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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2957 | 22 de Outubro de 2012

ALIMENTAÇÃO: Papa ressalta importância das cooperativas agrícolas

alimentacao papa bento 22 10 2012O papa Bento XVI enviou ao diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, uma mensagem ressaltando a importância das cooperativas agrícolas. O Pontífice aproveitou o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, que teve como tema "As cooperativas agrícolas nutrem o mundo", para mostrar a importância dessas organizações na produção de alimento e como modo de melhorar a vida da população.   

Instrumentos necessários - "É indispensável que os poderes, a nível nacional e internacional, predisponham os instrumentos necessários, legislativos e de financiamento, para que nas zonas rurais as cooperativas possam ser instrumentos eficazes para produção agrícola, segurança alimentar, mudança social e para um amplo melhoramento nas condições de vida", explicou o papa.   

Bem - "Em um mundo que busca ações apropriadas para superar as dificuldades derivadas da crise econômica e para dar a globalização um significado autenticamente humano, a experiência com cooperativas representa bem a economia a serviço das pessoas", completou Bento XVI. (Jornal do Brasil)

 Clique aqui e confira na íntegra a mensagem do papa Bento XVI

 

SISTEMA OCEPAR: Diretores participam da 19ª reunião ordinária

Foi realizada, na manhã desta segunda-feira (22/10), em Curitiba, a 19ª Reunião Ordinária da diretoria da Ocepar, referente à gestão 2011-15. Em pauta estiveram temas como o programa de certificação dos conselheiros fiscais, as ações da diretoria da Organização das Cooperativas Brasileiras e os próximos eventos que serão realizados em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas, como o Encontro de Núcleos, o Fórum dos Presidentes, o Fórum dos Diretores Executivos e o Estadual. Os dirigentes também discutiram questões relativas ao novo Código Florestal Brasileiro. 

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TRIGO: Ocepar participa do Congresso Internacional sobre a cultura

trigo congresso 22 10 2012O gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, está participando do XIX Congresso Internacional do Trigo, cuja abertura oficial aconteceu neste domingo (21/10), no Hotel Costão do Santinho, em Florianópolis (SC). O evento prossegue até terça-feira (23/10), com cerca de 500 participantes de vários países, entre produtores de trigo, dirigentes de moinhos, da panificação, das indústrias dos derivados, representantes do governo e de entidades ligadas ao agronegócio. Durante o evento, especialistas estarão avaliando e discutindo os desafios de uma das mais importantes cadeias do agronegócio brasileiro, em palestras, debates e mesas redondas, sob o tema central do Congresso: "A Hora e a Vez do Trigo". Em paralelo, está sendo realizada a Feira de Negócios, com apresentação e oferta de novos produtos, máquinas, equipamentos, sistemas e tecnologia. O evento é organizado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).

LivroNesta segunda-feira (22/10), às 21h, será lançado durante o Congresso o livro “O grão rei – a história do trigo no Brasil do campo à mesa”, de autoria dos jornalistas João Castanho e Jorge Retti. Retti é co-autor do capítulo referente à pesquisa e esteve na sede da Ocepar, em julho, coletando informações para a publicação. Ele entrevistou o economista e ex-chefe da Comissão de Compra do Trigo Nacional (Ctrin), Eloy Gomes, o primeiro presidente da Ocepar e atual assessor da diretoria, Guntolf van Kaick, e o gerente técnico e econômico, Flávio Turra. No Paraná, Retti falou ainda com o presidente executivo da Coodetec, Ivo Marcos Carraro. trigo livro22 10 2012

FINANCEIRO E DE MERCADO: Fórum reúne 75 profissionais de 18 cooperativas em Maringá

O Sistema Ocepar promoveu, na última sexta-feira (19/10), o Fórum Financeiro e de Mercado, na sede da Cocamar, em Maringá, com a participação de 75 profissionais de 18 cooperativas dos ramos agropecuários, crédito, saúde e trabalho. Também estiveram presentes o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, e o analista econômico e financeiro do Sescoop/PR, Devair Mem. O responsável pelo acompanhamento da economia latino-americana do Departamento de Pesquisa Econômica do Bradesco, em São Paulo, Felipe Wajskop França, apresentou o cenário macroeconômico nacional e internacional. Já o consultor e analista de commodities da Cerealpar, Steve Cachia, abordou a nova realidade do mercado de commodities agrícolas.

Otimismo - “Os palestrantes foram bastante otimistas em suas explanações. Com relação à economia brasileira, as perspectivas de crescimento de 4% do PIB, aliado ao controle da inflação, emprego, juros, câmbio, investimentos externos e balança comercial, serão melhores que os de 2012”, informou Mafioletti. “Para o mercado de commodities agrícolas, o quadro continua positivo. Mas, a depender do clima, o primeiro semestre de 2013 será melhor que o segundo, com a normalidade das safras de soja e milho na América do Sul e também no Hemisfério Norte, que começa o plantio em abril de 2013. Também é possível que, na época da colheita por lá, entre agosto e setembro, a situação se altere com a recomposição dos estoques mundiais e os preços mais baixos que os atuais”, acrescentou o analista da Ocepar.

