FÓRUM COOP: Diretores executivos das cooperativas se reúnem em Carambeí
O Sistema Ocepar vai promover o Fórum dos diretores executivos das cooperativas do Paraná, no dia 23 de novembro, em Carambeí, na região paranaense dos Campos Gerais. O evento faz parte da programação do Fórum Coop 2012, realizado em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas. A programação do Fórum dos diretores executivos começa com a participação do diretor do Rabobank, Antônio Carlos Ortiz, que ministra palestra sobre as forças e tendências moldadas à agricultura e à escala de produção agrícola. Em seguida, o doutor em agribusiness, Marcos Jank, apresenta as tendências da economia brasileira. Já o diretor da Monsanto, Geraldo Berger, fala sobre os avanços da biotecnologia.
Outras palestras – “Bionergia e sustentabilidade” é o tema que será abordado pelo diretor da Itaipu, Cícero Bley. Depois, o superintendente da Ocepar apresenta os resultados da missão técnica à Austrália e Nova Zelândia, realizada por meio do Programa de Formação de Executivos das Cooperativas do Paraná. Ele vai ainda falar sobre o planejamento de atividades do Sistema Ocepar para 2013.
Encontro de Núcleos – Durante o Fórum Coop 2012, a Ocepar vai ainda realizar o Encontro de Núcleos Cooperativos, no dia 22 de novembro. As atividades acontecem na Associação dos Funcionários da Cooperativa Batavo (AFCB), localizada no final da rua Laurindo, em Carambeí. Veja o mapa abaixo. Lideranças cooperativistas também participam de debates sobre a realidade e potencialidades do cooperativismo, logo após a abertura oficial do evento. O Fórum Coop 2012 prossegue até o dia 24 de novembro, com programação variada. Saiba mais acessando www.forumcoop2012.com.br.

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UNICAMPO: Cooperativa celebra seus 20 anos com homenagens e livro
Para marcar a passagem de seus 20 anos, a cooperativa Unicampo, sediada em Maringá (PR), promoveu na noite da última quarta-feira (14/11) um jantar no Restaurante Pavan com a participação de 250 convidados, entre os quais fundadores da entidade, ex-dirigentes, representantes de cooperativas parceiras, clientes e também da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), com o seu superintendente José Roberto Ricken.
Retrospectiva - Na oportunidade, ao pronunciar-se, o presidente Nivaldo Barbosa de Mattos fez uma retrospectiva do histórico da Unicampo, fruto de um programa de terceirização da equipe de assistência técnica da Cocamar, em 1992. Segundo Mattos, mesmo enfrentando dificuldades iniciais, a entidade conseguiu superar seus desafios e se fortalecer. Ele anunciou que a cooperativa – atualmente com 4,5 mil profissionais associados, dos quais 1,5 mil ativos que atuam em 22 Estados e países do Mercosul - deve fechar o ano com um faturamento superior a R$ 50 milhões, 10% acima do montante obtido no último exercício. Mattos informou também que em parceria com uma incorporadora local, a Unicampo vai construir um edifício de 16 andares no centro da cidade, com espaço residencial e comercial – que vai abrigar a sua futura sede.
Livro - Na sequência, o jornalista Rogério Recco fez uma apresentação do livro “Unicampo 20 anos unindo forças no campo”, com a síntese da história da cooperativa, com exemplares distribuídos aos presentes. Recco lembrou que a entidade surgiu na mesma época que outros dois grandes projetos desenvolvidos pela Cocamar – a implantação da citricultura na região noroeste do Paraná e a constituição da cooperativa de crédito Credimar (hoje Sicredi União). “A citricultura é um sucesso, a Sicredi União é a maior do Sistema Sicredi no Brasil e a Unicampo é a maior em seu setor no País e uma das maiores do mundo. Foram sementes muito bem cultivadas”, ressaltou.
Placa - A terceira etapa da programação foi a entrega de uma placa, em reconhecimento, ao trabalho de fundadores, ex-presidentes e alguns parceiros. Entre os homenageados estava o engenheiro agrônomo Edilberto José Alves, ex-diretor da Cocamar, que foi o principal articulador para a fundação da Unicampo, da qual assinou a ficha de número 1. Ele lembrou que foi um processo desgastante, imposto aos profissionais pela política de terceirização. “Fiz bem em ter insistido na ideia”, comentou. Outro que também participou ativamente da formatação da cooperativa foi o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, igualmente homenageado. Segundo Ricken, pretendia-se criar 5 entidades de prestação de serviços de agronomia no Paraná, mas só a Unicampo prosperou.
