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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2953 | 16 de Outubro de 2012

COCARI: Mais de duas mil pessoas prestigiam a inauguração da Unidade Industrial de Aves

A Cocari inaugurou, na manhã desta segunda-feira (15/10), em Mandaguari, Noroeste do Estado, a sua Unidade Industrial de Aves (UIA), com a presença do governador Beto Richa; deputado federal Luiz Nishimori; secretários de Estado, Ercílio Santinoi, da Indústria e Comércio, Norberto Ortigara, da Agricultura e José Richa Filho, da Infraestrutura; presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas; presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski; vice-presidente do BRDE, Jorge Gomes Rosa Filho; diretor de acompanhamento e recuperação de créditos do BRDE, Nivaldo Assis Pagliari, prefeitos e vereadores (atuais e eleitos) de diversos municípios da área de ação da Cocari, além de empresários e representantes de instituições financeiras e cooperados da cooperativa do Paraná e de Goiás. Mais de duas mil pessoas prestigiaram o evento.

Empregos - Com área total construída de 32.500 m2, o empreendimento vai gerar, na primeira fase, cerca de mil empregos diretos, e em torno de 1.500 na segunda fase. A geração de empregos indiretos chegará a 6 mil. O faturamento projetado para a Fase I da Unidade Industrial de Aves é de R$ 95 milhões, devendo chegar a R$ 190 milhões na Fase II.

Confiança e responsabilidade - A placa inaugural foi descerrada pelo presidente da Cocari, Vilmar Sebold, e pelo governador Beto Richa. O presidente da Cocari agradeceu a Deus por ter tornado isso possível. “Acredito que, por mais que a gente se esforce, por mais que a gente faça, precisamos acreditar em alguma coisa maior, em alguém superior, que na verdade nos dá direcionamento, nos dá paciência em alguns momentos, nos dá sabedoria em outros, para podermos conduzir”.

Importância- Perguntado sobre a representatividade da obra inaugurada, Sebold creditou ao público presente a importância do empreendimento. “A representatividade de autoridades hoje no nosso evento, acho que fala por si só. Nós tivemos o palco cheio, as cadeiras reservadas tomadas por autoridades”, afirmou Sebold. Para ele, essa demonstração de confiança faz com que aumente a responsabilidade da cooperativa. “A única coisa que você não consegue transferir é a responsabilidade. Função você transfere, compromisso você ajusta, responsabilidade não se transfere”, assegurou Sebold, acrescentando que o grande desafio não se encerra com a inauguração. O maior começa agora com o início da produção da unidade, onde que resta fazer a conclusão dos aspectos sanitários, em virtude das adaptações feitas para permitir a visitação do dia.

Processo produtivo - “Em breve, começa o processo produtivo efetivo, o que, por ser uma planta moderna, com bastante automação, sempre demanda algum tempo. Agora, temos de fazer essa nave decolar e atingir velocidade de cruzeiro. Temos de fazer o ajuste de todo esse processo de automação para produzir em escala. E aí, sim, a unidade será um avião em pleno voo, trabalhando com tranquilidade. Esse é o grande desafio. Primeiro, nós temos de produzir com qualidade. Segundo, temos de colocar essa produção no mercado, com rentabilidade. Acreditamos que a grande crise já ficou para trás, pelo menos essa última grande crise, claro que no futuro virão outras, mas eu acredito que nós devemos iniciar nossa unidade num processo de crescimento de mercado”, esclareceu o presidente da Cocari.

Crescimento da agroindustrialização- Beto Richa falou à imprensa da alegria de ver mais um exemplo prático e inequívoco do sucesso dos programas apresentados pelo Governo, referindo-se ao Programa Paraná Competitivo, que tem apoiado as ações das cooperativas no Estado e elogiou o empreendimento da Cocari. “O Paraná tem crescido no setor da agroindustrialização. Registrou no ano passado o maior crescimento de todo o país, e ficamos felizes em ver a Cocari anunciando esse importante investimento, de cerca de R$ 115 milhões, que vai gerar, entre empregos diretos e indiretos, 7.500 postos de trabalho”.  Richa ressaltou que há investimentos acontecendo em diversas áreas e, sobretudo, na agroindústria, fruto de diálogos e entendimentos entre Governo, Secretaria de Indústria e Comércio, Secretaria de Agricultura, Secretaria da Fazenda e citou a presença no evento do presidente da Ocepar que “tem tido com o Governo um diálogo permanente, com vistas ao apoio financeiro, técnico do Governo ao desenvolvimento do setor cooperativista, que é base  da economia do Estado do Paraná, que gera emprego no interior, que movimenta a economia das pequenas cidades”, afirmou. Segundo ele, os investimentos nas agroindústrias e nas cooperativas fortalecem o agronegócio e promovem o desenvolvimento econômico e social do Estado.

Cooperativa determinada - O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, falou da satisfação em participar da inauguração. “É um motivo de alegria estar aqui vendo mais este empreendimento feito pela Cocari, essa cooperativa que está com um trabalho muito forte nessa região, com muita determinação dessa Diretoria que realmente tem uma visão estratégica de futuro para viabilizar os agricultores que fazem parte da cooperativa”, frisou.

Ampliação - Segundo ele, a Unidade Industrial de Aves da Cocari vai representar a ampliação da participação de cooperativas no mercado de aves. “As cooperativas têm uma participação nesse mercado em torno de 38%. Agora nós acreditamos que vamos superar os 40%, o que é muito bom, porque isso vai possibilitar que a gente possa melhorar a qualidade de preço aos nossos agricultores e defender os interesses desses pequenos agricultores que sempre são o motivo principal de todo trabalho do cooperativismo”, salientou.

Orgulho para o setor cooperativista - Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), também compareceu ao evento e disse que todo o setor cooperativista se sente orgulhoso com o trabalho da Cocari.  “É um orgulho muito grande para o cooperativismo brasileiro, e no todo, estou falando dos 10 milhões de cooperados. São 7.500 cooperativas espalhadas pelo Brasil. Todas, de certa forma, hoje sentem uma pitadinha de orgulho com a inauguração dessa obra da Cocari.”

Ano Internacional - Freitas mencionou que todo avanço do setor tem uma simbologia especial, dada a comemoração do Ano Internacional das Cooperativas. “É muito importante e muito simbólico o reconhecimento das nações do mundo inteiro reunidas na ONU, de que as cooperativas são realmente uma ferramenta de desenvolvimento humano, do desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas”, acrescentou. “Em segundo lugar, essa inauguração mostra uma aposta correta que a eiretoria e os cooperados da Cocari fizeram na profissionalização, na boa qualidade da gestão. Então é muito importante isso que está acontecendo, vale a pena investir, vale a pena acreditar, vale a pena apostar na confiança entre as pessoas. É isso que o cooperativismo provoca. É a confiança dos milhares de cooperados na diretoria da cooperativa para que possa gerar um reflexo como esse, o progresso da cooperativa e a capacidade de dar retorno a esse cooperado com  uma obra desse porte”, enfatizou.

