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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2945 | 03 de Outubro de 2012

CAPACITAÇÃO: Profissionais do Sicredi Vale do Piquiri realizam visita técnica à Ocepar

Trinta e oito profissionais do Sicredi Vale do Piquiri, entre diretores executivos, gerentes e assessores das áreas de desenvolvimento e controle, estiveram na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (03/10), em visita técnica destinada a aprofundar os conhecimentos da equipe sobre cooperativismo. “A ideia foi proporcionar mais uma oportunidade para que eles possam entender melhor como funciona o sistema cooperativista. Também iremos visitar a sede o Banco Central aqui em Curitiba e a Bolsa de Valores, em São Paulo. Dessa forma, estamos buscando informações para que possamos ter profissionais qualificados em condições de atender às necessidades de mercado, com os diferenciais que o cooperativismo proporciona. As cooperativas contribuem para melhorar a renda e a qualidade de vida dos associados. Por outro lado, também promovem o desenvolvimento das comunidades onde estão inseridas. Onde o cooperativismo está presente, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é sempre mais alto”, afirmou o presidente do Sicredi Vale do Piquiri, Jaime Basso.

Apresentação - O grupo foi recebido pelo superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, que ministrou palestra sobre os desafios do cooperativismo no Paraná. Ele iniciou com uma retrospectiva sobre a origem do movimento cooperativista no Paraná até chegar aos tempos atuais. “Ao longo de sua história, o cooperativismo paranaense sempre teve um diferencial: o planejamento de suas ações”, ressaltou Ricken. De acordo com ele, atualmente o setor responde por 16,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná e 55% do PIB agropecuário. “Dezoito milhões de toneladas de grãos produzidos no Estado passam pelas cooperativas. É uma quantidade bem significativa”, ressaltou. O cooperativismo paranaense exportou USS 2,2 bilhões em 2011. Foram cerca de 60 produtos para mais de cem países. “Isso mostra que as cooperativas são agentes ativos no mercado internacional e a tendência é de crescimento”, frisou o superintendente.

Outros números – De acordo com Ricken, as cooperativas paranaenses tem destinado uma média de R$ 1 bilhão por ano em investimentos, com 75% desse valor aplicado nas agroindústrias. A movimentação econômica do setor tem apresentado um crescimento médio anual de 14,2% ao ano, atingindo, em 2011, R$ 32 bilhões. Ele também destacou o trabalho realizado pelo Sistema Ocepar na área de capacitação, executado por meio do Sescoop/PR. “Nós iniciamos em 99 com 15 eventos e deveremos atingir 5.215 eventos em 2012, somando 87 mil horas de atividades e R$ 25,6 milhões de recursos aplicados na área de formação, com boa parte sendo destinada ao ramo crédito”, disse. Ricken também chamou a atenção para o número de especializações em andamento. São 44 cursos de pós graduação com 1672 alunos inscritos. Ele mostrou como são avaliados e aprovados todos os projetos de capacitação dentro do Sistema.

Evolução - Na avaliação do presidente do Sicredi Vale do Piquiri, os dados apresentados por Ricken mostram que o cooperativismo paranaense evoluiu e ainda há uma possibilidade de crescimento enorme pela frente. “Da forma como o nosso sistema está organizado, temos condições de crescer muito ainda”, disse Jaime Basso. O Sicredi Vale do Piquiri, com sede em Palotina, no Oeste do Estado, possui 40.536 associados e tem crescido a uma média de 30% ao ano. 

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SEGURO RURAL: Seab analisa demandas do setor produtivo

seguro rural 03 10 2012Em resposta às demandas encaminhadas pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), o secretário Estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, determinou a realização imediata de estudos visando levantar a possibilidade de ampliação do Programa de Subvenção ao Seguro Rural no Paraná. As duas entidades propuseram a inclusão de novos beneficiários no Programa, entre os quais, produtores de cevada, feijão, arroz, algodão, cebola, batata, maçã, uva, pêssego, ameixa, caqui, figo, goiaba, kiwi, laranja, melancia, morango, nectarina, pera, alho, limão, tangerina, tomate, pecuária e florestas. Além disso, a Ocepar e a Faep, pediram à Seab a realização de ajustes no sistema operacional do programa estadual para melhorar o processo de aprovação da subvenção. Também, que seja estabelecido um único cadastro para credenciamento das seguradoras junto ao governo do Estado.

Ofício - Em ofício encaminhado ao presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, o secretário Norberto Ortigara, explica que as demandas estão sendo analisadas pela Seab. No documento, ele lembra que a implantação das sugestões depende de alterações na legislação que regulamenta a concessão da subvenção ao seguro rural e que também há necessidade de assegurar recursos junto ao Tesouro do Estado para estender o benefício a mais agricultores. “Assim sendo, determinamos ao corpo técnico responsável pela coordenação estadual do Programa de Subvenção ao Seguro Rural no Paraná, a realização imediata de estudos com vistas a apresentar os cálculos do impacto da referida ampliação, para posterior encaminhamento das demandas medidas elencadas”, afirmou Ortigara no ofício.

