AGROEXPORTAÇOES: Cooperativas do PR registram avanço nos embarques de carne de frango
As cooperativas do Paraná fecharam os sete primeiros meses de 2012 contabilizando avanço nos embarques de carnes de frango. Foram comercializados US$ 234 milhões do produto entre janeiro e julho, representando 20,7% das exportações totais do setor. Os valores apurados com as exportações de frango avançaram 1,4% em comparação ao mesmo intervalo de 2011. Este é o terceiro produto mais exportado pelas cooperativas paranaenses depois da soja em grão e do farelo de soja.
Complexo soja - Até julho deste ano, o setor atingiu US$ 298 milhões com as vendas externas de soja em grão, o que representou 26 % das exportações totais. O valor apurado nas exportações foi 3% menor em comparação ao do ano passado. Já as vendas do farelo de soja tiveram uma retração de 17% em comparação a 2011. O complexo soja (grãos, farelo e óleo de soja) responde por 53% dos embarques totais do cooperativismo paranaense. “Até abril deste ano, as exportações do complexo soja encontravam-se em ritmo bastante acelerado por conta das incertezas do mercado com relação ao abastecimento, devido à estiagem na América do Sul. A partir de maio, os embarques diminuíram, sobretudo pela necessidade das cooperativas manter a oleaginosa em estoque para processamento e agregação de valor na entressafra brasileira”, esclarece o analista da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, Gilson Martins.
Outros produtos – Entre outros produtos exportados pelas cooperativas do Paraná nos primeiros sete meses deste ano destacaram-se o açúcar (11%), trigo em grão (5,07 %), suínos (5,4%), suco de laranja (2%) e milho (1,7%). Entre janeiro e julho de 2012, as cooperativas paranaenses embarcaram seus produtos para 88 países. A China liderou as compras, atingindo US$ 331 milhões. A União Europeia e países da Liga Árabe também estiveram entre os que mais importam produtos do setor. No caso da Liga Árabe, os destaques foram os Emirados Árabes, Arábia Saudita, Líbia e Iraque, com altas taxas de crescimento nas compras. Os principais produtos embarcados foram açúcar (49%), trigo (29%) e frangos (16,6%). Destacaram-se o frango e o suco de laranja, com aumentos de 177% e 160% nas exportações em comparação a 2011.
Desempenho - Entre janeiro e julho de 2012, as cooperativas brasileiras exportaram US$ 3,19 bilhões, ou 2% a menos que o montante registrado no mesmo período de 2011 (US$ 3,26 bilhões). O Estado do Paraná manteve um bom desempenho em âmbito nacional, com embarques de US$ 1,15 bilhão, o equivalente a 36% do total exportado pelas cooperativas do Brasil. Destacaram-se também São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, responsáveis por 32,5%, 11,2%, 7,4% e 6,7%, respectivamente, dos embarques nacionais das cooperativas.
Expectativa – De acordo com o analista da Ocepar, a quebra da safra paranaense de soja, ocorrida entre o final do ano passado e início deste ano devido à estiagem, impactou nas vendas externas do setor mas as perspectivas são boas em relação ao resultado final dos embarques em 2012. “O Paraná deve atingir recorde de produção no milho safrinha e, aliado a isso, os bons preços das commodities no mercado internacional, devem levar as cooperativas paranaenses a encerrar o ano superando os US$ 2,2 bilhões em exportações obtidos em 2011”, afirmou Gilson.
Clique aqui e confira o boletim Agroexportações completo referente aos meses de jan a jul de 2012
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COODETEC: Produtividade do milho CD surpreende produtores
A produção de milho no Brasil, por mais uma vez, está surpreendendo. Houve aumento de área e a produção apresentará mais um recorde. A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec, em mais uma safra, ajuda o produtor a colher bons resultados. Em Três Barras do Paraná (PR), o produtor Geraldo Tomazi, colheu 346 sacas por alqueire. “Nas duas vezes em que plantei o CD 384Hx colhi bem. Me surpreendi com a produtividade de agora, tendo em vista que é segunda safra.”
Características - O híbrido CD 384Hx é indicado para safra e safrinha, tem alto potencial produtivo, resistência ao acamamento, qualidade de grão e proteção contra lagartas. Conforme Tomazi, em lavouras vizinhas, o milho caiu. “Na minha propriedade, com o CD 384Hx, isso não ocorreu. Além de todas as outras características, o milho tem boa resistência ao acamamento. Já comprei semente para a próxima safra.”
Ubiratã - A colheita da família Motoyama, de Ubiratã (PR), também passou das 300 sacas por alqueire na safrinha. “Aqui na região, o principal concorrente registrou cerca de 20% de grãos germinados. Com o CD 384Hx, não tivemos problemas e colhemos 326 sacas”, comentou Lúcio Mikio Motoyama. A excelente qualidade de grãos do híbrido CD também agradou os Motoyama.
Rio Grande do Sul - No Rio Grande do Sul, o híbrido de milho da Coodetec também recebeu elogios, mesmo em longos períodos sem chuva. O médico veterinário, Evandro Augusto Bordignon, acompanhou a produção e colheita de uma área em Colorado (RS). “Apesar da estiagem as plantas se mantiveram verdes. Posso afirmar que o CD 384Hx tem excelente sanidade foliar e potencial produtivo expressivo. Eu não tinha visto, nesta safra, lavoura de milho com esse potencial. Esse milho é muito bom.”
