SHOW RURAL COOPAVEL: Evento chega à sua 25ª edição em 2013
A Cooperativa Coopavel promove, de 4 a 8 de fevereiro, a 25ª edição do Show Rural com a expectativa de atrair 200 mil visitantes a Cascavel, no Oeste do Estado. “Sabemos que o conhecimento é fundamental em todas as áreas em que o desempenho e os resultados influenciam, de maneira direta e vital, a sobrevivência e a prosperidade do negócio. É por isso que há 25 anos realizamos o Show Rural Coopavel, objetivando levar às propriedades brasileiras a melhor informação tecnológica para o sucesso dos produtores e do agronegócio”, afirma o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli. “Preparamos esta edição com maior abrangência em número de empresas e em diversificação de tecnologias. Queremos que seja o melhor evento para a comemoração das botas de prata”, acrescentou.
Programação – No Parque Show Rural, localizadoàs margens daBR 277, KM 577, haverá 430 expositores, 4,8 mil parcelas experimentais demonstrativas e 3,7 mil profissionais e pesquisadores à disposição dos visitantes. A entrada é gratuita e o local estará aberto das 8h às 18h. No setor agrícola, serão centenas de variedades de soja e feijão, híbridos de milho, entre outras culturas, pesquisadas e validadas pelas principais instituições de pesquisa como Embrapa, Iapar, Coodetec e Fundacep. Na área animal, o carro-chefe será a integração lavoura/pecuária, que será demonstrada pelo Centro de Pesquisa do Iapar em parceria com a Coopavel. Mas serão ainda apresentadas tecnologias para avicultura, suinocultura, apicultura, piscicultura, entre outros. A diversidade tecnológica é outra atração do Show Rural, que vai trazer informação sobre proteção e preservação dos recursos naturais, agregação de valor ao produto primário, agroindústria, cadeia produtiva da madeira, turismo rural e agroecologia. No setor de máquinas, serão 280 expositores com mais de 1.500 modelos de colheitadeiras, tratores, plantadeiras, pulverizadores, implementos agrícolas e inúmeros acessórios para todos os modelos e marcas de máquinas.
Mais informações – Mais informações sobre o evento: (45) 3225-6885 / www.showrural.com.br/ showrural@coopavel.com.br.
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PUBLICAÇÃO: Livro resgata história do cooperativismo cearense
"Cooperativismo no Ceará: Sociedade, História e Memória" é o nome do livro que conta a trajetória do cooperativismo cearense. A obra foi lançada em dezembro, em Fortaleza, durante a Feira da Cooperação, que encerrou as atividades de 2012 e fez parte das comemorações ao Ano Internacional das Cooperativas. Estiveram presentes os presidentes da OCB, Márcio Lopes de Freitas, da Ocepar, João Paulo Koslovski, e lideranças do cooperativismo do nordeste. Na oportunidade aconteceram ainda o I Fórum de Presidentes de Cooperativas do Ceará e do III Simpósio do Cooperativismo de Crédito do Ceará.
A publicação - O livro “Cooperativismo no Ceará”, de autoria de Manoel Alves de Souza, traça um panorama do cooperativismo no mundo, passando pela implantação do modelo no Brasil e suas transformações históricas, desde a Colônia à Republica. Apresenta os sete princípios do cooperativismo e mostra a evolução do cooperativismo no Ceará, a partir da década de 1930. Na parte final, traz uma discussão sobre o atual momento das cooperativas e o papel da OCB/CE em todo o processo. “Baseado em depoimentos de cooperativistas que relembram o passado, a obra é repleta de histórias reais contadas por quem presenciou e experimentou as dificuldades, lutas e avanços conquistados ao longo das últimas décadas. A transição do cooperativismo rural para o urbano, durante a fase de metropolização de Fortaleza e das demais cidades cearenses é um dos marcos no desenvolvimento do cooperativismo local. Dos princípios cooperativistas a projeções futuras, passando pela história do Ceará e das cooperativas cearenses, “Cooperativismo no Ceará” traz um retrato amplo e completo para se entender a evolução do movimento no estado, além de apresentar o cooperativismo de uma forma bastante didática àqueles que porventura não sejam conhecedores do tema”, afirma o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, na apresentação da obra. “Este livro evidencia o trajeto que enfrentamos até aqui e os desafios que ainda precisamos encarar e superar... Afirmo, pleno de certeza, que esta obra, elaborada por cooperativistas, será um marco para a história recente do estado e para a nossa base intelectual e educativa”, ressalta o presidente do Sistema OCB/Sescoop-CE, João Nicédio Alves Nogueira.
