Imprimir
Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3006 | 08 de Janeiro de 2013

COOPERATIVISMO: Secretário do Mapa discute propostas para o setor, no Paraná

O Sistema Ocepar recebeu, na manhã desta terça-feira (08/01), em Curitiba, a visita do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Caio Rocha. Ele foi recebido pelo superintendente da entidade, José Roberto Ricken. De acordo com Caio Rocha, a visita teve como objetivo integrar proposições para desenvolver o cooperativismo no estado do Paraná e ampliar a parceria entre as iniciativas pública e privada. “É preciso conhecer ainda mais os principais setores cooperativistas do Paraná para fortalecer parcerias”, afirmou. O diretor substituto do Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop), Kleber Santos, também participou da reunião, juntamente com representantes da superintendência do Mapa no Paraná. Entre os temas discutidos estiveram o modelo de atuação do Sistema Ocepar e ações do governo em apoio ao cooperativismo.

Unicafes - À tarde, Rocha tem encontro com representantes da União de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do estado do Paraná (Unicafes). (Com informações do Mapa)

{vsig}noticias/2013/01/08/visita/{/vsig}

 

04 DE JULHO: Instituído o Dia Estadual do Cooperativismo

4 de julho 08 01 2013 (Large)O governador Beto Richa sancionou, no dia 02 de janeiro, a Lei nº 17.455, que institui o Dia Estadual do Cooperativismo, a ser comemorado anualmente no dia 04 de julho. A celebração da data foi proposta pelo ex-deputado estadual Marcelo Rangel, que deixou a Assembleia Legislativa para assumir a prefeitura de Ponta Grossa. Além de Richa e de Rangel, assinam a nova lei o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara, e o Chefe da Casa Civil em exercício, Loriane Leisli Azeredo. 

LEGISLAÇÃO: Lei dá novo prazo para agricultores declararem existência de BHC nas propriedades

A partir da segunda quinzena de fevereiro, os agricultores que tiverem BHC (Hexaclorobenzeno) ou qualquer outro produto agrotóxico de uso proibido ou vencido em suas propriedades rurais terão seis meses para apresentar uma declaração nos escritórios do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater Paraná. Devem ser informados o tipo ou tipos de agrotóxicos; o período estimado em que estão depositados ou armazenados; a quantidade, ainda que estimada, dos agrotóxicos e as condições em que estão armazenados. Os dados serão encaminhados ao Instituto das Águas do Paraná, que tomará as devidas providências. Essas medidas constam na Lei Estadual nº 17.476, sancionada pelo governador Beto Richa no dia 02 de janeiro e que estabelece ainda que o cadastramento isenta o declarante de qualquer sanção civil, penal ou administrativa relacionada aos agrotóxicos.

ConvêniosEm seu artigo terceiro, a legislação determina também que o Poder Executivo, por meio de suas Secretarias de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), poderá firmar convênios com instituições públicas ou privadas para promover a cooperação técnica-financeira para a destinação final dos produtos encontrados. A Sema tem 45 dias após a publicação da lei para propor soluções de gerenciamento dos estoques declarados em conjunto com fabricantes de produtos agrotóxicos, cooperativas e outras instituições. 

Projeto de leiA Lei 17.476/13 é resultante de uma proposição do deputado Luiz Eduardo Cheida. Ao justificar a proposta, o parlamentar lembrou que o BHC é um produto organoclorado que provoca danos irreversíveis à saúde e que, por isso, encontra-se proibido há quase 30 anos. Já em 2009, Cheida, em parceria com a deputada federal Rosane Ferreira, que na época exercia o cargo no Parlamento estadual, apresentou um projeto estabelecendo prazo para que as pessoas entregassem esses produtos aos órgãos públicos. A iniciativa foi transformada na Lei nº 16.082. Na época, o governo do Estado chegou a recolher 481,5 toneladas dos produtos declarados, mas a estimativa é que ainda existam 2,5 a 3,5 mil toneladas.  Por avaliar que o prazo estabelecido anteriormente foi insuficiente para a entrega do produto pelos agricultores e também que não houve tempo hábil para os órgãos responsáveis fazerem o recolhimento, o deputado propôs um novo prazo visando a finalização da entrega do BHC, cujo projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa no final do ano passado e agora sancionado pelo governador Beto Richa. (Com informações da Assembleia Legislativa)

Clique aqui e confira na íntegra a Lei Estadual nº 17.146/2013

 

COPACOL: Novas tecnologias para soja e milho serão abordadas no Dia de Campo

A Copacol vai promover, nos dias 23 e 24 de janeiro, na Estação Experimental, em Cafelândia, a 22ª edição do Dia de Campo. Ao longo desses anos, o evento vem se destacando por trazer aos agricultores as novidades do setor agrícola, bem como o posicionamento do Departamento Técnico da Copacol para essas novas tecnologias. Porém, alguns assuntos já discutidos em outras edições sempre voltam a “ser notícia” devido a alguma mudança de cenário. É o caso do controle de lagartas através da tecnologia Bt, um dos assuntos que serão abordados nesta edição.

