Imprimir
cabecalho informe

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 5235 | 11 de Janeiro de 2022

FALECIMENTO I: Sistema Ocepar lamenta a morte do ex-presidente Ignácio Aloysio Donel

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, lamentou o falecimento do ex-presidente da Ocepar, Ignácio Aloysio Donel, ocorrido na noite desta segunda-feira (10/01), em Medianeira, Oeste do Paraná. “Hoje o cooperativismo brasileiro está de luto. Perdemos uma referência. Donel nos deixa um legado de realizações e ações que ajudaram a solidificar o cooperativismo no Paraná e no Brasil. Especialmente durante o tempo em que presidiu a Cotrefal, hoje cooperativa Lar, e a Ocepar, entre os anos de 1991 e 1993, posteriormente como presidente da Cocecrer, Cooperativa Central de Crédito, que deu os primeiros passos ao sistema que temos hoje e da Central Sicredi Paraná. Um homem que dedicou toda sua vida ao cooperativismo e a quem devemos muito. Nossos mais profundos sentimentos a todos os familiares por tamanha perda”, destacou.

Um líder - Ao tomar conhecimento, João Paulo Koslovski, ex-presidente da Ocepar e que foi diretor executivo durante a gestão de Donel, afirmou: “seu legado foi muito importante para o desenvolvimento do cooperativismo no Paraná e Brasil. Pessoa que liderava buscando sempre o consenso. Ajudou a organizar o Cooperativismo em nosso estado com a implantação dos núcleos cooperativos, quando presidente da Ocepar. Nosso reconhecimento e sentimento profundo pela perda do presidente Donel. Que Deus o tenha na sua morada eterna”, frisou.

Admiração e respeito - O primeiro presidente da Ocepar, Guntolf van Kaick, afirmou que Donel será sempre lembrado por sua dedicação ao cooperativismo e contribuição ao desenvolvimento do setor. “Recebi com pesar a notícia do passamento do companheiro Ignácio Donel e transmito a seus familiares meus sentimentos de imensa estima e solidariedade nestes difíceis momentos de etérea separação. Que Deus tenha a todos sob sua santa guarda! Tenho certeza de que o Ignácio deixou suas indeléveis pegadas na construção do cooperativismo paranaense pelo que ele será sempre lembrado com a maior admiração e muito respeito”, disse.

Relação de amizade- O ex-presidente Wilson Thiesen, que foi substituído na Ocepar por Donel, lembrou que a relação de amizade com o ele ultrapassa cinco décadas. “Conheci o Donel quando atuava como coordenador do Inda (atual Incra), na década de 1970. Acompanhei de perto todo seu esforço em viabilizar a cooperativa Cotrefal, em Missal, que hoje se transformou na pujante cooperativa Lar, e a transferência dela para a cidade de Medianeira. A Cotrefal foi uma das primeiras cooperativas, na gestão do Donel, a realizar exportação de soja. Ele é era um líder nato, muito hábil nas negociações e extremamente correto em tudo. Um grande pai de família”. Thiesen ressaltou que, durante os estudos do Projeto Iguaçu de Cooperativismo (PIC), planejamento estratégico para fortalecer o cooperativismo na região Oeste, liderado pelo Incra e pela Ocepar, Donel não só apoiou como participou junto com importante lideranças, como Silvio Galdino, Silvio Tedéo, José Aroldo Gallassini e tantos outros para que o cooperativismo na região se desenvolvesse. “Ele acreditava e hoje o Oeste é um modelo para o sistema cooperativista. Viajamos junto para a Europa para conhecer o modelo de autogestão nas cooperativas, em especial na Itália e países bascos. Depois, quando fui presidente da OCB, Donel contribui com o projeto de autogestão e para a liberação do cooperativismo de crédito das amarras junto ao Banco Central. Perdemos um líder importante e desejamos aos seus familiares todo o conforto possível nesse momento”, destacou.

Legado - Quem também lamentou a morte do dirigente, foi o ex-presidente da Ocepar, Dick Carlos de Geus. Segundo ele, “o sistema cooperativista paranaense perde um dos seus mais fervorosos defensores. Nos deixa um belo legado que, certamente, continuará sendo exemplo de continuidade, como a instituição dos Encontros de Núcleos Cooperativos o Programa de Autogestão Cooperativista, entre tantos outros. Fiquei muito triste com esta notícia e quero expressar meus mais profundos sentimentos aos familiares e amigos do grande Donel”, ressaltou.

Visionário - O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, que integrou a diretoria da Ocepar na época em que Donel foi presidente, destacou sua liderança frente as demandas da época. “Um visionário do cooperativismo, em especial para a região Oeste do Paraná. Um homem muito dedicado e inteligente, que mesmo em pouco tempo de gestão, deixou importantes realizações como a criação dos núcleos cooperativos e que hoje é modelo para todo o Brasil, e o início da autogestão no sistema cooperativista. Perdemos um grande companheiro de caminhada, um homem dedicado a família e a Deus. Desejamos que tenha o merecido descanso e que Deus possa confortar seus familiares neste momento”, lembrou.

Cooperativismo de crédito - O presidente da SicrediPar e da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Alfonso Dasenbrock, destacou a trajetória de Donel sob a ótica do cooperativismo de crédito. “Absorvendo o legado do padre Theodor Amstad [fundador da primeira cooperativa de crédito da América Latina, atual Sicredi Pioneira, em Nova Petrópolis (RS)] e também de Mário Kruel Guimarães, que reorganizou o movimento no Rio Grande do Sul, Donel, com muita coragem, organizou as cooperativas de crédito num sistema, entendendo que, juntas, elas estariam mais fortes. Assim, foi criada uma central, a Cocecrer, com base na Lei do Cooperativismo, a Lei 5.764”, afirmou. “Eu destaco a capacidade que ele teve de convencer as cooperativas de organizar o dinheiro em uma conta só, a chamada conta centralizada, onde elas acabaram ganhando um pouco mais a partir do hot money, a aplicação feita durante a noite, no período inflacionário e, com isso, foram pagando os seus custos de estruturação inicial. Donel criou ainda o cheque cooperativo, quando isso ainda não era permitido. Também foi dele a ideia da criação do Cooperbanco, que depois se somou ao Rio Grande do Sul, com a fundação do Banco Cooperativo Sicredi”, acrescenta. “Nós temos muita gratidão pelo Donel e já o homenageamos com a criação da Sala Ignácio Donel, no Espaço Educação Padre Theodor Amstad, junto à nossa Central. As milhares de pessoas que já passaram por lá têm um carinho especial por ele pois sabem de sua história, assim como a do padre Theodor e de tantas outras lideranças do nosso cooperativismo que deram o seu sim para a criação da nossa Central, que hoje têm abrangência nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro”, finalizou. 

Velório - No dia 13 de fevereiro, Donel completaria 86 anos. Deixa esposa, Atila, e os filhos Marino (in memoriam), Marieta, Mariano, Marlene e José Luiz. O velório será no Clube União, em Medianeira, e o sepultamento, às 17h desta terça-feira (11/01), no Cemitério Municipal.{vsig}2022/noticias/01/11/perda_I/{/vsig}

 

FALECIMENTO II: Ignácio Aloysio Donel, uma vida dedicada ao cooperativismo

Ignácio Aloysio Donel nasceu em São Luiz Gonzaga (RS), em 13/02/1936. Na adolescência resolveu ser sacerdote, carreira interrompida por um acidente num jogo de futebol. Após sua recuperação, reiniciou sua vida como professor na escola primária de Pinheiro Machado, município de São Paulo das Missões (RS). Em 1964, nas férias escolares, a convite do pai de um dos seus alunos viajou à Missal (PR), próximo a Medianeira, para conhecer a “Gleba dos Bispos”, que recebia migrantes gaúchos. Donel assumiu a gerência da cooperativa Comasil, recém-constituída, mas de adesão compulsória aos colonos que adquirissem terra na gleba. Adequar a cooperativa à legislação foi uma de suas primeiras missões. Donel presidiu a cooperativa, então Cotrefal até 1973 e foi reeleito em 1979, permanecendo no cargo até 1991. Também presidiu a Cotriguaçu. Em 1988 assumiu a presidência da Cooperativa Central de Crédito (Cocecrer), organizando o cooperativismo de crédito, depois foi presidente da Sicredi Paraná. Deixou a central em 1997, após liderar a adesão das cooperativas de crédito do PR ao Bansicredi.

