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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3004 | 04 de Janeiro de 2013

COOPAGRICOLA: Cooperativa conquista Declaração de Aptidão ao Pronaf

Coopagricola 04 01 2013A Coopagricola recebeu a DAP (Declaração de Aptidão do Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), emitida no dia 12 de dezembro por ter ultrapassado o percentual de 70% de cooperados em seu quadro social que são beneficiários do Pronaf. O documento foi entregue à cooperativa em 21 de dezembro pelo chefe do Núcleo Regional da Seab, Laertes Sidney Bianchessi, e pelo gerente regional da Emater, Osmar Wagner.

Credenciamento - A DAP atesta o credenciamento da Coopagricola junto ao Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), habilitando-a a acessar as linhas de financiamento do Pronaf, além de estabelecer contrato com indústrias produtores de biocombustíveis, entregando a produção de soja dos cooperados pronafianos, que passam a receber uma bonificação pelo produto, contemplando o produtor que esteja habilitado e com DAP regularizada.

Conquista - “A conquista da DAP beneficia não só os produtores, mas cooperativa como um todo, pois possibilita o acesso a linhas de financiamento com taxas reduzidas, aumenta a demanda por insumos, consequentemente com maior volume é possível buscar preços mais competitivos e favorece o produtor no acesso ao mercado de biocombustíveis”, afirmou o gerente geral da Coopagricola, Prentice Balthazar Jr. (Com informações da Secretaria Geral e Marketing da Coopagricola)

UNIMED LONDRINA Campanha Nosso Papel encerra 2012 com resultado positivo

unimed londrina 04 01 2013Em 2012, com o intuito de conscientizar os colaboradores sobre a utilização correta do papel para a redução de impressões, a Unimed Londrina, com apoio das áreas de Tecnologia e Informação, Responsabilidade Social e Comunicação, promoveu a Campanha “Nosso Papel”. A campanha veio ao encontro dos objetivos propostos pelo projeto T.I. Verde, desenvolvido em anos anteriores na singular londrinense para a utilização da tecnologia de modo responsável. A meta inicial era uma redução de 10% no total de impressões, porém, com o empenho de toda a cooperativa, a campanha atingiu a marca de 15% e superou as expectativas.

Histórico da campanha - A primeira etapa da campanha se iniciou em agosto e durante todo o período em que a edição 2012 da campanha esteve vigente, os colaboradores acompanharam as atualizações dos índices de redução por meio do portal corporativo da Unimed Londrina, o “Colaboradores On-line (COL)”. No período do trimestre referente aos meses de setembro, outubro e novembro, os números de impressões de cada área foram contabilizados e a gestão que conseguisse reduzir ao máximo o número de impressões, em comparação ao trimestre anterior ao início da campanha (junho, julho e agosto), ficaria à frente no ranking e seria premiada em duas categorias: Quantidade e Percentual.

Premiação - A distribuição da premiação em cada categoria foi de 60% para o primeiro e 40% para o segundo colocado. Caso houvesse empate, o critério de desempate tomaria como referência a área que fez menos impressões em agosto (20/08 a 20/09). No fim de novembro, a Unimed Londrina concedeu os prêmios da categoria Percentual à gestão de Tecnologia e Informação e gestão de Planejamento, que ficaram, respectivamente, em primeiro e segundo lugar. Na categoria Quantidade, os premiados foram a gestão de Controladoria e a gestão de Processamento de Contas, respectivamente a primeira e segunda colocada. O valor do prêmio foi creditado em dezembro aos centros de custos e revertido exclusivamente para a confraternização das áreas vencedoras.

Continuidade - Em 2013, a singular londrinense dará continuidade à campanha Nosso Papel e pretende elevar a meta de redução de impressões, estimulando as práticas ambientalmente responsáveis entre os colaboradores. (Unimed Londrina)

AGROTÓXICOS: Governo federal altera regras para pulverização aérea nas lavouras

agrotoxicos 04 01 2013(Large)As aplicações aéreas de produtos agrotóxicos que contem Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil para as culturas de algodão e de soja serão flexibilizadas de acordo com o ciclo de cada região do país. A partir de agora, a aplicação será permitida apenas para algumas culturas, cujo uso da aviação agrícola é essencial, preservando o máximo possível o período de visitação das abelhas. Antes, existia um prazo fixo para todos os estados.