CD 316 também vem com tecnologia Herculex*I - Outro híbrido da Coodetec, que vem na próxima safra com a tecnologia Herculex*I, é o CD 316. Este milho é superprecoce e possui alto potencial produtivo, além de excelente sanidade foliar e tolerância ao acamamento. Com a tecnologia Herculex*I, o híbrido terá proteção contra as principais lagartas da cultura (cartucho e broca da cana). Ainda estão em andamento estudos de controle para as seguintes pragas: lagarta elasmo, lagarta rosca e lagarta da espiga.
Lançamento - Os produtores de milho aguardam ansiosos pelo lançamento da semente no mercado. Edvaldo da Silva, de Juranda/PR, plantou a versão convencional do híbrido. Comparando com o resultado do principal concorrente, o rendimento foi de 20 sacas a mais por alqueire .“Colhi 270 sacas por alqueire. Excelente produtividade. Agora quero plantar a versão Hx e melhorar ainda mais essa produção, deixando a lavoura longe do ataque de lagartas.” (Imprensa Coodetec)
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9º CONCRED: Evento começou nesta terça-feira, em Nova Petrópolis (RS)
Teve início na noite desta terça-feira (21/08), na cidade de Nova Petrópolis (RS), o maior e mais importante evento do Cooperativismo de Crédito Nacional - o Concred. Em sua nona edição, o Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito tem o objetivo de debater e definir os referenciais de um modelo ideal para o Sistema Cooperativista de Crédito do país. Representantes do Sistema OCB estarão participando, entre eles, o presidente, Márcio Lopes de Freitas, o superintendente e o assessor especial da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile e Maurício Landi, respectivamente, além do gerente do Ramo Crédito, Silvio Giusti, e o gerente Geral de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Ryan Carlo. O superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, também acompanha o evento.
Realização - O Concred é uma realização da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), em parceria com o Sescoop e apoio do Sistema Ocergs e cooperativa Sicredi Pioneira. Conforme o presidente da Confebras, Rui Schneider da Silva, o congresso se constitui de grande importância, uma vez que este é um setor com significativa representatividade no sistema financeiro do País. Segundo Schneider, ele reúne cerca de 6 milhões de pessoas (associados), possui 1.312 cooperativas de crédito, organizadas em 38 centrais estaduais e cinco confederações, espalhadas pelo país por meio de 3.513 postos de atendimento. "Isso tudo representou um movimento, segundo dados divulgados pela OCB, de R$ 86,5 bilhões em ativos, em 2011, contra R$ 68,7 bilhões contabilizados em 2010, registrando, assim, um aumento de 25,8% - total de 8,7% superior às demais instituições financeiras", assinala o executivo da Confebras.
Evolução - Ainda de acordo com o estudo da OCB, o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da instituição, Sílvio Giusti, cita que a evolução dos depósitos totalizou um crescimento de R$ 8 bilhões, passando de R$ 30,1 bilhões para R$ 38,1 bilhões, com um aumento de 26,3%. Ao mesmo tempo, a média das instituições financeiras restantes foi de 14,1%. "Outro indicativo no qual apresentamos crescimento foi o das operações de crédito, num percentual de 22,3%, um incremento de 26% em relação a 2011", diz Giusti, acrescentando que todo este cenário e vários outros temas ligados ao Cooperativismo de Crédito, como a questão da norma Basiléia 3, estão no programa do evento.
Diferenciado - "Mas creio que a questão fundamental deste encontro é mostrarmos o quanto o Sistema Cooperativista de Crédito é diferenciado do Sistema Bancário comum, pois as cooperativas chegam aonde outras instituições não vão, o que acaba proporcionando inclusão social", assinala o presidente da Confebras, que lembrou ainda uma afirmação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, quando disse que as cooperativas de crédito têm um importante papel na economia brasileira e no seu sistema financeiro "porque reciclam economias locais e atendem as necessidades específicas daquelas populações".
Transmissão pela internet - O evento, que segue até a próxima quinta-feira (23/08), será transmitido em tempo real pela internet. Para assistir, basta acessar o site oficial do Concred e clicar no link "assista ao vivo". (Com informações do Informe OCB)
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SICREDI CAMPOS GERAIS I: Convênio é firmado com a Associação Comercial de Ponta Grossa
Foi assinado na noite de segunda-feira (20/08), um convênio entre a Sicredi Campos Gerais e a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG). O objetivo desta parceria é operacionalizar um atendimento diferenciado e disponibilizar todos os produtos e serviços do Sicredi para a ACIPG e seus respectivos associados.
Dados - A Sicredi Campos Gerais tem 23 anos de fundação e 25 mil associados. No primeiro semestre de 2012 alcançou a importante marca de R$ 300 milhões em recursos administrados, mais de R$ 36,5 milhões em patrimônio líquido, uma carteira de crédito total de R$ 155 milhões e um resultado de R$ 4,4 milhões. “Além disso, em 2011, distribuímos R$ 2,1 milhões aos associados na conta capital, entre juros e sobras pela movimentação”, disse o gerente regional de desenvolvimento, Neuri Saggin.
Facilidades e condições especiais - Neste convênio com a ACIPG, o Sicredi vai disponibilizar, entre todos os produtos e serviços da cooperativa, facilidades e condições especiais para as empresas associadas e colaboradores. “A Associação Comercial está muito feliz com esta parceria com o Sicredi porque sabemos que as duas instituições têm praticamente o mesmo objetivo. A Associação Comercial tem por objetivo buscar soluções que fomente o comércio local e o Sicredi tem por objetivo levar aos associados uma posição um pouco diferente das outras instituições”, destacou o presidente da ACIPG, Sérgio Leopoldo.
