento); o superintendente regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), José da Silva Tiago; o presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana e coordenador do G8; o presidente da Fiep/PR, Edson Campagnolo; o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) Edson Ramon; o presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Jaime Sunyê; o diretor executivo da Fetranspar, Sérgio Malucelli, o assessor da Faep, Carlos Augusto Albuquerque, entre outros integrantes do Fórum Futuro 10, que congrega as principais entidades representativas do setor produtivo do Estado, universidades e outras instituições. O Sistema Ocepar foi representado na reunião pelo superintendente, José Roberto Ricken, e pelo superintendente adjunto, Nelson Costa.
Inquietação - “A grande conclusão que se tira da reunião de hoje é que ainda não se compreende bem as medidas anunciadas e que precisamos de uma reunião com o governo federal para discutir este assunto. Precisamos entender melhor a extensão e o impacto do projeto do governo federal em relação aos projetos já existentes no Paraná”, disse o coordenador do Conselho Diretivo do Fórum, Guilherme Cunha Pereira, lembrando que já existem diversos estudos técnicos apontando as deficiências em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e que travam o desenvolvimento do Paraná. Segundo ele, além de surpresa, as medidas geraram até um pouco de inquietação, motivo pelo qual há necessidade de buscar esclarecimentos.
Audiência – Para começar esclarecer as dúvidas dos paranaenses, uma audiência foi marcada para amanhã, em Brasília, com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. “As entidades que representam os diversos setores econômicos, o governo estadual e o governo federal vão sentar e discutir para definir onde começa e onde termina a intervenção do governo federal em rodovias e ferrovias no Paraná dentro deste programa de concessões. Também será possível detalhar alguns pontos e dar sugestões para os próximos pacotes concessões que estão vindo, principalmente, no que se refere a portos”, disse o senador Sérgio Souza.
Benefícios – Segundo ele, como se trata de algo recente, é normal que surjam divergências, surpresas e dúvidas. “Nessa reunião do Fórum Futuro 10, cada um pode, dentro da sua área, colocar o seu posicionamento. E eu vim para colocar o seguinte: O Paraná está sendo atendido sim, e muito bem atendido”, afirmou. Na sua avaliação, mesmo ficando aquém do desejado, as duas obras ferroviárias contempladas vão trazer benefícios para o estado. “A grande preocupação é se essas ferrovias vão ter interligação com Paranaguá ou não. E eu mostrei que sim. E isto está estudo e vai ser apresentado”, disse.
Serraglio - Para o deputado federal, coordenador da bancada paranaense e vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio, a falta de um entendimento maior sobre o pacote de concessões anunciado semana passada pode estar gerando um descontentamento dos paranaenses que tem condições de ser revertido. “Nós podemos estar meio refratários com algo que pode ser muito positivo. Como não estamos com o leque necessário de informações, parece que esse pacote destoa da proposta estruturante do Estado, feita pela iniciativa privada e pelo governo do Estado. Ainda não foi possível perceber onde se ajustam essas duas ideias. É isso que nós pretendemos esclarecer amanhã”, afirmou. “O governo federal é muito aberto e, sendo o vice-líder do governo, posso assegurar que nada vem imposto. Tudo deve ser feito na base do convencimento e o governo vai ter que nos convencer que essa proposta está mais ou menos ou muito próxima daquilo que nós imaginávamos para o Estado do Paraná”, acrescentou.
Preocupação – Já o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Fillho demonstrou-se extremamente preocupado e disse que esta reunião do Fórum Futuro 10 Paraná tem o objetivo de transformar uma situação adversa em algo positivo. O secretário ainda reclamou sobre uma afirmação feita por ministros de que o Paraná não foi incluído por não ter projetos. “Mas se o DNIT que representa o governo federal aqui não fez os projetos, precisamos descobrir o que falta para que esses projetos sejam realizados e incluídos”. Segundo ele é preciso que a sociedade organizada, parlamentares e mais o governo estadual fiquem atentos: “diria que acendeu um sinal de alerta, uma luz amarela de que o estado do Paraná precisa se posicionar melhor em Brasília, através da bancada paranaense no Congresso”. Richa Filho lembrou que no ano passado foi realizado pelo Fórum um trabalho junto aos parlamentares. “Infelizmente nenhuma emenda foi colocada, enfim, precisamos entender o que acontece para que o Paraná seja mais ouvido e trazer investimentos tão importantes que possam gerar riquezas para as pessoas”.
Investimentos - Entre todos os investimentos necessários para o Paraná o secretário destaca as ferrovias. “O Paraná seria o estado mais interessante para novos projetos em ferrovias. O que foi apresentado é assustador. Conversei com o deputado Reinhold Stephanes, que já foi ministro e discute permanentemente a questão da logística no País e ele disse que nunca viu nada parecido com o que foi apresentado. Assusta ver investimentos em ferrovias para levar cargas para o Porto de Rio Grande (RS). Lembramos ainda que a ferrovia proposta pelo Governo Federal o trecho de Maracaju a Mafra, de Dourados a Guarapuava é concessão da Ferroeste, onde o Estado do Paraná é o grande acionista e nem fomos chamados pra conversar a respeito”, lamentou o secretário.
Dúvidas - “O Paraná não pode sair perdendo dentro deste processo”, disse o presidente da Fecomércio e coordenador do G8, Darci Piana. Segundo o dirigente, existem muitas dúvidas sobre o que foi apresentado através da imprensa na semana passada daquilo que o Paraná necessita. “Essa controvérsia precisa ser esclarecida urgentemente, afinal, temos reivindicações importantes e que estamos discutindo há muito tempo com os parlamentares e a própria ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Há espaço para negociação e por isso vamos à Brasília para colocar nossa posição a respeito de tudo aquilo que foi debatido aqui nesta reunião importante da sede da Ocepar”, frisou.