Exemplo de sucesso - Na opinião do presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, que também recebeu uma placa, a cooperativa “é um exemplo de sucesso, que orgulha o cooperativismo por suas conquistas e realizações”. O vice-presidente da Cocamar, José Fernandes Jardim Júnior, destacou o trabalho dos dirigentes e disse que a perspectiva de crescimento da entidade é grande para os próximos anos. Também no jantar, o presidente da Sicredi União, Wellington Ferreira, destacou a forma como a cooperativa é conduzida, a harmonia de sua equipe e o envolvimento dos associados. (Imprensa Unicampo)
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MAPA: Câmara Setorial do Cooperativismo Agropecuário será instalada no dia 28
O setor cooperativista ganhará uma Câmara Temática Setorial, espaço constituído pela cadeia produtiva e seus representantes como órgãos e entidades, públicas e privadas. O espaço tratará de temas que perpassam todos os setores produtivos, desde a infraestrutura, até o abastecimento e a logística. A instalação da Câmara Temática do Cooperativismo Agropecuário será no dia 28 de novembro, com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, durante cerimônia, na sede do ministério, em Brasília.
Demanda - A medida atende a uma demanda do setor e vai auxiliar na proposição, no apoio e no acompanhamento de ações para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro. A necessidade da criação da Câmara Temática do Cooperativismo Agropecuário foi identificada em reunião do Grupo de Trabalho para Construção de Ações Conjuntas do Ano Internacional das Cooperativas, coordenada pelo Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop), no início deste ano. “O Mapa há mais de 100 anos trabalha com o cooperativismo e, com o crescimento do segmento, precisávamos hierarquizar as informações e necessidades dessa cadeia produtiva. A instalação da Câmara é uma forma de apoio e fortalecimento do cooperativismo no País”, destacou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.
Vantagens - Entre as vantagens da existência das Câmaras Setoriais e Temáticas a proposição de ações e políticas, favorecendo o desenvolvimento equilibrado do setor e da sociedade no médio e longo prazo; solução de conflitos por meio da negociação, cooperação e construção do consenso possível entre as partes; melhor estruturação dos diferentes elos das cadeias produtivas e comerciais; maior eficácia das negociações internas e internacionais; diálogo organizado entre o setor privado e o setor público; harmonização e grande aproximação de interesses públicos e privados; além da valorização do agronegócio e de seus componentes perante a sociedade.
Marco - “A instalação da Câmara constitui um dos marcos da política de cooperativismo desenvolvida no Denacoop/SDC que ampara o anseio de diversos segmentos e lideranças do setor cooperativista agropecuário”, afirmou o diretor do Denacoop, Erikson Chandoha. (Mapa)
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TREINO&VISITA: Próxima reunião do grupo acontece dias 13 e 14 de dezembro
A 48ª reunião do grupo Treino e Visita será realizada dias 13 e 14 de dezembro, no auditório da Embrapa Soja, em Londrina, com a participação de profissionais das cooperativas paranaenses, pesquisadores e extensionistas. O encontro inicia às 14 horas. No primeiro dia, Nelson Harger, do Instituto Emater-PR fará um prognóstico climático para a safra de verão 2012/13. Na sequência, Átila Mongo, da Universidade Federal do Paraná, vai falar sobre como atuam os bioestimulantes nas plantas. No segundo dia, Fernando Fávero, da Copacol, e Fernando Teixeira, do Instituto Emater-PR, tratam sobre os resultados obtidos na safra 2011/12 no manejo e controle de percevejo. Haverá ainda a participação do analisa de mercado Steve Cachia, que vai apresentar as projeções para a safra 2012/13 em relação à soja e ao milho.
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SESCOOP/PR: Inscrições para o curso sobre fechamento de balanço vão até o dia 11 de dezembro
Estão abertas, até o dia 11 de dezembro, as inscrições para o curso de fechamento de balanço que o Sescoop/PR realiza nos dias 18 de 19 de dezembro, na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. A capacitação é destinada aos profissionais que atuam nas áreas contábil, controladoria e de auditoria interna das cooperativas do Paraná e tem como objetivo promover uma atualização sobre as alterações ocorrida nas leis, visando o cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade. As orientações serão repassadas pelo consultor Dorly Dickel.
Programação – A programação contempla uma abordagem sobre as principais mudanças ocorridas na legislação contábil e fiscal em 2012. Também, uma avaliação de ativos e passivos, com a aplicação das normas contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. Dorly Dickel vai ainda tratar dos aspectos fiscais e tributários, focando a apuração do resultado de atos cooperativos e atos não cooperativos, os ajustes no encerramento do exercício (Lucro Real) e a tributação do ganho de aplicações financeiras. No tópico “Elaboração das demonstrações contábeis” serão discutidos os seguintes itens: Destinações legais e estatutárias; Balanço Patrimonial; Demonstração das sobras ou perdas e resultados abrangentes; Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e Notas explicativas.