Desenvolvimento - Para o presidente da Sicredi Campos Gerais, Lauro Osmar Schneider, este convênio vai contribuir ainda mais para o desenvolvimento da cidade. “Queremos que o associado da ACIPG encontre no Sicredi um parceiro na realização de seus negócios”.
Sede própria - Ainda durante a assinatura do convênio, o presidente destacou a recente aquisição da Sicredi Campos Gerais. “Compramos um terreno de 2400 m2 na Avenida Ernesto Vilela, onde iniciaremos, no próximo ano, a construção da sede própria da cooperativa, que vai abrigar, também, a superintendência regional e a unidade de atendimento de Nova Rússia, além de contar com amplo local para estacionamento”, destacou.
Unidades de atendimento - Hoje o Sicredi possui três unidades de atendimento em Ponta Grossa: Avenida Ernesto Vilela, 704, Avenida Vicente Machado, 557 e Avenida Visconde de Mauá, 1466. E em 90 dias será inaugurada uma nova unidade de atendimento em Curitiba. (Imprensa Sicredi Campos Gerais)
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SICREDI CAMPOS GERAIS II: Cooperativa é homenageada com prêmio Mérito Empresarial
Foi realizada no dia 18 de agosto a oitava edição do evento Mérito Empresarial. Promovida pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) em conjunto com o Sindicado do Comércio Varejista de Ponta Grossa (Sindilojas) e apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Sociedade Rural dos Campos Gerais e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a premiação é um reconhecimento para as empresas representativas da força produtiva local nos categorias comércio, indústria e prestação de serviços.
Prestação de serviços - A Sicredi Campos Gerais foi homenageada na categoria prestação de serviços. As outras empresas homenageadas foram Madcompen (categoria comércio) e Continental (categoria indústria). Para o presidente da cooperativa, Lauro Osmar Schneider, foi uma honra receber tal premiação. “Temos como objetivo atender as demandas de crédito e serviços financeiros dos nossos associados e focar a qualidade no atendimento. Esta premiação demonstra que estamos no rumo certo”, disse ele. (Imprensa Sicredi Campos Gerais)
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SICOOB METROPOLITANO: Prêmio paranaense de qualidade em gestão
O Sicoob Metropolitano foi selecionado e está concorrendo ao “Prêmio Paranaense de Qualidade em Gestão – PPrQG”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade – IBPQ, que consiste em um ciclo de premiação que visa reconhecer organizações públicas e privadas adeptas das práticas de gestão estabelecidas pelo Modelo de Excelência da Gestão® - MEG da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, estimulando a inovação, a produtividade e a qualidade dentro do ambiente de trabalho. Essa classificação reflete o excelente trabalho que a cooperativa vem desempenhando. (Informativo Sicoob Central Paraná)
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SICOOB TRÊS FRONTEIRAS: BRDE apresenta linhas de investimento em Medianeira
No dia 07 de agosto, o representante do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Alexandre Accioly, realizou um bate-papo com empresários medianeirenses. A conversa foi incentivada pelo Sicoob Três Fronteiras, com objetivo de apresentar linhas de investimentos para pequenas e médias empresas. Cerca de15 empresários participaram do encontro realizado na Associação Comercial de Medianeira. (Informativo Sicoob Central Paraná)
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ALIANÇA INTERNACIONAL: Ações do cooperativismo brasileiro impressionam diretor da ACI
Em visita à sede do Sistema OCB nesta segunda-feira (20/08), o diretor-geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Charles Gould, se mostrou positivamente surpreso com a atuação das entidades de representação do movimento cooperativista no Brasil. “Não imaginava a magnitude do trabalho desenvolvido pela OCB, Sescoop e CNCoop”, declarou Gould em conversa com o presidente Márcio Lopes de Freitas. Gould, que permanece no Brasil para participar do 9º Concred, em Nova Petrópolis (RS), aproveitou a estadia na Casa do Cooperativismo Brasileiro para obter detalhes sobre processos e programas específicos desenvolvidos pelas instituições.
Ano Internacional - Após assistir a uma detalhada apresentação institucional, incluindo os números do cooperativismo brasileiro e contextualização sobre o cenário político e econômico do país, os dirigentes cooperativistas falaram sobre o Ano Internacional das Cooperativas, decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Saber que a logomarca desenvolvida para comemorar o Ano está sendo largamente utilizada por todas as cooperativas e entidades do Sistema OCB fez o diretor Gould pensar em outras propostas que possam vir a ser adotadas, em nível internacional, visando a crescente divulgação do poder transformador do cooperativismo”, sintetizou o presidente do Sistema OCB .
Sinergia - Em seguida, Gould interagiu com o presidente Freitas para a busca de sugestões e propostas, com o objetivo de intensificar a sinergia entre as atividades desenvolvidas pela ACI-Américas com as necessidades do cooperativismo brasileiro. A cobertura completa sobre a visita do diretor-geral da ACI, Charles Gould, ao Brasil você acompanha na sétima edição da Revista Saber Cooperar, com previsão de lançamento no mês de novembro deste ano. (Informe OCB)
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AGENDA PARLAMENTAR: Sistema OCB divulga Relatório Mensal de Atividades Institucionais
O movimento cooperativista brasileiro tem ganhado um espaço cada vez maior na economia brasileira, participando, por exemplo, de 45% da produção agrícola nacional. As conquistas são crescentes e vêm em consequência de uma atuação intensa do setor nos principais debates do país. Esse processo ganhou um reforço importante no último mês. Em julho, o Sistema OCB foi escolhido para conduzir o fórum das entidades patronais, representantes de vários segmentos econômicos, no Legislativo, tendo à frente a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).