Ocepar - Como vice-presidente da Ocepar, entre 1991 e 1992, concluiu o mandato de Wilson Thiesen, que assumiu a presidência da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ficou apenas dois anos no cargo de presidente porque os estatutos impediam a reeleição de quem havia concluído um segundo mandato como presidente ou vice-presidente, que era o seu caso. Em entrevista para o Informe Paraná Cooperativo, Donel afirmou que preferiu assumir a presidência da Ocepar, mesmo por um curto período, “com o propósito de, através da Ocepar, ter mais penetração e presença em todas as cooperativas de produção para vender a ideia das cooperativas de crédito. E aproveitar da Ocepar tudo o que de útil se poderia aproveitar para a construção do cooperativismo de crédito”. Donel também aproveitou a experiência da Ocepar com o Projeto de Autogestão na estruturação do cooperativismo de crédito. Com base nisso, introduziu no estatuto das cooperativas de crédito a responsabilidade solidária, que deu sustentação ao crescimento do sistema, embora também tivesse provocado algumas dissensões. 

Crédito - Em suas viagens na organização das cooperativas de crédito percebeu a necessidade da integração regional que permitisse a discussão de temas de interesse entre as cooperativas que vivenciassem a mesma realidade. “Então, surgiu a ideia de reunir essas cooperativas em núcleos administrativos de toda a região e, com isso, uni-las em assembleias com uma proposta mais diversificadas, mais discutidas”, afirmou o ex-presidente da Ocepar. Donel ressaltou que “se não estivéssemos organizados em torno da Ocepar, o cooperativismo de crédito não existiria”.

Núcleos - Em 1991, a Ocepar implantou os núcleos regionais cooperativos em cinco regiões: Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste e Centro-Sul. Donel também defendeu a organização sindical do sistema cooperativista. “Eu vi que faltava para a Ocepar esse lado sindical. Os outros tinham e nós não tínhamos. Era uma organização, mas organização era um termo muito vago. Então, tinha que ser sindicato e organização. Sindicato para organizar a defesa e a organização para a autogestão”. A organização sindical da Ocepar ocorreu a partir de 1995.

50 anos Ocepar - A última participação de Donel num evento do Sistema Ocepar foi no ano passado, durante as comemorações dos 50 anos de fundação da Ocepar, na Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 5 de abril de 2021, por meio de um vídeo gravado especialmente para o evento. Na ocasião, foi destacado um trecho de uma entrevista dele, no ano de 2011, quando afirmou: “assim como o cooperado sozinho não tem força, uma cooperativa que não se une a uma entidade representativa também acaba limitando seu alcance”, se referindo sobre a importância da Ocepar. “Antes de 1971, o sistema estava desorganizado e não havia um direcionamento comum, um projeto compartilhado de ações. Com o nascimento da Ocepar, o Paraná se tornou grande, pois passou a contar com uma entidade que uniu as diferenças realidades, no campo e na cidade, promovendo a integração das diversidades”. Donel, que no início da sua vida foi professor concluiu: “Com o surgimento do Sescoop, a profissionalização de dirigentes, cooperados e colaboradores se intensificou de uma forma sem precedentes na história do cooperativismo brasileiro. É uma verdadeira revolução, que abriu as portas para o futuro de oportunidade para as cooperativas”.

{vsig}2022/noticias/01/11/perda_II/{/vsig}

FALECIMENTO III: Os dez momentos de grande felicidade, segundo Donel

De tudo que sabemos sobre a trajetória de Ignácio Aloysio Donel, se destaca um depoimento dele dado ao jornalista e escritor Roberto Marin, por ocasião do livro “Os 40 anos da Cooperativa Agroindustrial Lar”, em 2005. Ao fazer um retrospecto de sua vida e do que vivenciou no setor cooperativista, Donel apontou o que ele próprio qualificou de “Os dez momentos de grande felicidade”:

“Em primeiro lugar, me sinto agraciado por uma felicidade permanente com minha esposa Atila e filhos Marino (in memoriam), Marieta, Mariano, Marlene e José Luiz que souberam apoiar-me na nossa cooperativa familiar.

O apoio e sucesso obtidos nos meus 10 anos de professor municipal e comunitário de Pinheiro Machado, município de São Paulo das Missões, durante os quais ajudamos a manter uma integração comunitária para a construção da nova Igreja e Grupo Escolar, além do preparo educacional de centenas de alunos que, ainda hoje, continuam me chamando de professor.

O início das atividades oficiais da Cooperativa em dezembro de 1965 e sua separação da Colonizadora Sipal, que nos deram a liberdade de exerce r o lema basilar do cooperativismo: um por todos e todos por um. O apoio e compreensão, decisivos, da maioria dos funcionários e dos cooperados de Missal, quando da transferência para Medianeira.

A reativação do Frigorífico Medianeira e a aquisição das unidades de leite- compra da Kamby de Matelândia-, permitindo nosso ingresso no processo de agroindustrialização. Neste mesmo tempo, em 1979, houve a solução dos graves problemas jurídicos em torno das Notas Promissórias Rurais e liberação das hipotecas sobre os lotes urbanos revendidos entre os moradores de Medianeira.

O recebimento da Carta de Adjudicação das mãos do juiz Jorge Sato, dando-nos o direito de propriedade jurídica sobre o acervo da massa falida da Oleolar, durante missa solene celebrada por dom Olívio Fazza e prestigiada pela maioria da população de Céu Azul.

Fundação da Cooperativa de Crédito Três Fronteiras, depois Sicredi Cataratas do Iguaçu, hoje Sicredi Vanguarda, em 17 de novembro de 1983.

A emoção e o apoio demonstrados na AGO de eleição da nova Diretoria e da minha despedida como presidente da Cotrefal, hoje Lar, no dia 8 de fevereiro de 1991.

As lições de vida cooperativista e o apoio ininterrupto que o sistema cooperativo me concedeu na presidência da Ocepar durante os anos de 1991 e 1992.

A simpatia e o decisivo apoio demonstrados pelas cooperativas de crédito rural nas decisões de organização e integração das mesmas e de implantação do Banco Cooperativo. Da participação e manifestação de seus dirigentes quando da AGO de eleição da nova Diretoria e da minha despedida como Presidente do Sicooper Central do Paraná.

O recebimento do título de Mérito Cooperativista concedido pela Ocepar, em julho de 1997, cuja honraria dediquei à minha esposa e filhos.

A felicidade que levo para o resto da minha vida, e que pretendo renovar em satisfação diária e constante com minha esposa e filhos, é a certeza de termos cumprido o nosso dever, com o compromisso de contribuir e colocar em prática as grandes lições de vida recebidas e oferecidas durante todos os dias de convivência dentro do sistema cooperativo."

{vsig}2022/noticias/01/11/perda_III/{/vsig}

SECA I: Impactos da estiagem da região Sul no agronegócio brasileiro

seca I 11 01 2022O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, participou, na tarde desta segunda-feira (10/01), como convidado especial do programa Conexão Campo Cidade, apresentado por Marcelo Prado, e com as participações do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do jornalista José Luiz Tejon. Além de Ricken, também esteve presente como entrevistado o presidente da Cotrijal, Nei Mânica.

