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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2976 | 20 de Novembro de 2012

UFPR 100 ANOS: Ocepar recebe homenagem da Universidade Federal do Paraná

O Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) foi homenageado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em solenidade ocorrida nesta segunda-feira (19/11), no auditório do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, no campus Jardim Botânico, em Curitiba. A entidade foi representada pelo presidente João Paulo Koslovski. O evento fez parte das comemorações mensais do centenário da instituição. A UFPR completa 100 anos de fundação no próximo dia 19 de dezembro. Mas desde o início do ano, sempre no dia 19 de cada mês, realiza uma comemoração alusiva a seu centenário. Nesta segunda-feira foram homenageadas ao todo 40 entidades parcerias, entre as quais estavam associações de classes e de serviços, outras instituições de ensino, conselhos profissionais, instituições governamentais, empresas públicas e mistas. “Hoje queremos agradecer a parceria dessas entidades que ajudaram a construir uma universidade melhor para os paranaenses”, afirmou o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho. “Estamos de portas abertas para a iniciativa privada e as organizações de classe. Com eles vamos construir um segundo centenário mais rico e formar profissionais cidadãos, que façam a diferença no nosso Estado”, destacou Akel. (Com informações da Assessoria de Imprensa da UFPR / Fotos: Ivo Lima - Fecomércio)

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FÓRUM COOP: Evento deve reunir grande número de pessoas, diz superintendente da Ocepar

ForumCoop 20 11 2012O município de Carambeí, na região paranaense dos Campos Gerais, se prepara para receber o Fórum Coop 2012, que inicia na próxima quinta-feira (22/11) e cuja programação se estende até sábado (24/11). “É o nosso principal evento de encerramento do Ano Internacional das Cooperativas no Estado do Paraná. A expectativa é reunir um grande número de pessoas. Nós estamos trabalhando nesse sentido”, afirmou o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, em entrevista concedida nesta segunda-feira à Central de Radiojornalismo. Ricken lembrou que durante o evento, a Ocepar vai promover o Encontro de Núcleos Cooperativos e o Fórum dos Dirigentes Cooperativistas. Além disso, os participantes também terão a oportunidade de conhecer a experiência bem-sucedida de intercooperação das cooperativas Castrolanda, Capal e Batavo. Clique aqui e confira na íntegra a entrevista.

BRASIL: Dilma quer todo o royalty do petróleo na educação

A presidente Dilma Rousseff disse que a economia brasileira tem que crescer brasil 20 11 2012no mínimo 4% ao ano. Ela adiantou que a grande prioridade do seu governo será o investimento em educação. Para isso, ela vai reapresentar, no âmbito do Plano Nacional de Educação, a destinação dos royalties do petróleo integralmente para essa área. Dilma também ressaltou a importância do pragmatismo na gestão governamental e, em especial, em relação ao tripé macroeconômico - superávit fiscal, regime de câmbio flutuante e meta de inflação. "Acho que todo governo tem que ser pragmático", assinalou. "Um governo não pode achar que tem um receituário e que vai seguir aquele receituário" a qualquer custo, disse ela.

Entrevista - Depois de almoçar com o rei da Espanha, Juan Carlos I, e de ter tido um encontro com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, Dilma participou de um seminário organizado pelo Valor e pelo jornal "El Pais", nesta segunda-feira (19/11) em Madri. Antes de abrir o seminário "Brasil no Caminho do Desenvolvimento", Dilma recebeu o Valor para uma entrevista.

Competitividade - Ela ressaltou a importância da competitividade da indústria brasileira para sustentar o crescimento do país que precisa, segundo sua avaliação, ser de pelo menos 4% ao ano. Dilma anunciou que o governo prepara um conjunto de medidas para o desenvolvimento do mercado de capitais e disse que é um consenso em seu governo que a indústria é fundamental pelo efeito multiplicador do seu crescimento sobre toda a economia.

Valor: Países latino-americanos se queixam das barreiras alfandegárias brasileiras e outros países estão se unindo em blocos direcionados ao Pacífico. Isso preocupa?

Dilma Rousseff: Eles estão fechando essa aliança porque acham que terão uma oportunidade maior lá e houve uma certa indução dos Estados Unidos. Nós não levantamos barreiras. Nós somos um dos países que sofreram as consequências mais dramáticas, e a União Europeia também, dos "quantitative easing" todos, porque ninguém segura uma desvalorização da moeda na proporção que eles fizeram. Não existe nenhuma política de protecionismo mais eficaz do que essa que foi feita, ao não só desvalorizarem o dólar, também, mas ao diminuírem o custo do capital.

Valor: Mas a saída para o Pacífico é viável?

Dilma: Acho que eles tentam essa saída, mas a saída para o Pacífico é complexa porque é uma saída para onde, para a China? Nós temos uma relação com a China de outra qualidade, nós queremos manter o comércio, as commodities, mas queremos - e os chineses mesmo reconhecem que é possível - aumentar as vendas de produtos manufaturados e agregar valor. Quando se fala que vai haver uma modificação no modelo chinês, não significa que eles vão diminuir os investimentos, eles vão diminuir a formação bruta de capital fixo ligada à produção de infraestrutura e vão aumentar a produção industrial ligada ao consumo mais sofisticado. Não é que eles vão dar mais salário, eles vão aumentar os investimentos, vão ter que ter manufaturas mais sofisticadas. O que nós queremos é participar desse esforço porque eles vão produzir, mas também vão importar. Eu acredito que tem lugar para todo mundo. Os países que fazem a Aliança do Pacífico, eles têm vantagens em fazer isso e eu tenho a impressão que é uma aliança mais para os Estados Unidos. Mas esse não é o tipo de problema que se coloca para uma economia como a brasileira. Nós temos que ter uma relação com os EUA e eu tenho certeza de que a partir da reeleição do [Barack] Obama vamos poder acelerar essa relação, mas nós não somos um país de bens primários. E de uma coisa vocês podem ter certeza: dentro do governo há uma convicção de que nós não iremos para um caminho de desenvolvimento se nós não dermos importância à indústria.