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COCAMAR I: Dia de Campo de Verão será dias 29, 30 e 31
Apresentar novas tecnologias para o desenvolvimento da agricultura regional. Essa é a proposta do Dia de Campo de Verão da Cocamar, evento com a participação de 48 empresas e instituições parceiras que será promovido nos dias 29, 30 e 31 deste mês na Unidade de Difusão de Tecnologia da cooperativa em Floresta, município vizinho a Maringá. Um dos temas em destaque é o aumento da produtividade da soja, segundo informa o engenheiro agrônomo Márcio Ricardo Pinto Mendes, que coordena os trabalhos. Haverá 12 protocolos conduzidos por profissionais da cooperativa, contemplando os principais aspectos técnicos da cultura, além de dinâmica de máquinas, integração lavoura, pecuária e floresta, e outros. (Imprensa Cocamar)
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COCAMAR II: Chuvas trazem novo ânimo a produtor, mas há perdas
As chuvas que ocorrem com regularidade nas regiões norte e noroeste do Paraná desde a segunda quinzena de dezembro, estão renovando os ânimos dos produtores em relação a perspectiva de uma boa safra no ciclo 2012/2013. Depois de um início ruim, com má-distribuição de chuvas e calor forte que prejudicaram as lavouras semeadas mais cedo, as precipitações estão acontecendo de forma mais generalizada. O engenheiro agrônomo Emerson Nunes, coordenador técnico de culturas anuais da Cocamar, informa que 30% da área cultivada na região da cooperativa sentiram em maior ou menor grau os problemas climáticos. Houve lugares, inclusive, onde os produtores se obrigaram a replantar a lavoura e, em outros, a produtividade deve ficar bem abaixo do esperado. Alguns produtores falam em 80 sacas por alqueire. No município de Maringá, uma das regiões mais afetadas é a Comunidade Guerra, onde grande parte dos agricultores fez a semeadura mais cedo. Nos restantes 70%, beneficiados com chuvas mais regulares e abundantes, o panorama é outro. “No geral, podemos afirmar que tudo sinaliza para uma boa safra, mas com certeza não será aquela maravilha”, comenta o agrônomo. (Imprensa Cocamar)
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LEITE: Produção deve continuar em alta
A pecuária leiteira não guardará recordações tão boas de 2012. Os preços pagos ao produtor permaneceram sob pressão, em torno de R$ 0,80 por litro na média nacional, e os custos de produção subiram mais de 20%, conforme o Cepea/Esalq, especialmente em razão da disparada dos preços de milho e farelo de soja, usados na ração dos animais.
Custos de produção - Nesse contexto, diz Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, associação nacional que representa os pecuaristas, há poucos motivos para comemorações. "O ano foi marcado por preços que não conseguiram acompanhar os custos de produção". O segmento também enfrentou uma entressafra prolongada por conta da estiagem que afetou a recuperação das pastagens e segue a agoniar pequenos pecuaristas do Nordeste, que encaram desde meados de 2012 o desafio de manter seus rebanhos.
Produção maior - Mesmo com os percalços, a pecuária leiteira estima ter produzido no ano passado de 3% a 4% a mais que em 2011, ou cerca de 32,5 bilhões de litros. Segundo Jéssyca Guerra, da Scot Consultoria, a alta reflete sobretudo o desempenho dos Estados do Sul a partir do terceiro trimestre, decorrente de chuvas mais intensas e da suplementação do rebanho com o milho que não pode ser comercializado por conta da má qualidade derivada da seca. Conforme estudo do Rabobank, a previsão para o segmento no Brasil neste ano é de crescimento de 1,5% da produção só no primeiro semestre.
Longa vida - Uma recuperação também começa a ser sentida pelas indústrias de leite longa vida (UHT), que passaram por um aperto em seus estoques no início do segundo semestre de 2012 - considerados os mais baixos no prazo de um ano. Em setembro, os laticínios contabilizavam 100 milhões de litros (equivalentes a sete dias de produção), enquanto no mesmo período de 2011 havia 300 milhões (17 dias de produção).