Feliz e orgulhoso - O prefeito de Mandaguari, Cyllêneo Pessoa Pereira Junior, cumprimentou a diretoria da Cocari, estendendo os cumprimentos a todos os cooperativistas presentes ao evento e aos representantes das instituições financeiras, responsáveis pelo financiamento que viabilizou a obra da Unidade Industrial de Aves da Cocari, uma obra pela qual ele lutou, desde 2008. Ele falou do trauma que existia de empresas que tinham o planejamento de serem instaladas em Mandaguari e acabavam indo para outras cidades da região. Sem falar nas empresas que existiam em Mandaguari e iam embora. “Eu, como prefeito, sempre trabalhei para que nenhuma empresa fosse embora, e tinha que trazer esses investimentos da Cocari para cá. Hoje me sinto feliz e orgulhoso com a inauguração dessa grande obra. Mandaguari está em 16º lugar entre os municípios que mais geram emprego no Paraná, dentre 399 municípios, e esse desenvolvimento hoje vem ser coroado com a inauguração do abatedouro. Isso prova que a cidade está em pleno desenvolvimento, e com uma parceria muito importante entre poder executivo, poder legislativo e empresariado.”

Gerando novas divisas - Romualdo Batista, o prefeito eleito de Mandaguari, também comemorou o início das atividades da Unidade Industrial de Aves da Cocari. “Este é um momento muito oportuno e muito rico para Mandaguari, com o investimento da Cocari, que só nesse abatedouro está investindo na casa de R$ 90 milhões. Ganha Mandaguari, ganham as cidades vizinhas, que trarão seu povo para trabalhar aqui. E eu tenho esperança de que isso venha enriquecer, além de gerar esses empregos, que são interessantes para Mandaguari, que possa gerar novas divisas, novas receitas, e sei que por trás de tudo isso vem o compromisso nosso com Mandaguari. O setor público terá que corresponder com infraestrutura, casas populares, moradia, saúde. Parabéns à Cocari que faz esse investimento maravilhoso e temos de levar em consideração também o setor de ração, que recebeu mais R$ 25 milhões de investimento, isso é muito bom para Mandaguari. E não é só a Cocari, outras empresas de Mandaguari estão ampliando seus investimentos no município. Parabéns a todas e que nós consigamos fazer uma administração modelo, ajudando essas empresas e tendo um olhar clínico, que seja bom para elas. Que Deus abençoe a todos”, finalizou Batistão.

Um sonho realizado - Para o vice-presidente da Cocari, Marcos Trintinalha, essa é a maior conquista da Cocari nos últimos tempos. “A gente sonhava com isso já um tempo atrás e agora começa a realizar. É uma forma de começar a agregar valor àquilo que produz: soja, milho, trigo e assim por diante. Inaugurando hoje a Unidade Industrial de Aves, nós estamos realmente mostrando essa forma e nós vamos trazer a transformação de uma região inteira, com mudanças, em termos de empregos, em desenvolvimento. Virão mais empresas de fora, mais gente para trabalhar. Com certeza, essa região nunca mais será a mesma e a Cocari também, de certa forma, nunca mais será a mesma. É um empreendimento fantástico, bem construído, moderno, de acordo com aquilo que pede o mercado. É isso que nós estamos fazendo hoje. Isso na verdade é um presente para os nossos associados, de acordo com a autorização que eles nos deram para realizar esses novos empreendimentos, um deles está sendo realizado agora. Nós estamos devolvendo e colocando ao dispor deles essa nova indústria da cooperativa, uma forma de mudança, uma forma de transformação, e a gente acredita que vai trazer benefícios para todo mundo”, destacou Trintinalha.

Uma medida inteligente - Na avaliação do secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, a unidade inaugurada é um investimento importantíssimo para a Cocari, para seus associados e uma medida inteligente. “Eu acho que faltava uma ação dessa natureza. A avicultura tem uma capacidade de agregar valores, de modificar o quadro de quem produz, modificar o quadro da cooperativa, embora estejamos inaugurando em plena crise da avicultura, em função de custos, eu acho que é uma medida inteligente, porque a crise acaba definindo investimentos e a sua posição de mercado. Eu reputo assim, como mais um passo importante, é um investimento consistente dos associados da cooperativa, uma visão estratégica de agregação de valor, de oportunidade de renda para as famílias, para os cooperados, para os criadores de frango, enfim, eu acho uma decisão importantíssima tomada algum tempo atrás e que agora se materializa e a cooperativa passa a participar do seleto grupo de quarenta e poucas empresas paranaenses que fazem a pujança da avicultura do Brasil, já que o Paraná é o principal produtor, lidera eventualmente as exportações, mas tem uma presença forte no mundo. É um setor que vai crescer, é uma cadeia produtiva viável, rentável, passa por um pequeno estresse agora, mas é uma cadeia importante, que modifica a realidade onde ela se instala. Nós temos visto que em regiões com dificuldade de renda, com dificuldade até de solos agrícolas, pobres, a instalação da avicultura de corte modifica essa realidade, e se for bem conduzida, como eu espero que seja aqui na Cocari, certamente trará benefícios financeiros para as famílias”, enfatizou Ortigara.

Motivo de orgulho - Nivaldo Assis Pagliari, diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do BRDE, importante parceiro da Cocari na viabilização do empreendimento inaugurado, agradeceu ao presidente da Cocari pela parceria estabelecida e pela confiança no BRDE. “O que estamos vendo aqui é a realização de um sonho. O nosso BRDE sente-se honrado de participar da construção dessa nova unidade industrial e por poder chamar a Cocari de parceira. É gratificante ver o nosso trabalho do dia a dia se concretizar num evento como estamos vendo hoje. Eu me sinto orgulhoso de participar desse momento. A parceria do BRDE com cooperativas já vem de 50 anos atrás, é um parceiro que vive a transformação de hoje nas nossas cooperativas do Estado, antes preocupadas com o armazenamento de grãos, e hoje transformando em indústrias que competem no mundo inteiro e não deixam as multinacionais sossegadas com suas atuações. Os produtos das cooperativas do Paraná estão no mundo inteiro, e isso é motivo de muito orgulho”, salientou Pagliari.

