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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2990 | 10 de Dezembro de 2012

ENCONTRO ESTADUAL I: Ministra Gleisi enfatiza prorrogação do Plano de Sustentação de Investimentos

“A prorrogação do Plano de Sustentação de Investimentos (PSI) era uma reivindicação das cooperativas do Paraná. Teremos R$ 100 bilhões, com juros de 3% ao ano e 10 anos para pagamentos, um programa que será bom para todas as áreas da economia, principalmente para a agricultura paranaense”, disse a ministra chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, durante pronunciamento no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, que reuniu 2 mil pessoas no Teatro Positivo, em Curitiba, na sexta-feira (07/12).

Homenagem - A ministra recebeu o Troféu Cooperativas Orgulho do Paraná, entregue pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. A homenagem é um reconhecimento ao empenho de Gleisi em prol do desenvolvimento do cooperativismo paranaense. “Com a determinação da presidente Dilma Rousseff, o governo tem investido no Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária), Procap-Agro, Procap-Crédito e Pronacop, o que tem trazido um retorno grande para o Brasil. Porque toda vez que abrimos uma linha de crédito com juro menor, esses recursos entram na economia, produzem riquezas e geram renda para as pessoas”, afirmou aos cooperativistas. Segundo ela, mesmo tendo a responsabilidade de gerir planos para o desenvolvimento do país, o Paraná é lembrado. “Em cada programa que discutimos e lançamos tenho sempre um olhar para o estado. O Paraná contribui muito com o desenvolvimento econômico e social do país”, enfatizou. 

Cooperativismo -Segundo Gleisi, o cooperativismo é um motivo de orgulho para os paranaenses. “O Paraná  tem um dos melhores sistemas cooperativistas do Brasil, é uma referência. Muitas das ações que temos hoje no governo federal, Procap-agro, Prodecoop, Procap-crédito, foram inspiradas no movimento cooperativo do Paraná. As medidas do governo na área de crédito, principalmente agrícola, são muitas vezes baseadas nas solicitações paranaenses”, concluiu.

Moeda – No Encontro, Koslovski entregou à ministra uma moeda cunhada pelo Banco Central em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas, a pedido do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. 

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ENCONTRO ESTADUAL II: Evento contou com a presença de 10 parlamentares de diversos partidos

O Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, realizado na última sexta-feira (07/12), no Teatro Positivo, em Curitiba, contou com as presenças do governador Beto Richa e da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e também foi marcado pela presença expressiva de parlamentares federais e estaduais das mais diferentes siglas partidárias. Para o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, foi uma demonstração de que o cooperativismo cada vez mais é visto como uma alternativa viável para o desenvolvimento do estado. “Temos mantido um relação muito cordial com o parlamento, seja ele estadual ou federal e sempre que precisamos manifestar nosso ponto de vista sobre determinado assunto, os deputados têm nos atendido da melhor forma possível, independentemente do partido que pertençam. O próprio cooperativismo é uma filosofia apartidária e que busca viabilizar a atividade das pessoas em torno de uma sociedade conhecida por cooperativa, onde todos, de forma democrática e solidária participam ativamente”, destacou Koslovski.

Deputados Federais – Entre os deputados federais estiveram Reinhold Stephanes (PSD), Eduardo Sciarra (PSD), Luiz Carlos Setim (DEM), Angelo Vanhoni (PT) e André Zacharow (PMDB).

Deputados Estaduais –  Também prestigiaram o evento os deputados estaduais Teruo Kato (PMDB), Pedro Lupion (DEM), Élio Rusch (DEM), Tadeu Veneri (PT) e Toninho Wandscheer (PT).

Justificativa – O deputado federal Osmar Serraglio, que havia confirmado participação no evento mas por motivos de última hora não pode comparecer, enviou uma mensagem por escrito à diretoria da Ocepar justificando sua ausência e que foi lida pelo cerimonial. Na nota o deputado afirmou: “renovo, como membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo e em nome da Bancada Federal do Paraná, o compromisso de todos os parlamentares paranaenses pela constante ação e vigilância pelos legítimos interesses desse segmento econômico que a própria Constituição Federal eleva á categoria de proteção especial”.

Presenças – Além das duas mil pessoas presentes na plateia do Teatro Positivo, participaram também da abertura do evento o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o secretário da Agricultura do Estado do Paraná, Norberto Ortigara, o vice-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Jorge Gomes Rosa; o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Nivaldo Assis Pagliari; o presidente do Sebrae/PR e do Conselho de Administração do Sicoob/PR, Jefferson Nogaroli; o presidente da Fecomércio, Darci Piana; o presidente da Fiep, Edson Campagnolo; o presidente da Jucepar, Ardisson Naim Akel; Jurandir Oliveira, representando o presidente da Agência Fomento, Juraci Barbosa Sobrinho; o presidente do Instituto Emater, Rubens Niederheitmann; o diretor secretário da Faep, Livaldo Gemim, na oportunidade representando o presidente da entidade, Ágide Meneghette; o superintendente regional do Trabalho, Neivo Beraldim; Eduardo Pimentel, representando Luiz Damaso, presidente da Ceasa; o presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, Luiz Lucchesi, o diretor presidentes da Codapar, Silvestre Tino Staniszewski.

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CÓDIGO FLORESTAL: Leonardo Papp lança livro comentando nova lei

codigo florestal 10 12 2012(Large)O advogado, especialista em meio ambiente, Leonardo Papp, lançou pela editora Millennium o Livro: “Comentários ao Novo Código Florestal Brasileiro – Lei nº 12.651/12”. O prefácio do livro é do atual ministro dos Esportes, deputado federal Aldo Rebelo, que foi o relator da proposta de lei do novo Código na Câmara dos Deputados. “Assim como ocorre com a legislação ambiental em geral, as tarefas de interpretação e de aplicação dos dispositivos contidos no novo Código Florestal  estão inseridas num cenário de grande complexidade fática e jurídica....é dentro deste contexto que, através de comentários artigo por artigo à Lei, o presente livro tem o objetivo de instigar o debate acerca das possibilidades e dos limites do novo código, numa abordagem eminentemente jurídica”, escreveu em seu prefácio, Aldo Rebelo.