Ações - Além disso, atuou nas proposições de interesse solicitando relatoria a deputados ligados ao cooperativismo, encaminhando parecer OCB aos relatores, solicitando a inclusão de matérias na pauta das comissões e do plenário, além de outras ações pontuais para garantir o cumprimento das estratégias legislativas traçadas, com destaque para a aprovação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 250/2009, que altera a Lei 11.096/2005, permitindo o acesso de estudantes de cooperativas educacionais aos benefícios do Programa Universidade para Todos (PROUNI).
Acompanhamento - Como descrito nos relatórios de atividades, a Gerência de Relações Institucionais (Gerin/OCB) acompanhou ao longo do mês 18 audiências públicas e 63 discursos sobre o cooperativismo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, além das reuniões de comissões, onde tramitam as proposições de interesse do movimento cooperativista. (Blog OCB no Congresso)
Para acessar o relatório completo de atividades da Gerin/OCB, clique aqui.
Para acessar a agenda da semana completa, clique aqui.
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EXPEDIÇÃO AVICULTURA: Logística é desafio para a avicultura paranaense
A logística do escoamento deixa a desejar para indústria avícola no Paraná. Entre os gargalos enfrentados pelo setor estão a dependência do sistema rodoviário, a rede de armazenagem deficitária e a capacidade de embarque limitada dos portos estaduais. Foi o que constatou a Expedição Avicultura depois de rodar quase cinco mil quilômetros pelos principais polos de produção do estado. Segundo a analista de mercado da Expedição, Luana Gomes, estes são pontos que enfraquecem a competitividade da atividade.
Portos paranaenses - Um dos maiores problemas são os portos paranaenses. Paranaguá, o maior do estado, perde em competitividade para o Porto de Itajaí, em Santa Catarina, que tem capacidade de embarque de contêineres 50% maior, mais do dobro do espaço para armazenagem em câmaras frias e capacidade estática de estocagem reefer (contêineres refrigerados) três vezes superior. Paranaguá exporta apenas 27% de carne de frango produzidas no Paraná.
Armazenagem - “Nossa maior fragilidade é a armazenagem”, considera o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins. De acordo com estimativas do setor, o Paraná tem à disposição espaço em câmaras frias suficiente para estocar aproximadamente 70 mil toneladas. Em Santa Catarina, apenas dentro do complexo portuário de Itajaí é possível armazenar 160 mil toneladas.
Mãos na massa- Para manter a liderança nas exportações e ampliar a participação no mercado externo, as próprias indústrias paranaenses já estão reagindo para superar fragilidade da logística com suas próprias armas. Um exemplo é o Centro de Armazenagem e Distribuição da Unifrango – holding que congrega 17 empresas avícolas– em Apucarana, no norte do Paraná. O centro terá capacidade para armazenar 25 mil toneladas de produtos congelados.
Cotriguaçu - Em Cascavel, a Cotriguaçu, cooperativa que reúnes as empresas Coopavel, C.Vale, Lar e Copacol, já se prepara para ter seu próprio complexo logístico. Com um investimento de R$ 50 milhões e obras que devem durar 18 meses, a obra vai permitir que a cooperativa tenha um pátio de estacionamento e um desvio ferroviário no terminal da Ferroeste.
Inversão - Segundo o diretor-presidente do Conselho de Administração da Cotriguaçu, Dilvo Grolli, o novo complexo permitirá “inverter a logística de transporte” do frango, predominantemente rodoviária, para o modal ferroviário, aproximadamente 30% mais econômico. A estimativa é reduzir os custos de U$ 1,7 mil para U$ 1,2 mil por contêiner de 25 toneladas.
Melhorias a vista - O Terminal de Contêineres do Paraná (TCP), consórcio que gerencia o terminal de contêineres do Porto de Paranaguá, pretende duplicar a linha férrea interligada à malha da ALL/Brado e passar a operar com dois ramais internos. A obra faz parte de um plano de investimentos de R$ 250 milhões que promete elevar de 1,2 milhão para 1,5 milhão de TEUs/ano (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) a capacidade operacional de embarque do terminal até 2013. “Com isso, esperamos que a participação do modal ferroviário seja ampliada para 15% nos próximos dois anos”, releva o diretor-superintendente comercial do TCP, Juarez Moraes e Silva.
Ampliação - As empresas privadas também estão focadas em ampliação. Recentemente, duas das três companhias que atuam fora do cais de Paranaguá, ampliaram sua capacidade de armazenagem na região do entorno do porto. A CAP Logística frigorificada aumentou de 5 mil para 7,5 mil toneladas a sua capacidade de estocagem. Os armazéns frigorificados da Martini Meat, que antes comportavam 26,5 mil toneladas, agora podem abrigar até 30 mil toneladas de produtos congelados.
Mercado interno - Um das vantagens das indústrias paranaenses é a facilidade de acesso ao mercado doméstico do Sul e Sudeste. Mesmo as indústrias habilitadas à exportação reservam em média 65% da sua produção para o mercado interno. A localização estratégica da Big Frango, de Rolândia, que fica a apenas 200 quilômetros da fronteira paulista, permite que a indústria comercialize em São Paulo metade da produção que é direcionada ao consumidor doméstico.