Firmeza na condução - O evento de inauguração foi finalizado com uma homenagem da diretoria da Cocari aos colaboradores da Unidade Industrial de Aves, liderados pelo agora vice-presidente da cooperativa, Marcos Trintinalha, que trabalharam com afinco para tornar possível a inauguração na data estipulada. “Eles fizeram a diferença”, disse o presidente Vilmar Sebold, entregando um timão à equipe. “O tempo inteiro, a gente chamou a unidade de nave... a nave em construção. Como em toda nave, existem momentos de turbulência e de calmaria. Para os momentos de turbulência sempre foi e sempre será necessário alguém de pulso firme e uma equipe que possa conduzi-la. E como nós sempre dizemos que não existe espaço para um só, essa é a grande equipe”. 

Timão - A equipe recebeu de presente um timão, simbolizando a condução, a direção. “Esse timão representa na verdade, aquilo que é de segurança, é um timão de bronze, que é para ter toda segurança para conduzir essa nave. Isso vai ficar para a história. Obrigado pela ajuda, obrigado pela condução, obrigado por não ter final de semana, por não ter horário à noite, obrigado por tornar possível esse momento para todos os nossos associados e para nós, assim como para todos os nossos convidados. Obrigado de coração e que tenhamos todos sucesso”, finalizou o presidente da Cocari. (Imprensa Cocari)

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MEIO AMBIENTE: Fórum debate legislação e traz casos bem sucedidos de logística reversa

Cerca de 30 representantes de cooperativas do Paraná estão reunidos nesta terça-feira (16/10), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, para o Fórum do Meio Ambiente. O assunto em pauta é o Programa Estadual de Logística Reversa no Estado do Paraná, uma exigência prevista na Lei Federal nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas que tem gerado dúvidas em diversos segmentos econômicos, inclusive no setor cooperativo. Por este motivo, depois do Código Florestal, a logística reversa é o principal assunto relacionado ao meio ambiente na pauta de discussão das cooperativas.  “Temos uma preocupação muito grande em relação a esse assunto, porque se hoje há algo que pode comprometer a existência de qualquer empresa é a questão ambiental. Por isso, a Ocepar tem um zelo muito grande em relação a esse assunto”, disse o superintendente José Roberto Ricken, na abertura do evento.

Setores - O dirigente lembrou que o programa dos resíduos sólidos já possui uma legislação própria e que, no caso das cooperativas, três segmentos, em especial, serão os mais afetados: carnes – segmento em que o cooperativismo investiu cerca de R$ 1 bilhão nos últimos nove anos; bebidas e sucos de maneira geral; agrotóxicos. 

Dúvidas – Convidada para fazer uma abordagem geral sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, principalmente em relação ao aspecto legal, a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a advogada Karin Kässmayer, disse que a principal dúvida em relação à logística reversa refere-se a operacionalização desse instrumento. “Ela foi prevista na Lei 12.305/2012, ou seja, o conceito legal está estabelecido. A grande questão é como isto vai se instrumentalizar no âmbito da indústria, no âmbito do comerciante e do consumidor. Então, como operacionalizar a logística reversa, porque ela visa o retorno à cadeia? Outra grande dúvida como operacionalizar isto na cadeia produtiva e na cadeia do consumo”, revela.

Exemplo prático– Um exemplo bem sucedido de plano de gerenciamento de resíduos sólidos e operacionalização de logística reversa foi apresentado durante o Fórum de Meio Ambiente pelo diretor de saneamento da Secretaria de Saneamento de Maringá, José Roberto Francisco Behrend. “O embrião do plano começou a ser desenvolvido em 2009, numa parceria com o Governo do Estado, e efetivamente foi implantado em janeiro deste ano. Em 10 meses, posso dizer que obtivemos resultados excepcionais”, ressalta Behrend. Segundo ele, o plano consiste em um sistema para apresentação e monitoramento dos planos de gerenciamento dos empreendimentos do município. “É uma ferramenta inovadora, sendo que Maringá foi a primeira cidade do Paraná a adotar este tipo de sistema”, disse.

Programação – A programação do Fórum de Meio Ambiente da Ocepar prosseguiu no período da tarde com o painel “Programa Estadual de Logística Reversa no Estado do Paraná”, com a participação de Carlos Renato Garcez do Nascimento, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Luciano Busato, da Federação da Indústria do Estado do Paraná, e  sindicatos do setor.

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16 DE OUTUBRO I: ONU dedica Dia Mundial da Alimentação às cooperativas agrícolas

16 outurbro 16 10 2012LargeA Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) dedica este ano às cooperativas agrícolas de todo o mundo o Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta terça-feira (16/10) pela 30.ª vez. O tema “Cooperativas agrícolas alimentam o mundo” foi escolhido "para destacar como as cooperativas e organizações de produtores agrícolas ajudam concretamente e de múltiplas formas a garantir a segurança alimentar, a criação de emprego e aliviar as pessoas da pobreza", escreve o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, na sua mensagem sobre a data. "Para a FAO e os seus parceiros, as cooperativas agrícolas são aliadas naturais na luta contra a fome e a pobreza extrema", sublinha o responsável, lembrando que também as Nações Unidas declararam 2012 o “Ano Internacional das Cooperativas”.

Crise alimentar - Em sua mensagem, o diretor-geral lembra que as últimas três décadas foram "de declínio dos investimentos nacionais na agricultura e na ajuda pública ao desenvolvimento" e lamenta que os compromissos assumidos por muitos países após a crise alimentar de 2007-2008 não tenham sido traduzidos em políticas concretas, programas e recursos financeiros.

Caminho - "Não se soube tirar partido do aumento dos preços dos alimentos, de 2007-2008, para ajudar os pequenos produtores a encontrarem um caminho para saírem da pobreza", sublinha Graziano, que lembra que "todos os dias, em todo o mundo, os pequenos produtores continuam a enfrentar dificuldades".

Potencial - Para o diretor-geral, a falta de infraestruturas, o acesso limitado a serviços e informações, ativos produtivos e mercados, bem como a fraca representação na tomada de decisões “impedem os pequenos produtores de alcançar o seu potencial e contribuir para a segurança alimentar - a sua e a de todos”.

Cooperativas - Para o ex-ministro brasileiro e antigo responsável pelo programa Pobreza Zero do governo de Luís Inácio Lula da Silva, a solução para superar estas limitações passa pela reunião dos agricultores em cooperativas e organizações fortes. “Essas associações podem reduzir os custos dos agricultores, permitindo-lhes adquirir em grupo e beneficiar de melhores preços na compra de fatores de produção agrícola, assim como tornam possível aos produtores desempenhar um papel ativo na tomada decisões e na formulação de políticas”, exemplifica.

Ambiente favorável - Recordando suas próprias palavras, quando afirmou que existem no mundo os meios para eliminar a fome e a subnutrição, Graziano da Silva insiste que o que falta "é a criação de um ambiente favorável que permita aos pequenos produtores tirar pleno partido das oportunidades disponíveis". "As cooperativas e as organizações de produtores fortes têm um papel essencial a desempenhar", sublinha.

