Imprimir
Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2944 | 02 de Outubro de 2012

CONVENÇÃO FACIAP: Presidente da Ocepar destaca avanços do cooperativismo

No ano em que a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu como sendo o Ano Internacional do Cooperativismo, o Paraná tem muito o que comemorar. As 240 cooperativas filiadas ao Sistema Ocepar devem registrar uma movimentação financeira superior a R$ 32 bilhões, sendo responsáveis por 13% de toda a riqueza do estado e por 55% do PIB agrícola. Na tarde desta segunda-feira (01/10), durante a XXII Convenção Anual da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), em Foz do Iguaçu, as conquistas e os desafios do setor cooperativista foram destacados no painel “Os avanços obtidos pelas cooperativas agropecuárias e de crédito no Estado do Paraná”. O debate foi conduzido pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e teve a participação do presidente da Faciap, Rainer Zielasko, do presidente do Sicoob e do Sebrae/PR,  Jefferson Nogaroli, do vice-presidente do Sicredi PR/SP, Jaime Basso, e do presidente da cooperativa Agrária, Jorge Karl.

A Convenção– A XXII Convenção da Faciap foi aberta no último domingo (30/09) e segue até esta terça-feira (02/10), no Hotel Mabu. O evento, reconhecido por reunir empresários e Associações Comerciais e Empresariais de todo o Paraná, trouxe como temática deste ano três importantes pilares: “Empreender, Cooperar e Associar para um mundo melhor”. Durante os três dias, aconteceram palestras, painéis e plenárias relacionadas ao tema. Houve também a entrega de prêmios relacionados a diferentes áreas: o prêmio Faciap de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável, o prêmio IPPEX de Excelência em Comércio Exterior, além do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios na fase estadual.

Um setor em expansão– Convidado a falar sobre o modelo associativista cooperativo, Koslovski destacou alguns fatores que vem favorecendo a expansão das cooperativas paranaenses, a exemplo dos fortes investimentos na agroindustrialização, processo que agrega valor à produção primária, e o incremento das exportações de produtos cooperativos, não apenas por meio do aumento do número de produtos comercializados, mas também com a conquista de novos mercados. O dirigente lembrou ainda de acontecimentos que foram decisivos para a expansão do cooperativismo paranaense, como a criação do Recoop (Programa de Revitalização das Cooperativas) e também do Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). “O Sescoop é o ‘S’ do nosso setor e vem fazendo um trabalho fantástico na formação profissional em todos os níveis das pessoas envolvidas com o cooperativismo em nosso estado”, comentou o dirigente, lembrando que somente no ano passado foram registrados mais 129 mil participações nos cursos de formação e capacitação realizados pelo Sistema, em parceria com as cooperativas. “Outro dado importante é que estão em andamento 33 cursos de MBAs, todos eles viabilizados com recursos do Sescoop/PR. Isto mostra que um dos principais diferenciais do cooperativismo paranaense é o expressivo investimento realizado nas pessoas”, disse.

 Crédito – Koslovski falou ainda sobre o crescimento exponencial das cooperativas de crédito. Ele lembrou  como foi o processo de organização do sistema de crédito no Brasil, a constituição dos bancos cooperativos, a legislação e a busca constante pela profissionalização e apoio do governo. O dirigente comentou também que o ramo crédito tem seus desafios e precisa continuar mobilizado em torno de questões como a aprovação do acesso ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), buscar avançar nas tratativas sobre fundo garantidor e aperfeiçoar ProcapCred.

{vsig}noticias/2012/outubro/02/convencao_faciap/{/vsig}

FÓRUM FUTURO 10: Entidades discutem propostas para a regulamentação da Lei da Inovação

Forum 02 10 2012LargeO Comitê Executivo do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná promoveu uma reunião, na manhã desta terça-feira (02/10), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, para avaliar a Lei paranaense de Inovação, sancionada pelo governo do Estado no dia 24 de setembro. Também foram discutidas propostas ligadas à sua regulamentação. “Em 15 dias, as entidades que compõem o Fórum deverão se reunir com o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Alípio Leal, para apresentar as suas sugestões”, informou o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa.

Infraestrutura – Também foi realizado o alinhamento das proposições na área de infraestrutura que serão apresentadas ao presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo. Ele deve participar de uma reunião de trabalho pré-agendada para o dia 31 de outubro, em Curitiba. Na oportunidade, a ideia é mostrar a visão do Fórum a respeito dos melhores traçados de linhas ferroviárias para o Paraná. 

