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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2936 | 20 de Setembro de 2012

VAREJO: Programa vai capacitar profissionais das cooperativas do Paraná

Será realizado, no próximo dia 27 de setembro, na sede da Cotriguaçu, em Cascavel, Oeste do Estado, o primeiro módulo do Programa de Formação dos Profissionais de Varejo, cujo objetivo é capacitar entre 25 e 30 técnicos das cooperativas do Paraná que atuam nos setores de varejo e alimentos. A iniciativa é do Sistema Ocepar. Os participantes serão orientados por professores da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo. O tema central do primeiro módulo é “Promoção de vendas e merchandising” e visa abordar conceitos básicos do marketing de varejo e questões relativas à comunicação, como diferença entre propaganda, promoção e publicidade, além dos objetivos de cada meio de divulgação. 

Outros módulos - O segundo módulo do Programa acontece no dia 23 de outubro e vai tratar sobre Shopper marketing. O terceiro módulo será realizado no dia 13 de novembro focando “Gerenciamento por categorias”. O quarto e último módulo vai abordar o tema “Embalagens e marcas”, no dia 27 de novembro. Todas as fases serão realizadas na Cotriguaçu.

Inscrições e informações – As inscrições devem ser feitas pelo agente de DH das cooperativas por meio do endereço eletrônico www.paranacooperativo.com.br ou com Ketlyn Zipperer (41-3200 1132/ Ketlyn@sistemaocepar.coop.br. Mais informações com Leandro Macioski, Robson Mafioletti ou Alexandre Amorim pelo fone (41) 3200 1100.

Varejo – A cada ano, as cooperativas paranaenses aumentam seus investimentos na área de varejo, ampliando as opções de itens à disposição dos consumidores nas prateleiras dos supermercados. Atualmente, 42% das matérias-primas recebidas pelo cooperativismo agropecuário sofrem algum tipo de processamento. A meta do setor é elevar o índice de industrialização a 50% até 2015, com boa parte desses produtos direcionados ao varejo.  

 

Clique aqui e confira a programação completa do Programa de Formação dos Profissinais do Varejo

 

FÓRUM AGRONÔMICO: Controle de plantas daninhas foi um dos temas discutidos no evento

O controle de ervas daninhas resistentes a herbicidas foi o tema de maior repercussão e debates durante o Fórum Agronômico promovido pelo Sistema Ocepar, na Associação Recreativa Lar, em Medianeira, na última terça-feira (18/09), com a presença de 80 profissionais da assistência técnica de 18 cooperativas paranaenses e aberto pelo presidente da Cooperativa Lar, Irineo da Costa Rodrigues. “Neste tópico as discussões foram com relação ao controle da buva e do capim amargoso, que tornaram-se resistentes ao glifosato devido ao uso contínuo e a falta de rotatividade de princípios ativos e principalmente rotação e manejo de plantios no Paraná”, conta o pesquisador da Embrapa Soja, Dionísio Gazziero, que conduziu o debate sobre o tema com os agrônomos das cooperativas visando estabelecer uma recomendação para o controle das ervas daninhas.

Adapar - Por isso, a Ocepar também convidou a participar do evento o engenheiro agrônomo da Adapar/PR, Alan Pimentel, que tratou do cadastro de agrotóxicos no Paraná para controle do capim amargoso. “Nós achamos importante que a Adapar possa estabelecer uma sistemática via receituário agronômico para que seja possível recomendar a utilização de alguns herbicidas em pré-emergência para facilitar o controle das plantas daninhas, uma vez que atualmente o herbicida, no caso o Select, para o controle do capim amargoso, está registrado e cadastrado somente para uso em pós emergência”, explicou o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

Clima - Outro tema discutido no Fórum Agronômico foi o prognóstico climático para a safra 2012/13, em que o palestrante do Inmet/Mapa, Luiz Renato Lazinski, frisou que o Brasil está sob a influência do fenômeno climático “El Niño” e que as chuvas devem começar a partir do final de setembro e serem regulares e bem distribuídas para a safra de verão. Lazinski comentou que nos próximos dias haveria a possibilidade de ocorrência de geadas em algumas regiões do Estado em decorrência de uma frente fria, o que se confirmou já na madrugada desta quinta-feira (20/09), com registros de geadas em alguns municípios do Sul do Estado.

Zoneamento e Código Florestal  - Já o coordenador geral do Zoneamento Agrícola do Mapa, Gustavo Bracale falou sobre a proposta de zoneamento agrícola do Mapa para as próximas safras, com a inclusão do conceito de municípios e regiões prioritárias para o zoneamento e seguro rural. Na sequência, o assessor a área de meio ambiente da Ocepar, Sílvio Krinski, apresentou as últimas informações sobre o Código Florestal, com as principais mudanças em relação a legislação anterior.

Outros temas - Durante o evento, a Ocepar também apresentou alguns assuntos de interesse das cooperativas, como o comunicado do Ibama sobre proibição de inseticidas, participação dos profissionais no Crea/PR, zoneamento agrícola da soja e novidades do plano agrícola e pecuário 2012/13. “A avaliação do evento foi positiva e permitiu a integração das cooperativas para discutir assuntos de interesse comum”, concluiu o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra. 

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SESCOOP/PR: Participantes avaliam positivamente curso sobre normas internacionais

sescoop PR 20 09 2012O segundo módulo do Curso de IFRS & CPCs - Normas Contábeis Internacionais foi concluído na tarde desta quarta-feira (19/09), na sala de Treinamento I do Sistema Ocepar, em Curitiba. Iniciado na segunda-feira (17/09) com 28 participantes, a capacitação está aprofundando os conhecimentos dos profissionais das cooperativas do Paraná sobre a convergência das regras nacionais de contabilidade aos normativos internacionais, trazendo uma boa discussão sobre os pontos de maior dúvida das cooperativas. As orientações estão sendo repassadas pela especialista no tema, professora Ana Maria de Abreu, que tem explicado e exemplificado a correta interpretação das normas através de exercícios práticos. O Curso de IFRS iniciou no mês de agosto e é divido em oito módulos com quatro encontros, sendo que o próximo acontece de 22 a 24 de outubro, quando serão tratados os seguintes temas: Fluxo de Caixa Descontado e Impactos Tributários; Estoques; Receitas e Provisões; Combinação de Negócios; Consolidação das Demonstrações Contábeis e Avaliação de Investimento pela Equivalência Patrimonial. A promoção é do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR).