Painel - Além das palestras técnicas, será apresentado o painel de cultivares de soja e híbridos de milho, o que sempre tem chamado muito a atenção dos agricultores, além de uma palestra sobre Macroeconomia.É importante que o associado procure a unidade a qual é atendido para obter mais informações sobre o evento e também sobre o transporte.

Associados - No dia primeiro dia (23), o evento será aberto aos associados das unidades de Formosa do Oeste, Central Santa Cruz, Cafelândia, Goioerê e Universo. Já no segundo dia (24), para os associados de Nova Aurora, Palmitópolis, Jesuítas, Carajá, Iracema e Jotaesse. (Imprensa Copacol)

Programação:

Às 8h30 recepção

Às 8h45 abertura

Ás 9h15, início da visita.

Painéis de soja, com 18 cultivares RR e 06 cultivares Intacta RR2 PRO.

Painel de milho, com 32 híbridos.

Palestras:

Macroeconomia, impactos na agricultura, palestrante: Alexandre M. de Barros.

Aumento de produtividade “Projeto 160/2015”.

Biotecnologia: Ferramenta para manejo de lagartas em soja e milho. Como evitar a resistência.

Às 12 horas almoço no Restaurante Industrial. 

RAMO CRÉDITO I: Cooperativas crescem mais que bancos

O ano de 2012 foi bom para as cooperativas de crédito no Brasil. Os ativos dessas instituições romperam a marca histórica da centena de bilhões, alcançando R$ 103,15 bilhões em setembro, segundo consolidação dos balanços enviados no último trimestre ao Banco Central. Com mais de seis milhões de associados, linha ultrapassada em junho, e um estoque de empréstimos e financiamentos que cresceu mais de 600% nos últimos dez anos, se formassem um banco, o conjunto das cooperativas corresponderia ao oitavo maior conglomerado financeiro do país em ativos totais. Em rede própria de atendimento, seriam o terceiro maior conglomerado, com mais de 5 mil pontos atingidos em novembro, atrás apenas de Banco do Brasil e Bradesco.

Participação- A participação nas operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) está em torno de 2%. O percentual sobe em alguns nichos, como financiamentos rurais com recursos livres e empréstimos mediante desconto de títulos, dos quais elas respondiam, respectivamente, por 17,5% e 8,6% do saldo em junho.

Números - Os números foram fornecidos pelo diretor de relações institucionais do BC, Luiz Edson Feltrim, em entrevista ao Valor. Os dados mostram que em 2012, até setembro, o cooperativismo cresceu num ritmo mais forte que o do conjunto do SFN, tanto em ativos totais quanto em saldo de operações de crédito. A velocidade de avanço do patrimônio líquido e dos depósitos captados também superou a média.

Crescimento rápido - Considerando-se apenas as instituições bancárias, universo do qual fazem parte como captadoras de depósitos à vista, as cooperativas também vêm crescendo mais rápido que o conjunto já há vários anos. Com isso, a participação no sistema tem aumentado em relação a diversos indicadores. O segmento tem crescido em operações, rede e universo de depositantes (necessariamente os próprios associados) apesar da queda do número de cooperativas singulares (que não são cooperativas de cooperativas, estas chamadas de cooperativas centrais).

Quantidade de instituições - Após atingir o número de 1.427 no fim de 2007, ano em que ainda houve aumento de cooperativas, a quantidade de instituições caiu nos anos seguintes. Houve redução mesmo com o surgimento de novas cooperativas, pois as que desapareceram foram em maior número. No fim de setembro de 2012, restavam em atividade 1.231, 196 a menos que no fim de 2007.

Concentração - Um "saudável" processo de concentração para ganhar escala explica o descompasso entre a evolução do número de cooperativas singulares e o crescimento dos demais indicadores do segmento, disse Feltrim. Ao fazer tal afirmação, ele apresentou um levantamento sobre os motivos de desaparecimento de cooperativas entre 2010 e setembro de 2012.