AGROSAFRA: Colheita norte-americana de soja e milho está acima da média, aponta Usda

agrosafra 02 10 2012Até esta segunda-feira (01/10), a colheita nos Estados Unidos já havia sido realizada em 54% da área de milho e 41% da área de soja, segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) divulgado na última sexta-feira (28/09). A média histórica de colheita nos últimos cinco anos naquele país é  de 20% e 19%, respectivamente para milho e soja. Mantendo os rendimentos de campo obtidos até o momento, provavelmente, no final, a safra norte-americana resultará em uma produção um pouco maior para a soja e um pouco menor para o milho, tendo como base o relatório do Usda de setembro, que estimou produções de 272,5 milhões de toneladas de milho e de 71,7 milhões de toneladas de soja. “Dessa forma, com poucas novidades na produção nos Estados Unidos e na Europa na safra 2012/13, daqui em diante, o mercado mudou o foco da oferta para demanda no Hemisfério Norte. Já para a América do Sul, as atenções estão voltadas ao plantio do milho e da soja que, com as precipitações ocorridas nos últimos 10 dias, têm permitido a aceleração do plantio da safra 2012/13”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

Evolução das cotações - Nos últimos trinta dias, as cotações se soja, milho e trigo apresentaram queda de 10,7%, 8,5% e 2%, respectivamente, na Bolsa de Chicago (Cbot). A cotação média da soja nos contratos com diferentes vencimentos ficou em US$ 15,20/bushel. Já o preço médio do milho nos contratos em diferentes vencimentos manteve-se no patamar de US$ 7,40/bushel. Em relação ao trigo, o valor médio nos contratos com diferentes vencimentos ficou em US$ 8,80/bushel.

1agrosafra 02 10 2012 1

 

 

 

 

 

 

  

2agrosafra 02 10 2012 2

 

 

 

 

 

 

 

3agrosafra 02 10 2012 3

 

 

 

 

 

 

 

Paraná – No Paraná, os preços médios recebidos pelos produtores, na segunda-feira (01/10), levantados pela Seab/Deral, foram de R$ 69,85/saca de 60 kg para a soja; de R$ 24,40/saca de 60 kg para o milho e de 34,44/saca de 60 kg para o trigo, com reduções para a soja e milho e aumento para o trigo nos últimos 30 dias.

4agrosafra 02 10 2012 4

 

 

 

 

Produção mundial de grãos – O último relatório do Usda mostra que no início da safra 2012/13, em meados de junho, a previsão de produção mundial de milho era de 950 milhões de toneladas mas, devido à estiagem, principalmente nos Estados Unidos, a produção atual é estimada em  841 milhões de toneladas. Em relação à soja, a produção mundial, que era de 271 milhões de toneladas, está em 258 milhões de toneladas, contabilizando a safra cheia no Brasil, Argentina e Paraguai, que iniciou o plantio no mês de setembro. Inicialmente, a produção mundial esperada de trigo era de 678 milhões de toneladas. A estiagem, principalmente na Europa, Rússia e Ucrânia, reduziu a expectativa de produção, agora em 659 milhões de toneladas.

5agrosafra 02 10 2012 5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6agrosafra 02 10 2012 6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7agrosafra 02 10 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COCAMAR: Cooperativa promove Convenção do Varejo no interior de SP

Termina nesta terça-feira (02/10), em Cesário Lange (SP), a Convenção 2012 do Varejo da Cocamar, que reúne cerca de 150 participantes. Durante o evento, foram definidas estratégias para que seja alcançada a meta de vender 25 milhões de litros de bebidas até o final do ano. No domingo à noite, ao fazer a abertura, o vice-presidente da cooperativa, José Fernandes Jardim Júnior, destacou o crescimento dos negócios nessa área e a perspectiva de atingir R$ 600 milhões em vendas este ano, um recorde. Ele ressaltou também o objetivo de chegar a R$ 1 bilhão até 2015, o que vai representar 30% do faturamento global da organização.  O Estado de São Paulo representa mais de 40% dos negócios com varejo da Cocamar, seguido do Paraná.

Guimarães – Nesta segunda-feira (01/10), entre as atividades que começaram pela manhã e se estenderam até o final da tarde, houve um palestra com o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães. Durante mais de uma hora, Guimarães falou sobre a sua trajetória no esporte e a conquista das medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1992 (Barcelona, com o time masculino), 2008 e 2012 (Pequim e Londres, com a equipe feminina). Ele é o único técnico no mundo a vender nas duas categorias. Segundo Guimarães, o momento mais importante de sua vida foi ter conseguido reacender o time nas recentes Olimpíadas, o qual vinha de duas derrotas e estava praticamente sem chances. “Nós acreditamos que seria possível e foi uma grande superação. Quando passamos pela Rússia, até os Estados Unidos tremeram. O Brasil estava de volta à disputa”, disse.

Temas- A determinação, o profissionalismo e o uso de estratégias criativas foram justamente os temas da convenção. Com uma linha competitiva de produtos, reconhecidos também por sua alta qualidade, a Cocamar vem conquistando espaço em milhares de pontos de vendas pelo País. (Imprensa Cocamar)

{vsig}noticias/2012/outubro/02/cocamar/{/vsig}

COOPERATIVISMO I: Música, teatro e alegria marcaram o início da campanha “Você sabia?” na Cocari

A campanha “Você sabia?”, ação conjunta em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas, teve atividades realizadas na sexta-feira (28/09) por todas as cooperativas paranaenses, que se uniram na difusão dos conceitos cooperativistas. A data, batizada de “Dia C”, em alusão ao ato de cooperar, foi marcada pela presença dos jovens. Na Cocari, o Dia "C" reuniu visitantes, colaboradores e cooperados no entreposto de Mandaguari.

