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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2985 | 03 de Dezembro de 2012

ENCONTRO ESTADUAL: Mil e oitocentos cooperativistas paranaenses são esperados em Curitiba

encontro estadual 03 12 2012Aproximadamente 1.800 pessoas, entre dirigentes, cooperados e colaboradores das cooperativas do Paraná devem participar, na sexta-feira (07/12), do Encontro de Cooperativistas Paranaenses, no Teatro Positivo, em Curitiba. O evento é uma promoção do Sistema Ocepar e visa comemorar as conquistas de 2012 e projetar as ações do ano que vem. O Encontro terá a presença do governador Beto Richa, parlamentares, representantes de entidades parceiras e convidados. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski vai apresentar um balanço dos resultados obtidos pelo cooperativismo paranaense em 2012. A programação contempla ainda homenagens e a apresentação da palestra “Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética”, que será ministrada pelo filósofo e doutor em Educação, Mário Sérgio Cortella. Lideranças jovens do cooperativismo também vão apresentar os resultados da campanha “Você sabia”, realizada entre os meses de setembro e novembro para comemorar do Ano Internacional das Cooperativas. Haverá ainda a apresentação de um show da Família Lima.

 

Clique aqui e confira a programação completa do Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses

 

 

SESCOOP/PR: Gerências de DH e DA avaliam atividades de 2012

As gerências de Desenvolvimento Humano (DH) e de Desenvolvimento e Autogestão (DA) do Sescoop/PR promoveram, na última sexta-feira (30/11), em Curitiba, uma reunião de avaliação sobre as ações desenvolvidas em 2012, com a presença de cerca de  25 pessoas, entre analistas, assistentes e coordenadores. O encontro foi aberto pelo superintendente José Roberto Ricken. Os participantes apontaram os pontos positivos do trabalho executado pelo Sesccop/PR ao longo do ano, destacando os cinco principais, e também os pontos que precisam ser melhorados, dando prioridade a alguns dos itens e relacionando como, quando e quem pode contribuir para o aprimoramento das atividades elencadas.

Momento oportuno - “O ano teve muitas atividades e está sendo finalizado de uma forma bastante oportuna. O encontro foi positivo pois tivemos a oportunidade de levantar o que poderemos fazer em 2013 com mais planejamento”, disse o gerente de DA, Gerson José Lauermann. Ainda de acordo com ele, o processo de integração entre as duas gerências, implantado pelo Sescoop/PR visando promover maior assertividade no atendimento às demandas das cooperativas paranaenses, está indo muito bem. “Prova disso é que durante a reunião, os participantes foram divididos em equipes mistas e o resultado dos trabalhos foi muito convergente, demonstrando que a integração está sendo efetiva”, frisou.

Valorização - “O ano foi de muito trabalho e o fato de atuarmos em equipe acaba gerando algumas situações de estresse. Dessa forma, a reunião teve por objetivo promover um momento de reflexão, visando a valorizar e integrar as pessoas que compõem nosso grupo de trabalho”, avaliou o gerente de DH, Leonardo Boesche.

Novidades – Em 2012, o Sescoop/PR promoveu mais de 5000 eventos de formação, abrangendo 140 mil pessoas em todo o Estado. Além disso, implantou algumas novidades, como o Plano Estratégico de Desenvolvimento Cooperativo (PEDC), o novo sistema de Desenvolvimento Humano e um novo formato de visitas técnicas às cooperativas. 

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EMPREENDEDOR RURAL: Encerramento da edição 2012 do Programa reúne 3 mil pessoas em Pinhais

Cerca de três mil pessoas participam, nesta segunda-feira (03/12), do encerramento da edição 2012 do Empreendedor Rural, no Expotrade, em Pinhais. Na solenidade, foram premiados os melhores projetos do ano. O evento, criado e desenvolvido pelo Senar-PR, Faep em parceria com o Sebrae-PR e Fetaep, está completando 10 anos.  Ao longo deste período 18,5 mil produtores rurais concluíram os módulos do programa que estimulam as habilidades do produtor e desenvolvem as competências empreendedoras para atuação em atividades econômicas, políticas e sociais sustentáveis.  Só em 2012 foram 84 turmas com 1049 pessoas que concluíram o curso.

Presenças – O evento foi prestigiado pela ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; governador Beto Richa; secretário da Agricultura, Norberto Ortigara; diretor da Itaipu, Jorge Samek; presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia Abreu presidente do Sebrae-PR, Jeferson Nogarolli; presidente da Fecomércio, Darci Piana, parlamentares e demais autoridades. O Sistema Ocepar foi representado pelo superintendente adjunto, Nelson Costa.

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COAMO: Óleo de soja refinado da cooperativa está entre os mais vendidos do Brasil

coamo 03 12 2012(Large)Matéria-prima de origem, tecnologia de ponta, versatilidade, ótima aplicabilidade e qualidade na manutenção do sabor dos alimentos. A união desses atributos permitiram que o óleo de soja refinado Coamo conquistasse destaque em vendas no país, entre os preferidos do consumidor brasileiro em mais um canal de vendas. Desta vez, segundo o ranking 2012 da revista Distribuição (Atacadista Distribuidor) e Abastecimento (Varejo Independente), o óleo da linha alimentícia Coamo é o 2º mais vendido na região Sul e no interior de São Paulo, e está em 3º lugar em vendas no ranking geral do Brasil.

Pesquisa- A pesquisa foi desenvolvida pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e Nielsen - empresa especializada em mensurações de mercado - com 103 categorias de produtos, em um universo que abrange lojas de Autosserviço até 4 Check-Outs e lojas Tradicionais do varejo alimentar brasileiro. Em uma publicação inédita a revista Distribuição e Abastecimento proporcionará aos leitores, na edição de novembro/dezembro, o estudo "Marcas em Destaque".

Referência - Nos diversos canais de vendas, a linha de produtos alimentícios Coamo tem sido referência. Essa conquista marca a preferência do consumidor, segundo o superintendente Comercial da Coamo, Alcir José Goldoni. "Esse é mais um reconhecimento que marca o crescimento dos Alimentos Coamo, que prima pela qualidade e sabor, respeito aos clientes e consumidores, boas práticas de produção, e que, somado a outros fatores, vem se destacando em vendas nos diversos canais do país", afirma.