Valor: Por quê?

Dilma: A indústria é importante para articular os demais setores, ela tem um poder de inovação que se espraia pela economia, ela é decisiva para nós que precisamos aumentar a formação bruta de capital fixo, que precisamos elevar nossa taxa de investimento. Nós temos obrigação de ter os olhos voltados para a indústria. Não é que tenhamos que proteger a nossa indústria, nós temos é que torná-la cada vez mais competitiva. E a indústria não se tornará competitiva se nós não tivermos uma parceria público-privada, ou seja, o Estado e o setor privado brasileiros vão ter de fazer um esforço inaudito.

Valor: A desvalorização da taxa de câmbio, como a que ocorreu nos últimos meses, seria, então, uma forma de fazer essa transição para uma indústria mais competitiva?

Dilma: Que câmbio, o nosso? Nós estamos em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado. Nós estávamos com um câmbio supervalorizado, ninguém duvida disso, seja pela relação juro/câmbio, seja por efeito da política de "quantitative easing", que despejou em nossa cabeça mais de US$ 9 trilhões. Depois que eu falei isso na ONU houve uma reação: "Mas não tem esse efeito o quantitative easing", disseram. Não? Ele é feito mensalmente e vai acumulando seus efeitos. São, no total, cerca de US$ 85 bilhões mensais que, multiplicados por 12 meses dá cerca de US$ 1 trilhão no ano. Se você não esterilizar esse US$ 1 trilhão, ele vai para alguns lugares, entre eles o Brasil. Ele tem um efeito depressivo sobre a moeda. Nem vou falar da entrada de capital especulativo no Brasil, que isso é nossa obrigação defendermos. O efeito é garantir uma moeda desvalorizada e simplificar o ajuste dos Estados Unidos. Por trás disso tem toda a conversa de que os outros são protecionistas. Se nós botássemos US$ 1 trilhão na nossa economia, nós seríamos primeiro inflacionários e depois estaríamos desvalorizando artificialmente nossa moeda. Os Estados Unidos, nós temos que reconhecer, têm uma imensa capacidade de serem pragmáticos.

Valor: Seu governo também é pragmático?

Dilma: Acho que todo governo tem que ser pragmático. Um governo não pode achar que tem um receituário e que ele vai seguir esse receituário. Exemplo: eu vou fazer o ajuste mais austero do mundo e vai dar certo. O que vai acontecer? Meu crescimento cai e, então, aumenta meu déficit. Porque o denominador despenca, o PIB despenca e sobe a relação dívida pública/PIB. É isso eles estão vivendo aqui na Europa. E nós sabemos o que é porque nós já vivemos isso. A hora em que começa a crescer o seu Produto Interno Bruto, seu ajuste vai ficar mais fácil.

Valor: E por que a economia brasileira demora a reagir e crescer?

Dilma: Porque nós temos que fazer um esforço na área da competitividade. Isso não é uma figura de retórica, é real. Nós temos que diminuir o custo de capital, nós estamos tentando fazer isso, temos que aumentar as fontes de financiamento de investimento de longo prazo, não pode ser só o BNDES. Nós temos que ter um capital mais barato, vindo do mercado de capitais. O Brasil vai ter que sofisticar, temos que ter capitais, temos que ter produtos financeiros que viabilizem o investimento.

Valor: O governo está preparando medidas para o mercado de capitais para este ano ainda?

Dilma: O governo está preparando, mas não tenho certeza de que saia agora. Não vou dizer quais são porque estão sendo preparadas ainda. Nós temos que mudar as condições de financiamento da economia brasileira. Nós temos que aumentar também a presença das empresas em várias atividades. Na área de infraestrutura, por exemplo, tem que fazer parcerias, PPPs, e nós vamos fazer. Nós vamos ter que fazer um esforço grande na área de educação, sobretudo na educação profissional. Nós precisamos disso. Nós temos que reduzir o custo da mão de obra, por isso nós estamos fazendo a desoneração da folha de salários. Nós vamos ter de avançar, dentro das possibilidades dos diferentes agentes envolvidos, na desoneração fiscal. Começamos a desoneração da folha, começamos com 15 setores, fomos para 40, e vamos fazer mais. Temos de resolver o problema do ICMS, mas não pode resolver o problema do ICMS sem compensação para os Estados. E também não temos todo o dinheiro do mundo para sair fazendo isso tudo simultaneamente. Vamos ter também de ter um investimento em educação. Uma coisa que eu acho que não perceberam é porque nós queremos destinar os royalties para a educação. Nós vamos ter que fazer um esforço para persuadir... Porque não é só o Congresso que é responsável, é toda a sociedade. Porque se não tivermos educação não vamos longe. Eu preciso fazer isso e os próximos governantes deste país vão ter que apostar em educação violentamente. Eu preciso fazer alfabetização na idade certa, porque 15% das crianças de oito anos não sabem ler, não sabem escrever um pouco, nem têm capacidade de interpretação. Temos de mudar isso, tem que ter educação em período integral e tem que fazer educação profissional. Não estou falando nem do programa Ciência sem Fronteira, ou de pesquisa. Nós nos propomos a colocar todos os esforços, qualquer que seja a repartição, para a educação até 2020.

Valor: A senhora propõe usar toda a parcela dos royalties do petróleo do governo federal em educação?

Dilma: Sim. A nossa e a deles, porque os municípios e Estados são os grandes responsáveis pela educação. Vão botar onde o dinheiro? A Noruega resolveu com os royalties do petróleo um problema deles que era gravíssimo, o da previdência. O nosso problema gravíssimo é o educacional. Depois a gente vai reapresentar o Plano Nacional da Educação, o PNE. E temos de fazer o possível e o impossível para o país crescer. O Brasil tem que crescer no mínimo 4% ao ano.