Paródia musical – Com foco no tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”, os jovens apresentaram uma paródia da música “Camaro Amarelo”, destacando a melhoria na vida dos produtores rurais que se associam às cooperativas. “Agora eu fiquei forte, forte, forte”, diz o refrão. Rafael Ravar, que contribuiu para a criação da paródia, explicou o que o inspirou. “O campo está mudado e, hoje, a gente consegue muita coisa graças as parcerias que tem com a cooperativa. A Cocari deu espaço para o jovem e  está dando um norte, mostrando pra gente que é possível continuar no campo, se desenvolver e desenvolver o campo. Eu, como agricultor, trabalho com café, já fiz faculdade, estou fazendo pós-graduação e não pretendo sair  do campo. Estou buscando conhecimento, me preparando para desenvolver a minha região, juntamente com a Cocari, com produtores, amigos, vizinhos. E na música, a gente tentou passar isso.”

Teatro – A peça de teatro encenada pelos jovens da Cocari destacou a visão da cooperativa na igualdade de tratamento dispensada a todos os cooperados, pequenos ou grandes, finalizando a apresentação com cartazes que diziam: E a diferença? Na Cocari não há diferença!

Vídeo – O vídeo gravado pelos jovens chamava a atenção para as atividades desenvolvidas pelo sistema cooperativista e pela Cocari.  Eliezer Shigueo Takahashi Luciano, que participou da divulgação das ações no vídeo, comentou o quanto aprendeu e como sua visão sobre o trabalho de cooperativas mudou depois que passou a fazer parte da Liderança Jovem da Cocari.”Eu achava que cooperativa funcionava como se fosse uma empresa. Agora eu sei que a cooperativa é muito mais que uma empresa, e que, além de ajudar ao produtor, ainda se preocupa com o lado social da comunidade em que está inserida. E o jovem, quando descobre isso, vai querer produzir, vai querer ser produtor, investir na sua cooperativa, para que ela cresça e traga mais benefícios para a sociedade.”

Divisor de águas – Segundo Eliezer, os conhecimentos ele levará para a vida. “Hoje dá para diferenciar muito bem o Eliezer de antes e o de agora. Tem uma linha divisória muito nítida. Eu era uma pessoa tímida, hoje sou mais expansivo, consigo falar melhor, me comunicar. Antes, não pensava muito na sociedade. Eu pensava no meu crescimento profissional, mas agora eu sei que tenho que me preocupar com a sociedade em que estou inserido, com os impostos que a gente paga. Muda a mentalidade. A gente passa a querer crescer, mas quer ajudar às outras pessoas a crescerem também, quer ajudar a sua cooperativa crescer. A gente passa por uma verdadeira transformação”, acrescentou Eliezer.

Jovens e criativos – O presidente da Cocari, Vilmar Sebold, destacou a atuação dos jovens da Cocari nos eventos dos quais participam, elogiando a criatividade, a eficiência e a alegria consciente de que dão provas em cada oportunidade. “De novo foi demonstrado, nesse evento promovido pelo Sescoop, que nós temos uma liderança jovem diferente, e diferente para melhor, tanto no espírito, quanto no relacionamento e companheirismo entre eles, e na alegria, que é muito inerente ao jovem. Eles conseguem demonstrar a preocupação em fazer direito, fazer bonito, bem feito, para que o futuro deles seja melhor”, enfatizou.  “E é responsabilidade nossa também que eles possam ter esperança e que essa esperança seja justificada por atos que todos nós podemos ter, numa integração dos jovens com aqueles que têm um pouco mais de experiência”, reforçou Sebold. O presidente recebeu das mãos do jovem Eliezer um adesivo do projeto Você Sabia?,  dando, assim, por oficializado o lançamento da campanha na Cocari.

Representatividade – O vice-presidente da cooperativa, Marcos Trintinalha, observou a importância da ação conjunta, dando conta da representatividade do cooperativismo e do quanto é importante destacar a forma de atuação, expansão e alcance do trabalho das cooperativas. “Quando se fala em números de cooperados no Brasil e de todos os segmentos em que as cooperativas atuam, se abre uma amplitude maior desse alcance. E a atuação do jovem é muito importante para levar aos que não conhecem as informações sobre o sistema e os benefícios que pode trazer de forma geral. É muito mais fácil trabalhar em conjunto do que sozinho”, reforçou. (Imprensa Cocari)

{vsig}noticias/2012/outubro/02/cooperativismo_I/{/vsig}

COOPERATIVISMO II: Grupo de jovens da Copacol distribui material informativo

O Grupo de Jovens da Copacol realizou, na última sexta-feira (28/09), em frente ao mercado da cooperativa, em Cafelândia, um “pedágio” para entrega de folders informativos sobre diversas curiosidades a respeito do cooperativismo no Paraná, Brasil e também na Copacol. O evento aconteceu devido a ONU ter escolhido 2012 como o ano Internacional das Cooperativas através do tema “Cooperativas Constroem um Mundo Melhor”. Diante disso jovens de diversas cooperativas começaram a desenvolver atividades para essa data chamada de “Dia C”.