Excepcional - Em 3 de outubro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizaram e regulamentaram a aplicação do uso desses quatro produtos de forma excepcional e temporária para as culturas de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo, até 30 de junho de 2013.

Regulamentação - A regulamentação foi publicada nesta sexta-feira (04/01), no Diário a Oficial da União (DOU) em Ato conjunto da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa) e o Ibama. Clique aqui e confira na íntegra a Instrução Normativa.

Aviões - De acordo com o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luís Rangel, a utilização dos aviões é fundamental para o processo de produção dessas culturas. "Identificamos que o período crítico de controle de percevejos na soja é logo após a floração, quando ocorre a formação e o enchimento dos grãos. Criamos regras de aplicação segura que contam com a restrição no momento de visitação das abelhas, mas permitem o controle dos percevejos, no caso da soja. Construímos junto com o Ibama as exceções e consideramos as necessidades do agricultor. O Mapa apóia fortemente a medida que visa proteger o Meio Ambiente e os polinizadores", explicou.

Condições - A aplicação aérea para controle de pragas agrícolas desses produtos deve seguir uma série de condições. Antes da aplicação, os produtores rurais deverão notificar os apicultores localizados em um raio de 6 km com antecedência mínima de 48h. A cultura do algodão foi incluída na exceção aprovada pelo governo, somando-se às culturas da soja, cana-de-açúcar, trigo e arroz para o uso desses produtos por meio da aviação agrícola. Essas empresas ficam responsáveis por comunicar o Mapa, mensalmente, sobre a aplicação dos produtos. A fiscalização dessa modalidade de uso será intensificada no período de validade da restrição do Ibama. (Mapa)

AGRICULTURA Paraná investe R$ 26,4 milhões para melhorar vida no campo

Agricultura 04 01 2013(Large)O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, apontou os investimentos em programas de melhorias e readequação de estradas rurais entre os que vêm beneficiando agricultores, agroindústrias, cooperativas e prefeituras. Nos programas de readequação e melhorias de estradas rurais foram investidos, em 2012, R$ 12,75 milhões que beneficiaram diretamente 158 municípios paranaenses. No geral, a Secretaria investiu R$ 26,4 milhões em vários programas.

Outros - Entre os programas que receberam investimento também estão distribuição de calcário, equipamentos para bovinocultura de leite, microbacias, sistemas de abastecimento e proteção de fontes, integração lavoura, pecuária e floresta, cafeicultura, habitação rural, patrulhas da seda, fundo de aval e seguro rural, apoio a bovinocultura de corte, ovinos e caprinos.

Produção - Segundo o secretário, saíram do meio rural cerca de 30 milhões de toneladas de grãos e mais um grande volume de frangos, suínos, bovinos, leite, madeira, hortaliças e insumos agrícolas. “Essa movimentação exige estradas rurais no mínimo conservadas para facilitar o acesso de caminhões que transportam a produção, o transporte escolar e aos serviços de saúde e lazer das comunidades atendidas. Essa estratégia foi adotada este ano e será ampliada para 2013”, disse Ortigara.

Combustível – Programas repassaram óleo diesel às prefeituras para melhorar a trafegabilidade das estradas. Norberto Ortigara lembrou que pela Constituição Federal, a obrigatoriedade da abertura e manutenção das estradas rurais é dos municípios. “O Estado considera muito importante para a melhoria das condições de competitividade do negócio agrícola no mundo essa ajuda aos municípios paranaenses a terem estradas de boa qualidade, barateando o frete”.

Apoio - O Estado está investindo R$ 110 milhões em vários programas para apoiar os municípios na tarefa de manter em boas condições as estradas rurais, como o repasse de óleo diesel, as Patrulhas do Campo (programa feito em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Logística) e a pavimentação poliédrica (com pedras irregulares) de trechos prioritários. São 110 mil quilômetros de estradas em áreas rurais, cuja má conservação obriga o produtor rural a gastar quatro vezes mais no transporte para enviar uma tonelada de soja até o porto para exportação, que o produtor da Argentina e dos Estados Unidos, seus maiores concorrentes no mercado mundial de alimentos.