Leitura obrigatória - Para o presidente do Sistema Ocepar, a leitura desta publicação é obrigatória não somente pelos advogados que atuam no setor, mas principalmente por todos aqueles que desejam entender o que cada trecho da nova lei quer dizer e de que forma poderá ser aplicada. “O autor, Leonardo Papp teve uma participação fundamental durante todo o processo de discussão do projeto de lei, auxiliando não só o sistema cooperativista como também os próprios deputados que tinham interesse no tema. Com certeza um livro também obrigatório nas faculdades de direito para que os futuros profissionais entendam melhor sobre o Novo Código Florestal Brasileiro”, lembrou o dirigente cooperativista.

AGROSAFRA: Previsões são favoráveis para a safra de grãos da América do Sul

agrosafra 10 12 2012As empresas e operadores do mercado de soja e milho estão com os olhos focados no desenvolvimento da safra na América do Sul, que vem apresentando desenvolvimento satisfatório e problemas pontuais de escassez de chuvas. O plantio está sendo concluído no Paraguai e também restam poucas áreas para serem semeadas no Centro-Norte do Brasil e na Argentina. “Até o momento, as previsões são favoráveis e permitem estimar safra cheia. No último dia 6, a Conab anunciou o terceiro levantamento da safra brasileira de grãos 2012/13, com estimativa de produção de 180,2 milhões de toneladas. Já a área plantada deverá ser de 51,9 milhões de hectares”, ressalta o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

Soja - A produção brasileira de soja para a safra 2012/13 está prevista em 82,63 milhões de toneladas e produtividade estimada de 3.033 kg/hectare. Já a área plantada aponta um aumento de 8,8 %, devendo ficar em 27,24milhões de hectares. Para o Paraná, segundo produtor nacional, a previsão é de 15,20 milhões de toneladas e produtividade de 3.250 kg/hectare.

Trigo - O milho 1ª safra tem estimativa de área plantada de 7,1 milhões de hectares, apontando um decréscimo de 5,5%. Já para o milho safrinha a área estimada é de 7,62 milhões de hectares. A área total de milho prevista é de 14,76 milhões de hectares. A produção brasileira de milho (1ª e 2ª safra) está prevista em 71,93 milhões de toneladas e produtividade média de 4.873 kg/hectare.

Produção - O Paraná tem estimativa de produção total em 16,63 milhões de toneladas, sendo 6,54 milhões de toneladas para o milho 1ª safra e 10,08 milhões de toneladas para o milho safrinha. A produtividade paranaense estimada para o milho 1ª safra é de 7.700 kg por hectare. Para o milho safrinha, a produtividade prevista é de 4.980 kg/hectare.

Trigo - Quanto ao trigo, a produção estimada gira em torno de 4,47 milhões de toneladas, significando uma produção 23% inferior a de 2011/12 (5,78 milhões de toneladas). O Paraná, que tinha passado para a segunda posição de produtor de trigo, volta para ocupar a primeira posição, com previsão de produção de 2,11 milhões de toneladas e produtividade de 2.730 kg por hectare.

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Preços - Os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses na última sexta-feira (07/12) levantados pela Seab/Deral, foram de R$ 70,06/saca de 60 kg para a soja; de R$ 27,78/saca de 60 kg para o milho e de 35,83/saca de 60 kg para o trigo, com leve aumento para a soja, milho e trigo nos últimos 30 dias. Já nos últimos 12 meses, a elevação de preços foi significativa para as três commodities. 

 

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CAPAL: Obras da unidade de Joaquim Távora em fase final

capal 10 12 2012(Large)As obras da nova unidade da Capal em Joaquim Távora já estão em fase de acabamento. A inauguração está prevista para o início de 2013. A nova loja irá atender inicialmente 140 cooperados, que hoje pertencem à unidade de Carlópolis. A região se destaca na produção leiteira e tem um grande potencial a ser explorado. “A região de Joaquim Távora é muito carente de cooperativas. Hoje, nossos cooperados têm que ir até Carlópolis buscar seus insumos. A nova unidade vem para atender um número significativo de produtores que já são associados da Capal e, claro, para agregar novos cooperados e contribuir para o desenvolvimento da agropecuária na região, afirma o gerente da nova unidade, Claudinei Vieira. A unidade Joaquim Távora terá, no total, 2.500 metros quadrados de área construída, contemplando loja agropecuária, depósito de insumos e ração e área administrativa. (Imprensa Capal)

COOPERTRADIÇÃO: Cooperados são orientados sobre a aplicação de defensivos agrícolas

Clevelandia 10 12 2012 (Large)Aproximadamente 40 produtores estiveram reunidos sob a coordenação da Coopertradição e da Ihara, empresa que comercializa insumos agrícolas, recebendo orientações sobre o uso adequado e seguro de defensivos agrícolas; a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs), a regulagem de pulverizadores e utilização de bicos, reduzindo assim riscos de impacto ambiental e à saúde humana.

Conhecimento - A palestra aos agricultores foi ministrada pelo professor da Universidade Estadual de Londrina, Henrique Borges Neves Campos. O repasse de informações como estas tem o intuito de levar aos agricultores mais conhecimento e eficiência na aplicação de defensivos agrícolas e, consequentemente, diminuir os custos de aplicação para o produtor.

Redução de custos - “Passar de forma correta, em horários corretos, com equipamento adequado, além de ajudar o agricultor a ter melhores resultados no tratamento da sua lavoura, contribui para que o produtor possa, também, diminuir custos”, explica Campos. De acordo com Thiago Pereira Rezende, técnico de vendas da Ihara, é cada vez mais comum ver os agricultores tratarem suas áreas como empresas. “O agricultor tem buscado diminuir custos para aumentar os lucros. Tem procurado administrar melhor e com mais eficiência sua lavoura”.

Maneira e quantidade certas - Segundo Antonio Strapasson, técnico agrícola da Coopertradição, os produtores estão aplicando os produtos de maneira certa e na quantidade certa. “Porém, quanto mais presentes nós estivermos e quanto mais informações eles receberem, o percentual de acerto na hora de passar o defensivo agrícola será maior ainda. Isso sem contar a economia com o produto”.

Demanda - A palestra foi considerada fundamental, pois atendeu a demanda apresentada pelos trabalhadores, além de oferecer a eles noções quanto à compra e o prazo de carência do produto – intervalo entre a aplicação e a liberação para a venda e consumo. “O treinamento foi importante porque vai nos ajudar a cuidar melhor das nossas plantações. O agricultor tem se conscientizado hoje, para ter lucro, é fundamental não desperdiçar e aumentar a lucratividade”, afirmou o produtor Roberto Hasse.

