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Informe Paraná Cooperativo - edição nº 5400 | 06 de Setembro de 2022

FERIADO: Informe Paraná Cooperativo volta a circular na sexta-feira

feriado 06 09 2022

 

O Sistema Ocepar estará em recesso nesta quarta-feira (07/09), devido ao feriado nacional em comemoração ao Dia da Independência do Brasil, e na quinta-feira (08/09), em virtude da celebração do Dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira da cidade de Curitiba. O expediente retorna ao normal na sexta-feira (09/09), quando o Informe Paraná Cooperativo também voltará a circular.

 

COOPERATIVISMO: “Somos criados para competir e não cooperar”, afirma Ricken

entrevista 06 09 2022Durante entrevista ao vivo para o jornalista João Barbiero, da rádio Lagoa Dourada, de Ponta Grossa, no Programa Manhã Total desta terça-feira (06/09), o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, falou sobre o cooperativismo paranaense e também sobre o Programa de Educação Política, liderado pela entidade junto às cooperativas do Paraná. “Somos criados para competir e não para cooperar! Na sociedade em que vivemos é normal ser competitivo, querer ser o melhor, mas acredito que, quanto mais a filosofia da cooperação for difundida, especialmente às crianças e jovens, nós poderemos mudar esta realidade, fazer com que as pessoas possam cooperar, pensar no coletivo e deixar o individualismo”, frisou.

Campo Mourão - Ricken participou da conversa direto da região Noroeste do Paraná: “Estou falando com seus ouvintes aqui, direto de Campo Mourão, onde fica a maior empresa privada do Paraná que é a Coamo, inclusive, na noite de ontem, ela foi mais uma vez premiada pela sua excelente gestão pelo Jornal Valor Econômico, Prêmio Valor 1000, entre as maiores do agronegócio brasileiro. Ela funciona de uma forma democrática, dentro dos princípios do cooperativismo, onde seus mais de 20 mil cooperados tem voz e vez. Com uma liderança estabelecida, uma comunicação bem clara e objetiva com seu público. Como temos também aí na região dos Campos Gerais, as cooperativas de imigrantes, onde exercem um forte trabalho de cooperação, num um projeto pioneiro de intercooperação, por meio da Unium, entre a Frísia, Castrolanda e Capal. E, agora, unidas a outras cooperativas, estão construindo a maior maltaria do Brasil, em Ponta Grossa. Exemplo de cooperação que dá certo e onde sempre é melhor do que competir. E assim inúmeros exemplos pelo estado todo de sociedades cooperativas que contribuem para o desenvolvimento local, na geração de empregos, hoje mais de 130 mil diretos e na distribuição de renda”, destacou.

Educação Política - Outro tema abordado pelo presidente Ricken foi o Programa de Educação Política do Cooperativismo Paranaense. “Neste mesmo raciocínio de que precisamos cooperar cada vez mais, estamos realizando, pela segunda vez consecutiva, um programa que tem por objetivo inicial o voto consciente. “Incentivar nossos 3 milhões de cooperados a se interessar por essas eleições, escolher bem seus candidatos para que possam representar o cooperativismo, especialmente no Congresso Nacional. Temos hoje uma bancada de deputados e senadores paranaenses que integram a Frente Parlamentar do Cooperativismo em Brasília e precisamos, nessas eleições de outubro, fortalecê-la ainda mais. Por isso, queremos valorizar aqueles candidatos que nos apoiaram ou que assumiram o compromisso de defender nossas pautas no Congresso. As pessoas acham que as principais decisões são tomadas pelo Executivo. Não é, o presidente ou governador precisa da aprovação do Congresso e, para isso, precisa ter também sua base forte lá. Tudo passa pelo Congresso, são eles, os deputados e senadores, que aprovam as principais medidas e políticas de governo. Assim, precisamos ter um Congresso bem preparado. Este é nosso segundo objetivo, eleger parlamentares comprometidos na defesa do cooperativismo, setor que tanto contribui para o desenvolvimento do Paraná, do Brasil”, salientou.

Crise - Ao ser questionado por Barbiero sobre os bons resultados alcançados pelo cooperativismo paranaense, mesmo em período de crise, especialmente durante a pandemia da Covid-19, Ricken afirmou: “O setor cooperativista não parou, continuamos produzindo durante a pandemia, afinal, não poderia faltar comida na mesa das pessoas que ficaram em casa, muitas doentes. O sistema de saúde não parou, o crédito não parou, o transporte e tantos outros serviços prestados pelas nossas cooperativas não pararam durante a pandemia, por serem serviços essenciais. Por isso, é importante termos aqui no Paraná um modelo eficiente de cooperativismo, que não fica devendo nada para outros países. No ano passado, o setor encerrou com uma movimentação econômica de cerca de R$ 158 bilhões, dos quais aproximadamente 85% gerados pelas cooperativas agropecuárias. Mas o cooperativismo não é somente agro, temos outros segmentos importantes, como o de saúde, crédito, transporte, infraestrutura, consumo, trabalho e bens e serviços. Na área de saúde, temos as cooperativas Unimeds, Uniodonto, Dental Uni, Cooenfe, dos enfermeiros e tantas outras. No crédito, Sicredi, Sicoob, Cresol, Uniprime e várias cooperativas.”

Clique aqui para conferir na íntegra a entrevista concedida pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, ao Programa Manhã Total

 

ENCONTRO DE AGENTES: Dupla Os Mentalistas abre oficialmente a programação do evento

 

O Encontro de Agentes 2022 será aberto oficialmente em 14 de setembro, em Matinhos, litoral paranaense, às 8h30, com a presença da dupla Os Mentalistas, formada por Beto Parro e Rafa Moritz, psicólogos e especialistas em comportamento humano. Nesse mesmo dia haverá ainda a apresentação de palestra com o economista e especialista em liderança e gestão de times, Adeildo Nascimento. Em entrevista ao jornalista Alexandre Salvador para a rádio Paraná Cooperativo, Rafa Moritz falou sobre um pouco sobre como será a participação da dupla no evento. “Vou co-pilotar esse grande encontro falando sobre muitas coisas do comportamento humano, que é parte da nossa especialidade. Sempre de uma forma curiosa, a gente vai tentar abordar assuntos como cooperação, o funcionamento do trabalho em equipe dentro da psicologia humana, vindos de tantos pontos de vista diferentes, cada um com a sua história e fazemos isso, eu e o Beto, de forma bem inusitada. Nós, como mentalistas, somos ilusionistas da mente. Nós propomos ilusões psicológicas, o que sempre traz um ar de mistério, mas, principalmente, de descontração”, pontuou

Diferenciais competitivos - Já Adeildo Nascimento explicou ao repórter como será sua palestra com o tema "Cultura e gestão como diferenciais competitivos". “No atual momento econômico, tecnológico e social, a cultura, a gestão e a governança das organizações definitivamente são o grande diferencial competitivo. E por que isso? Esse é o tema que eu irei abordar na palestra. Também vou tratar sobre o papel dos agentes nessa história toda. Então, vai ser um prazer estar com vocês em mais esse evento especial do Sescoop/PR”. Clique nos links abaixo para conferir na íntegra os áudios.