Paranaguá - "A nossa grande dúvida é em relação às ferrovias. Para nós, não há lógica em montar um sistema que não seja direcionado ao Porto de Paranaguá, que é o nosso canal de exportação. É fundamental que a ferrovia chegue até lá em condições de atender à demanda", afirmou o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken.
Esclarecimentos - “É a mesma coisa que o professor chegar na sala de aula e falar: prova sexta-feira e não diz nem que matéria vai cair. Este é o nosso sentimento aqui exposto, muitas dúvidas e que precisam ser muito bem esclarecidas. O positivo é que as entidades, parlamentares presentes e governo do estado estão em sintonia de que algo precisa ser feito. Por isso esta mobilização rápida para discutir o assunto e levar para o governo federal”, disse presidente da Fiep/PR, Edson Campagnolo. Segundo o dirigente a grande preocupação é com o Porto de Paranaguá. “Hoje é o principal porto de escoamento de grãos do País e os mesmos navios que vem buscar nosso produto também traz os insumos básicos que é a cadeia do adubo e fertilizantes. É importante que todas as informações venham para montarmos nossas reivindicações, tudo ainda não é muito claro”, disse Campagnolo.
Rodovias - Sobre as rodovias, Campagnolo lembrou que no Paraná ainda existem trechos para concessão. “Mas será que o povo do Paraná quer continuar pagando pedágio? O modelo que temos aqui se esgotou, não conseguiu resolver nossos problemas. Se o governo está propondo através do PAC alternativas rodoviárias que venham atender o escoamento da produção muito bem, a grande preocupação é a ferroviária, a atual malha que temos não atende nossas necessidades. Já havia uma alternativa de uma ferrovia de Maracaju a Cascavel/Guarapuava e que foi alterada”, lembrou.
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UNITÁ: Cooperativa central reivindica trevo de acesso à indústria
Representantes da Unitá Cooperativa Central estiveram na manhã desta segunda-feira (20/08) em audiência com o governador Beto Richa, em Curitiba. Os cooperativistas pediram apoio para a construção de um trevo de acesso ao abatedouro de frangos da Central, na BR-369, em Ubiratã, Centro-Oeste do Paraná. Resultado de investimentos de R$ 120 milhões, a indústria será inaugurada em janeiro de 2013 e abaterá 160 mil aves/dia. A construção do trevo é considerada fundamental para garantir agilidade no escoamento e a segurança dos trabalhadores e da população que utiliza a rodovia. A indústria irá gerar 1.500 empregos diretos. “A concessionária que administra o trecho já aprovou o projeto executivo e solicitamos ao governo que interceda para promover o início das obras, com um custo estimado de R$ 720 mil”, disse o presidente da Coagru, Áureo Zamprônio.
Avaliação - O governador reconheceu a importância do trevo e indicou que avaliará com rapidez a demanda da cooperativa. Presente na reunião, o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, disse que analisará o pedido em conjunto com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Contratos - A Central corre contra o tempo, pois encerram em janeiro os contratos com os frigoríficos que atualmente estão abatendo a produção de seus associados. “Teremos que absorver toda a recepção e abate em nossa planta industrial”, enfatizou Zamprônio. Ao final do encontro, o dirigente disse estar satisfeito com o resultado. “Estou muito otimista. Acredito que o Governo do Estado atenderá a essa importante demanda da Unitá”, afirmou. A Unitá é fruto de um projeto de intercooperação das cooperativas Copacol, Coagru e Cooperflora.
Presenças - Também participaram da reunião com o governador, o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, o vice-presidente da Unitá, Claudemir Cavalini, o prefeito de Ubiratã, Fábio D’Alécio; o deputado federal Rubens Bueno e o deputado estadual Douglas Fabrício.
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SESCOOP/PR: Curso orienta sobre Normas Contábeis Internacionais
Teve início, na manhã desta segunda-feira (20/08), no auditório do Sistema Ocepar, em Curitiba, o Curso de IFRS - Normas Contábeis Internacionais, com 42 profissionais inscritos de 17 cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito e transporte. Na abertura, o analista econômico e financeiro do Sescoop/PR, Devair Mem, ressaltou que, a partir da publicação da lei nº 11.638/2007, alterando a lei nº 6.404/1976 e a estrutura das demonstrações contábeis, desencadeou-se em todo o país o processo de convergência das regras nacionais de contabilidade aos normativos internacionais.
Outras legislações - Além disso, ele lembrou que os profissionais que atuam na área devem ainda ficar atentos ao que determina uma série de outras legislações publicadas nos últimos anos, como a Lei nº 11.941/2009, que cria o regime de transição; Lei nº 10.406/2002, que trata do novo Código Civil; Lei Complementar nº 130/2009, sobre o cooperativismo de crédito; Lei nº 12.690/2012, que regulamenta as cooperativas de trabalho e a própria Lei nº 5764/71, que regula o cooperativismo. “Além disso, foram publicadas 41 normas contábeis de convergência aos padrões internacionais; uma norma sobre as pequenas e médias empresas; 16 normas de interpretações e cinco normas de orientações técnicas. Ou seja, são vários normativos com novos conceitos que devem ser aplicados em nosso dia a dia, daí a importância dos profissionais estarem sempre se reciclando e o objetivo desse curso é focarmos bastante a parte prática”, disse Devair.