Outros destaques - Goldoni recorda que o óleo de soja refinado Coamo tem recebido outros destaques por parte do consumidor como resultado da qualidade e sabor que abrange a qualidade das sementes fornecidas aos associados, a condução tecnificada da lavoura, por meio da assistência técnica da cooperativa, os procedimentos de rastreabilidade, de recebimento e estocagem do produto, a tecnologia industrial empregada, a logística e o atendimento. "A clara definição das políticas da Coamo de disponibilizar produtos diferenciados aos consumidores, de matéria prima de origem conhecida, tem sido mais um fator de reconhecimento pelo consumidor. O associado que produz a matéria prima está consciente que seu produto só agregará valor se a qualidade da matéria prima gerada for de qualidade e obtida dentro dos princípios da sustentabilidade ambiental, social e econômica", observa o superintendente. (Imprensa Coamo)

COCAMAR I: Semana de muito futebol e solidariedade

Para fechar o calendário de atividades da Cocamar em 2012, a semana é de muitos eventos esportivos com a participação de cooperados e, como atrativo à parte, da seleção brasileira de masters. No início da noite de quinta e sexta-feira (06 e 07/12), respectivamente nos estádios municipais de Rolândia e Maringá, a promoção Solidariedade Futebol Clube programou jogos da seleção – com a presença de vários ex-jogadores – contra combinados locais, formados por convidados da cooperativa. O acesso é livre e quem quiser poderá deixar na entrada dos estádios um quilo de alimentos. No intervalo de ambos os jogos acontece o sorteio de prêmios aos doadores da Campanha Solidária Purity Cocamar, realizada de junho a novembro, que espera arrecadar R$ 2 milhões para mais de 250 entidades assistenciais. Vão ser sorteados um automóvel Renault modelo Clio Campo, uma moto Honda 125 Fan e cinco aparelhos netbooks.

Copa - Na manhã de sábado (08/12), na Associação Cocamar em Maringá, mais de 2 mil cooperados se encontram em mais uma edição da Copa Cocamar de Futebol Suíço, cujos jogos vão ser abertos pela seleção de masters e um combinado de cooperados. Além do futebol, haverá competições de truco, bocha e de solidariedade entre os entrepostos da cooperativa, com a arrecadação de leite.

Ex-jogadores – A seleção de masters será formada por ex-jogadores que foram ídolos em grandes clubes e tiveram passagem também pela seleção nacional. Entre eles, o ponta-esquerda Edu, que jogou dez anos ao lado de Pelé, no Santos, e o lateral Zé Maria, ex-Corínthians, ambos tricampeões mundiais em 1970, no México; os zagueiros Amaral e Rosemiro (ex-Palmeiras), os meias Biro-Biro e Zenon (ex-Corínthians) e Paulo Isidoro (ex-Santos), e os atacantes Dinei (ex-Corínthians) João Paulo (ex-Palmeiras e Flamengo) e outros. Os três jogos da seleção vão ser apitados pelo não menos conhecido árbitro Margarida. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Mário Sérgio Cortella ministra palestra nesta segunda-feira, em Maringá

“Conhecimento e formação com foco no planejamento estratégico” é o tema da palestra que a Cocamar promove às 18h30 desta segunda-feira (03/12), em Maringá, no Giardino Eventos, com Mário Sérgio Cortella. A participação é reservada a colaboradores e convidados especiais.  Mestre e doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Cortella é também professor-titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e da pós-graduação em Educação, além de professor-convidado da Fundação Dom Cabral. Nascido em Londrina, ele é autor, entre outros livros, de “A Escola e o Conhecimento”, “Nos Labirintos da Moral”, “Não Espere Pelo Epitáfio: Provocações Filosóficas”, “Não Nascemos Prontos!” e “O que a Vida me Ensinou - Viver em Paz para morrer em Paz.” (Imprensa Cocamar

 

AGRÁRIA: Fundação Suábio Brasileira promove Feira Natalina

No próximo dia 9 de dezembro, a FCSB (Fundação Cultural Suábio-Brasileira) promove a tradicional Feira Natalina, no Centro Cultural Mathias Leh, em Entre Rios, Distrito de Guarapuava, na região Centro-Sul do Estado. Serão mais de dez expositores de guloseimas e produtos natalinos. O evento, realizado pelo oitavo ano consecutivo, inicia às 10h30, com programa especial de Natal e a chegada de São Nicolau. Um Conto de Natal, bem como apresentações temáticas dos grupos de canto e música da própria Fundação e de alunos da educação infantil do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina levarão o público a mergulhar no clima de Natal. Após o programa cultural, a equipe da FCBS venderá pratos típicos para o almoço, bem como tortas e doces tradicionais para o café da tarde. (Imprensa Agrária)

Cartaz de Natal 5

UNIMED CURITIBA: Campanha publicitária é reconhecida com 6 troféus no Prêmio GRPCom

A Unimed Curitiba se destacou, no último dia 27 de novembro, ao ganhar seis troféus no Prêmio GRPCom de Criação, sendo 4 de ouro e 2 grand prix. O reconhecimento veio por conta das campanhas publicitárias realizadas em 2012. O prêmio, que está em sua quarta edição, corou as melhores peças em Televisão, Rádio, Jornal e Internet, divididas em três categorias: Institucional, Varejo e Produtos e serviços.

Flex Empresarial - A campanha de venda para o Plano Flex Empresarial para TV e rádio garantiram dois troféus de ouro na categoria varejo. Já institucionalmente, o spot de rádio “Fôlego” da campanha de combate contra a obesidade garantiu ouro. Por fim, na categoria produtos e serviços, o anúncio de jornal para divulgação da 8ª Corrida Noturna Unimed Curitiba foi eleito o melhor.