Rafa Moritz

Adeildo Nascimento

Promoção - O Encontro é promovido pelo do Sistema Ocepar, por meio do Sescoop/PR, e irá reunir agentes de Autogestão, Profissionalização e Cooperativismo de todo o Estado, no Sesc Caiobá, entre os dias 13 e 15 de setembro. Cento e quinze profissionais de 43 cooperativas paranaenses já confirmaram presença.

 

Atividades - Ainda no primeiro dia, o superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, fará uma apresentação sobre as ações da entidade. Também serão realizadas oficinas por coordenação (Profissionalização, Monitoramento e Cooperativismo), para se trabalhar temas específicos voltados aos agentes de cada área da cooperativa.

 

Cases e palestra - No dia 15 de setembro, os participantes do Encontro de Agentes 2022 irão conhecer cases de práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança, na tradução em português) desenvolvidas pelas cooperativas da região Centro-Sul do Paraná, dos ramos agropecuário, crédito e saúde. O encerramento ocorrerá com a presença da palestrante, médica, apresentadora, atleta e aventureira, Karina Oliani, que vai falar sobre o tema: “Qual é o seu Everest?”. Ela já escalou duas vezes o Monte Everest, montanha onde se encontra o ponto mais alto do mundo, com 8.848 metros de altura em relação ao nível do mar. Também foi a primeira brasileira a escalar o K2, segunda montanha mais alta do mundo. Karina é ainda bicampeã brasileira de wakeboard e snowboard.

 

Informações - Mais informações com Sandra Schmidt (sandra.schmidt@sistemaocepar.coop.br).

 

encontro agentes folder 01 09 2022

VALOR 1000: Coamo é a maior do agronegócio brasileiro

coamo 06 09 2022A Coamo Agroindustrial Cooperativa ficou em primeiro lugar no ranking do agronegócio da 22ª edição de Valor 1000. Em um ano difícil como 2021, quando a segunda safra de milho no Estado do Paraná teve redução de 53%, castigada pela estiagem, a cooperativa registrou receita de R$ 24,666 bilhões, expansão de 23,3% sobre o ano anterior.

Entrega - A premiação do Valor 1000 foi entregue às maiores empresas de 26 segmentos da economia nacional, com base nos dados de 2021. O presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, recebeu o troféu Valor 1000, pela 10ª vez em 22 anos no evento de homenagem as empresas campeãs no mais completo ranking de economia brasileira, promovido pelo jornal Valor Econômico. "É um orgulho ver o reconhecimento pela sociedade de todo este trabalho que a Coamo vem realizando em prol do desenvolvimento dos nossos cooperados", comemora Gallassini.

Diversidades - Para Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, 2021 foi um ano de diversidades. "Houve um impacto forte com as frustrações ocorridas, mas é nesse momento que a cooperativa é mais importante para os cooperados, que buscam um porto seguro e a cooperativa é um porto seguro." Segundo ele, "A Coamo é um lugar onde, no momento de dificuldade, o cooperado busca as melhores condições." Galinari prestigiou o evento juntamente com os cooperados membros do Conselho de Administração da cooperativa, Emílio Guerreiro Júnior, Adriano Bartchechen e Wilson Pereira de Godoy.

Trajetória de expansão - Segundo o Anuário do Valor 1000, com os ventos soprando a favor ou contra, a cooperativa manteve sua trajetória de expansão. Para recebimento da produção agrícola dos seus mais de 30 mil cooperados conta com 111 unidades em 73 municípios nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A soja é seu carro-chefe, seguida pelo milho, trigo, café e outros. O seu quadro de colaboradores contabiliza 8.549 funcionários.

Crescimento - Frederic Kachar, diretor Geral de Mídia Impressa e Rádio do Grupo Globo explica que o levantamento da premiação do Valor 1000 em 2022 mostra que as 1 mil maiores empresas registraram, no ano passado, crescimento na receita líquida de 26%, 53% no Ebitda e 260% no lucro líquido. (Imprensa Coamo)

 

RECONHECIMENTO: Inscrições ao Prêmio SomosCoop Melhores do Ano encerram dia 15 de setembro

reconhecimento 06 09 2022O prazo de inscrições para a 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano termina em 15 de setembro, às 18h, horário de Brasília (DF). Ele é realizado pelo Sistema OCB sempre em anos pares com o propósito de reconhecer as boas práticas das cooperativas de todo o país. Ao todo, são seis categorias: Comunicação e Difusão do Coop; Coop Cidadã; Desenvolvimento Ambiental; Fidelização; Inovação; e Intercooperação.

Comunicação e Difusão do Cooperativismo - A categoria Comunicação e Difusão do Cooperativismo contempla as coops que promovem a cultura do cooperativismo também para a sociedade. Os cases vão desde o selo SomosCoop nos produtos da cooperativa até a promoção de cursos, palestras, eventos, campanhas e demais ações que divulguem o movimento cooperativista como um todo.

Coop Cidadã - Coop Cidadã é voltada para os projetos que beneficiem a comunidade onde a cooperativa está inserida. Podem concorrer cases envolvidos com atividades culturais e recreativas, de promoção social e consciência ambiental. Também podem ser inscritas as ações realizadas no Dia de Cooperar, o Dia C.

Desenvolvimento Ambiental - A categoria Desenvolvimento Ambiental é direcionada a projetos de boas práticas ambientais desenvolvidas por cooperativas e que tenham sido estratégicos para o uso consciente dos recursos naturais, seja por meio recuperação de nascentes, reutilização de recursos, reciclagem e outras ações que preservem o meio ambiente.

Fidelização - Já Fidelização reconhece as boas práticas das cooperativas que promovem maior integração com seus cooperados. Por exemplo, melhorando o espaço físico e formas de atendimento, ampliando e ofertando melhorias dos serviços, bem como aumentando o uso dos serviços oferecidos aos cooperados.

Inovação - O prêmio para a categoria Inovação é atribuído às soluções que promovem mudanças na rotina diária das coops como a modernização de produtos e serviços, técnicas e ferramentas de gestão da inovação e outras ações que viabilizem melhores resultados financeiros e ganho de produtividade.

Intercooperação - Na categoria Intercooperação, o intuito é premiar projetos desenvolvidos de forma conjunta, realizados por duas ou mais cooperativas, que viabilizem objetivos comuns. Por exemplo, a compra de insumos ou serviços, comercialização conjunta de produtos, implantação de projetos, e troca de experiências e boas práticas de gestão.