 

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COODETEC: Funcionários aderem à Campanha Outubro Rosa

Na sexta-feira (19/10), os funcionários da Coodetec vestiram a camisa. A cooperativa apoia a versão cascavelense do movimento mundial Outubro Rosa de luta contra o câncer. É uma forma de ajudar pacientes carentes que lutam contra o câncer e ainda informar, esclarecer mais pessoas, sobre os exames preventivos, que salvam muitas vidas. (Imprensa Coodetec)

coodetec 22 10 2012 Large

SICOOB CASCAVEL: Pontos de atendimento são decorados na cor rosa, em prol do movimento

O Sicoob Cascavel também está participando do movimento Outubro Rosa. Nesse mês, todos os pontos de atendimento foram decorados com a cor rosa. Duas vezes por semana, os colaboradores estão usando uma camiseta da mesma cor como uniforme. Outra ação importante realizada foi a limpeza do lago municipal de Cascavel. Colaboradores voluntários se reuniram na manhã do último dia 23 de setembro para fazer uma coleta de lixo às margens do lago, o resultado foram 22 sacos de lixo. (Informativo Sicoob Central PR)

Sicoob cascavel outubro rosa 22 10 2012

SICOOB PARANÁ: Administradora de consórcio completa dois anos

sicoob parana 22 10 2012No dia 05 de outubro, foi comemorado o segundo aniversário da inauguração dos primeiros grupos de consórcio do Sicoob Paraná. Naquela ocasião, foram inaugurados quatro grupos de consórcios que foram vendidos em apenas 15 dias de lançamento do produto. Atualmente, estão sendo administrados      30 grupos de consórcios e 3.820 cotas ativas. Houve 823 consorciados contemplados e aproximadamente R$ 70 milhões em cartas de crédito. A administradora já repassou às cooperativas Singulares mais de R$ 1,6 milhão de comissão pela comercialização das cotas de consórcios. A movimentação financeira nesse período foi de R$ 16 milhões de reais. (Informativo Sicoob Central PR)

COOPERATIVAS: Balança comercial tem superávit de US$ 4,075 bilhões

cooperativas exportacoes 22 10 2012A balança comercial das cooperativas apresentou saldo positivo, tendo alcançado US$ 4,075 bilhões de janeiro a setembro de 2012. Nos primeiros nove meses do ano, dos 27 estados brasileiros,19 realizaram exportações por meio de cooperativas. São Paulo teve o maior valor em vendas externas: US$ 1,399 bilhão, representando 32,9% do total do segmento. Em seguida estão: Paraná (US$ 1,327 bilhão; 31,2%); Minas Gerais (US$ 495 milhões; 11,7%); Santa Catarina (US$ 262 milhões; 6,2%); e Rio Grande do Sul (US$ 244 milhões; 5,8%).

Total de cooperativas - De janeiro a setembro deste ano, 161 empresas cooperativas realizaram exportações. A maior parte delas vendeu valores abaixo de US$ 1 milhão. No período, as exportações de cooperativas apresentaram redução de 7,1% sobre os primeiros nove meses de 2011 (US$ 4,7 bilhões), atingindo um total de US$ 4,2 bilhões, o que representa 2,4% das exportações brasileiras no acumulado do ano.

Produtos - Entre os principais produtos exportados pelo segmento destacam-se: açúcar em bruto (com vendas de US$ 550 milhões, representando 12,9% do total); soja em grãos (US$ 525 milhões, 12,4%); etanol (US$ 507 milhões, 11,9%); açúcar refinado (US$ 474 milhões, 11,2%); e carne de frango (US$ 465 milhões, 10,9%);

Países - As vendas externas das cooperativas alcançaram, de janeiro a setembro de 2012, 133 países. Por conta da participação no total das exportações do setor, merecem destaque: China (vendas de US$ 662 milhões, representando 15,6% do total); Estados Unidos (US$ 581 milhões; 13,7%); Emirados Árabes Unidos (US$ 256 milhões; 6%); Alemanha (US$ 237 milhões; 5,6%); e Países Baixos (US$ 199 milhões; 4,7%).

Importações - Em relação às importações, houve retração de 12,1% nas compras, que passaram de US$ 200 milhões, de janeiro a setembro de 2011, para US$ 175 milhões, no mesmo período de 2012. Entre os principais produtos importados, destacam-se: ureia (teor N>45) (com compras de US$ 26,6 milhões, representando 15,1% do total); cloretos de potássio (US$ 20,8 milhões; 11,9%); soja em grãos (US$ 16,5 milhões; 9,4%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 12,3 milhões; 7%); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 9,5 milhões; 5,4%); e batatas preparadas ou conservadas, congeladas (US$ 7,5 milhões; 4,3%).