Recursos - O programa de Seguro Rural no Paraná foi criado em 2009, inicialmente atendendo apenas a cultura de trigo. Agora, também estão contemplados o milho safrinha e o café. O governo vai destinar R$ 8,2 milhões para subvencionar o seguro rural das três culturas na safra 2012/13 – R$ 4,5 milhões a mais do que o valor disponível nos anos anteriores. A estimativa é que, desse total, entre R$ 3 milhões e R$ 3,2 milhões sejam destinados para o seguro do milho safrinha que começa a ser plantado no início de 2013. Os valores subvencionados pelo Governo do Paraná complementarão a parcela da União no pagamento do prêmio do seguro, reduzindo a parte que cabe ao produtor.

LEGISLAÇÃO: Mapa publica norma sobre aplicação aérea de defensivos agroquímicos

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou, no Diário Oficial da União desta quarta-feira (03/10), o ato nº 1 que, em seu artigo 1º, autoriza, em caráter excepcional e temporário, até o dia 30 de junho de 2013, a aplicação por aeronaves agrícolas de produtos agrotóxicos que contenham os ingredientes Ativos Imidacloprido, Tiametoxan e Clotianidina para as culturas de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo.  

 Clique aqui e confira na íntegra a norma

 

COOPERATIVA DO ANO: Projetos devem ser inscritos até 8 de outubro

Marca Premio Cooperativa Do Ano 03 10 2012As cooperativas brasileiras têm até a próxima segunda-feira (08/10) para se inscrever no Prêmio Cooperativa do Ano 2012. Após passar por uma reformulação, a premiação traz processos muito mais simples e ágeis. Para iniciar a inscrição, basta acessar o site www.cooperativadoano.coop.br e cadastrar a cooperativa, que deve estar regular com o Sistema OCB.

Documento - Após concluir o preenchimento das fichas Cadastral da Cooperativa e de Apresentação do Projeto, será gerado um documento para impressão. Basta assinar todas as páginas e enviar para a sede do Sistema OCB, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco I, Edifício OCB - CEP: 70070-936, em Brasília (DF). Vale frisar que o prazo máximo de postagem nos Correios é dia 8 de outubro.

Categorias - Este ano, a premiação será dividida por categorias, serão sete no total. Qualquer cooperativa, não importa o ramo ou o porte, pode inscrever um projeto em cada. São elas: Desenvolvimento Sustentável; Cooperativa Cidadã; Comunicação e Difusão do Cooperativismo; Fidelização; Benefícios; Atendimento; e Inovação e Tecnologia.

Promoção - Promovido pelo Sistema OCB em parceria com a revista Globo Rural, o prêmio traz como tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”, em alusão ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Mais informações - Para mais informações, acesse o site www.cooperativadoano.coop.br. (Informe OCB)

CAPAL: Colaboradores cursam pós graduação focada no Agronegócio

Cerca de 40 colaboradores da Capal iniciaram, em junho de 2011, o curso de Gestão Estratégica e o Agronegócio. A parceria aconteceu entre o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), a cooperativa e o ISAE/FGV - Fundação Getúlio Vargas, para a realização de um curso de pós graduação "in company" com ênfase no agronegócio. Com o apoio do Sescoop, várias cooperativas do Paraná investem na capacitação de seus colaboradores, e na Capal não é diferente. "Existe na Capal um plano de incentivo aos estudos, que há anos beneficia os colaboradores com subsídio de até 50% dos valores dos cursos. Esse MBA focado no agronegócio é um sonho antigo, que além de trazer melhorias no atendimento e no desempenho da cooperativa, proporciona ao colaborador uma visão mais ampla do negócio, o que motiva e incentiva o constante aprimoramento profissional", afirma Adilson Fuga, superintendente da Capal.

Crescimento paralelo - Para a coordenadora de Recursos Humanos Eliane Andreani, o desenvolvimento profissional dos colaboradores deve acontecer paralelamente ao crescimento da organização. "A Capal está em franca expansão e precisamos nos preparar para isso com as melhores práticas. É fundamental investirmos em talentos para ocuparem cargos estratégicos. Assim, estamos proporcionando um crescimento sustentável da cooperativa", afirma Andreani. Ela também conta que foi necessário realizar uma seleção para definir quem iria participar do curso, pois são apenas 40 vagas e hoje a cooperativa tem mais de 400 funcionários. "Infelizmente não foi possível colocar todo mundo nessa primeira turma. Primeiro pelo número de vagas e segundo por que as aulas acontecem também às sextas feiras, e não podemos desfalcar o quadro de funcionários em alguns departamentos. Mas já está sendo programada a abertura de novas turmas pois queremos capacitar o máximo possível de nosso pessoal", afirma a mesma.