Safra – Segundo Ortigara, 2012 iniciou com seca rigorosa que provocou perdas significativas na produção de feijão, milho e soja, principais grãos cultivados no Estado. Esses prejuízos também se expandiram para a produção de suínos e frango de corte, setores que enfrentaram forte crise de custos. “Os preços dos produtos agrícolas no mundo e no Brasil se reposicionaram e, graças à força do agricultor e à nossa condição especial de ter vários tipos de climas, de cultivar várias safras no mesmo pedaço de chão durante o ano, conseguimos recompor e concluir o plantio da safra 2012/13”, afirmou o secretário.

Expectativa - A expectativa é uma grande safra, em torno de 22,7 milhões de toneladas de grãos de verão 2012/13. “Os produtores deverão ser beneficiados com os preços que ainda se mantém elevados para quase todos os produtos que o Estado produz”, disse.

Sanidade – Ortigara ressaltou que o governo conseguiu avançar nas melhorias da sanidade animal e vegetal. Em 2012, foi criada e implantada a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) que corresponde ao investimento que o Estado está fazendo na proteção, na promoção da Saúde Animal e Vegetal, visando permitir que a produção paranaense possa acessar qualquer mercado do mundo, especialmente aqueles mais exigentes que pagam preços melhores. “Estamos em vias de lançar um edital para promover concurso público para o chamamento de 840 novos profissionais para o quadro do Instituto Emater, que possibilitará a orientação técnica assistida para a superação das dificuldades do meio rural para que a comunidade e a família rural possa almejar uma vida melhor.

Programas – Em 2012, também foi possível ampliar os investimentos em habitação rural. Há décadas, a família rural estava quase que privada de conseguir uma casa mais decente para morar. “Há cerca de 15 meses conseguimos encaminhar projetos para a construção de mais de 9.400 unidades no meio rural”, afirmou o secretário. Para 2013, Ortigara disse que a Secretaria e o Instituto Emater tem o desafio de ajudar pelo menos mais 5 mil novas famílias a ter habitação de mais qualidade. “Já contratamos e estamos em execução de pelo menos 200 sistemas comunitários de fornecimento de água de boa qualidade”, completou o secretário.

Empréstimos - Foram contratados empréstimos no Banco Mundial para ajudar famílias que estão em condições mais vulneráveis a superar suas dificuldades. O Pró-Rural investirá em iniciativas empreendedoras que podem ajudar a transformar a produção em pequena escala no meio rural, trazendo mais valor agregado, mais renda líquida aos agricultores.

Microbacias - Também foi encaminhado o planejamento dos trabalhos em Microbacias para solução de problemas históricos como a de conservação de solos combinado com o plantio direto. “Vamos voltar a investir forte em microbacias para fazer todas aquelas práticas recomendadas para adequarem as nossas propriedades rurais à boa condução, sob o ponto de vista ambiental tornando mais sustentáveis os processos de produção”, enfatizou o secretário.

Crédito - Em 2012, também foi ampliado o acesso ao crédito para milhares de famílias de agricultores pelo Fundo de Aval público e ao seguro rural, antes restrito ao trigo e agora ampliado para 28 novas atividades. “Com isso é possível cobrir o risco dos agricultores e contribuir para o barateamento a médio prazo de todos os seguros no meio rural”, avaliou Ortigara.

Trator Solidário - Foi ampliado o programa Trator Solidário. “Estamos fechando o ano com mil novas unidades fornecidas e financiadas com aval, com equivalência produto para novas famílias terem facilitado o trabalho no dia a dia do meio rural”. “Em 2013 teremos a possibilidade de financiar colheitadeiras de forma coletiva para grupos de agricultores habilitados pelo Pronaf”, antecipou Ortigara.

Trabalhadores – Ortigara disse ainda que o ano que vem, por orientação do governador Beto Richa, o Governo do Estado concentrará esforços para melhorar as condições dos trabalhadores. “Mas com carinho e atenção para aqueles que se encontram em situação mais vulnerável que são os nossos agricultores familiares e os trabalhadores rurais”.