União - Mais do que orientar os produtores, palestras como esta vêm unindo a iniciativa privada e instituições de ensino ligando as duas pontas do agronegócio. (Imprensa Coopertradição)

COCAMAR I: Jogos arrecadaram 6 mil quilos de alimentos

cocamar I 10 12 2012 (Large)O público que compareceu para ver os jogos da seleção brasileira de masters na quinta e sexta-feira passadas (06 e 07/12), respectivamente em Rolândia e Maringá, contribuiu com 6 mil quilos de alimentos, que foram arrecadados na entrada dos estádios. O time enfrentou, nessas cidades, combinados de convidados da cooperativa e, em ambas as partidas, venceu com facilidade. Em Rolândia, diante de quase 3 mil pessoas, a seleção integrada por jogadores aposentados como Edu e Zé Maria (tricampeões mundiais em 1970), Amaral, Zenon, Vítor, Pereira, João Paulo “Papinha”, Rosemiro e outros, fez 8 a 2. Em Maringá, 7 a 1.

Prêmios - No intervalo de ambos os jogos, houve o sorteio dos prêmios da Campanha Solidária Cocamar Purity 2012, que distribuiu 200.050 cupons e arrecadou cerca de R$ 2 milhões para 167 entidades assistenciais. Os doadores da Campanha concorreram a 2 veículos Clio Campo 1.0, 2 motocicletas Honda Fan 125cc e 10 aparelhos netbooks. Quem levou alimentos – encaminhados a entidades – concorreu a camisetas oficiais de vários clubes.

Ganhadores - Marlene Manetti (Maringá) e Cristiano Pereira (Sabáudia) ganharam os carros, e as motos ficaram para Rodrigo de Souza Nascimento (Rolândia) e Jorge Antônio Cadide Almeida (Maringá). Os netbooks foram para Liliane D. F. Lopes (Apucarana), Eiderval Vinícius P. Pinto (Primeiro de Maio), Caroline Ruotolo (Alvorada do Sul), Jorge Alexandre Faukas (Rolândia), João da Silva (Sertaneja), Laura Pereira Lopes (Maringá), Emídio Barbosa Lima (Maringá), Benedito Santos Soares (Paiçandu), Francisco Rodrigues (Cianorte) e Franciele Cravo (Terra Boa). 

Parceiros - O Solidariedade Futebol Clube, que incluiu a Copa Cocamar e foi promovido por Cocamar e Purity, contou com o apoio da Sicredi União, DuPont, Bayer, Syngenta, Basf, Unicampo e Unimed. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Futebol, truco, bocha e outras atividades reuniram 3 mil participantes

No sábado (08/12), cerca de 3 mil pessoas participaram da programação da Copa Cocamar 2012, na Associação Cocamar em Maringá, aberta às 8h30 com uma partida entre a seleção de masters e um combinado de cooperados. Ao longo do dia, 45 times driblaram o forte calor e disputaram o título nas categorias livre, veteranos e masters, enquanto 27 duplas de bocha e 83 de truqueiros competiam entre si. Mas o sábado não foi só de esportes. As mulheres ganharam um espaço onde, durante o dia inteiro, profissionais davam dicas sobre cuidados com a beleza.

Outras atividades - Em paralelo, o chef Taico, da RIC Record, ensinava a preparar pratos. A criançada, por sua vez, se divertiu nas piscinas e também nos brinquedos infláveis onde, entre outros atrativos, se disputava futebol de sabão. Para o almoço, quase uma centena de costelas assadas ao fogo de chão, servidas com vários outros acompanhamentos, tudo de graça. “Foi um evento de integração entre os cooperados, para celebrar os bons resultados de 2012”, comentou o presidente da cooperativa, Luiz Lourenço.

Campeões - No futebol, Sabáudia ficou em 1º lugar na categoria livre, à frente de São Jorge do Ivaí (2º) e Cambé (3º). Entre os veteranos, o título foi para Paranacity, com Maringá em 2º e São Jorge do Ivaí em 3º. No Masters, Maringá conquistou a taça, superando Ivatuba (2º) e Paranacity (3º).

Truco - Na disputa de truco, Terra Boa, com a dupla Flávio Rigamonti e Claudemir Rigamonti, conquistou o título, deixando Maringá (Antonio Souza Gomes e Romoaldo Calciolari) em 2º.

Bocha - Entre os bocheiros, Paulo Trento e Emerson Jesus Pieretti, de Japurá, ficaram em primeiro, com Francisco Colonelli e Antonio Colonelli, de Altônia, em 2º lugar.

Tapira, a mais solidária - Durante o sábado de Copa Cocamar, um outro campeonato correu em paralelo: uma disputa entre as unidades da cooperativa pelo título de mais solidária – entregue a que arrecadasse mais litros de leite. A vencedora foi Tapira, com 4.290 litros, seguida de Nova Esperança, em segundo, com 3.087 litros, e Maringá, terceiro, 2.932. No total, 15.878 litros que foram distribuídos para entidades assistenciais nos respectivos municípios participantes. (Imprensa Cocamar)

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2012/14: Fomento às cooperativas é prioridade do Plano Safra da Pesca

O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, apresentou na última quarta-feira (05/12), na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, o Plano Safra da Pesca para o triênio 2012/2013/2014, que prevê R$ 4,1 bilhões em financiamentos para o setor. A medida deverá beneficiar mais de 300 mil famílias e tem como meta retirar cerca de 100 mil delas da situação de extrema pobreza. Entre os beneficiados, estão cooperativas de pescadores artesanais, agricultores familiares, marisqueiras e mulheres de pescadores.

Sistema OCB - Participando ativamente do processo de construção do texto, o Sistema OCB contribuiu ativamente durante o processo de discussão do Plano junto ao Governo, garantindo a inclusão das cooperativas entre os beneficiários das políticas públicas que têm como objetivo o desenvolvimento sustentável e o estímulo à competitividade do setor pesqueiro no mercado. "Pensando no envolvimento do Sistema Cooperativista, a OCB, por meio do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conape), colaborou com a construção do Plano e sente-se orgulhosa em participar desta conquista que beneficiará as pessoas, trazendo bem estar para as comunidades e o seu desenvolvimento social", avalia a analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Flávia Zerbinato.

Linhas de financiamento - De acordo com o Plano Safra da Pesca, entre 2012 e 2014, serão criadas diversas bases de assistência técnica para atender as cooperativas e associações em todas as regiões do país. Além das linhas oficiais do Governo para todos os setores, as cooperativas contam com duas linhas específicas: o Prodecoop e Procap-Agro, com o objetivo de alavancar os investimentos, beneficiamento e comercialização, por meio de taxas especiais.