Rádio e TV - As peças premiadas com ouro em cada categoria disputavam os quatro grandes prêmios (grand prix) da noite em cada meio de comunicação (televisão, jornal, internet e rádio). A Unimed Curitiba venceu em rádio e TV.De acordo com Sergio O. Ioshii, diretor-presidente da Unimed Curitiba, os prêmios certificam a relevância da comunicação na cooperativa: “Manter um diálogo de qualidade com nosso público é nosso principal objetivo. Ver esse esforço reconhecido é gratificante”. (Imprensa Unimed Curitiba)

Confira abaixo as campanhas:

Plano Flex Empresarial - veja aqui  e ouça aqui 

Campanha contra a obesidade - ouça aqui 

Anúncio Corrida Noturna:

unimed curitiba corrida noturna 03 12 2012

SAÚDE I: Um novo modelo de atenção


saude 03 12 2012Diferente do modelo atual seguido pela medicina privada, baseado em médicos especialistas, na Atenção Primária em Saúde (APS), modelo praticado em países da Europa, um médico generalista, junto a uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, se responsabiliza por um grupo de pessoas e pelo primeiro atendimento, pelos primeiros cuidados e também pela prevenção de doenças. Este profissional será, portanto, conhecedor do histórico de saúde do paciente e então o encaminhará, quando necessário, a um especialista. Este é o modelo inovador que cooperativas de saúde pretendem adotar no País.

Movimentação - Um movimento em direção a este novo modelo já foi iniciado, em especial, pelo Sistema Unimed. Na Unimed Guarulhos, a APS está sendo colocada em prática e outros projetos-piloto começam a surgir. No Paraná, quatro profissionais participam de uma pós-graduação dentro de um Projeto Técnico Científico de Gestão com o objetivo de auxiliar na implantação da Atenção Primária em Saúde.

Melhor alternativa -  ''De 80% a 85% dos problemas de saúde são possíveis de serem tratados dentro da atenção primária sem serem encaminhados para especialistas'', afirma o médico Wilson Liuti Costa Junior, gestor de promoção em saúde da Unimed Londrina. Ele é um dos profissionais paranaenses que participam do projeto. Para Costa Junior, o cenário de saúde atualmente tem mudado para as doenças crônicas, e o atendimento é voltado a doenças agudas. ''Fora do País, a experiência (de atenção primária) tem se mostrado como a melhor alternativa - unir prevenção e saúde assistencial frente a esta nova realidade.''

Acompanhamento - A atenção primária, entretanto, não se resume apenas ao primeiro atendimento feito por um médico generalista, mas também se caracteriza pela prevenção através do acompanhamento dado ao paciente por uma equipe multidisciplinar formada por nutricionista, psicólogo e educador físico, assistente social, terapeuta ocupacional e enfermeiro. A Unimed já deu o primeiro passo com a unidade de Medicina Preventiva há dez anos, afirma o médico.

Odontologia - A Uniodonto, cooperativa odontológica, também já trabalha com a questão da prevenção, afirma o presidente da Uniodonto Curitiba, Luiz Humberto de Souza Daniel. ''Já fazemos um trabalho com o Odontomóvel com consultas nas empresas, palestras sobre prevenção com consultoras de saúde bucal para buscar a mudança cultural.''

Substituição - Para o presidente da Unimed Paraná, Orestes Barroso Mederos Pullin, o modelo viria substituir aqueles vigentes hoje no Brasil, já ultrapassados. ''O SUS (Sistema Único de Saúde) tem um conceito com foco na atenção primária, mas que não é o modelo utilizado na maioria dos países. Ficou defasado, apartado. Por outro lado, o sistema privado fica ao redor do modelo americano, que tem custo elevado com resultados ruins. O modelo atual não vê a pessoa como um todo. Vê de forma fragmentada.''

Falta de tecnologia e comprometimento - O sistema público de saúde, conforme ele, sofre com a falta de tecnologia e de comprometimento dos médicos com o paciente. ''A pessoa procura um posto e o médico que atende hoje é um, amanhá é outro. Ele não está comprometido com as pessoas, e sim com o posto de saúde. E não é remunerado adequadamente.''

Confiança é primordial - Na opinião de pacientes que participam de atividades da Unidade de Medicina Preventiva da Unimed Londrina, ter à disposição um médico que já conhece seu histórico de saúde é importante. ''Passa mais segurança do que um médico que às vezes nunca te viu'', declarou Tatiana Lacuse Monteiro. Diva Delalibera Filmare conta que já passou por situações em que andou de especialista em especialista para descobrir o que tinha. ''Você faz uma batelada de exames. É cansativo, a gente se aborrece.''  Elas e outros pacientes que têm diabetes e/ou hipertensão e recebem a atenção de uma equipe multidisciplinar que os acompanha e orienta para práticas saudáveis. (Folha de Londrina)

 

SAÚDE II: Implantação será um desafio

O pontapé inicial para a implantação deste novo modelo foi dado com a capacitação dos profissionais por meio da pós-graduação, que está sendo realizada este mês, em Florianópolis (SC), na Unimed Mercosul. A pós é realizada em parceria com a Universidade Feluma, de Minas Gerais, e profissionais da Cambridge Health Alliance (CHA). O processo também deverá passar, neste primeiro momento, pela mudança na infraestrutura de comunicação entre os pontos da rede de atendimento. ''Estamos em interlocução com o Ministério da Saúde por um padrão nacional de informações em saúde para que possamos fazer o prontuário eletrônico'', afirma o presidente da Unimed Paraná, Orestes Pullin.

Generalistas - Quanto à demanda por médicos generalistas no novo modelo, Wilson Costa Junior, gestor de Promoção em Saúde da Unimed Londrina, lembra que os médicos especialistas são, antes de tudo, generalistas. ''A maioria dos médicos especialistas, antes, fazem dois anos de clínica médica. Dentro da cooperativa, temos vários médicos com formação generalista.''

Desafio - ''Acredito que será um desafio porque mexe com o modo como o sistema organiza e gerencia as informações do paciente'', continua, sobre a implantação do modelo de Atenção Primária. ''Mas por ser algo provado no mundo inteiro que é melhor para o paciente, a dificuldade será mais técnica do que de aceitação.''