Estiagem - O tema principal foi sobre a forte estiagem que atinge os três estados do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que provocará uma quebra na atual safra de grãos, impactando diretamente a economia brasileira. Somente no Paraná, as perdas já chegam a 38% na produção da soja, com uma redução de 21 milhões de toneladas para apenas 13 milhões. Já no milho as perdas até o momento são de 42%, uma redução de 4,2 para 2,5 milhões de toneladas a serem colhidas. As regiões mais afetadas no Paraná são Oeste e Sudoeste. Durante o programa também foram abordados assuntos como seguro rural, cooperativismo, intercooperação entre outros temas.

Link - Para assistir o programa Conexão Campo Cidade, que foi transmitido ao vivo pelo Youtube e no Portal do Notícias Agrícolas, basta acessar o link: https://www.youtube.com/watch?v=0HCCPfUbAvc

 

SECA II: Ministra Tereza Cristina visita propriedades afetadas pela estiagem no RS, SC, PR e MS

mapa 11 01 2022A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, visitará, nesta quarta-feira (12/01) e quinta-feira (13/01), propriedades afetadas pela estiagem nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Mato Grosso do Sul. No dia 12, a ministra percorrerá a região de Santo Ângelo (RS) e Chapecó (SC). No dia 13, serão visitadas propriedades em Cascavel (PR) e Ponta Porã (MS). (Mapa)

FOTO: Antônio Araújo / Mapa

 

GETEC: Informe nº 2 apresenta expectativas de mercado sobre indicadores econômicos

getec destaque 11 01 2022A Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec) divulgou, nesta segunda-feira (10/01), mais uma edição do Informe Expectativas de Mercado, com base nas informações do Boletim Focus, do Banco Central (BC), levantadas com instituições financeiras sobre as projeções relativas à economia nacional, contemplando o Produto Interno Bruto (PIB), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), taxa Selic e câmbio para 2022, 2023 e 2024.

Clique aqui para conferir na íntegra o Informe Expectativas de Mercado da Getec

 

COOPAVEL I: Show Rural Digital traz novidades para toda a cadeia do agronegócio

coopavel I 11 01 2022Gigantes da tecnologia, empresas inovadoras e startups vão apresentar, durante o Show Rural Digital Coopavel, diversas novidades e soluções que se conectam às mais diferentes expectativas dos setores da cadeia do agronegócio. “Teremos uma grande variedade de conteúdos. Quem visitar esse espaço ficará surpreso com as possibilidades e oportunidades que o universo da tecnologia oferece”, diz o coordenador José Rodrigues da Costa Neto.

Agenda - A agenda da semana de evento, de 7 a 11 de fevereiro, em Cascavel, no Oeste do Paraná, está praticamente pronta. Ela começa com a inauguração do Boulevard da Inovação, avenida que atravessa de uma ponta a outra a estrutura de mais de oito mil metros quadrados que vai abrigar as atrações do Show Rural Digital. Ali estarão lado a lado algumas das mais principais protagonistas da revolução digital. Alguns dos principais ecossistemas de inovação do mundo também estarão presentes, afirma Neto.

Primeira atração - A primeira atração será o Iguassu Valley Show, fórum de inovação aberta com palestra magna do empresário Luiz Donaduzzi, diretor do Biopark, de Toledo. Diretores dos quatro principais ecossistemas do agronegócio brasileiro vão participar e falar de suas experiências e expectativas para os segmentos que representam e como a tecnologia se liga a eles. O Fórum de TI das Cooperativas do Brasil será a grande atração da terça-feira, 8. Muitas, dos mais diferentes lugares do Brasil, vão participar e há confirmação de pelo menos 30 cooperativas do Paraguai.

Reunião - O Show Rural Digital será palco da primeira reunião do ano, no espaço Sebrae, do Sistema Regional de Inovação. O SRI é ligado ao Programa Oeste em Desenvolvimento, que reúne 65 entidades focadas em buscar avanços estruturais e contribuir com o desenvolvimento da região. A programação reserva também o Boot camp, uma espécie de simulado para que startups inscritas possam aprimorar pitchs que farão em outro evento, o Like a farmer, que aproximará líderes de empresas de inovação de investidores.

Soluções - Em outro momento, startups terão a chance de apresentar soluções em serviços destinadas ao poder público. Haverá participação, no Paraná Pitch Day, de representantes de órgãos do governo estadual, entre outros. “A tecnologia está presente nos mais diferentes setores do nosso cotidiano e se torna cada vez mais imprescindível ao agronegócio e também ao poder público”, observa o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Hackathon - Um dos momentos mais aguardados do Show Rural Digital é a maratona de tecnologia, que envolve profissionais das mais diferentes formações acadêmicas na solução de problemas que costumam ser enfrentados na agricultura e pecuária. “Estamos impressionados com o nível do pessoal que virá. Teremos, diferente das edições anteriores, equipes já formadas inscritas para disputar prêmios em dinheiro e a chance de incubação e aceleração junto aos nossos parceiros”, observa Neto.

Área - Uma área externa e aberta, ao lado da estrutura que abrigará o Show Rural Digital, será empregada como campo de provas e de demonstrações para drones e rovers. A Fly Arena terá apresentações três vezes ao dia e trará a Cascavel algumas das maiores empresas desse segmento. (Imprensa Coopavel)

 

COOPAVEL II: Dia de campo leva tecnologia e inovação a produtores de Braganey e Iguatu

coopavel II 11 01 2022Levar de forma rápida e assertiva ao campo tecnologias e inovações é um dos compromissos da Coopavel. De olho nisso, as filiais de Braganey e Iguatu estão juntas na realização da segunda edição de um dia de campo sobre cultivares de soja. O evento vai ser realizado no dia 14 de janeiro, com início às 14h, em frente à Coopavel, em Braganey.

Participação - O dia de campo vai contar com a participação de 30 expositores que mostrarão as principais características de 21 cultivares de soja, além de empresas de produtos agrícolas e pecuários. A expectativa é que 300 cooperados e produtores rurais, inclusive de municípios vizinhos, prestigiem o evento. Para garantir a segurança durante as visitas, normas sanitárias serão observadas, informa o gerente da Filial de Braganey, Renan de Albuquerque.

Objetivos - Um dos objetivos centrais do dia de campo da safra 2021/2022 é contribuir para uma agricultura ainda mais sustentável e incremento de produtividade, por meio também da utilização de novas tecnologias e produtos biológicos, observa o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Presentes - O gerente da filial de Iguatu, Maykon Rafael Gomes, informa as empresas que estarão presentes. Na área de defensivos agrícolas – Fmc, Bayer, Basf, Syngenta, Ihara, Corteva, UPL e Adama; na de sementes de soja – Brasmax, TMG, Soytec, Pionner, Nidera, Brevant e Monsoy; na de biológicos – Simbiose, Bionat e Biotrop, e na de corretivos de solos – Fertimacro e Cysy; pecuária – Prado, Tortuga, Basso Pancotte/Virbac e Alltech/Bio Master.

Participação - A Coopavel também participará ativamente do dia de campo do próximo dia 14 com os seguintes segmentos: Fábrica de Fertilizantes, Sementes Coopavel, Nutriagro Fertilizantes Foliares e Rações Coopavel. Também participarão a Credicoopavel, Corretora Tomezak e Seguros Agrícolas Sancor. (Imprensa Coopavel)

 

CONAB: Soja e trigo garantem aumento na produção nacional de grãos

conab 11 01 2022A quarta estimativa da safra 2021/22, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (11/01), aponta para um crescimento na produção de grãos frente à temporada 2020/21. De acordo com o levantamento, o Brasil deve produzir um volume total de 284,4 milhões de toneladas, um incremento de 12,5% ou 32 milhões de toneladas. O destaque ficou por conta da soja, com aumento de área semeada de 3,8%, e para a safra do trigo, que foi encerrada com recorde de produção.