Origem - As compras externas das cooperativas foram originárias de 44 países com destaque para: Paraguai (compras de US$ 26,2 milhões, representando 14,9% do total); China (US$ 16,2 milhões; 9,2%); Estados Unidos (US$ 16,1 milhões; 9,1%); Israel (US$ 10,8 milhões; 6,2%); e Ucrânia (US$ 10,0 milhões, 5,7%).

Maior volume - O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, US$ 77,2 milhões, representando 44% do total. Em seguida estão: Santa Catarina (US$ 56,7 milhões; 32,3%); Rio Grande do Sul (US$ 15 milhões; 8,5%); Goiás (US$ 12,5 milhões; 7,1%); e São Paulo (US$ 5,6 milhões, 3,2%). (Informe OCB)

Acesse os dados da balança comercial das cooperativas

COAMO: Bons preços aceleram comercialização da soja

Coamo 22 10 2012LargeOs bons preços obtidos na safra passada incentivaram a comercialização antecipada da safra 2012/2013. Na área de atuação da Coamo Agroindustrial Cooperativa, 28,5% já foi negociado – o maior volume já registrado para o período. Levando-se em conta uma safra estimada em aproximadamente 60 milhões de sacas, o volume de soja já comprometido chega a 17 milhões de sacas. Segundo um levantamento realizado pela agência Safras & Mercado, os produtores brasileiros de soja negociaram 46% da safra 2012/2013 de forma antecipada. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 30% e a média para o período é de 22%.

Orientação - “Depois de muitos anos com a gente falando que ele tem de vender em função de custos e vender em diversas vezes para fazer uma média, o agricultor correspondeu a essa orientação”, explica o diretor presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini. Para a safra que encerrou em 2012, os preços tiveram forte elevação e vários contratos foram fechados a R$ 79. “Essa disparada levou também a safra futura.” Os preços negociados na região de Campo Mourão foram de R$ 49,00 até R$ 64 para a safra 2012/2013.

Maior venda - Segundo o presidente, essa é a maior venda que já foi feita – em volume comercializado. “O produtor aproveitou bem os preços, que hoje já estariam bem abaixo”, revela ao explicar que os contratos firmados essa semana ficaram na faixa de R$ 57,00 a saca de soja, valor que apesar de mais baixo ainda é compensador. “A praxe do produtor é ficar triste se o preço sobe e ele já vendeu. Sempre quer vender na baixa. Mas deve ser o contrário, ficar contente que conseguiu um bom preço em relação ao custo de produção.”

Positivo - Em relação ao futuro, ele prevê um ano positivo. “Essa é a tendência, mas naqueles níveis que ocorreram não dá para assinar em baixo. Tem que esperar para ver porque toda a safra ainda está para ser plantada ainda. São vários fatores e vários países e tudo tem que dar certo pra dizer que vai manter o nível.”

Safra 2011/12 - A safra 2011/2012 de verão foi prejudicada pela seca, tanto na soja como no milho. Em relação ao primeiro, o país perdeu 10 milhões de toneladas e a Coamo deixou de receber dos produtores 600 mil toneladas. Os principais prejudicados dentro da área de atuação da cooperativa foram a região oeste e o Mato Grosso do Sul. Em função das perdas no Brasil, o preço passou a R$ 49,50. Com a concretização da quebra americana, os valores chegaram aos R$ 79,00.

Milho - A safra de verão do milho foi a que mais sentiu com a estiagem, a grande safra ficou por conta da safrinha. Somados os volumes colhidos com as duas culturas, foram totalizados 40 milhões de sacas. “O preço da soja e do milho, em função da seca, compensou a queda na produtividade. Com isso, praticamente todos os produtores conseguiram cumprir seus compromissos de custeio e financiamento”, declara Gallassini.

Preços - Os preços do milho variaram de 23,80 até R$ 28,00. Praticamente o dobro do valor obtido nas negociações da safra anterior, que foram de R$ 12,60 a R$ 13,60. “Com isso, praticamente todos os produtores cumpriram seus compromissos de custeio e financiamento.”

Liquidez - Como o milho não tem a mesma liquidez da soja, apenas 5% da safra futura foi comercializada. “O pessoal não quer se arriscar e não temos comprador. A tendência do milho sempre é perda. Mas em relação à safra que foi colhida, mais da metade já foi vendida."

Influenciada pelo preço, área de milho é reduzida - Influenciados pela alta no preço da soja, a área de milho foi reduzida, aproximadamente 9%. “Áreas que antes eram ocupadas com o milho foram destinadas para a soja, que teve aumento na área plantada de quase 15%”, explica o líder cooperativista. Para a safra 2012/2013, a previsão é que sejam plantados 1.857,6 milhões de hectares de soja. Para o milho a previsão é de 186,7 mil hectares. Em relação ao milho safrinha, a expectativa é que a área passe por elevação semelhante à registrada em 2012, quando cresceu 43%. “A tendência é que chegue a 50%, repetindo com um pequeno aumento.” (Tribuna do Interior/Campo Mourão)

EXPEDIÇÃO SAFRA: Técnicos e jornalistas vão percorrer quatro roteiros pelo Brasil

expedicao safra 22 10 2012No auge do plantio de soja e milho de verão, a Expedição Safra Gazeta do Povo vai percorrer as principais regiões produtoras do país em quatro roteiros. Daqui a uma semana, as equipes pegam a estrada para monitorar a supersafra, que promete render 81 milhões de toneladas da oleaginosa e perto de 36,5 milhões de toneladas do cereal.

