CONVENÇÃO NACIONAL UNIMED: Presidente da Cocamar falará sobre o cooperativismo do PR
O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, fará palestra sobre o cooperativismo do Paraná durante a 42ª Convenção Nacional Unimed, que acontece em Florianópolis, Santa Catarina. O dirigente participará nesta quarta-feira (12/09) da mesa-redonda “Desafios de Crescimento das Cooperativas Frente à Legislação Nacional”, com debatedores de várias regiões do país e da América do Sul. “A ideia é mostrar os avanços e desafios do setor, com enfoque ao forte trabalho na melhoria da gestão do empreendimento cooperativo”, explicou Lourenço, que na manhã desta terça-feira (11/09) reuniu-se, em Curitiba, com o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski.
Carga tributária - Entre as questões a serem abordadas, segundo Lourenço, estão a pesada carga tributária brasileira e a dificuldade em viabilizar recursos para investimentos e capital de giro. “Quando a cooperativa cresce, aumenta também a necessidade de financiamento para capital de giro e novos projetos. A disponibilidade de recursos, geralmente advindos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e linhas de crédito governamentais, não cresce na mesma velocidade”, afirmou.
Gestão - Para Lourenço, é preciso avançar na gestão das cooperativas. “Entendo que o único caminho é investir na qualificação profissional, com gestores altamente capacitados”, disse. Segundo o presidente da Cocamar, cooperativas com equipes qualificadas têm condições de planejar o futuro com assertividade, evitando sobressaltos quando entram em processo de sucessão. “O cooperativismo paranaense vem crescendo de forma sustentável ao longo dos últimos anos. O desafio para os futuros gestores é manter a expansão do Sistema, sem retrocessos”, concluiu.
Clique aqui e acesse mais informações sobre a 42ª Convenção Nacional Unimed
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BIODIESEL: Portaria estabelece novas regras para o Programa Nacional
As cooperativas agropecuárias que possuem quadro social formado por, no mínimo, 60% de agricultores familiares poderão se habilitar para fornecer matéria-prima ao Programa Nacional de Produção de Uso do Biodisel. Para tanto, devem cumprir todos os critérios estabelecidos na Instrução Normativa Nº 01, de 20 de julho de 2011. A nova regra consta na Portaria nº 60, publicada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nesta segunda-feira (10/09), no Diário Oficial da União. Outra novidade é que na região Sul do País, o produtor de biodiesel deve adquirir pelo menos 35% de soja da agricultura familiar na safra 2012/2013 para que possa manter o Selo Combustível Social. Na safra 2013/2014 esse percentual sobe para 40%.
Clique aqui para baixar a portaria do MDA.
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BNDES: Banco reduz juros da linha PSI-BK para 2,5% ao ano
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou a circular nº 55, decorrente da Resolução 4.132, de 05 de setembro de 2012, que reduziu as taxas de juros na linha PSI-BK (bens de capital). As regras contemplam juros de 2,5% ao ano, sendo uma opção para investimentos de cooperativas em máquinas e equipamentos, inclusive agrícolas. Para se beneficiar das taxas reduzidas, deve-se dar especial atenção aos prazos de apresentação de propostas e contratações, que são bastante curtos.
Clique aqui para baixar a circular do BNDES e verificar as regras de contratação.
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RAMO TRANSPORTE: Dirigentes vão discutir demandas e elaborar plano de capacitação
As demandas do setor, as novas regulamentações e a elaboração do plano de capacitação para 2013 são os temas que estarão em debate no Fórum para dirigentes do ramo transporte que o Sistema Ocepar promove, na próxima sexta-feira (14/09), das 8h às 13h, em Francisco Beltrão, Sudoeste do Estado. A programação contempla a apresentação dos indicadores econômicos e financeiros do ramo, feita pelo coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, João Gogola Neto. Na sequência, o analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gustavo Beduschi, vai falar sobre as ações e demandas do cooperativismo para o ramo transporte. Depois, Gogola tratará sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Cooperativo (PEDC) 2012-2015 e a respeito do plano de capacitação para o próximo ano.
O ramo – No Paraná, o ramo transporte possui 24 cooperativas registradas na Ocepar com 2.364 cooperados. O segmento reúne transportadores de cargas e de passageiros, sendo uma alternativa de valorização profissional e melhor remuneração dos profissionais, que são donos de seus veículos de transporte.
Clique aqui e confira a programação completa do Fórum para dirigentes do ramo transporte
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C.VALE: Produção de trigo rende homenagem nacional
A C.Vale foi homenageada como destaque nacional em produção de trigo. O prêmio foi entregue pela revista A Grande durante a Expointer, em Esteio (RS). Em solenidade com a presença de líderes empresariais, políticos e de produtores rurais, no dia 28 de agosto, o vice-presidente da C.Vale, Ademar Pedron, recebeu o troféu do diretor-executivo da Revista A Granja, Eduardo Hoffmann. Foi a 22ª vez seguida que a cooperativa foi eleita destaca do setor tritícola pelos leitores da publicação.