Avaliação - Para o contador da Integrada, de Londrina, Nilton Bianchini Júnior, o curso está trazendo informações esclarecedoras. Ele iniciou sua carreira na cooperativa em 1999, como auditor interno e atua como contador há dois anos. “O curso é muito bom e está sendo crucial para nós. Nós tivemos a parte teórica e agora ele está trazendo uma visão prática sobre o assunto. Tudo fica mais claro quando fazemos a ligação entre esses dois pontos. O assunto é complicado mas a professora está se esforçando para facilitar o nosso entendimento. Se continuar nesse ritmo, nós vamos concluir o curso com esse mesmo pique”, afirmou.

Credibilidade – Já Alcir Sebastião Ribeiro trabalha como contador na Coamo, de Campo Mourão, há 35 anos. Ele também avaliou positivamente a capacitação. “As cooperativas estavam precisando dessas informações repassadas por uma profissional competente como a professora Ana Maria. São orientações necessárias para que as cooperativas fiquem interadas das normas internacionais de contabilidade e o contador que não está participando, com certeza, está perdendo porque essa capacitação é muito importante para o nosso dia a dia”, frisou.  “O curso fornece uma noção bastante forte sobre o tema e cabe a cada profissional fazer os seus estudos, melhorar esse entendimento e aplicar na sua cooperativa”. Alcir também vê como benéfico o processo de convergências das normas contábeis. “O benefício é o da comparabilidade. Nós temos condições de fazer um balanço que terá a mesma leitura aqui no Brasil, nos Estados Unidos ou na Europa. Todos interpretando da mesma forma e isso é importante para a credibilidade das cooperativas, especialmente para aquelas que operam com exportações, como é o caso da Coamo”, concluiu. 

UNIMED PARANÁ: Prêmio de Marketing na Convenção é concedido pela Unimed Brasil

unimed parana 20 09 2012A Unimed Paraná foi vencedora na categoria Ação Promocional, do 18º Prêmio de Marketing da Unimed do Brasil. A premiação conta com seis categorias (Ação Promocional, Ações no Meio Digital, Ações de Relacionamento, Campanha Publicitária, Ativação de Patrocínio e Uso da Marca) e teve dezesseis premiadas, divididas em Unimeds de pequeno, médio e grande porte.

Projeto Verão - A Federação Paraná foi vencedora com o Projeto Verão, que teve como slogan “Atitude de Verão é Brincar Mais”. Em parceria com a agência OC PROMO e todas as Singulares do estado, a Unimed Paraná (Federação) desenvolveu uma ação de marketing promocional, percorrendo 25 cidades no estado do Paraná, levando muita alegria e diversão a diversos públicos de relacionamento. O custo do Projeto foi dividido entre a Federação e as Singulares. A campanha contou com três fases: fortalecimento da rede assistencial no Litoral, campanha de comunicação institucional e ações promocionais de amplitude estadual, com ações que elas promovem nas cidades onde atuam.

Equipes - A ação Atitude de Verão Unimed foi composta por duas equipes de promotores e recreadores visitando todas as cidades das sedes das Singulares paranaenses bem como as praias do litoral do estado.

Incentivo - As pessoas impactadas pela ação eram incentivadas a brincar com os promotores, recebendo uma sacola de plástico oxibiodegradável e um brinde. Para receber o brinde, era necessário interagir com os promotores utilizando um dos brindes da ação: pula corda, pipa, ioiô, bola e fresbee. Além disso, em algumas praças houve ação conjunta da equipe de Medicina Preventiva, oferecendo dicas de saúde, aferindo a pressão e outros serviços básicos de saúde para a sociedade.

Mais premiadas - Além da Federação Paraná, quem levou o prêmio, no estado, foi a Unimed Curitiba, também na categoria Ação Promocional. Já a Unimed Maringá foi a vencedora do Prêmio de Comunicação, na categoria newsletter. (Imprensa Unimed Paraná)

SICREDI: Unidades de atendimento funcionam normalmente

Todas as Unidades de Atendimento do Sicredi, distribuídas em dez estados brasileiros, irão manter o funcionamento normal durante a greve dos bancos. Por atuar no modelo cooperativista, o Sicredi não adere ao movimento que começou esta semana em várias regiões do Brasil. O funcionamento é normal para todas as operações financeiras, como: saque, depósito, pagamentos, poupança, investimentos, entre outros. (Imprensa Sicredi)

CENTRAL SICREDI: Encontro Jurídico tem participação de 80 advogados em Curitiba

Na última semana, a Central Sicredi PR/SP realizou um Encontro Jurídico que reuniu mais de 80 advogados de escritórios ligados às cooperativas associadas. O evento aconteceu em Curitiba e teve como objetivo alinhar questões jurídicas inerentes às particularidades das cooperativas, que possuem uma legislação específica.

Troca de informações - Além disso, a programação contemplou a troca de informações entre os escritórios que prestam serviços para a rede e debates jurídicos sobre as principais áreas de atuação. "A missão foi cumprida. Pudemos auxiliar no trabalho desses escritórios que prestam serviços para o Sicredi, repassando dados de grande importância. Com certeza, a qualidade do atendimento prestado às cooperativas será ainda maior", destacou a assessora jurídica da Central Sicredi PR/SP, Priscilla Claudia de Oliveira Pereira.