Demanda alta - A GTFoods, de Maringá, também tem em São Paulo o seu principal consumidor. A procura é tanta que a produção de 390 mil aves/dia ficou pequena para atender a todo esse mercado. Nas épocas de maior demanda, a empresa chega a comprar frango abatido de outras indústrias para suprir a demanda do varejo.
Norte e Nordeste - Apesar de promissores, os mercados do Norte e Nordeste ainda não são grandes destinos do frango paranaense por causa dos custos de transporte. Segundo o gerente industrial da C.Vale, de Palotina, Reni Eduardo Girardi, 80% das vendas à Manaus ocorrem na modalidade FOB, em que os custos de transporte até o destino final ficam a cargo do comprador. “Uma das metas da Unifrango é ter uma navio de cabotagem exclusivo, disponível diuturnamente para atender esse mercado”, afirma Martins, que também é presidente da Unifrango.
Sobre a Expedição Avicultura - A Expedição Avicultura é um projeto do Agronegócio Gazeta do Povo, que detém o know-how e a capilaridade da Expedição Safra, realizada da há seis temporadas, com oferecimento do Grupo Unifrango e apoio técnico do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindivipar). A equipe visitará os principais polos avícolas do Paraná, o maior produtor e exportador de carne de frango do país. O levantamento técnico-jornalístico irá mapear a atividade e debater todas as variáveis que influenciam o setor, desde a produção, passando pelo abate até a exportação. Além de números do segmento avícola, o projeto vai discutir tecnologia, manejo, genética e competitividade e traçar um diagnóstico das tendências para o setor nos próximos 10 anos.
Cobertura completa - A cobertura completa da Expedição Avicultura pode ser acompanhada pelo site www.expedicaoavicultura.com.br. Na página são publicados todos os textos produzidos pela equipe técnico-jornalística que está em campo, além da cobertura fotográfica, slides show e vídeos. Além disso, informações sobre o setor avícola e o sobre o agronegócio em geral podem ser obtidas por meio de uma newsletter. Para se cadastrar basta enviar um email para agro@gazetadopovo.com.br. (Gazeta do Povo)
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SOJA: Valor das exportações do grão aumenta 25% no primeiro semestre
O aumento de 13,2% das exportações do agronegócio nos últimos 12 meses, que teve um superávit recorde no valor de US$ 80 bilhões, foi graças em parte ao aumento das vendas do complexo soja no primeiro semestre deste ano. Ao todo, foram exportados US$ 15,9 bilhões entre janeiro e junho de 2012, o que representa uma ampliação de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
China - Segundo dados compilados pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a China permanece como o principal comprador do produto do Brasil. Ao todo, o país asiático adquiriu US$ 9,1 bilhões no primeiro semestre, uma elevação de 44% se comparando ao período em 2011. O segundo principal destino são os países baixos, que adquiriram US$ 1,1 bilhão (queda de 15%), enquanto o terceiro maior comprador foi a Espanha (US$ 876,4 milhões, ampliação de 5%).
Complexo soja - Em julho deste ano, o complexo soja foi responsável por 35% do total das exportações do agronegócio brasileiro, sendo tal participação de 30,1% no mesmo mês de 2011. A soja em grão teve uma elevação de 10,5% em quantidade, passando de 3,74 milhões de toneladas para 4,13 milhões de toneladas, e 10,6% no preço médio (de US$ 492 por tonelada para US$ 545 por tonelada). As vendas de farelo de soja aumentaram 52,2%. (Mapa)
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MILHO: Ministério analisa novas medidas para garantir abastecimento no Sul
Depois de anunciar a liberação de mais 250 mil toneladas de milho para venda em balcão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) buscará novas medidas ao Conselho Monetário Nacional (CMN). A decisão foi anunciada pelo ministro Mendes Ribeiro Filho nesta terça-feira (21/08), e deverá ser analisada na próxima reunião do CMN, que foi antecipada para 28 de agosto.
Subvenção ao frete - O objetivo é pagar uma subvenção ao frete para os produtores gaúchos e catarinenses que desejarem trazer milho da região Centro-Oeste. Segundo Mendes Ribeiro, também deverão ser tratadas no Conselho operações casadas junto com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para que os caminhoneiros possam transportar o milho até o Sul e não ter prejuízos no retorno. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o limite de compra por produtor é de 27 toneladas/mês, ao custo de R$ 21 a saca de 60 quilos.
Linha de crédito - Outra medida que poderá ser aprovada é a criação de uma linha de crédito aos produtores – a exemplo da que foi anunciada para apoiar os suinocultores – com o objetivo de auxiliar aos criadores que estão descapitalizados. De acordo com o ministro da Agricultura, a pasta está utilizando todos os instrumentos disponíveis para garantir o abastecimento do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Não faltará milho nesses estados. O que está previsto até dezembro será entregue. Tivemos alguns problemas como a greve dos caminhoneiros, mas, neste momento, 80 caminhões estão levando o produto para a região”, afirma. (Mapa)
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COMMODITIES: Seca nos EUA motiva nova alta de grãos em Chicago
Os relatos desanimadores sobre o nível de produtividade dos grãos no Meio-Oeste dos Estados Unidos, divulgados por agrônomos e analistas que têm ido a campo, voltaram a provocar fortes altas das cotações da soja, do milho e do trigo nesta terça-feira (21/08) na bolsa de Chicago.
Contratos para novembro - Os contratos de soja para novembro (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) dispararam 49 centavos e atingiram US$ 17,3250 por bushel. Além do encolhimento na produção, preocupa o fato de que a demanda não tem sido racionada, mesmo diante dos preços elevados - diferente do que já acontece com o milho.