Organização - O Plano também prevê o desenvolvimento das comunidades envolvidas e a sua organização. Segundo Flávia Zerbinato, a OCB e o MPA vêm discutindo o planejamento de ações visando a profissionalização e sustentabilidade da atividade. "Para isso, estamos prevendo projetos para identificar modelos a serem implementados. Acreditamos que esta credibilidade oferecida para o setor de pesca e aquicultura motivará os profissionais destas atividades para a profissionalização, modernização das frotas e forma de comercialização, apoiando na redução dos níveis de desemprego, desigualdade social e fome no País", relatou.

Pontos fundamentais - De acordo com o ministro Crivella, há quatro pontos fundamentais no Plano: a desoneração da cadeia produtiva; o investimento em ciência e tecnologia e assistência técnica; o estímulo à formação de cooperativas; e o apoio a melhores condições de armazenagem e de comercialização do pescado. “São esses fatores que fizeram da cadeia produtiva bovina, do frango e de suínos um sucesso, e nós queremos investir para fazer valer isso para a produção de tilápias, tambaquis, camarões, pirarucus e moluscos bivalves, como mariscos e ostras”, declarou.

Pronaf - O ministro também destacou que as linhas de crédito do Programa de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf) agora contemplam os pescadores. Como parte da desoneração do setor, ele disse que o pescador terá uma carga tributária de 1% sobre a renda e não mais a incidência de impostos em cascata. (OCB, com informações Agência Câmara)

TRIGO: Mercado é discutido em Brasília

trigo 10 12 2012Com a quebra de safra de trigo na Rússia, Ucrânia e Argentina, principais produtores do cereal do mundo, a triticultura brasileira vive um momento positivo. Hoje, a média de preços da tonelada do cereal classe pão/tipo 1, por exemplo, chega a R$ 700, cerca de R$ 200 a mais do que o valor atual estabelecido pelo preço mínimo. Porém, de acordo com Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), o cenário é atípico, já que o mercado de trigo vem perdendo competitividade nos últimos anos, o que tem gerado uma preocupação por parte de todo setor produtivo.

Alternativas - Para buscar alternativas para solucionar os problemas vividos pelo segmento, Turra e o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, participaram na última quarta-feira (05/12) de um debate ocorrido em Brasília para discutir o tema. O encontro foi organizado pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) e Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN). Políticas de apoio à cadeia produtiva e a participação do Mercosul foram uns dos temas abordados durante o encontro. A audiência inteirou principalmente o ponto de vista do Ministério da Agricultura e também o das Relações Exteriores sobre o comércio entre Brasil e Argentina.

Subsídio - De acordo com Turra, um dos principais desestimuladores da triticultura brasileira é o subsídio oferecido pelo governo argentino às indústrias de farinha. Segundo dados colocados durante a reunião, a Argentina tem fixado alíquotas diferenciadas para o imposto de exportação, sendo mais elevada para o trigo (23%) e mais baixa para a farinha (13%). ''O governo brasileiro tem que buscar ampliar as negociações para neutralizar esses subsídios'', sublinha o dirigente. Além disso, Turra acrescenta que foi cobrado também uma política consolidada no fornecimento de crédito e incentivo à pesquisa para buscar variedades mais produtivas e de melhor qualidade. ''Precisamos ter um ganho em competitividade'', completa o especialista.

Preço mínimo - Com relação aos debates sobre o preço mínimo, Turra acrescenta que o ideal seria que o valor estabelecido fosse superior a R$ 550 a tonelada. Segundo o especialista, o valor mínimo deveria ter sido corrigido conforme os índices da inflação do período, como ocorreu com os valores dos adubos e fertilizantes. ''A reunião aconteceu para discutir e garantir os rendimentos futuros do setor'', observa. Turra completa que as reivindicações foram colocadas e uma possível resposta só poderá ser anunciada no final de fevereiro de 2013, quando se começa os preparativos para a safra de inverno.

Safra - De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná plantou na safra 2011/12, pouco mais de 774,2 mil hectares de trigo, 27% a menos do que se comparado ao ciclo anterior. O motivo dessa redução, segundo analistas, se deve ao aumento da área plantada do milho, motivada pelos bons preços da commodity que subiram depois de anunciada a quebra da safra americana. A produção neste ano foi de 2,11 milhões de toneladas, 14% inferior ao registrado na safra 2010/11. Para o próximo ano, ainda não foi realizado o levantamento de área e produção para o trigo, mas a estimativa é de aumento de área no Paraná. (Folha Rural / Folha de Londrina)

COOPERATIVISMO I: Faturamento das cooperativas pode chegar a R$ 37 bilhões

No Ano Internacional das Cooperativas, as associações brasileiras e paranaenses apresentam saldo positivo e crescimento superior ao avanço do PIB, que deve ser de apenas 1,27% segundo o Banco Central. 2012 foi determinado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o ano do cooperativismo de forma a reconhecer pelo papel desempenhado pelas associações no desenvolvimento econômico e social de aproximadamente 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. O slogan ''Cooperativas constroem um mundo melhor'' estimula a busca pelo desenvolvimento econômico sustentado, a mitigação da pobreza e a intercooperação.

Acima do esperado - O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, afirma que o setor cooperativista encerra 2012 com crescimento acima do esperado. Após as dificuldades enfrentadas pela quebra de safra, o preço das commodities compensou a perda dos agricultores. Em contrapartida, a valorização causou prejuízos aos produtores de aves e suínos. Mesmo diante desse cenário, a expectativa da Ocepar é de faturamento entre 12% a 15% superior ao obtido em 2011, passando de R$ 32 bilhões para R$ 36 bilhões ou R$ 37 bilhões este ano.

Investimentos - No ano, o investimento das cooperativas chegou a R$ 1,3 bilhão, sendo aproximadamente 60% em agroindustrialização e 40% em infraestrutura. O investimento teve resultado e do total da produção in natura das cooperativas do Paraná, 43% foi comercializado após passar por processo de transformação. Mesmo diante da redução da safra, as exportações das cooperativas paranaenses continuaram representando 34% do total das exportações cooperativistas brasileiras.