Importância - Mylena Fanhami, que há dois anos e meio faz parte do Grupo de Jovens da Copacol destacou a importância do evento para ela e seus colegas. “É muito importante participar disso porque nós somos cooperativistas e com o reconhecimento da ONU, há ainda mais valor para as cooperativas e nós dependemos disso, o cooperativismo somos nós”, explicou. (Imprensa Copacol)

{vsig}noticias/2012/outubro/02/cooperativismo_II/{/vsig}

COOPERATIVA DO ANO: Projetos para o Prêmio devem ser postados até dia 8

Marca Premio Cooperativa Do Ano102 10 2012As cooperativas brasileiras têm até a próxima segunda-feira (08/10) para se inscrever no Prêmio Cooperativa do Ano 2012. Após passar por uma reformulação, a premiação traz processos muito mais simples e ágeis. Para iniciar a inscrição, basta acessar o site www.cooperativadoano.coop.br e cadastrar a cooperativa, que deve estar regular com o Sistema OCB.

Documento - Após concluir o preenchimento das fichas Cadastral da Cooperativa e de Apresentação do Projeto, será gerado um documento para impressão. Basta assinar todas as páginas e enviar para a sede do Sistema OCB, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco I, Edifício OCB - CEP: 70070-936, em Brasília (DF). Vale frisar que o prazo máximo de postagem nos Correios é dia 8 de outubro.

Categorias - Este ano, a premiação será dividida por categorias, serão sete no total. Qualquer cooperativa, não importa o ramo ou o porte, pode inscrever um projeto em cada. São elas: Desenvolvimento Sustentável; Cooperativa Cidadã; Comunicação e Difusão do Cooperativismo; Fidelização; Benefícios; Atendimento; e Inovação e Tecnologia.

Promoção - Promovido pelo Sistema OCB em parceria com a revista Globo Rural, o prêmio traz como tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”, em alusão ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Mais informações - Para mais informações, acesse o site www.cooperativadoano.coop.br. (Informe OCB)

SOJA: Aprovados requisitos fitossanitários para importação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), publicou a Instrução Normativa (IN) nº 21 aprovando os requisitos fitossanitários para importação de grãos de soja produzidos na Bolívia. A normativa foi publicada nesta terça-feira (02/10), no Diário Oficial da União (DOU), quando passa a vigorar. No caso de não cumprimento das exigências estabelecidas nesta Instrução Normativa, o produto não será internalizado.

Partidas - As partidas de soja importada, especificadas na IN, deverão estar livres de restos vegetais, impurezas e material de solo. A operação deverá estar acompanhada de Certificado Fitossanitário (CF), emitido pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) do país exportador, com a seguinte Declaração Adicional (DA): "O envio se encontra livre da praga Botrytis fabae".

Inspeção - A Instrução Normativa também deixa claro que as partidas de soja serão inspecionadas no ponto de ingresso, por meio da Inspeção Fitossanitária e poderão se sujeitar à coleta de amostras pelo Mapa, para análise fitossanitária em laboratórios oficiais ou credenciados pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários (Lanagro).

Custo - Os custos do envio das amostras, bem como os custos da análise quarentenária e fitossanitária, serão com ônus para o interessado, que ficará depositário do restante da partida até a conclusão das análises e emissão dos respectivos laudos de liberação. Caso seja interceptada praga quarentenária ou praga sem registro de ocorrência no Brasil nas partidas importadas citadas na IN deverão ser adotados os procedimentos constantes no Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934.

Notificação - Ocorrendo a interceptação, a ONPF da Bolívia será notificada e a ONPF do Brasil poderá suspender as importações até a revisão da Análise de Risco de Pragas. ONPF da Bolívia deverá comunicar à ONPF do Brasil qualquer ocorrência de nova praga no território daquele país. No caso de não cumprimento das exigências estabelecidas nesta Instrução Normativa, o produto não será internalizado. (Mapa)

MILHO:Governo leiloa novos fretes

O leilão para contratação de frete e remoção de milho de Mato Grosso e Goiás para a Região Nordeste negociou 99% dos lotes, o equivalente a 111.365 toneladas. Foram ofertados 33 lotes, num total de 112,5 mil toneladas do cereal, sendo que um desses lotes foi cancelado por motivos técnicos. A operação, conduzida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), se realizou na sexta-feira (28/09) e o resultado foi divulgado nesta segunda-feira (01/10).