Plano de trabalho - O plano de trabalho de campo foi confirmado na última semana, quando técnicos e jornalistas retornaram dos Estados Unidos, onde a colheita entra na reta final com quebra climática menor que a esperada, mas, ainda assim, forte o suficiente para abrir espaço às exportações brasileiras. O desafio do Brasil será driblar os gargalos logísticos, tema principal da Expedição nas viagens pelo interior do país.

Início - A incursão pelo Brasil rural começa com duas equipes na estrada, uma cumprindo roteiro pelo Centro-Oeste e outra pelo Sul. A Expedição vai conferir, simultaneamente, o andamento dos trabalhos em Mato Grosso e no Paraná, os maiores produtores brasileiros de grãos. Essas mesmas equipes vão percorrer Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Terceiro roteiro - O terceiro roteiro inclui São Paulo, Minas Gerais e Goiás, até a segunda semana de novembro. Na terceira semana do mês, haverá o lançamento oficial da Expedição Safra 2012/13 em Goiânia. Na sequência, outra equipe cumpre roteiro pelos estados da Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins.

Pará e Índia - A Expedição desta temporada vai até abril de 2013. Na colheita, a partir de fevereiro, os 12 estados visitados no plantio serão revisitados, além do Pará, novidade do circuito Centro-Norte. Como tradicionalmente ocorre, técnicos e jornalistas vão ainda para Argentina e Paraguai, investigar o rendimento da safra. No roteiro internacional, a novidade será a Índia, que ao lado da China, representa um mercado de expansão dos negócios para o Brasil. (Gazeta do Povo)

IBGE I: Atlas mostra agropecuária cada vez mais moderna

atlas 22 10 2012O consumo intensivo de capital intelectual, por meio de uma série de técnicas e inovações, tem marcado o atual processo de produção nas áreas rurais do País, segundo o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, divulgado na sexta-feira (19/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As máquinas e os insumos agrícolas marcaram a modernização da agricultura, mas o destaque atualmente tem sido o uso de irrigação, sementes certificada e transgênica, acesso a assistência técnica, aplicação de plantio direto, produção de eucalipto, entre outros.

Pecuária bovina - Na pecuária bovina, destacam-se municípios que apresentam estabelecimentos com transferência de embriões, rastreamento, uso de rações industriais, confinamento e inseminação. O atlas combina dados do Censo Agropecuário 2006 com outras pesquisas do instituto, com o objetivo de retratar a realidade territorial do campo brasileiro.

Estabelecimentos - A pesquisa aponta que o País tem 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários e 3,9 milhões de proprietários rurais, sendo que 82% eram analfabetos ou não tinham completado o ensino fundamental. As mulheres, que respondiam por cerca de 13% dos estabelecimentos agropecuários, tinham a maior taxa de analfabetismo (45,7%), contra 38,1% dos homens. As maiores taxas de analfabetismo, tanto para os proprietários quanto para os ocupantes, se concentravam nos municípios das regiões Norte e Nordeste do País.

Escolaridade - A maior fatia de produtores proprietários com nível médio de instrução (regular e profissionalizante) ficava nas áreas de maior dinamismo da produção, com destaque para o Centro-Sul, especialmente onde há domínio da cultura de soja e outras commodities de exportação. De acordo com o IBGE, os dados mostram uma correlação entre o aprimoramento técnico da agricultura e o nível de instrução do produtor rural.

Pressão - O bioma que mais sofre pressão da agropecuária, entre os seis presentes em território nacional, é o Pampa, que tem 71% de sua extensão ocupada com estabelecimentos agropecuários. Em seguida, aparecem os biomas Pantanal (com 69% da área ocupada), Mata Atlântica (66%) e Cerrado (59%).

APP e Reserva Legal - Segundo o IBGE, apenas 20% dos estabelecimentos agropecuários no País tinham matas destinadas a Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal. Outros 40% dos estabelecimentos agropecuários não usam nenhuma das principais práticas agrícolas capazes de prevenir e controlar a erosão do solo, como o plantio em nível, o uso de terraços, a proteção de encostas, o plantio direto na palha, o pousio (interrupção de cultivo para permitir o descanso da terra) e a rotação de culturas.