Cultura indicada - Para o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, o trigo é a cultura agronomicamente mais indicada para anteceder a soja, mas problemas de rentabilidade levaram o produtor a trocá-lo pelo milho. Segundo ele, se houvesse limitação à entrada de trigo de outros países, o produto nacional teria maior valor e, consequentemente, área maior. Lang defende a taxação do trigo importando assim como fazem os Estados Unidos em relação ao etanol e a Europa com o frango. Conforme o dirigente, nos últimos anos o trigo só apresentou rentabilidade quando houve grandes quebras de safra que fizeram os preços do produto subir. (Imprensa C.Vale)
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UNIMED LONDRINA: Cooperativa conquista a classificação ouro do Selo Nacional Unimed
A Unimed Londrina recebeu mais uma premiação da Unimed do Brasil, a classificação ouro no Selo Nacional de Governança Cooperativa, criado para premiar as Sociedades Cooperativas Unimed e as Sociedades Auxiliares Unimed. A premiação conta com três classificações: prata, ouro e diamante. No total, 63 cooperativas participaram e apenas 11 receberam a classificação ouro e 18 receberam prata. Nenhuma cooperativa alcançou a classificação diamante. As demais cooperativas não alcançaram a classificação mínima.
Pontuação - A Unimed Londrina obteve 108 pontos para atingir a classificação ouro. Essa pontuação indica que a Unimed Londrina possui e pratica a Governança Cooperativa, atendendo aos critérios definidos no Regimento do Selo para a respectiva categoria.
Objetivos – Os objetivos da premiação são: estimular o Sistema Unimed à prática da Governança Cooperativa, como um diferencial, que comprove o cumprimento das exigências legais para o bom funcionamento das organizações e a prática de todos os quesitos mínimos estabelecidos pela Unimed do Brasil. Ainda, ressaltar o compromisso das organizações, pela busca e aprimoramento constante dos conceitos presentes na governança, obtendo, por consequência, o respeito dos seus colaboradores, das sociedades e comunidades onde estão inseridas e o reconhecimento de mercado. Também, valorizar o trabalho médico, por meio dos resultados apresentados
Metodologia - A Governança Corporativa é, atualmente, uma das metodologias mais utilizadas por empresas de referência no mercado. A Unimed Londrina fornece aos cooperados informações necessárias sobre o tema, por meio dos oito fascículos da Governança Corporativa. Além dos fascículos, outro material que possibilita a participação e contribuição na forma de gestão é o Manual de Governança Cooperativa da Unimed Brasil, criado este ano.
Premiação - A premiação da Convenção Nacional Unimed será no dia 12 de setembro, onde ocorrerá a entrega simbólica dos certificados a todas as singulares que também foram agraciadas com o Selo Ouro. (Imprensa Unimed Londrina)
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SICOOB PARANÁ: Programa de Gestão de Desempenho é lançado nos pontos de atendimento
O Sicoob Central Paraná promoveu o lançamento do seu Programa de Gestão de Desempenho (PGD), no dia 30 de agosto, simultaneamente em todos os 108 pontos de atendimento distribuídos pelo estado. O PGD é uma ferramenta gerencial que permite avaliar e mensurar, de modo objetivo e sistematizado, como cada colaborador está desempenhando o seu papel dentro do Sicoob.
Kit - No lançamento do programa, cada colaborador ganhou um kit PGD personalizado, exclusivamente para ser usado nas rotinas diárias de todos e apoiar as etapas do processo, em seguida também foi realizada uma dinâmica motivacional.,O momento foi brindado com um café da manhã, onde todos os colaboradores puderam trocar suas expectativas sobre o projeto. A ideia de lançar simultaneamente com o evento em todo o estado teve o propósito de firmar o compromisso de todos para cada vez mais trabalharmos uma gestão de excelência ao cooperado e a comunidade. (Informativo Sicoob Central Paraná)
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SICOOB NOROESTE: Resultados obtidos em 2012 são apresentados na comemoração de 9 anos
O Sicoob Noroeste completou nove anos de existência no dia 06 de setembro. A data foi comemorada com a apresentação de parte dos grandes resultados obtidos em 2012. Além de inaugurar três novas agências (Pacs), a cooperativa antecipa lucratividade que valeu destaque estadual nos primeiros oito meses deste ano. Para marcar o nono ano, o presidente Hélio Nakatani anunciou o cumprimento de metas ousadas, pois, o Sicoob conseguiu abrir novos PA’s (ponto de atendimento) sem comprometer resultados. Para ele, é a soma do esforço coletivo. Destaque para os conselhos diretor e fiscal, bem como para a equipe de colaboradores e todos os mais de 4.700 cooperados ativos. (Informativo Sicoob Central Paraná)
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COCAMAR: 6º Encontro de Cooperados de Citros será em Paranavaí e Londrina
Diferente das cinco edições anuais anteriores, que ficaram concentradas em Paranavaí, o 6º Encontro de Cooperados de Citros, da Cocamar, será promovido este ano naquela cidade e também em Londrina – respectivamente nos dias 19 e 20 deste mês, das 8h às 12h30. Em Paranavaí, o evento será na Associação da Indústria de Sucos Concentrados da Louis Dreyfus Commodities e, em Londrina, no Parque de Exposições Governador Ney Braga.