Entrega do produto - “Através de leilões como este, a Conab inicia o processo de restabelecimento da entrega do produto”, salientou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha. A medida, segundo ele, integra as ações que o Governo Federal executa para escoar a produção do cereal e atender as demandas regionais. O pregão foi mais uma etapa prevista na Portaria Interministerial nº 601, publicada no Diário Oficial da União, no dia 29 de junho, que disponibiliza 400 mil toneladas de milho para venda balcão no Nordeste até o final do ano. No leilão de frete realizado no dia 14 de setembro, as 105 mil toneladas do cereal foram comercializadas na sua totalidade. (Mapa)

COMÉRCIO EXTERIOR I: Exportações de milho superam em 87% as de soja no mês de setembro

exportacoes millho 02 10 2012No mês de setembro, as exportações brasileiras de milho voltaram a superar, em volumes, as vendas externas de soja em grão. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), foram embarcadas no mês passado 3,145 milhões de toneladas de milho, crescimento de 90% ante setembro de 2011. O volume exportado do grão é também 87% maior do que o de soja, que recuou 40% em setembro, para 1,681 milhão de toneladas. Em agosto, o milho já havia superado os embarques da oleaginosa.

Receita - Em receita, a soja mantém a liderança na comparação com o milho, mesmo com um faturamento 30,7% menor. Os embarques de soja renderam no mês passado US$ 1.009 bilhão, enquanto os do milho - 69% maiores - resultaram em US$ 846,6 milhões.

Distância - No acumulado de 2012, no entanto, a distância entre os dois grãos ainda é grande, tanto em volume quanto em receita. A soja soma entre janeiro e setembro embarque de 31,5 milhões de toneladas e receita de US$ 16,6 bilhões. O milho no mesmo período teve exportação de 9,3 milhões de toneladas e receita de US$ 2,4 bilhões.

Aumento - Com exceção do frango, todas as carnes in natura apresentaram aumento de exportações em setembro. As de origem bovina renderam US$ 421,1 milhões no mês, 7,7% de aumento, e em volumes avançaram 22,5%, para 90,9 mil toneladas. Os embarques de carne suína resultaram em receita de US$ 146,1 milhões, crescimento de 43,9% sobre o mesmo período de 2011. Por fim, as exportações de carne de frango in natura ficaram praticamente estáveis em setembro com receita de US$ 566,1 milhões, 0,3% abaixo do registrado um ano antes.

Café e açúcar - Maior exportador mundial de café e açúcar, o Brasil em setembro amargou forte queda dos embarques das duas commodities. As exportações de açúcar bruto recuaram 21%, para US$ 1,047 bilhão, e os de café em grão (in natura) mergulharam 47%, para US$ 411,5 milhões. Em volumes, ambas as commodities declinaram: o açúcar 8,7%, para 2,1 milhões de toneladas, e o café, 26,1%, para 1,968 milhão de sacas.

Etanol - A boa notícia ao setor sucroalcooleiro veio dos embarques de etanol, que cresceram 125% em setembro, para US$ 331 milhões. Foram exportados 452,7 milhões de litros, ante os 174,3 milhões de litros de setembro do ano passado. (Valor Econômico)

COMÉRCIO EXTERIOR II: Exportação brasileira para a China teve queda de 23,1% em setembro

As exportações brasileiras de minério de ferro e de soja tiveram queda de 25,4% e de 23,5% em setembro, respectivamente, na comparação com o mesmo mês de 2011 e levando em conta o valor médio diário. O desempenho dos dois itens contribuiu para queda de 23,1% nos valores embarcados para os chineses no mesmo período.

Antecipação - A redução do minério de ferro foi provocada pelo preço e a da soja aconteceu em razão da antecipação das exportações nos meses anteriores, explica José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB). No acumulado até setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado, a exportação para a China tem queda de 3,8%.

Argentina - A Argentina mantém a forte queda na compra de produtos brasileiros. Em setembro os argentinos compraram do Brasil 25,8% menos do que adquiriram no ano passado. No acumulado até o mês passado a redução foi de 20,2%, bem maior que a queda média na exportação brasileira, de 4,9% no mesmo período.

Política de contenção - O efeito Argentina, diz Silvio Campos Neto, economista da Tendências, não deve mudar tão cedo, já que não houve alteração na política de contenção das importações do país vizinho. “E a Argentina é um destino importante porque significa cerca de 8% das exportações brasileiras.” (Valor Econômico)

CARNES: Avicultura sai da UTI, mas ainda tem dificuldades

carnes 02 10 2012Custos recordes, preços tímidos e demanda limitada. O cenário que caracterizou a crise da avicultura começa a mudar. Com o recuo de 10% nas cotações do milho e reajustes de até 30% nos preços da carne de frango, o mercado espera equalizar despesas e receitas e retomar a linha de crescimento.