Instrutora - O curso prossegue até quarta-feira (22/08) e tem como instrutora a bacharel em Ciências Contábeis pela Unib, Ana Maria de Abreu. Pós-graduada em Direito Tributário pelo Ibet/USP e também em Finanças e Controladoria pela FGV, ela possui ainda MBA em Gestão Tributária pelo INPG, é mestranda em Ciências Contábeis pela Fecap e atua há mais de 20 anos na área de controladoria, fiscal e planejamento tributário de grandes multinacionais.
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COOPERJOVEM: Profissionais do Instituto Sicoob e do Sebrae conhecem detalhes do programa
A gestora administrativa e a assistente de projetos do Instituto Sicoob, Emanuelle Soares e Júlia Fagan, respectivamente, e o assessor da diretoria do Sebrae/PR, Luiz Marcelo Padilha, estiveram na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, na última sexta-feira (17/08), para conhecer os detalhes que envolvem a implantação do Cooperjovem nas escolas e a metodologia utilizada no desenvolvimento das atividades. As informações foram repassadas pela coordenadora estadual do Programa Vanessa Christófoli. Segundo Emanuelle Soares, o Sicoob quer estender o Cooperjovem às 19 cooperativas filiadas ao Sistema. “Atualmente, contamos com duas cooperativas que já implantaram o programa: O Sicoob Oeste, em Toledo, em parceria com quatro escolas, e o Sicoob Norte do Paraná, em Londrina, em uma escola. Este ano, nosso objetivo é abranger mais quatro cooperativas, em parceria com pelo menos uma escola cada: o Sicoob Pato Branco (Pato Branco), o Sicoob Metropolitano (Maringá), o Sicoob Centro-Leste (Telêmaco Borba) e o Norte Pioneiro (Jacarezinho)”, disse a gestora do Instituto Sicoob.
Visita – Na quinta-feira (16/08), Emanuelle e Júlia estiveram em Ipiranga, na região paranaense dos Campos Gerais, para ver de perto como os resultados obtidos no Contraturno Escolar Criança Viva, estabelecimento de ensino onde o Cooperjovem é executado desde 2010, em parceria com a Cooperativa Coopagrícola, secretaria municipal da Educação e Sescoop/PR. “Ficamos encantadas com o trabalho desenvolvido lá. Há um grande envolvimento entre professores, diretores e secretaria da Educação”, afirmou Emanuelle. Para o assessor da diretoria do Sebrae/PR, as experiências proporcionadas pelo Cooperjovem mostram que a cultura da cooperação é trabalhada entre as crianças de maneira bastante produtiva, podendo ser adotadas para enriquecer um programa de desenvolvimento local implementado pelo Sebrae/PR em municípios do interior do Estado. “É um instrumento que queremos adotar para ser somado ao trabalho que estamos fazendo, que pode despertar a cooperação nessas comunidades”, afirmou.
Cooperativas mirins – A reunião na Ocepar e a visita ao Contraturno Escolar Escola Criança Viva integram o processo de implantação de um projeto maior que é a implantação de cooperativas mirins no Paraná. A proposta foi apresentada pelo presidente do Instituto Sicoob, Carlos Alberto Pimentel Gonçalves, ao Sescoop/PR e Sebrae/PR no último dia 24 de julho. “Essas cooperativas seriam formadas por estudantes que já participaram do Cooperjovem e teriam como foco o processo educacional baseado na vivência do cooperativismo na prática, preparando os alunos para replicar esse conhecimento. A nossa intenção é buscar parcerias para construirmos esse projeto juntos”, explicou Emanuelle Soares. No dia 8 de setembro, representantes do Sescoop/PR, Instituto Sicoob e Sebrae viajam até Nova Petrópolis (RS) para conhecer as experiências bem sucedidas na formação de cooperativas mirins existentes no município.
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ISTO É DINHEIRO: Coamo é campeã no setor de Cooperativas Agrícolas
A Coamo Agroindustrial Cooperativa é a campeã no Setor “Cooperativas Agrícolas” e está inserida entre as 1.000 empresas brasileiras na 9ª edição das “Melhores da Dinheiro” conforme ranking da revista IstoÉ Dinheiro. A solenidade de premiação às empresas campeãs de 28 segmentos da economia nacional com base no desempenho de 2011 aconteceu na noite de quinta-feira (16/08) em São Paulo reunindo senadores, autoridades e líderes empresariais do país, e os ministros da Fazenda Guido Mantega, dos Esportes Aldo Rebelo, das Minas e Energia Edson Lobão e das Cidades, Agnaldo Ribeiro.
Critérios - O ranking das Melhores da Dinheiro apresenta o desempenho das empresas não só no resultado financeiro mas também em critérios como transparência, práticas de governança, sustentabilidade, recursos humanos, inovação e qualidade. “É respeitável a força produtiva nacional que ampliou e agregou muitos novos protagonistas. Quase metade dessas 1.000 corporações apresenta faturamento acima de R$ 1 bilhão. Com esses fundamentos, não há dúvida, que o Brasil seguirá em frente na sua trajetória vencedora”, afirma o jornalista Carlos José Marques, diretor Editorial da revista IstoÉ Dinheiro.
Satisfação - Para o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, idealizador e presidente da Coamo, a premiação conferida à cooperativa em nível nacional com destaque para o primeiro lugar nos quesitos Sustentabilidade financeira, Responsabilidade Social e Governança Corporativa é motivo de satisfação e orgulho para cooperados, diretoria e funcionários. “O nosso objetivo principal é trabalhar e fazer sempre o melhor para o sucesso dos nossos cooperados e da família Coamo, mas estar entre as melhores empresas do país com destaque em várias áreas como administração e gestão é muito gratificante. Partilhamos como todos que fazem no dia a dia o sucesso da Coamo.”