Redução - Nesses quase três anos, 172 instituições deixaram de existir, provocando redução líquida de 135 no número total de cooperativas. Precisamente 89, mais da metade, sumiram porque foram incorporadas a outras, informou o diretor do BC, destacando que há um esforço para ganhar escala e, assim, reduzir custos. Somente três saíram do mercado porque sofreram liquidação extrajudicial pelo BC nesse período. Os cancelamentos de ofício, que somaram 21, também são iniciativa do BC. Mas o diretor explicou que referem-se a cooperativas que desistem de operar sem avisar antes a autoridade supervisora, que vai atrás para saber o que houve, por exemplo, quando deixa de receber relatórios contábeis obrigatórios e regulares.

Decisão própria - O restante das 172 saiu do mercado por decisão dos próprios cooperados, mediante processos como liquidação ordinária, mudança de objeto social, extinção, ou por falência (um caso apenas desde 2010).

Regras prudenciais - Chefe do departamento de organização do sistema financeiro por mais de 12 anos, até maio de 2011, Luiz Edson Feltrim integrou o grupo de especialistas do governo cujos estudos se desdobraram, desde 2003, numa profunda mudança no arcabouço normativo do crédito cooperativo no Brasil. Na opinião do diretor, as regras prudenciais adotadas, semelhantes às aplicáveis aos bancos, como a limitação de operações em função do capital, foram um importante fator de crescimento sustentado do segmento nos últimos anos. (Valor Econômico)

RAMO CRÉDITO II: Cooperativas têm 'internet banking'

Engana-se quem pensa que cooperativas de crédito são instituições com pouca tecnologia bancária, que limitam-se a captar depósitos e dar crédito. Agrupadas em grandes sistemas para ganhar escala, elas se sofisticaram e hoje conseguem oferecer o mesmo leque de principais produtos e serviços disponíveis nos grandes bancos. Acesso à conta pela internet, movimentação remota de depósitos inclusive por telefone móvel, programação de pagamentos e débito automático já são operações básicas nas cooperativas. Muitas oferecem aos associados fundos de investimento, cartão de crédito, consórcios, seguros, previdência complementar e, para empresários e produtores rurais, até operações de câmbio de financiamento de exportações (ACC), diz Márcio Freitas, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

Sistemas cooperativos - Isso é possível porque os sistemas cooperativos são donos de bancos com carteira de câmbio e de empresas de previdência, de gestão de fundos, de administração de consórcios, de cartões e corretoras de seguros. Os bancos cooperativos têm capital necessariamente controlado por cooperativas de segundo grau, as chamadas centrais, formadas pela associação de cooperativas de primeiro grau (as singulares).

Características - As singulares são as cooperativas propriamente ditas, compostas por trabalhadores, produtores rurais, empresários ou pessoas sem outro vínculo. As empresas que viabilizam os diversos produtos e serviços financeiros adicionais a depósitos e crédito são em geral de propriedade de cooperativas centrais ou de bancos cooperativos, embora cooperativas singulares e confederações também possam ser donas de empresas não bancárias para prestar serviços complementares a associados.

Confederações - As confederações são cooperativas de terceiro grau, formadas pela associação entre centrais. Nos grandes sistemas, são elas que dão escala às operações, concentrando o processamento das transações de todas as cooperativas a ela ligadas, além de ajudar o BC na supervisão. Cada confederação, com suas centrais e singulares, representa um sistema de crédito cooperativo. Existem também sistemas menores, que vão apenas até o nível de cooperativa central.

Banco - Dos quatro grandes sistemas de crédito cooperativo apontados pelo BC, dois têm banco. Maior de todos, o Sicoob, cujas cooperativas centrais são donas do Bancoob, é integrado por 541 cooperativas singulares, segundo dados do BC. As cooperativas centrais que formam a confederação e sistema Sicredi controlam o Bansicred e resultam da associação entre 114 instituições singulares. Já o sistema da confederação Confesol é composto por 189 singulares, e o da Unicred, por 98, ainda conforme o BC. 

Fundo garantidor - Cada um dos quatro sistemas envolve ainda um fundo garantidor de créditos. Esses fundos estão em processo de unificação; vão virar o FGcoop, equivalente ao FGC dos bancos.

Sistemas menores - Outras 61 cooperativas agrupam-se em seis sistemas menores, encabeçados por instituições de segundo grau, a maioria com abrangência apenas num Estado. Há ainda 233 cooperativas singulares independentes, ou seja, não ligadas a centrais, mas que podem contratar serviços de centrais e de confederações.