Palestras - O Encontro é dirigido a produtores de laranja integrados à Cocamar e, após recepção aos participantes, dirigentes da cooperativa fazem a abertura às 9h, seguida de um ciclo de três palestras:
- às 9h20, sobre a situação do greening na Flórida, com Jim Graham, especialista da principal universidade daquele estado norte-americano;
- às 10h10, o engenheiro agrônomo José Croce Filho, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), aborda a presença da mesma doença no Paraná;
- e, às 10h55, o técnico do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), Marcelo da Silva Scapin, enfoca “Tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas na citricultura”.
Por fim, a premiação aos vencedores do 10º Concurso de Produtividade de Laranja (safra 2011/12) começa às 10h40.
Duas regiões - Pioneira na implantação de pomares comerciais de laranja no noroeste do Paraná a partir de meados dos anos 1980, a Cocamar foi também a primeira a contar com uma indústria de suco concentrado do Estado, inaugurada em 1994 e vendida no início deste ano à Dreyfus. Em 2010, após arrendar 24 unidades operacionais da Corol no norte do Estado, a cooperativa passou também a prestar apoio técnico aos produtores de laranja dessa região. No exercício fiscal 2011 da Cocamar, a colheita de laranja nas duas áreas onde atua atingiu o volume recorde de 6,8 milhões de caixas, quantidade que poderá repetir-se este ano. (Imprensa Cocamar)
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COOPERTRADIÇÃO: Curso aborda armazenagem e secagem de grãos
A Coopertradição, em parceria com o SescoopPR (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Paraná), promoveu nos dias 04,05 e 06 de setembro, o curso de Armazenagem e Secagem de Grãos, ministrado pelo engenheiro agrícola, Adriano Divino Lima Afonso. De acordo com a gerente de Recursos Humanos da Coopertradição, Simone Tedesco, o curso surgiu da necessidade de preparar os encarregados e operadores dos armazéns para desempenharem melhor suas funções.
Temas - Durante o curso foram abordados temas como secagem de produtos agrícolas, qualidade no armazenamento e prevenção de acidentes. Para Adriano, o curso buscou aliar a teoria e a prática do dia a dia dos colaboradores. “Diante das operações que os funcionários executam nas unidades, o curso visou aperfeiçoar o processo de recebimento, melhorar a qualidade e a conservação dos produtos no armazenamento evitando assim perdas”, destacou. O engenheiro agrícola salientou ainda a importância para a cooperativa em oferecer cursos de capacitação aos seus colaboradores. “Através dos cursos de capacitação, a cooperativa, além de ter funcionários mais qualificados, reduz perdas e otimiza todo o processo, seja na parte de eficiência do sistema ou na melhoria da qualidade final do produto”, completou Adriano. (Imprensa Coopertradição)
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COAGRU: 14º Coopertruco reuniu 530 participantes
Após um bate papo entre associados e dirigentes da Coagru, surgiu, em 1.998, a ideia da realização de um campeonato de truco que hoje é denominado Coopertruco. Sendo assim, aconteceu no último dia 31 de agosto, na Arcapu Urbana de Ubiratã, a fase final da 14º edição do Coopertruco Coagru. Foram ao todo 530 truqueiros que participaram das fases de classificação realizada entre os meses de maio e junho. Deste total, 128 voltaram para disputar a fase final. Em 4º lugar ficou Júlio Aparecido Orlandelli e Luiz Carlos Coelho, e em 3º, Osmar Batista e Antônio Aparecido Rocha, ambos de Ubiratã. Os finalistas foram Valdir Galdino e Edson da Silva do Rio Verde que ficaram em segundo lugar, e os campeões deste ano foram do município de Campina da Lagoa, David Paro e Claudecir Ferreira Garcia. Enquanto os truqueiros jogavam, os familiares participavam de um bingo com diversos prêmios. (Imprensa Coagru)
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AGENDA PARLAMENTAR: Tramitação do PLS 336 no Senado é um dos destaques da semana
Está na pauta da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal desta quarta-feira (12/09), o PLS 336/2011, que permite que os valores repassados aos associados decorrentes da prestação de serviço de transporte de passageiros intermediado por cooperativa sejam excluídos da base de cálculo da Cofins e PIS/Pasep. O Sistema OCB apoia a matéria, que beneficiará as 1.088 cooperativas do Ramo Transporte. Na Câmara dos Deputados, o próximo período de esforço concentrado está agendado para os dias 18 a 20 de setembro. (Blog OCB no Congresso)
Para acessar a Agenda da Semana completa, clique aqui.
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FEIRA AGROPECUÁRIA: Efapi tenta superar marca de R$ 30 milhões na 35.ª edição
Começa nesta terça-feira (11/09) e vai até o dia 16, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, uma das mais tradicionais feiras agropecuárias do estado. Na edição de número 35, a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Ponta Grossa (Efapi) busca mostrar o potencial da região nas cadeias da indústria, comércio e agricultura. Além de fomentar negócios, por meio da interação com expositores e a realização de leilões, também serão promovidos concursos e shows.
O evento - O primeiro evento foi realizado em 1969 e, desde 2007, a feira ocorre anualmente sem interrupções. No ano passado, movimentou cerca de R$ 30 milhões em negócios, atraindo um público estimado de 250 mil pessoas. Valor que o coordenador geral da exposição, Adilson Berger, acredita que será superado neste ano. “Trata-se de um grande evento, que hoje está entre os três maiores do Paraná. Esperamos mais de 300 mil visitantes”, comenta.