Prestígio – A entrega da honraria à Coamo em São Paulo foi prestigiada pelo do presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, os empresários Nery José Thomé e Ivan Marcelo Chiroli, o juiz de direito Ruy Antonio Cruz e o padre Jurandir Coronado Aguilar. Para o cooperado, empresário e engenheiro agrônomo, Nery José Thomé, o evento As Melhores da Dinheiro tem uma importância muito grande com o encontro de grandes líderes empresariais do pais. “Este prêmio a Coamo é um reconhecimento a sua estrutura empresarial e mostra a força da Coamo que constrói um Brasil melhor a cada novo dia.”
Gratidão - Este sentimento é partilhado também pelo padre Jurandir Coronado Aguilar, pároco da Catedral São José, em Campo Mourão. “Este momento é um sentimento de gratidão, por saber da força do nome da Coamo que presta um grande serviço aos produtores nessa imensa região Sul do Brasil e também da pessoa do seu presidente Gallassini que não é apenas gestor de uma grande cooperativa, mas faz isso como se fosse um ministério em favor do homem do campo para que sua produção saia da terra, seja recebida e comercializada com sucesso.”
Importância - “É gratificante ver que o resultado da confiança na administração da Coamo seja transformada em honra nesta premiação entre As Melhores da Dinheiro. Como cooperado sinto-me orgulhoso em ver que a Coamo está no caminho certo com a força, o trabalho e a vibração de cooperados, diretoria e funcionários que culmina neste prêmio nacional”, afirma o cooperado e juiz de direito Ruy Antonio Cruz.
Emoção única - Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (Acicam), Ivan Marcelo Chiroli, é motivo de alegria ver o posicionamento da Coamo entre as melhores empresas do país. “É uma emoção indescritível ver esta homenagem de perto, pela importância da Coamo no cenário estadual e nacional, que nasceu em Campo Mourão e hoje pertence ao Brasil. Ver a sua pujança e administração sendo reconhecida de uma empresa que orgulha o nosso estado e o nosso país.” (Imprensa Coamo)
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C.VALE: Ardefa comemora dia do Campo Limpo
Cerca de 300 pessoas, entre agricultores, alunos, representantes de empresas e lideranças participaram em Palotina, de ações alusivas ao Dia Nacional do Campo Limpo, oficialmente comemorado no dia 18 de agosto. O evento, promovido pela Associação Regional Oeste Paranaense de Distribuidores de Defensivos Agrícolas (Ardefa), reforçou as ações de conscientização e estimulo para recolhimento e destinação correta das embalagens de agrotóxico vazias.
Orgulho - Em 2012 a Ardefa está completando 10 anos. Para o presidente da Associação e gerente do Departamento Comercial da C.Vale, Luiz Carlos Paludo o trabalho desenvolvido ao longo de uma década é motivo de orgulho para as 19 empresas associadas. “Podemos dizer que recolhemos 98% de todas as embalagens que vão para o campo. Isto é um trabalho conjunto que envolve as revendas, cooperativas, distribuidoras e principalmente os agricultores”, enalteceu Paludo.
Homenageados - Em reconhecimento ao trabalho de várias lideranças, a atual diretoria rendeu uma homenagem aos fundadores e primeiros presidentes da entidade que atua em 23 municípios da região. Receberam placas: Ronaldo João Vendrame (1º presidente da entidade); Armando Lang (2º presidente); Olívio Meneghel (3º presidente); Luiz Carlos Paludo (atual e 4º presidente); Carlos Piovesan, (um dos idealizadores da Ardefa); Ademir Mariani (1º coordenador do Projeto Terra Limpa); e Eliseu Lopes dos Santos (gerente da Ardefa).
Ardefa - A Ardefa é formada por 19 empresas: Aduplan; Agrícola Horizonte; Agropar; C.Vale; Contiagro; Copagril; Copacol; Cooatol; Globofertil; Faxo; Herbioeste; Integrada; I-Riedi; Norishi; Primato; Siloti; Souza Cruz; Tertulia e Universal. (Imprensa C.Vale)
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SICOOB: Case sobre inteligência analítica é apresentado em Fórum da IBM
O Sicoob, maior sistema de cooperativas de crédito do país, apresentou o case sobre inteligência analítica, o “Projeto Otimizar Negócios”, durante o IBM Fórum 2012, que aconteceu em São Paulo, nos dias 15 e 16 de agosto. Baseado em sistemas de informações que integram diversas bases de dados da organização, o projeto permite explorar, classificar e transformar os dados em informações relevantes de forma organizada, e tem o intuito de analisar, compartilhar e monitorar informações que oferecem suporte a gestão de negócios às cooperativas do Sicoob.
Parceria - O case apresentado durante o Fórum é resultado de uma parceria entre o Sicoob e a IBM e engloba o fornecimento de algumas soluções da família Smarter Analytics, oferecendo funcionalidades integradas de software e metodologias de consultoria capazes de transformar a informação em ativos estratégicos e confiáveis dentro da organização, trazendo maior otimização aos negócios. De acordo com o gerente de Sistemas Corporativos do Sicoob Confederação, Edson Rodrigues Lisboa Júnior, essa parceria tem proporcionado a assertividade do projeto. “Recebemos o patrocínio adequado e, além disso, o assunto foi tratado de forma apropriada desde o início e por isso estamos sendo reconhecidos como case de um projeto de informações gerenciais”.