Disciplinas - Entre as disciplinas ministradas durante o curso, destacam-se "Desenvolvimento e Liderança de Equipes estratégicas", "Gestão de Projetos", "Logística de Transporte e Distribuição", "Sustentabilidade, Ética e Governança Cooperativa", entre outras. "O curso tem me proporcionado uma visão mais holística e estratégica do negócio da Capal, e já vejo reflexo disso no meu dia a dia de trabalho. A iniciativa da Capal é muito importante e mostra a sua preocupação em reter colaboradores e crescer de maneira sustentável" afirma o aluno Claudinei Vieira. As aulas são no auditório da Ceral, duas vezes ao mês às sextas e sábados, e são ministradas por docentes conceituados, todos com grande experiência no seu mercado de atuação. Por isso, além do subsídio do valor quase total do curso (os alunos pagam apenas 4% do valor da mensalidade), existe a necessidade de liberação do funcionário nos dias de aula, o que também caracteriza um investimento da cooperativa.

Trabalho de conclusão - Desde agosto, os alunos estão desenvolvendo o trabalho de conclusão de curso. Trata-se de um plano de negócios, no qual o tema tem que ser inovador e deve estar relacionado ao desenvolvimento da Capal. A apresentação de tais trabalhos acontecerá em março de 2013. (Assessoria de Imprensa Capal)

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COAMO: Seleção tetracampeão dos JAP´s agradece apoio à modalidade

A diretoria da Coamo recebeu na tarde desta terça-feira (02/10) a visita de dirigentes da Amobasquete, comissão técnica e atletas da seleção mourãoense de basquete masculino que conquistou, no sábado (29/09), em Maringá, o título de tetracampeão dos Jogos Abertos do Paraná (JAP´s). Na oportunidade, o técnico Emerson Luis relembrou as conquistas da modalidade nas várias categorias, com ênfase para os títulos dos Jogos Abertos Brasileiros (JAB´s) em Vitória, no Espírito Santo, e dos Jogos Abertos do Paraná (JAP´s), em Maringá.

Agradecimento - O dirigente agradeceu o apoio da Coamo Agroindustrial Cooperativa a modalidade através dos Alimentos Coamo. "Com o apoio da Coamo podemos afirmar que não temos somente um time vencedor, mas um projeto vencedor. Neste ano além da categoria adulta, fomos destaques nas competições do Sub-15 (4º lugar), Sub-19 (3º lugar) e do Sub-14 (vice-campeão paranaense). O apoio da Fecam e de várias empresas mourãoenses tem sido relevante para o êxito desse trabalho", afirma o dirigente bicampeão dos JAP´s pelo selecionado de Campo Mourão.

Alternativa positiva - Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, os títulos do basquete representam muito na participação da cooperativa nos projetos sociais e esportivos junto a comunidade. "O esporte é uma alternativa positiva de colocação das marcas das empresas com a divulgação de produtos e serviços. Os Alimentos Coamo vem registrando crescimento a cada ano e no basquete vem tendo a oportunidade de mostrar a sua marca através da seleção de Campo Mourão em várias competições estaduais e nacionais", disse Gallassini. (Imprensa Coamo)

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AGRICULTURA: Governo Federal sinaliza apoio para a avicultura do Paraná e Santa Catarina

O governo federal manifestou intenção de apoiar os produtores de aves do Paraná e de Santa Catarina durante reunião na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, na segunda-feira (01/10), em Curitiba. Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) conheceram as dificuldades por que passa a avicultura dos dois estados. O setor enfrenta uma crise desde o começo do semestre por conta da alta no preço do milho e da soja, principais produtos da ração aviária.

Prioridade - O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, defendeu que o problema seja tratado como prioridade e que a solução seja dada no máximo em 15 dias, porque os problemas sociais no Sul do País estão se agravando. Os dois estados representam 60% da avicultura nacional.

A atividade - No Paraná, a avicultura envolve 19 mil produtores, gera 60 mil empregos diretos e representa 11% da riqueza produzida pela agricultura no Estado. Em Santa Catarina, são 17.500 avicultores. “O Estado é o único a exportar frango para o Japão, um mercado difícil de ser conquistado e não pode ser perdido”, disse o secretário-adjunto de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spiers.

Medidas - O secretário nacional da Agricultura Familiar no MDA, Valter Bianchini, que assumiu recentemente o posto, disse que é possível preparar as medidas necessárias em socorro ao setor até a próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). “A principal constatação é que o governo federal precisa intervir imediatamente para socorrer a avicultura do Sul do Brasil, que é estratégica para o País e representa uma vitrine para o mundo”, afirmou o assessor especial do ministério, Nilton Pinho de Bem.

Esforço - Ortigara defendeu esforço integrado para o momento de transição que ele prevê de seis a sete meses, até que se defina o tamanho da próxima safra de milho nos Estados Unidos. “Até lá não vejo solução para o problema porque o custo do milho vai se manter alto”, disse. Atualmente, a saca de milho é vendida a em torno de R$ 30,00 no Paraná e R$ 35,00 em Santa Catarina, no atacado.