Central SP - Ela lembra que a recente união com a Central SP também foi um dos motivos para a realização do evento. "Já havíamos planejado um encontro envolvendo os escritórios jurídicos do Paraná, porém tivemos que reorganizar para que tivéssemos a participação também dos advogados que trabalham para o Sicredi em São Paulo. Esse nivelamento de informações entre todos os escritórios é extremamente importante, haja vista as particularidades do sistema cooperativista de crédito, que possui uma legislação bastante específica", ressaltou a advogada.

Debate amplo - Um dos participantes do evento foi Carlos Augusto Azevedo Silva, que presta serviço para o Sicredi em Capanema (PR). Ele elogiou a iniciativa da Central PR/SP de promover o Encontro Jurídico: "fui um dos entusiastas para a realização deste evento. É de extrema valia essa troca de experiências entre os advogados. Assim, podemos obter resultados ainda melhores para o Sicredi. Sem dúvida, o evento atingiu o objetivo de promover um debate amplo e de qualidade sobre as principais áreas de atuação jurídicas da entidade", avaliou.

Sobre a Central Sicredi PR/SP - Atualmente, 39 cooperativas fazem parte da Central Sicredi PR/SP. No último ano, as coligadas obtiveram um crescimento de associados 19% maior que em 2010, totalizando 474 mil cooperados. Atualmente, o Sicredi administra mais de R$ 5 bilhões de ativos, sendo que, no primeiro semestre de 2012, atingiu um recorde de lucro, ultrapassando R$ 100 milhões de sobras. Boa parte deste montante é devolvida ao capital social dos associados, seguindo o modelo de atuação do Sicredi, no qual o lucro é dividido entre os cooperados.

Sobre o Sicredi - O Sicredi é um sistema composto por 113 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de atendimento (mais de 1.100 pontos), distribuídas em 10 Estados* - 905 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em quatro Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. (Imprensa Sicredi)

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

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SICREDI PARANAPANEMA: Assembleia nacional itinerante de consórcios é realizada em Cândido Mota

A cooperativa Sicredi Paranapanema PR/SP, com apoio da Administradora de Consórcios Sicredi, realizou nesta terça-feira (18/09) a assembleia nacional itinerante do segmento de motocicletas, em Cândido Mota (SP), contando com a presença de aproximadamente 500 pessoas.

Relevância - O presidente da cooperativa, Claudinei Angelin, iniciou a assembleia ressaltando a relevância que o evento representa em âmbito nacional. Angelin destacou ainda informações institucionais do Sicredi, as quais demonstram a solidez e a força do Sistema de Crédito Cooperativo, que já ultrapassou as marcas de dois milhões de associados e de 1.100 pontos de atendimento no Brasil. “O cooperativismo passa por um momento marcante de sua história, pois a ONU escolheu 2012 como sendo o Ano Internacional das Cooperativas, devido à importância da atuação deste setor na redução da pobreza, geração de empregos e integração social, e o Sicredi tem proporcionado estes e outros impactos nas comunidades onde atua”, reforçou.

Contemplados - A cooperativa teve 15 consorciados contemplados na assembleia, que reuniu seis grupos, os quais já distribuíram ao todo mais de R$ 2,8 milhões em créditos aos consorciados, desde o início. Os benefícios e diferenciais do consórcio foram apresentados pelo analista de mercado da Administradora de Consórcios Sicredi, Joel Queiroz da Silva, que também anunciou os contemplados da assembleia.

Funcionamento - As assembleias itinerantes, que acontecem nacionalmente, permitem ao consorciado, além de ter a chance de ser contemplado no próprio evento, entender o funcionamento de uma assembleia de consórcios e conferir a prestação de contas de seu grupo. A cada mês, a assembleia de consórcios é realizada na cidade cuja cooperativa obteve um destaque em vendas, prestigiando a dedicação da cooperativa por meio de seus associados e consorciados.

Ranking - No ranking do Bacen (Banco Central do Brasil), o Sicredi está atualmente na 13ª posição, com mais de 92 mil cotas ativas, com aproximadamente 1.500 contemplações por mês. Deste montante, 2,6 mil cotas pertencem à Sicredi Paranapanema PR/SP, com um total em carteira de crédito de aproximadamente R$ 65 milhões.

Informações - Mais informações sobre a assembleia e os planos de consórcios disponíveis no Sicredi, podem ser obtidos nas unidades de atendimento da Sicredi Paranapanema PR/SP.

Sicredi Paranapanema PR/SP - É uma das 113 cooperativas que integram o sistema Sicredi. Fundada em 1985, tem uma história marcada pela expressiva expansão, fortalecendo as comunidades e associados de toda a região do norte do Paraná e sul de São Paulo. Atualmente presente em 22 municípios, tem aproximadamente 27 mil associados e cerca de R$ 200 milhões em recursos administrados. (Imprensa Sicredi Paranapanema PR/SP)

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COCAMAR: Campeões de produtividade são conhecidos no Encontro de Cooperados

Com média de 1.760 caixas por hectare, o produtor Cláudio Garbin, de Paranavaí (PR), venceu o 10º Concurso de Produtividade de Laranja (safra 2011/12), promovido pela Cocamar, com a participação de citricultores da região noroeste do Paraná. Os ganhadores, em três categorias, foram conhecidos no final da manhã desta quarta-feira (19/09) em Paranavaí, durante o Encontro Cooperados de Citrus promovido pela cooperativa no auditório da empresa Louis Dreyfus Commodities, na BR-376.

Categoria pomares - Garbin ficou em 1º lugar na categoria de pomares de 15,1 a 40 hectares, seguido de Luiz Antônio Cremonesi Gimenes (de Floraí), com 1.704 caixas/hectare, e Izaías Schilive (Nova Esperança), que atingiu produtividade de 1.613 caixas/hectare.