Agronegócio - O agronegócio continua respondendo pela maior movimentação das cooperativas do Paraná. Do total de 240 cooperativas, 81 são do ramo. Este ano, o Estado chegou a 12 associações com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão, sendo 11 do segmento agropecuário e uma do ramo da saúde. As cooperativas de saúde já somam mais de 1,9 milhão de usuários no Estado. Para Koslovski, a definição de um ano internacional das cooperativas foi extremamente positiva para o setor. ''A declaração da ONU ajudou a aumentar a percepção da sociedade sobre o papel desempenhado pelas cooperativas, que estão comprometidas com as comunidades que atendem'', avalia.

Brasil - No Brasil, as cooperativas reúnem 10 milhões de cooperados, uma expansão anual de 10%. Em 2011, o segmento exportou US$ 6,1 bilhões e entre janeiro e outubro deste ano, já somou US$ 5 bilhões. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), 50% de tudo que é produzido no País passa de alguma forma por cooperativas. A gerente geral da OCB, Tânia Zanella, afirma que o reconhecimento da ONU não foi por acaso. ''A ONU acompanhou a ascensão da participação das cooperativas no mercado e também o melhor desempenho do setor diante das crises financeiras de 2008 e 2012'', argumenta.

Interlocução - Segundo Tânia, o ano foi positivo para as cooperativas, que ampliaram a interlocução com entidades governamentais e conquistaram importantes benefícios e avanços legais, tais como a regularização das cooperativas de trabalho, a desoneração da folha de pagamento, a aprovação do Código Florestal e o incremento do Plano Safra no que se refere ao crédito rural. A gerente da OCB aponta como principais desafios para 2013 a manutenção da escala de crescimento do setor e da conscientização da população sobre as vantagens do cooperativismo, bem como o avanço nas negociações para redução da carga tributária. (Folha de Londrina)

COOPERATIVISMO II: Difusão do setor tem foco na juventude

cooperativismo II 10 12 2012Com 13,7 mil cooperados, a C.Vale Cooperativa Agroindustrial espera fechar 2012 com um faturamento de R$ 3,2 bilhões, o que representa um crescimento de 14,6% em comparação ao ano passado, quando totalizou R$ 2,79 bilhões em ganhos. A cooperativa atua no ramo mais significativo do cooperativismo paranaense, o agronegócio, tendo como principais produtos soja, milho, trigo, frangos, leite, suínos e mandioca. Para 2013, as expectativas da cooperativa são otimistas, graças à confiança de que a atual safra de verão será melhor do que a anterior, com previsão de clima favorável e preços elevados.

Superação - ''Foi um ano de superação. Enfrentamos uma forte estiagem durante a safra de verão 2011/12, que provocou quebra de 60% na produção nas regiões onde atuamos no Paraná. No setor de frangos, tivemos que enfrentar as dificuldades do mercado devido à valorização do milho e da soja. Mas como somos produtores desses grãos, o impacto foi menor e estamos conseguindo fechar o ano no azul'', avalia o presidente da C.Vale, Alfredo Lang. Segundo ele, o resultado obtido por associados de outras regiões reduziu o impacto do clima no recebimento de grãos para 40%. A safrinha de milho, com grande produção e valorização do grão, colaborou para a recuperação da cooperativa e dos cooperados. Além do Paraná, a cooperativa sediada em Palotina (Oeste), atua em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraguai.

Investimentos - Ao longo do ano, a C.Vale investiu R$ 210 milhões entre obras concluídas, em andamento ou aguardando liberação de financiamento. Os principais investimentos são em recebimento, beneficiamento, armazenagem, transporte de grãos e na avicultura. Em 2012, a C.Vale conquistou a segunda posição no prêmio de Melhores Cooperativas do Ano, promovido pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), na categoria Comunicação e Difusão do Cooperativismo.

Cooperjovem - Com o objetivo de dar continuidade ao cooperativismo, a C.Vale busca sensibilizar os jovens por meio do Cooperjovem. São promovidos treinamentos para professores de escolas públicas e particulares e fornecido material didático para que os alunos do ensino fundamental aprendam sobre o cooperativismo. ''Os estudantes passam a ter noção do que o cooperativismo é capaz de promover e até passam a ser mais solidárias na sala de aula e em casa'', comemora Lang. Esse ano, o Cooperjovem envolveu 1.750 alunos e 85 professores. Durante os 13 anos do programa, mais de 20 mil estudantes e 400 professores participaram do Cooperjovem. (Folha de Londrina)

COOPERATIVISMO III: Crédito cresce acima da média

O segmento de crédito apresenta o maior crescimento no cooperativismo e no Paraná já reúne R$ 13 bilhões de ativos, sendo responsável por mais de 20% do apoio ao custeio das lavouras paranaenses. ''As cooperativas de crédito são muito fortes na área rural, mas têm crescido também na área urbana. Em todo o mundo, as cooperativas apresentaram maior resistência à crise financeira do que as demais empresas'', comenta o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

Novos associados - Em 2012, o Sicredi conquistou 80 mil novos associados no Paraná, um aumento de 18% no número de cooperados, que totalizam 500 mil. Em todo o Brasil, a cooperativa apresentou um saldo positivo de 230 mil novos cooperados. O presidente da Central Sicredi Paraná/São Paulo, Manfred Dasenbrock, acredita que a nomeação da ONU de estabelecer 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas favoreceu a divulgação do sistema e, especificamente no ramo de crédito, o ano foi positivo para esclarecer as diferenças entre cooperativas e bancos.

Depósitos realizados - Em termos de depósitos realizados, a cooperativa teve crescimento de 30%, o equivalente a R$ 1,3 bilhão. Os ativos de crédito também apresentaram incremento aproximado de 25%. ''Os números positivos e acima do planejado são consequência das ações pontuais que realizamos dia a dia e do atendimento fornecido aos associados'', analisa Dasenbrock. Com 350 pontos de atendimento, o Sicredi está presente em 280 municípios paranaenses. Em 70 cidades, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras. Com origem no agronegócio, as cooperativas de crédito apostam no avanço nas áreas urbanas. (Folha de Londrina)

RIO DE JANEIRO: “Bolsa verde" estreia com o foco em reserva legal

Será lançada nesta segunda-feira (10/12) a primeira "bolsa verde" para comercialização de ativos ambientais no mercado futuro. A Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio) entrará em operação com cerca de 100 ofertas de títulos de florestas excedentes em propriedades rurais do país.