Dramática - Em Santa Catarina, a situação é mais dramática segundo Spiers. Lá, os estoques de grãos se esgotaram e o déficit de milho para ração animal é de 2,7 milhões de toneladas. Algumas pequenas e médias empresas integradoras estão para encerrar suas atividades nos próximos três meses. “Se nada for feito a situação vai se agravar e as empresas estão cada vez mais sem capital de giro para comprar grãos e abastecer os produtores integrados”, disse.

Diferença - O secretário paranaense defendeu a necessidade de o governo federal bancar a diferença no custo do frete do milho a ser removido do Centro-Oeste do País para o Sul, por mecanismos já existentes como Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) ou Valor de Escoamento de Produto (VEP).

Linha de crédito - Além da implementação imediata desses instrumentos de apoio à comercialização, gerenciados pelo Governo Federal, sugeriu a abertura urgente de uma linha de crédito para dar fôlego às indústrias. “Uma linha para formação de capital de giro, com juros compatíveis com a situação gravíssima com que passa o setor, ao redor de 5,5% a 6% ao ano, com prazo de pagamento de até cinco anos”, sugeriu.

Diagnóstico preciso - De Bem explicou que o diagnóstico a ser feito precisa ser preciso e ele acredita que as medidas apresentadas pelas lideranças do Paraná e de Santa Catarina dependem do envolvimento de muitos ministérios como a Fazenda, Planejamento, Agricultura e Desenvolvimento Agrário.

Apoio - O superintende da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, pediu apoio federal para empresas paranaenses que investem na ampliação e modernização da produção avícola e foram atropeladas pela crise. Ele também pediu a prorrogação da entrada em vigor de medidas sanitárias como a Instrução Normativa - IN 56 e 59, previstas para dezembro. “Precisamos de pelo menos mais um ano para a adequação das empresas”, justificou.

Preço - Spiers pediu o aumento da oferta de milho subsidiado em balcão, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para os pequenos produtores. Ele estima a necessidade de 200 mil toneladas nessa modalidade de venda. Como o governo federal já aprovou a remoção de 58 mil toneladas da região Central do País, onde há disponibilidade de milho, Spiers defendeu que sejam removidas pelo menos mais 142 mil toneladas de milho.

Integração - No Paraná, como o modelo de integração é forte e os produtores são abastecidos pelas indústrias, há necessidade de remoção de até 50 mil toneladas de milho, para ampliar a oferta de milho em balcão. As vendas em balcão ofertam o milho a R$ 21,00 a saca, limitado a 27 mil quilos por produtor.

VEP - Outra reivindicação apresentada pelo representante de Santa Catarina foi a ampliação do valor do VEP para R$ 5,00 por saca para o transporte de 1,5 milhão de toneladas de milho da Região Centro-Oeste até a Região Sul. “Essa medida iria reduzir o custo do milho para o produtor que pagaria em torno de R$ 29,00 a R$ 30,00 a saca”, disse o secretário catarinense. Para as agroindústrias, foi solicitado reforço para o capital de giro. Para obter os recursos com urgência, Spiers sugeriu que fosse acelerada a liberação de créditos de Pis/Cofins.

Crise - A crise na avicultura foi deflagrada pela seca que dizimou cerca de 100 milhões de toneladas desses grãos nos Estados Unidos. Para suprir a escassez os países produtores como Brasil elevaram o volume de exportação do milho e da soja e, consequentemente, os preços no mercado interno também subiram.

Elevação abrupta - A elevação abrupta dos preços dos dois principais produtos que compõem a ração aviária provocou dificuldades financeiras para as indústrias, e muitas estão sem capacidade para honrar compromissos com os avicultores. No Paraná são cerca de 150 mil metros quadrados de aviários parados, porque as indústrias suspenderam as atividades, comprometendo a renda do produtor.

Efeito aquém do esperado - O secretário Norberto Ortigara lembrou que o setor já adotou algumas medidas para amenizar a crise, como a redução nos alojamentos e nos preços do produto final, mas elas não surtiram o efeito desejado.

Presenças - Participaram da reunião representantes do Sindicato das Indústrias de Aves no Paraná (Sindiavipar), Sindicato dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (Sincravesc) da Faep, Fetaep, Sindicato da Agricultura Familiar de Capanema, Ocepar, Conab, delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Paraná, Deser e Deral. (AEN)

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MILHO: Governo vai comprar grão no mercado para abastecer Sul e Nordeste

O governo federal decidiu comprar milho diretamente do mercado para resolver problemas de abastecimento verificados principalmente nas regiões Sul e Nordeste, atingidas por uma seca prolongada. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, serão lançados contratos de opção de compra para 150 mil toneladas de milho. A estimativa é que tal operação tenha um custo de R$ 90 milhões e resolva o problema de abastecimento no mercado de balcão até o fim do ano.

Portaria - O acerto, que agora precisa ser formalizado por portaria interministerial, foi feito nesta terça-feira (02/10), após reunião do Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com Rocha, deverão ser exercidas opções de compra de 75 mil toneladas no Paraná, para abastecer o mercado do Rio Grande Sul e Santa Cataria. Outras 75 mil toneladas provenientes do Mato Grosso irão suprir a demanda no mercado do Nordeste. O governo estava com dificuldade para comprar milho devido a alta do preço do grão.