Maior produtor mundial - Com um crescimento de 3,8% na área e produção estimada de 140,5 milhões de toneladas, a soja mantém o país como o maior produtor mundial da oleaginosa. “A liderança do Brasil na agricultura mostra os avanços conquistados na produção brasileira de grãos”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro. “Além da versatilidade dos produtores, que estão cada vez mais estruturados a partir de informações de inteligência agrícola da Companhia, outros ganhos são resultado da organização e da parceria de instituições públicas e privadas para o desenvolvimento tecnológico da agropecuária nacional.”

Milho - Atualmente, a produção total de milho, considerando a primeira, segunda e terceira safras, está estimada em 112,9 milhões de toneladas.

Trigo - No caso do trigo, a safra 2021 foi concluída e o volume total de produção é de 7,7 milhões de toneladas. O resultado final ficou acima do obtido na temporada passada, mesmo com as adversidades climáticas, com períodos prolongados de estiagem e a incidência de geadas registradas em parte do ciclo, que reduziram o potencial produtivo. No entanto, o bom incremento de área plantada, visualizado neste ano, favoreceu o desempenho da cultura.

Outras culturas - Outras culturas também apresentaram bons números, como o algodão, que obteve crescimento de 12,5% na área a ser semeada, em um total de 1,5 milhão de hectares, e com a produção de pluma estimada em 2,7 milhões de toneladas. Já o arroz teve redução de 0,7% na área a ser semeada devido ao cenário mercadológico e produção prevista de 11,38 milhões de toneladas. O feijão primeira safra seguiu a tendência e teve redução de 2% na área a ser semeada e volume 988,4 mil toneladas, já a produção total de feijão no país, somando-se as três safras, está estimada em 3,08 milhões de toneladas.

Área total- Em dezembro, com a finalização da semeadura da maioria das culturas de primeira safra, a estimativa da área total a ser cultivada no país em 2021/22 é de 72,1 milhões de hectares, um crescimento de 4,5% sobre a safra anterior. Nesse contexto, estão incluídas as culturas de segunda safra, com os plantios entre janeiro e abril, e as culturas de terceira safra, entre abril e junho. Para o cálculo das estimativas de produção das culturas de segunda e terceira safras do ciclo 2021/22, foram utilizadas metodologias estatísticas específicas, uma vez que ainda há indefinições sobre a área a ser cultivada, assim como a produtividade das culturas. As áreas destinadas às culturas de segunda e terceira safras serão atualizadas ao longo dos próximos levantamentos.

Clima - Com relação ao clima, o mês de dezembro fechou o ano de 2021 com grandes volumes de chuva, chegando a ultrapassar a média em diversas regiões do Brasil. “No norte de Minas Gerais e no sul da Bahia, onde esse quadro foi mais extenso, o total de chuvas foi o maior das séries históricas de dezembro, especialmente nas localidades de Lençóis, Ilhéus e Caravelas”, ressalta o gerente de Acompanhamento de Safras, Rafael Fogaça. “No Centro-Oeste, as condições atmosféricas foram favoráveis, mas no Sul, a chuva registrada não foi suficiente para atingir a média em grande parte da região, o que prejudicou a produção no estado.”

Mercado - No âmbito do mercado externo, os destaques são para o algodão em pluma, que fechou o ano com exportações acima de 2 milhões de toneladas pelo segundo ano consecutivo, número 58% acima da média dos últimos 5 anos. Já para a soja em grãos, o Brasil exportou 86,1 milhões de toneladas, superando o recorde observado para o ano de 2018.

Exportações - Neste levantamento, a Conab também aumentou a estimativa de exportações de algodão para o próximo ano em 2,5%, esperando que seja alcançado um volume de 2,05 milhões de toneladas, enquanto que para soja, a estimativa é um novo recorde com exportações previstas em 89 milhões de toneladas. Para o milho, espera-se fechar a safra 2020/21, no acumulado de fevereiro a janeiro, em 20,5 milhões de toneladas exportadas, contra 19,2 milhões de toneladas no último levantamento. Com isso, a previsão é que o ano-safra de milho feche com estoques finais de 8,8 milhões de toneladas. Para a safra 2021/22, diante do aumento da produção e de uma moeda doméstica desvalorizada, a Conab estima que 36,7 milhões de toneladas serão exportadas. Por outro lado, para a safra 2021/22 a Companhia espera que o estoque final deverá ser de 9,6 milhões de toneladas, valor 8,7% superior ao esperado para a safra 2020/21, porém menor do que o último levantamento, considerando a redução da primeira safra de milho no ciclo 2021/22 divulgado neste levantamento.

Importação - Além disso, a Conab eleva sua projeção de importação de milho para 3,2 milhões de toneladas da safra 2020/21, e para 1,3 milhão de toneladas para a safra 2021/22, devido ao maior volume em desembaraço aduaneiro nos portos e a necessidade de abastecimento nacional, com a possibilidade da produção de milho durante a primeira safra de 2021/22 inferior ao esperado.

Redução - Quanto ao trigo, houve redução da estimativa de safra em relação ao último levantamento. A previsão é que os estoques de passagem fechem o ano em 280 mil toneladas, volume superior ao que foi observado na safra 2020/21, porém com redução em relação ao último levantamento, quando se previa a finalização do ano-safra com 410 mil toneladas de estoques de passagem.

Preços - Em relação aos preços dos produtos nas principais praças, observou-se, no mês de dezembro em comparação com o mês de novembro, redução de 4,5% nas cotações do arroz no RS, redução de 4,9% no preço do feijão cores SP e elevação de 2,1% no feijão preto PR, redução de 5% no preço do milho em MT e elevação de 5% no trigo do PR, elevação de 0,5% no preço da soja em MT e de 2,5% no PR e ainda a elevação de 4,8% nos preços do algodão em MT. (Conab)

Clique aqui e acesse os arquivos com informações completas do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022.

FOTO: Jaelson Lucas / AEN

 

IBGE: Prognóstico para safra 2022 recua, mas mantém patamar recorde com 277,1 milhões de toneladas

ibge 11 01 2022A safra nacional deve atingir mais um recorde em 2022. Após três anos seguidos batendo recordes, a última estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta terça-feira (11/01) pelo IBGE, mostra que a produção agrícola pisou no freio em 2021, fechando o ano com um total de 253,2 milhões de toneladas, 0,4% abaixo da de 2020. Mas o estudo também aponta que, para 2022, o prognóstico é de um novo recorde, de 277,1 milhões de toneladas, apesar de ter havido um leve recuo em relação ao prognóstico anterior.

Plantio antecipado - “Ao contrário da safra de 2021, quando houve atraso no plantio, na safra de 2022, a soja, principal produto das lavouras brasileiras, foi semeada antecipadamente e de forma acelerada, na maior parte das regiões produtoras do país, por conta dos elevados volumes de chuvas ao longo do mês de outubro nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isso deve ampliar a janela de plantio das culturas de 2ª safra e beneficiar essa produção”, assinala o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

Impactos climáticos - Ele destaca, no entanto, que houve impactos climáticos provocados por áreas de instabilidade nos estados do Nordeste e Sudeste, por conta da Zona de Convergência intertropical, e efeitos do fenômeno “La Ninã” nos estados do Sul, que já começam a interferir nos cultivos a campo.

Chuvas - “Há registro de chuvas acima da média na Bahia e Ceará, enquanto nos três estados do Sul e no Mato Grosso do Sul já se observa um menor volume de chuvas, com registro de estiagens severas regionalizadas, o que vem afetando as culturas de verão. Com isso, as novas informações recebidas nesse terceiro prognóstico já apontam um declínio de 0,3%, ou 900,0 mil toneladas, em relação ao que havia sido estimado no prognóstico anterior para este ano”, comenta Barradas.