Fortalecimento - O diretor-geral garante ainda que a FAO, em conjunto com as Nações Unidas e outros parceiros, "continuarão a fortalecer e a apoiar as cooperativas, como atores chave, para abrir a porta a novas oportunidades" e para melhorar a segurança alimentar num mundo mais sustentável.

Pessoas - Segundo a FAO, uma cooperativa é uma associação de mulheres e homens que se juntam para formar uma empresa de propriedade conjunta, democraticamente controlada, em que a obtenção de lucro é apenas parte da história. “As cooperativas colocam as pessoas acima do lucro", sublinha a entidade. "Elas ajudam os seus membros a concretizar as suas aspirações sociais, culturais e econômicas. Uma cooperativa é uma empresa social que promove a paz e a democracia". (Agência Lusa / Agência Brasil)

16 DE OUTUBRO II: Coamo celebra a data incentivando a alimentação saudável

A Cooperativa Coamo está celebrando o Dia Mundial da Alimentação, nesta terça-feira (16/10), lembrando que prima pela qualidade do alimento que produz para assegurar o fornecimento de produtos saudáveis e com garantia de origem para os consumidores. 

coamo 16 10 2012

TRIGO: Fórum Nacional inicia em Guarapuava com 300 participantes

Foi aberto oficialmente, na noite desta segunda-feira (15/10), em Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná, o 7º Fórum Nacional do Trigo. É a primeira vez que o Paraná sedia o evento, promovido pela Embrapa Trigo, Ocepar e Cooperativa Agrária. Estão participando 300 pessoas, entre representantes das cooperativas, indústria, governos estaduais e federal, além de profissionais e empresas que atuam na cadeia produtiva do trigo. Também estão prestigiando o evento três diretores da Ocepar, Jorge Karl (presidente da Agrária), Renato Greidannus (presidente da Batavo) e Carlos Murate (presidente da Integrada). A programação se estende até às 18h desta terça-feira (16/10).

Temas - O Fórum abrange discussões voltadas à questão da comercialização do cereal brasileiro, instrumentos de apoio, mercado internacional e pós-colheita. Outro assunto na programação do evento é a tributação da cadeia do trigo. A diferença na alíquota de ICMS existente entre estados brasileiros, e distinções de procedimentos com relação a produto importado por alguns estados acarreta distorções prejudiciais ao setor e dificulta o escoamento do produto das regiões produtoras para as regiões de consumo. O estabelecimento de uma alíquota unificada nas operações interestaduais com trigo e derivados está em discussão na cadeia produtiva desde a segunda edição do Fórum Nacional do Trigo, em 2006, quando a participação da Secretaria da Fazenda do RS acirrou a competição tributária entre os estados produtores. Neste ano, em Guarapuava, estão previstas apresentações de representantes da fazenda dos três estado, sendo RS, SC e PR, na intenção de chegar a um denominador comum na pauta interestadual. A desoneração de tributos, como PIS e COFINS, para o estímulo à aquisição do trigo nacional pela indústria também faz parte dos debates. 

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JORNALISMO: Inscrições ao 4º Prêmio Unimed são prorrogadas até dia 29 de outubro

O prazo de inscrição ao 4º Prêmio Unimed de Jornalismo foi prorrogo até o dia 29 de outubro. Neste ano, a saúde continua sendo o tema central do concurso e o subtema, na categoria especial, é “O Ano Internacional do Cooperativismo - Contribuições das Cooperativas Médicas para a Saúde da População”. Poderão concorrer matérias jornalísticas publicadas entre 10 de novembro de 2011 e 29 de outubro de 2012. Serão distribuídos mais de R$ 35 mil em prêmios. O regulamento está disponível site www.unimed.com.br/premiounimeddejornalismopr.

Debate - A Unimed Paraná promove a 4ª edição do Prêmio Unimed de Jornalismo com o objetivo de incentivar a discussão sobre saúde e valorizar profissionais e estudantes de jornalismo que tratem da temática. A iniciativa é fruto de parceria da Unimed com a Organização das Cooperativas do Paraná – Ocepar e com o Sindicato dos Jornalistas do Paraná – Sindijor PR. (Com informações da Imprensa Unimed Paraná)

Premio Unimed 16 10 2012

COPAGRA: Palestra sobre sistema agrosilvipastoril será realizada em Loanda

A Sociedade Rural e a Copagra realizam, no dia 18 de outubro, às 19h30min, na AABB, em Loanda, a palestra sobre Sistema de Integração Agrosilvipastoril. Na oportunidade, a zootecnista Eloá de Souza Rigolin irá conversar com os participantes sobre novas práticas de produção que geram maior rentabilidade às propriedades rurais, expondo as vantagens econômicas da diversificação das culturas com integração lavoura, pecuária e floresta. A palestrante, que é produtora rural, irá também discorrer sobre suas experiências e pesquisas, desde 1997, sobre integração das culturas, dando ênfase as vantagens financeiras do sistema.  Consultora com aproximadamente cinco mil horas, Eloá coordena vários projetos de integração no Matogrosso do Sul e no Paraná. (Imprensa Copagra)

WINTERSHOW: Guarapuava chama agricultores para a feira

wintershow 16 10 12A cadeia produtiva dos cereais de inverno estará em discussão na WinterShow, nesta quarta e quinta-feira (17 e 18/10), no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Promovido pela cooperativa Agrária, o evento irá abordar as novas tecnologias ligadas ao trigo, cevada e aveia, com palestras de especialistas, exposição de equipamentos para a agricultura e dinâmica de máquinas agrícolas, buscando apresentar as tendências do setor. A WinterShow é voltada para produtores rurais, agrônomos, pesquisadores, instituições de pesquisa agrícola e indústrias que utilizam cereais de inverno como matéria-prima. Informações: www.wintershow.com.br .(Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

FRIMESA: Alegria e diversão no Dia das Crianças

Frimesa 16 10 2012 LargeMais de cinco mil pessoas marcaram presença na comemoração do Dia das Crianças organizado pela Frimesa, em 12 de outubro, no Polo Esportivo de Medianeira. Além dos filhos dos colaboradores da empresa, crianças da comunidade, matriculadas do 1º ao 5º ano, foram convidadas para uma festividade que reuniu muita brincadeira e atividades educativas.

Atividades - Foram realizadas oficinas de artesanato com embalagens recicláveis, oficinas de jogos, espaços de leitura e pintura, brincadeiras, camas elásticas, brinquedos infláveis e apresentações de palhaços. Completaram a diversão da festa, os personagens Friminho, que também estava de aniversário, a Vaquinha e o Porquinho. Já a principal atração do evento foi o balão da Frimesa, uma aeronave de 26 metros de altura, que proporcionou as crianças subir 30 metros e ter uma vista panorâmica do evento, além da experiência de voar de balão. No decorrer da tarde, lanches, pipoca, algodão doce, cachorro quente e bebidas foram servidos para os pequenos. A Frimesa contou também com apoio do Rotary Caminho do Colono e Lions Parque Iguaçu.