Preços - Com os preços do milho em disparada, registrando um valor médio de R$ 26,60 no Paraná, o mês de agosto foi apontado pelo setor como o mais severo. “Agosto foi o epicentro da crise, mas setembro já consolidou uma reposição”, afirma Francisco Turra, da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). “Estávamos na UTI, agora estamos no apartamento [do hospital]”, sintetiza Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar). Nesta segunda-feira (01/10), a cotação do milho estava em R$ 24,20, sinalizando queda no preço da ração.

Equilíbrio - A recuperação, no entanto, não significa que os problemas tenham acabado. “O mercado [o preço da carne de frango] reagiu, mas ainda não há um equilíbrio entre custos e receitas”, pontua Valter Pitol, presidente da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), de Cafelândia (Oeste). Ele projeta que neste mês esse equilíbrio esteja mais próximo.

Redução no alojamento - A própria redução de 10% no alojamento de aves teria forçado alta nos preços. O quilo do frango vivo subiu de R$ 1,70 em junho para R$ 2,20 neste mês no estado. E o quilo da carne resfriada passou de R$ 4,60 para R$ 4,85 no estado, conforme a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). “Ainda não está extraordinário, mas o prejuízo está sendo menor do que nos meses anteriores”, afirma Pitol.

Ciclo - Como o ciclo das aves leva cerca de 45 dias, a redução no alojamento feita nos meses anteriores comprime a oferta neste momento, explica Ciliomar Tortola, diretor da GTFoods. “Não se trata de aumento nos lucros, apenas repasse de custos, e terá que ser de forma integral”, afirma. “As aves abatidas agora consumiram a ração quando o custo ainda era alto”, explica Pitol, da Copacol.

Abate - Apesar de dados do Sindiavipar indicarem que em agosto o número de aves abatidas no estado foi superior ao do mês anterior, Martins explica que a oferta está em queda em setembro. Os frigoríficos consumiram 123 mil aves, contra 111 mil em julho. “Foi eliminada uma grande quantidade de matrizes”, aponta.

Expansão - Parte das empresas segue em expansão. Ciliomar Tortola, da GTFoods, confirma que o grupo tem negociações em curso para a aquisição de unidades avícolas no Paraná e outros estados. “Algo deve se consolidar ainda esse ano, mas não podemos dar detalhes”. Segundo o Sindiavipar, apesar da crise, 2012 será de crescimento.

Safrinha recorde impõe limite às altas recordes - Depois de atingir no Paraná a cifra média de R$ 26,60 por saca (60 kg) em agosto, conforme a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o milho dá sinais de que a alta galopante dos preços está cessando. Na semana passada, a cotação ficou próxima de R$ 24 e ontem estava em R$ 24,20, com baixas de 10% em relação ao mês anterior. A queda é maior em Mato Grosso, onde o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta baixas de 20%. Em Diamantino (Norte), o milho caiu a R$ 17 por saca e tem oscilando em torno desse valor.

Queda temporária - As notícias de que os Estados Unidos estão reduzindo as exportações de milho, no entanto, mostram que essa queda pode ser temporária. Para que as novas cotações tragam alívio à avicultura, é necessário mais tempo, informa a indústria. No longo prazo, no entanto, tanto os Estados Unidos quanto o Brasil devem aumentar a oferta de milho. Mato Grosso anunciou na última semana plano de expansão das lavouras do cereal no invernode 2,9 milhões para 4,9 milhões de hectares. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

BAIXO CARBONO: Primeira propriedade financiada pelo ABC é exemplo sustentável

baixo carbono 02 10 2012Primeira propriedade a obter linha de financiamento por meio do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), em julho de 2011, a Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, Goiás, é um dos principais exemplos na prática da integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) do país. Além dos ganhos de produtividade, a fazenda deixa de emitir, aproximadamente, 2,6 mil toneladas de gás carbônico equivalente por ano.

Orientações da pesquisa - “O crédito oferecido à propriedade auxiliou esse resultado, como também tem ajudado produtores de todo o País. É necessário ainda destacar que as mudanças ocorridas na fazenda de Ipameri relativas aos métodos de produção só foram possíveis devido às orientações dadas por pesquisadores da Embrapa”, explicou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho.

Lucros - Os dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Cerrados (Embrapa) mostram que a propriedade – que utiliza o método de iLPF há seis anos – gera lucros. Na safra 2011/12, foram produzidas 14,5 mil sacas de soja, 25,5 mil sacas de milho e 5,2 toneladas de silagem. O hectare de pastagem rende em torno de R$ 500, enquanto antes de adotar práticas sustentáveis não passava de R$ 100.

Fixação de nitrogênio - Outros sistemas que reduzem a emissão de CO2 na atmosfera também são utilizados, como a fixação de nitrogênio no solo. A prática utilizada para este fim é o Sistema Santa Brígida, criado pela Embrapa, um consórcio das culturas de milho, braquiária e feijão guandu anão. Além dos benefícios ambientais, ainda há a vantagem da renovação constante do pasto, o que faz o rebanho engordar apenas com capim.