Produção - Mesmo assim, a produção de 277,1 milhões de toneladas em 2022 deverá ser 9,4% superior a de 2021, com 23,9 milhões de toneladas a mais. O aumento deve-se, principalmente, à maior produção de soja (2,5%), de milho (11,2% na primeira safra e 29,4% na segunda), de algodão herbáceo em caroço (4,6%), de sorgo (11,4%) e de feijão (10,8% na primeira safra e 4,6% na segunda).

Soja - O volume de produção da soja foi estimado em um novo recorde, de 138,3 milhões de toneladas, devendo representar mais da metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país em 2022. Já a estimativa para a produção de milho é de 108,9 milhões de toneladas, sendo aguardada uma colheita recorde, com a recuperação das lavouras após a grande queda na produção em 2021 por conta do atraso no plantio da 2ªsafra e da falta de chuvas nas principais unidades produtoras.

Redução - Por outro lado foram estimados declínios na produção do arroz (-4,9%), do feijão 3ª safra (-0,9%) e do trigo (-7,4%) toneladas. “Apesar da queda, essa produção de arroz deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro”, ressalta barradas.

Safra de 2021 foi a menor que a de 2020 - A estimativa final para a safra de 2021 totalizou 253,2 milhões de toneladas, sendo 0,4% (900,0 mil toneladas) menor que a obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas). Comparada à estimativa anterior, houve alta de 420,6 mil toneladas (0,2%). Arroz, milho e soja responderam por 92,6% da produção e 87,3% da área colhida.

Estados - O Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,2%, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,9%), Paraná (13,1%), Goiás (10,0%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 79,7% do total nacional.

Variação anual - A estimativa da produção apresentou variação anual positiva em três regiões: Sul (5,2%), Nordeste (1,9%) e Norte (11,8%). Já Centro-Oeste (-4,3%) e Sudeste (-4,6%) tiveram queda. O Centro-Oeste produziu 116,5 milhões de toneladas (46,1% do total do país); o Sul, 76,9 milhões de toneladas (30,4%); o Sudeste, 24,6 milhões de toneladas (9,9%); o Nordeste, 23,0 milhões de toneladas (9,1%) e o Norte, 12,3 milhões de toneladas (4,5%).

Sobre o LSPA - Implantado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, o LSPA fornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país. Ele permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro. (Agência IBGE de Notícias)

FOTO: Gilson Abreu - AEN/PR

 

CRÉDITO RURAL: Produtores contrataram 30% mais financiamentos de julho a dezembro de 2021

credito rural 11 01 2022De julho a dezembro de 2021, o equivalente a seis meses da Safra 2021/2022, os produtores rurais contrataram R$ 159,7 bilhões em crédito rural, uma elevação de 30% em comparação ao mesmo período da safra anterior.

Contratos - Para apoio à comercialização, as contratações somaram R$17,3 bilhões (+ 65%); custeio R$ 86,8 bilhões (+29%); investimento R$ 46,7 bilhões (+24%) e a industrialização, R$ 8,8 bilhões (+23%). Entretanto, o número total de contratos apresentou queda de 7% em relação ao período anterior, sendo que nos investimentos essa redução foi de 15%, conforme levantamento da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Regiões - A Região Norte, apesar de ter menor representatividade no crédito rural, continua apresentando melhor desempenho nas contratações de crédito rural, com aumento de 30% em número de contratos e 46% no valor contratado. As demais regiões apresentaram decréscimo no número de contratos de investimento.

Recursos controlados - A participação dos recursos controlados no valor total das liberações foi de 68%, a mesma observada em igual período da safra anterior. Essa participação foi de 50% para os Recursos Obrigatórios e os da Poupança Rural Controlada.

Poupança e Recursos Obrigatórios - Os recursos da Poupança Controlada concentraram-se nas finalidades custeio (70%) e investimento (30%), e os da fonte Recursos Obrigatórios foram majoritariamente destinados para custeio (74%) e industrialização (20%).

Aumento - Em decorrência dos remanejamentos de recursos equalizáveis em dezembro último, houve aumento de R$ 1,72 bilhão na disponibilidade para custeio, sendo R$ 710 milhões para Pronaf, R$ 270 milhões para Pronamp e R$ 741 milhões para Demais Produtores. Em relação aos investimentos, o maior aumento na dotação de recursos ocorreu para os programas ABC (+ R$ 195 milhões) e PCA (+R$ 93 milhões).

Programas de investimento - Os programas de investimento com maiores recursos contratados foram: Procap-Agro (95%), Moderfrota, 65% e o Pronaf (62%), sendo 83% para os programas que utilizam recursos não equalizáveis. O aumento expressivo das contratações do Procap-Agro (+ 4.237%) justifica-se pelo fato dos recursos disponibilizados na safra 2021/22 serem aproximadamente quatro vezes superior ao da safra passada, situando-se em R$ 1,5 bilhão.

Redução - Já a diminuição das contratações do PCA (-40%) e Prodecoop (-74%) ocorreu em função da alteração, em outubro de 2021, do prazo para registro das operações de 180 dias para dois dias úteis, que por serem de elevado valor e complexas, demandam mais tempo para sua realização. De acordo com os agentes financeiros, essa redução não corresponde ao tamanho das operações de financiamento realizadas por já terem comprometido parte significativa do montante programado com operações em fase de aprovação.

Saldos totais - Por fim, os saldos totais dos recursos equalizáveis, remanescentes no final de dezembro de 2021, foram de 36% para os investimentos e de 37% para o custeio, comercialização e industrialização. (Mapa)

FOTO: iStock

 

COMÉRCIO EXTERIOR: Balança comercial abre 2022 com superávit de US$ 1,45 bilhão na primeira semana de janeiro

comercio exterior 11 01 2022A balança comercial brasileira abriu o ano de 2022 com superávit de US$ 1,45 bilhão na primeira semana de janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado, pela média diária, as exportações cresceram 56,3%, somando US$ 5,84 bilhões, e as importações aumentaram 16%, totalizando US$ 4,40 bilhões. Assim, a corrente de comércio aumentou 36%, alcançando US$ 10,24 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgados nesta segunda-feira (10/01).

Exportações Na primeira semana do mês, houve crescimento de 131,7% nas exportações da Agropecuária, que somou US$ 939,05 milhões; de 25,6% na Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,49 bilhão; e de 58,8% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 3,38 bilhões.

Agropecuária - Na Agropecuária, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de milho não moído, exceto milho doce (+48,1%); café não torrado (+61,7%) e soja (6.438,2%).

Indústria Extrativa - A Indústria Extrativa registrou aumentos das exportações de fertilizantes brutos, exceto adubos (+5,3%); minérios de alumínio e seus concentrados (+20,5%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+144,2%).

Indústria de Transformação - Já as vendas da Indústria de Transformação foram impulsionadas pelos aumentos das saídas de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+94,2%); tabaco descaulificado ou desnervado (+291,5%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+135,2%).

Importações - As importações na primeira semana de janeiro registraram queda de 18,1% em Agropecuária, que somou US$ 85,01 milhões. Já a Indústria Extrativa teve crescimento de 130,5%, chegando a US$ 314,52 milhões nas compras externas, enquanto a Indústria de Transformação aumentou em 13,6% as importações, atingindo US$ 3,93 bilhões.

Aumento - Do lado da Agropecuária, houve aumento nas compras de animais vivos, não incluídos pescados ou crustáceos (+151,4%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+41,1%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+92,4%). A queda foi influenciada pela redução nas importações de trigo e centeio, não moídos (-12,5%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-45,2%); e soja (-93,7%).

Outros minérios - A Indústria Extrativa aumentou principalmente as importações de outros minérios e concentrados dos metais de base (+105,2%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+431,3%); e gás natural, liquefeito ou não (+190,1%).