35 anos Frimesa - O Dia das Crianças Especial foi o início das ações de comemoração do aniversário da Frimesa. Em dezembro, a cooperativa completa 35 anos de trajetória e vai celebrar o seu grande sucesso presenteando toda a comunidade regional com uma campanha de aniversário muito especial. Com o conceito “Deixe a alegria contagiar você”, a amizade, a magia do circo e a experiência de flutuar nas nuvens marcam as festividades.

Balonismo - O Balonismo acontece de 17 de outubro a 1º de dezembro. Para isso a Frimesa vai sortear 31 voos livres – com sobrevoos aos campos e cidades num passeio de uma hora – e mais 810 voos cativos – nesse caso o balão fica amarrado ao chão permitindo subir 30 metros de altura, proporcionando as pessoas uma visão panorâmica do local e ter a sensação de voar de balão. A aeronave da Frimesa permite levar, em cada passeio, duas pessoas acompanhadas pelo piloto. Para participar basta entrar no site www.frimesa.com.br e clicar no banner da promoção. Para efetuar a inscrição é simples, basta ler o regulamento, preencher os dados necessários, fazer uma frase sobre amizade e indicar um amigo para voar junto. Os vencedores terão seus nomes divulgados no site da Frimesa, serão avisados por e-mail e telefone e devem estar no local e data agendada.

Parceria - Para a realização do evento, a Frimesa fechou uma parceria com a empresa Balonismo Promoções & Eventos, de Maringá, presidida pelo presidente da Associação Brasileira de Balonismo, Adriano Perini. As ações de Balonismo vão percorrer sete cidades do Oeste Paranaense, de acordo com a seguinte lista:

            17 a 20 de Outubro                 Marechal C. Rondon   4 voos livres               120 voos cativos

            24 a 27 de Outubro                 Medianeira                  4 voos livres               120 voos cativos

            31/Out. a 1º/Novembro          Palotina                         3 voos livres                 60 voos cativos

            07 a 10 de Novembro             Toledo                        4 voos livres               120 voos cativos

            12 a 16 de Novembro             Medianeira                  5 voos livres               120 voos cativos

            21 a 23 de Novembro             Cascavel                     3 voos livres                 90 voos cativos

            24 e 25 de Novembro             Cafelândia                  3 voos livres                 60 voos cativos

            28/Nov. a 1º/Dezembro          Foz do Iguaçu             5 voos livres               120 voos cativos

Eventos - De uma forma inovadora, dois eventos vão marcar a passagem do aniversário de fundação da Frimesa, comemorados no dia 13 de dezembro.

Espetáculo cultural - Em 14 de dezembro será o primeiro espetáculo cultural, embalado pelo ritmo da dança, cores e música de tradição milenar. Será a apresentação do grupo folclórico Ucraniano-Brasileiro Vesselka - que significa Arco-íris - caracterizado pelo movimento, malabarismo e ritmo frenético com um figurino cheio de detalhes. O grupo, formado por mais de 40 jovens da colônia de Prudentópolis, no Paraná, já havia se apresentado em 2006, nos 29 anos da empresa, e encantou os medianeirenses. 

Magia - Em 15 dezembro é a vez de resgatar a magia do circo. O espetáculo Caravana, Memórias de um Picadeiro reúne um grupo que traz para o palco uma nova concepção do circo, cheio de histórias e performances estonteantes de contorcionismo, malabarismo, palhaços e trapezistas, todos com roupas coloridas e maquiagens. Em uma hora e quarenta minutos a trupe do Circo Roda de São Paulo encena um espetáculo que conta a aventura de um circo e suas viagens pelos estados brasileiros, por meio das lembranças de um velho palhaço, Caturrão.

Prêmios -  Durante as duas noites, os amigos que estiverem reunidos junto com a Frimesa, também concorrerão ao sorteio de 35 televisores Smart TV Led de 42 polegadas. Para isso, serão distribuídos, principalmente nos supermercados de Medianeira e microrregião, “cupons convite”. São convites para a população participar do show, desde que preenchidos os dados do verso, trazidos para o dia do show e colocados na urna que estará a disposição concorrerão às TV's. (Imprensa Frimesa)

CRÉDITO: Cooperativas contratam mais financiamentos para safra 2012/13

credito 16 10 2012O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que nos dois primeiros meses após o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 os financiamentos contratados por meio do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) somaram R$ 226,9 milhões.

Aumento - O Prodecoop financiou R$ 140,6 milhões, um aumento de 7% sobre igual período da safra passada (2011/12). As normas de enquadramento das ações desenvolvidas no âmbito do Prodecoop foram alteradas para o Plano Safra 2012/13, com ênfase no financiamento a operações de investimento. O Governo disponibilizou recursos de R$ 2 bilhões para o apoio financeiro a investimentos no processo produtivo, beneficiamento, industrialização e armazenagem de produtos agropecuários, às ações de adequação sanitária e de recuperação de solos. Além disso, o limite de financiamento aumentou, passando de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões por cooperativa. O juro na contratação do financiamento é de 5,5% ao ano.

Procap-Agro- Dentro da política de apoio ao cooperativismo, o ministério também elevou os recursos disponibilizados através do Procap-Agro (Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias) com destaque para maior disponibilidade para financiamento de capital de giro ao setor. Para a atual safra, os recursos totalizam R$ 3 bilhões, o que corresponde a um aumento de 50% em relação à safra anterior. Na modalidade capital de giro, o limite de crédito passa a ser de R$ 50 milhões por cooperativa. Apenas nos dois primeiros meses pós lançamento do Plano Safra, o programa desembolsou R$ 86,3 milhões (julho/agosto). Quem buscar o financiamento poderá contratá-lo com taxa de 5,5% ao ano quando destinado à capitalização da cooperativa, ou 9% ao ano, no caso de capital de giro.

Fomento - Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa, Caio Rocha, a disponibilidade de recursos é uma forma de fomentar os agricultores e suas cooperativas a expandir a capacidade produtiva e a competitividade da agropecuária brasileira e de manter a posição relevante do País no mercado agrícola internacional. (Mapa)

CÓDIGO FLORESTAL: Matéria entra em fase final de regulamentação

O Blog OCB no Congresso está publicando, desde segunda-feira (15/10), uma matéria especial por dia sobre o processo de sanção presidencial do Código Florestal, previsto para acontecer nesta quarta-feira (17/10). A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) participou ativamente das discussões e transformações da matéria junto aos relatores no Senado, Luiz Henrique (SC) e Jorge Viana (AC).