Outros vencedores - Na categoria até 15,1 hectares, o ganhador foi Francisco Marques da Silva (Nova Esperança), com média de 1.449 caixas/hectare, à frente de Edson Takano (Paranavaí), com 1.329 caixas/hectare, e Osvaldo Ramires (Atalaia), 1.263 caixas/hectare. Entre os competidores com pomares maiores de 40 hectares, o primeiro colocado foi Celso Carlos dos Santos Júnior (Nova Esperança), com 1.724 caixas/hectare, seguido de João Luiz Pasquali (Paranavaí), com 1.506 caixas/hectare, e Yoshichiro Kanabushi (Paranavaí), 1.382 caixas/hectare.

Londrina – O Encontro, com a mesma programação de Paranavaí, aconteceu nesta quinta-feira (20/09), das9 às 12h no auditório Milton Alcover, do Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina. Além da divulgação dos vencedores do concurso de produtividade, especialistas apresentaram palestras sobre os cuidados em relação ao greening, uma das principais enfermidades da citricultura. (Imprensa Cocamar)

CÓDIGO FLORESTAL I: Senado vota MP na próxima semana

codigo florestal IO Plenário do Senado realiza nos próximos dias 25 e 26 sessões deliberativas para votar a MP do Código Florestal. O presidente do Senado, José Sarney, convocou o novo período de esforço concentrado ouvindo os líderes e motivado pela aprovação, na Câmara, da medida provisória do Código Florestal (MP 571/2012), conforme informou aos jornalistas o diretor da Secretaria Especial de Comunicação do Senado (Secs), Fernando Cesar Mesquita, nesta quarta-feira (19/09).

Texto - O texto aprovado pelos deputados na noite de terça-feira (18/09) modifica a MP e é fruto de acordo firmado em agosto na comissão mista que fez análise prévia da medida. Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff negou participação do governo no acordo, desagradando a bancada ruralista da Câmara, que tentou obstruir a votação da matéria. No Senado, no entanto, o texto deve ser aprovado sem dificuldades, uma vez que conta com a aprovação de senadores que acompanham o tema. (Agência Senado)

CÓDIGO FLORESTAL II: Mudança alivia médias propriedades rurais

Os médios produtores rurais são os principais beneficiados pelas mudanças no Código Florestal aprovadas terça-feira à noite pela Câmara Federal, avaliaram nesta quarta-feira (19/09) especialistas e líderes do agronegócio. Em caso de déficit, terão de recompor a vegetação até o máximo de 25% da área do imóvel. Esse limite não existia e passou a ser fortemente atacado pelas organizações de defesa do ambiente.

Porcentual - O porcentual vale para as propriedades que têm de 4 a 15 módulos fiscais – que equivalem à faixa de 50 a 180 hectares em Londrina, por exemplo. Na proposta anterior, apoiada pela presidente Dilma Rousseff, os proprietários teriam de preservar de 20 até 100 metros às margens dos rios – conforme a largura da correnteza – mesmo que essa faixa representasse a maior parte do imóvel ou inviabilizasse a produção agropecuária.

Expectativa - “Nossa expectativa é que a presidente sancione, sem vetos”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, referindo-se ao projeto recém-aprovado. O texto, que converte a Medida Provisória 571 em lei e dá andamento à regulamentação do Código Florestal sancionado em maio, ainda vai passar pelo Senado e poderá ser vetado pela presidente. A MP vale até 8 de outubro e a legislação já sancionada prevê a regularização do campo a partir de dezembro.

Proposta do governo - A proposta do governo já previa limites de 10% a 20%, para propriedades de até 4 módulos. Os porcentuais não liberam o desmatamento da vegetação existente, mas condicionam a cobrança tanto de Áreas de Preservação Permanente (APPs) de margem de rio como a de Reserva Legal (RL) – que corresponde a 20% (Mata Atlântica e campos gerais), 35% (Cerrado) e 80% (Floresta Amazônica) dos imóveis rurais.

Impacto - Houve redução na largura mínima das faixas à margem de rios que terão de ser preservadas, mas essas mudanças não devem ter grande impacto, uma vez que o cuidado com os recursos hídricos é consensual e a maior parte das propriedades atende aos requisitos antigos, avaliou o agrônomo Silvio Krinski, que monitora as discussões como assessor da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Ele refere-se às propriedades paranaenses. As matas nativas não podem ser derrubadas, mesmo que sejam maiores que o exigido.

Entidades ambientais - As entidades ambientais atacaram a votação na Câmara. A SOS Mata Atlântica considerou que a bancada ruralista impôs um “tratoraço” sobre a legislação ambiental. “Ao mexer nas dimensões das APPs e limitar as cobranças sobre médias propriedades, a Câmara votou justamente o que a presidente Dilma havia desautorizado”, disse o diretor de Políticas Públicas da organização Mario Mantovani.

Contra - A saída negociada não está prevalecendo, avaliou o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Clóvis Borges. O movimento é contrário ao que ele define como “conciliação da conservação do patrimônio natural com as atividades de produção”. As avaliações de curto prazo estão prevalecendo, alerta. Em sua opinião, o Código Florestal deveria ser chamado de “Código Agrícola Brasileiro”.

Discussão abre caminho para uso econômico da reserva legal - O fato de as discussões se concentrarem nas dimensões das Áreas de Proteção Permanente (APPs) indica que o uso econômico da Reserva Legal (RL) poderá ser adotado a partir de dezembro, quando começa efetivamente a regularização das propriedades rurais. O novo Código Florestal permitirá, por exemplo, o plantio de frutas nas áreas a serem recompostas.

Uso econômico - O diferencial é que as reservas passam a ter uso econômico e a preservação não representará necessariamente prejuízo ao produtor rural, aponta o agrônomo da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Silvio Krinski. Por outro lado, no caso do cultivo de laranja, a produção em APPs terá poucas condições de competir com as lavouras de citros. Elas não poderão usar agrotóxicos necessários ao controle das principais pragas, frisa o especialista.