 Inclusão - Na visão de Marden Marques Soares, diretor de desenvolvimento organizacional do Sicoob, diferentemente do que muita gente pensa, as cooperativas de crédito, pelo menos na maioria, "não são ferramenta de inclusão financeira da população carente". O nível de renda do público dessas instituições "está um pouco acima". Na sua opinião, elas geram inclusão, sim, mas por causa do aspecto geográfico, pois têm forte atuação em municípios aos quais os "bancões" dão pouca atenção.

Modelo societário - Mais do que a diversificação de produtos e serviços, o que tem ajudado o cooperativismo de crédito a crescer no Brasil é o próprio modelo societário, disse Ademar Schardong, presidente-executivo do Sicredi. Cooperativas só podem dar crédito a seus próprios associados, que são os donos do negócio. Em função dessa característica peculiar, os recursos são aplicados no próprio local, "de acordo com a vocação econômica e cultural da região", disse ele. As necessidade locais são atendidas também porque o processo decisório de aplicação do dinheiro é inclusivo. Independentemente do capital investido, cada associado tem o mesmo poder, pois vale a regra "uma pessoa, um voto", explicou Shardong.

Distribuição de lucros - A distribuição de lucros também segue lógica diferente da dos bancos. Os resultados são partilhados entre todos os associados, de acordo com a intensidade de relacionamento de cada um com a entidade.

Novos parâmetros - Os novos parâmetros de prudência definidos para o segmento permitiram retomar a constituição de cooperativas de livre admissão de associados, possibilidade que tinha sido vedada pelo regulador, o Conselho Monetária Nacional, em 1992. A criação de cooperativas que não exigem vínculo anterior entre os associados - qualquer pessoa que seja da área geográfica abrangida pela cooperativa pode participar - tem impulsionado muito a expansão do crédito cooperativo no país, afirmou Luiz Edson Feltrim, diretor de relações institucionais do BC. 

Livre admissão - Enquanto o número de cooperativas de outros tipos se reduziu, o de cooperativas de livre admissão aumentou nos últimos anos, ultrapassando o de cooperativas de crédito rural. No fim de 2005, elas eram 55 apenas. No fim de 2007, já eram 131 e em setembro de 2012, 269. 

Predominância- O tipo que predomina ainda é, no entanto, o de cooperativas de empregados, ou seja, que se caracterizam pelo vínculo de trabalho comum dos cooperados. 

Sul e Sudeste - A presença das cooperativas de crédito é mais forte no Sul e Sudeste do país, onde elas estão, respectivamente, em 87,1% e 50,7% dos municípios. O diretor do BC destacou que elas fazem diferença para o desenvolvimento econômico local principalmente fora das regiões metropolitanas. 

Mais capitalizadas - As cooperativas são mais capitalizadas que o conjunto do sistema financeiro proporcionalmente ao volume de ativos ponderado pelo risco. O índice de Basileia do segmento chegava a 27,2% em junho de 2012, ante 17,1% do total do SFN. Há, portanto, folga de capital no segmento, o que dá ao BC tranquilidade para que o processo de expansão continue. O mínimo exigido em norma, no caso das cooperativas, pode chegar a 15% (maior que o dos bancos, de 11%), caso das cooperativas singulares não filiadas a centrais. (Valor Econômico)

ramo credito II 08 01 2012

MAPA: Novo secretário de Política Agrícola assume cargo

mapa 07 01 2013O novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, assumiu nesta segunda-feira (07/01) o cargo. Durante a cerimônia de posse, que contou com a presença do ministro da pasta, Mendes Ribeiro Filho, Geller valorizou sua experiência e disse estar preparado para assumir a nova tarefa. “Vivo a agricultura desde a infância. Acredito no segmento para gerar emprego, renda e dar oportunidade de vida às pessoas que precisam. Eu vim de um assentamento de reforma agrária e hoje estou assumindo este cargo tão importante”, comentou.

Substituição - Ele substitui Edilson Guimarães, que ocupava o cargo desde outubro do ano passado, quando o então secretário, Caio Rocha, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo.

Experiência - O ministro também destacou a experiência do novo secretário como oportunidade para alavancar o setor agrícola. “A atuação de um produtor e trabalhador é o perfil que o ministério precisa para a agricultura crescer”, disse Mendes Filho.