Elevação - Já a Indústria de Transformação elevou as compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+49,2%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (+81%); e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+41,6%). (Ministério da Economia)

Veja os principais resultados da balança comercial

 

BR DO MAR: Sancionada, com vetos, lei que estimula navegação entre portos nacionais

br mar 11 01 2022O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei 14.301/2022, que cria o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (BR do Mar). Esse programa libera, de forma progressiva, o uso de navios estrangeiros na navegação de cabotagem do Brasil, sem a obrigação de contratar a construção de embarcações em estaleiros brasileiros. A lei foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (07/01). Entre os itens vetados estão a recriação do Reporto (benefício tributário ao setor) e o limite mínimo para a quantidade de trabalhadores brasileiros nas embarcações.

Origem - A nova lei teve origem no PL 4.199/2020, projeto de autoria do próprio Executivo. O texto foi analisado e aprovado pelas duas Casas do Congresso Nacional — no Senado, o relator da matéria foi Nelsinho Trad (PSD-MS).

Direitos e deveres - As empresas que se habilitarem ao BR do Mar perante o Ministério da Infraestrutura terão direitos e deveres.

Afretamento - De acordo com o programa, as empresas poderão afretar uma embarcação a casco nu, ou seja, alugar um navio vazio para uso na navegação de cabotagem.

Livre - Depois de uma transição de quatro anos, o afretamento de navios estrangeiros será livre. Segundo o texto, após um ano da vigência da lei poderão ser dois navios; no segundo ano de vigência, três navios; e no terceiro ano da mudança, quatro navios. Daí em diante, a quantidade será livre, observadas condições de segurança definidas em regulamento.

Bandeira de origem - O texto determina que as embarcações deverão navegar com suspensão da bandeira de origem. A bandeira do país vincula diversas obrigações legais, desde comerciais, fiscais e tributárias até as trabalhistas e ambientais.

Empresas brasileiras - As empresas brasileiras de navegação também poderão operar com esses navios estrangeiros sem precisar contratar a construção de navios no Brasil ou ter frota própria.

Dispensa de autorização - Haverá ainda dispensa de autorização para afretar navio estrangeiro por viagem ou por tempo, a ser usada na navegação de cabotagem para se substituir outro navio que esteja em reforma nos estaleiros nacionais ou estrangeiros.

Por tempo - No afretamento por tempo, não poderá haver limite para o número de viagens; e a empresa brasileira de navegação indicará a embarcação a ser utilizada, que poderá ser substituída apenas por causa de situações que inviabilizem a sua operação.

Vetos - Entre os itens vetados pela Presidência da República está o que recriava o Reporto (um benefício tributário para o setor portuário que foi extinto em dezembro do ano passado). De acordo com a justificativa apresentada pela Presidência da República, a recriação desse benefício incorre em vício de inconstitucionalidade e em contrariedade ao interesse público, pois implicaria renúncia de receitas sem a “apresentação da estimativa do impacto orçamentário e financeiro e das medidas compensatórias”. Ainda segundo a justificativa, o Reporto “restaria demasiadamente amplo e aberto, e criaria uma subjetividade no que poderia ou não ser contemplado pelos benefícios com possibilidade de desvios para outros usos, o que o tornaria incompatível com diretrizes do Tribunal de Contas da União para comprovação dos montantes desonerados e o seu retorno à sociedade”.

Quantidade mínima de trabalhadores - Outro item vetado determinava uma quantidade mínima de trabalhadores brasileiros nos navios afretados. O dispositivo estabelecia que a tripulação dessas embarcações deveria ser composta de, no mínimo, 2/3 de brasileiros. De acordo com a Presidência da República, essa obrigatoriedade “geraria aumento dos custos para as embarcações, o que reduziria a atratividade para que um quantitativo maior de embarcações estrangeiras de baixo custo pudesse aderir ao programa e operar no país”. Com esse veto, as embarcações afretadas só precisarão reservar obrigatoriamente aos brasileiros os postos de comandante, mestre de cabotagem, chefe de máquinas e condutor de máquinas.

Congresso Nacional - Os vetos presidenciais podem ser derrubados pelo Congresso Nacional em votação futura. Senadores e deputados federais têm até 30 dias para deliberar sobre os vetos, contados a partir da data de protocolo de mensagem do Executivo na Secretaria Legislativa do Congresso Nacional. Após esse prazo, os vetos passam a trancar a pauta de votações do Congresso. Para a rejeição de um veto é necessária a maioria absoluta de votos (ou seja, 257 votos de deputados federais e 41 votos de senadores).

Capital estrangeiro - Embora as empresas de navegação de cabotagem devam ser constituídas sob as leis brasileiras e autorizadas pelo governo para poderem operar, elas podem ser controladas por capital estrangeiro. Grupos líderes do mercado doméstico são subsidiários de grandes grupos internacionais, como a dinamarquesa A.P. Moller-Maersk, o grupo espanhol Elcano e o grupo francês CMA-CGM.

Direitos trabalhistas - De acordo com o artigo 12 da nova lei, nas situações de afretamento previstas no programa, os contratos de trabalho dos tripulantes de embarcação estrangeira afretada seguirão regras internacionais, como as estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), e também a Constituição Federal, a qual garante direitos como 13º salário, adicional de 1/3 de férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e licença-maternidade.

Parágrafo único - Esse artigo contém um parágrafo único, que determina que "o disposto em instrumento de acordo ou convenção coletiva de trabalho precederá outras normas de regência sobre as relações de trabalho a bordo".

Certificado - O programa dispensa a apresentação do Certificado de Livre Prática (CLP), em portos e instalações portuárias nacionais, por parte de embarcações que operam nas navegações de cabotagem, de apoio portuário e de apoio marítimo e na navegação interior, fluvial e lacustre de percurso nacional.

Permissão - O CLP é uma permissão emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uma embarcação operar embarque e desembarque de viajantes, cargas ou suprimentos mediante análise das condições operacionais e higiênico-sanitárias da embarcação e do estado de saúde dos seus viajantes.

Longo prazo e dragagem - Caberá ao Ministério da Infraestrutura definir as cláusulas essenciais dos contratos de transporte de longo prazo e qual tonelagem máxima poderá ser afretada em relação às capacidades das embarcações operantes com bandeira brasileira.

Limites - O Poder Executivo deverá definir limites de tonelagem total de navios afretados para contratos de longo prazo, que valerão apenas a partir da edição de ato.

Definição - Quanto à encomenda de navios no exterior, o Poder Executivo deverá definir normas para os contratos e as garantias, assim como sobre a fiscalização e o acompanhamento de sua construção.

Subsidiárias - A empresa habilitada no BR do Mar poderá afretar por tempo embarcações de sua subsidiária integral estrangeira ou da subsidiária estrangeira de outra empresa brasileira de navegação se o navio for de sua propriedade ou estiver sob contrato de afretamento a casco nu.

Termo de compromisso - Os navios terão de se submeter a inspeções periódicas pelo Comando da Marinha, que exerce as atribuições de autoridade marítima no Brasil.

Comprovação - As empresas candidatas ao programa deverão comprovar situação regular de tributos federais e assinar um termo se comprometendo a apresentar periodicamente informações sobre expansão das atividades, melhorias na qualidade do serviço, valorização do emprego da tripulação brasileira contratada, desenvolvimento sustentável, transparência quanto aos valores dos fretes, entre outros pontos. (Agência Senado, com informações da Agência Câmara)

FOTO: Donvictorio / iStockphoto

 

IPCA: Inflação sobe 0,73% em dezembro e fecha 2021 com alta de 10,06%

ipca 11 01 2022Com alta de 0,73% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2021 com um aumento de 10,06%. Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando foi de 10,67%, e extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, cujo teto era de 5,25%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11/01) pelo IBGE.

Transportes - O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.

Combustíveis - “O grupo dos Transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov. “Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, complementa.