Cadastro - Os governos federal e estadual têm até dezembro para definirem como será o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em cada unidade da federação. A partir daí, os proprietários terão prazo para se cadastrar e seguir orientações específicas do Programa de Regularização Ambiental (PRA). No Paraná, o CAR ainda não foi estabelecido pelo Instituto Ambiental, o IAP.

Preparação - As cooperativas do estado tentam se antecipar. Nos últimos meses, foram realizadas quatro reuniões preparatórias com agentes do setor. As empresas consideram que técnicos e produtores vão precisar de orientação intensiva sobre as mudanças e exigências legais. (Gazeta do Povo)

ALEP I: Deputados aprovam Lei de Inovação

alep 20 09 2012A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, nesta quarta-feira (19/09), a redação final do projeto de lei nº 434/12, que cria a Lei Estadual de Inovação estabelece medidas de incentivo à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico. No documento encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia é informado que o anteprojeto incorporou sugestões debatidas em audiências públicas com representantes das universidades estaduais e diferentes institutos de pesquisa, além de reunir contribuições apresentadas durante ampla consulta pública. O texto também recebeu aprovação do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT-Paraná). (Assessoria de Imprensa da Alep)

 

 

ALEP II: Comissão de deputados aprova diretoria de agência do pedágio no PR

alep II 20 09 2012A diretoria da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) foi aprovada, por unanimidade, pela Comissão de Obras Públicas e Transportes da Assembleia Legislativa. Os nomes que encabeçam a Agepar foram indicados pelo governador Beto Richa. A agência terá como focos iniciais a repactuação dos contratos de pedágio com as concessionárias e a avaliação das linhas de transporte intermunicipal de passageiros.

Sabatina - Estava prevista uma sabatina com os membros indicados para a Agepar, mas a comissão de deputados abriu mão de fazer perguntas, por considerar que o currículo dos diretores apontados, com “vasta bagagem” no serviço público, tornava prescindíveis os questionamentos. Passam a integrar a diretoria da Agepar Antonio José Correia Ribas (diretor-presidente), Nelson de Marco Rodrigues, Ney Teixeira de Freitas Guimarães, Mauricio Sá de Ferrante e José Alfredo Gomes Stratmann.

Lei - A lei que prevê a criação da Agepar foi aprovada em 2002, quando Jaime Lerner era governador do estado, mas o órgão nunca foi efetivado. O recém empossado presidente da Agepar afirma que o entidade se pautará por uma mediação técnica entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e as concessionárias, tanto na questão dos pedágios quanto de transporte público. “Nenhum de nós tem cores partidárias”, disse Ribas.

Equipe - A diretoria da Agepar tem 180 dias para apresentar um quadro de funcionários e estabelecer seu regimento – ambos precisarão ser aprovados pela Assembleia Legislativa. O presidente da Agepar afirma, no entanto, que pretende ter sua equipe trabalhando em até três meses. Além disso, Ribas diz que já está imediatamente aberto a analisar demandas que cheguem a ele pela sociedade, concessionárias ou o DER. “Queremos agir como mediadores quando surgir um impasse. Não somos um órgão executivo, mas agiremos como fiscais também do DER”, afirma.

Papel fundamental - O líder do governo na Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), afirma que a Agepar terá papel fundamental de amparo à Comissão de Obras Públicas e Transportes da Assembleia. “Com a regulação dos serviços públicos, podemos chegar a um equilíbrio entre as demandas governamentais e as reivindicações da sociedade”, diz. (Gazeta do Povo)

CARNES: Liberados R$ 30,4 milhões para leilões de suínos vivos

Foi definida nesta quarta-feira (19/09), a liberação de até R$ 30,4 milhões para a realização de leilões públicos de equalização dos preços do suíno vivo com o objetivo de contemplar a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) para os produtos. A decisão foi tomada pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão por meio da Portaria Interministerial nº 842, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Mercado - Os leilões serão realizados quando os preços de mercado do suíno vivo estiverem abaixo de R$ 2,30/kg, nas Regiões Sul e Sudeste, e de R$ 2,15/kg, na Região Centro-Oeste. Poderão ser utilizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mecanismos de apoio à comercialização: Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e/ou sua Cooperativa (PEPRO) e Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). Criadores, cooperativas, abatedouros e frigoríficos poderão participar dos pregões. A origem do produto a ser amparado será os estados da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O limite por leilão será de 50 toneladas de suíno vivo por criador ou cooperado e o valor máximo do prêmio será de R$ 0,40 por quilo.

Equilíbrio econômico - Para o ministro Mendes Ribeiro Filho, a ação é necessária para recompor o equilíbrio econômico no segmento e equacionar os problemas provocados pela alta de insumos da ração. "Atingimos mais um objetivo em dar suporte aos suinocultores, pois sabemos as dificuldades enfrentadas com o aumento de custo de produção em 4%", analisa.

Garantia - De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, a medida foi tomada para garantir que o produtor não receba pelo seu produto um valor abaixo do seu custo de produção, maior este ano em função da alta dos preços do milho e do farelo de soja, principais ingredientes da ração.

Comprovação - O prazo máximo para a comprovação da operação para fins de recebimento do prêmio será de até 120 dias corridos, contados após a data limite estabelecida para a venda do produto, em cada leilão, cabendo ao Mapa estabelecer o limite para cada operação. (Mapa)

LARANJA: Governo destina R$ 120 milhões para garantir preço da fruta

laranja 20 09 2012O Governo Federal disponibilizou R$ 120 milhões para a realização de leilões públicos de equalização dos preços da laranja. A Portaria Interministerial nº 841 – assinada pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Fazenda, e do Planejamento, Orçamento e Gestão –, que define os critérios para participação nos pregões, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (19/09).

Pepro e Pep - Os leilões serão realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que utilizará como mecanismos de apoio à comercialização o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e o Prêmio de Escoamento de Produto (Pep), para laranja in natura, da safra 2012. A fruta negociada deverá ser dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A diferença básica entre as duas modalidades está em quem participa dos leilões como arrematantes dos prêmios. No Pep, os participantes serão os compradores de laranja in natura diretamente do produtor rural que disputam o prêmio em leilão. No Pepro, os próprios produtores é que participam dos leilões como arrematantes do prêmio.