Oferta e demanda - Assim como ocorre com outras commodities, a lei de oferta e demanda determinará o ritmo e os preços desses papéis. No caso da "bolsa verde" - uma plataforma online que aglutina compradores e vendedores -, estarão disponíveis neste primeiro momento as chamadas Cotas de Reserva Ambiental (CRA), pelas quais quem estiver com déficit de cobertura florestal poderá comprar o excedente de floresta de uma outra propriedade. Mas não é só: já no primeiro semestre de 2013 deverão ser comercializados cotas de coleta e reciclagem de materiais e, futuramente, de efluentes industriais e créditos de carbono.

Compensação - "As cotas de Reserva Ambiental são títulos representativos de cobertura vegetal que podem ser usados para compensar a falta de Reserva Legal em outra propriedade. É uma forma mais barata e viável do que o replantio ou recomposição da vegetação nativa", diz Pedro Moura Costa, presidente executivo da BVRio. "Mais importante do que a dimensão dos mercados desse ativo é a possibilidade de cumprir obrigações ambientais com eficiência", afirma.

Reserva Legal - A legislação brasileira determina aos proprietários rurais deixar em pé parte da floresta nativa de sua propriedade para preservação - a chamada Reserva Legal. Esse percentual de preservação varia de acordo com o bioma. Propriedades localizadas na Mata Atlântica, por exemplo, devem manter intactas 20% de sua área total. Na Amazônia, 80%. Cálculos diversos de fontes acadêmicas mostram que há no Brasil um déficit de 40 milhões a 45 milhões de hectares de florestas nativas nas cerca de 5 mil propriedades rurais do país.

Mercado futuro - Parte dessa área, portanto, é passível de ser compensada via mercado futuro. O limite das negociações está na oferta - não são tantas as propriedades com excedente de floresta que possa ser vendido. Segundo Costa, a situação varia conforme a região. No Amazonas, um Estado ainda altamente preservado, há uma estimativa de excedente de florestas em áreas particulares. O Paraná, com tradição agrícola, tem déficit de verde.

Mesmo Estado ou bioma - Para que as operações em bolsa aconteçam a compensação deve ser feita, preferencialmente, dentro do mesmo Estado. Caso isso não seja possível, a lei permite ainda compensações dentro do mesmo bioma. De acordo com Costa, o preço de uma CRA pode variar significativamente de um local para o outro. Um papel referente ao Centro-Oeste vale mais, por exemplo, que um similar da Caatinga.

Vantagem - A vantagem de optar pela compra desses títulos está sobretudo na facilidade da prestação de contas com as autoridades ambientais. "Restaurar uma área florestal custa dinheiro, podendo chegar a R$ 8 mil o hectare. Ainda que o custo de uma CRA chegue a esse patamar, o proprietário escapa do trabalho para restaurar", diz, referindo-se à compra de mudas, plantio e manutenção da área restaurada. Os papéis são divididos em períodos de cinco, dez, 20 e 30 anos, mas podem ter também caráter perpétuo.

Transição - "É um instrumento muito interessante nesse momento de transição do Código Florestal", diz Eduardo Rieder, presidente da Associação dos Produtores de Mato Grosso do Sul. Segundo ele, há grande interesse por parte dos produtores em atuar nesse mercado. "Só estamos aguardando o Cadastro Ambiental Rural (CAR, o mapeamento por satélite das propriedades) para saber ao certo o tamanho do nosso ativo e passivo".

Mercado de ativos - A efetiva criação do mercado de ativos florestais depende da implementação desses cadastros, concedidos pelas autoridades ambientais estaduais. Sob as regras da BVRio, proprietários de terras terão dois anos, a partir da implementação do CAR, para fazer a inscrição na bolsa. "Mesmo que as estruturas regulatória e tecnológica do cadastro ambiental ainda estejam em implementação, proprietários rurais já podem negociar CRAs na bolsa por meio de contratos de compra e venda para entrega futura, com preços pré-fixados", diz Maurício Moura Costa, diretor de operações da BVRio.

Opção vantajosa - Para ele, os ativos ambientais são uma opção duplamente vantajosa: o produtor não perde tempo nem dinheiro com o reflorestamento, e tampouco área de plantio. Do ponto de vista ambiental, o ganho também é conferido, já que o volume final de florestas no Estado ou bioma é mantido com o incentivo econômico que o vendedor de cotas terá para preservação. (Valor Econômico)

ACORDO CLIMÁTICO: Reunião prorroga Protocolo de Kyoto

Com todos os eventos extremos que afetaram o mundo neste ano, era de se esperar mais. O mundo já está sentindo os impactos que podem ser trazidos pelas mudanças climáticas, mas o texto final apresentado sábado (08/12) em Doha (Catar) na Conferência do Clima da ONU passa a impressão de que ainda há muito tempo para lidar com o problema. Após duas semanas de negociações - e um encerramento adiado por pelo menos 26 horas na virada de sexta para sábado - não foi possível superar a falta de ambição que todos os países pediram, mas que nenhum teve condições de entregar. Nem contornar o velho dilema de países em desenvolvimento cobrando dos desenvolvidos financiamento para combater as mudanças climáticas. Mas a COP 18 trouxe ao menos um resultado que foi comemorado - a prorrogação do Protocolo de Kyoto até 2020.

Segundo período - O acordo, único legalmente vinculante que traz metas para os países ricos reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa, expiraria no fim do ano. Com a decisão de Doha, um segundo período passa a valer já em 1º de janeiro, com menos participantes e novas metas de redução. Países da União Europeia, por exemplo, se comprometem a reduzir 20% de suas emissões. No caso do bloco, pode subir para 30%. O texto também prevê que em 2014 seja feita uma revisão desses valores.

Sensível - O ponto mais sensível para a aprovação do documento foi a questão do chamado "ar quente", créditos de emissões reduzidas que países do Leste Europeu e ex-membros da União Soviética têm porque diminuíram suas emissões além da meta. A proposta era de que haveria uma concessão limitada (de 2,5%) para que esses países carregassem esse crédito para o segundo período de Kyoto.

Negociações - O tema chegou a bloquear as negociações e tinha potencial de impedir que ele fosse aprovado, o que poria todo o resto a perder. A Rússia não entrou no 2º período, mas queria continuar usando seus créditos, mesmo sem ter novas metas de emissão.

Artificial - Países em desenvolvimento, no entanto, exigiam que isso não acontecesse porque a tal redução "a mais" foi meio artificial. Como esses países eram muito ineficientes ao fim do regime comunista, ao adotarem simples ações de eficiência energética, puderam cumprir sua meta. Esse carregamento, dizem, pode comprometer a integridade ambiental do novo Kyoto.