Programação - A programação inclui o Congresso Agropecuário, Industrial e Tecnológico do Paraná (Conaitec), no qual serão apresentados trabalhos técnicos ligados ao setor. Também será realizada a Avenida do Leite, onde cooperativas da região vão apresentar ao público toda a cadeia produtiva do leite, desde a ordenha até a industrialização.
Ministro da Agricultura - O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, deverá comparecer ao evento no sábado (15/09), quando o ministério vai oficializar a certificação da raça bovina Purunã.
Expositores - Os cerca de 1 mil expositores, que levam máquinas e 2 mil animais para o Parque Agropecuário de Ponta Grossa, devem ser favorecidos pelo bom momento dos preços da soja e do milho, avalia Berger. “O evento é um referencial em comercialização nos Campos Gerais, principalmente de animais”, diz. A entrada para o público é gratuita, havendo cobrança apenas para os shows. Os espaços da feira vão funcionar diariamente das 10 às 22.
Serviço - Informações sobre os shows e a programação completa da Efapi podem ser acessadas no site http://www.ruralcamposgerais.com/efapi. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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CARNES: Aurora assume Bondio Alimentos e cresce no mercado de frango
Uma das principais produtoras de frango e suíno do país, a catarinense Coopercentral Aurora Alimentos deu mais um passo em seu plano de expansão. Depois de encerrar a ampliação da capacidade de produção de suínos, a Aurora anunciou nesta segunda-feira (10/09) o arrendamento da unidade de abate de frango da Bondio Alimentos, num negócio que deve incrementar R$ 600 milhões ao faturamento da cooperativa.
Aumento - Com cerca de 400 integrados e abate diário de 110 mil aves, a unidade localizada em Guatambu, no oeste de Santa Catarina, deve elevar a produção de frango da Aurora em 18,6%, afirmou ao Valor o vice-presidente da cooperativa, Neivor Canton.
Capacidade de abate - Com capacidade de abate de 700 mil aves por dia, a cooperativa processa atualmente 590 mil aves em suas seis unidades, de acordo com o executivo. "É importante crescer em frango, já que em suínos estamos com o plano de expansão praticamente concluído", justificou Canton.
Momento delicado - O acordo entre a Bondio e a Aurora acontece em momento bastante delicado - e sintomático - para o setor, que lida com os a disparada dos custos dos grãos utilizados na ração dos animais e o excesso de oferta de carne de frango. Segundo Canton, a explosão dos preços do milho e do farelo de soja está inviabilizando a operação de muitos frigoríficos de porte médio. "O mercado está oferecendo muitas empresas desse porte, por conta dos altos custos de produção. Elas têm dificuldades de competir com quem tem escala", disse ele.
Opção de compra - Com duração indeterminada, o arrendamento contém uma opção de compra, explica o executivo. A Aurora assume a operação da unidade de Guatambu em 1º de outubro. "Vamos manter a produção atual da unidade pelo menos por uma temporada", afirmou Canton. Depois disso, a cooperativa deve avaliar as condições de mercado para decidir sobre possíveis ampliações.
Exportações - Além de incrementar o faturamento da Aurora, que deve atingir R$ 5 bilhões no próximo ano, a unidade da Bondio também deve ampliar a fatia das exportações da cooperativa. Atualmente, a Aurora destina cerca de 85% de sua produção para o mercado doméstico. Já as operações da planta de Guatambu estão concentradas na exportação para Ásia, Oriente Médio e União Europeia. A Bondio exporta cerca de 70% de sua produção, segundo Canton. (Valor Econômico)
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BALANÇA COMERCIAL Exportações do agronegócio atingem US$ 62,5 bilhões no ano
As exportações do agronegócio entre os meses de janeiro e agosto deste ano cresceram 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 62,5 bilhões – o que representa 39% do total das exportações brasileiras em 2012. No mês de agosto, as exportações do setor foram de US$ 8,8 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 1,5 bilhão.
Setores - Em 2012, os setores que mais venderam foram: complexo soja (US$ 21,4 bilhões), carnes (US$ 10 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 7,8 bilhões), produtos florestais (US$ 6 bilhões) e café (US$ 4,1 bilhões). Juntos esses cinco setores responderam por 79,2% da pauta exportadora. Os que tiveram maior crescimento percentual nas vendas foram fibras e produtos têxteis (62,5%), animais vivos (53,4%, exceto pescados), complexo soja (20,3%), bebidas (17%) e fumo e seus produtos (16,1%). O complexo soja permanece liderando a pauta de exportações com 34,2% de participação, superior à do mesmo período de 2011 que registrou 29%.
Produtos agropecuários - Entre setembro de 2011 e agosto de 2012, as exportações dos produtos agropecuários brasileiros atingiram US$ 96 bilhões, crescimento de 8,8% em comparação às vendas nos doze meses imediatamente anteriores. A balança comercial do período registrou superávit de US$ 79,1 bilhões (alta de 10%). As informações foram elaboradas pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Países - A China apresentou o principal aumento das exportações nos últimos 12 meses, de 46,1%, atingindo US$ 19,7 bilhões em aquisições de produtos nacionais. Outros países que se destacaram foram Egito (+40,9%); Venezuela (+36,2%); Tailândia (+33,3%); e Coréia do Sul (+31,8%).