Perspectivas boas - Ortigara acredita que as perspectivas são boas para a agricultura. “Se tivermos mais sucesso na exploração de proteína animal ou mesmo na produção de grãos, os produtores serão beneficiados com cotações favoráveis dos produtos nesse momento que o mercado mundial está pouco abastecido e oferece preços mais elevados”.

Empresas vinculadas - As ações e programas da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento são executados em parcerias com as empresas vinculadas como o Instituto Emater, Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), Ceasa, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) e Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA). (AEN)

MAPA: Produtor rural de MT assume Secretaria de Política Agrícola

O produtor rural e ex-deputado federal Neri Geller será o novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Em comunicado, a Pasta informou hoje que o agricultor radicado em Mato Grosso assume o cargo na próxima segunda-feira (07/01). Geller assume o posto no lugar do engenheiro agrônomo Caio Rocha, que mudou de funções em outubro do ano passado para comandar a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. Desde então, a Secretária de Política Agrícola ficou sob o comando interino de Edilson Guimarães.

Interesses - A escolha de Geller atende aos interesses do Planalto de ampliar a participação de Mato Grosso no Ministério da Agricultura. Em setembro do ano passado, o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira demonstrou interesse em assumir o cargo após ser indicado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), mas desistiu pouco tempo depois. Silveira contava com a simpatia da bancada parlamentar do Estado. Gaúcho, Neri Geller produz grãos na região da cidade de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. No município, foi eleito vereador em 1996 e 2000. (Valor Econômico)

SOJA I: China faz novos cancelamentos nos EUA e mercado fecha no vermelho

Nesta quinta-feira (03/01), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou um novo cancelamento de compras de soja da China nos Estados Unidos e a notícia pressionou o mercado na Bolsa de Chicago (CBOT). O órgão informou que foi cancelada a aquisição de 315 mil toneladas por parte da nação asiática que seriam entregues na temporada 2012/13 e, com isso, os futuros da soja encerraram a sessão em território negativo, com baixas pouco expressivas.

Menor patamar - O recuou registrado na sessão desta quinta-feira, porém, levou os preços ao menor patamar em seis semanas e fez com que os principais vencimentos negociados na CBOT perdessem o importante patamar dos US$ 14 por bushel. Milho e trigo fecharam o dia na estabilidade, diante de um mercado sem novidades que possam provocar uma movimentação mais significativa das cotações.

Peso - Nas últimas semanas, o USDA já anunciou alguns cancelamentos por parte da China e isso vem pesando sobre os negócios, que já vêm sentindo também uma pressão negativa das boas expectativas sobre a safra da América do Sul e também de alguns fatores técnicos.

Proteção - Para Glauco Monte, analista de mercado da FCStone, esse cancelamento por parte da China poderia ser reflexo, ainda, da consolidação em importantes países produtores da América do Sul, como o Brasil principalmente. "Essas compras foram feitas como forma de proteção contra algum problema que poderia acontecer por aqui e você poderia se abastecer com uma soja mais barata depois da entrada da safra sulamericana", explica.

Abismo fiscal - Monte afirma ainda que, no pregão desta quinta, nem mesmo o bom humor do mercado financeiro foi capaz de prover uma sustentação para os preços, novamente. Esse viés positivo pelo qual caminham os negócios se deve à aprovação de uma nova legislação nos Estados Unidos que tenta evitar o abismo fiscal e um novo momento de crise para a economia do país. (Notícias Agrícolas)

SOJA II: Valorização de 60% faz grão ofuscar o ouro

soja 04 01 2013Em alta há 12 anos no mercado internacional, o ouro encerrou 2012 novamente com brilho de melhor opção de investimento no Brasil. Avançou perto de 6% em dólar e 15,5% em real, devido à alta da moeda norte-americana no mercado brasileiro. No entanto, ficou bem atrás da soja, commodity agrícola que ainda não aparece entre as principais opções de investimento e que se valorizou mais de 60%, ou seja, quatro vezes mais que o ouro.

Investimento indireto - Para quem lida com papéis, a soja é uma alternativa de investimento indireto. Aposta-se na oleaginosa investindo-se em empresas ligadas à produção ou à comercialização do grão. Porém, não há fundos específicos que reflitam a valorização da commodity. Essa valorização foi bastante previsível no último semestre, o suficiente para despertar a ambição do investidor comum, que teve de se contentar com outras alternativas.