Valor: E o que mais o governo fará para ter esse crescimento?

Dilma: Eu não posso dizer, mas nós vamos fazer mais algumas coisas. Nós temos alguns bons resultados, como o Minha Casa, Minha Vida, nós fechamos 1 milhão de casas e vamos fazer 2 milhões. São 1 milhão entregues e 2 milhões contratados.

Valor: E os problemas de infraestrutura?

Dilma: Nós temos vários problemas de infraestrutura. Resolvemos muitos com o regime de contratação especial, o RDC. O Brasil tem que ter um banco de projetos, nós estamos tentando solucionar. E em muitas coisas nós precisamos tornar mais eficientes Estados e municípios. Porque não temos como investir em saneamento, por exemplo. Nosso problema não é dinheiro, é execução. Pergunta para a Miriam [Belchior, ministra do Planejamento] se falta dinheiro.

Valor: A questão macroeconômica é menos relevante hoje?

Dilma: Não, e aquela história de que a gente acabou os três pilares é absolutamente equivocada.

Valor: Mas o câmbio não está administrado?

Dilma: Não acho.

Valor: Não está nos R$ 2 a R$ 2,04 o dólar?

Dilma: Não acho, pela situação internacional ele está até... Ele esta mantendo um patamar, às vezes ele sobe, aí o pessoal fala "o Tombini vai fazer swap". Aí ele cai e o pessoal do mercado fala "vai cair"...

Valor: A senhora diria que o tripé superávit fiscal, meta de inflação e câmbio flutuante também pode ser administrado com pragmatismo?

Dilma: Não existe política que não seja pragmática. Me diz qual? Você vai ser ortodoxo e vai ver onde vai dar com os burros n'água. Você já viu momentos na história o povo ser muito ortodoxo? Nós estamos vendo agora, aqui. Já nos EUA eles nunca são. O Fundo Monetário Internacional na nossa época [nos anos 80 e 90] era de uma rigidez absoluta. Aí resolveu agora fazer uma avaliação de indicadores dos efeitos dos ajustes e percebeu o efeito negativo que têm sobre o crescimento. O problema daqui [dos países da zona do euro] é que tem problema político também. O euro não é uma obra completa. Você começa pela moeda, moeda exige Estado e exige um emprestador de última instância e exige emissão de título. Então, enquanto não teve crise eles seguraram. Agora tem que negociar e como é que você negocia com 17 Parlamentos? Tem um problema político. É a chamada "armadilha do consenso". E eu acho que tem uma especulação muito forte contra o euro.

Valor: O Brasil apresentará candidato ao comando da OMC (Organização Mundial do Comércio)?

Dilma: Não necessariamente. Podemos tanto apresentar quanto apoiar um dos que eventualmente aparecerem.

Valor: Quem poderia ser o candidato brasileiro?

Dilma: Não te diria quem. Ninguém sabe ainda. Temos que olhar isso em relação a todas as outras coisas que estão na mesa. Não tem só essa decisão sobre a mesa, temos que ver as vantagens e desvantagens.

Valor: E a questão da energia, está uma grande confusão e a Eletrobras está se queixando...

Dilma: Você acha que eu quero quebrar a Eletrobras? Agora, entre quebrar a Eletrobras e ela querer ganhar uma renda que não é dela, que é das empresas brasileiras e da população... (Valor Econômico)

VOCÊ SABIA: Jovens líderes cooperativistas avaliam a campanha

Jovens de 11 cooperativas do Paraná estarão reunidos, nesta sexta-feira (23/11), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, com o analista em Desenvolvimento Cooperativista do Sescoop/PR, Guilherme Gonçalves, para fazer um balanço da campanha “Você sabia?”. “Queremos fazer um levantamento das atividades realizadas ao longo da mobilização e, ao mesmo tempo, promover uma troca de ideias entre as nossas lideranças das cooperativas”, informou Guilherme.  A campanha foi idealizada por integrantes do Programa Jovemcoop, coordenado pelo Sescoop/PR em parceria com as cooperativas, para comemorar o Ano Internacional das Cooperativas e teve início há dois meses. Nesse período, várias atividades têm sido realizadas em todas as regiões do Estado para divulgar as ações desenvolvidas pelo cooperativismo para a construção de um mundo melhor.

Ações – A campanha foi lançada no dia 28 de setembro de forma simultânea em todo o Paraná em locais estratégicos das cidades, nas sedes das cooperativas, por meio da internet e das redes sociais. Como material de apoio, foram confeccionadas camisetas, banners, adesivos, folders, panfletos, faixas e um vídeo. Os jovens estão divulgando o cooperativismo de forma bastante variada. No último dia 17, por exemplo, a Cooperativa C.Vale organizou uma blitz educativa com 20 participantes que, entre 9h e 11h, distribuíram panfletos nas ruas do centro de Palotina, no Oeste do Estado. Palestras em escolas, apresentações de teatro, música e dança também fizeram parte da programação. “O sucesso da campanha se deve principalmente à dedicação dos grupos, comprometimento dos agentes das cooperativas e apoio dos dirigentes, que compraram a ideia”, afirmou Guilherme. Ele lembra ainda que foram registradas parcerias entre cooperativas de diferentes ramos, como saúde e agropecuária, por exemplo, que realizaram atividades conjuntas.