Clique aqui e confira na íntegra a programação do Curso sobre fechamento de balanço
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COOPTUR: Famtour mostra as belezas que Prudentópolis oferece
O Serviço de Apoio as micro e pequenas empresas do Paraná (Sebrae) em parceria com a Cooperativa Paranaense de Turismo (Cooptur) realizaram, nos dias 7 e 8 de novembro, o famtour (viagem de familiarização) para Prudentópolis. O objetivo foi mostrar para agentes de turismo e jornalistas o potencial turístico da região que oferece cachoeiras gigantes, comidas típicas e cultura ucraniana. A reportagem do Jornal Diário dos Campos conferiu de perto, durante dois dias, tudo o que a cidade oferece. A repórter viajou a convite do Sebrae. Participaram também do programa o Sindicato das Agências de Turismo do Paraná (Sindetur), Ecoparaná e Secretaria de Estado de Turismo.
Intenção - “Nossa intenção foi mostrar que a cidade está pronta para receber o turista, por isso, a importância de promover o famtour. Queremos fortalecer a promoção, divulgação e comercialização dos destinos turísticos existentes no estado. Prudentópolis foi um deles, porque possui vários produtos interessantes e únicos no Brasil. A cidade também reúne história e natureza intrínsecas”, diz a consultora do Sebrae, Nadia Terumi Joboji. De acordo com um dos diretores do Cooptur e também Secretário de Cultura e Turismo de Prudentópolis, Luis Xavier Pereira, o famtour é importante para que as pessoas conheçam e direcionem Prudentópolis. “É importante que a cidade seja divulgada e multiplicada”, comenta.
Visitas - Durante dois dias os convidados do Famtur conheceram diversos lugares como a Pousada Ózera, Hotel Elite, Igreja São Josafat, Museu do Milênio, a loja de artesanato Machula, as Pessânkas, o Grupo Folclórico Ucraniano Vesselka, a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Ninho do Corvo e o Chalé Costenaro. (Diário dos Campos)
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COOPERJOVEM: Trabalhos concorrentes aos prêmios Professor e Redação são avaliados
Entre os dias 12 e 14 de novembro, as comissões de avaliação da etapa final dos prêmios Redação e Professor do programa Cooperjovem estiveram concentradas em Brasília (DF) para julgar os trabalhos inscritos. Promovidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), as premiações têm o objetivo de valorizar a cultura da cooperação e o trabalho desenvolvido pelos professores e estudantes que atuam com o programa.
Tema - Em 2012, o tema escolhido para os trabalhos concorrentes ao Prêmio Redação foi “Cooperativas constroem um mundo melhor”, em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas. No total, foram enviadas 17.965 redações, dos 13 estados onde o Cooperjovem é executado no momento. Para avaliação final, restaram 52 trabalhos: 28 na categoria 1 (alunos de 4º e 5º anos do ensino fundamental) e 24 na categoria 2 (alunos do 6º ao 9º anos, também do ensino fundamental).
Projetos pedagógicos - O Prêmio Professor, voltado a projetos pedagógicos idealizados e executados pelos docentes, teve 352 trabalhos inscritos. Destes, 19 chegaram à etapa final. “Podemos considerar a premiação não como uma competição, mas sim como um marco incentivador para que os professores desenvolvam, durante o ano letivo, atividades e projetos voltados à cooperação. Com isso, são exaltados os valores da doutrina cooperativista, fortalecendo vínculos de união e trabalho conjunto para um objetivo comum”, explica a gerente de Promoção Social do Sescoop, Maria Eugênia Ruiz Borba.
Premiação – Os vencedores do Prêmio Redação Cooperjovem 2012 (1º, 2º e 3º lugares) ganharão uma viagem para o aluno, um acompanhante legal e um professor indicado pela escola, para receber o troféu em cerimônia na sede do Sescoop, em Brasília (DF). Além disso, as escolas dos três ganhadores receberão, respectivamente, um notebook, um computador desktop e um tablet. Os vencedores do Prêmio Professor também ganharão uma viagem à Brasília, para a solenidade de entrega dos troféus, assim como suas escolas também serão contempladas com um notebook, um computador desktop e um tablet, respectivamente. (Informe OCB)
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RAMO CRÉDITO: Encerrada turma-piloto do Formacred
Estão formados os 40 alunos da turma-piloto do curso de Formação de Conselheiros de Cooperativas de Crédito (Formacred), promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Uma opinião comum entre todos os participantes resume as impressões sobre a formação: a integração entre diversos sistemas e culturas cooperativistas fizeram o diferencial do curso, proporcionando debates e trocas de experiências sobre os mais diversos modelos de gestão e governança de cooperativas, centrais e sistemas confederativos.