Inscrições - As cooperativas registradas e regulares no Sistema OCB podem se inscrever no site do prêmio. Cada cooperativa pode concorrer com um case por categoria: https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/.

Premiação - O evento está previsto para o dia 7 de dezembro, em Brasília/DF. Neste ano, além do troféu, as primeiras colocadas serão contempladas com duas vagas para um intercâmbio cooperativista.

Link - Acesse https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/ e inscreva a sua cooperativa! (Sistema OCB)

 

EVENTO: Sistema OCB patrocinará VI Cúpula Cooperativa das Américas

cooperativismo 06 09 2022O Sistema OCB participou, na última sexta-feira (02/09), de reunião com o diretor regional da ACI Américas, Danilo Salerno, sobre a participação do Brasil na VI Cúpula Cooperativa das Américas. O evento, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de outubro, em Asunción (Paraguai), contará com o patrocínio do Sistema OCB e com a presença de dirigentes da entidade e das cooperativas Unimed, CNU, Uniodonto, Sicredi Pioneira e Comerp.

Expectativas - “Temos muito a contribuir e também a absorver das experiências de outros países. Nossas expectativas são as melhores, ainda mais por ser a primeira cúpula depois da pandemia. Teremos a realização da eleição para o Conselho de Administração e presidência da ACI Américas e já anunciamos o apoio à recondução da presidente Graciela Fernandez, por todo trabalho feito até aqui”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Tema - O tema da VI Cúpula será O compromisso cooperativo de reconstruir e cuidar de nossa comunidade local e global. Os painéis magistrais estão divididos em três eixos: Identidade Cooperativista; Reativação e Integração Econômica; e Sustentabilidade e Mudanças Climáticas. Em continuidade à VI Cúpula, ocorrerá também em Asunción, entre 27 e 29 de outubro, o Congresso Cooperativo de Direito com o tema Identidade cooperativa e direito cooperativo no pós-pandemia.

Momentos maiores - O diretor Danilo Salerno declarou estar com boas expectativas para o encontro. “Estamos muito contentes com os trabalhos e diálogos construídos no âmbito da ACI Américas. As cúpulas são nossos momentos maiores de encontro, pois o que definimos, a cada quatro anos, vai confluir nos anos seguintes. Os painéis magistrais estão muito bem segmentados, mas as atividades paralelas também são importantes, pois vão tratar sobre diversos temas como pesquisa sobre identidade, educação, modelo cooperativos de saúde, empreendedorismo no cooperativismo, entre outros”.

Eleições - Durante a VI Cúpula também será realizado o processo eletivo para o Conselho de Administração e da presidência da ACI Américas. Os procedimentos são diferentes da ACI Mundial, pois os 24 países integrantes nomeiam seus representantes titulares e suplentes para o mandato de 4 anos. (Sistema OCB)

 

SICREDI DEXIS: Peça teatral que ensina educação financeira para crianças chega à região de Londrina

Os palhaços Adalberto Pé de Chinelo e Cajuíno Castanho estão de volta em mais uma edição da Caravana Kids, peça teatral da Sicredi Dexis (novo nome da Sicredi União PR/SP), que leva educação financeira a crianças de forma lúdica. Voltada para estudantes do ensino fundamental entre 6 e 11 anos, a peça atende aos pilares econômico, social e de sustentabilidade da instituição.

Apresentações - Na região de Londrina, serão 15 apresentações ao todo, passando por 10 cidades. As próximas apresentações serão, nesta quinta-feira, dia 8 de setembro, em Porecatu (8 horas), Centenário do Sul (10 horas), Cafeara (13h30); e no dia 21 de setembro em Prado Ferreira (10 horas) e Pitangueiras (13h30). A Caravana volta a Londrina no dia 13 de outubro, com duas apresentações no Colégio Marista: às 9 e às 15 horas.

Sobre a peça - A peça teatral conta a história de dois palhaços que sonham em abrir um circo, mas precisam economizar dinheiro para atingir esse objetivo. Enquanto correm atrás do sonho, se divertem improvisando diferentes papéis ao mesmo tempo em que ensinam as crianças a poupar.

Cooperação na Ponta do Lápis - A iniciativa faz parte do programa Cooperação na Ponta do Lápis, que leva conhecimento e estimula a disciplina e o autocontrole para que as pessoas possam ter uma vida financeira saudável.

Públicos diversos - Além da peça teatral, o programa contempla palestras para diversos públicos, como crianças, servidores públicos, funcionários de empresas, professores e surdos, ministradas por voluntários. Apenas no ano passado 266 mil pessoas foram impactadas pelas palestras realizadas por quase 200 voluntários, após capacitação sobre educação financeira. (Imprensa Sicredi Dexis)

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IFC BRASIL: Evento se consolida na cadeia do pescado e reforça a importância do produto para a segurança alimentar mundial

ifc 06 09 2022A quarta edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil – IFC Brasil se consolida como o maior e mais importante evento da cadeia do pescado brasileiro e latino-americano. Com mais de dois mil participantes, 100 empresas e 50 palestrantes de 16 países, o evento foi realizado de 31 de agosto a 2 de setembro, em Foz do Iguaçu, Paraná.

Participantes - O IFC Brasil 2022 reuniu do produtor à indústria de processamento. Os congressistas vieram de vários países e estados do Brasil. Somente o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) organizou 16 comitivas de produtores. Foram submetidos 102 trabalhos científicos do Brasil e exterior. Entidades do setor, universidades e órgãos públicos também foram representados no evento.

Ministro da Agricultura no IFC - A cerimônia de abertura oficial foi realizada na quarta-feira (31/08), com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes. Para o ministro, é essencial a abertura do mercado externo ao pescado brasileiro, visando o desenvolvimento sustentável da cadeia. “Nossa responsabilidade é produzir alimentos em quantidade e qualidade para combater esse fantasma que vem nos assombrando, que é a insegurança alimentar. O Ministério está comprometido com isso”, afirmou.

Crédito - Em seu discurso, Montes ressaltou a abertura de crédito para o setor aquícola, através das linhas de financiamento da Caixa Econômica Federal, e da segurança jurídica aos produtores. “Agora, nossa meta é o mercado externo, como fizemos com as proteínas bovina, suína e de aves”. O ministro classificou a proteína que vem das águas como um grande potencial do Brasil. “Temos muito espaço para avançar”. Citou que menos de 3% das águas brasileiras são utilizadas em uma extensão de 8,5 mil de costa. “O que falta é agregar tecnologia aos produtores, que são bastante eficazes, e o governo criar condições para isso”, declarou. As exportações da piscicultura brasileira dobraram em valor de janeiro a julho deste ano. O crescimento foi de 14%, totalizando US$ 14 milhões e quase 5 mil toneladas, indicou o informativo sobre Comércio Exterior da Piscicultura, produzido pela Embrapa.