Estoques - Segundo Laércio Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), a recuperação da oferta da matéria-prima pelas indústrias nos últimos três meses permitiu que os laticínios mantivessem a estocagem de 100 milhões de litros, mas diante de uma outra situação: a época é de safra e o período de férias implica diminuição de consumo de leite. "É uma situação confortável nesse momento", diz. Conforme ele, a produção de longa vida fechou 2012 em 6 bilhões de litros, 4% a mais que em 2011.
Concorrência - Apesar dos sinais positivos, produtores e laticínios continuam a enfrentar a forte concorrência das importações (especialmente do Uruguai), que totalizaram aproximadamente US$ 690 milhões no ano passado - 13% a mais que em 2011 -, em leite em pó, iogurte, manteiga e queijo, entre outros. Os produtores têm tentado barrar as importações, sem sucesso, e programam protestos contra elas para este ano.
Pequeno aumento - Segundo a Scot Consultoria, as perspectivas para 2013 apontam para um pequeno aumento no preço do leite ao produtor, de 2,5% a 3%. Para Jéssyca Guerra, o pecuarista estará mais preparado para planejar a alimentação suplementar em virtude do encarecimento dos grãos. (Valor Econômico)
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ALGODÃO: Mercado nas mãos da China
Depois de alcançar em março de 2011 máximas históricas de preços - acima de US$ 2 por libra-peso na bolsa de Nova York -, o algodão, atualmente negociado na casa dos 70 centavos de dólar, pode mergulhar para ainda mais perto de sua média histórica, que gira em torno de 50 a 55 centavos. O rumo das cotações está nas mãos dos chineses, maiores consumidores globais da pluma e detentores de um estoque estimado em 10 milhões de toneladas, mais de seis vezes maior que a safra brasileira. O mercado aguarda com apreensão a direção da política chinesa para a commodity. Mas a venda de parte das reservas já foi anunciada.
Volumes e cronograma - Não foram informados volumes e cronograma de liberação de estoques pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, que comunicou a decisão em seu site no dia 28 de dezembro. Chris McGowan, trader da corretora Newedge, trabalha com a perspectiva de início da operação de venda nos primeiros dias de março.
Rolagem de estoques - O movimento deverá acontecer por uma necessidade de rolagem de estoques - ou seja, troca de parte do algodão velho por produto novo. Dependendo do volume que for vendido (informação ainda desconhecida do mercado), as cotações da pluma poderão sofrer forte revés, com a possibilidade de recuo para o patamar de 60 a 65 centavos de dólar por libra-peso.
Quantidade pequena - Com 10 milhões de toneladas em seus estoques estatais, segundo estimativa do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC, na sigla em inglês), a China não deverá liberar grandes volumes, na avaliação de John Flanagan, presidente da Flanagan Trading. "O país deve vender uma pequena quantidade de seus estoques, pelo menos até terminar o plantio da safra, no fim da primavera", afirmou ele à agência Dow Jones Newswires.
Preços - De acordo com o analista americano, se muito algodão for liberado os preços no mercado chinês poderão cair e desencorajar os agricultores locais a plantar. Ainda segundo especialistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, também há rumores de que as vendas de estoques estão vinculadas a autorizações para que as indústrias compradoras também importem volumes equivalentes livre de taxas. Nesse ano, a safra de algodão da China foi pobre em qualidade, por isso, as fábricas podem querer importar a fibra para misturar com os estoques domésticos, segundo informaram industriais chineses.
Relação global - A relação global entre estoques e consumo atingiu o nível mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Por enquanto, os preços vêm se mantendo com médias mensais acima de 70 centavos de dólar por libra-peso em Nova York. No ano passado, junho foi o único mês em que a média ficou abaixo desse nível - a segunda posição bateu em 69,45 centavos, segundo o Valor Data. A média de dezembro foi de 75,59 centavos de dólar por libra-peso e, ontem, o contrato para março fechou a 75,05 centavos, queda de 0,45%.
Mudanças - Apesar de temerem mudanças na política chinesa, especialistas não acreditam que elas possam, de fato, acontecer no curto prazo. McGowan, da Newedge, lembra que existe um lado social nessa política, ligado ao pagamento de preços mínimos aos produtores rurais chineses, que dificilmente vai mudar no curto prazo.