Melhoria - Geller aposta na sua experiência para melhorar o setor. “Estou na agricultura comercial, conheço e tenho domínio sobre essa questão. Sei quanto custa produzir um saco de soja e sei também quanto custa levar esse produto das grandes regiões aos portos (…), sei quanto custa o adubo, sei os encargos que existem e como podemos trabalhar efetivamente para fazer uma política definida”, garantiu. (Agência Brasil)

CMN: Conselho anuncia novas medidas para setor rural

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta segunda-feira (07/01) uma série de medidas tomadas na sexta-feira (04/02), como a ampliação de R$ 500 milhões para R$ 1,2 bilhão dos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para produtores do Sul afetados pela estiagem entre 2011 e 2012.

Funcafé - Os cafeicultores também poderão contar com mais recursos para financiamento de custeio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), elevados de R$ 550 milhões para R$ 730 milhões. O aumento foi possível graças a um conjunto de rearranjos que beneficiaram, entre outros, os financiamentos destinados para a recuperação dos cafezais prejudicados ao mesmo tempo pela seca e pelo excesso de chuva na safra 2012/13.

Crédito fundiário - Outras modificações abrangeram taxas de juros, limites de crédito e bônus para quem mantém os pagamentos em dia, no que diz respeito à contratação de crédito fundiário do Fundo de Terras e da Reforma Agrária. A taxa de juros será de 0,5% ao ano para o beneficiário com renda bruta familiar até R$ 9 mil e de 1% para quem tem entre 18 e 29 anos. O restante dos beneficiários pagará taxa de 2% ao ano.

Aquisição de imóveis - O financiamento para aquisição de imóvel rural, a partir de abril deste ano, ampliou o limite de R$ 80 mil para R$ 87,5 mil, com 20 anos para pagamento e 3 anos de carência. O bônus por adimplência vai variar de 20% a 40%, a depender da região do imóvel financiado. (Valor Econômico)

INSUMOS: Venda de sementes pode aumentar 10% em 2013

Os produtores de sementes esperam um ano favorável para o setor. A expectativa é de um crescimento de 10% sobre o faturamento estimado para 2012, de R$ 9 bilhões. A previsão contempla a venda de sementes de diversos tipos de plantas e flores por mais de 700 empresas multiplicadoras, além das gigantes do setor como Monsanto, DuPont e Syngenta.

Tecnologia - Para o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto, o aumento da área de grãos e a renda elevada devem garantir mais investimentos na tecnologia. "Os produtores de grãos estão capitalizados. Sempre que isso ocorre, eles procuram sementes de melhor qualidade, com biotecnologia envolvida e qualidade de germinação vigorosa".

Milho - Para o representante, a área plantada com sementes de milho produzidas comercialmente pode fechar a safra 2012/13 com um crescimento de até 10% ante os 15 milhões de hectares da safra anterior. "Tivemos uma redução no plantio de verão, mas ela deverá ser mais do que compensada pelo plantio de inverno". O milho responde pela maior parte da receita do setor - cerca de R$ 6 bilhões. Aproximadamente 90% da área destinada ao grão no Brasil é cultivada com sementes comerciais.

Soja - No caso da soja, a Abrasem prevê que a área total deve crescer apenas 3% em 2013, mas aposta em um crescimento mais expressivo na taxa de utilização de sementes comerciais. Em 2012, cerca de 30% da área de soja foi cultivada com sementes "salvas" pelos próprios produtores rurais. Segundo Barison, o uso de sementes comerciais pode alcançar 75% em 2013, o que significaria um mercado adicional de 1 milhão de hectares para as sementeiras. A soja é o segundo cultivo mais importante para as produtoras de sementes, com receita estimada em pouco menos de R$ 3 bilhões.

Otimismo - As perspectivas de longo prazo para a soja, diz Barison, são otimistas, com a chegada de variedades tolerantes à seca e com ômega 3 na composição. "Até 2020, essas variedades estarão no mercado", garante. (Valor Econômico)

COMMODITIES: Ajuste técnico impulsiona preço da soja em Chicago

Compras baseadas em indicadores técnicos e na percepção de que as recentes quedas foram exageradas impulsionaram os preços da soja em Chicago, nesta segunda-feira (07/01). Os contratos com vencimento em março fecharam com ganho de 21,25 centavos, a US$ 13,8850 por bushel. As cotações da commodity recuaram 2,5% na semana passada e 7% nas últimas três semanas. "Poucos players no momento e o clima bom na América do Sul colaboram para pesar sobre as cotações", avalia Steve Cachia, da corretora Cerealpar. O mercado espera que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) eleve sua estimativa de produção da soja no país, no relatório que divulgará na sexta-feira. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos permaneceu estável, a R$ 75,73. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Paranaguá poderá receber navios de até 368 metros de comprimento

1infraestrutura 08 01 2013(Large)A Capitania dos Portos do Paraná autorizou que sejam iniciadas manobras experimentais para o recebimento de navios de contêineres no Porto de Paranaguá da classe Post-Santa. Trata-se de embarcações com 368 metros de comprimento e 51 metros de boca. A autorização condiciona a realização de dez manobras experimentais com navios deste porte para avaliar e conceder a autorização definitiva das manobras dessa classe de navios, em condições normais.