Regularização - “Com essas 150 mil toneladas regularizaríamos a questão de abastecimento do balcão que é o compromisso que o governo tem com o produtor rural”, disse o secretário.

Abastecimento - O contrato de opção de compra normalmente é utilizado para tentar elevar o preço de uma mercadoria. Neste caso, porém, a ideia é enfrentar a questão de abastecimento. O contrato prevê a entrega do produto no destino. “Quem arrematar os prêmios tem o compromisso de entregar o produto nos armazéns que nós determinarmos. O produtor vai pagar o que está estipulado no balcão”, disse o secretário. (Valor Econômico)

MERCADO: Disputa do frango pode ameaçar as relações entre Brasil e África do Sul?

A África do Sul se uniu ao Bric - grupo das maiores economias emergentes, formado também por Brasil, Rússia, Índia e China - no ano passado, na esperança de que a decisão fosse impulsionar sua economia e aumentar sua influência no mundo. Mas mal a tinta do documento de adesão secou e a África do sul já está envolvida em uma disputa comercial com um de seus novos parceiros, o Brasil. A indústria do frango na África do Sul acusa o Brasil de praticar dumping, vendendo frangos no mercado sul-africano a preços mais baixos que na origem. Os criadores sul-africanos dizem que estão sendo obrigados a cortar empregos porque não conseguem competir com os preços "deslealmente baixos" do produto brasileiro. O Brasil nega as acusações e levou a questão à OMC (Organização Mundial do Comércio).

Consumo - Os sul-africanos consomem mais de 1 bilhão de frangos por ano - mais que o dobro do consumo de carne bovina no país, segundo o governo.  Isso significa que a avicultura sempre foi um bom negócio, mas os produtores locais afirmam que o mercado encolheu dramaticamente nos últimos anos e citam o crescimento de 40% nas exportações do Brasil. "Nosso povo está perdendo empregos, nossas empresas estão deixando de lucrar. (O dumping) vai ter um impacto negativo na economia do país", diz Tumi Mokwene, um pequeno avicultor.

Indústria - A indústria avícola local emprega mais de 48,2 mil pessoas diretamente, e 59,7 mil indiretamente. Mas cerca de 3 mil pessoas podem perder seus empregos nos próximos meses, dizem as autoridades. Alguns cortes já começaram a ser feitos. A Astral Foods, segundo maior produtor de frangos no país, cortou 150 vagas nas últimas semanas. A empresa, que emprega mais de 12 mil pessoas, diz que a decisão foi resultado de "cortes na produção" causados por um aumento no preço dos grãos e um dramático crescimento nas importações de frango.

Pequenos produtores - Pequenos produtores, como Mokwene, não estão em melhor situação. Proprietário de uma granja de 13 hectares nos arredores de Pretória, ele concorda que cortes de vagas são inevitáveis.

Sua propriedade tem capacidade de produção de quase 50 mil frangos por ciclo de 35 dias, mas atualmente ele produz apenas uma fração desse volume. "Nós tivemos de mudar nosso modelo de negócios para sobreviver e, nesse processo, tivemos de dizer a alguns de nossos funcionários que não podemos mais mantê-los", diz Mokwene.

Temores - Há temores de que a disputa se espalhe para outros setores, como a vinicultura e a suinocultura. Os avicultores locais querem que o governo adote medidas mais rígidas contra as importações, especialmente de produtos que a África do Sul já produz em massa.

Competição desleal? - O Brasil é o maior exportador de frangos do mundo, mas a Associação de Avicultura da África do Sul (Sapa, na sigla em inglês) diz que os colegas brasileiros estão abusando de seu poder. No primeiro semestre deste ano, o governo sul-africano impôs sobretaxas temporárias a dois cortes de frango importados do Brasil. Na época, a comissão de comércio internacional da África do Sul disse que um estudo preliminar concluiu que, desde 2008, o Brasil exportou grandes volumes de frango à África do Sul com preços deslealmente baixos - alegação negada pelo Brasil. Somente no ano passado, cerca de 60% de todas as importações de frango da África do Sul vieram do Brasil - volume maior que o registrado em qualquer outro país, segundo dados oficiais do governo sul-africano.

Painel - Apesar de a tarifa de importação imposta ao frango brasileiro ter expirado no mês passado, o Brasil ainda quer que a OMC estabeleça um painel para analisar a disputa. O Brasil afirma que a África do Sul errou ao impor a sobretaxa. "É uma questão muito importante para nós, brasileiros", disse à BBC o embaixador do Brasil na África do Sul, Pedro Luiz Carneiro de Mendonça."Nós não estamos praticando dumping. Se não tomarmos uma medida, estaremos dizendo que outros países estão certos em nos acusar de dumping", afirmou o diplomata.