Logística -O transporte da produção agropecuária ainda é concentrado no modal rodoviário, que detém uma fatia 70% das cargas no País, em comparação com 26% nos Estados Unidos e 8% na China. O IBGE ressalta que o Brasil tem mais de 29 mil quilômetros de rios navegáveis, mas que apenas 5% da safra de grãos são transportados pelas hidrovias. Outros 67% dos grãos seguem por estradas. Quanto aos portos, o instituto aponta dois problemas "cruciais" para o produtor, que são o acesso aos terminais e o alto custo das operações. (Agência Estado / Gazeta do Povo)

IBGE II: Modernização no campo veio sem escolaridade

Os dados vêm sendo compilados desde 2006 e dão um novo perfil ao agronegócio brasileiro. O Atlas Rural do Brasil divulgado na sexta-feira (19/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que parte do censo agropecuário realizado naquele ano, mostra que, além de contar com mais tecnologia, o setor passou para a era do conhecimento, em que há pouco espaço para amadorismo. Isso ocorreu apesar do baixo índice de escolaridade.

Ensino médio ou superior - Segundo o IBGE, até 2006, apenas 18,58% dos produtores que estavam à frente das propriedades rurais tinham ensino médio ou superior. No Paraná, esse índice sobe para 30,18%. Por outro lado, 24,5% declararam-se analfabetos em âmbito nacional e 6,22% na pesquisa estadual.

Ensino fundamental - A maior parcela dos agropecuaristas se incluiu no grupo que entrou no ensino fundamental mas não chegou ao fim: 42,35% (Brasil) e 53,45% (Paraná). Somados aos analfabetos e aos que aprenderam a ler fora da escola regular, esses porcentuais sobem. E indicam que 81,42% dos chefes de estabelecimentos rurais no país e 69,82% no estado não estavam preparados para entrar num curso de graduação.

Atividades - Esses produtores lidam com novos sistemas de irrigação, biotecnologia, plantio direto (sistema que envolve centenas de variáveis) e ingressam na agricultura de precisão (com equipamentos controlados via satélite). Na pecuária, tornam-se cada vez mais comuns práticas como transferência de embriões, inseminação artificial, criadouros automatizados, conferiu o IBGE.

Menos trabalhadores - A tecnificação foi acompanhada por uma redução drástica no número de pessoas que trabalham no campo. A frota de tratores do país passou de 545 mil em 1980 para 820 mil em 2006, mostram os censos agropecuário referentes a esses anos. De lá para cá, conforme a indústria, foram vendidos mais 230 mil tratores.

Pessoas ocupadas - Por outro lado, o total de pessoas ocupadas no meio rural passou de 23,39 milhões em 1980 para 16,57 milhões em 2006. A queda foi de quatro para três trabalhadores por estabelecimento rural. Esse recuo foi observado mesmo em estados como o Paraná, que registrou queda também no total de estabelecimentos agropecuários de 454 mil para 371 mil no mesmo período.

Bioma - O Atlas Rural mostra ainda que os estabelecimentos agropecuários ocupam 69% do pantanal, 66% da mata atlântica e 59% do cerrado. A expansão das lavouras vem ocorrendo principalmente nesse último bioma. (Gazeta do Povo)

MAPA I: Ministério recebe relatório da Rússia sobre visita a frigoríficos brasileiros

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu na semana passada o relatório russo sobre as observações do serviço veterinário brasileiro realizadas durante visita a 20 frigoríficos brasileiros nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Pará, todos impedidos de exportar para a o país. A missão também conheceu uma fábrica de ração no município de Frederico Westphalen (RS).

Análise - De posse do material de aproximadamente 60 páginas, o ministério já faz uma análise detalhada dos apontamentos. O prazo para manifestação oficial do Governo brasileiro é 20 de novembro. Até esse período, o documento tramitará em diferentes departamentos da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).

Relato - Na época da vista da delegação e, ao final dos trabalhos, em 3 de agosto, a missão russa fez um relato das observações do serviço brasileiro. Mais de 45 dias depois, o relato está em detalhes, no documento, inclusive com informações relativas a cada unidade visitada.

Laboratórios e granjas - Além dos estabelecimentos industriais, a missão esteve também em duas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), sendo uma em Pedro Leopoldo (MG) e, outra, em Porto Alegre (RS); numa granja de suínos no município de Itapiranga (SC) e em uma granja de aves no município de Palotina (PR), além do Posto de Vigilância Agropecuária em Foz do Iguaçu (PR). (Mapa)

MAPA II: BR participa de discussões sobre o Protocolo de Cartagena

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participaram, junto com representantes de outros Ministérios, da 6ª Reunião dos países parte do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. Foi durante os dias 1º e 5 de outubro, em Hyderabad, na Índia. Durante o evento, foram discutidas medidas para reforçar a implementação do Protocolo, um acordo vinculado à Convenção de Diversidade Biológica, que trata do transporte, manipulação e uso seguros de organismos vivos geneticamente modificados (OGM), mais conhecidos como transgênicos.

Posição singular - Marcus Vinicius Coelho, da coordenação de Biossegurança de Organismo Geneticamente Modificado (OGM) do Mapa, disse que o Brasil ocupa uma posição singular nessa discussão uma vez que é, ao mesmo tempo, um País de grande diversidade biológica e o segundo maior produtor mundial de OGM de uso agrícola.