Sanção - No dia 25/05/2012, a Presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.651/12, vetando pontos essenciais da matéria. Logo em seguida, foi publicada a medida provisória 571/12, que disciplinava as lacunas deixadas na lei publicada. Começava aí mais um trabalho de articulação política do setor cooperativista, junto aos seus parlamentares, para adequar o texto à realidade ambiental em sintonia com a produção agrícola.

Sensibilização - A sensibilização foi feita, de início, juntos aos membros da comissão mista destinada a analisar a MP. O texto final levou em consideração o pleito do Sistema OCB e beneficia o setor produtivo. A última fase que se aguarda para fechar esse importante instrumento legal para a preservação ambiental, bem como para a produção agropecuária brasileira, é a sanção presidencial. Acesse e leia mais: Blog OCB no Congresso (Informe OCB)

 

EXPEDIÇÃO SAFRA I: Após quebra, EUA passam o bastão da soja para o Brasil

expedicao safra 16 10 2012Com a colheita de soja e milho na reta final, a quebra histórica na safra dos Estados Unidos coloca o Brasil como principal fornecedor de soja para o mundo. Por conta de uma exportação menor pela Argentina, que em condições normais seria suprida pelos norte-americanos, a agricultura brasileira também assume a vice-liderança no milho.

Embarques - Em 2012 os embarques brasileiros do cereal devem superar 17 milhões de toneladas, com um crescimento de 85% sobre 2011. As vendas externas de soja em grão pelo Brasil devem fechar o ano com crescimento de quase 20%. Para 2013, as projeções apontam para um embarque ainda maior da oleaginosa, próximo de 39 milhões de toneladas.

Quebra - Consolidada, a quebra de mais de 100 milhões de toneladas no maior produtor mundial beneficia o Brasil, que se firma definitivamente como um dos principais players no mercado internacional de commodities agrícolas. Preocupados com o abastecimento do mercado interno por causa da oferta reduzida, os EUA devem diminuir consideravelmente os seus embarques de grãos no ciclo 2012/13.

Demanda doméstica - Com a demanda doméstica aquecida, os norte-americanos devem reduzir em 7% seus embarques de soja e em 26% as suas vendas externas de milho. As exportações da oleaginosa, que começaram o ciclo aceleradas, tendem a perder ritmo a partir de agora. Os embarques do cereal, que no início de outubro ainda corriam 43% atrás dos registros de igual período do ano passado, prometem continuar limitados pela oferta escassa.

Mais espaço - Já o Brasil, que até o mês passado havia vendido 9,4 milhões de toneladas de milho ao mercado externo, deve embarcar ao menos outros 8 milhões de toneladas até dezembro (cerca de 2,5 milhões de toneladas mensais), alcançando a inédita marca de 17,5 milhões de toneladas exportadas. O recorde histórico é embalado pela safrinha, que rendeu aos produtores brasileiros mais de 37 milhões de toneladas em 2012, compensando com folga as perdas sofridas no verão e dando ao país condições de ocupar o espaço deixado por seus principais concorrentes, EUA e Argentina, no mercado internacional de milho.

Novo salto - No caso da soja, as vendas externas brasileiras, que ignoram a quebra de safra e crescem em ritmo alucinante neste ano, devem dar novo salto em 2013, impulsionadas por um aumento de 10% no plantio e um incremento de 11% na produtividade média. Estimativa preliminar da Expedição Safra aponta que os produtores brasileiros devem semear nesta temporada recordes 27,5 milhões de hectares com a oleaginosa e, com clima normal, têm potencial para colher 81 milhões de toneladas do grão. Da produção total, 48% (39 milhões/t) devem seguir para a exportação em 2013. No milho, a safra total (verão e inverno) deve recuar de 72 milhões para 70 milhões de toneladas.

Rendimento - No verão, o recuo da área tende a ser compensado por uma melhora do rendimento médio das lavouras, enquanto, no inverno, a produtividades mais baixas do que as de 2012 devem ofuscar o aumento do plantio. Na próxima semana, os técnicos e jornalistas da Expedição voltam a pegar a estrada para dar início ao roteiro brasileiro de plantio. Após o percurso, será divulgada uma nova estimativa de área e produção de verão. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

EXPEDIÇÃO SAFRA II: Agricultores se voltam ao plantio 2013

Com os trabalhos de campo da safra 2012/13 encerrados até um mês antes do normal, os olhos dos produtores norte-americanos já começam a se voltar para a próxima temporada. Para aproveitar o tempo livre, muitos deles deram início ao preparo do solo, aplicando nitrogênio nas áreas que receberão sementes de milho e passando a grade nas terras planejadas para a soja.

Além - Outros agricultores, como Steve Merkel, de Spring Valley, Minnesota, foram além. Com a colheita totalmente concluída e os solos preparados para o próximo plantio, também já finalizou a aquisição de insumos para 2013/14. “De agroquímicos a sementes, tenho boa parte dos produtos no galpão. O que ainda não chegou já está comprado”, conta. A antecipação explica-se: com quebra estrondosa na safra de milho deste ano, a produção de sementes para a próxima temporada ficou comprometida e os produtores temem dificuldades para encontrar híbridos mais produtivos.

Produtividade maior - Craig Peterson, multiplicador da Pioneer em Tripoli, Iowa, afirma que a produtividade dos campos sementeiros ficou 9% acima do esperado no auge da seca, em agosto, e descarta o risco de falta de produto no próximo plantio. Ele admite, entretanto, que a empresa terá que recorrer à América do Sul para evitar o desabastecimento do mercado norte-americano. “Nós, assim como todas as outras principais empresas do setor aqui nos EUA, temos campos de multiplicação na Argentina, pois o clima lá é bastante parecido com o nosso. Todos os anos, trazemos semente de lá, mas neste ano certamente teremos uma dependência maior das sementes sul-americanas. As melhores variedades virão de lá”, conta.

Umidade - Neste momento, porém, a maior preocupação dos norte-americanos é com os baixos níveis de umidade no subsolo. Depois de enfrentar o verão mais seco em 50 anos, os EUA precisam de chuvas abundantes nas próximas semanas para restabelecer a umidade dos solos antes que a neve chegue e ‘sele’ a camada superficial da terra, impedindo a água de chegar ao subsolo.

Milho - Entrar na nova temporada com níveis mínimos de umidade é importante, já que grande parte dos produtores norte-americanos pretende aumentar a área destinada ao milho no ano que vem. Como o cereal é plantado mais cedo, se as chuvas tardarem a chegar na primavera, como é comum ocorrer em anos de El Niño, os planos de expansão podem ser afetados, obrigando agricultores a plantar soja em área inicialmente planejada para o milho.