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COOPERATIVA DO ANO: Entrega do Prêmio ocorrerá nesta terça

Marca Premio Cooperativa Do Ano 20 11 2012As 21 cooperativas vencedoras da oitava edição do Prêmio Cooperativa do Ano serão conhecidas na noite desta terça-feira (20/11), em Brasília (DF). A cerimônia de entrega contará com a presença de lideranças e representantes do setor, além de outras autoridades. No total, foram inscritos 212 projetos de 138 cooperativas do Sistema OCB, de 20 estados brasileiros. “Nosso objetivo foi premiar iniciativas de sucesso desenvolvidas por cooperativas de todos os ramos e portes, que tenham como meta a boa gestão e o crescimento do setor”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Categorias - Os participantes puderam se inscrever em sete categorias distintas. São elas: Desenvolvimento Sustentável; Cooperativa Cidadã; Comunicação e Difusão do Cooperativismo; Fidelização; Benefício; Atendimento; e Inovação e Tecnologia. Serão premiadas três cooperativas por categoria. Durante a solenidade, também serão entregues os selos projeto Referência Estadual àquelas que alcançaram pontuação superior a 60 pontos.

A premiação - O Prêmio Cooperativa do Ano é uma iniciativa do Sistema OCB, em parceria com a revista Globo Rural. A oitava edição foi comemorativa a 2012, o Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2009. Com a iniciativa, a ONU reconhece o papel do cooperativismo na geração de trabalho, renda e consequente redução das desigualdades sociais. (Informe OCB)

COAMO: Gallassini recebe a Comenda do Legislativo Catarinense, em Florianópolis

coamo 20 11 2012O engenheiro agrônomo e presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini, foi homenageado nesta segunda-feira (19/11) em Florianópolis (SC), com a Comenda do Legislativo Catarinense. Esta é a maior honraria concedida pelo legislativo catarinense, sendo outorgado às pessoas, empresas ou entidades que se destacam e realizam ações relevantes durante o ano. A cerimônia aconteceu, a partir das 19 horas, no Plenário Osni Régis, na Assembleia Legislativa. Cada parlamentar teve direito a uma homenagem.

Maior cooperativista  - O deputado Serafim Venzon escolheu Gallassini, catarinense nascido em Brusque, idealizador da empresa Coamo, maior cooperativa da América Latina. A Coamo está entre as maiores e mais importantes empresas do agronegócio brasileiro, com atuação em 63 municípios, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A empresa contribui diretamente para o desenvolvimento econômico, técnico, educacional e social de mais de 25 mil cooperados.

Exemplo - “É uma cooperativa bem estruturada e muito forte, idealizada por um catarinense, meu conterrâneo de Brusque. Um exemplo para nosso Estado”, afirma Venzon. A Comenda do Legislativo Catarinense foi instituída pela Resolução nº 02/08, que unifica as homenagens concedidas pelo Legislativo estadual. (Imprensa Coamo)

CAMISC: Curso Empreendedor Rural é realizado pela cooperativa

camisc 20 11 2012Com o objetivo de incentivar o empreendedorismo rural, a Camisc encerrou, na tarde da última sexta sexta-feira (16/11) o Curso Empreendedor Rural. Ao todo, 20 agricultores participaram do curso que é uma parceria entre a cooperativa e o Senar/PR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Desenvolvimento de habilidades - Destinado a produtores rurais de pequeno e médio porte, o curso foi oferecido gratuitamente e visa o desenvolvimento de habilidades pessoais dos empregadores rurais, com o aprendizado de noções de administração, economia global, estratégias de comercialização, legislação agrária, desenvolvimento de projetos, entre outros aspectos.

Aprendizado - De acordo com diretor presidente da Camisc, Nelson De Bortoli, o curso é uma importante ferramenta de aprendizado que possibilita aos participantes o aperfeiçoamento na gestão de suas propriedades rurais. “O curso auxilia o produtor a entender sua atuação produtiva e o ajuda a tomar decisões sobre seu próprio negócio”, afirma Bortoli.

Competências empreendedoras - O curso é uma forma dos agricultores ampliarem suas capacidades de gerir e desenvolver competências empreendedoras para atuar em atividades econômicas, políticas e sociais. “É importante que o produtor rural cada vez mais veja sua propriedade gerida como uma empresa. Assim, ele pode prever, detalhadamente, custos e receitas. Isso contribui diretamente para o crescimento de sua propriedade”, acrescenta Bortoli.

O Programa - O Programa Empreendedor Rural foi desenvolvido pelo Senar/PR em parceria com o Sebrae/PR, no ano de 2003 e desde então vem sendo executado no Estado, tendo capacitado mais de 10 mil produtores na área de empreendedorismo e liderança. (Imprensa Camisc)

COCAMAR I: Encontro de produtores de milho é realizado em Maringá e Londrina

O milho de segunda safra é tema do Encontro de Produtores que a cooperativa promove nesta terça e quarta-feira (dias 20 e 21), em Maringá e Londrina, respectivamente na Associação Cocamar e no Parque de Exposições Governador Ney Braga. Em ambos os lugares, as inscrições - reservadas exclusivamente a cooperados convidados - vão ser abertas às 9h e o início está previsto para às 9h30. A expectativa é de cerca de 800 participantes e a programação é idêntica, com duas palestras no período da manhã e um debate sobre o novo Código Florestal no início da tarde. A primeira palestra, sobre os benefícios do cultivo de milho de segunda safra em consórcio com capim braquiária, será proferida pelo especialista Gessi Ceccon, da Embrapa; a segunda, a aplicação de fungicidas para altas produtividades, com o engenheiro agrônomo Sérgio Hitoshi Watanabe, da cooperativa.