Auxílio ao setor - Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, a medida faz parte das ações do Governo Federal para auxiliar o setor. "O Governo tem trabalhado para amenizar a situação que o segmento passa. Além das ações emergenciais, recentemente, o ministério publicou uma instrução normativa que eleva dos atuais 30% para 50%, no mínimo, o conteúdo de suco de laranja nas bebidas com o néctar da fruta, o vai permitir distribuição adicional de 10 mil toneladas a mais do produto no mercado interno", lembrou.

Excedente de produção - Até o final deste ano, serão realizados vários leilões no intuito de escoar o excedente de produção, estimado, atualmente, em 15 a 20 milhões de caixas. Por meio das operações de Pep, será pago um prêmio para quem se dispuser a garantir o pagamento do preço mínimo ao produtor e retirar o produto dos estados produtores, garantindo, assim o escoamento do excedente de safra. Além da supersafra, as indústrias divulgaram a existência de 662,4 mil toneladas de suco de laranja em estoque, o que provoca queda nos preços pagos aos produtores.

Medidas - Para amenizar a situação, o Governo já renegociou as dívidas dos produtores, criou uma linha de crédito para manutenção de pomares, além de renegociar as parcelas vincendas em dezembro de 2012, janeiro e fevereiro de 2013 das operações contratadas por meio da Linha Especial de Crédito (LEC) de 2011, financiando, assim, por mais um ano, o carregamento de parte dos estoques de suco de laranja, e permitindo que as indústrias comprem e processem mais dessas frutas.

Procedimentos - Os produtores e compradores interessados em participar dos pregões de Pep e Pepro deverão se dirigir a uma Bolsa de Cereais, de Mercadorias e/ou de Futuros, procurar um corretor e autorizá-lo por escrito a fazer as negociações em seu nome. Somente os corretores credenciados pelas Bolsas poderão fazer lances para negociar o prêmio oferecido pelo Governo. O corretor providenciará o cadastramento do cliente na Bolsa para a qual opera, sendo necessária a comprovação do efetivo exercício de sua atividade por meio do preenchimento do Demonstrativo da Lavoura Cultivada, conforme modelo da Conab. O cadastramento poderá ser realizado por meio das Bolsas de Mercadorias ou diretamente nas Superintendências Regionais da Conab. (Mapa)

A lista das bolsas autorizadas e as cartilhas sobre Pep e Pepro estão disponíveis nos seguintes endereços eletrônicos:

Lista das bolsas de mercadorias e futuros
http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=523&;t=2

Cartilha do PEPRO http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_04_20_11_04_40_pepro_2011..pdf

Cartilha do PEP

http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_04_20_11_07_23_pep_2011..pdf

BNDES: Para Coutinho, país precisa zelar por real menos apreciado

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu nesta quarta-feira (19/09) a manutenção do real desvalorizado nos níveis atuais a fim de ajudar a estimular a economia brasileira. "Precisamos zelar pela manutenção de um câmbio menos apreciado", disse durante a abertura do Fórum Nacional - Sessão Especial, do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do banco. José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, convidado do evento, fez críticas à forma como o governo conduz o processo de redução das tarifas de energia. E Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), afirmou que "o Brasil precisa de ações voltadas para as pequenas empresas".

Competitividade - Coutinho, que fez palestra no painel "Competitividade da indústria e aumento dos investimentos" aponta o câmbio como um dos principais instrumentos para garantir a competitividade da indústria brasileira. A manifestação de Coutinho a favor do real desvalorizado ocorre na esteira das intervenções do Banco Central depois das medidas de afrouxamento monetário que vêm sendo baixadas pelo Fed (Banco Central americano), nos Estados Unidos. "Acho que não é saudável descontar na competitividade do Brasil as distorções criadas fora do país. Numa visão de médio e longo prazo, devemos priorizar o nosso desenvolvimento", disse.

Valorização das commodities - Mesmo que ocorra uma valorização das commodities em função da decisão do Fed, algo que o presidente do BNDES considera "incerto", para ele o Brasil tem condições de enfrentar essa situação com aumento de produtividade e câmbio menos apreciado.

Crédito - Coutinho fez considerações também sobre o crédito. "A redução dos juros provocará uma mudança na capacidade de crédito do país. Vai ainda acelerar o sistema positivamente, criar a oportunidade de transformar a poupança em crédito e também transformar o mercado de capitais". Para ele, o país precisa manter "bases sustentáveis de crescimento", disse, referindo-se a uma taxa Selic em níveis baixos e um real menos apreciado em relação ao dólar.

Elogio - O presidente do BNDES elogiou as medidas recentes tomadas pelo governo para reativar a economia, como a redução das tarifas de energia, o programa de concessões em logística e o anúncio de novos leilões de blocos de petróleo pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Crítica - Já o economista José Roberto Mendonça de Barros, que falou no painel "Visão de Brasil/superação da crise e criação de oportunidades", criticou a forma como o governo conduz o processo de redução das tarifas de energia elétrica. "O modelo cria instabilidade e incerteza jurídica. A impressão que dá é que o Brasil está mais comprometido em derrubar a inflação do que com outras coisas", disse Mendonça, referindo ao efeito imediato que a redução das tarifas terá nos índices de preço ao consumidor.

Falta de transparência - Mendonça de Barros afirmou que "faltou transparência" nas intenções do governo em negociar a prorrogação das concessões nas áreas de geração, transmissão e distribuição. Ele criticou ainda o prazo de 30 dias que o governo deu às empresas para se manifestarem sobre os novos termos do modelo de concessão. "Foi uma coisa feita de forma atropelada. Isto pode levar insegurança jurídica aos investidores privados e externos."