Empenho - Para o supervisor de Negócios do Sicoob, Mark Miranda Mendonça, o sucesso do projeto deve-se ao empenho de toda diretoria da instituição. “O patrocínio de todos os executivos está gerando resultados satisfatórios, o que tem proporcionado a elevação do patamar da instituição em relação ao assunto e, dessa forma, a expansão da sua visibilidade perante o Sistema Financeiro Nacional será um movimento natural”.
Sexta edição - Esta foi a sexta edição do IBM Fórum 2012 e o tema foi “Histórias de sucesso começam com grandes ideias”, com o objetivo de conectar diferentes visões e tendências de mercados com as prioridades de negócios das empresas brasileiras. O evento contou também com painéis e palestras de importantes especialistas como o consultor inglês Rowan Gibson, um dos maiores especialistas em estratégia aliada ao negócio; Bruno Di Leo, VP Global de Vendas e Distribuição da IBM; e Jim De Piante, executivo da divisão de pesquisa da IBM e membro da equipe que desenvolveu o Watson, sistema de inteligência cognitiva que se tornou um marco na nova era do uso da inteligência artificial.
Sobre o Sicoob - O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui mais de 2 milhões de associados em todo o país e está presente em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. O Sicoob é composto por 552 cooperativas singulares, 15 cooperativas centrais e a Confederação Nacional de Cooperativas de Crédito do Sicoob (Sicoob Confederação). Compõe ainda o Sistema o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), um banco comercial privado, sociedade anônima de capital fechado, cujo controle acionário pertence às entidades filiadas ao Sicoob, e que opera como provedor de produtos e serviços financeiros para as cooperativas. A rede Sicoob é a sétima maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com aproximadamente 2 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem um amplo portfólio de produtos e serviços para seus associados e possibilita acesso a recursos financeiros especiais para empréstimo, investimento e capital de giro, com taxas e juros mais acessíveis. (Imprensa Sicoob)
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MAPA: Aberta consulta pública para produção e comércio de citros
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu consulta pública sobre o projeto de Instrução Normativa (IN) que aprova as normas de produção e comercialização de mudas de citros. Os detalhes da proposta foram divulgados por meio da Portaria nº 101, publicada na sexta-feira (17/08). A consulta terá duração de 60 dias e visa permitir a ampla divulgação da instrução normativa proposta e receber sugestões de órgãos, entidades ou de pessoas físicas interessadas nas normas e nos padrões de identidade e de qualidade, com validade em todo o País.
Especificação - Esta é uma proposta de especificação, já que existe uma regra geral para a produção, comercialização e utilização de mudas, que é a IN 24/2005. “Alguns pontos precisam ser mais debatidos, como a produção em viveiro telado – ou seja, produzir a muda dentro de uma estrutura protegida por uma tela que impede a passagem de insetos – que está sendo exigido na norma. Como esse processo encarece o custo de produção, precisamos agora debater isso com o setor produtivo, principalmente naqueles estados onde não ocorrem doenças transmitidas por insetos vetores, a principal motivação dessa exigência”, afirma o coordenador de Sementes e Mudas do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Mapa, André Peralta.
Fontes de contribuição - As principais fontes de contribuição ao projeto serão as comissões de sementes e mudas estaduais. Dentro dessas comissões estão representantes do governo, pesquisa, extensão e toda a cadeia produtiva do setor. “É delas que são formatadas as propostas para regulamentação das normas”, explica Peralta.
Sugestões - Os interessados em apresentar sugestões deverão encaminhá-las, por escrito, para a Coordenação de Sementes e Mudas do Ministério da Agricultura, no endereço: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo A, Sala 340, CEP 70.043-900, Brasília - DF, ou para o e-mail csm@agricultura.gov.br. (Mapa)
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CARNES: Brasil exportou 22,54% mais carne suína em julho
O volume exportado de carne suína brasileira mostrou recuperação no mês de julho quando comparado a julho de 2011. O incremento foi de 22,54%, passando de 36,104 mil toneladas em julho de 2011 para 44,242 mil toneladas no mês passado. A receita cambial somou US$ 108,274 milhões, crescimento de 15,36% ante US$ 93,855 milhões de julho de 2011. Entretanto, os preços no exterior ainda registram queda, de 5,86% em julho, para US$ 2.477 a tonelada. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), divulgados essa semana, por meio de nota.
Acordo - Segundo a associação, o acordo entre o Brasil e a Argentina, formalizado no fim de julho, permitiu a retomada das vendas de carne suína brasileira ao mercado vizinho. Em julho, o País embarcou 2,662 mil toneladas para a Argentina, uma queda de 5% na comparação com julho de 2011. Em receita, houve alta de 3,38%, para US$ 8,599 milhões.
Bom começo - ''O volume vendido representa um bom começo'', avaliou o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, na nota. ''O acordo bilateral prevê a manutenção dos volumes de 2011. Seria, portanto, necessário exportar mais do que o volume de julho. É preciso lembrar, porém, que qualquer retomada exige algum tempo para atingir um nível de estabilidade. Sempre se perde um tempo entre a emissão da documentação necessária e a efetiva exportação'', explicou Camargo Neto.
Rússia - A Rússia voltou a liderar as compras da carne bovina, mesmo com o embargo que dura mais de um ano. Os embarques ao país totalizaram 11,854 mil toneladas em julho ante 3,983 toneladas de julho de 2011 e é responsável por 26,79% das exportações nacionais da proteína. ''O embargo aos três Estados (Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso) permanece. Continuamos aguardando o resultado da recente missão veterinária russa que visitou seis estabelecimentos de suínos no RS, SC e PR. A recente polêmica veiculada pela imprensa, sobre eventual exigência referente à utilização ou não do fármaco ractopamina, não preocupa, pois o Brasil já tem protocolo de produção segregada, podendo atender a este tipo de exigência com facilidade. Continuamos com expectativa positiva'', afirmou o presidente da Abipecs.