Código Florestal - Às 13h45, o coordenador em meio ambiente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Silvio Krinski, tira dúvidas dos produtores e faz esclarecimentos sobre o texto do Código Florestal sancionado no mês passado pela presidência da República. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Cooperativa recebe comenda em São Paulo

A Cocamar foi homenageada em São Paulo, no último dia 13, pela Associação Animaseg, com a “Comenda de Honra ao mérito de Segurança e Saúde no Trabalho (SST)”, por ter sido considerada a melhor empresa na área no setor de agroindústria. De acordo com organizadores, os tópicos avaliados são: ter política própria de SST, compromissada pela alta administração da empresa; não ter havido acidentes graves no ano anterior ao prêmio; apresentar indicadores de gestão e desempenho eficaz em SST; e ações voltadas para sua participação para a melhoria do ambiente do trabalho em sua empresa e na sociedade. (Imprensa Cocamar)

UNIODONTO CURITIBA: Atletas conquistam títulos e representam a seleção de vôlei de Curitiba

Uniodonto Curitiba 20 11 2012 LargeA equipe da Associação de Vôlei do Paraná (AVP), que tem o patrocínio da Uniodonto Curitiba, trabalha com foco e determinação no sentido de alcançar bons resultados nas competições que disputa. Em 2012, o trabalho realizado rendeu bons frutos aos jovens atletas. Na última semana, o time infantil do projeto se tornou campeão da Liga Escolar de Curitiba com uma campanha invicta.

Independente - A Liga é independente e busca promover o esporte escolar na capital. Equipes de Curitiba que tenham interesse podem participar do campeonato. Com o objetivo de preparar ainda mais seus futuros atletas a AVP/Uniodonto entrou na competição com uma equipe um ano mais nova em relação aos concorrentes. A garotada superou o desafio e conquistou o título.

Infanto-juvenil - Na categoria infanto-juvenil o primeiro lugar do pódio também contou com a presença de atletas da AVP/Uniodonto. Jovens do projeto participaram da Liga pelo Colégio Estadual do Paraná, onde estudam. A equipe do CEP, comandada pela professora Rosana Roberta, da AVP, ganhou todas as partidas que disputou na competição e alcançou o título da edição 2012.

Seleção – Neste ano, a Seleção de Voleibol de Curitiba que participou dos Jogos da Juventude do Paraná (JOJUPs) contou com um reforço da AVP/Uniodonto. Os professores Ronei Cucio e Rosana Roberta estiveram no comando técnico e também representaram a cidade os atletas Matheus Rei, Gustavo Buzato, Rodrigo Soares, Thiago Catapan, Heriberto Souza e Lucas Dias. Os JOJUPs envolvem jovens atletas da maioria das cidades paranaenses. É a oportunidade que eles têm de representar a seleção de sua cidade na modalidade esportiva que praticam. (Imprensa Uniodonto Curitiba)

TURISMO: Concorrentes se unem para crescer

turismo 20 11 2012Um parque de aventuras em Prudentópolis, uma empresa de rafting no interior de São Paulo, uma pousada no litoral de Santa Catarina e uma locadora de veículos em Curitiba. As quatro empresas têm muito mais em comum do que a atuação no mercado de turismo. Todas fazem parte de redes empresariais, organizadas de forma que seus associados possam trabalhar em conjunto para a promoção de suas atividades.

Associativismo - “O associativismo é uma estratégia de crescimento que remonta a Roma antiga e pode ser aplicada aos negócios. Juntos, os empresários ganham mais força para barganhar preços com fornecedores, propor políticas públicas e melhorar as próprias condições de crescimento”, explica a gestora de projetos de turismo da Regional Centro-Sul do Sebrae, Nádia Terumi Joboji.

Modelo - O modelo de união é determinado a partir da avaliação do perfil dos empresários envolvidos, seus objetivos, características das empresas, potencialidades da região e maturidade do grupo. “O Sebrae ajuda nesse diagnóstico e pode orientar quanto à melhor formação, por meio de suas consultorias”, diz Nádia. As mais comuns são as associações comerciais, estabelecidas como ONGs ou Oscips, como a Pousadas do Rosa Associadas (Proa), criada há 15 anos no litoral de Santa Catarina.

Início - A Proa começou com sete empresários, que se reuniram para discutir com a prefeitura do município as melhorias necessárias para os acessos às praias e a coleta de lixo, além de outras obras estruturantes, como iluminação pública. Também liderou campanhas como a da vacinação e castração de cães de rua. “São ações que refletem no aumento do fluxo de visitantes e beneficiam a todos. A ideia é se juntar para crescer”, diz a vice-presidente, Jaqueline Biazus, da pousada Quinta do Bucanero. A Proa atua junto com o núcleo de turismo da Associação Comercial de Imbituba. No último ano, chegou a 50 associados.

Micro e pequenos - Empresários de turismo, em especial os micro e pequenos investidores, que respondem por 90% do trade, também podem participar de conselhos municipais, que associam representantes do poder público e entidades ligadas ao setor. Estabelecidos juridicamente, os conselhos têm caráter consultivo e deliberativo, e definem estratégias de divulgação do destino, bem como políticas de mercado local.

Interior de São Paulo - Em Socorro, no interior de São Paulo, a ação do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) foi fundamental para alavancar a economia da cidade de 37 mil habitantes. Formado por 23 representações turísticas locais, o Comtur concentra as decisões e iniciativas para promoção dos produtos turísticos e estabelece estratégias de desenvolvimento dos segmentos, como a política da acessibilidade para esportes de aventura, em que o município conquistou o título de referência nacional.

Cooperativas vendem a comida, o passeio e a acomodação - Cooperativas e bureau também são modelos de rede empresarial. Na cooperati­va, os participantes formam uma empresa de propriedade coletiva, com a possibilidade de distribuição de lucros. A Cooptur, Cooperativa Paranaense de Turismo, foi criada em 2005 e reúne 80 empresas de Carambeí, Witmarsum, Castrolanda, Arapoti, Entre Rios e Prudentópolis, onde está instalado o parque Ninho do Corvo.

Produtos turísticos - Além de negociar melhores preços nas compras de insumos, a Cooptur atua como operador, com a formatação de produtos turísticos a partir dos serviços oferecidos pelos cooperados. “Os pequenos não se vendem sozinhos. Dessa forma, conseguimos neutralizar a sazonalidade em alguns serviços, negociando preços melhores para o usuário final. Começamos atuando no mercado corporativo entre as cooperativas que já existem. Agora, nosso foco é o turismo de lazer”, explica Márcio Canto de Miranda, vice-presidente da Cooptur.