Aquisição - Além disso, comprar algodão a preços mais baixos vem sendo bom negócio para o país asiático, na avaliação do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o produtor Gilson Pinesso. "A China está comprando a fibra por 75 a 80 centavos de dólar por libra-peso e vendendo por US$ 1,25, que é o preço mínimo local. É melhor negócio do que investir em títulos do governo americano", disse o presidente da Abrapa, que prevê queda de 30% no plantio da pluma no Brasil.
Redução - Apesar disso, espera-se que a China reduza significativamente suas importações da pluma. A Newedge prevê compras no ano safra 2012/13, que se encerrará em julho de 2013, da ordem de 2,6 milhões de toneladas, bem abaixo das 5,9 milhões de toneladas da temporada anterior.
Importações - Até o momento, as importações firmes da China vêm ajudando a reduzir o nível de volatilidade dos preços da commodity. Nos cinco meses da atual safra global de algodão, a 2012/13, o Índice A Cotlook, considerado a melhor referência de preços médios de algodão no mundo, teve pouca oscilação. A variação entre o maior e o menor valor foi de 9% da média de 83 centavos de dólar por libra-peso, quando em muitas safras, essa variação é de 34% da média. (Valor Econômico)
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SOJA: Mercado tem semana negativa e fecha com perdas de dois dígitos
No último pregão da primeira semana de janeiro, a soja encerrou os negócios, novamente, com uma baixa expressiva. Os principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia com perdas superiores a 10 pontos. O mercado foi pressionado, na sexta-feira (04/01), por alguns fatores, entre eles as boas expectativas para a safra 2012/13 da América do Sul e também a espera pelos novos números de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz n sexta-feira (11/01).
Normal - Segundo Liones Severo, consultor de mercado, afirma, porém, que esse movimento de baixa registrado pela soja nas últimas sessões é considerado normal para o período. "Os americanos venderam muita soja agora na abertura do ano novo porque eles seguram um pouco as vendas por conta dos problemas do imposto de renda, então, é normal essa venda forte", explica.
Positivo - Severo diz ainda que, apesar dessas quedas pontuais, o momento para o mercado internacional de soja ainda é positivo, já que a demanda mundial continua aquecida e a oferta, apesar da entrada da safra norte-americana e da sulamericana, que deverá acontecer nos próximos meses, ainda é ajustada. "O mundo vai consumir 274 milhões de toneladas e o consumo já está previsto em 258 milhões. A questão toda é adequar esse embarque, essa logística, à chegada da soja nos mercados consumidores a tempo. Esse parece ser o grande desafio desse ano".
Exportações - Na sexta, o USDA anunciou ainda seus números de exportações semanais indicando um expressivo aumento do volume de soja exportado pelos EUA na semana encerrada no dia 27 de dezembro, confirmando essa demanda ainda muito aquecida. As vendas externas totalizaram 434.9 mil toneladas de soja contra as 87 mil toneladas exportadas na semana anterior. Quem liderou as compras de soja norte-americana, mais uma vez, foi a China, adquirindo 360.2 mil toneladas.
Clima na América do Sul - Por outro lado, enquanto os fundamentos de oferta e demanda ainda dão sustentação ao mercado, as boas condições climáticas na América do Sul pesam sobre as cotações em Chicago.
Segundo o instituto de meteorologia World Weather, a previsão para o Brasil é de que, para os próximos cinco dias, cerca de 76 mm de chuvas cairão em importantes regiões produtoras, a maior parte no Centro e no Sul do país, favorecendo o bom desenvolvimento das plantas. Além disso, espera-se que na Argentina, pelos próximos 10 dias, o clima mais quente e seco irá firmar os bons níveis de umidade no solo, permitindo que os produtores locais concluam os trabalhos de plantio no país que é o terceiro maior produtor mundial de soja.
Milho e Trigo - Milho e trigo também fecharam a sexta-feira em campo negativo. O mercado seguiu o mesmo caminho da soja e fechou a semana, que foi negativa, em queda, pressionado ainda pela demanda desaquecida pelos grãos norte-americanos. De acordo com o relatório de registro de exportações do USDA, as vendas semanais de milho dos EUA somaram 49.1 mil toneladas, enquanto, na semana anterior, esse volume foi de 104.3 mil toneladas. O mesmo fator pressionou as cotações do trigo no mercado internacional. As exportações semanais norte-americanas ficaram, na semana encerrada no dia 27 de dezembro, em 400.4 mil toneladas, contra 1.009.000 milhão de toneladas na semana anterior.