Automóveis - Outro destaque nos Transportes foi o preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%). “Esse aumento se explica pelo desarranjo na cadeia produtiva do setor automotivo. Houve uma retomada na demanda global que a oferta não conseguiu suprir, ocorrendo, por exemplo, atrasos nas entregas de peças e, as vezes do próprio automóvel”, contextualiza Kislanov.

Habitação - Já no grupo Habitação, a principal contribuição (0,98 p.p.) veio da energia elétrica (21,21%). “Ao longo do ano, além dos reajustes tarifários, as bandeiras foram aumentando, culminando na criação de uma nova bandeira de Escassez Hídrica. Isso impactou muito o resultado de energia elétrica, que tem bastante peso no índice”, explica Kislanov. Ele destaca, ainda, no grupo Habitação, o item gás de botijão (36,99%), que subiu em todos os meses de 2021 e teve o segundo maior impacto no grupo, de 0,41 p.p.

Alimentação e bebidas - No grupo Alimentação e bebidas, a variação de 7,94% foi menor que a do ano anterior (14,09%), quando contribuiu com o maior impacto entre os grupos pesquisados. Ainda assim, Kislanov destaca alguns itens, como o café moído, que subiu 50,24%, e o açúcar refinado, que teve alta de 47,87%. “A alta do café ocorreu principalmente no segundo semestre, pois a produção foi prejudicada pelas geadas no inverno. Já o preço do açúcar foi influenciado por uma oferta menor e pela competição pela matéria prima para a produção do etanol”.

Vestuários - Além disso, o grupo dos vestuários (10,31%) fechou 2021 com a quarta maior variação entre os grupos. “Este tinha sido o único grupo com queda em 2020. Em 2021, apresentou uma recuperação de preços, relacionada à retomada da circulação de pessoas, mas também ao aumento dos custos de produção, devido à alta dos preços do algodão e do couro. Além disso, tem o componente sazonal do final de ano”, destaca Kislanov.

IPCA de dezembro fica em 0,73% - Em dezembro de 2021, a inflação foi de 0,73%, 0,22 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,95% registrada em novembro. Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta e a maior variação veio de Vestuário (2,06%), que acelerou em relação a novembro (0,95%).

Maior impacto - O maior impacto (0,17p.p), no entanto, veio de Alimentação e bebidas, que subiu 0,84% no mês. Kislanov destaca as altas nos preços do café moído (8,24%), das frutas (8,60%) e das carnes, que subiram 1,38% em dezembro após uma queda de 1,38% em novembro. “No caso das carnes, além do aumento da demanda no fim do ano, houve a questão do embargo chinês, imposto em setembro e retirado em meados de dezembro. Isso pode ter afetado os preços também”, ressalta.

Desaceleração - Kislanov destaca ainda a desaceleração observada no grupo dos Transportes (de 3,35% para 0,58%), consequência principalmente da queda no preço dos combustíveis (-0,94%), depois de sete meses seguidos de alta. “Mesmo assim, ainda houve alta nos transportes”, observa.

INPC sobe 0,73% em dezembro e fecha o ano em 10,16% - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,73% em dezembro, mesma variação do IPCA. O resultado ficou 0,11 p.p. abaixo do registrado no mês anterior (0,84%). Em 2021, o INPC fechou o ano com alta de 10,16%, acima dos 5,45% registrados em 2020.

Alta - Após a variação negativa registrada em novembro (-0,03%), os produtos alimentícios tiveram alta de 0,76% em dezembro. Já os não alimentícios tiveram variação menor que a do mês anterior, passando de 1,11% em novembro para 0,72% em dezembro.

Mais sobre as pesquisas - O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. (Agência IBGE de Notícias)

FOTO: Helena Pontes / Agência IBGE Notícias

 

CÂMBIO: Dólar sobe para R$ 5,67, após duas quedas seguidas

cambio 11 01 2022Depois de uma trégua no fim da semana passada, o cenário externo voltou a pesar, fazendo o dólar iniciar a semana aproximando-se de R$ 5,70. A bolsa de valores interrompeu uma sequência de altas e caiu quase 1%, em meio ao receio com o aumento de juros globais.

Cotação - O dólar comercial fechou esta segunda-feira (10/01) vendido a R$ 5,674, com alta de R$ 0,043 (+0,76%). O indicador chegou a encostar em R$ 5,70 na máxima do dia, por volta das 12h, mas desacelerou ao longo da tarde.

Primeira - Essa foi a primeira alta do dólar após dois dias de queda. Na semana passada, a divisa tinha registrado alta acumulada de 1%, apesar de ter caído na quinta-feira (06/01) e sexta-feira (07/01).

Ações - O mercado de ações também teve um dia tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 101.945 pontos, com queda de 0,75%. O indicador chegou a cair 1,6% no pior momento do dia, perto das 13h, mas a queda perdeu força durante a tarde.

Fed - Os receios de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros da maior economia do planeta a partir de março voltaram a influenciar o mercado. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de economias emergentes, como o Brasil.

Menos empregos - Na semana passada, a divulgação de que a economia norte-americana criou menos empregos que o previsto reduziu as pressões para o aumento de juros nos Estados Unidos. No entanto, novas leituras dos investidores apontam que a desaceleração no mercado de trabalho será insuficiente para adiar o aumento das taxas básicas norte-americanas, que estão no menor nível da história desde o início da pandemia de covid-19. (Agência Brasil, com informações da Reuters)

FOTO: Câmbio

 

SAÚDE I: Número de mortos pela Covid-19 no Brasil passa de 620 mil

As mortes em consequência de complicações associadas à covid-19 passaram de 620 mil no Brasil. O país registrou, em 24 horas, mais 110 óbitos pela doença e, com isso, o total de mortes chegou a 620.091. Até domingo (09/01), o sistema de informações da pandemia marcava 619.981 falecimentos.

Investigação - Ainda há 2.882 mortes em investigação, dados que não vêm sendo atualizados nos últimos dias. Os casos em investigação referem-se a registros em que a determinação da causa da morte demanda exames e procedimentos posteriores ao falecimento.

Casos - O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 22.558.695. De domingo para segunda-feira (09/01 a 10/01), foram confirmados 34.788 diagnósticos positivos da doença. No domingo (09/01), o painel de informações da pandemia do Ministério da Saúde contabilizava 22.523.907.

Acompanhamento - Ainda estão sendo acompanhados 302.471 casos de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado.

Ômicron - O total de infectados com a variante Ômicron no país chegou a 392 – 121 em São Paulo, 58 no Rio de Janeiro, 40 casos no Ceará e 38 em Goiás e Santa Catarina. Ainda há 708 potenciais casos em investigação, a maioria no Rio de Janeiro (312), Rio Grande do Sul (234) e Minas Gerais (114).

Recuperados - Até esta segunda-feira (10/01), 21.636.133 pessoas já haviam se recuperado da doença.

Balanço - Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta segunda-feira (10/01). A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.

Números - Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras ou nos dias seguintes a feriados por causa da redução das equipes que alimentam os dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários por causa da atualização dos dados acumulados.

Estados - Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado que registra mais mortes por covid-19 é São Paulo (155.384), seguido por Rio de Janeiro (69.532), Minas Gerais (56.743), Paraná (40.917) e Rio Grande do Sul (36.484).

Menos - Os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.852), Amapá (2.024), Roraima (2.078), Tocantins (3.953) e Sergipe (6.062). De ontem para hoje, não houve registro de mortes no Acre, no Amapá e em Roraima.

Vacinação - Até esta segunda-feira (10/01), foram aplicadas 333,6 milhões de doses de vacinas contra covid-19 no Brasil. São 161,7 milhões os brasileiros que receberam a primeira dose e 144,5 milhões os que tomaram a segunda dose ou dose única. A dose de reforço foi aplicada a 15,5 milhões de pessoas. (Agência Brasil)

 

whatsapp image 2022-01-10 at 19.39.28

SAÚDE II: Sesa confirma mais 4.541 casos e sete óbitos pela Covid-19

saude II 11 01 2022A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda-feira (10/01) mais 4.541 casos e sete mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os casos são referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas.