Mecanismo semelhante - No bureau, o mecanismo é semelhante: a entidade reúne associações ligadas ao setor de turismo e divulga o destino turístico em feiras especializadas. O objetivo é trabalhar pela atração de visitantes e a organização da cadeia turística para realização de eventos. Empresas também podem ser mantenedoras do bureau. (Gazeta do Povo)

GARANTIA-SAFRA: Stephanes é indicado membro titular da comissão mista que analisa benefício

O deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PSD-PR) foi indicado como membro titular da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 587/12, que autoriza o pagamento de valor adicional ao Benefício Garantia-Safra e amplia o Auxílio Emergencial Financeiro. A instalação da comissão mista será realizada nesta quarta-feira (21/11), às 14h15 no Plenário 2 da Ala Nilo Coelho.

Minimização de perdas - A medida provisória busca minimizar as perdas dos pequenos agricultores familiares das regiões atingidas pela forte estiagem, principalmente na região Norte do país. Dessa forma, excepcionalmente para a safra 2011/2012, será pago o valor adicional de R$ 280,00 por família, aos agricultores familiares que aderiram ao Fundo Garantia-Safra e tiveram perda de safra em razão de estiagem. O pagamento será feito em duas parcelas mensais subsequentes ao pagamento dos benefícios já estabelecidos.

Adesão - Para a safra 2012/2013, também excepcionalmente, a adesão dos agricultores ao Fundo Garantia-Safra não será condicionada à adesão ao fundo antes do início do plantio como estabelece o disposto no inciso I do caput do artigo 10 da Lei 10.420/2002.

Auxílio Emergencial - Ainda segundo a MP, fica autorizada, de maneira excepcional, a ampliação do valor do Auxílio Emergencial Financeiro até R$ 160,00 por família para desastres ocorridos em 2012. (Assessoria de Imprensa do deputado federal Reinhold Stephanes)

EXPEDIÇÃO SAFRA: PR e MT encerram plantio juntos e sem extrapolar prazo

expedicao safra 20 11 2012O plantio de soja e milho passou de 90% nesta semana e deve ser encerrado ainda em novembro em Mato Grosso e no Paraná, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo. Responsáveis por metade da produção nacional da oleaginosa e por 20% da safra do cereal no verão, os dois estados vão concluir a semeadura praticamente juntos, após um período de chuvas localizadas que alterou a ordem dos trabalhos de campo. Técnicos e jornalistas percorreram a região de Mato Grosso ao Rio Grande do Sul nas últimas três semanas e, a partir de hoje, vão monitorar o cultivo de São Paulo ao Piauí.

Frente - O Paraná tomou a frente e deu início ao plantio há oito semanas, tarefa normalmente registrada em Mato Grosso. Nas regiões Oeste e Sudoeste paranaenses, as lavouras de soja mais adiantadas começam a florescer. Os técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) avaliam que praticamente todas as áreas semeadas (de 94% a 99%) estão em boas condições. Isso significa que os 4,4 milhões de hectares plantados (dos 4,87 milhões reservados à soja) chegam ao primeiro mês com potencial para superar em um terço o rendimento do ano passado, quando o estado foi afetado pela seca.

Regiões mais atrasadas - Em Mato Grosso, as regiões mais atrasadas são o Oeste e o Centro-Sul. Ainda assim, o plantio já atingiu 40% e 70%, respectivamente, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Mesmo nessas regiões, em Sapezal e Diamantino, por exemplo, fazendas de mais de 10 mil hectares concluíram os serviços. Os produtores e técnicos relatam que chuvas localizadas fizeram com que a evolução dos trabalhos ocorresse de forma compassada, mas alcançasse as médias dos últimos anos.

Conclusão - Eles preveem que a semeadura será concluída ainda em novembro, incluindo o replantio das áreas prejudicadas por falta de umidade, que são exceção. Como as chuvas agora são suficientes e as sementes foram distribuídas na época historicamente mais produtiva, os 7 milhões de hectares semeados (de 7,89 milhões previstos) prometem superar a estimativa de 3 mil quilos de grãos por hectare em Mato Grosso.

Médio Norte - No Médio-Norte – maior polo de produção de soja do estado e do país – o plantio foi dado por encerrado em Lucas do Rio Verde, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã, Sorriso e Vera. Há previsão de chuvas diárias – de 5 mm a 20 mm – para municípios que enfrentam falta de umidade, como Comodoro (Oeste) e Cáceres (Centro-Sul).

Replantio - O mercado continua estimulando a produção e justificando o replantio, com a saca de soja a R$ 65 em Sorriso. Segundo o Imea, mais de 63% da produção prevista foram vendidos antecipadamente, índice dez pontos acima do verificado um ano atrás. O histórico de 2012 embala a safra. Foi a primeira que Mato Grosso conseguiu exportar mais de 2 milhões de toneladas de soja num único mês. Isso aconteceu em março e se repetiu em maio. A dois meses do fim do ano, o estado ultrapassou seu recorde anual de exportação da oleaginosa, que era de 10,6 milhões de toneladas (2009).

Lançamento leva conferência a Goiânia - O lançamento da Expedição Safra 2012/13 ocorre nesta terça-feira (20/11) em Goiânia (GO), no Centro-Oeste, com uma conferência sobre as perspectivas da produção e do mercado para a soja e o milho. Produtores, técnicos, analistas e lideranças do setor vão conhecer o projeto, que estreou sete anos atrás no Paraná, e os dados levantados nas últimas semanas sobre o potencial do cultivo nacional de grãos na temporada atual.