Último módulo - O último módulo, com conselheiros fiscais, foi realizado entre de segunda-feira e quarta-feira (12 a 14/11), no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília (DF), completando as 96 horas/aula da carga horária estipulada pelo programa. A turma de conselheiros de administração esteve em Brasília, nos dias 5, 6 e 7/11, e também encerrou o conteúdo.
Troca de conhecimentos - Nelson Piccin, conselheiro da Central Sicredi Sul, destacou como fundamental a troca de conhecimentos entre os colegas e, principalmente, o valor da constante atualização. “Temos que buscar cada vez mais a profissionalização e a especialização no exercício de nossas atribuições. O cooperativismo tem importância ímpar no sistema financeiro nacional e precisa ser modelo”, disse.
Conceitos - Para Helenívio Dourado, do Sicoobcabecred-DF, há apenas nove meses no sistema cooperativista, “mais do que conhecimento, o curso proporcionou fortalecimento sobre os conceitos do cooperativismo”. O conselheiro externou, ainda, o desejo de que o curso seja replicado e continuado pelas unidades estaduais do Sescoop junto às cooperativas. Moisés Costa, do Sicoob Central Amazônia, destacou a diversidade de modelos e experiências trazidas pelos participantes como ponto alto. “Particularmente, saio daqui hoje mais convicto ainda do poder que o cooperativismo tem de fazer a diferença na sociedade, especialmente o ramo crédito”, declarou. “O Formacred é imprescindível a quem esteja ou pretenda estar na função de um conselheiro, ou até mesmo dirigente de uma cooperativa de crédito”, completou Webiston Macedo, do Sicoob Credmac.
Satisfação - Para a gerente de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop, Andréa Sayar, a sensação é de satisfação e emoção pelo sucesso alcançado. Sobre os próximos passos, ela informa que em abril de 2013 será realizada a formação para os instrutores, que aplicarão o curso nos demais estados. E, em maio, na presença dos presidentes dos sistemas cooperativos de crédito Sicredi, Sicoob, Unicred e da Central Cecred, além de representantes do Banco Central do Brasil (BC), haverá um seminário avaliativo do curso. Segundo a gestora, os cursos oferecidos pelo Sescoop são parte do processo de desenvolvimento das cooperativas e, por isso, a instituição mantém uma preocupação intensa sobre a mensuração da efetividade dos mesmos. “O seminário terá como foco avaliar qualitativamente a utilidade dos conceitos aprendidos pelos participantes na prática de suas atribuições diárias”, resume. (Informe OCB)
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INPEV: Brasil recicla 80% das embalagens de agrotóxicos
Nos últimos dez meses, mais de 31,6 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos foram recolhidas e tratadas adequadamente. O volume, divulgado na terça-feira (13/11) pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), representa crescimento de 6% no recolhimento do produto em todo o Brasil.
Incremento - O aumento reflete o incremento da atividade agrícola nas regiões Centro-Oeste e Sul. A expansão da produção em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e nas novas fronteiras agrícolas, como o oeste da Bahia, Maranhão e Piauí exige dos agricultores mais tecnologia e o uso frequente de agrotóxicos e defensivos agrícolas.
Reconhecimento - O presidente do inPEV, João Cesar Rando, garante que a intensificação da atividade no campo tem sido acompanhada pelo recolhimento e destinação das embalagens. Segundo ele, o procedimento criado há dez anos, conhecido como Sistema Campo Limpo, atingiu maturidade e cobertura de quase todo o território nacional. “Naturalmente há resposta ao aumento na utilização das embalagens. Os índices do Brasil de recolhimento chegam a 80% das embalagens colocadas no mercado”, disse. O Brasil é apontado como líder neste tipo de cadeia de reciclagem, seguido por países como Alemanha e Canadá que conseguem recolher e reciclar cerca de 75% das embalagens.
Embalagens primárias - A cobertura apontada por Rando inclui embalagens primárias, as que têm contato direto com o produto químico, e as embalagens secundárias, como caixas de papelão onde são acondicionadas as embalagens primárias, garrafas e potes de produtos. Rando explica que para atingir 100% de recolhimento, o país precisa investir em campanhas, logística e fiscalização. “Existem locais afastados, onde não há agricultura intensa e falta um pouco de informação para o agricultor, falta ter uma cadeia mais bem organizada nessas regiões. O sistema depende da atuação de todos os elos da cadeia”, afirmou, defendendo ações que incluam investimentos em infraestrutura para facilitar o transporte. (Agência Brasil)
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MEIO AMBIENTE: Ministério autoriza compra de imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural
A partir de dezembro deste ano, as imagens captadas por um satélite alemão contratado pelo governo brasileiro vão apontar a situação nos 5,2 milhões de imóveis rurais que existem no país. Com as informações, será possível identificar as áreas de preservação permanente (APPs) e de reservas legais em cada propriedade e acompanhar a recuperação da cobertura vegetal onde a lei exigir.