Tempo seco abre vagens e antecipa colheita - Ao longo dos quase 2 mil quilômetros que percorreu pelo Meio-Oeste dos Estados Unidos na última semana, a Expedição Safra Gazeta do Povo encontrou produtores correndo contra o tempo para finalizar os trabalhos de campo da safra 2012/13. Com previsão de chuvas de 25 mm a 50 mm para o final de semana, a meta era recolher toda a safra antes que a umidade chegasse. As plantas chegaram ao final do ciclo e a umidade poderia prejudicar a qualidade dos grãos e ampliar as perdas.

Trabalho adiantado - A tarefa de concluir a colheita, contudo, não é das mais difíceis. Afinal, os trabalhos estão bastante adiantados em todo o Corn Belt. A maior parte dos produtores ouvidos pela Expedição relatou ter encerrado as atividades com duas a quatro semanas de antecedência.

Plantações - Em algumas regiões, como no Centro-Norte de Iowa, era difícil encontrar lavouras de pé. Onde havia movimentação de máquinas, estava restrita ao milho. A soja, cuja colheita costuma se estender até meados de novembro, não estava mais no campo. Durante todo o percurso, a equipe de técnicos e jornalistas encontrou apenas quatro plantações ainda por colher.

Inversão - “Neste ano, tivemos que inverter as coisas, colher toda a soja primeiro e depois voltar para o milho. O tempo estava tão seco que as vagens começaram a abrir na planta. Se não colhêssemos logo, iríamos perder produtividade”, explica Derek Heidemn, de Albert Lea, Iowa.

Direções opostas - Por conta das condições climáticas do final do ciclo, soja e milho tomaram direções oposta conforme a colheita avançava, observa Lynn Martz, de Dekalb, Illinois. “As primeiras área de soja renderam melhor que as últimas, mas o milho colhido mais cedo teve desempenho bem inferior às plantações mais tardias”, pontua. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

AGRICULTURA FAMILIAR: Pronaf Jovem já pode ser contratado pelo Banco do Brasil

Agricultores familiares com até 29 anos interessados em acessar a linha de investimento do Pronaf Jovem, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), já podem contratar o financiamento por meio do Banco do Brasil. A operacionalização desta linha do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) nesse agente financeiro passou a vigorar a partir desta segunda-feira (15/10).

Limites - Os atuais limites de crédito da linha permitem o financiamento até R$ 15 mil por pessoa. Com juros de 1% ao ano, o prazo de reembolso pode chegar até dez anos, com três de carência. Oriundos do Tesouro Nacional, os recursos são destinados à implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços nos estabelecimentos rurais.

Permanência no campo - Na avaliação do secretário da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Valter Bianchini, a operacionalização em mais um agente financeiro integra os esforços do MDA para oferecer aos jovens condições reais de permanência no campo. “Estamos ampliando sensivelmente o acesso ao Pronaf Jovem. A iniciativa está alinhada às ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) específicas para os jovens que divulgamos recentemente e ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo (Pronatec Campo), que, juntas, vão contribuir para o preparo do jovem na sucessão familiar rural”, explicou.

Requisitos - Para serem beneficiados, os jovens agricultores devem possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e preencher pelo um dos seguintes requisitos: ter concluído ou estar cursando o último ano em centros familiares rurais de formação por alternância ou em escolas técnicas agrícolas de nível médio, ter participado de curso ou estágio de formação profissional e ter recebido orientação de uma instituição prestadora de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), reconhecida pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA).

Operacionalização - Além do Banco do Brasil, o Pronaf Jovem também é operacionalizado pelo Banco da Amazônia e pelo Banco do Nordeste. Outras informações sobre o programa na página do Pronaf ( http://www.mda.gov.br/portal/saf/programas/pronaf/2258856 ). (Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário)

INFRAESTRUTURA: Movimentação de mercadorias pelos portos do PR cresce 7% até setembro

infraestrutura 16 10 2012 LargeA movimentação de mercadorias nos portos de Paranaguá e Antonina cresceu 7% nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2011. De janeiro a setembro, foram movimentadas pelos portos do Paraná 33,9 milhões de toneladas de produtos (entre exportações e importações), contra 31,6 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.

Granéis sólidos - Os granéis sólidos respondem pela maior parte dos produtos, totalizando 24 milhões de toneladas, volume também 7% superior ao registrado em 2011. Entre os granéis sólidos, os destaques são as exportações de soja, farelo de soja e milho. Até setembro, o Porto de Paranaguá exportou 6,5 milhões de toneladas de soja, 10% a mais que em 2011. Os farelos somaram 4 milhões de toneladas, volume 15% superior ao mesmo período do ano passado.

Alta - O milho, que concentra a maior parte de suas vendas externas no segundo semestre, já apresenta alta de 68% nas exportações, totalizando 2,9 milhões de toneladas. Os fertilizantes – granéis sólidos importados pelos portos paranaenses – fecharam o mês de setembro em queda de 6% na movimentação, somando 6,4 milhões de toneladas.

Granéis líquidos - A movimentação de granéis líquidos totalizou, até setembro, 3,7 milhões de toneladas – alta de 22% em relação a 2012. A carga geral – que somou 5,6 milhões de toneladas – apresentou alta de 2%.

Contêineres - No segmento de contêineres, houve alta de 10%, totalizando 560,4 mil TEUs (unidades equivalentes a contêineres de 20 pés). A movimentação de veículos apresentou queda de 2% até setembro, totalizando 153,6 mil unidades, entre veículos importados e exportados.

Antonina – O Porto de Antonina, que vem recuperando sua movimentação, fechou setembro com alta de 10% na movimentação de mercadorias. Foram 873,9 mil toneladas de produtos movimentados pelo terminal. A maior parte do volume é formada pela importação de fertilizantes, que somou 770 mil toneladas até setembro. O terminal também está realizando algumas operações de exportação de açúcar, somando pouco mais de 68 mil toneladas do produto exportadas até agora. (AEN)

MDIC: Balança tem superávit de US$ 919 milhões na segunda semana de outubro

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 919 milhões na segunda semana de outubro, informou nesta segunda-feira (15/10) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O saldo positivo resulta da diferença entre US$ 4,439 bilhões em exportações e US$ 3,520 bilhões em importações. No mês, o resultado das transações comerciais brasileiras é positivo em US$ 1,731 bilhão. No ano, o saldo positivo é de US$ 17,455 bilhões.

Média diária - A média diária de US$ 1,110 bilhão nas exportações na segunda semana de outubro é 3,6% superior à média da semana anterior. Na comparação com outubro do ano passado a média diária de embarques caiu 1,7% em função da diminuição nas exportações de itens básicos e manufaturados.

Produtos básicos - Os produtos básicos recuaram 6,2%, dos US$ 546,45 milhões da média diária de outubro de 2011 para US$ 512,4 milhões acumulados até a segunda semana de outubro deste ano. A redução foi resultado, principalmente, dos embarques menores de petróleo em bruto, café em grão, minério de ferro e algodão em bruto.