Em alta - Ainda assim, o milho também segue em alta, impulsionado por notícias de que o rendimento nos EUA poderá cair 50% ante o ciclo passado. Os papéis para dezembro registraram ganho mais "modesto" que o da soja, de 15 centavos, a US$ 8,3875 por bushel. O trigo espelhou-se na valorização do milho. Os contratos para dezembro subiram 19,25 centavos, a US$ 9,22 por bushel. Porém, fatores intrínsecos ao mercado do cereal têm igualmente servido de apoio aos preços.
Temor - Segundo Bruno Martin, consultor da INTL FCStone, há o temor de que a seca nos EUA, que retirou boa parte da umidade do solo, comprometa o plantio da safra de trigo de inverno no país, no final do ano. "Isso ainda não está nos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mas é um sentimento que o mercado tem", afirmou. Este ano, a estiagem já devastou boa parte das lavouras de trigo na região do Mar Negro (em países como Rússia e Ucrânia) e na Austrália.
Argentina - A Argentina, quinto maior exportador de trigo, também deve reduzir drasticamente sua produção em 2012/13. O Ministério da Agricultura do país revisou para baixo o total plantado, dos 3,8 milhões de hectares previstos em julho para 3,7 milhões de hectares - e, conforme já destacou o jornal "Financial Times", esta deve ser a segunda menor área de cultivo em 110 anos. A queda chega a 20% ante o ciclo 2011/12. (Valor Econômico)
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MAPA: Decreto cria a Política de Agroecologia e Produção Orgânica
Com objetivo de articular e adequar políticas, programas e ações voltados para o desenvolvimento da agricultura sustentável, o Decreto nº 7.794, publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (21/08), institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo). Desde 2010, ocorrem reuniões, encontros e discussões para elaboração de uma política específica para o desenvolvimento da agricultura orgânica, de forma a possibilitar o uso mais racional dos recursos públicos aplicados para o setor e mais eficiência e eficácia das políticas públicas.
Processo produtivo sustentável - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho entende as preocupações da sociedade na busca pela construção de processos produtivos sustentáveis atrelados à importância da produção e consumo de alimentos seguros e saudáveis. Desta forma, Mendes Ribeiro destaca o papel do Ministério da Agricultura na implementação de mecanismos de controle para garantir a qualidade dos produtos orgânicos e por uma série de iniciativas e projetos que visam a promover a produção desse tipo de alimento no Brasil. “Todo esse trabalho vem sendo desenvolvido em articulação com várias outras entidades do setor público e da sociedade civil e deverá ser agora fortalecido com a criação da Pnapo”, afirmou o ministro.
Plano Nacional - Além de mecanismos de financiamentos e crédito rural, entre outros, o instrumento norteador do Pnapo será o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) que incluirá a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) e a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo).
Participação - A Cnapo deverá promover a participação da sociedade na elaboração e no acompanhamento da Pnapo e do Planapo. A comissão é formada por 14 representantes de órgãos e entidades do Governo Federal (ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Meio Ambiente, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e Inovação e Pesca e Aquicultura e da Secretaria-Geral da Presidência da República) e 14 de entidades da sociedade civil. Compete à Ciapo elaborar, em até 180 dias, proposta do Planapo. Esta Câmara será formada por representantes dos mesmos órgãos governamentais, além do Ministério da Fazenda, e de entidades da sociedade civil. (Mapa)
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ATER: Paraná abre discussão sobre lei de assistência técnica e extensão rural
Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf) vai promover reuniões em todo o Estado para colher sugestões para um projeto instituindo a lei estadual de assistência técnica e extensão rural. A proposta que servirá de base para as discussões foi apresentada nesta terça-feira (21/08) pelo diretor-presidente da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann, durante reunião do Cedraf.
Comissão - O conselho formou uma comissão com oito membros (quatro do setor público e quatro do privado) para conduzir o processo de discussão sobre o assunto. “Vamos nos empenhar para que o texto seja aprovado até o fim do ano”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, que também é presidente do Cedraf.
Educação não formal - A lei deverá orientar a prestação continuada de serviços de educação não formal no meio rural, visando a promoção de processos de gestão, produção, beneficiamento, agroindustrialização e comercialização de produtos e serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais, pesqueiras e artesanais.
Lei estadual - Segundo Rubens Niederheitmann, desde a realização das conferências regionais, territoriais, estadual e nacional de assistência técnica e extensão rural (Ater), entre fevereiro e abril deste ano, a Emater vem estudando a proposta de uma lei estadual da área. “Essas conferências definiram a necessidade de criação deste dispositivo para orientar tanto a política quanto o programa estadual de Ater”, disse. “Emater e Secretaria da Agricultura têm a missão de executar, acompanhar e supervisionar tanto da política quanto o programa estadual de assistência técnica e extensão rural, atrelados a um plano de desenvolvimento rural sustentável, também estadual.”
Princípios - A proposta apresentada pela Emater define que a política estadual de assistência técnica e extensão rural deve ter como princípios, entre outros, o desenvolvimento sustentável; a redução das desigualdades territoriais, a segurança alimentar e soberania alimentar e nutricional; e a defesa de fundamentos para a realização de uma agricultura mais sustentável. Além disso, precisa garantir a prestação de um serviço de Ater gratuito e de qualidade, multidisciplinar, com a aplicação de metodologias participativas.