Exigência - O georreferenciamento realizado a partir desse equipamento é uma exigência do novo Código Florestal brasileiro e serve como base para a elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Pela nova lei, todos os produtores terão que aderir ao CAR.
Contrato - Com o contrato assinado no dia 9 de novembro, pelo Ministério do Meio Ambiente, a empresa paulista Santiago e Cintra Consultoria – responsável pelo uso do satélite – terá que entregar, em dois meses, as imagens captadas ao longo de todo o ano de 2011. O acordo custou aos cofres do governo R$ 28,9 milhões.
Iniciativa inédita - “O cadastro nasce com o que tem de melhor em tecnologia, hoje, em termos de informação. Pela primeira vez, teremos um conjunto de imagens de todo o país, em alta resolução”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Segundo ela, as imagens também serão disponibilizadas para os órgãos ambientais estaduais e municipais, que serão os responsáveis pela formulação do CAR em cada região. “Essa tecnologia vai aprimorar a gestão e fiscalização no país. É uma mudança bastante expressiva no dia a dia da gestão florestal”, avaliou.
Compartilhamento - Como a contratação do serviço prevê o compartilhamento das imagens com outros ministérios e órgãos do governo federal, o material captado também poderá ser usado para o Censo Agropecuário, previsão de safra agrícola, e para o acompanhamento de queimadas e desmatamento ilegal em unidades de conservação.
Equipamentos - Cerca de 500 equipamentos, conhecidos como plataforma de coleta de dados, serão distribuídos para técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama) e do Instituto Chico Mendes (ICMBio). O equipamento funciona como um celular capaz de carregar as imagens captadas pelo satélite, apontando detalhes para facilitar a chegada dos fiscais às áreas afetadas.
Dificultador - Segundo o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, o problema de regularização fundiária na Amazônia é um dos dificultadores do processo de fiscalização da derrubada ilegal de árvores. Com as imagens e a consolidação dos dados no CAR, Cabral acredita que será possível identificar quem é o proprietário da área, além de “acelerar e dar mais confiabilidade ao processo de fiscalização, que é uma ação decorrente do cadastro”.
Metodologia - A empresa contratada também terá que repassar a metodologia de análise dos dados para os estados e municípios e os outros órgãos federais. A intenção do governo é criar uma base uniforme, já que hoje as diferentes metodologias e tipos de imagens utilizados, muitas vezes, resultam em dados controversos sobre uma mesma avaliação, como a de áreas desmatadas no país.
Comum - De acordo com Iara Musse, diretora da empresa contratada, existe uma dificuldade comum em órgãos estaduais de meio ambiente de todas as regiões do país. “A dificuldade é tanto do ponto de vista da disponibilidade de especialistas e técnicos para analisar o cadastro, que é um desafio pelo volume de dados, quanto da falta de disponibilidade de uma informação segura”, explicou.
Especificação - Iara Musse garantiu que os técnicos estaduais vão receber toda a especificação de como analisar as imagens que serão disponibilizadas. Segundo ela, a tecnologia usada para captação das imagens é a mais atualizada entre todas as disponíveis atualmente. Com a resolução de 1 metro para 5 metros, Iara Musse explica que é possível captar detalhes com mais precisão do que o próprio Código Florestal exige, chegando a identificar áreas de até 0,5 hectare.
Dados - Uma equipe do Ministério do Meio Ambiente também está levantando dados de outros satélites já utilizados para monitorar o desmatamento, por exemplo, desde 2007, que vão complementar, com as novas imagens, o Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar). De acordo com a ministra, um acordo com o Exército Brasileiro vai possibilitar a recuperação de imagens da cobertura vegetal do país na década de 1960. (Agência Brasil)
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SAFRA 2012/13: Produção de grãos no Sul deve aumentar até 20,6%
Após um período de perdas devido à estiagem, a previsão para a safra de grãos 2012/13 para as regiões Sul e Nordeste do país é de aumento da produção de até 20,6% e 19,8%, respectivamente, em relação à safra anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Sul - Segundo o levantamento de safra anunciado pela Conab em novembro, a produção da região Sul deve ser uma das mais altas do país, podendo somar até 69,7 milhões de toneladas. O Paraná pode atingir 35,4 milhões de toneladas (+12,7% sobre a safra anterior), enquanto a previsão para o Rio Grande do Sul é de até 28 milhões de toneladas (+34,1%) e Santa Catarina, 6,2 milhões de toneladas de grãos (+14,4%). Quanto à produtividade, o Sul deve passar de 3,2 toneladas de grãos por hectare (t/ha) da safra 2011/12 para 3,8 t/ha na atual. O Rio Grande do Sul deve ser o estado da região com a maior alta percentual, de 28,7%, seguido por Paraná (14,5%) e Santa Catarina (12,8%).