Soma - Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.626.852 casos e 40.693 óbitos pela doença.

Meses - Os casos confirmados divulgados nesta data são de janeiro (4.387) de 2022; dezembro (37), novembro (12), outubro (17), setembro (4), agosto (5), julho (4), junho (9), maio (6), abril (4), março (7) fevereiro (2) e janeiro (10) de 2021; e dezembro (13), novembro (12), outubro (6), setembro (2), agosto (1) julho (2) e junho (1) de 2020. Os óbitos divulgados nesta data são de janeiro (2) de 2022; maio (2), abril (1), março (1) e janeiro (1) de 2021.

Monitoramento - A Sesa está monitorando a situação epidemiológica do Paraná e o crescimento no número de casos diários. Neste momento, o aumento está diretamente ligado com a maior circulação de pessoas em todo o Estado, devido às festividades de fim de ano.

Atraso - Além disso, deve-se considerar um atraso no envio de amostras para os laboratórios credenciados do Estado, como o Laboratório Central do Paraná (Lacen/PR) e Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), na última semana, também relacionado com os recessos e feriados.

Medidas de prevenção - A Secretaria reforça que as medidas de prevenção como uso de máscaras, lavagem das mãos e uso do álcool em gel permanecem necessárias, juntamente com a continuidade da vacinação contra a Covid-19.

Internados - 56 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados, todos em leitos SUS (19 em UTIs e 37 em leitos clínicos/enfermarias).

Exames - Há outros 636 pacientes internados, 226 em leitos de UTI e 410 em enfermarias, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos.

Óbitos - A Sesa informa a morte de mais sete pacientes: duas mulheres e cinco homens, com idades que variam entre 4 e 85 anos. Os óbitos ocorreram entre 10 de janeiro de 2021 e 9 de janeiro de 2022. Os pacientes que morreram residiam em Curitiba (4), Quedas do Iguaçu (1), Nova Londrina (1), Imbituva (1).

Fora do Paraná - O monitoramento da Sesa registra 7.286 casos de não residentes no Estado – 224 pessoas morreram. (Agência de Notícias do Paraná)

Confira o informe completo clicando AQUI.

 

Veja os ajustes e relatório de exclusões.

FOTO: Sesa

 

SAÚDE III: Sesa inicia semana com distribuição de mais 121 mil vacinas contra a Covid-19

saude III destaque 11 06 2022A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) distribuiu nesta segunda-feira (10/01), via terrestre, mais 121.464 vacinas contra a Covid-19. Os imunizantes da Pfizer/BioNTech são destinados à primeira dose (D1), segunda dose (D2) e dose de reforço (DR) e foram retirados do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) pelas Regionais de Saúde.

Reforço - O envio tem por objetivo reforçar a imunização contra a doença no Paraná, principalmente neste momento, com o aumento de novos casos.

Continuidade - “Continuar a vacinação é de extrema importância neste momento. É a única defesa que temos contra o vírus e suas variantes, além, claro, do uso de máscaras, lavagem das mãos, uso do álcool em gel e distanciamento”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Destinação - Do total dos imunizantes descentralizados às Regionais, 6.324 doses são para D1, 2.568 para D2 e 112.572 doses de reforço. Todas as vacinas são destinadas à população acima dos 12 anos de idade.

Sexta - Na sexta (07/01), a Saúde já havia distribuído outras 377 mil vacinas contra a Covid-19, na primeira entrega de 2022. (Agência de Notícias do Paraná)

FOTO: Danilo Avanci / Sesa

 

saude III 11 06 2022

 

SAÚDE IV: Governo reduz para 7 dias isolamento de pacientes com Covid-19

saude IV 11 01 2022O Ministério da Saúde decidiu reduzir de dez para sete dias o período recomendado de isolamento para pacientes com covid-19. Em entrevista coletiva dada no início da noite desta segunda-feira (10/01), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a nova recomendação do governo. Segundo a atualização do guia de vigilância epidemiológica para a covid-19 da pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do isolamento.

Encurtamento - Existe ainda uma possibilidade de encurtar ainda mais o tempo de isolamento. Caso no quinto dia o paciente não tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24 horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado.

Teste positivo - Se, no entanto, o teste der positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.

Parâmetro - Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério da Saúde usou como parâmetro as medidas de isolamento aplicadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. No primeiro, o isolamento termina após cinco dias caso não haja mais sintomas. No segundo, o tempo de isolamento é de sete dias, comprovado o fim da infecção com um teste negativo.

Avaliação - Na avaliação de Queiroga, a vacinação no Brasil tem avançado a ponto do governo reduzir o período de isolamento. “Como o Brasil tem avançado muito na campanha de vacinação, em relação ao número de doses de reforço, a população das grandes metrópoles está muito vacinada, podemos vislumbrar um cenário aqui no Brasil mais parecido com o que acontece em países como Reino Unido”.

Óbitos - Além disso, o governo tem se baseado no número de óbitos, que não tem aumentado na mesma proporção da contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus. “A ômicron tem causado um número muito maior de casos, mas felizmente não há correspondência com o número de óbitos”. (Agência Brasil)

FOTO: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

CLIMA: "Onda de calor" da América do Sul não será intensa no Paraná, aponta Simepar

clima 11 01 2022Uma intensa onda de calor e de tempo seco será intensificada no centro-norte da Argentina e o Uruguai entre 10 e 18 de janeiro e deve ocasionar um período de temperaturas bastante elevadas para os países vizinhos, segundo previsões meteorológicas de institutos da América do Sul. Os reflexos também serão sentidos no Rio Grande do Sul e no Paraguai. Nessas regiões, devido à ausência de precipitação causada pelo tempo seco, o ambiente atmosférico será muito favorável para o forte aquecimento atmosférico, persistente por vários dias.

Paraná - O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) informou, na tarde desta segunda-feira (10/01), que essa onda prevista para os próximos dias não será intensa no Estado. O Paraná continuará a registrar chuvas irregulares, justamente devido ao aquecimento atmosférico e disponibilidade de umidade no ar. Ao longo deste domingo (09/01), por exemplo, a chuva foi significativa no Oeste e no Noroeste do Estado, com acumulados perto dos 20 mm em vários municípios (Altônia, Palotina e Assis Chateaubriand, por exemplo).

Mais afetadas - No Paraná, segundo o Simepar, as regiões que serão mais afetadas pelo calor persistente serão os setores que na última semana já registraram temperaturas elevadas, como o Oeste, o Sudoeste, o Norte e o Noroeste. Na metade de janeiro, entre 14 e 18, as regiões Sul, Campos Gerais, Central e Leste (Curitiba e Litoral) também vão registrar temperaturas altas, típicas do verão, mas nada fora da normalidade.

Cuidados - "Mesmo que o Paraná não seja impactado diretamente pela forte onda de calor que está em intensificação nos países vizinhos, devem-se manter os cuidados recomendados pelos órgãos de saúde pública, como o uso de protetor solar, evitar exercícios físicos no período mais crítico do dia, entre 10 e 16h, além de fazer a ingestão de bastante líquido para evitar a desidratação", afirma o Simepar, em nota.

Pós-frio - A notícia de tempo bom espanta o "frio de verão" que tomou conta de parte do Estado no final de semana. Segundo o Simepar, as temperaturas mínimas chegaram a 13,1° C em Palmas, 13,9° C em Guarapuava, 14,4° C em Inácio Martins, 14,6° C em General Carneiro e Cascavel e 16,1° C em Curitiba. Mesmo com o aumento da temperatura, a semana ainda deve ser chuvosa na região Leste, Norte e Noroeste. (Agência de Notícias do Paraná)

FOTO: José Fernando Ogura / AEN

 


Versão para impressão


RODAPE