Câmbio - A lavada que a soja deu no ouro está relacionada ao câmbio. A valorização do grão foi de 16% no mercado internacional no último ano — de US$ 12 para US$ 14 por bushel de 27,2 quilos, o equivalente a uma variação de R$ 53 para R$ 62 por saca de 60 quilos. No mercado interno, a saca da oleaginosa disponível vale R$ 66 no Paraná, cotação 64,5% maior que a média de R$ 40/sc registrada em dezembro de 2011, conforme o histórico de preços registrado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do estado. Parte disso é reflexo da alta de 9% no dólar.

Quebra de safra - A escalada das cotações globais da soja deve-se à quebra na safra norte-americana, que enfrentou a maior seca em cinco décadas em 2012 e perdeu 109 milhões de toneladas em soja e milho (24% do volume esperado). O mercado internacional estava com estoques baixos devido à quebra do verão anterior registrada na Argentina, no Paraguai e no Sul do Brasil. O milho subiu menos que a oleaginosa no Brasil — 30% no ano — porque teve safra recorde no inverno.  A cotação da soja, na Bolsa de Chicago, surfou o recorde de US$ 17 por bushel em julho, agosto e setembro.

Cotações - Tanto o preço do ouro quanto o da soja no Brasil seguem as cotações internacionais associadas à variação cambial, frisa Edson Magalhães, gerente de Operações da Reserva Metais. Fundos que refletissem esses dois fatores (cotação da commodity+dólar) despertariam amplo interesse na conjuntura atual, avalia. Porém, uma inversão na política cambial, com a valorização do real, faria com que a soja passasse de ótima para péssima opção de investimento rapidamente, pondera.

Porto seguro - Com 15,5% de valorização neste ano, o ouro serviu de porto seguro para os investidores que enxergaram alto risco no dólar, diante da crise norte-americana. “[O metal] chegou a ter alta de 24% no ano, mas caiu em outubro e dezembro. Mesmo com essas oscilações, teve um ano muito bom”, avalia a economista Nastássia Romanó Leite de Castro, da corretora Omar Camargo. (Portal Agro / Gazeta do Povo)

INFRAESTRUTURA I: Portos batem recorde e fecham 2012 com 44 milhões de toneladas movimentadas

infraestrutura I 04 01 2013(Large)Os portos de Paranaguá e Antonina fecharam 2012 com 44 milhões de toneladas movimentadas. Este é o maior volume de cargas registrado na história dos portos e corresponde a um aumento de 8% em relação à movimentação de 2011. Diversos fatores contribuíram para atingir esta marca. A safra recorde de grãos, a alta na movimentação de milho e açúcar e a valorização do dólar explicam o desempenho.

Medidas de gestão - “Adotamos uma série de medidas de gestão que permitiram atingir estes números. No caso dos grãos, por exemplo, fizemos algumas adequações na forma de programação dos navios e das cargas que provocaram ajustes logísticas que deram mais agilidade ao atendimento em todo o sistema de carregamento. Isso permitiu que atendêssemos o escoamento de uma safra e de uma safrinha recordes, minimizando os entraves”, explicou o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Corredor de Exportação - O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá fechou 2012 também com a maior movimentação da história: 16 milhões de toneladas. O recorde anterior, 14 milhões de toneladas, era de 2011.

Pátio – Em consequência à alta na movimentação dos grãos, o recebimento de caminhões carregados com o produto também cresceu. O pátio de triagem do Porto de Paranaguá recebeu, em 2012, 353 mil caminhões, contra 293 mil em 2011 – um aumento de 20%. Os números também mostram que cresceu a participação da carga proveniente de outros estados e que são movimentadas em Paranaguá.

Mato Grosso - Os caminhões provenientes do Mato Grosso, por exemplo, representaram 20% do total de caminhões que chegaram ao pátio em 2012. No ano anterior, os caminhões vindos do Mato Grosso não representavam mais de 15% do total de veículos. “Este aumento de cargas provenientes de outros estados é resultado do trabalho que estamos realizando de aumentar a confiança do exportador nos portos paranaenses. O diálogo constante, as melhorias logísticas e operacionais, além do trabalho da dragagem, tem atraído de volta muitos clientes que, em anos anteriores, haviam deixado de operar em Paranaguá”, explica o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese.