Nordeste - Outra região afetada pela seca este ano, o prognóstico também é de melhora no Nordeste. A produção nos estados nordestinos pode alcançar 14,9 milhões de toneladas de grãos (+19,8% sobre a safra anterior), enquanto a produtividade deve ampliar 17%, passando de 1,7 t/ha (2011/12) para 2 t/ha (2012/13).
A safra de grãos prevista para a Bahia, maior produtor da região, é de até 7 milhões de toneladas, alta de 10,8% sobre 2011/12. Outros dois grandes produtores da região, Maranhão e Piauí também devem elevar a produção em até 12,4% e 11,2%, respectivamente.
Apoio ao produtor - Para auxiliar os agricultores a reduzir a dependência dos efeitos climáticos na produção, o Ministério da Agricultura criou o Núcleo de Inteligência Territorial (NIT). A partir dos estudos do núcleo, serão feitos mapeamentos territoriais para uso planejado de recursos em setores fundamentais, tais como armazenagem, irrigação, correção e conservação de solos, máquinas e implementos agrícolas. “Entre as vantagens do planejamento prévio está a melhoria da eficiência agrícola, possibilitando melhor foco das políticas públicas, redução do risco e alocação do crédito rural a partir das vantagens de cada região do Brasil”, destaca o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho. (Mapa)
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ESTIMATIVA: Preços do milho e do trigo devem seguir em alta, diz Strategie Grains
A consultoria francesa Strategie Grains elevou na quarta-feira (14/11) sua estimativa para a colheita de milho na União Europeia no ciclo 2012/13 em 700 mil toneladas, para 53,6 milhões de toneladas, mas disse que os preços mundiais podem aumentar, uma vez que a demanda deve superar a oferta global. As importações de milho de países de fora do bloco também foram revistas para cima em 600 mil toneladas, para 11,5 milhões de toneladas, em função do preço mais competitivo do grão brasileiro.
Mercado mundial - No entanto, as perspectivas para o mercado mundial continuam extremamente apertadas, devido à maior demanda de milho para alimentação animal na Ásia e no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que o tamanho do rebanho nos EUA está caindo de maneira menos acentuada do que se esperava.
Alta - Para a Strategie Grains, os preços globais do milho podem subir rapidamente — uma vez que o abastecimento começa a diminuir nos EUA — e devem permanecer em alta no início de 2013, a fim de incentivar os agricultores a plantar uma área recorde, necessária para permitir a recuperação dos estoques mundiais.A consultoria, porém, não descarta que o avanço nas cotações do grão seja limitado, caso o clima no Hemisfério Sul seja favorável nos próximos meses e gere uma colheita abundante.
Sustentação também para os preços do trigo - Os estoques de trigo extremamente baixos na União Europeia e no restante do mundo farão com que os preços do cereal continuem a subir, previu a Strategie Grains. A consultoria revisou para baixo em 200 mil toneladas a colheita no bloco europeu, para 122,7 milhões de toneladas. A previsão é de que haja uma produção menor no Reino Unido e na Finlândia, bem como na Argentina e Austrália — onde o desenvolvimento do trigo de inverno foi atingido pela seca —, nos EUA e também no sul da Rússia.
Estoques - Assim, os estoques mundiais de trigo no final da temporada 2012/13 devem ficar abaixo do ano anterior, em 159 milhões de toneladas, o equivalente a 23% da demanda anual. A consultoria disse que as perspectivas para o trigo da União Europeia continuam apertadas, já que o crescimento das exportações tem impedido qualquer aumento significativo nos estoques finais. No entanto, os estoques finais do bloco ainda foram ligeiramente elevados, para 9,4 milhões de toneladas, devido a uma queda no consumo projetado.
Pressão - Para a Stategie, a oferta mundial enxuta para trigo, milho e soja deve continuar a criar uma pressão de alta para os preços do trigo europeu, com possibilidade de aumento significativo uma vez que a disponibilidade de exportação dos países do Mar Negro deve chegar ao fim até o início de 2013. (Valor Econômico)
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SOJA: Plantio deve bater recorde na Argentina, prevê governo
A área plantada com soja na Argentina deve alcançar a marca recorde de 19,36 milhões de hectares na temporada 2012/13, um aumento de 3,69% em relação à safra passada, quando foram cultivados 18,67 milhões de hectares. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (15/11) pelo Ministério da Agricultura da Argentina. A primeira estimativa oficial para a safra 2012/13 está em linha com a dos agentes privados. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires, por exemplo, espera um cultivo de 19,7 milhões de hectares.
Terceiro maior produtor - A Argentina é o terceiro maior produtor mundial da commodity, atrás de Brasil e Estados Unidos, e é o maior exportador de seus derivados (farelo e óleo).