Recuperação – Nesta segunda-feira (07/01), a semana começou positiva para o mercado internacional de grãos com a soja, milho e trigo operando em alta na Bolsa de Chicago. Com isso, o mercado tenta se recuperar da última semana, que foi negativa. A recuperação também se dá com a busca dos investidores por um melhor posicionamento antes da divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA que acontece na sexta-feira. (Notícias agrícolas)
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LEGISLATIVO: Senadores retomam trabalho em fevereiro com questões polêmicas pendentes
O Senado retoma os trabalhos legislativos em fevereiro com assuntos polêmicos para resolver como a Proposta de Emenda à Constituição das Domésticas (PEC 478/2010) e os novos critérios de partilha do Fundo de Participação dos Municípios (FPE). Ao mesmo tempo, poucos senadores admitem em público um problema que debatem em conversas privadas que é a falta de diálogo com o Executivo e entre si.
Exemplo - Em conversa com a Agência Brasil, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que a redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo entre os estados foi um exemplo de descompasso entre o Executivo e o Congresso. “No caso dos royalties faltou muito a participação do Executivo na construção de um acordo.”
Comprometimento- Para o presidente do PMDB, toda essa falta de diálogo também entre as lideranças do Senado e da Câmara, só tende a comprometer ainda mais o andamento dos trabalhos legislativos. Raupp acredita que não há outra solução a não ser o real comprometimento do Congresso com a reforma política. “[Com essa falta de diálogo] vai chegar em um ponto que nossa democracia ficará comprometida”, frisou o parlamentar. Para ele, é preciso pôr um fim na facilidade com que são criados partidos políticos no país. O peemedebista ressalta que chegará um momento no qual o próprio tema colocará a Casa em xeque sob pena de o Congresso tornar-se um Poder “diminuído” perante os demais.
Esconde-esconde - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), com a experiência de dois mandatos na Casa, é mais crítico que o presidente do PMDB. “Não há Parlamento. Estamos brincando de esconde-esconde com o Supremo Tribunal Federal”. O STF se manifestou nos últimos anos, por provocação principalmente dos partidos, a respeito da constitucionalidade de uma série de projetos aprovados pelo Congresso.
Ausência de acordos - Segundo o pedetista, o grande problema é a ausência de acordos que sejam efetivamente cumpridos, bem como metas a serem alcançadas. Cristovam Buarque destacou que os parlamentares praticamente trabalham apenas em dois dias da semana, terça-feira e quarta-feira, o que compromete ainda mais a situação.
Maior interação - A senadora Ana Rita (PT-ES) é outra que defende a maior interação entre as lideranças não só do Senado, mas também do Congresso. “É preciso que as lideranças dialoguem mais”, disse a parlamentar que também demonstrou preocupação com o andamento dos trabalhos.
Postura - Ela criticou a postura que os partidos têm adotado de deixar para votar a maioria das propostas legislativas de forma apressada no fim do ano. Ana Rita defende que nem todo projeto de lei, PEC ou medida provisória necessita de acordo de procedimentos da unanimidade dos líderes partidários. Segundo ela, existem matérias que, se não obtiver acordo, tem que ir para votação em plenário. (Agência Brasil)
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BRASIL: Para 2013, governo conta com PIB maior e concessões
O uso inédito de recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para fechar as contas fiscais e a antecipação de dividendos de estatais criaram incerteza para o cumprimento da meta de superávit primário em 2013, pois as medidas de emergência poderiam deixar o governo sem um "colchão" a ser usado em caso de frustração de crescimento e receitas neste ano.
Fazenda - Na avaliação de fonte da Fazenda, no entanto, não há esse risco. A atividade econômica deve mostrar aceleração, o que resultará em melhora na arrecadação. Fora isso, há uma previsão aproximada de R$ 29 bilhões de dividendos a serem recebidos pelo Tesouro, mesmo valor estimado para 2012, além da entrada de recursos por meio das concessões na área de infraestrutura previstas para o ano, que corresponderiam a uma receita "extra". Segundo essa fonte, a programação orçamentária e as metas de resultado fiscal do ano só serão formuladas depois que o Orçamento de 2013 passar pelo Congresso, no começo de fevereiro.