Saldo agosto - O saldo comercial no mês de agosto (US$ 7,3 bilhões) foi 12% menor que em 2011. Houve queda também no total exportado no período em relação ao ano passado (10,5%), assim como nas importações (1,9%). (Mapa)
Confira aqui a Balança Comercial do Agronegócio
Acesse aqui a tabela do resultado de agosto e o acumulado do ano (janeiro a agosto)
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SOJA I: Disputa por grão consome estoques
Os preços recordes estão estimulando os maiores produtores globais de soja a rasparem seus estoques. O consumo mundial supera a produção em 18 milhões de toneladas em 2011/12, levando os principais produtores a esvaziarem armazéns. As consequências diretas são a sustentação das cotações recordes e o aumento da influência da próxima colheita – a da América do Sul.
Brasil - Somente o Brasil está “queimando” mais de 2 milhões de toneladas de suas reservas às vésperas de uma safra acima de 80 milhões (t), que promete colocar o país na condição de maior produtor e exportador. Das mais de 3 milhões de toneladas que estavam armazenadas no início do ciclo, devem sobrar menos de 1 milhão, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nos Estados Unidos, que enfrentaram seca histórica, a previsão é de queda de 5,8 milhões para 4,6 milhões de toneladas no estoque de soja.
Demanda inelástica - “A demanda é relativamente inelástica no momento. Havendo qualquer tipo de problema na safra sul-americana [que chega ao mercado de forma expressiva a partir de fevereiro], vai faltar muita soja”, diz Pedro Dejneka, analista da Futures International, de Chicago (Estados Unidos). Ano passado, houve quebra no Sul do Brasil, na Argentina e no Paraguai. “O mundo precisa da América do Sul mais do que nunca.”
Risco - O aperto entre oferta e demanda até o início da colheita sul-americana anuncia risco crescente de racionamento. Confirmada a boa produtividade, a expectativa é de reequilíbrio a partir de fevereiro. “Não gosto nem de pensar na possibilidade de frustração de safra na América do Sul”, frisa Stefan Tomkiw, vice-presidente de futuros da The Jefferies Bache, de Nova York.
Cotações - Para os analistas, o desabastecimento vem sendo embutido nas cotações negociadas na Bolsa de Chicago. No caso da soja, a alta acumulada é de 70% em nove meses – de US$ 12,18 por bushel em janeiro para mais de US$ 17 por bushel. Mesmo assim, o consumo segue firme. “Quem pode comprar agora está comprando, para ter proteção de estoques pelo menos até o final do ano. Os preços só irão baixar consideravelmente quando a demanda acumulada for suprida”, analisa Dejneka.
Redução mais forte - O mercado não descarta redução de estoques mais forte que a previsto pela Conab no Brasil. A indústria admite que precisa de 3 milhões de toneladas de soja cumprir sua meta de processamento deste ano. A escassez no brasileiro começou a se desenhar há um ano. O potencial da última safra, que era de 75 milhões de toneladas, foi derrubado para cerca de 66 milhões devido à seca do último verão. “Como a demanda interna é praticamente a mesma, o consumo dos estoques foi basicamente para a exportação”, afirma Glauco Monte, analista da FC Stone, de São Paulo.
Exportação maior - “Produzimos menos e exportamos mais”, resume Aedson Pereira, da Informa Economics FNP, em relação ao ritmo das vendas brasileiras de soja neste ano. Foram exportadas cerca de 30 milhões de toneladas de soja em grão, 17% mais do que no ano passado. Quase toda a demanda extra é sustentada pela China. No mesmo período do ano passado, as compras chinesas totalizaram 17,5 milhões de toneladas.
Consumo mundial - Para o próximo ano, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), prevê que o consumo mundial de soja vai crescer 6 milhões de toneladas e beirar os 257 milhões de toneladas (veja no gráfico). Sozinho, o Brasil ficará responsável por embarcar 38 milhões de toneladas, conforme projeção da Informa.
Brasil está de olho em reservas de países vizinhos - O comércio de estoques não se restringe ao Brasil. O próprio país está prestes a ampliar a importação de soja. Argentina, Paraguai e até mesmo o Uruguai podem ajudar no abastecimento do mercado brasileiro até a entrada da próxima safra.
Importação - “Em janeiro de 2013 [quando a colheita brasileira terá apenas começado], vamos ter que trazer soja de algum lugar e provavelmente seja de um país do Mercosul, que também precisará exportar um pouco de seu estoque”, avalia Aedson Pereira, analista de mercado da Informa Economics FNP. A quebra do verão passado também afetou os vizinhos do Brasil.
Argentina - O fornecedor brasileiro mais provável, considerando o volume da produção, a Argentina deve fechar o ano com reservas reduzidas à metade das registradas no final de 2011 – a 2,2 milhões de toneladas. Por ter um baixo consumo interno, o Uruguai também passa a ser assediado, avalia Pereira.