Preços - Os preços do milho e da soja dispararam neste ano em consequência da seca que mitigou a produção dos Estados Unidos. Apesar do atraso inicial no plantio, os fazendeiros argentinos estão a caminho de colher safras recordes tanto de soja quanto de milho, estimulados pelas condições do mercado e pelo clima chuvoso.
Projeção - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta para a Argentina uma colheita de 55 milhões de toneladas de soja, um aumento de 4,36% sobre a colheita anterior, de 52,7 milhões de toneladas — o recorde atual.
Área cultivada - Até o momento, apenas 22% dos campos destinados à soja foram cultivados, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O grande volume de chuvas atribuído ao fenômeno El Niño nos dois últimos meses inundou muitas áreas agrícolas, retardando os trabalhos de plantio, mas as condições melhoraram recentemente.
Chuva - O tempo chuvoso também atrasou o plantio de milho na Argentina, segundo maior exportador mundial do grão. Até o momento, cerca de 45% ou 3,4 milhões de hectares já foram cultivados, 17 pontos percentuais a menos do que em igual período do ano passado. Os trabalhos estão parados em várias regiões, mas a expectativa é de que a situação se normalize nas próximas semanas.
Safra recorde - Inicialmente, as projeções apontavam para uma colheita de milho da ordem de 28 milhões de toneladas, mas os produtores agora preveem uma produção de 26 milhões a 27 milhões de toneladas, por causa dos problemas enfrentados no início do plantio. Ainda assim, trata-se de uma safra recorde, superando as 24 milhões de toneladas registradas na safra 2010/11. (Valor Econômico)
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IAPAR: Inscrições abertas para Mestrado em Agricultura Conservacionista
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) abriu o processo seletivo para a primeira turma de seu Mestrado em Agricultura Conservacionista. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição, disponível na página www.iapar.br, e entregá-lo até o dia 10 de dezembro na secretaria do Programa de Pós-Graduação (ou encaminhá-lo via Sedex), juntamente com o comprovante do pagamento de uma taxa de R$ 100,00.
Etapas - Com 21 vagas, a seleção dos candidatos será em quatro etapas: avaliação do currículo Lattes, entrevista e provas de conhecimentos específicos e de inglês. Os testes escritos e as entrevistas serão nos dias 15 e 16 de janeiro de 2013, na sede do Iapar, em Londrina.
Linhas de pesquisa - O Mestrado em Agricultura Conservacionista do Iapar oferece três linhas de pesquisa: “genética, melhoramento e biotecnologia vegetal”, “manejo conservacionista dos recursos naturais” e “produção e proteção vegetal”. A lista dos aprovados será divulgada no início de fevereiro e as aulas começarão em março.
Agricultura sustentável – Primeiro curso de pós-graduação da instituição, o mestrado do Iapar tem enfoque inteiramente voltado à produção ambientalmente sustentável, aproveitando a longa e respeitada experiência que a instituição vem acumulando nesse campo do conhecimento nos últimos 40 anos, como afirma o coordenador adjunto de pesquisas Augusto Guilherme de Araújo. Ainda de acordo com Araújo, o objetivo é formar prioritariamente pesquisadores, diferentemente dos programas de pós-graduação das universidades, mais voltados à formação de professores para o ensino superior.
Consequência - O dirigente considera ainda que o ingresso do Iapar na área acadêmica é consequência de um trabalho amadurecido no dia a dia da instituição. “Há anos acolhemos bolsistas de iniciação científica e pós-graduandos de mestrado e doutorado para desenvolver seus trabalhos experimentais nos laboratórios e campos da instituição”, disse. Ele acrescenta que, nos últimos quatro anos, 41 estudantes de mestrado e de doutorado de universidades paranaenses e paulistas receberam co-orientação de pesquisadores do Iapar. “O Iapar é o segundo centro de pesquisas em agropecuária no Brasil a ampliar suas atividades em direção à área acadêmica, seguindo o exemplo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no Estado de São Paulo, que iniciou sua pós-graduação há 13 anos”, disse.
Informações - Iapar – Secretaria de Pós-Graduação / Telefone: (43) 3376-2153 / Email: pgiapar@iapar.br. (Imprensa Iapar)
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ECONOMIA: Dúvidas sobre recuperação em 2013 podem ajudar a manter juros baixos
As dúvidas sobre a velocidade da recuperação da economia em 2013 podem ajudar o Banco Central (BC) a manter os juros básicos da economia no menor nível da história. Segundo especialistas, se o Produto Interno Bruto (PIB) não crescer como o governo espera, as pressões sobre a inflação serão aliviadas, e a autoridade monetária terá mais tempo para não elevar a taxa Selic.