Meta - Para o superintendente da Appa, ainda falta muito a fazer para atender o Plano de Governo Beto Richa. “Neste ano, fizemos ajustes nos modelos logísticos e finalizamos os projetos de expansão. Para 2013, interviremos pesadamente na infraestrutura para garantir o Porto dos próximos 20 anos”, complementa Dividino. (AEN)

INFRAESTRUTURA II: Paraná vai instalar mil câmeras de monitoramento ao longo das rodovias

infraestrurura II 04 01 2013 (Large)O Governo do Paraná vai implantar neste semestre 74 câmeras de monitoramento em rodovias federais e estaduais, localizadas na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto, que começa com esta fase piloto, prevê a instalação de mil câmeras de monitoramento em todo o Estado, para combater o roubo de carros e evasão fiscal, além de promover o controle fitossanitário e monitorar o movimento nas estradas paranaenses.

Controle - “Este programa vai permitir que o Paraná tenha controle fiscal, sanitário e de segurança pública em suas estradas. Também será possível planejar ações que melhorem a qualidade das rodovias, conhecendo corretamente o fluxo de veículos que por elas circulam”, diz o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

Primeira etapa - Nesta primeira etapa, serão instaladas 68 câmeras em pontos de Curitiba, São José dos Pinhais, Guaratuba e Campina Grande do Sul e mais seis em Foz do Iguaçu, Cascavel, Cianorte, Guaíra, General Carneiro e Mauá da Serra. A instalação será feita em parceria com seguradoras, que vão custear a compra de equipamentos, no valor de R$ 1 milhão. A previsão é de que o Governo do Estado invista R$ 22 milhões no projeto.

Localização - Todos os pontos monitorados ficarão a cerca de 1,5 quilômetro de distância dos postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPRv), responsável pelos trechos estaduais. A meta é de que no prazo de um minuto e meio o veículo a ser fiscalizado seja abordado por policiais.

Reconhecimento - As câmeras serão equipadas com programa de reconhecimento de números e caracteres das placas dos veículos. As imagens captadas serão enviadas para postos da PRF e da BPRv, que poderão verificar instantaneamente se um veículo é furtado, por exemplo, e abordar o motorista se necessário. Para monitorar as informações, serão criadas 42 centrais de monitoramento em todo o Paraná. Em cada uma delas haverá fiscais analisando as informações captadas. Será possível verificar que se há evasão fiscal de mercadoria ou se o animal transportado vem de alguma região sem controle fitossanitário. (AEN)

BRASIL: Governo "esvazia" Fundo Soberano para garantir superávit

A dificuldade de cumprir a meta de superávit do setor público em 2012 levou o governo federal a utilizar, pela primeira vez, o mecanismo de política fiscal anticíclica criado em 2008 junto com o Fundo Soberano do Brasil (FSB). Para engordar as receitas de dezembro, no último dia do ano, foram sacados R$ 12,4 bilhões anteriormente investidos pelo FSB, fundo governamental, em cotas do Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE). A operação consumiu 81% dessa poupança, criada, entre outras razões, justamente para garantir o cumprimento da meta fiscal em anos ruins de desempenho das contas públicas.

Novas antecipações - O esforço de última hora para garantir o piso de superávit primário envolveu ainda novas antecipações de dividendos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional. Somadas, as três medidas, adotadas nos últimos dias do ano, mas publicadas somente ontem no Diário Oficial, proporcionaram uma receita primária "extra" de R$ 19,4 bilhões aproximadamente. Em operações viabilizadas pelo próprio Tesouro, que resgatou títulos de dívida pública em poder dessas instituições, a Caixa adiantou R$ 4,7 bilhões e o BNDES, R$ 2,317 bilhões na forma de dividendos.