Mudança d cultura - Na visão do presidente da Unimed Paraná, a implantação de um novo modelo não será uma tarefa fácil, uma vez que envolve uma mudança de cultura. ''Nenhuma mudança é fácil, tem que ter clareza disso. E é um processo que não tem a ver só com a Unimed, mas com o modelo implantado no País. (Folha de Londrina)

SAÚDE III: Cooperativismo como facilitador

Na opinião do presidente da Unimed Paraná, Orestes Pullin, o fato de a Unimed se estruturar no modelo de cooperativismo contribuiu para que surgisse uma conversa sobre a necessidade de mudança no modelo atual de atenção em saúde. ''Dentro do cooperativismo tem uma possibilidade maior. O sistema de cooperativa médica está disseminado no País, tem uma interlocução com médicos muito boa. Nas cooperativas, criou-se um ambiente favorável de discussão.''

Paciente no centro - O modelo de cooperativismo também deve contribuir para a implantação da Atenção Primária em Saúde, comenta Wilson Costa Junior, gestor de Promoção em Saúde da Unimed Londrina. ''É um modelo que tem o paciente no centro e uma equipe de saúde dando apoio médico. Todo o modelo atende segundo uma lógica de assistência ao paciente, valorização do médico. Não é focado em lucro e sim em como garantir o trabalho médico e a melhor forma de trabalho é com o paciente sendo assistido.'' (Folha de Londrina)

MAPA I: Padrão de qualidade de sementes está em consulta pública

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) colocou em consulta pública, por 120 dias, desde a última quarta-feira (28/11), dois projetos de Instrução Normativa (IN) para garantir a qualidade das sementes utilizadas na agricultura brasileira. O primeiro projeto estabelece as normas específicas e os padrões de identidade e qualidade a serem observados na produção e na comercialização de sementes de culturas como arroz, feijão, milho, soja, entre outros. Além disso, o documento atualiza a relação de sementes nocivas proibidas e toleradas na produção e na comercialização destes insumos. O objetivo dessa lista é deixar a lavoura livre de doenças e pragas, como plantas daninhas que contaminam o campo. Essas medidas serão aplicadas a partir da safra 2013/2014.

Ajuste - Responsável por avaliar as sugestões e as contribuições que serão recebidas da consulta pública, a Coordenação de Sementes e Mudas (CSM) do Mapa busca ajustar os padrões à nova realidade tecnológica de produção agrícola do País, bem como adequar às normas do Mapa.

Sugestões - A CSM também recebe sugestões ao projeto de IN sobre padrões de identidade e qualidade para a produção e a comercialização de sementes de espécies olerícolas, condimentares, medicinais e aromáticas. A regra busca garantir, entre outros parâmetros, a pureza, a germinação e o prazo de validade do teste de germinação. (Mapa)

MAPA II: Alta do PIB agropecuário mostra força do setor, diz ministro

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% no terceiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2011. Entre os setores, o destaque foi a agricultura, com alta de 3,6%, seguido pelo setor de serviços (+1,4%). Os resultados do PIB da Agropecuária neste terceiro trimestre são os melhores em uma série histórica desde 1995. Divulgado nesta sexta-feira (30/11), pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), o resultado agropecuário no PIB foi comemorado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho.

Força - “Novamente o agronegócio mostra sua força na economia nacional. E os percentuais de crescimento devem ser ainda maiores no próximo ano, a partir das previsões de safra de grãos recorde e aumento das exportações do setor”, afirmou o ministro.

Previsão - A previsão para 2013 é que a safra de grãos possa atingir até 181,5 milhões de toneladas, de acordo com levantamento apresentado em novembro deste ano pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além de parte da produção destinada às vendas ao comércio exterior, outro segmento que pode crescer é o de carnes, com possibilidade de elevar os embarques para destinos importantes como Japão e Rússia.

Destaques - Os principais destaques do setor entre julho e setembro de 2012 foram o café e o milho, com crescimento de produção (14,5% e 27,1%, respectivamente) e de produtividade. Em relação ao segundo trimestre de 2012, o PIB do terceiro trimestre cresceu 0,6%. Novamente o desempenho agropecuário foi o melhor, com elevação de 2,5%, sendo a indústria o segundo melhor resultado, com alta de 1,1%. m relação ao segundo trimestre de 2012, o PIB do terceiro trimestre cresceu 0,6%. Novamente o desempenho agropecuário foi o melhor, com elevação de 2,5%, sendo a indústria o segundo melhor resultado, com alta de 1,1%. (Mapa)

MILHO: Governo e produtores discutirão comércio do grão

Para acompanhar e avaliar a dinâmica da comercialização da safra atual de milho e a perspectiva para 2012/13, secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reunirão com representantes dos produtores de milho, criadores de aves de corte, ovos, suínos, indústrias de ração, consumo humano e comerciantes. O encontro será no dia 13 de dezembro, na Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo. O objetivo é nivelar as informações do Governo com o setor privado ligado à cadeia do milho para manter o equilíbrio entre a produção e a demanda do setor, nos próximos meses. Participarão, pelo Mapa, o titular da Secretaria-Executiva, José Carlos Vaz, e o secretário substituto de Política Agrícola, Edílson Guimarães. (Mapa)

TRIGO: Clima prejudica gaúchos e Paraná será líder na produção nacional

Uma série de intempéries climáticas minou as chances de o Rio Grande do Sul superar o Paraná na produção de trigo nacional. Os dados mais recentes coletados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) indicam que os gaúchos colherão, a duras penas, cerca de 1,8 milhão de toneladas na safra 2012/13, ante as 2,5 milhões de toneladas esperadas inicialmente. No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) prevê 2,1 milhões de toneladas. "Tivemos chuvas intensas, granizo e ventos fortes, que trouxeram acamamento das lavouras e doenças", afirma Luiz Ataides Jacobsen, assistente técnico da Emater/RS. A qualidade do cereal gaúcho também desaponta.