Compras totais - Segundo a Informa, as importações brasileiras devem somar até 300 mil toneladas até a chegada da nova produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que 50 mil toneladas serão trazidas do exterior, mas deve revisar seus números até dezembro. No ano passado, o Brasil buscou 41 mil toneladas de soja em grão, segundo a Conab. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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SOJA II: Safra brasileira bate recorde em Chicago
Com sustentação no apetite internacional, especialmente o chinês, a safra brasileira de soja nunca foi tão valiosa. Nesta segunda-feira (10/09), o contrato que é referência para os negócios da próxima colheita do país, o março/13, atingiu máxima histórica na Bolsa de Chicago: US$ 17,12 por bushel, medida equivalente a US$ 37,77 por saca de 60 quilos.
Safra norte-americana - O avanço seguiu a onda de ganhos registrados pela safra norte-americana, que também bateu recorde ao ser negociado a US$ 17,89 por bushel (US$ 39,35 por saca) no melhor momento do dia, porém com valorizações mais modestas em relação à produção do Brasil. O contrato novembro/12 subiu 11 pontos, enquanto o março/13, 27 pontos.
Preocupação - O comportamento dos preços no pregão norte-americano mostra que o mercado internacional está cada vez mais preocupado com o abastecimento de soja. Como a situação no Meio-Oeste dos Estados Unidos caminha para uma definição, agora é a América do Sul e, principalmente o Brasil – principal player mundial da soja na próxima temporada – que atrai a atenção dos traders.
Quebras - Depois de uma sequencia de quebras na produção agrícola dos maiores produtores globais – primeiro na Argentina, Brasil e Paraguai em dezembro e janeiro passados, agora no Hemisfério Norte – o mundo está ansioso para saber se os sul-americanos darão conta de suprir a fome do planeta pela soja. A China, principal importadora da commodity, deve manter suas compras mesmo num cenário econômico de desaceleração.
Correções - E é baseado nesta conjuntura de crise global, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, que o mercado espera correções nas cotações do produto nos próximos dias. As baixas devem ser pressionadas pelos fundos de investimento, maiores detentores de contratos de soja em Chicago, que devem assumir uma posição de aversão a riscos, vendendo parte dos papéis que acumulam em suas mãos. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)
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AGROENERGIA: UE deve limitar uso de safras para biocombustíveis
A União Europeia deverá impor um limite para o uso de safras agrícolas para produção de biocombustíveis, por temores de que estes sejam menos benéficos ao clima do que se pensava inicialmente e pela competição com a produção de alimentos, segundo esboço de legislação da UE visto pela Reuters. O esboço, que depende de aprovação dos governos europeus e dos legisladores, representa uma grande mudança na política muito criticada da Europa para biocombustíveis e um reconhecimento implícito pelos legisladores de que a meta da UE para 2020 era falha desde o início.
Subsídios - O plano também inclui uma promessa para retirar todos os subsídios públicos para biocombustíveis produzidos a partir de culturas agrícolas, como colza, trigo e de matéria-prima para açúcar, depois que a atual legislação expirar em 2020. A Comissão deve publicar formalmente as regras nas próximas semanas. "A comissão (europeia) tem a visão de que, no período após 2020, os biocombustíveis deverão ser subsidiados apenas se eles levarem a substanciais economias nos gases causadores do efeito estufa... e se não forem produzidos a partir de safras utilizadas para alimentos e ração", segundo o esboço.
Dúvidas - A mudança ocorre após estudos científicos da UE levantarem dúvidas sobre a redução das emissões de combustíveis feitos à base de safras e acompanhando a fraca colheita nas principais regiões produtoras de grãos que elevaram os preços e reanimaram os temores de escassez de alimentos.
Limite - Com as propostas, o uso de biocombustíveis feito de safras como colza e trigo seria limitado a 5 por cento do consumo total de energia no setor de transportes em 2020. Tal limite colocaria em dúvida a meta da UE de fornecer 10 por cento dos combustíveis para transporte rodoviário de fontes renováveis até o final da década, sendo grande parte vindo de biocombustíveis feitos a partir de safras.
Resíduos - Em uma tentativa de compensar a escassez, a UE quer aumentar a fatia de biocombustíveis que não vêm da terra, feitos de resíduos domésticos e algas. As propostas constam nos planos há muito aguardados da UE para lidar com o impacto dos biocombustíveis na mudança do uso indireto da terra (Iluc, na sigla em inglês), um assunto que tem dividido autoridades, produtores de biocombustíveis e cientistas, atrasando os planos em mais de dois anos. (Reuters)
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SANIDADE: Mapa divulga balanço da primeira etapa da vacinação contra aftosa
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa imunizou 165.300.924 bovinos e bubalinos no País, uma cobertura de 97,85% nas etapas do primeiro semestre deste ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (10/09), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Santa Catarina e Amapá - Santa Catarina é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação desde maio de 2007 e, portanto, não participou da campanha. O Amapá também não vacinou nesse primeiro semestre, pois a vacinação passou a ser anual, no mês de novembro, devido às condições ambientais desfavoráveis para realizá-la em outros períodos.
Positivo - O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa considerou positivos os resultados da campanha, uma vez que foi acima do índice registrado no mesmo período de 2011, que foi de 97,7%. A primeira etapa da campanha teve início no mês de março, na calha do Rio Amazonas, prosseguindo nos meses de abril a junho, sendo que a maior parte dos estados vacinou no mês de maio. A segunda etapa da campanha teve início em julho, no Amazonas e no Pará. Os estados de Roraima e Rondônia serão os próximos a vacinarem em outubro enquanto a maioria dos demais estados vacinará em novembro.