Recursos - Em 2012, o fraco superávit primário de Estados e municípios, aliado a uma frustração de receitas no fim de dezembro, período de forte arrecadação, levou o governo a buscar recursos no FSB para cumprir a meta fiscal do ano. A decisão de utilizar as reservas que estavam no Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), ente privado controlado pelo FSB, veio de três membros do governo: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Autorização - Os três, que fazem parte do Conselho Monetário Nacional, instância máxima da política economia do país, compõem o Conselho Deliberativo do Fundo Soberano, que deu a autorização para a retirada de R$ 12,4 bilhões que estavam no FFIE no último dia de 2012. Esse dinheiro é contabilizado como receita do governo em dezembro de 2012.
Meta - "Vamos conseguir atingir a meta", disse a fonte. O governo, entretanto, ainda não sabe precisamente quanto vai abater dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mecanismo utilizado para reduzir a economia que tem de fazer anualmente para o pagamento de juros da dívida pública.
Desconto - O discurso do governo é que o resgate do FSB estaria ligado à frustração da economia que deveria ter sido feita por Estados e municípios, mas mesmo com esse recurso extra de R$ 12,4 bilhões, o governo central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central) deve se utilizar do desconto, mesmo que não integral, de investimentos do PAC para fazer a sua parte do superávit.
Baixa arrecadação - Outro fator que teria surpreendido o governo negativamente foi a arrecadação abaixo do previsto nos últimos dias de dezembro, período que sempre mostra elevado ingresso de tributos. "A receita é grande em dezembro nos últimos dias do ano, mas o comportamento visto não teve o efeito esperado", disse a fonte.
Antecipação dos lucros - Além do dinheiro do FFIE, o governo também antecipou lucros da Caixa Econômica Federal e recolheu dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) no total de R$ 7 bilhões apenas em dezembro.
Economia - Somente no mês passado, governo central, Estados, municípios e estatais não financeiras (exceto Petrobras e Eletrobras) têm de fazer uma economia de R$ 57,1 bilhões para cumprir a meta de superávit primário de R$ 139,8 bilhões do ano. A economia do último mês, no entanto, pode ser reduzida em até R$ 25,6 bilhões, valor previsto para o desconto do PAC no resultado fiscal.
Contas regionais - Segundo o governo, o baixo desempenho das contas regionais se deve à queda da atividade econômica, desonerações promovidas pelo governo federal e a gastos com investimentos feitos por essas administrações, "mas que terão resultado positivo ao longo de 2013", segundo a fonte.
Abate - A depender do resultado primário dos Estados e municípios, o governo poderá abater além dos R$ 25,6 bilhões estimados no relatório de avaliação de receitas e despesas até outubro. Pela lei de diretrizes orçamentárias, o desconto poderia ser de R$ 40,6 bilhões do PAC. Mas até novembro, os desembolsos do programa foram de R$ 28,4 bilhões.
Resultado positivo - Apesar do malabarismo fiscal feito pelo governo no último dia do ano para cumprir com os valores estabelecidos, a avaliação dessa fonte é de que "as contas fiscais tiveram resultado positivo e deram sua contribuição para a economia, apesar da crise econômica".
Outras opiniões - Fora do governo há outras opiniões. "A repetição de truques contábeis pelo governo acaba com a credibilidade do Tesouro", diz o especialista em contas públicas Mansueto de Almeida. Assim, os economistas passam a olhar cada vez mais para outros indicadores fiscais, como dívida bruta.
Pouco amigáveis - Dentro do próprio governo há avaliações pouco amigáveis. De acordo com outra fonte do governo, desde junho o Tesouro sabia que não iria entregar o superávit cheio do ano, mas, mesmo assim, continuou apresentando projeções infladas e reforçando a "fé" de que tudo daria certo no segundo semestre do ano. Ainda assim, diz essa fonte, não há risco para a solidez fiscal do país, o que acontece é um desgaste de credibilidade e imagem do governo. (Valor Econômico)
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INFRAESTRUTURA: País fica mais perto de crise energética
A energia elétrica tende, cada vez, a ser um grande problema para o Brasil em 2013 e não mais uma solução, como desejava a presidente Dilma Rousseff, que concentrou esforços para reduzir em 20%, em média, a conta de luz dos brasileiros a partir deste ano. A falta de chuvas nas principais bacias e a queda dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas para níveis críticos fizeram com que os custos de operação do sistema elétrico disparassem para R$ 555 por MWh na sexta-feira (04/01), aproximando-se dos patamares alcançados somente no ano de 2001 e em janeiro de 2008, períodos em que o país também atravessou uma crise na oferta de energia hidráulica.