Paraná - No Paraná, o clima também provocou perdas. "Mas o problema se limitou à quantidade, porque a qualidade é boa", disse Carlos Hugo Godinho, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral). A comercialização, que em outubro reduziu o ritmo, voltou a acelerar e está em 56% da produção no Estado, acima da média de 30% das últimas safras. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o país produzirá 4,4 milhões de toneladas de trigo em 2012/13. Com o consumo em 10,4 milhões de toneladas, cerca de 6 milhões de toneladas serão importadas, principalmente da Argentina e dos EUA. (Valor Econômico)

DEFENSIVOS: Restrições à pulverização aérea das lavouras preocupam os produtores

defensivos 03 12 2012A um mês do início da entrada em vigor das restrições parciais à pulverização aérea nas lavouras brasileiras, sojicultores alertam que o prejuízo pode chegar a um valor de R$ 3 bilhões somente nesta temporada 2012/13 em razão de um possível ataque de lagartos e percevejos e o decorrente incremento das perdas na produção.

Restrições - As restrições foram estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com a justificativa de que o uso de algumas substâncias são prejudiciais a insetos polinizadores, em especial às abelhas. Apesar da pressão do setor produtivo, a autarquia informou ao Valor que não pretende rever a medida, pelo menos não por sua iniciativa.

Princípios químicos - As restrições impostas implicam a proibição de aplicação aérea dos quatro princípios químicos mais usados pelos sojicultores hoje para o combate a pragas. Além disso, só será permitida a pulverização com aviões na lavoura de soja até fevereiro em todo o país - para o Centro-Oeste o prazo é janeiro -, sendo somente uma aplicação durante todo o ciclo da planta. Passados os prazos, os produtos somente poderão ser usados em aplicações terrestres.

Solicitação formal - A única possibilidade de a proibição não entrar em vigor em janeiro é o Ministério da Agricultura solicitar formalmente um adiamento. "Até o momento nada chegou para nós. Quem tem que pedir uma prorrogação é o ministério. Foram eles que decidiram o prazo para suspensão, as culturas, as datas e todos os detalhes. Nós só concordamos", disse Márcio Freitas, coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama.

Discussões - Segundo José Carlos Vaz, secretário-executivo do ministério, há discussões em curso com o Ibama para a realização de "ajustes" no calendário de aplicações de defensivos. "Estamos na expectativa de conseguir um tratamento que equilibre as expectativas do Ibama e dos produtores. Na semana que vem devemos realizar diversas reuniões para discutir o assunto", afirmou Vaz.

Perdas em valor - Levantamento feito pela Associação dos Produtores de Soja (AprosojaBrasil) e pela Embrapa Soja prevê que as perdas em valor da produção até 2020 poderão alcançar R$ 14 bilhões. O setor produtivo já estimava prejuízos na ordem de 4 milhões de toneladas de soja em 2012/13, com um impacto de R$ 3 bilhões, que seria provocado por perdas sem "a utilização correta dos defensivos".

Impacto - O presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, afirmou que o estudo mostra o impacto da proibição "no pior cenário possível". "Imagine um ataque de pragas em fevereiro e com muita chuva? Ninguém conseguirá fazer a aplicação terrestre. Além disso, quem só tem aviões, como fará?", questiona. Para ele, a proibição veio em cima da hora, quando os produtos já estavam comprados e a indústria não possui capacidade para produzir substitutos.

Condições - Publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 19 de julho, a medida cautelar do Ibama colocou uma séria de condições para a aplicação aérea de defensivos e proibiu o uso dos ingredientes ativos Imidacloprido, Fipronil, Tiametoxan e Clotianidina. Segundo dados do Ibama, os quatro princípios ativos correspondem a 10% do consumo brasileiro de defensivos, ou quase 7 mil toneladas de um total de 74 mil toneladas em 2011.

Cálculo inadequado - Apesar de a quantidade das substâncias corresponder a somente uma fração da total usada, produtores explicam que esse cálculo não é adequado. "A quantidade usada de inseticidas é muito menor do que a de outros agrotóxicos como, por exemplo, o glifosato. Enquanto no glifosato são aplicados quatro litros por hectare, inseticidas são algo em torno de meio litro", exemplificou Silveira.

Caráter temporário - Por pressão do setor produtivo, foi publicada em 3 de outubro no DOU, um ato conjunto do Ministério da Agricultura e do Ibama autorizando, em caráter temporário, o uso de produtos agrotóxicos que contenham Imidacloprido, Tiametoxan e Clotianidina para arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo até o dia 30 de junho de 2013, obedecendo a períodos específicos de aplicação por região e por cultura. Além disso, antes da aplicação, os produtores deverão notificar os apicultores localizados em um raio de 6 quilômetros com antecedência mínima de dois dias.

Cronograma - Das quatro culturas autorizadas, apenas a soja deverá seguir um cronograma de aplicação. No Centro-Oeste brasileiro a pulverização aérea foi autorizada entre 20 de novembro e 1º de janeiro de 2013. No Norte, de 1º janeiro a 20 de fevereiro. No Sul, de 1º de dezembro de 2012 a 15 de janeiro de 2013. No caso específico da soja, a aplicação deverá ser restrita a uma única pulverização aérea durante todo o ciclo da cultura para o controle de pragas agrícolas, em especial, os percevejos. Nas áreas de produção de sementes de soja, foram permitidas duas aplicações.

Canaviais - No caso de canaviais, a aplicação fica restrita a uma única vez, 30 dias antes da colheita, para o controle de cigarrinha- da- raiz, quando não for possível a entrada de equipamentos terrestres.

Discordância - O setor produtivo discorda da proibição e alega que o ato conjunto publicado no dia 3 de outubro não resolve o problema. "Além de abrir a possibilidade de uma única pulverização em toda a safra, a metade do recomendado na bula dos produtos é incapaz de resolver um caso mais grave de infestação, e a única janela estabelecida de pulverização, que se concentra entre novembro e janeiro, não contempla um país de dimensões continentais como o Brasil", afirmou Glauber Silveira.

Impraticável - A Embrapa Soja produziu um documento em que mostra que os períodos definidos no ato conjunto para a proibição são impraticáveis. O documento, datado do dia 9 de novembro e assinado pelo chefe geral da Embrapa Soja, Alexandre José Cattelan, e pelo pesquisador da unidade, Décio Luiz Gazzoni, diz que a regra é prejudicial ao país e o prejuízo chegaria a "dezenas de bilhões de dólares".