Atuação em rede - Na avaliação do presidente do Instituto Emater, o plano e a política de assistência técnica e extensão rural criam condições para que as diversas instituições que prestam esse serviço, oficiais e privadas, atuem em rede, de forma complementar. “Isso pode aumentar o número de famílias beneficiadas, facilitar o acesso dos agricultores aos benefícios das políticas públicas”, disse. Ele destacou também que a articulação entre instâncias dos governos federal, estadual e municipais deve melhorar.
Beneficiários - O plano e a política de assistência técnica e extensão rural, segundo a proposta, deve definir como beneficiários os agricultores familiares, agroextrativistas, pescadores, aquicultores, quilombolas, indígenas, faxinalenses, outras populações de comunidades tradicionais e trabalhadores rurais, entre outros. (AEN)
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COMÉRCIO EXTERIOR: Balança tem superávit de US$ 574 milhões na 3ª semana de agosto
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 574 milhões na terceira semana de agosto, informou na segunda-feira (20/08) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O saldo positivo resulta da diferença entre US$ 4,909 bilhões em exportações e US$ 4,335 bilhões em importações.
Acumulado do mês - No acumulado do mês, o saldo positivo da balança comercial é de US$ 2,130 bilhões. Já no ano o resultado das transações comerciais brasileiras é superavitário em US$ 12,075 bilhões. No mesmo período do ano passado as exportações superaram as importações em de US$ 18,392 bilhões. A média diária de US$ 980,7 milhões nas exportações até a terceira semana de agosto é 13,8% inferior à média diária de US$ 1,137 bilhão dos embarques realizados em agosto de 2011.
Influência - O resultado foi influenciado pela diminuição nas três categorias de exportados. Os produtos básicos recuaram 12,7%, dos US$ 555,1 milhões da média diária de agosto de 2011 para US$ 484,7 milhões no acumulado das três semanas de agosto deste ano, por conta, principalmente, de minério de ferro; café em grão; soja em grão; algodão em bruto; e carne de frango.
Semimanufaturados - Já para os semimanufaturados a média caiu 29,7% na mesma comparação, passando de US$ 171,1 milhões em agosto de 2011 para US$ 120,3 milhões nas três primeiras semanas deste mês. O resultado se deve a uma queda nos embarques de ouro semimanufaturado; ferro fundido; açúcar em bruto; celulose; e madeira.
Manufaturados - As exportações de manufaturados encolheram 7,9% na comparação da média diária no acumulado deste mês (US$ 358,5 milhões) com agosto de 2011 (US$ 389,1 milhões). Os principais responsáveis pela queda foram açúcar refinado; motores de veículos e partes; automóveis de passageiros; máquinas para terraplenagem; veículos de carga; e etanol.
Importações - As importações caíram 15,6% nas três primeiras semanas de agosto de 2012, com média diária de US$ 816,8 milhões, ante US$ 968,1 milhões em todo o mês de agosto de 2011. As importações aceleraram na terceira semana de agosto, e com isso a queda mensal na entrada de produtos estrangeiros no país foi amenizada. Até a segunda semana do mês o desembarque de mercadorias no Brasil recuou 4,7% em relação a julho deste ano, pelo método de média diária, que considera os dias úteis do período. No acumulado até a terceira semana de agosto o recuo das importações foi para 0,9%, na mesma comparação.
Valor - Na primeira semana de agosto o Brasil importou US$ 785 milhões pelo cálculo de média diária. Esse valor foi para US$ 785,8 milhões na segunda semana e alcançou US$ 867 milhões por dia útil. Por esse método, a média de importações no acumulado até a terceira semana de agosto chegou a US$ 816,8 milhões, ante US$ 823,9 milhões em julho. Na comparação com todo o mês de agosto do ano passado, quando a média de importação registrada foi de US$ 968,1 milhões, há queda de 15,6%.
Greve - A greve de funcionários que liberam a entrada de mercadorias no país, como os trabalhadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os fiscais agropecuários, tem afetado o desembarque de produtos estrangeiros desde meados de julho. Parte dos servidores, no entanto, retornaram às atividades na semana passada. (Valor Econômico)
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LOGÍSTICA I: Paranaguá ganha R$ 146 mi para aprofundamento
O Porto de Paranaguá tem R$ 146 milhões reservados na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para realizar a dragagem de aprofundamento. A informação foi confirmada nesta terça-feira (21/08) pela assessoria da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Nesta quarta-feira (22/08), ela e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, recebem representantes do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná para detalhar informações sobre as obras de investimento em rodovias e ferrovias do “PAC Concessões” – e aproveitam para dar a boa notícia.
Realocação de recursos - Ainda em dezembro do ano passado, Gleisi havia solicitado ao Ministério do Planejamento a realocação de recursos específicos para a dragagem do porto na segunda fase do PAC. Entre 2008 e 2010, o PAC 1 chegou a reservar R$ 53 milhões para a obra, que não saiu do papel por problemas de licenciamento e divergências entre os governos estadual e federal.
Acordo - Meses antes, em outubro, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Secretaria dos Portos chegaram a um acordo para dividir o trabalho de dragagem dos terminais em duas fases. A primeira, de manutenção, ficou com a Appa e está em andamento – deve levar mais cinco meses. A segunda, de aprofundamento, ficou a cargo da União e deve ser iniciada logo após a de manutenção. “Ainda precisamos da licença ambiental, cujo projeto já está protocolado no Ibama, e realizar todo o processo de licitação para a contratação do serviço. Acredito que só começaremos a dragagem de aprofundamento no primeiro semestre de 2013. O que deve ser feito, no entanto, para garantir o recurso, é o empenho de parte desse montante ainda em 2012”, avalia o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino. A licença ambiental para a dragagem de aprofundamento, segundo a assessoria da Casa Civil, está prevista para sair em Diário Oficial entre os dias 10 e 15 de setembro.