Racionamento - Analistas dizem que os riscos de um racionamento, hipótese rejeitada até o momento pelo governo, aumentaram na última semana com a piora das condições climáticas. Em fevereiro de 2008, as chuvas se normalizaram e afastaram a necessidade de que o consumo fosse racionado, medida que precisou ser adotada pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 2001.
PIB - Em relatório para investidores, os analistas do banco BTG Pactual Antonio Junqueira e Gustavo Gattass afirmam que uma eventual restrição na oferta de energia afetará o crescimento do PIB neste ano. "Os riscos [de racionamento] são maiores do que eram antes e a situação é delicada", escrevem os analistas. Mesmo que não seja necessário recorrer à contenção do consumo, considerada uma medida extrema, os analistas do BTG dizem ser provável que as térmicas fiquem ligadas por meses seguidos.
Gastos - Os gastos com a queima de combustível para garantir o abastecimento energético, dizem eles, vão neutralizar uma parcela relevante do corte de 15%, aproximadamente, que deveria ser obtido com a redução dos encargos setoriais e das tarifas das usinas e linhas de transmissão antigas, cujas concessões foram renovadas em dezembro
Agravamento - Dessa forma, em vez de contribuir para uma desaceleração da inflação, a energia elétrica pode agravá-la. "Antes de cair, o preço da energia vai subir", previu a economista Tereza Fernandez, da MB Associados, em apresentação promovida na semana passada pela Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias de veículos. Segundo ela, aumentos nos preços de combustíveis, carros, alimentos e passagens aéreas também podem distanciar a inflação do centro da meta a ser perseguida pelo Banco Central. "Quanto mais crescer o PIB, mais altos serão os riscos [de racionamento] e mais cara ficará a energia em 2013", escreveram os analistas do BTG.
Custo marginal - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou na sexta-feira o custo marginal de operação (CMO) do setor de R$ 341 para R$ 554,95 por MWh na região Sudeste para a próxima semana. Isso fez com que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), ou o valor da energia no mercado disponível, também disparasse para R$ 554,82 por MWh no Sul e Sudeste, acumulando na semana um alta de 62%.
Indicador - "Este é certamente um indicador de crise [de abastecimento]", afirmou Paulo Mayon, da comercializadora de energia Compass. Segundo ele, em janeiro 2008, o país enfrentava problemas com fornecimento de gás natural da Bolívia, que não ocorrem neste momento.
Consumo - Em compensação, o consumo de energia elétrica pelas residências e pelo setor de serviços cresceu significativamente. Há ainda outros dois agravantes, diz Mayon. Os reservatórios na região Sudeste estão só 29% cheios, enquanto, em 2008, esse percentual era de 46%. Neste ano, não há ainda a ocorrência de um padrão climático definido - La Niña ou El Niño -, o que aumenta as incertezas em relação ao comportamento das chuvas.
Planos alternativos - O Brasil, afirma Mayon, poderá recorrer a alguns planos alternativos para garantir uma maior oferta, entre eles buscar energia da Argentina, com a qual já há um intercâmbio, e da Venezuela, país com o qual foi feita uma conexão por Manaus e Boa Vista, mas que nunca foi utilizada até o momento. "São 'cavalarias' que podem ser chamadas para salvar a situação". (Valor Econômico)
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NEGÓCIOS: Pesquisa mostra que 21% das empresas globais pretende investir no Brasil
O Brasil vai permanecer como importante foco de atração para o investimento estrangeiro nos próximos 12 meses. Pelo menos 21% das companhias globais planejam investir em diferentes áreas da economia brasileira. Os mais interessados em ampliar a presença no país são os espanhóis, os americanos e os argentinos, segundo o Relatório Internacional de Negócios 2012 (IBR, na sigla em inglês), divulgado pela empresa global de consultoria Grant Thornton.