Discussão equilibrada - Segundo ele, a discussão entre os países foi equilibrada e os resultados foram positivos em relação a temas chave do tratado como orientações para avaliação de risco, considerações socio-econômicas, notificação prévia de exportação e movimento transfronteiriço não intencional de OGM. O tratado sobre biossegurança de organismos geneticamente modificados foi aprovado no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em 2000, em Cartagena (Colômbia), e atualmente está ratificado por 164 países.

Entenda o Protocolo - Ele visa contribuir para assegurar um nível adequado de proteção no campo da transferência, da manipulação e do uso seguros dos organismos vivos modificados (OVMs) resultantes da biotecnologia moderna que possam ter efeitos adversos na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica, levando em conta os riscos para a saúde humana, decorrentes do movimento transfronteiriço. O Protocolo também estabelece um Mecanismo de Intermediação de Informação sobre Biossegurança (Biosafety Clearing-House) para facilitar a troca de informação sobre OGMs e para dar suporte aos países quanto à implementação do Protocolo. (Mapa)

COMÉRCIO EXTERIOR I: Quais países o Paraná está ignorando?

comercio exterior frango 221012 fotoEm que países os produtos do Paraná ainda não chegaram ou estão pouco presentes? É esta pergunta que um estudo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) procura responder. A pesquisa, que levantou a evolução do comércio internacional do estado nos últimos anos e analisou as demandas mundiais, aponta quais destinos têm maior potencial de crescimento para a pauta de exportação paranaense. O estudo indica não só países já atendidos e com potencial para “aumentar as encomendas paranaenses” – como China e Japão –, mas também regiões pouco exploradas e que, sabidamente, apresentam demanda pelo que é feito aqui.

Óleo de soja - O Peru, por exemplo, é o terceiro maior mercado mundial para o óleo de soja, mas ainda não compra do Brasil. A Alemanha, um dos maiores processadores e geradores de divisas do café no mundo, importa apenas 5,7% do produto do Brasil. Compra também a carne de frango brasileira, mas apenas 10,4% da sua demanda – a maior parte vem da Holanda (46,1%). Na Ásia, o Japão, bem atendido pelo frango brasileiro, que atende mais de 90% da sua demanda por esse tipo de carne, é considerado um dos maiores mercados mundiais para madeira compensada, mas ainda não importa nada daqui.

Quadro atual - As oportunidades são identificadas a partir de um diagnóstico que usou como base dados 2010. De maneira geral, o estado exporta hoje principalmente produtos primários – como soja em grão – e intensivos em recursos naturais – como açúcar e farelo de soja. Os produtos com maior participação na pauta paranaense de exportações são a soja em grão, a carne de frango e os automóveis.

Principais destinos - No ranking dos principais destinos, a China passou de quarto colocado, em 2005, para primeiro em 2010, principalmente em produtos primários. Em direção oposta, houve redução do valor exportado para os Estados Unidos, que passaram da primeira posição para a quinta no mesmo período, e hoje são o maior concorrente do Brasil nas exportações para a Ásia e a Europa.

Mãos à obra - Para o coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da ApexBrasil, departamento responsável pelo estudo, Marcos Tadeu Caputi Lélis, os dados servem de estímulo para o despertar de novos horizontes para o governo e as empresas brasileiras. Isso não significa, porém, que basta colocar o documento debaixo do braço e sair mundo afora para conseguir novos negócios. “A primeira recomendação, para as empresas que ainda não exportam ou mesmo começaram com a atividade há pouco tempo, é começar com mercados mais próximos, como os países da América do Sul. Isso ajudará na obtenção do entendimento sobre as atividades do comércio exterior e também na construção de uma credibilidade como fator importante para galgar novos mercados depois”.

Exportação pede mais valor agregado e equilíbrio de divisas - Ainda que a pesquisa da ApexBrasil aponte os caminhos possíveis para os diversos produtos paranaenses, o chefe do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Maurílio Schimidt, lembra que é importante combinar as oportunidades com o potencial de desenvolvimento tecnológico do estado. “Não basta exportar por exportar, é preciso agregar valor para não enviar para fora, junto com nossos produtos, nossos empregos de maior renda e nossas chances de desenvolvimento”, adverte. Para ele, o desempenho da balança comercial do Paraná e os produtos que predominam na pauta do estado demonstram o quanto o país está perdendo em desenvolvimento tecnológico e produtos de maior valor agregado.

Soja - “Em 1996, antes da implementação da Lei Kandir, que acabou com a incidência do ICMS sobre os produtos destinados à exportação, o Paraná mandava para fora 1,5 milhão de toneladas de soja. Dois anos depois, essa quantidade saltou para 5 bilhões de toneladas, sem que a produção acompanhasse o mesmo ritmo.”

Produtos básicos - Mais recentemente, o pesquisador aponta uma intensificação da tendência exportadora de produtos básicos. “Há alguns anos, os manufaturados representavam 57,31% da pauta paranaense, em 2011 houve um declínio para 38,20%. Em contrapartida, os produtos básicos elevaram a participação relativa de 29,30% para 45,72%. Evidentemente, os chineses estão felizes da vida.”