Estratégia - Analistas afirmam que a disputa do frango não é o suficiente para prejudicar o comércio entre os dois países, mas a questão certamente precisa ser abordada com cuidado e rapidez. "Ambos os países são economias emergentes e há complexidades nas relações comerciais, mas é preciso que sejam abordadas estrategicamente", diz Siphamandla Zondi, coordenador do instituto independente de política externa Institute for Global Dialogue.

Mais avançado - Zondi diz que o Brasil é, de maneira geral, mais avançado e eficiente, e que a África do Sul precisa melhorar significativamente a maneira como faz negócios se quiser competir. "O Brasil tem de procurar novos mercados porque os mercados tradicionais têm problemas, e isso pode atingir a África do Sul onde mais dói, mas essa é a natureza do comércio internacional, é aproveitar as vantagens competitivas onde elas existem."

Esperança - Em sua granja em Pretória, Mokwene espera que sua produção de frangos ainda esteja de pé para sustentar seus dois filhos pequenos quando eles ficarem mais velhos, mas ele diz que isso não será possível se os produtores locais não forem protegidos. "A ameaça ao emprego é muito real. Nós precisamos encontrar maneiras de garantir que a indústria seja sustentável - e é aí que o governo precisa desempenhar um papel ativo", diz Mokwene. (BBC Brasil)

INFRAESTRUTURA: Dragagem do primeiro lote do Canal da Galheta será finalizada em 30 dias

infraestrutura 03 10 2012 LargeDois dos três trechos a serem dragados no primeiro lote da dragagem de manutenção do Canal da Galheta foram concluídos em Paranaguá. A área Bravo 1 foi completamente dragada e a área Alfa depende de alguns retoques, cerca de 5% do volume. O mau tempo dos últimos dias e o mar agitado atrapalharam os trabalhos.

Produtividade - No entanto, mesmo com as dificuldades climáticas, a produtividade da dragagem está acima do estimado e os trabalhos no lote 1 – que abrange a entrada do Canal da Galheta até Paranaguá – devem estar concluídos em 30 dias. Agora, a draga chinesa Xin Hai Feng está realizando os trabalhos no trecho Bravo 2. Ate agora, cerca de 45% do volume a ser dragado desse trecho foi concluído.

Compromisso - “Estamos concluindo mais um dos compromissos do governador Beto Richa de regularizar as condições de navegabilidade do Porto de Paranaguá. Nos próximos meses, vamos fazer o mesmo para o Porto de Antonina”, disse o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.

Bravo 2 - Na área Bravo 2, que é a mais distante da área de despejo, a draga tem feito cerca de três viagens por dia, porque o ciclo de trabalho da draga – que é contado desde a retirada do sedimento, ida e volta da área de despejo – está levando cerca de oito horas para ser concluído.

Antonina – De acordo com Dividino, a próxima medida será o início dos trabalhos de dragagem do lote 2, que compreende o canal de acesso ao Porto de Antonina. “Esta dragagem será feita paralelamente ao trabalho que está sendo feito em Paranaguá. Uma segunda draga, de menor porte, virá para fazer o serviço”, disse.

Lote - O lote dois prevê a retirada de 1 milhão de metros cúbicos. Para isso, será usada uma draga com capacidade de cisterna de 5 mil metros cúbicos. A draga que está trabalhando no canal de acesso ao Porto de Paranaguá é bem maior, com 17 mil metros cúbicos de cisterna, não sendo adequada para fazer os trabalhos em Antonina.

Início - A dragagem de manutenção do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina começou no dia 18 de julho. Com a dragagem, a profundidade do Canal da Galheta será restabelecida em 15 metros. Antes dos trabalhos, havia pontos com 13,10 metros de profundidade. O custo total da obra é de R$ 37 milhões e está sendo paga com recursos próprios da Appa. O prazo de execução dos trabalhos é de seis meses. (AEN)

PESQUISA: Estudo mostra relação de El Niño e La Niña com o clima no Paraná

A extensão dos estragos causados por adversidades climáticas decorrentes do El Niño e da La Niña tem relação direta com a duração desses fenômenos, e não apenas com sua ocorrência. Esta e outras conclusões fazem parte de estudos feitos pelas pesquisadoras Heverly Morais, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), e Ângela Beatriz Costa, do Simepar.

Influência - O objetivo das pesquisadoras foi analisar a influência desses fenômenos sobre as chuvas nas regiões Norte, Sul e Oeste do Paraná e correlacionar o volume de precipitação com a duração dos dois fenômenos. O trabalho oferece dados que podem subsidiar ações preventivas e a implantação de políticas públicas para reduzir as consequências de excesso ou escassez de chuvas e efeitos de geadas. Com isso, contribui para o emprego racional e planejado de medidas nos setores públicos privados. O documento, inédito, foi apresentado em um congresso científico internacional de meteorologia realizado semana passada em Gramado (RS).