Fazenda - A fazenda tem uma área total de 922 hectares, dos quais 450 correspondem ao cultivo de grãos no sistema integração Lavoura-Pecuária (iLP) ou agropastoril. A primeira experiência com plantio de eucalipto em iLPF na propriedade foi na safra de 2008/2009, em aproximadamente quatro hectares. Em razão do surpreendente desenvolvimento das árvores, ampliou-se a área com este sistema em mais 55 hectares nas safras posteriores, com média de 700 árvores por hectare, principalmente, em razão do cultivo de duas safras de grãos nos dois primeiros anos entre as fileiras de árvores. Atualmente são contabilizadas cerca de 40.000 árvores de eucalipto no local. Se a safra for vendida como lenha, a forma menos valorizada do mercado, o lucro será de R$ 1 mil por hectare.

Mitigação - Segundo relatório elaborado por pesquisadores da Embrapa Cerrados, a mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) pode ser relacionada ao incremento da matéria orgânica (carbono) do solo; à maior produção forrageira durante o ano todo; à incorporação de árvores no sistema produtivo; e à redução da idade de abate dos bovinos.

Programa ABC - Parte do trabalho realizado só foi possível a partir do empréstimo de R$ 780,3 mil reais feito a partir do Programa ABC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com prazo de até 8 anos para pagamento, sendo 2 anos de carência. As linhas de financiamento são facilitadas para produtores que adotem práticas sustentáveis nas propriedades, contando com limite de crédito de até R$ 1 milhão e taxa de juros de 5,5%, percentual que ficará ainda mais baixo no Plano Agrícola e Pecuário 2012/13: 5%.

Acesso ao crédito - De acordo com o gerente da fazenda, Anábio Ribeiro, a principal vantagem do programa é facilitar o acesso a linhas de crédito específicas. “Antes do ABC a taxa de juros mais baixa para intensificar a prática de iLPF na propriedade era de 6,75%. Até o processo para conseguir financiamento agora é menos burocrático. Em uma única operação posso financiar máquinas e compra de animais”, afirmou.

Outras análises - Em 2013, será implantado na Embrapa Meio Ambiente, no município de Jaguariúna (SP), um sistema de monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, previstas no Plano ABC, do Governo Federal. Além de avaliar as propriedades financiadas pelo programa de crédito, as análises devem ser estendidas para medir como o Brasil está em relação às metas de reduzir a emissão desses gases – compromisso voluntário do Brasil feito durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em 2009, em Copenhagen, na Suíça. (Mapa)

NOVAS FERROVIAS: Três vezes mais soja sobre os trilhos

novas ferrovias 02 10 2012A tão sonhada ampliação da malha ferroviária paranaense, prevista no Plano de Investimento em Logística (PIL) do governo federal, deve dar alívio às estradas em tempos de escoamento de safra e reduzir os custos do agronegócio. Embora seja uma obra de longo prazo – com previsão de entrega para aproximadamente 20 ou 30 anos –, sua rea­lização é considerada fundamental para desafogar as rodovias paranaenses e acelerar o fluxo ferroviário até o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, principal porta de saída dos grãos cultivados no Paraná e região.

Dobro de movimentação - Com os novos trechos, o setor calcula que a movimentação de soja e milho sobre trilhos será dobrada em relação ao que é transportado atualmente pelas linhas da Ferroeste e da Serra do Mar. No caso da soja, a previsão é que o fluxo triplique e some pelo menos 7 milhões de toneladas, estima Nilson Hancke, assessor técnico-econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep). A estimativa é considerada acertada também pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Para transportar essa quantidade de grãos, são necessários pouco mais de 115 mil vagões. Essa carga encheria 230 mil caminhões.

Demanda - Descontando o volume que já é transportado por ferrovia, isso significa que a demanda do agronegócio é retirar do asfalto 170 mil carretas de soja -- hoje 1,8 milhão de toneladas do produto são transportadas pelas duas principais vias férreas do estado, conforme dados da Ferroeste e da Appa, entidade que administra os portos paranaenses.Embarcam nos trens outras 1 milhão de toneladas de milho. “Só [a Região] Oeste produz 5 milhões de toneladas de soja. Desse montante, uma pequena parte fica para a indústria local, o restante segue para regiões com fábricas de óleo, ou para as cooperativas que despacham o produto para o porto”, argumenta Hanke. O especialista considera que outras 2 milhões de toneladas da oleaginosa retiradas dos campos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás passariam pelo Paraná.