Outros destinos - Na sequência dos principais destinos aparecem Hong Kong, com 9,136 mil toneladas, participação de 20,64% e Ucrânia, com 6,793 mil toneladas e representatividade de 15,28%. Em receita, o primeiro lugar também é da Rússia (com US$ 30,645 milhões e 28,30% do total), depois ficaram Hong Kong (US$ 20,757 milhões, com participação de 19,17%) e Ucrânia (US$ 17,806 milhões, 16,44% do total).
Acumulado do ano - De janeiro a julho, os volumes embarcados de carne suína somam 313,025 mil toneladas, alta de 3,32%. Nos primeiros sete meses de 2011, os embarques foram de 302,956 mil toneladas. A receita somou US$ 795,626 milhões, queda de 4,04% ante a de US$ 829,121 milhões. O preço médio caiu 7,13%, para US$ 2.542 a tonelada.
Destinos - No ranking dos principais destinos, em volume, Hong Kong aparece em 1º lugar, com 72,414 mil toneladas e participação de 23,13%, seguido de Ucrânia (com 71,549 mil toneladas e representatividade de 22,86%) e Rússia (com 67,585 mil toneladas e participação de 24,59%). Em receita, a Rússia é a primeira, com US$ 197,820 milhões, participação de 24,86%, seguida de Ucrânia (US$ 187,182 milhões e representatividade de 23,53%) e Hong Kong (US$ 174,337 milhões, 21,91% de participação). (Folha Rural / Folha de Londrina)
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COMMODITIES: Alta dos grãos perde fôlego em agosto
Depois da explosão nos preços internacionais dos grãos, que acumularam altas de dois dígitos no último mês, o mercado parece ter feito uma pausa para recuperar o fôlego na primeira quinzena de agosto. Com base nas variações da bolsa de Chicago, referência mundial para a formação dos preços de soja, milho e trigo, houve um recuo generalizado nas cotações desde o fim de julho.
Volta das chuvas - Se, há um mês, o calor e a falta de chuvas no Meio-Oeste dos EUA foram cruciais para a alta da soja, a volta das precipitações e a queda nas temperaturas nos últimos dias naturalmente provocaram o contrário. Assim, a oleaginosa, que rompeu o patamar histórico de US$ 17 por bushel em julho, contabiliza uma queda de 0,66% até 17 de agosto - embora sustente ganhos de 36,27% em 2012 e de 20,41% nos últimos 12 meses, segundo o Valor Data.
Dúvidas - As chuvas têm um forte efeito psicológico, mas há dúvidas sobre os benefícios reais às lavouras. "A chuva ajuda a encher os grãos, mas não deve contribuir para formar novas vagens", explica Vinícius Ito, analista do Jefferies Bache, em Nova York.
Milho - O milho, por sua vez, sofreu o impacto de um novo choque de realidade, com o início da colheita. "Muitos analistas que rodam as lavouras dizem que as taxas de produtividade estão realmente muito ruins. E o milho já não se beneficia com as chuvas recentes", afirma o analista da Jefferies Bache. A tensão com a oferta motivou um ligeiro avanço de 0,25% nesta primeira metade de agosto. Os ganhos somam 23,29% em 2012 e 11,27% em um ano. Os elevados preços, contudo, já contêm a demanda. "O milho tem apresentado sinais de racionamento com preços acima de US$ 8 por bushel", conclui Ito.
Trigo - O trigo "descolou" do milho e acumula baixa de 0,89% em agosto. Porém, o cereal registra alta de 33,26% em 2012 e 18,01% em 12 meses. Na avaliação de Renan Gomes, analista da Safras & Mercado, há um movimento de ajuste do cereal, já que os preços subiram muito rapidamente. "Com o recente recuo, grandes importadores, como o Egito, aproveitaram para voltar às compras, o que indica que os preços podem ter elevação ainda maior", diz.
Rússia - O trigo também pode se sustentar na quebra da safra na Rússia, devastada pela seca. Há o temor de que o país suspenda as exportações, embora o governo negue que isso esteja nos planos. (Valor Econômico)
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SUCROALCOOLEIRO: Produtores de cana e etanol defendem desonerações para estimular o setor
Produtores de cana-de-açúcar e de álcool discutiram na sexta-feira (17/08), no Ministério da Agricultura, sobre a possibilidade de desonerações e estímulos para aumentar a oferta de etanol, de forma competitiva. Eles alegam que a produção atual não é suficiente para atender à demanda decorrente da fabricação, no país, de 3 milhões de veículos flex por ano.
Plano estratégico - O secretário de Produção e Agroenergia do ministério, Gerardo Fontelles, destacou, em reunião da Câmara Temática da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool, que o plano estratégico que está em discussão, no âmbito dos ministérios ligados à questão energética, "tem como um de seus objetivos o aumento da produtividade, com o conceito de melhorar a renda".
Alternativa - Uma das alternativas discutidas é o plantio de sorgo sacarino na entressafra da cana, entre outubro e março. Essa cultura pode render até 50 toneladas por hectare e é propícia em diversas regiões que enfrentam problemas climáticos, por ser mais resistente que a soja e o amendoim, que são as culturas mais usadas para alternar com o plantio da cana.