Navios maiores - A dragagem de aprofundamento se difere da de manutenção porque permitirá a chegada e navios bem maiores a Paranaguá e Antonina. Após a intervenção, a profundidade em Paranaguá passará dos atuais 8 a 12 metros para até 16 metros. Já o calado de Antonina passará de 6 para 9,8 metros.
Em andamento - Também nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a licença prévia para a segunda etapa da dragagem de manutenção que está em andamento. Com mais alguns estudos e coletas de amostras para a obtenção da licença de operação, a obra poderá avançar até o canal de acesso e a bacia de evolução do Porto de Antonina. O terminal ficou parado por cerca de 50 dias entre fevereiro e abril deste ano, após o rebaixamento do calado (parte submersa do navio) de 7,1 para 6 metros, o que inviabilizou a entrada de navios de médio e grande portes.
Dentro do orçamento - Essa segunda etapa continua dentro do orçamento licitado para toda a dragagem de manutenção, de R$ 37 milhões, serviço que está sendo realizado pela empresa DTA Engenharia. Com a obra, a profundidade do Canal da Galheta será restabelecida em 15 metros. Hoje a Capitania dos Portos autoriza que navios com calado de até 11 metros percorram o canal durante o dia; à noite, o máximo permitido é 10,8 metros. Após a dragagem de manutenção, que não é feita desde 2009, o calado permitido subirá para 12,5 metros. Os trabalhos podem ser acompanhados por um site específico: www.dragagem.portosdoparana.pr.gov.br. (Gazeta do Povo)
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LOGÍSTICA II: Briga trabalhista ameaça chegada de fertilizantes
A instalação de uma trava eletrônica no Porto de Paranaguá por parte do Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária (Ogmo), impedindo que Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs) dobrem a jornada de trabalho, está causando dificuldades no desembarque de fertilizante na autarquia paranaense, porta de entrada de 40% do produto consumido no país. A medida, que busca garantir o intervalo de descanso de 11 horas entre um turno e outro, pode resultar no atraso da entrega do adubo nos estados do Centro-Oeste.
Metade - De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), apenas metade dos 30 milhões de toneladas de fertilizantes previstas para a safra de verão 2012/13, que começa na segunda quinzena de setembro, foi entregue. O restante está embarcado em navios que aguardam para atracar ou programado para chegar nos próximos meses. O Brasil importa mais de 70% do adubo necessário para preparar a terra para o plantio.
Escoamento - “Ainda não temos problema. Mas um grande volume está previsto para chegar. Pode ocorrer problemas no escoamento, pois temos menos de 30 dias para o início da safra”, aponta o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira. Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), há navios levando o dobro de tempo para operar.
Mato Grosso - O Mato Grosso, maior produtor de soja do país e que deve alcançar novo recorde de produção de oleaginosa, é um dos estados que corre risco de ficar sem o produto. Cerca de 50% das quatro milhões de toneladas foram entregues. De acordo com estimativa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), os agricultores matogrossenses devem colher 24,1 milhões de toneladas do produto, 13% mais que na última temporada.
Impasse - Com a obrigatoriedade do intervalo e a redução da carga horária, já começa a faltar trabalhador, segundo informações do Sindicato dos Operadores Portuários do Paraná (Sindop). Para Silveira, o problema está na rígida legislação trabalhista que, em alguns momentos, segue exemplos de países ricos e desenvolvidos. “Com a redução das horas trabalhadas vai cair a renda do trabalhador. A lei serve para proteger, mas até onde? É preciso ter equilíbrio”, afirma. “O Brasil não suporta sustentar pessoas que trabalhem pouco e ganhem muito”, complementa. Procurado pela reportagem, o Ogmo não quis comentar o assunto. (Gazeta do Povo)
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CNI: Indústria vê sinais de retomada, mostra pesquisa
Apesar do fraco nível de atividade, dos estoques além do planejado e da ociosidade acima do normal na capacidade instalada, o setor industrial está otimista, em lenta retomada, constatou a sondagem da Confederação Nacional da Indústria de julho, divulgada nesta terça-feira (21/08). "Há sinais de que os indicadores do segundo e o terceiro mês serão gradualmente melhores do que os que dominaram por quase um ano", comentou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, para quem a economia brasileira tem condições de chegar ao patamar entre 3% a 4% de crescimento no fim do ano. "Teremos um fim de ano com perspectiva favorável, o que pode impactar no humor dos investidores", comentou Castelo Branco.
Sondagem- Na Sondagem Industrial da CNI, que atribui valores de 0 a 100 às respostas dos empresários, conforme sejam negativas ou positivas, o indicador da evolução de produção chegou a 51,1 em julho, bem superior aos 45,5 registrados em junho e um pouco acima dos 50,1 de julho de 2011. Houve queda, porém, no tamanho do quadro de pessoal, que recebeu índice 48,5 (mais que os 47,2 de junho, bem menos que os 50 de julho do ano passado). A ocupação da capacidade instalada ainda é baixa, 73%, embora tenha subido em relação a junho (70%). Os estoques vêm se reduzindo, mas lentamente, e ainda estão acima do planejado, constatou a CNI. O indicador da Fundação Getulio Vargas, divulgado na véspera, mostra maior ocupação da capacidade instalada, porque, segundo Castelo Branco, tem maior composição de empresas grandes. (Valor Econômico)
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