Zona livre com vacinação - Atualmente, a zona livre da febre aftosa com vacinação é composta por 16 estados e o Distrito Federal. A campanha de vacinação e todo trabalho realizado pelo governo são fundamentais para garantir as zonas livres e impedir a reintrodução da doença no território. (Mapa)
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TRÂNSITO: Entra em vigor nesta terça a Lei do Descanso para motoristas profissionais
Entram em vigor nesta terça-feira (11/09) as resoluções 405 e 406 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que regulamentam a jornada de trabalho do motorista profissional que faz transporte escolar e de passageiros em veículos com mais de dez lugares, bem como no transporte de carga com peso bruto superior a 4.536 quilos.
Lei do Descanso - A regulamentação da Lei 12.619, também conhecida como Lei do Descanso, publicada no Diário Oficial da União de 14 de junho, estabelece que os motoristas têm que descansar 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas, além do direito a intervalo mínimo de 11 horas ininterruptas por dia. Quem descumprir essas exigências poderá ser multado em R$ 127,69 mais a perda de cinco pontos na carteira de habilitação.
Tacógrafo - O controle do tempo de direção e descanso será aferido por tacógrafo, registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo do veículo. O equipamento, obrigatório para veículos de transporte escolar, de passageiro e de carga, deve ser certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Registro manual - A fiscalização pode ser feita também em registro manual da jornada, por meio de diário de bordo ou ficha de trabalho, e o descumprimento da norma será considerada infração grave, sujeita a multa e retenção do veículo. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a regulamentação é um avanço para a categoria e vai diminuir o número de acidentes provocados por cansaço dos motoristas com sobrecarga de trabalho.
Tempo máximo - A partir de agora, o tempo máximo de direção diária será de dez horas, e a legislação obriga a empresa contratante a remunerar o motorista acompanhante, mesmo que não esteja dirigindo, além de custear o tempo parado em fiscalizações e terminais de carga e descarga. Cálculos preliminares dos sindicato de transportadores apontam para aumento médio de 30% nos preços dos fretes, pois além do aumento de custos, alegam que um caminhão hoje roda em média 10 mil quilômetros (km) por mês, e essa média deve cair para algo em torno de 7 mil km. (Agência Brasil)
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ENERGIA I: Dilma diz que redução do preço da tarifa pode ser maior
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (11/09) que a redução das tarifas de energia elétrica pode ser maior do que as anunciadas até agora. O preço da energia vai cair em média 16,2% para os consumidores residenciais e até 28% para a indústria, mas a redução pode ser maior após os cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as concessões que vencerão entre 2016 e 2017, disse a presidenta.
Estudo - “Essa reduções, poderão ser ainda maiores quando a Aneel concluir os estudos, em março, e apresenta-los numericamente no que diz respeito aos contratos de distribuição que vencerão entre 2016 e 2017”, disse, durante anúncio oficial das mudanças no cálculo das tarifas de energia.
Combinação - A redução do preço da energia vai se dar pela combinação do cálculo de preço na renovação de concessões do setor elétrico, redução de encargos federais que incidem sobre as contas de luz e aporte da União de R$ 3,3 bilhões. As mudanças estão em medida provisória assinada pela presidenta.
Competitividade - A presidenta Dilma reafirmou que o pacote aumentará a competitividade do país; terá efeito multiplicador em outros setores da economia e, combinado com outras medidas, vai garantir ao país uma década de crescimento. “Terá impacto sobre toda a economia, ao reduzir custo das mercadorias, melhorar a participação do país na disputa por mercados internacionais, criar mais empregos, reduzir a inflação”, listou.
Novo Modelo - As medidas anunciadas nesta terça fazem parte do chamado Novo Modelo do Setor Elétrico, política que começou a ser elaborada pela presidenta Dilma em 2003. Na época, ela era ministra de Minas e Energia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A redução do preço da energia e o futuro das concessões do setor sempre estiveram no centro das discussões das mudanças regulatórias.
Reconstrução - “Sabemos que a partir de 2003 um grande trabalho na área de energia foi feito em nosso país. Tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento e distribuição de energia, que amargaram oito meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresas e impuseram restrições a qualidade de vida da população. Tivemos que reconstruir esse setor”, disse.
Benefícios - Segundo Dilma, com o novo modelo, o governo conseguiu ampliar a geração e a rede de distribuição e transmissão, democratizar o acesso à energia, por meio do programa Luz para Todos, e deu “estabilidade e segurança” ao mercado elétrico. “Esse modelo sem dúvida deu certo. Mesmo com a economia crescendo, não faltou energia ao país, porque passamos a planejar. Esse país mudou, nós respeitamos contratos”, acrescentou.
Fiscalização e punição - A redução nas tarifas de energia é “a maior que se tem notícia nesse país” e vai beneficiar a todos os consumidores. As medidas para a redução serão acompanhadas de aumento da fiscalização e punições mais severas para empresas que descumprirem contratos”, de acordo com a presidenta. “Seremos cada vez mais vigilantes para garantir o serviço prestado pelas empresas, fiscalizaremos com rigor o cumprimento dos contratos e a qualidade dos serviços”, disse.