Excedente - Administrado pelo Banco do Brasil, o FFIE foi constituído como fundo privado e apartado das contas do Tesouro para receber o excedente de superávit primário gerado no ano de 2008 e, assim, guardar a sobra para eventual necessidade futura. Na época, o Fundo Soberano (que também deveria ser um instrumento de política cambial, mas não foi usado como tal) colocou R$ 14,24 bilhões, ou todo seu patrimônio, no FFIE. No dia do saque de cotas, 31 de dezembro de 2012, o saldo dessa aplicação estava em R$ 15,25 bilhões. Permaneceram no fundo, portanto, somente R$ 2,85 bilhões.

Frustração - A necessidade de uso dessa poupança em 2012, segundo uma fonte do Ministério da Fazenda, veio principalmente por causa da frustração de superávit primário no âmbito dos Estados e municípios. Sem o saque de cotas feito pelo FSB, nem mesmo descontando os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo alcançaria a meta fiscal.

Valor - O valor "cheio" do piso de superávit primário do setor público não financeiro (exclui bancos estatais) foi estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em R$ 139,8 bilhões para 2012, incluindo União, Estados, municípios e empresas estatais não financeiras exceto Petrobras e Eletrobras. A combinação entre regras da própria LDO e da lei do orçamento permite que o governo desconte até R$ 25,6 bilhões em função de desembolsos do PAC, o que reduz a meta para R$ 114,2 bilhões. Até novembro, faltando apenas um mês para acabar o ano, o setor público tinha alcançado superávit de apenas R$ 82,7 bilhões, o que exigia uma economia de R$ 31,5 bilhões só em dezembro. Do total obtido no período, R$ 24,6 bilhões referem-se a governos estaduais e prefeituras. As estatais ligadas a essas administrações regionais tiveram resultado também positivo de R$ 631 milhões.

Engenharia financeira - Providenciar R$ 19,4 bilhões em receitas de última hora implicou uma engenharia financeira que gerou uma profusão de decretos e portarias ministeriais, publicadas aos poucos pelo Diário Oficial a partir do dia 28, inclusive em edição extra. Naquela sexta-feira, o governo editou decreto autorizando o BNDES a comprar ações de emissão da Petrobrás que estavam na carteira do FFIE, sem divulgar o valor. Segundo fonte governamental, o fundo vendeu ao banco cerca de R$ 9 bilhões em ações da estatal recebendo como pagamento títulos do Tesouro Nacional.

Resgate - Para monetizar esses títulos, ou seja, transformá-los em dinheiro e permitir o saque pelo Fundo Soberano, uma portaria do Tesouro assinada no dia 31 e publicada nesta quinta-feira (03/01) autorizou resgate de R$ 8,84 bilhões. O próprio Tesouro, portanto, viabilizou o saque pagando dívida mobiliária representada por papéis que compunham o ativo do FFIE.

Mercado secundário - Não foi necessário fazer um resgate de R$ 12,4 bilhões, segundo a fonte, porque o Banco do Brasil, como administrador, recorreu ao mercado secundário para vender R$ 3,6 bilhões em títulos que estavam na carteira do fundo fiscal. Ainda segundo a mesma fonte não necessariamente o saldo do Fundo Soberano se reduziu, pois, para haver geração de receita primária, bastava transferir recursos do FFIE para o Fundo Soberano.

Outra portaria - A portaria prevendo resgate de títulos em poder do BNDES também foi publicada no Diário Oficial desta quinta. Faltou a da Caixa, também assinada dia 31, que seria publicada hoje. Na sexta, o governo tinha autorizado o Tesouro a entregar, para a Caixa, R$ 7 bilhões em papéis da dívida pública. Também autorizou um aumento de R$ 5,4 bilhões no capital da instituição. O BNDES recebeu, também no fim do ano, R$ 15 bilhões em papéis do Tesouro, outra medida publicada nas edições recentes do Diário Oficial da União.

Resultado fiscal - Tanto as emissões quanto o que Tesouro pagou em dívida não neutralizarão os recebimentos de dividendos e o saque do FFIE para efeito de apuração de resultado fiscal primário de 2012. O conceito primário de resultado fiscal não inclui resgates nem emissões de dívida em si, embora despesas e receitas primárias possam gerar variação da dívida (se o governo precisar emitir títulos para pagar despesa administrativa, por exemplo). Mesmo os juros, pagos ou recebidos, estão fora do conceito fiscal primário. (Valor Econômico)


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