Isenção - O setor de pescados aguarda ainda a isenção de PIS e Cofins para ração de peixes, anunciada pelo Governo Federal para iniciar a partir de janeiro de 2023. Durante sua estada no IFC, o ministro citou Projeto de Lei em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. “Muito em breve teremos essa aprovação para a isenção de PIS e COFINS para a ração de pescado”, afirmou.

IFC reforça a busca por conhecimento - A Diretora Executiva do IFC Brasil, Eliana Panty, destacou que a realização da quarta edição do evento, após um período de pandemia, foi uma grande vitória. “Mais do que isso, a mágica que é o público vir, se deslocar de vários Estados do Brasil e de vários países”, afirmou. “Isso nos emociona muito, porque é uma cadeia de proteína que está em pleno crescimento e que busca tecnologia, que busca inovação”.

Moderno - O IFC Brasil 2022, afirma Panty, conseguiu reunir muito do que há de mais moderno hoje na aquicultura mundial, aqui no Brasil, perto da produção. “Temos certeza de que, a longo prazo, veremos na história o quanto foi importante todas as empresas de tecnologia, esses cérebros pensantes, toda essa inteligência reunida com mais de 50 palestrantes vindos de 16 países”. Essa troca, acredita, “vai marcar um período da produção da proteína do pescado”.

Maturação - A cadeia da proteína do pescado está no processo de maturação, “mas cresce rápido pelo aporte de tecnologia”, assegurou Panty. Uma evolução já experienciada pelos setores do frango, do suíno e do bovino. “A cadeia do pescado no Brasil vai evoluir de uma forma muito rápida, através das cooperativas, dos grandes empreendedores e pelo trabalho do pequeno produtor que está espalhado pelo Brasil”.

Renda - Para Panty, isso representa uma pulverização de renda, envolve milhares de famílias no processo, que hoje tem aporte financeiro focado na aquicultura. “A Caixa Econômica trouxe isso para a aquicultura e esse aporte financeiro, junto com a tecnologia que está disponível, possibilita uma cadeia de proteína em plena expansão, muito sustentável e que está perto dos núcleos de consumo também”.

Papel social- A produção pulverizada pelo Brasil, acredita Panty, também tem um papel social de geração de renda, emprego e de divisas, de pulverização econômica. “Eu acredito que existe uma grande revolução por vir e ela vai acontecer muito graças ao trabalho da cadeia do pescado”, pontuou.

Quarta edição marca consolidação do IFC Brasil - Para o ex-ministro da pesca e presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, a quarta edição representou a consolidação do evento. Ele citou fatores como a grandiosidade do evento, a representatividade das empresas, a robustez da programação técnico-científica e a representatividade do setor. “É uma só voz de que o evento está extremamente consolidado, no sentido de abrir portas para a América Latina”.

Outros países - Além das principais empresas brasileiras, a quarta edição contou com a participação de empresas e profissionais do Chile, dos Estados Unidos, da Índia, além de outros países. “Isso nos dá uma indicação segura de que o IFC caminha para ser um grande evento internacional, o maior da América Latina, que é a nossa meta”, projetou.

Pescado brasileiro será fundamental para a segurança alimentar mundial - Como profissional do setor, que acompanha o desenvolvimento da cadeia há pelo menos três décadas, Gregolin citou a aquicultura como a grande promessa do Brasil. “Hoje, vemos esse potencial virando de fato realidade”. Temos, disse Gregolin, uma cadeia estruturada, verticalizada, com as maiores empresas da cadeia de suprimento a nível global – nutrição, genética, sanidade, equipamentos – presentes no Brasil suprindo a demanda. “Por isso, a velocidade de desenvolvimento dessa cadeia é maior do que foi com as outras proteínas”, observou.

Expectativa - “A expectativa, daqui para frente, é de o Brasil caminhar como um grande produtor mundial de pescados”, acredita. Só os produtores brasileiros, de acordo com Gregolin, têm condições de suprir uma demanda de 24 milhões de toneladas para 2030 e 50 milhões de toneladas de pescados para 2050, conforme projetou no evento Audun Lem, vice-diretor da Divisão de Políticas e Recursos do Departamento de Pescas e Aquicultura da FAO. “Enquanto o sudeste asiático, maior produtor global de pescados, está reduzindo a produção, o Brasil tem condições de assumir o posto. E o nosso time do IFC Brasil fazendo parte desse processo de desenvolvimento e consolidação”, salientou.

Evento global - Sobre o futuro do IFC Brasil, Gregolin projeta um evento global. Com participantes de diferentes continentes, na quarta edição, o IFC já se consolida como um grande evento internacional. “Não tenho dúvidas de que, com mais duas edições, o IFC será o maior evento da cadeia de pescados da América Latina”, concluiu.

2023 - O IFC Brasil 2023 já está marcado, de 19 a 21 de setembro, em Foz do Iguaçu – Paraná. Apoio e patrocínio ao IFC Brasil 2022

Organização - O 4º International Fish Congress teve coorganização da Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (Fundep) e da Unioeste. Patrocinaram o IFC Brasil 2022: Itaipu Binacional, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Fomento Paraná, Companhia Paranaense de Energia (Copel), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA, Federações e Sindicatos), Tilabrás, Cooperativa Copacol, Sistema Faep/Senar-PR e Cooperativa C.Vale.

Apoio - O IFC Brasil teve o apoio da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), Associação das Indústrias de Pesca (Abipesca), Associação de Produtores de Peixes do Brasil (Peixe BR), Club de Innovación Aquícola do Chile, Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Como parceiro o evento teve a Caixa Econômica Federal, que lançou recentemente linhas de crédito exclusivas para o agronegócio.

Vídeo - Confira vídeo no link: https://youtu.be/bk9p6WmykD8. (Assessoria de Imprensa IFC Brasil)

 

PECUÁRIA: Abate de suínos chega a 14 milhões de cabeças no 2º trimestre, maior resultado desde 1997

pecuaria 06 09 2022No 2º trimestre de 2022, o abate de suínos no país chegou à marca de 14,07 milhões de cabeças abatidas, recorde na série histórica, iniciada em 1997. Essa quantidade representa alta de 7,2% ante o mesmo período de 2021 e aumento de 3,0% frente ao 1º trimestre deste ano. Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgados nesta terça-feira (06/09) pelo IBGE, que também mostram que o abate de bovinos aumentou 3,5% em relação ao 2º trimestre de 2021 e 5,7% em relação ao 1º trimestre de 2022.

Substituto - “A proteína suína é um substituto em relação à carne bovina, que teve seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços, observada desde 2020.” explica Bernardo Viscardi, supervisor de indicadores pecuários.