Agenda política - Marcelo Neri, participante do painel "Brasil, país de classe média", afirmou que "o país precisa de agenda política voltada para os pequenos produtores". Segundo ele, o país tem programas para grandes empresas, mas é preciso aumentar o foco nas pequenas. "Precisamos trazer inovação desde baixo. A agenda do país para as empresas é boa, mas não está completa." Sobre as grandes empresas, disse que elas têm um papel importante na criação de empregos. "O Brasil é país de grandes produtores, de grandes empresas, que estão ajudando a reduzir as desigualdades, com aumento da renda e do emprego", afirmou. (Valor Econômico)

ENERGIA ELÉTRICA I: Governo prepara desindexação do preço

O governo aproveitará a prorrogação das concessões para avançar na desindexação das tarifas de energia elétrica. Até o fim do ano, será definida uma forma de reduzir o peso do IPCA e do IGP-M nos contratos do setor. A principal mudança dirá respeito aos contratos das empresas geradoras com as distribuidoras, que desde 2004 são regidos pelo IPCA. A partir da virada do ano, quando vence um grande lote de contratos de comercialização da energia produzida por usinas já amortizadas, a correção automática pelo IPCA deve ser substituída por uma cesta de índices.

Grupo técnico - Há um grupo técnico discutindo esse tema e uma alternativa seria a construção de um índice setorial para determinar os reajustes das tarifas. Mas a proposta que se mostra mais adiantada, no momento, é a de esquadrinhar a estrutura de custos das usinas e escolher índices distintos para fazer os reajustes. Num exemplo hipotético, o custo da mão de obra teria um sistema de correção por algum índice ligado à variação dos salários; o do cobre, ao preço internacional do metal, e assim por diante.

Salada de índices - Atualmente já há "uma salada" de índices na energia, observou uma fonte oficial. Os custos gerenciáveis das distribuidoras obedecem à variação do IGP-M menos o fator "x" (ganhos de produtividade); na transmissão e na geração prevalece o IPCA; nas termelétricas, o peso se divide entre IPCA e os preços internacionais do petróleo e do gás natural.

Influência menor - O governo quer reduzir a influência do IGP-M e do IPCA na determinação dos preços da energia para enfraquecer o ciclo da inércia inflacionária, que leva a inflação de amanhã a reproduzir a inflação de ontem.

Indexação - Em Paris, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu nesta quarta-feira (19/09) o enunciado da medida que terá de sair até dezembro. "Quando terminarem os contratos de energia elétrica deveremos modificar a indexação desse setor, que é importante", disse, em entrevista na embaixada do Brasil após encontro com empresários.

Mudança - Em 2004, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, mudou o indexador dos contratos de comercialização do IGP-M para o IPCA. A medida ajudou, mas não resolveu. Trocou um índice volátil por um que retrata melhor a inflação doméstica. Agora, como presidente, ensaia novos passos na desindexação. (Valor Econômico)

ENERGIA ELÉTRICA II: MP que reduz tarifa e prorroga concessões recebe 431 emendas

A Medida Provisória 579, que reduz as tarifas de energia elétrica e permite a prorrogação das concessões do setor, recebeu 431 emendas parlamentares e já se tornou alvo de intenso lobby no Congresso. As atuais concessionárias buscam suavizar as regras para renovar os contratos de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão, enquanto a indústria faz uma ofensiva para maximizar a queda de preços no mercado livre, que atende aos grandes consumidores empresariais.

Comissão mista - Em meio às discussões, fracassou nesta quarta-feira (19/09) a primeira tentativa de instalar uma comissão mista para analisar a MP, por falta de quórum. Os integrantes da comissão já foram designados e o PMDB reivindica para si a relatoria, com o senador Renan Calheiros (AL) despontando como favorito. A alta quantidade de emendas - só superada recentemente pelas apresentadas à medida provisória do Código Florestal que substitui os vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto original - pode mexer substancialmente nas regras recém-anunciadas pelo governo para renovar as concessões com vencimento entre 2015 e 2017.

Mais prazo - A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), que reúne geradoras como a mineira Cemig e a paulista Cesp, pede a ampliação do prazo - de 30 para 90 dias após a publicação da MP - para a manifestação formal de interesse das empresas na prorrogação de seus contratos. "Pode não parecer, mas é um ponto importante. O prazo de 15 de outubro é apertado", diz o presidente da Apine, Luiz Fernando Vianna.

Retirada - A entidade também busca retirar usinas hidrelétricas como São Simão (Cemig) e Três Irmãos (Cesp) das regras impostas pela MP 579. Como suas concessões nunca foram prorrogadas, elas ainda têm direito a uma extensão do contrato atual, por até 20 anos. Mas "deram o azar" de estar com pedidos de renovação tramitando na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) justamente agora e acabaram sendo igualmente afetadas pelas novas regras. Se nada mudar, essas usinas serão remuneradas apenas pelos custos de operação e de manutenção, com tarifa bem inferior à praticada hoje em dia.

Cuidado - Para o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), integrante da comissão mista que analisará a MP das concessões de energia elétrica, situações como essa precisam ser discutidas. "Tem que haver cuidado para que o investidor se sinta confortável. Ainda há perplexidade com as medidas", diz Imbassahy, ex-presidente da Eletrobras, entre 1995 e 1996.

Propostas - O parlamentar tucano apresentou 31 emendas, eliminando restrições ao mercado livre de energia e dando mais prazo para os pedidos de renovação dos contratos pelas atuais concessionárias, entre outras propostas. "A iniciativa do governo ao reduzir as tarifas, de forma geral, é louvável. Mas a forma como isso foi feito ainda gera incertezas", afirma.

Atenção especial - O senador Armando Monteiro Neto, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), diz que as indústrias eletrointensivas merecem atenção especial e encaminhou quatro emendas à MP 579. Ele argumenta que há espaço para reduzir mais ainda as contas de luz, com reduções de tributos, além da retirada ou diminuição de outros encargos setoriais. "A minha linha é garantir que esse processo de desoneração possa produzir efeitos na cadeia produtiva."