 Manufaturados - Além da soja, Schimidt adverte que mesmo entre os produtos manufaturados há desequilíbrio de divisas de comércio exterior. “Embora o gênero de materiais de transporte, que inclui carros, caminhões, autopeças etc, seja uma dos mais importantes na pauta de exportações do Paraná, com US$ 1,260 bilhões até agosto de 2012 em mercadoria enviadas ao exterior, ele também é responsável pela importação de US$ 2,630 bilhões no mesmo período. Ou seja, é um gênero consumidor de divisas, com acúmulo negativo de US$ 1,370 bilhão. Isso ocorre porque o setor industrial nacional desse gênero precisa incorporar um conteúdo tecnológico que vem de fora”. Buscar mercados mais sofisticados, como Estados Unidos e Europa, antes de resolver essa equação desequilibraria ainda mais as divisas do setor.

Potencial - Por outro lado, entre os principais produtos da pauta do estado com potencial mais aflorado para agregar valor e se industrializar mais, Schimidt aponta os segmentos de papel e celulose, de açúcar e preparação alimentícia. “No último caso, por exemplo, temos técnicas de conservação originais – a França, por exemplo, aceita muito bem os nossos produtos pré-cozidos e embalados a vácuo – combinadas a uma capacidade enorme de produção da matéria prima, o alimento”. (Gazeta do Povo)

comercio exterior 22 10 2012

COMÉRCIO EXTERIOR II: Frango paranaense busca China, Índia e Indonésia

Atualmente, países da África e do Oriente Médio, seguidos dos da Ásia, são os principais destinos da carne de frango paranaense. Pelo estudo da ApexBrasil, no entanto, há mais oportunidades lá fora. Além do reforço de mercados já consolidados, como o da Arábia Saudita, a agência identificou oportunidades também em outros países da Ásia e da Oceania, além da Europa.

Alinhamento - O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, diz que o setor “pensa” alinhado com o que mostra o estudo da ApexBrasil e que existe hoje um esforço dobrado, tanto na busca por novos mercados como na manutenção da abertura brasileira nos ditos destinos “hiperatendidos”. “Nosso trabalho em relação à Arábia Saudita, ao Japão e a Honk Kong é de manter a abertura atual, que já é grande para o frango brasileiro. Também já começamos um trabalho de prospecção na China e na Índia”. Ele conta também, que a entidade já está de olho em novos mercados, como a Malásia, a Indonésia e o Paquistão. “São mercados que estamos olhando com muita intensidade. No caso da Indonésia, estamos organizando a vinda de um grupo de empresários do país para cá, para eles conhecerem nosso trabalho”. (FZM)

Serviço - No site www.apexbrasil.com.br, clicando no link Produtos da ApexBrasil e depois em Informação, você encontrará os caminhos para os diferentes estudos da entidade, entre eles os perfis dos estados brasileiros. (Gazeta do Povo)

POPULAÇÃO MUNDIAL: Surge uma nova classe média global

Um total de quase 3 bilhões de pessoas, ou 40% da população mundial, ascenderá à classe média até 2050, e elas virão quase exclusivamente dos atuais mercados emergentes. Dessa forma, o consumo dos países emergentes pode saltar de um terço do consumo global para dois terços até 2050. A classe média no estudo é definida como famílias com ganhos anuais entre US$ 3 mil e US$ 15 mil, com US$ 5 mil sendo o divisor entre as classes médias baixa e alta.

Relatório - Essas projeções estão no relatório "Consumidor em 2050/A alta da classe média dos mercados emergentes", um minucioso estudo sobre os padrões de consumo das massas que estão enriquecendo em países como China, Índia, Filipinas, Peru e México realizado pelo departamento de pesquisa global do HSBC, e divulgado em outubro. O Brasil também aparece no relatório, mas com previsões que não são das mais brilhantes.

Despesas discricionárias - Segundo o HSBC, à medida que a renda cresce, a comida e outros produtos básicos param de consumir a maior parte do salário e há mais dinheiro para as coisas "divertidas" da vida. O estudo mostra que as chamadas despesas discricionárias, que são as menos ligadas às necessidades básicas de sobrevivência, sobem de aproximadamente um terço para 60% do consumo total, quando os salários sobem de US$ 1 mil por ano para algo em torno de US$ 15 mil.

Comida - O gasto com comida, que é de 43% para rendas anuais de até US$ 1 mil, caem para 10,6%, para ganhos por ano de US$ 15 mil ou mais. Já os restaurantes e hotéis, que respondem por apenas 2,9% na faixa de renda mais baixa, sobem para 8,3% na mais alta.

Filipinas - Um dos países que deve ter um dos crescimentos mais fenomenais de consumo até 2050, pela combinação de expansão econômica, estrutura etária (população jovem) e crescimento populacional, são as Filipinas. Segundo o relatório, o crescimento em restaurantes, recreação e cuidados pessoais deve ser multiplicado por 25.