Fatores externos - Ainda segundo Bernardo, fatores externos ajudam a explicar o porquê de cerca de 81,3% da produção suína ficarem no mercado interno no período pesquisado. “Nos últimos anos, as exportações estavam em alta, principalmente por conta da China. Após o controle da peste suína africana e a reposição do rebanho chinês, as exportações sofreram considerável redução. Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar o arrefecimento da demanda chinesa”, salienta Viscardi.

Bovinos - No 2º trimestre, o abate de bovinos, totalizou 7,38 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Alta - “A alta no abate de bovinos ocorre pelo segundo trimestre consecutivo após um período de baixa, especialmente do abate de fêmeas que vinham sendo poupadas para as atividades reprodutivas desde o fim de 2019. A recente desvalorização dos bezerros parece estar levando a um descarte maior de fêmeas. Também é relevante considerar que a carne de fêmeas, principalmente de novilhas, está sendo mais requisitada pelo mercado externo”, destaca o analista.

Estados - Os dados mostram que houve grande aumento na participação do estado de São Paulo em relação ao mesmo período do ano anterior, com alta de cerca de 163 mil cabeças. Viscardi explica um dos fatores que contribuíram com esse número. “Aparentemente, parte do abate que era realizado em Mato Grosso e Goiás, que tiveram problemas com embargos por conta do mercado chinês e reduziram suas escalas de abate ao longo do período, foram transferidas para os frigoríficos de São Paulo”.

Frango - Ainda sobre o 2º trimestre, o número de cabeças de frango abatidas registrou a marca de 1,50 bilhão, representando quedas de 1,4% em relação ao mesmo período de 2021 e 2,7% frente ao 1º trimestre de 2022. Apesar da retração observada, o mês de maio apresentou o melhor resultado em toda a série histórica, que começou em 1997.

Exportações - “As exportações de carne de frango apresentaram recorde para o trimestre, influenciadas pelo conflito na Ucrânia, que também é um importante fornecedor dessa proteína, e pela ocorrência de surtos de gripe aviária em produtores do hemisfério norte”, completa Bernardo.

Aquisição de leite tem pior resultado desde 2016 enquanto produção de ovos bate recorde histórico A aquisição de leite, no 2º trimestre, obteve o pior resultado desde 2016, com 5,40 bilhões de litros de leite adquiridos, o que representou queda de 7,6% em relação ao mesmo período de 2021.

Dificuldade - “O setor leiteiro encontrou dificuldade para repassar os custos da cadeia produtiva para o consumidor final. O preço do leite sofreu considerável aumento no período mas, mesmo assim, não conseguiu compensar os custos com a suplementação alimentar dos rebanhos e outras despesas como energia e medicamentos”, avalia o analista.

Fatores climáticos - Bernardo ressalta ainda o peso de fatores climáticos para os resultados obtidos. “Também vale citar que a escassez de chuvas em estados do Centro-Sul no primeiro trimestre comprometeu a qualidade da silagem, usada para complementar a alimentação dos animais durante o período tipicamente seco do 2º trimestre”.

Ovos de galinha - A produção de ovos de galinha alcançou a marca de 998,82 milhões de dúzias no 2º trimestre de 2022, maior produção já registrada para esse período desde o início da série histórica. O estado de São Paulo continuou sendo o maior produtor dentre as Unidades da Federação, com 27,3% da produção nacional, seguido por Minas Gerais (9,2%) e Paraná (9,1%).

Curtumes - Já a Pesquisa Trimestral de Couro mostrou que 7,49 milhões de peças foram recebidas pelos curtumes investigados, o que representa queda de 0,9% frente ao 2º trimestre de 2021 e alta de 5,1% em relação ao 1º trimestre de 2022.

Mais sobre a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais - A pesquisa fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês.

Divulgação - A partir do primeiro trimestre de 2018, atendendo solicitações de usuários para acesso mais rápido às informações da conjuntura da pecuária, passaram a ser divulgados os "Primeiros Resultados" da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para o nível Brasil, em caráter provisório. Eles estão disponíveis cerca de um mês antes da divulgação dos "Resultados Completos". Os dados completos podem ser consultados no Sidra. (Agência IBGE de Notícias)

FOTO: Ari Dias / AEN-PR

 

QUALIFICAÇÃO: Senai oferece mais de 10 mil vagas gratuitas em cursos

qualificacao 06 09 2022Os cursos são destinados a jovens e adultos em diferentes etapas da vida profissional e oferecem capacitações rápidas, que facilitam a inserção no mundo do trabalho e auxiliam no desenvolvimento de carreiras, em diversas áreas de atuação dentro da indústria.

Demanda - No Paraná, até 2025, haverá demanda por mais de 650 mil profissionais com cursos de aperfeiçoamento e qualificação. A informação foi divulgada pelo Observatório Nacional da Indústria, no Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025. O estudo é uma projeção do emprego setorial que considera o contexto econômico, político e tecnológico.

Reposição e novas vagas - A coordenadora de Educação e Negócio do Senai Paraná, Juliana Maia da Silva Nascimento, afirma que a necessidade de qualificação de profissionais, apontada pelo estudo, é tanto para reposição quanto para a abertura de novas vagas no setor industrial. “A transformação constante do mercado de trabalho, associadas as novas tecnologias e as mudanças na cadeia produtiva, requerem profissionais atualizados e preparados para os desafios do setor industrial. A qualificação profissional é um dos pilares da competividade industrial, introduzindo novos conceitos, tecnologias e inovação”, acrescenta.

Áreas - As áreas com maior demanda por formação, segundo o estudo, são: Transversais, Metalmecânica, Logística e Transporte, Alimentos e Bebidas, e Construção. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.

Consulta - Todos os cursos gratuitos Qualificação e Aperfeiçoamento Profissional disponíveis no Senai Paraná podem ser consultados em sistemafiep.org.br/gratuidade. (Agência de Notícias do Sistema Fiep)

SERVIÇO

Cursos gratuitos de Qualificação e Aperfeiçoamento Profissional

Vagas: mais de 10 mil, distribuídas entre todas as regiões do Estado

Informações e inscrições: sistemafiep.org.br/gratuidade

FOTO: Gelson Bampi

 

RENOVAR: Sancionada lei de apoio à renovação da frota de caminhões e ônibus

renovar 06 09 2022O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País (Renovar). A proposta é renovar a frota de veículos de transporte rodoviário de mercadorias, ônibus, micro-ônibus e implementos rodoviários e retirar de circulação veículos no fim de sua vida útil.

Origem - A medida provisória que deu origem ao texto foi editada pelo governo em abril e aprovada no Congresso no início de agosto. A lei sancionada foi publicada nesta segunda-feira (05/09) no Diário Oficial da União (DOU) com três vetos do presidente.