Visitas - A Expedição está no meio das viagens da fase plantio. Técnicos e jornalistas percorreram nas últimas semanas Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, região que iniciou o plantio com problemas localizados devido à falta de chuvas. A partir desta semana, visitam fazendas, consultorias, cooperativas e centros de pesquisa de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. O trabalho segue até o início de dezembro. A segunda rodada de viagens – a fase colheita – começa entre janeiro e fevereiro.

Recorde - O projeto alcançou sua sétima edição e, num ano com potencial para o recorde de aproximadamente 81 milhões de toneladas de soja no país, amplia sua abrangência. Além dos 12 estados brasileiros visitados duas vezes ano, técnicos e jornalistas vão percorrer o Pará na fase da colheita. No roteiro internacional, que tradicionalmente inclui Estados Unidos, Argentina e Paraguai, será incluída a Índia. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

TRIGO: Importações brasileiras tendem a ser quase 15% maiores

Um dos maiores importadores de trigo do mundo, o Brasil tende a ter que importar volumes ainda maiores do cereal nesta safra devido à quebra da produção doméstica. Conforme estimativas da consultoria Safras & Mercado, até o fim desta safra, em julho do ano que vem, o país deve comprar do exterior 6,6 milhões de toneladas do cereal para atender sua demanda doméstica, na ordem de 10,5 milhões de toneladas anuais. No ciclo anterior, o país importou 5,8 milhões de toneladas.

Projeção - Em seu último levantamento, publicado neste mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu que o Brasil vai produzir 4,462 milhões de toneladas de trigo, 22,9% abaixo do volume colhido no ciclo anterior. A retração é resultado da redução da área plantada no Paraná, cujos produtores optaram pelo cultivo de milho, e do mau tempo que afetou as lavouras do Estado e do Rio Grande do Sul.

Mais elevadas - O fato é que as importações do cereal na atual temporada já estão mais elevadas. Segundo levantamento da consultoria, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), entre agosto e outubro deste ano, o país importou 1,976 milhão de toneladas de trigo, 58,8% acima dos 1,244 milhão de toneladas importadas no mesmo período do ciclo anterior.

Paraguai e Estados Unidos - O analista da Safras, Renan Magro Gomes, explica que, como há também escassez do cereal na Argentina, principal fornecedor de trigo para o Brasil, as importações estão vindo em maiores volumes do Paraguai e também de fora do Mercosul, sobretudo dos Estados Unidos. "Em anos normais, em torno de 5% do volume vêm de fora do Mercosul, onde há benefícios tributários. Mas neste ciclo, esse percentual deve subir para 10%", avalia Gomes.

Moinhos - Com isso, os moinhos brasileiros devem ter gastos adicionais com compra de trigo de fora do Mercosul. Isso porque, fora do bloco, a importação é tributada em 10% pela Tarifa Externa Comum (TEC) e ainda pelo Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), de 25% sobre o frete da importação.

Valor - Segundo informações da Safras referentes às cotações desta segunda-feira (19/11), o trigo argentino chega no porto brasileiro a cerca de R$ 842 por tonelada e o cereal americano, a R$ 1.007 por tonelada.

Exportações gaúchas - Na outra ponta, as exportações gaúchas do cereal, já firmadas antecipadamente, estão na berlinda devido à baixa qualidade do cereal colhido que vem sendo colhido no Estado. Segundo traders, contratos de exportação de 300 mil toneladas de trigo do Rio Grande do Sul foram renegociados desde 15 de outubro. São contratos que foram convertidos de trigo tipo 1 (usado na panificação) para trigo para ração animal, com menor valor de mercado.

Contratos - Há ainda, segundo traders, contratos de exportação de outras 500 mil toneladas do cereal gaúcho que podem ser objeto de renegociação. Tudo vai depender da confirmação do baixo nível de qualidade do produto. Segundo a Emater-RS, até o momento foram colhidas 85% da área cultivada com trigo no Estado, cuja produção não deve superar 2 milhões de toneladas. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Ferrovias vão ganhar mais espaço na matriz

Com mais de três mil quilômetros de trilhos em construção e mais de R$ 80 bilhões de investimentos nesta década, um novo horizonte se abre para o setor metroferroviário. Um exemplo que confirma essa tese está no recente programa de concessões ferroviárias e rodoviárias lançado pelo governo federal, que prevê R$ 133 bilhões em obras nesses dois segmentos em 30 anos, dos quais 70%, ou R$ 91 bilhões, serão direcionados a projetos ferroviários. Nas contas do governo, R$ 56 bilhões serão aplicados em cinco anos, e R$ 35 bilhões nos outros 25 anos.

Regulação - O programa também trouxe novidades em relação à regulação, quebrando o monopólio no uso das estradas de ferro, o que deverá estimular o ingresso de novas empresas no segmento. Pelas novas regras, o governo federal será responsável pela contratação da construção, da manutenção e da operação da ferrovia. A estatal Valec comprará a capacidade integral de transporte e fará oferta pública dessa capacidade para os usuários que queiram transportar carga própria, para operadores ferroviários independentes e para concessionárias de transporte ferroviário.

Novo player - Haverá separação entre o responsável pela infraestrutura física e o usuário e a criação de um novo player no setor: o operador. Os investidores terão acesso à linha de financiamento com juros de TJLP, acrescida de até 1,0%; carência de cinco anos, e amortização em até 25 anos. "A separação entre a empresa que cuida da infraestrutura física e o operador de transporte sobre trilhos abre o setor para potenciais novos investidores. Temos ouvido muito interesse de empresas que já estão olhando isso, de prestadores de serviços logísticos a empresas do setor siderúrgico que querem movimentar suas cargas pelos trilhos", afirma Paulo Fleury, diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos).