Apoio - O presidente da Abrace (Associação dos grandes consumidores industriais de energia), Paulo Pedrosa, foi pessoalmente ao Congresso em busca de apoio a ajustes na MP. Uma de suas prioridades é tirar algumas amarras do mercado livre, como a permissão para vender "sobras" da energia contratada pelas empresas, e estender para a indústria todos os benefícios da redução de tarifas. A Abrace calcula, com base em estimativas de seus 46 associados, que a eletricidade paga por elas cairá entre 9% e 16%.

Percentual inferior - Esse percentual é inferior à queda de até 28% divulgada pelo governo. Isso ocorre porque a energia vendida no mercado livre, onde atua a maioria das indústrias, receberá plenamente os efeitos da retirada de encargos, mas os ganhos propiciados pela redução de tarifas das usinas já amortizadas se restringirá ao mercado cativo - das distribuidoras -, que atende às residências e ao pequeno comércio.

Reafirmação de conceitos - Pedrosa garante que as sugestões da Abrace, encaminhadas a vários parlamentares, não colocam em risco a essência das regras definidas pelo governo. "As nossas propostas reafirmam os conceitos da MP. São contribuições de aperfeiçoamento", diz.

Sciarra - O deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR), que também faz parte da comissão mista, apresentou 20 emendas. Uma delas tenta incluir, na MP, uma "oportunidade extra" para a redução das tarifas de energia. Sciarra levantou dados sobre o orçamento da Aneel e chegou à conclusão de que quase R$ 2 bilhões foram contingenciados. Como a fonte de financiamento da agência é uma taxa de fiscalização cobrada nas contas de luz e que representa cerca de 0,25% do que é pago por todos os consumidores, o deputado quer que o encargo deixe de ser recolhido enquanto toda a receita do ano anterior não tiver sido efetivamente aplicada. O impacto estimado por ele é de redução adicional de até R$ 0,55 por MWh.

Relatoria - Embora o nome de Armando Monteiro Neto tenha surgido como uma possibilidade para a relatoria da MP, a maior aposta dos parlamentares é que ela fique com Renan Calheiros, numa estratégia do governo para evitar sobressaltos na tramitação. Renan articula sua volta à Presidência do Senado, em 2013, e espera o aval do Palácio do Planalto.  (Valor Econômico)

INDÚSTRIA: Indicadores mostram que o setor está mais confiante

A confiança da indústria voltou a crescer, e de forma expressiva, em setembro, segundo duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira (19/09). Os dois levantamentos - feitos pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) - sugerem que a retomada da produção se manteve neste mês.

Bens duráveis - De acordo com a pesquisa da FGV, a retomada da produção da indústria ainda é gradual e concentrada em bens duráveis, principal segmento favorecido pelas medidas do governo de isenção e de redução tributária. Na prática, ainda não há indícios de recuperação robusta nas indústrias de bens intermediários e de bens de capital, segundo o economista Aloísio Campelo, coordenador da sondagem da FGV. Os dados divulgados são uma prévia e englobam dois terços da coleta total realizada para cálculo da pesquisa.

Índice de Confiança - Campelo observou que a prévia da sondagem indicou alta de 1,1% no Índice de Confiança da Indústria (ICI). Em agosto, o indicador completo subiu 1,4%. "Caso o resultado da prévia se confirme, será um sinal positivo. Não tínhamos duas altas acima de 1% consecutivas no ICI desde novembro e dezembro de 2009", afirmou.

Otimismo - O otimismo medido pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da CNI, subiu de 54,5 pontos para 57,4 pontos entre agosto e setembro. É o segundo aumento consecutivo do indicador, que avançou entre julho (53,3 pontos) e agosto. O Icei varia de zero a cem pontos. Valores acima de 50 representam otimismo. Na comparação com setembro de 2011 (56,4 pontos), houve crescimento de um ponto percentual.

Retomada - O resultado "indica a retomada da atividade industrial", avaliou, em nota, a CNI. Além disso, a confiança cresceu de forma generalizada em todos os setores da indústria de transformação, o que não ocorria desde outubro de 2009.

Expectativas - Na pesquisa da FGV, um dos aspectos que contribuíram para melhor desempenho do ICI na prévia foi o Índice de Expectativas (IE), um dos dois subindicadores componentes do ICI, que atingiu 104,7 pontos, no resultado preliminar do mês (a escala vai até 200 pontos). "Caso a prévia se confirme, seria a primeira vez que o IE atingiria patamar acima da média histórica do índice (103,7 pontos) desde junho de 2011", diz Campelo.

Indústria da transformação - No entanto, observou, a prévia do ICI em setembro ainda mostra o indicador completo em 105,2 pontos - abaixo da média histórica de 105,4 pontos. "Há sinais de recuperação, mas ainda muito moderada, dentro da indústria de transformação", salientou. Para ele, uma verdadeira retomada só seria possível se os sinais de recuperação da atividade fossem mais "espalhados" e incluíssem setores-chave da indústria, como bens de capital e bens intermediários.

Alimentos - Embora os sinais de retomada ainda sejam concentrados na indústria de duráveis, Campelo afirmou que a prévia de setembro mostrou indícios positivos de atividade nas indústrias de não duráveis, como alimentos. Esse tipo de produto é mais relacionado à demanda interna, que opera com saldo positivo, beneficiada por renda em patamar elevado e baixa taxa de desemprego. "Qualquer sinal de retomada este ano ainda será puxado pelo mercado interno. Os sinais de demanda internacional continuam ruins", explica.

Capacidade instalada - Outro ponto destacado pelo economista foi a prévia do Nível de Utilização de Capacidade Instalada com ajuste sazonal, de setembro, que foi de 84,1% - em agosto, o índice completo, com ajuste, foi de 84%. "Isso mostra claro aumento da produção da indústria", diz Campelo. (Valor Econômico)


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