Objetivo - O objetivo é reduzir os custos da logística no país, aumentar a produtividade, a competitividade e a eficiência do transporte rodoviário, gerar impactos positivos na competitividade dos produtos brasileiros e contribuir para a diminuição dos níveis de emissão de poluentes pela frota rodoviária. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito, do Ministério da Infraestrutura, há mais de 3,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil. Desse total, cerca de 26% têm mais de 30 anos de fabricação.

Iniciativas - O programa contará com iniciativas de âmbito nacional, regional ou por segmentação por produto ou usuário, articuladas por meio da Plataforma Renovar, que será administrada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ele também será coordenado por conselho que definirá as diretrizes do programa, composto por representantes dos setores do transporte, da indústria e da sociedade civil.

Benefícios - Os benefícios, no âmbito do Executivo federal, serão dirigidos prioritariamente a transportadores autônomos de cargas (TACs) e a associados das cooperativas de transporte rodoviário de cargas (CTCs) registrados como cooperados na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Perdão - O texto prevê o perdão de alguns débitos dos bens cuja baixa definitiva de registro seja solicitada no âmbito do programa, desde que sejam inferiores a R$ 5 mil e estejam vencidos há três anos ou mais. Estão incluídos a remissão de débitos não tributários do veículo para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a ANTT e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Contran - O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) poderá definir procedimentos simplificados para a baixa definitiva do registro do bem elegível como sucata que será encaminhado ao desmonte ou destruição. A entrega do veículo será de responsabilidade do beneficiário e as empresas participantes do Renovar poderão comercializar os materiais decorrentes da desmontagem ou da destruição do veículo como sucata.

Linha de crédito - A lei também autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a criar o Programa BNDES Finem - Meio Ambiente – Renovar, uma linha de crédito dirigida a beneficiários diretos do Renovar e à cadeia de desmonte ou destruição. Nesse último caso, terão prioridades as microempresas, as empresas de pequeno porte e os microempreendedores individuais

Recursos - O Renovar será custeado por recursos de multas, do álcool etílico combustível (Cide-combustíveis) e do valor direcionado a pesquisas por parte das petroleiras.

Alterações - Dentre as alterações legislativas prevista na nova lei, houve a alteração do Código de Trânsito Brasileiro para prever que a notificação do proprietário do veículo ou do condutor autuado seja feita por meio eletrônico, podendo ocorrer, excepcionalmente, mediante manifestação prévia do proprietário ou do condutor, por meio de remessa postal.

Vetos - O presidente Bolsonaro vetou três dispositivos do texto aprovado no Congresso, que tratam de questões tributárias. As justificativas para os vetos também foram publicadas no Diário Oficial desta segunda-feira. Eles serão analisados pelos parlamentares que, em até 30 dias, poderão mantê-los ou derrubá-los.

TLP - Um dos dispositivos vetados previa que, para operações de crédito realizadas no âmbito do Programa Renovar, a Taxa de Longo Prazo (TLP) teria condições favorecidas ao tomador. Para a Presidência, o trecho contraria o interesse público ao estabelecer essas circunstâncias mais vantajosas ao tomador, pois isso acarretaria a redução de receitas financeiras destinadas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a ampliação dos subsídios implícitos da dívida pública do Tesouro Nacional. A medida violaria Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022.

Aumento de subsídio - “Adicionalmente, destaca-se que a medida implicaria em aumento do subsídio creditício da União por meio do FAT em um contexto de restrição fiscal e representaria possível comprometimento da estrutura da composição da TLP, o que configuraria risco fiscal relevante”, diz a mensagem da Presidência. (Agência Brasil)

FOTO: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

TRABALHO: Nova lei regulamenta teletrabalho e altera regras do auxílio-alimentação

trabalho destaque 06 09 2022O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a Lei 14.442/22, que regulamenta o teletrabalho e altera regras do auxílio-alimentação. Publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (05/09), a norma decorre da Medida Provisória (MP) 1108/22, aprovada pelo Congresso Nacional com alterações.

Relator - Na Câmara, a MP foi relatada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

Definição - A nova norma define teletrabalho (ou trabalho remoto) como a prestação de serviços fora das dependências da firma, de maneira preponderante ou híbrida, que não pode ser caracterizada como trabalho externo. A prestação de serviços nessa modalidade deverá constar expressamente do contrato de trabalho.

Auxílio-alimentação - Em relação ao auxílio-alimentação (conhecido também como vale-refeição), a lei determina que seja destinado exclusivamente aos pagamentos em restaurantes e similares ou de gêneros alimentícios comprados no comércio. O empregador está agora proibido de receber descontos na contratação do fornecedor dos tíquetes.

Vetos - Bolsonaro vetou a possibilidade de restituição, em dinheiro, do saldo do auxílio-alimentação que não tenha sido utilizado pelo trabalhador ao final de 60 dias. Segundo o despacho presidencial, a medida contraria o interesse público, já que afronta as regras vigentes no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Repasse - Foi vetado ainda outro trecho da proposta aprovada pela Câmara dos Deputados e mantida pelo Senado, que tornava obrigatório o repasse às centrais sindicais de eventuais saldos residuais das contribuições sindicais. O Ministério da Economia alegou que isso contraria leis fiscais e representa potencial despesa para a União.

Análise - Os dois vetos ainda serão analisados pelo Congresso, em data a definir. Para que um veto seja derrubado, é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados (257) e senadores (41), computados separadamente. (Agência Câmara de Notícias)

FOTO: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

trabalho quadro 06 09 2022

 

PREVIDÊNCIA: Sancionada lei que simplifica concessão de benefícios do INSS

previdencia 06 09 2022O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a Lei 14.441/22, que altera a análise de benefícios solicitados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (05/09), a norma decorre da Medida Provisória 1113/22, aprovada pelo Congresso Nacional com alterações.

Dispensa - A lei sancionada dispensa a passagem por exame da perícia médica para pedidos de auxílio por incapacidade temporária (o antigo auxílio-doença). Esse modelo já foi usado em 2020 e 2021 em razão das restrições na pandemia de Covid-19.

Condições - Um ato do Ministério do Trabalho e Previdência definirá as condições para a dispensa do exame, quando a concessão ou não do auxílio por incapacidade temporária estará sujeita apenas à análise documental, incluídos atestados e laudos médicos.

Vetos - Bolsonaro vetou a revogação de três trechos que alteravam a Lei 13.240/15, que trata do uso de imóveis alocados no Fundo do Regime Geral de Previdência Social (FRGPS). Segundo o despacho presidencial, mudanças naquela lei propostas pela Câmara dos Deputados e mantidas pelo Senado contrariam o interesse público.

Representante legal - Com esses vetos, a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio, vinculada ao Ministério da Economia, continuará a representar legalmente o FRGPS caso detenha a gestão de imóveis funcionais ou não operacionais do INSS, e eventuais custos de manutenção continuarão sob responsabilidade do fundo.