Biomassa - Alexandre Figliolino, diretor do Itaú BBA, banco de atacado e investimentos, defendeu que o governo estimule a exploração da biomassa para fins energéticos, de acordo com a vocação de cada região. Segundo ele, a biomassa pode colaborar bastante para viabilizar a maior produção do etanol.
Açúcar - Os produtores do etanol, de acordo com Figliolino, "só conseguiram sobreviver até agora por causa do preço do açúcar, pois quem só faz etanol levou prejuízo na última safra". Ele defendeu a desoneração de investimentos nessa área, como é feito na produção de energia eólica, segundo Figliolino. "Há uma série de coisas que, somadas, vão botar a indústria no caminho do crescimento".
Saúde - Priorizar o etanol na matriz energética é, antes de tudo, uma questão de saúde, definiu o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, Paulo Sérgio Leal, que também participou da reunião. Segundo ele, o país importa, diariamente, 100 mil barris de gasolina e, em 2020, "esse percentual subiria assustadoramente". "A priorização do etanol na matriz energética é também uma questão de saúde, por ser um combustível limpo e renovável". Para Leal, há a necessidade de desonerar o setor. Segundo ele, a produção do álcool teve seu custo muito elevado nos últimos anos. (Agência Brasil)
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INFRAESTRUTURA: Governo não quer mais privatizar aeroportos
O debate, no governo, sobre as concessões dos aeroportos é intenso, divide opiniões, faz emergir desavenças ideológicas e não há, neste momento, qualquer decisão da presidente Dilma Rousseff. Ela não quer fazer novas concessões no modelo tradicional. Não gostou e não tem a intenção de reproduzir a solução que foi aplicada às três concessões feitas no primeiro semestre (Guarulhos, Viracopos e Brasília) para os aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, e do Galeão, no Rio de Janeiro. Aliás, apenas esses dois devem entrar numa provável nova modelagem. Quanto aos demais, por enquanto, a intenção é deixá-los com a Infraero.
Segunda etapa - O anúncio da política aeroportuária, parte importante do pacote de infraestrutura que o governo começou a divulgar na quarta-feira (15/08), ficou para a segunda etapa. Ao contrário do que foi definido para as rodovias e ferrovias - onde o setor privado estará no centro dos grandes investimentos -, nos aeroportos, daqui por diante, o Estado pretende fazer associações mas manter-se majoritário.
Desenho - A Secretaria de Aviação Civil foi encarregada de preparar um desenho onde a Infraero Participações (Infrapar), empresa criada legalmente em maio, mas ainda não constituída, deverá buscar como sócia uma ou mais operadoras de grandes aeroportos internacionais. A secretaria ficou incumbida, também, de sondar as maiores empresas do setor para ver se haveria algum interesse delas em se associar minoritariamente a essa subsidiária da estatal Infraero.
Sustentação - Antes de o governo se aventurar em uma operação é preciso estar seguro de que há condições de essa modelagem se sustentar, o que não está claro para os especialistas envolvidos na discussão. Se for atrativa e, portanto, a presidente decidir levar adiante essa alternativa, no acordo de acionistas ficaria claro que a operadora que entrar e vencer o leilão será a responsável pela administração dos aeroportos, com sua tecnologia que seria absorvida pelo país e com total autonomia para geri-los.
Constituição - A Infraero Participações será constituída com os ativos dos três aeroportos já concedidos - Guarulhos, Viracopos e Brasília - e os dos dois novos da fila, Confins e Galeão. Como sócia da Infrapar, a operadora que entrar passaria a ser sócia, portanto, dos cinco aeroportos. Por esse arranjo, ela seria também um elo importante para garantir a boa administração das concessionárias dos três aeroporto citados.
Assentos - A Infraero tem três assentos nos conselhos de administração desses aeroportos e indicaria um representante dessa grande operadora para uma das vagas, se essa proposta for adiante.
Mal-estar - A reviravolta na questão dos aeroportos decorreu do imenso mal-estar que causou à presidente Dilma o resultado das concessões feitas no início do ano. Esperava-se uma disputa acirrada entre as empresas que operam os mais bem equipados aeroportos do mundo, mas os vencedores decepcionaram o governo.
Concorrência - Idealizava-se um ambiente de forte concorrência e, por isso, as exigências para a habilitação das companhias não foram rigorosas. Por exemplo, era suficiente ser o operador de um aeroporto com fluxo de 5 milhões de passageiros por ano, o que remete à movimentação do aeroporto de Salvador.
Disputa - Os técnicos do governo miravam uma disputa entre as gigantes mundiais, como a Fraport, de Frankfurt, ou a BAA, de Londres, dentre outras. Apareceram 11 concorrentes e todos ofereceram ágio em pelo menos um dos três aeroportos. Mas quem fez as ofertas mais agressivas foram exatamente as empresas menos cotadas.
Guarulhos - A concessionária de Guarulhos é liderada pela Invepar (com participação da operadora sul-africana ACSA). O grupo formado pela brasileira Engevix e pela argentina Corporación América ganhou o Aeroporto Internacional de Brasília. E Viracopos ficou a cargo do consórcio formado pela brasileiras Triunfo, UTC e pela francesa Egis (que administra aeroportos no Chipre, na Polinésia e na África). Neles a Infraero ficou com participação de 49% e deu a garantia de que não mais interferiria na operação após o sexto mês de concessão.
Conversas duras - Temendo o descumprimento dos compromissos com as obras e prazos, o governo teve conversas duras com os representantes das concessionárias. E elas decidiram antecipar os investimentos e fazer ampliações de capacidade dos terminais superiores às exigências, determinadas por contratos, até a Copa do Mundo de 2014. Atrasos terão multa de R$ 150 milhões.