Dados - No estudo “Relação entre a duração do fenômeno ENOS (El Niño Oscilação Sul) e a Precipitação no Estado do Paraná”, Heverly agrupou dados de chuvas em Londrina (Norte), Palmas (Sul) e Cascavel (Oeste) de acordo com a duração de cada situação climática (El Niño, La Niña e Neutralidade) e calculou seus desvios com base na precipitação média histórica do mesmo período. A análise mostrou predomínio de chuvas superiores à média histórica em ocasiões de El Niño e inferiores à média histórica em fases de La Niña.

Novidade - A novidade é que somente o fato de o clima estar sob influência do El Niño e La Niña não indica maiores e menores volumes de chuvas, respectivamente. O estudo mostrou que a extensão desses eventos influencia no regime de precipitação. Assim, por exemplo, quando o clima está sob influência de um El Niño que perdura por um longo tempo, a probabilidade de ocorrer chuvas acima da normal é maior. No caso da La Niña, se o evento for extenso, há maior possibilidade de ocorrer volumes de chuvas abaixo da média histórica. Assim, essa duração dos eventos explica a variabilidade observada nos impactos de El Niño e La Niña no Estado.

Importância – Esse trabalho é importante porque auxiliará nas previsões meteorológicas e climáticas que são ferramentas importantes para tomadas de decisões e planejamento de agricultores e técnicos, desde a escolha da cultura até a definição do melhor momento para controle de pragas e doenças, colheita, transporte e armazenamento.

Tarefa complicada - Segundo Heverly, a previsão de chuvas no Paraná é uma tarefa complicada devido ao posicionamento geográfico do Estadp, numa área de transição climática, e pela grande dependência das condições regionais, influência da circulação atmosférica, dinâmica das frentes frias que se deslocam do extremo sul do planeta e situação de outros eventos como a Zona de Convergência do Atlântico Sul.

Geadas - Em “Geadas severas na cafeicultura paranaense e sua relação com o fenômeno ENOS”, Ângela Costa lembra que as geadas exercem forte influência na agricultura e na economia do Paraná. Foram decisivas no rumo da cafeicultura, na política de preços internacionais e na industrialização de grandes cidades.

Prejuízos severos - Nos estudos, foram consideradas somente as geadas que causaram prejuízos severos a partir de 1955. Assim, os seguintes episódios foram identificados, com base nos dados de temperaturas mínimas e registros de danos à produção no Norte do Paraná: 2 de agosto de 1955, 10 de julho de 1969, 9 de julho de 1974, 18 de julho de 1975, 20 de julho de 1981, 26 de junho de 1994, 13 e 17 de julho de 2000.

Condições meteorológicas - Para cada geada dessas foram analisadas as condições meteorológicas antes e durante a sua ocorrência e a situação em relação ao fenômeno ENOS. Ângela deu ênfase à duração (em meses) do fenômeno antes da ocorrência da geada, partindo da hipótese de que os oceanos respondem mais lentamente a mudanças e, assim, a maior permanência na condição de El Niño ou La Niña poderia ocasionar temperaturas mais elevadas ou mais amenas durante o inverno, reduzindo as chances de geadas fortes ou agravando o problema.

Mais danos - Através de tabelas, a pesquisa mostra as durações em meses das fases quente (El Niño), neutra e fria (La Niña) do fenômeno ENOS, antes do mês em que ocorreu cada uma das geadas que mais causaram danos à cafeicultura desde 1955. O estudo observa que as geadas de 1955, 1975 e 2000 ocorreram sob La Niña. O fenômeno manifestou-se, respectivamente, durante 14, 26 e 24 meses consecutivos antes do mês de cada geada. Somente no caso da geada de 1969 houve uma situação de El Niño, que se estendeu por um período de 11 meses antes da geada severa daquele ano. Na geada ocorrida em 1972 a condição era de El Niño no seu início, após um período prolongado de La Niña e uma curta transição de neutralidade.

Neutralidade - Houve mais duas geadas na condição de neutralidade, em 1981 e 1994. Considerando que as geadas são fenômenos extremos, dependentes das condições atmosféricas durante o deslocamento das massas de ar frio, não se espera um comportamento padrão nas ocorrências desses episódios. Mas fica evidente nos eventos passados a influência de longos períodos sob La Niña antes da ocorrência das geadas consideradas “severíssimas” e “severas”, prevalecendo em quatro dos sete episódios. (Assessoria de Imprensa do Iapar)

LAZINSKI: Meteorologista analisa clima de setembro e próximas tendências

As precipitações ocorridas durante o mês de setembro ficaram muito abaixo da média histórica em todo o centro-sul do Brasil. No Paraná, todas as regiões apresentaram volumes abaixo da média, sendo que as regiões centro-sul, sudoeste e oeste foram as que apresentaram os maiores desvios negativos de precipitações. As chuvas também estão atrasadas nas Regiões Centro-oeste e Sudeste do Brasil. Os baixos volumes de chuva contribuíram para manter muito baixa a umidade no solo nestas regiões, com isto, acentuou a deficiência hídrica no solo, e consequentemente, vem atrasando o início do plantio da safra de verão, principalmente do feijão e do milho.