 

Brasil - Para o Brasil, que considerava a continuidade do protocolo essencial, o resultado poderia ter sido melhor. Um dos pontos que não foi decidido é como os países ricos vão desembolsar a partir do ano que vem, e até 2020, os US$ 100 bilhões prometidos na COP de Copenhague. Um desejado mapa especificando isso não foi fechado em Doha.

Base legal - Mas ao menos, afirmaram os brasileiros, se evitou o colapso de Kyoto. Ele vai servir como base legal, dizem, para a negociação de um novo acordo climático até 2015, para entrar em vigor em 2020, envolvendo todos os países. "Tínhamos de manter Kyoto para avançar em um novo acordo legal vinculante", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "É um modelo baseado em regras que garante que todo mundo envolvido está fazendo sua parte", disse o embaixador Luiz Figueiredo Machado, principal negociador do Brasil.

Prejudicados - Entre os países em desenvolvimento e ONGs, a sensação era de que os Estados insulares e as nações menos desenvolvidas foram as que mais perderam na negociação. Em todo o processo, eles foram bastante passionais ao praticamente implorar para que houvesse mais ambição, a fim de evitar que o planeta aqueça mais de 2°C. E queriam fortemente que fosse criado um mecanismo para lidar com suas perdas e danos.

Ajuda financeira - Alguns países já estão além da possibilidade de se adaptar. "Só nos encontramos nessa situação porque os países desenvolvidos falharam em ajudar financeiramente", disse Pa Ousman, delegado de Gâmbia.

Abismo - "Há um abismo moral entre o que foi decidido aqui e o que a ciência e a realidade mostram. Eventos extremos aconteceram neste ano em todo lugar, como o furacão Sandy, o tufão nas Filipinas, seca recorde no Brasil e nos EUA, e os países não se posicionaram para evitar isso", disse Carlos Rittl, da WWF-Brasil. "É um resultado pífio." (Agência Estado)

FOCUS Mercado volta a elevar previsão para inflação em 2012

focus 10 12 2012A expectativa do mercado financeiro para a inflação neste ano voltou a se deteriorar. A mediana das estimativas de cerca de cem analistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurada pelo Banco Central para o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, subiu de 5,43% para 5,58%.

IBGE - Na sexta-feira (07/12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o IPCA marcou alta de 0,60% em novembro, ante 0,59% em outubro, uma variação bem acima da expectativa média de 0,50%, apurada pelo Valor Data.

Acumulado - No acumulado até novembro, o IPCA marcou 5,01% e, em 12 meses, 5,53%. No Focus desta segunda, a mediana para a inflação em 12 meses passou de 5,39% para 5,44%. Para 2013, foi mantida a estimativa de 5,40% para o IPCA.

Outros indicadores - Nesta segunda-feira, mais dois indicativos de que a inflação ao consumidor está mais salgada. O IPC-S, da Fundação Getúlio Vargas, se acelerou de 0,45% na última semana de novembro para 0,63% na primeira de dezembro. E o IPC também acelerou, para 0,56% na primeira prévia do IGP-M de dezembro, de 0,16% no mesmo período de novembro.

Selic - Apesar da perspectiva de deterioração da inflação, e da atividade ainda fraca, o mercado não alterou sua projeção para a Selic ao fim de 2013. A mediana ficou em 7,25%, taxa atual. Já há quem considere uma taxa de juro abaixo desse nível no próximo ano, conforme matéria publicada pelo Valor na semana passada, mas essa expectativa ainda não chegou ao Focus. (Valor Econômico)

PIB I: Projeção de crescimento da economia este ano cai para 1,03%

A projeção para o crescimento da economia, este ano, foi reduzida pela quarta semana seguida por instituições do mercado financeiro, de acordo com pesquisa feita pelo Banco Central (BC). A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 1,27% para 1,03%. Para 2013, também houve redução, de 3,7% para 3,5%. Para a produção industrial, a projeção de retração neste ano passou de 2,38% para 2,27%. Em 2013, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 3,75%. Apesar da expectativa de expansão, as projeções estão em queda há duas semanas. A estimativa anterior era 3,82%.

Dólar - A projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 2,07 para R$ 2,08, este ano, e de R$ 2,06 para R$ 2,08, em 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 20 bilhões, este ano, e passou de US$ 15,52 bilhões para US$ 15,6 bilhões em 2013.

Outras estimativas - A estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35,15% para 35,1%, este ano, e continua em 34%, em 2013. Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a projeção permanece em US$ 54 bilhões, este ano, e em US$ 65 bilhões, em 2013. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões, em 2012, e passou de US$ 59,5 bilhões para US$ 60 bilhões em 2013. (Agência Brasil)

PIB II: Brasil cresce pouco e fica para trás na AL

O raquitismo que acometeu o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos dois anos, e a constatação que outros indicadores importantes - taxa de investimento, taxa de poupança e inflação - são piores do que os da maioria dos grandes países da região, deu munição aos economistas liberais e abriu novo debate no cenário macroeconômico.

Causa - Afinal, o que provoca o baixo crescimento brasileiro? Ele deriva da crise internacional, como se tornou senso comum interpretar, ou de distorções internas, cuja veracidade seria comprovada pelo desempenho melhor dos vizinhos, especialmente aqueles que também adotam o regime de metas de inflação, como Chile, Colômbia, México e Peru? Os ortodoxos estão com a segunda opção, mas há também cobrança de correção de rumo no "front" heterodoxo.

Para trás - O economista Armando Castelar, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), procura demonstrar em palestras e artigos que o Brasil está ficando para trás em relação aos seus pares do que e chama de G-5 da América Latina (além do Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru). "Há algo de verde-amarelo na desaceleração recente", aponta um trecho da apresentação feita por Castelar durante evento em homenagem aos 70 anos do economista Régis Bonelli, também da FGV e da PUC-Rio.

Crescimento médio - Com a ajuda de projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), Castelar mostrou que, no biênio 2011-2012, enquanto o Brasil cresce a uma taxa média em torno de 2% ao ano, o Chile chega a 5,1%, a Colômbia, 5,3%, o México, 3,8%, e o Peru, que vem em longa trajetória de crescimento elevado, 6,2%. A taxa da América Latina como um todo será de 3,8%, resultado nada "bombástico", mas, mesmo assim, quase o dobro da taxa brasileira.