Janela - Ainda de acordo com o documento, a janela de plantio muda entre as regiões, o que torna impossível definir uma data de proibição para todo o país. "Em Mato Grosso, a semeadura começou em setembro, enquanto outras localidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fazem a semeadura em dezembro. Além disso, parte do território brasileiro situa-se no Hemisfério Norte, como Amapá e Roraima. Nesses Estados, a semeadura é feita no que seriam os meses de inverno restante do país". No fim, o estudo sugere que o ideal seria definir quando a floração ocorre e proibir a aplicação apenas nesses períodos.

Substituição - Segundo o coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, o setor produtivo reclama sem razão. "A restrição não é contra a pulverização aérea e sim contra quatro produtos que causam morte de animais polinizadores. A solução para o setor produtivo é começar a busca por substâncias substitutas", explicou Márcio Freitas. Na semana passada, o órgão publicou um comunicado às empresas fabricantes para que sejam entregues estudos sobre os produtos. "Vamos reavaliar esses produtos e já pedimos às empresas fabricantes que entreguem novos estudos para decidirmos se vamos liberar seu uso ou não", disse.

Restrição maior - As pesquisas que estão sendo feitas pelo Ibama podem levar a uma restrição maior do que a atual, pois estudos feitos pelo órgão indicam que os princípios ativos são prejudiciais. "O estudo que estamos fazendo pode indicar a proibição além do uso aéreo. Apesar de sermos sensíveis aos produtores, as perdas de produção são problema do Ministério da Agricultura. Nossa responsabilidade é com o meio ambiente", garantiu Freitas. (Valor Econômico)

COMMODITIES: Realização de lucros puxa para baixo cotação de soja em Chicago

Vendas técnicas, associadas a um movimento de realização de lucros (comum pouco antes do final de semana) puxaram para baixo a soja negociada em Chicago na sexta-feira (30/11). Os contratos para março fecharam em queda de 8,50 centavos, a US$ 14,3250 por bushel. Analistas afirmam que os investidores já estão cientes dos problemas climáticos na América do Sul (tempo mais seco no Brasil e chuvas na Argentina), por isso não há força suficiente do lado dos fundamentos para que os preços subam. Além disso, o Conselho Internacional de Grãos revisou para cima a produção mundial de soja em 2012/13, para 267 milhões de toneladas. Em Lucas do Rio Verde (MT), a saca está negociada a R$ 66, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Investimento no setor crescerá até 10% em 2013, estima Abdib

Apesar de o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre ter ficado abaixo do que era esperado pelo mercado e ter levado a novos cálculos nas estimativas para o ano, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) prevê um crescimento significativo para o setor no período. A entidade calcula que o investimento em infraestrutura (compreendido pelos setores de petróleo e gás natural, energia elétrica, transportes, telecomunicações e saneamento básico) deve registrar alta real de 6% neste ano em comparação com 2011.

Recuperação mais acentuada - A Abdib também prevê que, no próximo ano, haverá uma recuperação ainda mais acentuada nos investimentos em infraestrutura, com crescimento real de até 10% sobre 2012. Em oito anos, informou a Abdib em comunicado, o investimento nos setores de infraestrutura passou de R$ 63,2 bilhões em 2003 para R$ 173,2 bilhões, 2011. Paulo Godoy, presidente da Abdib, cita os pacotes de concessões e parcerias público-privadas nas áreas de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos como fator de crescimento dos investimentos nos próximos anos. (Valor Econômico)

CLIMA: Países ricos rejeitam pedido de US$ 60 bi

Uma nova demanda de recursos feita pelos países em desenvolvimento às nações ricas pode colocar em colapso as negociações internacionais por um acordo climático em Doha, no Qatar, que entra em sua semana decisiva. O pedido é de US$ 60 bilhões até 2015. Delegados da União Europeia disseram que não vão se comprometer em Doha com nenhuma outra soma para combater os problemas causados pelas mudanças climáticas. A crise econômica impede esse compromisso, justificam. Os EUA nem comentaram a ideia.

Ponto nevrálgico - A questão financeira é um ponto nevrálgico da reunião. Os países ricos se comprometeram a dar US$ 30 bilhões (US$ 10 bilhões ao ano, de 2010 a 2012) como recursos de curto prazo aos países mais afetados pelas mudanças do clima. Em Doha será verificado se esse dinheiro realmente veio e se era adicional. Outra promessa dos países ricos é chegar a 2020 com US$ 100 bilhões ao ano para os problemas causados pelo clima.

Necessidade - "Mas o que acontece entre 2013 e 2020?", diz o pesquisador Saleemul Huq, do instituto britânico IIED, um "think tank" sobre desenvolvimento sustentável do Reino Unido. "As nações mais vulneráveis precisam muito desses recursos e não há nada sobre a mesa."

Demanda - O G-77 (grupo que inclui hoje 136 países em desenvolvimento, de China e Índia a Haiti e Brasil) fez a demanda que foi logo rejeitada pelo negociador-chefe da UE, Arthur Runge-Metzger. "Muitos países europeus estão enfrentando situação difícil internamente." Segundo ele, o bloco europeu prefere não se comprometer com novas somas, mas ajudará como puder.

Declaração - O tema pode ser contornado por uma declaração na rodada ministerial de Doha, que começa na terça (04/12). A decisão política de contribuir com algo para as finanças climáticas pode vir de Alemanha, França e Reino Unido e contornar o impasse antes desta COP-18, prevista para terminar na sexta.