Pedido - A principal reivindicação do agronegócio paranaense é que seja construída uma ferrovia entre Guaíra (Oeste) e o Porto de Paranaguá. Os trilhos da Ferroeste começam em Cascavel e terminam em Guarapuava, onde há um trecho, operado por empresa privada, que leva as mercadorias até o Porto pela Serra. “Precisamos resolver esse gargalo e ainda construir um trecho ou reestruturar a ferrovia entre Guarapuava até Engenheiro Bley, ou seja, aprimorar o máximo possível o reforço de pontos na ligação para o porto”, avalia Luiz Antônio Fayet, consultor de logística da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Frete - Na carona da reestruturação ferroviária do Paraná, deve vir uma redução do preço do frete. Hoje o custo do transporte ferroviário é praticamente igual ao do rodoviário. O custo alto do frete é uma das principais razões da pequena movimentação de cargas do agronegócio nas ferrovias.

Redução dos custos - Para o engenheiro Renato Pavan, sócio-proprietário da consultoria Macrologística, a diminuição nos custos com o transporte sobre trilhos deve ficar entre 10% e 12%. A estimativa é baseada na distância média entre a origem e o destino das cargas. “Não dá para esperar muito mais do que isso. Há um limite entre o que está indo pela rodovia e pela ferrovia e, no Sul, a rodovia é imbatível a até 500 km dos portos”, considera.

Sobrecarga nas estradas aumenta com supersafra - Uma supersafra brasileira de grãos está a caminho e, com ela, a perspectiva de maior estrangulamento da logística do país. Se no ciclo 2011/12 houve filas históricas de navios à espera para atracar na Baía de Paranaguá e em Santos, a temporada que começa agora deve ser marcada por maiores dificuldades no escoamento da produção. A infraestrutura será a mesma para uma colheita com potencial recorde. Somente de soja, espera-se que o volume retirado das lavouras aumente 14 milhões de toneladas. “A causa é que lá em cima não tem saída”, explica Luiz Antônio Fayet, consultor em logística da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em relação à falta de opções para escoamento da produção brasileira no Centro-Norte do Brasil.Paraná

Falta de eficiência - O consenso entre os especialistas é que as ferrovias que hoje rasgam o mapa do Paraná não são eficientes e custam caro para quem deseja transportar mercadorias agrícolas. Com uma frota de 600 carretas próprias, a Coamo Agroindustrial, com sede em Campo Mourão, é uma das empresas que quase não usa a malha ferroviária disponível. O presidente da cooperativa, a maior da América Latina, José Aroldo Galassini, diz que os valores cobrados para transportar as cargas de caminhão até o terminal de embarque, em Maringá, somado ao preço do frete ferroviário , inviabilizam a operação. Por falta de alternativa, no último ano a Coamo colocou mais de 3 milhões de toneladas de soja, milho e trigo nas estradas do Paraná. “Em alguns momentos, tínhamos uma carreta a cada 500 metros ao longo do trecho até o porto. Nossa maior despesa é com transporte da produção”, revela Galassini. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

IBGE: Produção industrial avança 1,5% em agosto

A produção industrial cresceu 1,5% em agosto na comparação com julho, na série com ajustes sazonais, informou nesta terça-feira (02/10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o terceiro resultado positivo nesse tipo de comparação. Em julho, a produção avançou 0,5% sobre junho, dado revisado de uma alta de 0,3%. Os dados constam da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). O resultado ficou abaixo da média das estimativas de dez departamentos econômicos de instituições financeiras e consultorias ouvidos pelo Valor Data, que apontava alta de 2,09%. O resultado mensal foi puxado por bens intermediários, que têm peso de 55% na indústria, segundo o IBGE.

Queda - Na comparação com agosto de 2011, a produção industrial brasileira caiu 2%. No acumulado do ano, o setor registra baixa de 3,4% e, em 12 meses encerrados em agosto, queda de 2,9%.

Agosto e julho - A comparação entre agosto e julho mostrou alta de 2% na produção de bens intermediários, já com ajustes sazonais. Na mesma base de comparação, a produção de  bens de capital subiu 0,3%, enquanto a de bens de consumo duráveis avançou 2,6% e a de bens de consumo semi e não duráveis avançou 1,2%.

2011- Em relação a agosto de 2011, a produção de bens de capital recuou 13%, a de bens intermediários caiu 0,5%, ao passo que a produção de bens de consumo duráveis cresceu 0,1% e a de bens de consumo semi e não duráveis caiu 0,3%. No acumulado do ano até agosto, a produção de bens de capital caiu 12,2%, a de bens intermediários recuou 2,1%, enquanto a de bens de consumo duráveis caiu 7,3%, e a dos bens de consumo semi e não duráveis caiu 0,4%. Nos últimos 12 meses encerrados em agosto, os bens de capital caíram 8,5%, os bens intermediários caíram 1,6%, os bens de consumo duráveis recuaram 8% e os bens de consumo semi e não duráveis caíram 0,7%. (Valor Econômico)


Versão para impressão


Assessoria de Imprensa do Sistema Ocepar - Tel: (41) 3200-1150 / e-mail: imprensa@ocepar.org.br