Descolamento - Em artigo publicado quinta-feira pelo Valor, Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central e hoje sócio-diretor da consultoria Schwartsman & Associados, afirma que, no ciclo recente, a curva de crescimento brasileira desvinculou-se, para pior, da tendência histórica de ser semelhante à dos demais países da região.

Fenômeno local - Segundo o artigo de Schwartsman, "os dados sugerem que o baixo crescimento nacional é um fenômeno local. Já as causas são objeto de debate feroz, embora minha explicação favorita ainda aponte para o esgotamento do processo de incorporação de mão de obra ociosa como um culpado provável".

Investimento - Os dados compilados por Castelar, e outros pesquisados pelo Valor, especialmente no site da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), mostram que, em grande parte dos indicadores, o Brasil perde para economias mais robustas e abertas da região. A taxa de investimento como proporção do PIB é, no período 2005-2011, de longe, a menor, 18,7% ao ano, contra 22,5% do Chile, 22,7% da Colômbia, 25,2% do México e 22,8% do Peru.

Poupança doméstica - Com a taxa de poupança doméstica, principal determinante da capacidade de investir, acontece o mesmo. No período 2010-2011, segundo dados da Cepal, a brasileira ficou em 17,5% ao ano. A segunda pior do grupo foi a da Colômbia, mais de dois pontos percentuais superior (19,7%). O México aparece com 23,8%, o Chile, com 23,8% e o Peru, com 24,5% ao ano.

Argentina - Ironicamente, a Argentina, vista com olhos desconfiados por grande parte dos economistas brasileiros, aparece com taxa de poupança anual de 25,6% no período, o que talvez explique o crescimento de 8,8% do PIB em 2011, o maior entre os grandes da região.

IED - No investimento estrangeiro direto (IED), o Brasil, sozinho, representa cerca da metade do total recebido pelos seis grandes países - US$ 66,66 bilhões atraídos em 2011. Quando o IED é visto como proporção do PIB, entretanto, o país cai para o último lugar, com apenas 1,62%, contra 6,95% do Chile, no outro extremo. O Brasil aparece também nas primeiras colocações em taxa de desemprego (5,9% no primeiro semestre de 2012 e na variação do salário real (3,7% no mesmo período).

Infraestrutura - Para Castelar, está claro que o Brasil está crescendo pouco em relação às perspectivas, e correndo o risco de conviver "com bons fundamentos, mas em um ambiente que não leva ao crescimento". Esse ambiente inclui fatores como infraestrutura ruim e uma economia fechada. A corrente de comércio brasileira (exportações mais importações) é a menor, em torno de 20% do PIB, contra quase 80% do Chile.

Debate - O momento, na visão do economista, é propício a que se abra um debate sobre o modelo econômico, que ele considera um híbrido entre os mais estatizantes, como o da Venezuela, e os mais abertos, como os do Chile, México, Peru e Colômbia. O presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, concorda em parte com as teses defendidas por Castelar. Para ele, "o crescimento baseado na expansão do consumo está aparentemente esgotado" e o Brasil precisa abrir sua economia e investir na expansão da oferta. (Valor Econômico)

PIB III: Para economistas, cenário externo também afetou resultado

Para alguns economistas, é preciso tomar cuidado com as comparações entre o Brasil e outros países latino-americanos. A atração de investimento estrangeiros na região demonstra isso. Do total desses recursos destinados ao Brasil em 2011, 46% foram para a indústria de transformação. No caso do Chile, o número cai para apenas 5%. No país andino, mais da metade (53,5%) das exportações - que totalizaram US$ 80,8 bilhões em 2011 - tem origem no complexo cobre.

Relativo - Para o economista Carlos Mussi, chefe do escritório brasileiro da Cepal, é necessário "relativizar" as comparações internacionais e levar em conta "o grau de complexidade das economias". Segundo ele, a situação internacional tem, sim, um efeito importante sobre o comportamento do empresário brasileiro na hora de investir. "O empresário sabe que o histórico é que os ciclos externos vão sempre bater aqui. Ele precisa acreditar que, agora, a situação interna é diferente", afirma.

Crise internacional - O economista João Saboia, professor de macroeconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concorda que há fatores internos travando um crescimento maior da economia brasileira, mas vê também um papel importante da crise internacional nas expectativas do empresariado e nas consequentes decisões de investimentos. "Tem um lado externo que não pode ser negado, mas há também dificuldades internas que não estão sendo superadas. "

Nível baixo de investimento - Para Saboia, o nível de investimento brasileiro "está muito baixo, tanto no campo privado como no público". Para ele, o governo também precisa explicar melhor quais são os objetivos dos incentivos que estão sendo dados a alguns setores, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis. O economista acha que as ações do governo estão muito "pontuais" e concentradas no curto prazo, sem clareza quanto às intenções "mais no médio prazo".

Discordância - Saboia discorda, no entanto, em relação ao diagnóstico de esgotamento do modelo de crescimento focado no mercado interno. Acha que, mesmo vivendo um momento "amarrado", ainda é o caminho mais provável para a superação do período de baixo crescimento. Para o professor da UFRJ, a população brasileira tomou uma espécie de "porre de crédito" e se endividou além da conta, precisando de tempo para voltar às compras.

Singular - Felipe Kezen, professor de economia internacional da Universidade Mackenzie, no Rio, e de finanças na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), também não concorda com a teoria do esgotamento do mercado interno. "Essa é uma crise mundial singular. Não é de escassez, é de produção", diz.

Consequência - A consequência, segundo o professor, é que "que quem apostar totalmente no liberalismo toma uma surra da China", o país que elevou a escala de produção a níveis nunca antes alcançados, a preços baixos e cada vez com mais qualidade, e que colocou Estados Unidos e Europa na defensiva.

Estágio diferente - Nesse contexto, Kezen vê a América Latina buscando espaços em estágios muito diferentes e, por isso, difíceis de serem comparados. A maior parte dos países é exportadora de produtos primários, dos quais a China é a grande compradora, para viabilizar sua produção industrial em larga escala.

Produtos primários - No Brasil, os produtos primários estão bancando o crescimento das importações, mas sem as históricas crises cambiais a indústria perdeu sua proteção. "Uma coisa boa está fazendo mal", diz Kezen. Apesar disso, segundo ele, a economia brasileira está "crescendo por dentro" nos indicadores sociais e de renda, aspectos que o PIB não estaria conseguindo captar. (Valor Econômico)


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