Futuro das privatizações - A contrariedade com o resultado dos leilões fez surgir, no governo Dilma, um debate marcadamente ideológico sobre o futuro das privatizações dos aeroportos. Para se contrapor às concessões tradicionais, defendidas pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, surgiu a voz estatizante do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Ele é hoje um dos mais próximos assessores da presidente Dilma.
Controle - Foi de Augustin a ideia de manter a Infraero no controle das eventuais novas parcerias com empresas privadas. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, gostou e passou a defender a proposta, em detrimento dos argumentos de Wagner Bittencourt, ministro que está hoje sob intenso bombardeio.
Perguntas sem respostas - Ainda que se chegue à conclusão de que o modelo em discussão é viável e atrativo para as operadoras de grande porte, há algumas perguntas sem respostas. Uma seria se a Infrapar, mesmo associada a uma operadora de Cingapura ou de Frankfurt, permaneceria submetida às exigências da lei 8.666, das licitações. Outra é se a estatal disporá de recursos suficientes para bancar os investimentos necessários no futuro. Por ora a Infraero está tocando as obras de Confins e do Galeão e esses não vão demandar expansão no futuro próximo, explicaram fontes oficiais. Vão exigir, sim, boa gestão. Mas ambos foram os que mais cresceram em movimentação de passageiros no primeiro semestre e essa visão pode estar subestimada.
Hipóteses - No ponto em que está a conversa, se essa ideia não vingar restariam apenas duas hipóteses: deixar tudo como está ou admitir a volta da concessão tradicional. (Valor Econômico)
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INOVAÇÃO: Programa de apoio à pesquisa investirá R$ 1,5 bi em 4 anos
O governo vai anunciar até o fim do ano uma série de medidas para estimular a inovação na indústria de transformação e na economia como um todo. Entre elas destaca-se o programa Ciência Inovadora Brasil, que vai complementar o Ciência Sem Fronteiras, e está em fase final de detalhamento entre os técnicos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O novo programa deve consumir R$ 1,5 bilhão entre 2013 e 2016, e já tem o sinal verde da presidente Dilma Rousseff.
Medida provisória - O governo também deve editar uma medida provisória que vai fortalecer a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Em outra frente, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) deve concluir até o fim de setembro um programa de apoio à inovação nas micros e pequenas empresas. Finalmente, os estudos sobre a transformação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em instituição financeira estão avançados e uma decisão do Palácio do Planalto sobre o assunto pode ser tomada até o início de 2013.
Crise mundial - Depois do ativismo pela inovação no início do governo, em 2011, quando foi lançado o programa Ciência Sem Fronteiras - que deve conceder, até 2014, bolsas de estudos de até três anos no exterior para 101 mil estudantes de graduação, mestrado e doutorado -, e o orçamento da Finep foi dobrado, o tema perdeu força na área econômica. Segundo técnicos do governo, o agravamento da crise mundial determinou a mudança de enfoque do governo.
Estímulo - Por meio do programa Ciência Inovadora Brasil, o governo quer estimular os pesquisadores e professores com doutorado completo a desenvolver projetos em parceria com empresas privadas em diversas regiões do país. Apenas nas universidades públicas são quase 75 mil pesquisadores docentes com doutorado e todos poderão participar do novo programa. "Nosso interesse é aproximar o pesquisador brasileiro das demandas empresariais", disse o ministro Marco Antônio Raupp, de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Bolsa de produtividade - A ideia do governo é tornar disponível ao pesquisador uma bolsa de produtividade de R$ 50 mil para que desenvolva, no prazo de três anos, um projeto de pesquisa com foco em áreas consideradas estratégicas, que serão detalhadas nos editais. O pesquisador terá direito também a uma bolsa de iniciação científica para oferecer a um estudante de graduação e duas bolsas de iniciação científica júnior para alunos do ensino médio da região onde o projeto será realizado. O objetivo do governo é estimular a "regionalização" da pesquisa.
CNPq e Capes - Outra iniciativa do programa será disponibilizar, por meio do CNPq e da Capes, 6 mil bolsas para pesquisadores (3 mil para pesquisadores com mestrado concluído e 3 mil para doutores) para projetos de pesquisa feitos em parceria com empresas. Para ter acesso a uma dessas bolsas, o pesquisador deve apresentar um projeto inovador para a companhia, que, por seu lado, deve ceder um "co-orientador" para a pesquisa a ser desenvolvida.
Complemento - Na visão do governo e do CNPq, o programa deve funcionar como um "complemento" ao Ciência Sem Fronteiras. "Quando o estudante enviado ao exterior por meio do Ciência Sem Fronteiras voltar ao Brasil, o novo programa do governo, focado em mestres e doutores, poderá funcionar como uma extensão da experiência internacional", diz Glaucius Oliva, presidente do CNPq.
Programa nacional - Ao mesmo tempo, o secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Nelson Fujimoto, prepara um programa nacional de apoio à inovação nas micros e pequenas empresas. "Precisamos não apenas dar financiamento a esses empresários, mas também condicioná-lo a inovar, aproximando centros e instituições de pesquisa na indústria." Fujimoto estuda formar uma parceria entre Sebrae e Finep com companhias privadas.
Instituição financeira - O governo também estuda tornar a Finep uma instituição financeira, como quer o presidente da instituição, Glauco Arbix. Caso seja efetivamente aprovada, a mudança vai permitir à Finep emitir títulos em mercado e, com isso, se capitalizar sem depender de recursos do Tesouro e fundos setoriais. (Valor Econômico)
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