Análise - Os três vetos ainda serão analisados pelo Congresso, em data a definir. Para que um veto seja derrubado, é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados (257) e senadores (41), computados separadamente. (Agência Câmara de Notícias)

FOTO: Pedro França / Agência Senado

 

CÂMBIO: Dólar cai para R$ 5,15 em dia de feriado nos Estados Unidos

Em dia de feriado nos Estados Unidos, o dólar caiu pela segunda vez seguida. A bolsa de valores subiu pela terceira sessão consecutiva, beneficiada pela recuperação das commodities (bens primários com cotação internacional).

Cotação - O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (05/09) vendido a R$ 5,154, com queda de R$ 0,031 (-0,59%). A cotação abriu próxima da estabilidade e caiu durante toda a sessão, até encerrar próxima das mínimas do dia. A divisa está no nível mais baixo desde a última terça-feira (30), quando tinha fechado em R$ 5,11.

Euro - A queda mais expressiva desta segunda, no entanto, ocorreu com o euro. A moeda fechou a R$ 5,118, com recuo de R$ 0,04 (-0,83%), prejudicada pelo anúncio da Rússia de que o fornecimento de gás para o resto do continente só será retomado se as sanções econômicas impostas ao país acabarem. A notícia fez o euro ser cotado abaixo de US$ 0,99 pela primeira vez em duas décadas, no pior desempenho contra a moeda norte-americana.

Ações - No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 112.203 pontos, com alta de 1,21%. O indicador foi beneficiado pela recuperação das commodities, que beneficiou ações de mineradoras, e pela perspectiva de que os juros no Brasil vão parar de subir, o que impulsionou papéis de empresas varejistas.

EUA - Com o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o mercado financeiro operou sem o principal referencial externo. No entanto, notícias de estímulos econômicos na China impulsionaram as commodities, beneficiando exportadores de produtos primários, como o Brasil.

Banco Central Europeu - Nesta semana, os investidores aguardam o resultado da reunião do Banco Central Europeu, que deve elevar os juros pela segunda vez consecutiva na próxima quinta-feira (08/09). A alta deverá fazer o euro recuperar parte das perdas recentes perante o dólar. (Agência Brasil, com informações da Reuters)

 

ELEIÇÕES: Teste de Integridade das urnas eletrônicas será no edifício-sede do TRE-PR

eleicoes 06 09 2022O edifício-sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está sendo preparado para receber, no dia 2 de outubro, o Teste de Integridade das urnas eletrônicas. 

Comissão- Os trabalhos são conduzidos pela Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (CAVE), presidida pela juíza de Direito, Dra. Luciani de Lourdes Tesseroli Maronezi. 

Auditoria - “No sistema eleitoral brasileiro, a auditoria é realizada desde 2002, justamente para conferir a lisura e a transparência do processo eleitoral. Neste ano, vai ser um pouco diferente. Até o ano passado, eram quatro urnas auditadas e agora serão 35 urnas”, explica.

Equipamentos - Vinte e sete equipamentos serão auditados no Teste de Integridade no TRE-PR para conferir a captação e a contagem dos votos e oito urnas passarão por um teste nos sistemas, nas próprias seções eleitorais.

Acesse a página da Auditoria da Votação Eletrônica

Confira o Calendário das Auditorias

Logística - Com o aumento no número de urnas auditadas no Teste de Integridade, houve a necessidade de realizar o procedimento, que antes acontecia em uma sala no Fórum Eleitoral de Curitiba, em um ambiente mais amplo. O local escolhido foi a Biblioteca do TRE-PR. 

Livros - Quatro mil livros foram retirados e armazenados em um espaço reservado da Escola Judiciária Eleitoral do Paraná (EJE-PR). A preparação começou no mês de julho. O ambiente ainda está em processo de estruturação, com a execução de pequenas reformas e a instalação de mobiliário, e deve estar finalizado em meados de setembro.

Adequações - O local passou por adequações como pintura e instalação de infraestrutura elétrica para as urnas eletrônicas que serão auditadas. As modificações também devem suprir as mais de 30 câmeras de filmagem que funcionarão para gravação e transmissão 24 horas da auditoria, além de outros equipamentos.

Espaço - O espaço permanecerá montado até alguns dias após o 2º turno, que acontecerá no dia 30 de outubro. As auditorias são públicas e podem ser acompanhadas por qualquer cidadã ou cidadão, além das entidades fiscalizadoras previstas na legislação.

Móveis e equipamentos - Ao todo, foram usadas mais de 30 mesas, 80 cadeiras, aproximadamente 20 conjuntos de longarinas (cadeira unidas em uma única fileira) e 27 suportes de urnas de lona. Também serão usadas mais de 15 mil cédulas de papel, cartelas adesivas, crachás, banners, cartazes e material diverso de escritório. (Assessoria de Comunicação do TRE-PR)

FOTO: Bernardo Gonzalez

 

SAÚDE I: Brasil tem 56 mortes e 6,7 mil casos de Covid-19 em 24 horas

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 6.763 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas em todo o país. No período, foram confirmadas 56 mortes por complicações associadas à doença.

Atualização - Os dados constam da atualização do Ministério da Saúde, divulgada, em Brasília, nesta segunda-feira (05/09), com exceção das informações do Ceará e de Mato Grosso do Sul, que não foram atualizadas, de acordo com a pasta.

Total de infectados - Com os novos dados, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia já soma 34.477.539 no Brasil.

Em acompanhamento - O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 246.388. O termo é usado para designar notificações nos últimos 14 dias que não tiveram alta, nem resultaram em óbito.

Óbitos - Com os números desta segunda, o total de óbitos alcançou 684.425 desde o início da pandemia. Ainda há 3.172 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.

Recuperados - Até agora, 33.546.726 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a pouco mais de 97% dos infectados durante a pandemia.

Números - Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o total diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

Estados - Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 até o momento estão São Paulo (174.271), Rio de Janeiro (75.493), Minas Gerais (63.617), Paraná (45.145) e Rio Grande do Sul (40.902).

Menos - Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.027), Amapá (2.158), Roraima (2.173), Tocantins (4.199) e Sergipe (6.431). (Agência Brasil)

 

saude I tabela 06 09 2022

SAÚDE II: Setor alcança 30 milhões de beneficiários em planos exclusivamente odontológicos em julho

saude ans destaque 06 09 2022Os dados de beneficiários de planos de saúde referentes a julho de 2022 estão disponíveis na Sala de Situação, ferramenta de consulta do portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No período, o setor totalizou 49.835.173 usuários em planos de assistência médica. Já os planos exclusivamente odontológicos alcançaram a marca histórica de 30.102.288 usuários. Esta é a primeira vez que o setor atinge 30 milhões de beneficiários na categoria.