Emergentes - O relatório mostra que os países emergentes continuam no topo da lista de preferências dos grandes conglomerados internacionais na hora de elaborar a estratégia de investimentos. Com os problemas econômicos enfrentados pela Europa, Estados Unidos e Japão, os emergentes, mesmo não deixando de sofrer o impacto da crise nos países desenvolvidos, ainda aparecem como melhor alternativa.
Planos - De acordo com as empresas ouvidas pela pesquisa feita entre março e setembro do ano passado - mais de 6 mil de todos os setores industriais - 57% planejam investir em pelo menos um das cinco principais economias emergentes (China Índia, Brasil, Rússia e México). A China, sozinha, será o destino de recursos de 31% das empresas. No conjunto da Europa Ocidental, são 38% os interessados. Nos Estados Unidos e no Canadá, combinados, 33%.
Baixo crescimento - Paulo Sergio Dortas, sócio-diretor da Grant Thornton do Brasil, onde foram entrevistados cerca de 300 empresários, "o atual nível de interesse dos investidores no Brasil é um dado positivo, mas a situação não pode ser considerada confortável, por causa do baixo crescimento do PIB no terceiro trimestre das projeções de inflação em alta".
Concorrência - Segundo Dortas, chama atenção a "forte concorrência" que o Brasil começa a sofrer, como ponto de atração de investimentos, de outros países latino-americanos, como México, Peru e Chile, que, segundo ele, apresentam atualmente uma economia mais equilibrada. "Dependendo da evolução dos indicadores econômicos brasileiros nos próximos meses, poderemos ver alterações nas intenções de investimento das empresas globais nos próximos estudos", prevê Dortas.
Destaque - Na pesquisa, o Brasil se destacou como polo de intenções de ampliação de investimentos devido às obras de infraestrutura, em função da Copa do Mundo de futebol, em 2014, e dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, da exploração de petróleo na camada do pré-sal e do crescimento da capacidade de consumo da nova classe média brasileira. "São os setores que podem se beneficiar desses três fatores os mais interessados em investir no país no próximo período", diz o diretor da Grant Thorton.
Confiança - Se as empresas, em nível global, apostam na estratégia de levar seus investimentos para os emergentes no futuro próximo, a confiança demonstrada internamente pelos empresários desses países no próprio negócio se mostra ainda mais forte. Segundo o relatório, 34% das empresas das principais economias emergentes (Brasil, China, Índia, Rússia e México) se mostram otimistas em relação aos negócios nos próximos 12 meses, enquanto nos países definidos como "maduros" (França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos), apenas 3% demonstram a mesma confiança.
Lucros - Nos países emergentes, 79% das empresas projetam faturar mais nos próximos 12 meses e 68% acreditam que os lucros também serão maiores. Esses números são bem mais modestos entre os empresários "maduros": 35% e 19%, respectivamente. O que ajuda a explicar por que, na lista dos dez países mais otimistas, de acordo com o relatório da Grant Thorton, oito sejam emergentes, entre eles o Peru (91% das empresas projetam resultados melhores no próximo período), Chile e México (78% nos dois países), Índia (68%) e Brasil (66%).
Índice de oportunidades - Também como parte do relatório global, a consultoria divulgou o Índice de Oportunidades nos Mercados Emergentes, ranking das 27 maiores economias emergentes, de acordo com o potencial de atração de investimentos. O ranking leva em consideração indicadores como tamanho da economia, população, riqueza, envolvimento no comércio global, perspectivas de crescimento e níveis de desenvolvimento.
Liderança - No índice, a China permanece na liderança, devidos às taxas de crescimento e ao grande mercado consumidor. A Índia, que aparece em segundo, se beneficia das projeções de forte crescimento no médio prazo, além de, assim como a China, contar com grande população, potencial mercado para o futuro. A Rússia aparece em terceiro lugar, destacando-se pelo elevado PIB per capita e pelas exportações, principalmente de commodities.
Brasil - O Brasil subiu uma posição em relação ao índice de 2010, passando o México e assumindo a quarta posição, graças ao forte crescimento do PIB registrado em 2010 e 2011. Turquia e Indonésia, completam a relação dos sete primeiros, que segundo informa a pesquisa, deverão responder por 45% do crescimento global nos próximos cinco anos. (Valor Econômico)
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