Focus - As ressalvas sobre o ritmo de recuperação da economia estão expressas no boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada todas as semanas pelo Banco Central. No último levantamento, que saiu segunda-feira (12/11), os analistas reduziram, pela terceira semana seguida, as projeções para a taxa básica de juros no fim de 2013. A estimativa passou de 7,63% para 7,25% ao ano, exatamente o nível atual da taxa Selic.
Juros básicos - Caso as projeções se confirmem, os juros básicos ficarão estáveis no ano que vem. Há 14 semanas, os analistas mantêm a estimativa de crescimento de 4% para a economia em 2013. No entanto, a queda nas projeções dos juros, de acordo com os especialistas, indica que as previsões para o PIB podem ser revisadas para baixo nas próximas pesquisas.
Atraso - “Cada vez mais, os dados indicam que a recuperação da economia atrasará. Isso reduz as pressões sobre a inflação e reforça a manutenção dos juros básicos no próximo ano”, avalia o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Para ele, o próprio comportamento da inflação também incentivará o BC a não reajustar os juros básicos tão cedo. “A alta da inflação está perdendo força e não há nenhum indicador que possa puxar os índices para cima em 2013”, diz.
Preocupação - Para o professor de economia Robson Gonçalves, da Fundação Getulio Vargas, a postura do Banco Central no governo atual indica que a preocupação com o crescimento da economia está sendo levada em consideração na hora de definir a Selic. “O Copom [Comitê de Política Monetária] já deixou claro que está trabalhando de forma não linear para que a inflação oficial convirja para o centro da meta [que é 4,5%]”, alega.
Crescimento econômico - Na avaliação de Gonçalves, o BC, no atual governo, está se aproximando do Federal Reserve, Banco Central norte-americano, perseguindo não apenas a inflação baixa, mas o crescimento econômico. “O Fed [Federal Reserve] oficialmente persegue dois objetivos: o controle da inflação e o baixo desemprego. No Brasil, o Banco Central passou a fazer o mesmo. Se a economia desacelera, os juros ficam reduzidos por mais tempo.”
Baixo investimento - Newton Rosa concorda que os juros baixos são importantes para estimular o consumo, mas ressalta que o governo não poderá confiar apenas na política monetária para fazer a economia decolar novamente, em meio a uma crise global. “Claro que a conjuntura internacional sempre vai influenciar o Brasil, mas o que pesa aqui dentro não é a falta de consumo, e sim o baixo investimento público e privado”, destaca. “O principal desafio hoje é fazer o país ampliar a capacidade de produção.” (Agência Brasil)
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CRISE: Zona do euro registra segunda recessão desde 2009
A crise da dívida arrastou a zona do euro para sua segunda recessão desde 2009 no terceiro trimestre, apesar do modesto crescimento de Alemanha e França, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15/11). As duas maiores economias cresceram, cada uma, 0,2 por cento no período de julho a setembro. Mas a resiliência não conseguiu salvar o bloco de 17 nações, que tem sido atingido por medidas de austeridade, de uma contração geral ao passo que países como Holanda, Espanha, Itália e Áustria encolheram.
Recuo - A economia da zona do euro caiu 0,1 por cento no trimestre, seguindo um recuo de 0,2 por cento no segundo trimestre. Esses dois trimestres de contração colocam a economia de 9,4 trilhões de euros (12 trilhões de dólares) da zona do euro em recessão, embora Itália e Espanha já estejam encolhendo por um ano e Grécia sofre uma completa depressão.
Recuperação - Uma recuperação na Europa ainda está longe. A crise da dívida que teve início da Grécia no final de 2009 ainda está repercutindo ao redor do globo e impedindo uma recuperação definitiva da Grande Recessão de 2008/2009 em boa parte do mundo. "Este foi o último bom número da Alemanha para o momento", disse o economista-chefe do Commerzbank, Joerg Kraemer. "O clima de negócios... afundou."
Contração - Economistas esperam que a Alemanha registre contração no quarto trimestre, pela primeira vez desde o final de 2011. A França provavelmente seguirá o mesmo caminho. Para o ano de 2012, a Comissão Europeia vê a zona do euro registrando contração de 0,4 por cento, enquanto prevê crescimento de apenas 0,1 por cento em 2013.
Greve - Milhões de trabalhadores entraram em greve ao redor da Europa na quarta-feira (14/11) para protestar contra cortes de gastos governamentais que eles afirmam estarem aprofundando a contração da região. Já Alemanha e a Comissão Europeia dizem que as medidas são cruciais para sarar as feridas do bloco. "Estamos entrando numa nova recessão que é inteiramente causada por nós mesmos", disse o economista Paul De Grauwe, da London School of Economics. "É resultado de um excesso de medidas de austeridade em países do sul (da Europa) e a falta de disposição do norte para fazer qualquer outra coisa", afirmou. (Reuters / Gazeta do Povo)
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