Conceito novo - Em Doha começa a ganhar força um conceito novo no mundo em desenvolvimento, que tem a ver com mais desembolso dos ricos para os mais vulneráveis. Os países-ilha, apoiados pelas nações mais pobres do mundo e pelo grupo africano, querem que os demais discutam como resolver as "perdas e danos" que eles terão com a mudança do clima. "Primeiro começamos a falar em reduzir as emissões e depois em como se adaptar à mudança do clima", explica Huq, do IIED. "Mas, se o nível do mar subir, para alguns países não haverá como se adaptar. A perda do território pode ser total." Os europeus têm discutido esse ponto como um programa no acordo climático que requer mais estudos. Os americanos nem o debatem. "Os EUA não querem abrir nenhum campo novo neste assunto", diz Huq. (Valor Econômico)

LAZINSKI: Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Durante o mês de novembro, os volumes de precipitação ficaram abaixo da média na maior parte do sul do Brasil. Somente no oeste da Região Sul as chuvas ficaram entre o normal e ligeiramente acima da média. No Paraná, os maiores volumes de chuva foram observados no oeste, enquanto no restante do estado as precipitações ficaram abaixo do normal para época do ano. As precipitações também apresentaram uma irregularidade muito grande na sua distribuição, intercalando períodos curtos de muita chuva com períodos maiores, de até 15 dias ou mais, sem precipitação.  Os baixos volumes observados e a irregularidade das chuvas ocasionaram uma diminuição da umidade no solo e consequente deficiência hídrica em boa parte da Região Sul. Nas regiões Sudeste, Centro-oeste e nas áreas produtoras de grãos do Nordeste, a estação das chuvas, que começou mais tarde este ano, regularizaram ao longo de novembro, e foram observadas precipitações mais regulares e com volumes acima da média. Com isto, houve uma recuperação da umidade no solo e, na maior parte destas regiões o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras.

Temperaturas - As temperaturas mantiveram-se ligeiramente acima da média em novembro, em todo estado do Paraná e centro-sul do Brasil. Continuamos observando o comportamento da temperatura, semelhante ao mês anterior, intercalando períodos quentes com quedas bruscas de temperatura, o que é típico de primavera.

Anomalias - As anomalias das temperaturas superficiais da água do mar, no Oceano Pacífico Equatorial permaneceram mais aquecidas com valores acima da média a oeste da região, porém, persistiram anomalias negativas, nas áreas mais a leste, próximas à costa da América do Sul. Estas condições observadas, aliadas a outras variáveis climatológicas, continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem “El Niño” e nem “La Niña”). Os prognósticos dos modelos climáticos globais continuam mantendo a tendência do último mês da continuidade de uma situação de neutralidade, pelo menos até o início do próximo ano.

Precipitações - Analisando os modelos de prognóstico climáticos continua tendência, para os próximos meses, de precipitações com volumes ligeiramente abaixo da média para região centro-sul do Brasil, porém, vale ressaltar que estas precipitações devem continuar seguindo a mesma tendência de novembro, apresentando uma distribuição irregular, intercalando períodos curtos com muita chuva com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, devido a continuidade de uma situação de neutralidade climática. Para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e áreas produtivas do Nordeste, a estação das chuvas que chegou mais tarde este ano, voltaram ao normal e devem continuar seguindo este padrão normal, com chuvas bem distribuídas e dentro da média, na maior parte destas regiões.

Acima da média - Com relação às temperaturas, os prognósticos indicam que devemos continuar observando temperaturas levemente acima da média no centro-sul do Brasil. Nas outras regiões, as temperaturas devem se comportar dentro da normalidade para a época do ano. (Luiz Renato Lazinski, meteorologista/ INMET/Mapa)

GOVERNO: Paraná quer derrubada do veto dos royalties

governo 03 12 2012 (Large)O Governo do Paraná vai defender a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff à distribuição igualitária dos royalties do petróleo. Segundo o secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, lideranças paranaenses vão pressionar o Congresso Nacional a derrubar a decisão. “O Paraná já é muito prejudicado na distribuição dos recursos federais. Dá forma como ficou a lei para distribuição dos royalties, vamos continuar entre os últimos Estados em relação aos repasses da União”, afirmou. “Somos solidários aos demais estados prejudicados pelo veto e defendemos a sanção da lei conforme aprovado no Congresso”.

Mar territorial - Hauly disse que, além de pressionar pela derrubada ao veto, o governo estadual, em conjunto com a sociedade civil, vai reforçar a defesa pela revisão da divisão do mar territorial do Paraná. “Cometeram uma injustiça com o Paraná, que está sendo lesado há 20 duas décadas por um erro na marcação dos limites do nosso mar”, disse. Segundo ele, já há estudos técnicos feitos pelo Movimento Pró-Paraná que embasam a revisão dos limites dos mar territorial. “É uma luta legítima de todos os paranaenses para corrigir outra das injustiças que foram feitas contra o nosso Estado”, disse Hauly.

Deficiência - O secretário afirmou que o uso de novas tecnologias demonstram a deficiência na marcação dos limites do mar territorial e referendam aquilo que o Estado já reivindicava há muito tempo. “Vamos promover uma campanha nacional para devolver ao Paraná o que lhe é de direito. Já passou da hora de corrigir isso”, explicou. De acordo com Hauly, o Paraná vai apresentar um anteprojeto de lei para que haja a mudança. “Queremos o reconhecimento dos novos limites territoriais e não teríamos nenhum problema em partilhar com os demais estados as riquezas que possam ser exploradas naquilo que pertence ao Paraná”, disse.

FPE - Ele também destacou que vai a Brasília nesta semana para acompanhar a votação do projeto que propõe mudanças no Fundo de Participação dos Estados (FPE), cujo texto tramita há três anos no Senado e deve ser votado nos próximos dias, antes de seguir para a Câmara dos Deputados. “Aqui há outra deficiência a ser corrigida em favor do Paraná, que recebe menos do que merece, além de ser o penúltimo Estado na execução das emendas do orçamento federal”, declarou.

Confaz - O secretário da Fazenda do Paraná também participa nesta semana da reunião do Confaz em São Luiz (MA). Na pauta, uma nova rodada de negociações para tentar instituir uma alíquota nacional para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). (AEN)

FOCUS: Mercado reduz projeção para o PIB em 2012 a 1,27%

Analistas do mercado financeiro reduziram de forma expressiva suas projeções para a expansão da economia neste e no próximo ano após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre na sexta-feira (30/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana das estimativas para o PIB de 2012, expressa no boletim Focus, do Banco Central, divulgado na manhã desta segunda-feira (03/12), caiu de crescimento de 1,50% para expansão de 1,27%. A mediana é apurada a partir de consultas a mais de cem agentes do mercado.