Gargalo - O programa de concessões foca um dos maiores gargalos logísticos do Brasil: o acesso ferroviário ao Porto de Santos, que movimenta cerca de 20% do comércio exterior do país. O Ferroanel - um anel ferroviário que circundaria a região metropolitana de São Paulo, retirando a circulação de cargas da linha de passageiros - está entre as obras que estão listadas para serem tocadas em parceria com a iniciativa privada. A expectativa é de que a licitação seja realizada no primeiro semestre de 2013.

Maior presença - O modal ferroviário deve aumentar sua presença na matriz de transportes. Hoje estima-se que 61% das cargas sejam transportadas pelas estradas e 21% delas por trilhos, mas, se não fosse contabilizada a movimentação de minério de ferro pelas ferrovias, o modal responderia por 5% do transporte de cargas, enquanto as estradas passariam a representar 73%.

Obras - Mas as obras continuam. No Nordeste, a Nova Transnordestina - um investimento que deverá superar R$ 5,4 bilhões e interligará a cidade de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (PE) - está avançando. A ferrovia poderá criar uma nova opção de escoamento para a nova fronteira agrícola do Maranhão e Piauí e atrair novas cargas para os trilhos, como fabricantes de cimento e produtoras de combustível. (Valor Econômico)

CEBC: Investimento chinês confirmado no Brasil chega a US$ 24 bilhões

sergio amaral 20 11 2012Depois da vinda de grandes empresas para investimento na produção de commodities e em infraestrutura, e numa segunda fase, para fabricação de automóveis, principalmente, o Brasil está prestes a uma terceira onda de investidores chineses, garante o presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), embaixador Sérgio Amaral. São empresas de menor porte, produtoras de máquinas e equipamentos, mas também do agronegócio e instituições especializadas em serviços financeiros.

Serviços financeiros - "Além do agronegócio, os serviços financeiros são uma área promissora para os investimentos chineses no Brasil", comentou Sérgio Amaral ao Valor, ao lembrar que desde setembro, após obter autorização para operar no Brasil, o gigantesco Industrial Commercial Bank of China (ICBC) finaliza os preparativos para operar no financiamento ao comércio bilateral e no financiamento à infraestrutura e manufatura no país. Com ativos globais de US$ 2,7 trilhões, o ICBC se junta ao Banco da China, no país, ainda timidamente, desde 2009.

Fôlego - Amaral diz que a vinda dos bancos chineses deve dar fôlego ao acordo firmado em junho por Brasil e China para operações de crédito em moeda local. No fim de novembro, uma missão de funcionários chineses deve vir ao Brasil para discutir com o Banco Central a aplicação do acordo. "Vai ser um impulso ao comércio e investimento: as empresas brasileiras poderão operar na China em reinminbi (yuan) e as chinesas, no Brasil em real", prevê.

Máquinas e equipamentos - Na próxima semana, virá ao Brasil outra missão chinesa, para discutir possibilidades de comércio e associação no setor de máquinas e equipamentos para a indústria. Ainda neste ano, virão também empresários da China para explorar oportunidades no agronegócio. Os chineses dispensaram as visitas a áreas rurais, querem falar a empresários e autoridades brasileiras.

Movimentação - Discretamente, intensificou-se a movimentação entre os dois países. As perspectivas do agronegócio em parcerias com os chineses é um dos principais temas, amanhã, em São Paulo, do seminário promovido pelo CEBC, aberto pelo vice-presidente da República, Michel Temer, com dirigentes das principais empresas com atuação nos dois países e especialistas como Nicholas Lardy, do Peterson Institute for International Economics e Luo Xiaopeng, do Carnegie Endowment for International Peace.

Levantamento - No seminário, será divulgado levantamento do CEBC encomendado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), segundo o qual, dos 60 projetos de investimentos chineses no Brasil, acima de US$ 50 milhões anunciados de 2007 a junho de 2012, 65% estão confirmados - mais de US$ 24 bilhões, em 39 projetos em execução.

Geração de empregos - Os 60 projetos, de 44 empresas, se concretizados, têm, segundo o Conselho, potencial para gerar 20 mil empregos diretos nos próximos cinco anos. O levantamento considerou projetos a partir de US$ 50 milhões e constatou que os investimentos da China no Brasil pertencem a 44 empresas daquele país, na maioria com capital do governo chinês. Sete delas são ligadas às principais estatais atuantes na economia chinesa, como State Grid, no setor elétrico, e Sinopec, de petróleo e petroquímica.

Salto - Segundo os dados do Banco Central, o estoque de investimentos chineses no Brasil saltou de US$ 8,5 bilhões para US$ 10,4 bilhões, pelo conceito de investidor final (quando a origem do capital da empresa está no país apontado como investidor, mesmo que a empresa esteja em outro local). Esses recursos estão, principalmente nos setores de extração de petróleo e gás mineral (66%), extração de minerais metálicos (17%), e serviços financeiros e atividades auxiliares (3%). Há ainda ceticismo no governo, porém, sobre a real dimensão a ser alcançada pelo investimentos que os chineses têm anunciado nos últimos anos para o Brasil. Os valores registrados pelo BC têm sido bem inferiores aos anunciados pela China.

Reunião - Desde esta segunda-feira (19/11), em Pequim, autoridades brasileiras, entre elas a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, participam da reunião da subcomissão econômico-comercial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban). Na pauta, os obstáculos para investimentos entre os dois países, como a recusa dos chineses em facilitar, com a inclusão em regimes especiais tributários, a importação de insumos e componentes de empresas brasileiras instaladas no país.

Valor agregado - Os chineses, segundo importante integrante da diplomacia brasileira, têm mostrado interesse em atender à principal reivindicação do governo brasileiro, que cobra aumento no valor agregado dos produtos vendidos pelo Brasil à China. Os dois governos têm trocado informações sobre listas de fornecedores brasileiros para pouco menos de 500 produtos considerados de importação prioritária nos planos do governo chinês. Na viagem a Pequim, Tatiana Prazeres é acompanhada de empresas brasileiras da indústria de alimentação. (Valor Econômico)


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