Massa de ar seca - A massa de ar seca da região central do Brasil continuou influenciando o clima no centro-sul do Brasil na maior parte do mês, com isto, as temperaturas mantiveram-se acima da média na maior parte de setembro. As frentes frias que passaram pelo sul do Brasil, foram de fraca intensidade, com exceção da frente fria que chegou ao Brasil entre os dias 18 e 19, acompanhada de uma forte massa de ar frio, que causou uma queda acentuada nas temperaturas, inclusive com queda de neve na Serra Gaúcha e Planalto Sul de S anta Catarina e formação de geada na madrugada/amanhecer dos dias 19 e 20, no centro-sul do Paraná e áreas mais altas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, prejudicando as lavouras de trigo e milho destas regiões, além da fruticultura. 

Temperaturas superficiais - Durante o mês de setembro não ocorreu um aumento significativo das temperaturas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, mantendo-se relativamente estáveis em relação ao mês anterior. As temperaturas naquela região mantiveram-se levemente acima da média, mas com valores em torno dos 0,5°C acima da média. Estas condições, aliadas a outras variáveis climatológicas, continuam indicando um leve desenvolvimento das condições de “El Nino”. Os prognósticos dos modelos climáticos globais seguem mantendo a tendência dos últimos meses, para o desenvolvimento de um fenômeno climático “El Nino” de fraca intensidade, que deve influenciar nosso clima ao longo da primavera.

Precipitação - Analisando os modelos de prognóstico climáticos, continua tendência de precipitações entre o normal e acima da média no centro-sul do Brasil, durante a primavera, devido a influência do “El Niño”, ou seja, uma primavera com chuvas mais abundantes e melhor distribuídas. A umidade no solo, que vem mantendo-se muito baixa, devido as baixas precipitações, deve recuperar a capacidade hídrica, mantendo as condições normais no decorrer dos próximos meses, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. Para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e áreas produtivas do Nordeste, as chuvas que já deveriam ter começado, devem atrasar ainda mais.

Temperaturas - Com relação às temperaturas, continuam os prognósticos de grandes variações, como ocorreu em setembro, intercalando períodos um pouco mais quentes, com quedas acentuadas de temperatura, devido a incursões de massas de ar frio, principalmente no centro-sul do Brasil. (Luiz Renato Lazinski, meteorologista do INMET/Mapa)

OPINIÃO: Safra promissora e o novo Código Florestal

Por José Aroldo Gallassini (*)

A boa notícia para os agricultores brasileiros foi anunciada no dia 25 de setembro com a aprovação, com esforço concentrado pela Câmara Federal e pelo Senado no Congresso Nacional, da medida provisória (MP) que altera o novo Código Florestal Brasileiro. A MP foi aprovada em votação simbólica e segue para sanção ou veto da presidente da República, Dilma Rousseff.

A MP aprovada praticamente mantém o texto definido pela comissão especial que analisou a proposta. O Novo Código Florestal representa avanços e uma conquista da classe produtora que há mais de 30 anos esperava por uma nova legislação.

A nova lei aprovada pelo Congresso prevê que, nas propriedades de 4 a 15 módulos fiscais com cursos de água de até 10 metros de largura, a recomposição de mata ciliar será de 15 metros. Diferente da redação original defendida pelo governo que pretendia recomposição de 20 metros em propriedades de 4 a 10 módulos.

Com a nova lei aprovada no Congresso Nacional, esperamos pelo bom senso do governo com a sanção presidencial, e que de uma vez por todas a classe produtora possa trabalhar em paz com tranquilidade e a necessária segurança jurídica.

Trabalhar com afinco e produzir com elevadas tecnologias,  colaborando para o incremento da balança comercial é o que agricultor brasileiro sempre fez e faz com paixão, idealismo e determinação.

Desta maneira, com esperanças renovadas o agricultor está semeando a nova safra 2012/13 que prevê bons resultados através de colheitas promissoras de soja e milho, aliado a rentabilidade, e com possibilidades de recordes de produção. Na área da Coamo, os números apontam para um incremento de 13% na área de soja e de 7,5% no milho, em função da expansão da Coamo na região de Maracaju, no Mato Grosso do Sul.

Os cooperados da Coamo se prepararam com antecedência e competência para implantar esta nova safra. A Coamo fez o seu papel de agente de desenvolvimento técnico no apoio ao planejamento, fornecimento dos insumos na hora certa que os produtores precisaram.

Assim, lado a lado com os produtores associados, a Coamo mantém uma forte atuação na assistência técnica para impulsionar tecnologias e produtividades, visando buscar lucratividades na atividade agrícola.

O assunto Assistência técnica é o tema principal da edição de setembro/12 do Jornal Coamo, que mostra os elevados níveis de produtividades alcançadas pelos cooperados ao longo das últimas décadas. Felizmente, os cooperados estão valorizando cada vez mais  o trabalho realizado pela assistência da Coamo, que é uma cooperativa forte e estruturada, voltada para o desenvolvimento técnico e integral do seu quadro social.

(*) Engenheiro agrônomo, diretor da Ocepar e diretor-presidente da Coamo 


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