Ajuste - Na sexta-feira, vários analistas reduziram suas projeções do PIB para mais perto de 1% depois de o IBGE mostrar que o resultado do terceiro trimestre ficou em alta de apenas 0,6%, abaixo do piso das estimativas dos analistas consultados pelo Valor Data, que iam de 0,90% a 1,30%. O ajuste também atingiu as expectativas para a economia em 2013, cuja mediana no Focus caiu de expansão de 3,94% para 3,7%. Os analistas vinham ajustando suas projeções para baixo, mas de forma mais suave que a verificada no Focus divulgado hoje.

Produção industrial - As estimativas de produção industrial também sofreram revisões negativas, ainda que o PIB industrial do terceiro trimestre (+1,1% ante o segundo) tenha ficado dentro do esperado. No Focus, a mediana das projeções para 2012 cedeu de queda de 2,30% para recuo de 2,38%, enquanto para 2013 baixou de expansão de 4,20% para queda de 3,82%.

Juros - Analistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a taxa básica de juros, a Selic. A mediana das estimativas mostra que eles esperam que a taxa se mantenha nos atuais 7,25% até o fim de 2013. O boletim também mostrou que os analistas esperam uma economia mais fraca neste e no próximo ano o que, em tese, favoreceria a manutenção do juro baixo por tempo prolongado, como expresso pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última reunião do ano, na semana passada, quando decidiu interromper a sequência de cortes de juros iniciada em agosto do ano passado.

Ciclo de estabilidade - Com a decisão de manter estável a Selic pela primeira vez em 16 encontros do Copom - até agora a segunda mais longa sequência de mudanças do juros básico desde a criação do comitê - o Banco Central inicia um ciclo de estabilidade do juro básico que, para o mercado, pode ultrapassar o recorde anterior, quando a taxa ficou sem mudanças por sete encontros, entre abril e outubro de 1999.

IPCA - Atitude pouco comum no Focus, os analistas mantiveram suas projeções para a inflação em 2012 e 2013, com a mediana do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estacionada em 5,43% neste ano e em 5,40% no próximo. Mas a projeção para o IPCA em 12 meses voltou a subir, de 5,37% para 5,39%. (Valor Econômico)

OPINIÃO: Opção pela cooperativa

Faturar bilhões de reais, com um crescimento anual de 10%, não é nenhuma novidade para as cooperativas do Paraná. O que chama a atenção é a relação proporcional da cifra com outros indicadores econômicos no estado e no país. Os R$ 35 bilhões de faturamento previstos pelas cooperativas paranaenses em 2012 são mais de seis vezes o crescimento porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O valor também está R$ 8 bilhões acima do orçamento previsto pelo governo estadual para aplicação em todas as áreas, como segurança, saúde, esporte, infraestrutura e educação, entre outras de responsabilidade e competência do poder público.

Em movimentação financeira, quando olhamos para os números das cooperativas, enxergamos quase que um estado paralelo. Sem o mando político-administrativo, exclusividade dos poderes constituídos, mas com a força de mobilização e integração de um verdadeiro exército. Direta ou indiretamente, elas congregam mais de 2 milhões de pessoas, o equivalente a 20% da população. Eles são dirigentes, cooperados, filhos de cooperados e funcionários de cooperados e de cooperativas. Eles são cooperativistas, que por necessidade ou escolha fizeram do modelo uma opção de vida.

E, por conta desse envolvimento, bem como devido à capilaridade do sistema, em vários momentos, ambientes e situações ele se soma ou se confunde com o dever do Estado. Tudo isso sem conflitos. Na promoção do desenvolvimento econômico e social, as cooperativas praticam, de certa forma, o princípio da subsidiariedade. A explicação – ou melhor, a motivação – está na essência, na sua razão de ser, que está na promoção humana e social dos seus, com acesso à educação, emprego, renda e cidadania, sem distinção. Pelo menos em tese, na cooperativa não existe o “grande” ou o “pequeno” cooperado; há simplesmente o cooperado.

Nas cooperativas também vamos encontrar a história e a cultura de inúmeras etnias que se estabeleceram no Paraná, como holandeses, alemães, italianos e poloneses. São correntes migratórias que definiram a identidade e diversidade cultural de comunidades e regiões, de Norte a Sul do estado. Imigrantes que trouxeram trabalho e tecnologia e que hoje perpetuam gerações, multiplicam riquezas e constroem o Paraná do amanhã. A inspiração está implícita no modelo, que, baseado na ajuda mútua e na associação, prioriza as pessoas, o capital humano e o componente social.

Neste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) brindou o Brasil e o planeta com a chancela do Ano Internacional das Cooperativas, uma forma de destacar a contribuição do setor para um mundo melhor. Pouca gente sabe disso, como poucas pessoas conhecem o cooperativismo, seus princípios e objetivos, apesar de sua relevância em estados como o Paraná. Então, a oportunidade é mais que propícia para lembrar o estado, o país e principalmente as cooperativas da oportunidade única e singular que às vezes é desperdiçada: destacar e expor o modelo a um número ainda maior de pessoas além daquelas que já vivem do sistema.

O Brasil é um dos países mais cooperativistas do mundo e o Paraná, um dos estados mais cooperativistas do país. A maior cooperativa da América Latina, e que também é uma das maiores do mundo, está aqui, no estado. Ela tem sede em Campo Mourão e atende pelo nome de Coamo. É necessário que a sociedade reconheça a participação e a potência do cooperativismo. E também que ele está inserido no dia a dia da população, seja ela urbana ou rural, do interior ou da capital, ligada ou não ao sistema. Os números mostram que o status das cooperativas mudou. Pela relevância que têm na vida das pessoas, no público e no privado, elas não são mais uma alternativa, como eram 40 anos atrás, mas uma autêntica condição ao desenvolvimento econômico e social. Cooperativas hoje são questão não apenas de interesse, mas também de utilidade pública. (Editorial do Jornal Gazeta do Povo desta segunda-feira – 03/12/2012)


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