Manufaturados - Já para os manufaturados a média diminuiu 2,3% na mesma comparação, passando de US$ 388,2 milhões em outubro de 2011 para US$ 379,4 milhões nas duas primeiras semanas deste mês. A queda é reflexo de exportações menores de aviões; veículos de carga; automóveis de passageiros; laminados planos; tratores; pneumáticos; e motores para automóveis.

Semimanufaturados - As exportações de semimanufaturados cresceram 18% na mesma base de comparação, de US$ 150,6 milhões para US$ 177,6 milhões, em grande parte pelo aumento de embarque de alumínio bruto; óleo de soja em bruto; ouro; estanho em bruto; açúcar em bruto; e couro e peles.

Importações - As importações diminuíram 9,4% na segunda semana de outubro de 2012, com média diária de US$ 896 milhões, ante US$ 989,1 milhões em todo o mês de outubro de 2011. No comparativo, diminuíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes; veículos automóveis e partes; borracha e obras e siderúrgicos. (Valor Econômico)

ECONOMIA: PIB pode perder força depois do 3º trimestre reforçado

Principal vetor de aceleração da economia no terceiro trimestre, a redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para veículos foi eficaz para desovar estoques, reanimar a produção nas fábricas e provocar recorde de vendas, mas tornou-se fator de incerteza para uma retomada gradual da atividade. Mesmo que o benefício fiscal seja prorrogado até o fim do ano, economistas apontam que a antecipação de compras gerada pelo imposto menor não irá se repetir no quarto trimestre, perda de fôlego que também deve se refletir sobre a indústria do setor.

Saturação - Tendo em vista esse movimento de saturação, alguns analistas já apostam em uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mais fraca no último trimestre do ano em relação ao período anterior, feitos os ajustes sazonais, após um crescimento que, impulsionado pelo IPI reduzido, pode ultrapassar 1% no terceiro trimestre. Mesmo no grupo de economistas que projetam ritmo melhor nos últimos três meses do ano, o "efeito ressaca" do IPI é colocado como uma possível ameaça à concretização desse cenário.

Projeções - A antecipação da demanda é uma das razões elas quais as projeções do PIB para o ano continuam caindo na coleta feita pelo Banco Central (o boletim Focus), apesar dos bons dados do terceiro trimestre. Nesta segunda-feira (15/10), o Focus apontou nova queda na projeção para o PIB de 2012 de 1,57% para 1,54%.

Impacto forte - Fabio Ramos, da Quest Investimentos, afirma que as medidas de incentivo tiveram impacto muito forte sobre a atividade no terceiro trimestre, especialmente em agosto - mês em que, com a perspectiva de aumento de preços, foram vendidos mais de 405 mil carros, recorde histórico da série da Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias do país. Em setembro, porém, mesmo com o IPI reduzido ainda em vigor (o benefício foi prorrogado até 31 de outubro), as vendas recuaram para 127,9 mil unidades, volume 31,5% abaixo do registrado no mês anterior.

Preço - Segundo Ramos, os dados piores sinalizam que os estímulos concedidos à economia "vão cobrar seu preço" no quarto trimestre, período para o qual estima alta de 0,7% para o PIB, desaceleração frente aos 1,2% projetados para o terceiro trimestre. "A expansão será menor não porque o governo vai remover o IPI, mas sim porque, quando os preços foram reduzidos com prazo de término, a demanda foi 'empurrada' para o terceiro trimestre", explicou.

Fôlego menor - Com a intensa freada nas vendas, o fôlego no crescimento deixado por setembro para o quarto trimestre (o chamado 'carry over') deve ser menor, diz Thiago Carlos, economista da Link Investimentos, o que já diminui a capacidade de crescimento da economia no período. Ele calcula que esse repasse de junho para o terceiro trimestre foi de 0,5 ponto percentual, número que deve ser reduzido pela metade na virada de setembro para outubro. Ele pondera, porém, que essa estimativa é controversa e o impacto negativo pode ser compensado se outubro for um mês de reação nas concessionárias.

Repique - Para Luís Otávio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil, outubro pode mostrar novo repique nas vendas, mas dificilmente o pico de agosto será atingido. Ele avalia que o corte do imposto foi positivo por acelerar o processo de limpeza de estoques - que eram de 43 dias de vendas em maio, situação mais crítica desde a crise de 2008. Mas, ao contrário de mudanças estruturais, como o aumento da oferta de crédito e da renda, diz Leal, desonerações fiscais não são suficientes para criar "demanda nova" e, por isso, têm efeito limitado sobre a atividade econômica.

Oscilações - Assim, o analista acredita que, após aumento que pode chegar a 1,5% no terceiro trimestre sobre o segundo, o crescimento do PIB deve voltar para algo próximo a 1% no trimestre final de 2012. "Antes da redução do IPI, tínhamos um cenário de recuperação mais linear, que agora foi descartado", afirmou Leal, destacando que medidas de incentivo causam oscilações no ritmo da economia.

Variáveis - Variáveis como melhora na confiança do empresariado, ajuste de estoques e recuperação mais espalhada entre os setores industriais devem sustentar um avanço maior do PIB no quarto trimestre, de acordo com Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, mas, para isso, é preciso que comércio e produção de veículos continuem em alta. Em seu cenário principal, Bicalho conta com alguma retomada nas vendas após o tombo de setembro, mas pondera que desonerações tributárias elevam a incerteza sobre o ritmo de atividade.

Peso - O analista do Itaú observa que o setor automobilístico tem peso de cerca de 30% nas vendas do varejo ampliado, que incluem veículos e material de construção, e representa 13% da produção industrial do país, apenas diretamente. Assim, pondera Bicalho, uma evolução mais desfavorável desse ramo é o principal risco à sua projeção de expansão de 1,3% da economia entre o terceiro e o quarto trimestres.

Insuficiente - Segundo Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, o IPI menor para carros deve ser estendido até o fim do ano e dinamizar a atividade em outubro e dezembro, mas a renovação não será suficiente para garantir crescimento de 1,7% do PIB no último trimestre, projeção anterior da MB que foi revisada para 1% de forma preliminar. "A volatilidade de dados deve continuar, mas os picos e pisos ficam cada vez menores. O pico de 405 mil veículos vendidos não vai se repetir", disse Vale.

Outros produtos - Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia Corretora, nota que, além dos bens duráveis, outros produtos devem ter suas vendas afetadas pela forte antecipação de consumo no terceiro trimestre, já que as famílias que compraram automóveis comprometeram parte considerável de sua renda com empréstimos. "Provavelmente o consumo das famílias no PIB não virá tão forte como nos trimestres anteriores", diz ele. (Valor Econômico)


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