Presenças - O anúncio foi acompanhado pelos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e por governadores de estado. (Agência Brasil)
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ENERGIA II: Freio na inflação e força para o PIB
A redução nas tarifas de energia elétrica, detalhada pelo governo federal na manhã desta terça-feira (11/09) e que entrará em vigor no início de 2013, deve dar um alívio para a inflação e ainda um empurrão para a atividade econômica, graças ao barateamento dos custos de produção. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz do consumidor doméstico cairá 16,2% e a da indústria, até 28%. Segundo o governo, isso deve “tirar” ao menos 0,5 ponto porcentual do IPCA (índice oficial de inflação) de 2013. A Tendências Consultoria prevê um impacto até maior, de 0,55 ponto. As projeções atuais do mercado financeiro, que ainda não embutem essa redução, apontam para um IPCA de 5,54% no ano que vem, segundo relatório publicado nesta segunda-feira (10/09) pelo Banco Central.
Residencial - Esses cálculos se referem somente ao item “energia elétrica residencial” do IPCA. O IBGE, responsável pelo índice, considera que a luz elétrica tem um peso de 3,35% no orçamento dos brasileiros e de 3,45% nas contas das famílias da Região Metropolitana de Curitiba. Graças às revisões tarifárias promovidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o preço da energia para as residências já recuou um pouco neste ano – 0,3% em todo o Brasil e 3,1% em Curitiba e região.
Indústria - O custo da energia para a indústria, um dos mais altos do mundo, não é contabilizado no IPCA. E o efeito indireto da redução dessa conta dependerá de cada empresário, que vai decidir se o ganho será incorporado ao lucro ou repassado ao consumidor.
Consumidor - Para José Mascarenhas, presidente do conselho de infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), “é básico que a queda chegue ao consumidor e não adianta a indústria se apropriar dessa renda”. Segundo ele, a principal função do pacote do governo é resgatar a competitividade da indústria brasileira diante da concorrência externa. “A indústria só ganhará com isso se repassar os ganhos ao consumidor, que faz a aferição dessa competitividade”, disse. Mas, para a economista Adriana Molinari, da Tendências, esse repasse é pouco provável. “Todo ganho deve ser absorvido como margem [de lucro] pelo setor produtivo, que passa por um período conturbado”, afirmou.
Impulso - Do ponto de vista da atividade econômica, o pacote da energia deve permitir um crescimento “extra” do Produto Interno Bruto (PIB) de ao menos 5% entre 2013 e 2020, o que corresponde a 0,61% ao ano – um impulso considerável, dado que hoje o mercado projeta uma alta do PIB de apenas 1,62% em 2012 e de 4% em 2013. Essa estimativa parte do princípio de que, na média de todas as classes de consumo, a tarifa cairá 10%. Se ela baixar 20%, o crescimento adicional do PIB chegará a 8%, ou 0,97% ao ano.
Geração adicional - Na primeira hipótese, haveria uma geração adicional de 4,5 milhões de empregos (563 mil por ano) e, na segunda, de 5 milhões (625 mil por ano). Os cálculos são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e integram o Projeto Energia Competitiva, coordenado pela Abrace, entidade que reúne grandes consumidores de eletricidade.
Mercado livre pode ficar menos atraente - A eliminação de alguns dos principais encargos do setor elétrico deve ter impacto tanto no mercado regulado quanto no chamado mercado livre, que é formado por grandes consumidores e hoje responde por 27% de todo o consumo nacional. Mas não se sabe se o barateamento referente à renovação das concessões de hidrelétricas chegará aos consumidores livres. Se não chegar, esse mercado – em que preço, prazo e outras condições são negociados diretamente entre as companhias do setor e seus clientes – tende a ficar menos atraente.“É importante que o governo detalhe, com transparência, que porcentual da redução virá da retirada de encargos e quanto virá da prorrogação de concessões”, diz Carlos Faria, presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace). O diretor da comercializadora Trade Energy, Luís Gameiro, não acredita que o governo vá beneficiar apenas o mercado cativo. “É preciso haver isonomia entre os dois mercados”, diz.
Renovação afeta 6% do parque da Copel - O governo atua em duas frentes para baixar as tarifas. De um lado, vai eliminar alguns encargos do setor elétrico; de outro, vai renovar concessões de geração, transmissão e distribuição que vencem em 2015 e exigir das companhias, como contrapartida, uma redução nos preços da energia desses ativos. “Cerca de 20% da capacidade de geração e 75% das linhas de transmissão vencem em 2015”, diz Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ. “Essa definição é esperada há muito tempo. É um tema que causava muita insegurança no setor”, afirma Luiz Fernando Leone Vianna, presidente do conselho de administração da Apine, que reúne produtores independentes.
Situação tranquila - A situação da Companhia Paranaense de Energia (Copel) é relativamente tranquila. Ela já havia conseguido renovar as concessões de suas maiores hidrelétricas, e as quatro que vencem neste ano – a maior é a Parigot de Souza, em Antonina – representam só 6% de seu parque gerador. Mais importante para a empresa é a prorrogação de suas linhas de transmissão e da área de distribuição. O contrato desta, válido até 2015, já prevê a renovação por mais 20 anos. (Gazeta do Povo)
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