Médico-hospitalares - Nos planos médico-hospitalares, em um ano, houve crescimento de 1.604.462 beneficiários – o equivalente 3,33% de aumento em relação a julho de 2021. No comparativo de julho de 2022 com junho de 2022, o crescimento foi de 170.817 usuários.

Odontológicos - Já nos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.399.559 beneficiários em um ano – o que representa 8,66% de crescimento no período – e 259.908 na comparação de julho de 2022 com junho de 2022.

Estados - Nos estados, no comparativo com julho de 2021, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 25 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina os que tiveram o maior ganho em números absolutos. Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual, sendo também que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os estados com maior crescimento em números absolutos.

Alterações - Importante destacar que os números podem sofrer alterações retroativas em razão das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras.

Tabelas - Veja nas tabelas abaixo a evolução de beneficiários por tipo de contratação do plano e por UF em diferentes competências. (ANS)

saude ans tabelas I 06 09 2022

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

saude ans tabelas II 06 09 2022

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

  

  

  

    

saude ans tabelas III 06 09 2022

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

saude ans tabelas IV 06 09 2022

 

ARTIGO: Nova Lei 196/22 moderniza o cooperativismo de crédito no Brasil

artigo 06 09 2022Entrou em vigor em 25 de agosto de 2022, a Lei Complementar 196/22, que modernizou diversas regras do cooperativismo de crédito no Brasil, ao alterar a Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009. A Lei anterior já havia sido uma conquista muito importante, quando criou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e permitiu um expressivo crescimento do segmento.

Agora, a nova lei representa mais um grande passo em nossa jornada de evolução, pois aprimora a gestão e governança das cooperativas, fortalece os sistemas de crédito cooperativo e melhora o ambiente de negócios do cooperativismo de crédito, por meio de instrumentos inovadores.

Avanços na governança

O avanço nas regras de governança das cooperativas foi um dos principais destaques, ao permitir mais autonomia, independência e profissionalização da administração. A nova lei impede, por exemplo, que o presidente de conselho de administração, vice-presidente, ou diretor executivo exerça o mesmo cargo em entidades similares (singulares, centrais e confederações), inclusive no Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Também admite a contratação de conselheiro de administração independente não associado.

Vale destacar que o Sicredi já havia promovido ajustes na sua governança antes mesmo da nova lei, de modo que o exercício dos cargos de Presidente do Conselho de Administração e Diretor Executivo de Centrais e da Confederação já não tem mais sobreposição.

A nova lei também prevê como regra a gestão dual nas cooperativas, por meio do conselho de administração e da diretoria executiva. Admite ainda a figura do diretor não associado e faculta a constituição de conselho fiscal nas cooperativas administradas por conselho de administração e diretoria executiva.

Avanços sociais

Outro ponto extremamente favorável da nova lei foi a definição de que o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates) agora pode ser utilizado em benefício de toda a comunidade da área de atuação da cooperativa, mediante previsão no seu estatuto. Anteriormente, os direcionamentos de recursos gerados pelo FATES eram restritos aos colaboradores, associados e familiares. Para este fundo, as cooperativas reservam pelo menos 5% dos resultados líquidos apurados no exercício, além do resultado positivo das operações eventualmente realizadas com não associados.

A alteração reforça e potencializa o trabalho que as cooperativas estão fazendo nas comunidades e regiões onde atuam, destinando recursos para apoiar iniciativas promovidas por entidades privadas, sem fins lucrativos e legalmente constituídas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais próspera. O critério é que essas ações apoiadas sejam mensuráveis em esforço, tempo e impacto no desenvolvimento social.

Para se ter uma ideia do impacto, somente em 2021, foram investidos pelo Sicredi R$158,8 milhões em ações de benefício social por meio dos fundos das cooperativas, doações e lei de incentivo. Desse valor, o Fundo Social, que é uma iniciativa proativa do Sicredi para beneficiar as comunidades também a partir de destinação de resultados, foi fonte R$ 30,7 milhões investidos em 3.287 projetos sociais de interesse coletivo em educação, cultura, esporte, saúde, segurança, meio ambiente e inclusão social.

Avanços em operações e negócios

Em termos de evolução nos negócios das cooperativas, a Lei Complementar 196/22 prevê a possibilidade de contratação de operações de crédito compartilhadas entre cooperativas de crédito do mesmo sistema, permitindo uma divisão dos riscos e recursos entre essas entidades e, consequentemente, o atendimento a um número maior de associados.

Possibilita também a gestão de recursos oficiais ou de fundos públicos ou privados para a concessão de garantias em operações de associados, fortalecendo o papel das cooperativas de crédito como integrantes do Sistema Nacional de Garantias de Crédito. Outra inovação importante é a regra que torna impenhorável o valor do capital social colocado pelo cooperado na cooperativa de crédito (quota parte), trazendo maior estabilidade ao patrimônio das cooperativas.

Avanços na organização sistêmica

Já sob o aspecto da organização sistêmica, a nova lei permite que as cooperativas centrais e as confederações assumam a gestão temporária de suas cooperativas e centrais filiadas em situação de risco, desde que autorizadas pelo Banco Central, conforme regulamentação do Conselho Monetário Nacional.

Todos esses avanços são importantíssimos e aconteceram, em boa parte, graças a uma grande mobilização do segmento do cooperativismo de crédito no Brasil. Por meio desse movimento, muitos aprimoramentos puderam ser sugeridos e incorporados no texto final: realizamos uma verdadeira construção conjunta, cooperativa e exaustiva entre os sistemas cooperativos, cooperativas independentes e o Fundo Garantidor do FGCoop, por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em conjunto com diversos departamentos do Banco Central do Brasil, que chegaram a um texto de consenso para a lei.

A OCB teve papel fundamental na negociação e na criação desse consenso no SNCC, atuando na representação institucional do segmento frente ao Poder Executivo e Legislativo. Já os parlamentares da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) realizaram um trabalho importantíssimo para que a Lei fosse aprovada em apenas dois anos, um prazo considerado curto para uma Lei Complementar, e por unanimidade na Câmara e no Senado e sem nenhum veto pelo Poder Executivo.

Hoje, o cooperativismo de crédito no Brasil conta com mais de 13,9 milhões de associados, de acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro. A expectativa é que esta lei auxilie no crescimento destes números e no aumento da participação econômica e social do cooperativismo de crédito no Brasil, sempre em linha com os direcionamentos e as metas da Agenda BC#: inclusão, competitividade, transparência, educação e sustentabilidade.

Este é um esforço que valerá a pena. Quem ganha é a sociedade brasileira e o cooperativismo de crédito: uma forma de organização financeira que busca unir o crescimento econômico e a prosperidade social por meio de um modelo que coloca as pessoas sempre em primeiro lugar.

*Fernando Dall’Agnese é presidente do Conselho de Administração do Sicredi (SicrediPar)

FOTO: Divulgação

 


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