Consumo - Já a demanda por roupas, que hoje deriva em 65% dos mercados desenvolvidos, e 35% dos países emergentes, deve ter uma reviravolta, como em muitos outros itens de consumo. Em 2050 segundo a previsão do HSBC, 57% da demanda por roupas virá dos mercados emergentes, e a parcela dos mercados ricos cairá para 43%.

Tecnologia - Em termos de aparelhos portáteis de alta tecnologia, os mercados emergentes respondem por apenas 24%, e os ricos, por 76%. Em 2050, 55% da demanda virá dos emergentes, e apenas 45% dos desenvolvidos. O padrão se repete com os serviços financeiros, até de forma mais extrema. A parcela dos ricos vai recuar de 82% para 44% entre 2010 e 2050, enquanto a dos emergentes subirá de 18% para 56%.

Turismo - A revolução de consumo dos emergentes atingirá as mais diversas áreas, como o turismo. Em 2011, 60 milhões de chineses viajaram ao exterior, número que deve subir para 130 milhões em 2015 e 200 milhões em 2020. Este último número é igual a três vezes o atual fluxo de turistas americanos para o exterior.

Nações emergentes - O estudo mostra ainda o grande espaço para o crescimento do turismo ao exterior das nações emergentes. Enquanto 20% da população americana, 34% da francesa e 13% da japonesa viajam anualmente para fora, na China o porcentual corresponde a apenas 4,3%, e é ainda mais baixo em países como o Brasil, com 2,7%, e a Índia, com 1,2%.

Renda - O trabalho mostra ainda que a renda dos trabalhadores emergentes vai crescer velozmente até 2050. No caso dos chineses, o salto será de sete vezes, com a renda individual anual per capita aumentando de US$ 2,5 mil para US$ 18 mil. Como nota o estudo, "com uma população de 1,4 bilhão de pessoas hoje, isto é muita gente se tornando mais rica".

Índia - Já a renda da população da Índia (que atingirá 1,6 bilhão de pessoas em 2050) será seis vezes maior que a atual. As Filipinas cuja população será o dobro da alemã em 2050, vão ter um aumento de renda de nove vezes. Entre os países latino-americanos, um dos maiores destaques do relatório é o Peru, que é considerado uma "estrela". O aumento médio da renda peruana projetado até 2050 é de quase 5% ao ano, comparado com menos de 3% para o Brasil.

Renda - O Brasil, aliás, não aparece muito bem no relatório. A previsão de renda per capita brasileira em 2050 é de US$ 13.547, inferior a de países como México (US$ 21.793), Turquia (US$ 22.630), Argentina (US$ 29 mil), Malásia (US$ 29.247), Chile (US$ 29.523) e até de países como Peru (US$ 18.940), Líbia (US$ 26.182), República Dominicana (US$ 16.406) e El Salvador (US$ 13.729).

Demografia - Na verdade, o que conta muito contra o Brasil, por ser um dado importante na metodologia do estudo, é a demografia. Segundo o relatório, entre todos os emergentes, o Brasil terá a pior deterioração demográfica entre 2010 e 2050, com uma alta da idade mediana de 29 para 45 anos.

Idade - Segundo o trabalho, "os indivíduos tendem a fazer a maior parte do seu consumo durante seu tempo de vida entre as idades de 16 e 40 anos - o período quando os níveis de renda sobem, as casas e as famílias estão sendo construídas, e antes que os consumidores comecem realmente a poupar para a aposentadoria".

Melhor demografia - As Filipinas, novamente, apresentam a melhor demografia. A idade mediana do país é de apenas 22 anos, e em 2050 será de 32. A pior demografia está no Japão. Em 2050, quase 25% dos japoneses terão mais de 75 anos. Segundo estimativa da fabricante Fujitsu, já neste ano o consumo de fraldas geriátricas no Japão deve ser maior que o de fraldas de bebês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)

ECONOMIA: Mercado mantém projeções para crescimento do PIB este ano e em 2013

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções para o crescimento da economia. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é 1,54%, este ano, e 4% em 2013. Para a produção industrial, a estimativa de retração este ano passou de 2,03% para 2,06%. Para 2013, a expectativa é que haverá recuperação, com a estimativa de crescimento ajustada de 4,25% para 4,2%.

Dívida líquida - A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB permanece em 35,2%, este ano, e em 34%, em 2013.

Dólar - A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano passou de R$ 2 para R$ 2,01, tanto para 2012 quanto para 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 18 bilhões para US$ 18,09 bilhões, em 2012, e de US$ 14,48 bilhões para US$ 15 bilhões, em 2013.

Transações correntes - Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi mantida em US$ 56 bilhões, este ano, e passou de US$ 68,16 bilhões para US$ 65,9 bilhões, em 2013.

Investimento estrangeiro - A projeção para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) continua em US$ 59,68 bilhões, em 2012, e em US$ 60 bilhões, no próximo ano. (Agência Brasil)


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