Dragagem - De acordo com o documento da Capitania, a autorização para estes testes só foi possível devido à realização das obras de dragagem dos pontos críticos do canal de acesso, do pleno restabelecimento da manutenção da sinalização e balizamento do canal de acesso dos portos do Paraná e a contratação de sondagens batimétricas em regime continuado.

Profundidade - A obra, realizada no ano passado com recursos próprios da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), permitiu restabelecer a profundidade natural do Canal da Galheta (15 metros), largura de 200 metros e, nos trechos mais críticos, a sobrelargura foi ampliada em 10%.

Aumento da capacidade - “Cumprindo os compromissos assumidos no Plano de Governo Beto Richa que, dia a dia, estamos conseguindo vencer obstáculos de forma a garantir a segurança na navegação e ampliar a capacidade dos nossos canais de navegação”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Medidas de praxe - As manobras experimentais são medidas de praxe adotadas pela Capitania, tendo acontecido o mesmo quando foi permitida a atracação de navios de 296 metros; depois os de 306 metros e, mais tarde, as embarcações com 335 metros. Depois de averiguada a segurança das manobras, foram emitidas as portarias definitivas autorizando as respectivas operações normalmente.

Condições operacionais - “Com esta autorização, temos condições de anunciar aos armadores as condições operacionais do Porto e as primeiras manobras deverão acontecer no primeiro semestre 2013. Quando realizada, será a maior embarcação de contêineres a operar em um porto brasileiro”, afirma Dividino. “Nossa meta é posicionarmos, em definitivo, o Terminal de Contêineres do Paraná como rota principal na costa brasileira”, completa o superintendente. Atualmente, o Porto de Paranaguá está autorizado a receber navios de 335 metros de comprimento e 45,2 metros de boca, sem restrição noturna. (AEN)

2infraestrutura 08 01 2013 (1)

ALEP: Novos deputados tomam posse na Assembleia

alep 08 01 2013Os novos deputados que assumiram as vagas para os próximos dois anos da atual legislatura foram empossados nesta segunda-feira (07/01), em solenidade realizada no gabinete da Presidência da Casa. Os parlamentares Alceu Maron Filho (PSDB), Tercílio Turini (PPS) e Wilson Quinteiro (PSB) assumiram, respectivamente, as cadeiras dos ex-parlamentares Marcelo Rangel, César Silvestri Filho e Reni Pereira, que renunciaram ao cargo para cumprimento dos seus mandatos como prefeito, desde 1º de janeiro. O deputado Elton Welter (PT) já havia sido empossado no lugar de Augustinho Zucchi, que também renunciou para assumir a Prefeitura de Pato Branco. E a vaga do deputado licenciado e atual secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), será ocupada pelo suplente, deputado Gilberto Martin, do mesmo partido.

Termo - O presidente do Legislativo, deputado Valdir Rossoni (PSDB), assinou o termo de posse juntamente com os parlamentares e desejou sucesso aos novos membros do Poder. “Cumprimento os novos deputados que hoje tomam posse. E quero dizer que recebemos os senhores com uma expectativa muito grande. Os deputados que aqui chegaram e deixaram esta Casa realizaram um trabalho extraordinário. E que os senhores possam exercer o cargo da mesma maneira, o que não tenho dúvidas que ocorrerá, e que também nos auxiliem neste novo momento vivido pela Assembleia Legislativa”, disse Rossoni.

Presenças - Prestigiaram a solenidade de posse os deputados Ademar Traiano (PSDB), líder do Governo; Douglas Fabrício (PPS); Teruo Kato (PMDB); Rasca Rodrigues (PV); Alexandre Curi (PMDB); e os deputados federais Luiz Nishimori (PSDB) e Alex Canziani (PTB), diversos vereadores, familiares e amigos dos empossados. (Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa / Foto: Sandro Nascimento)

COMÉRCIO: Vendas devem crescer 7,5% neste ano, estima a CNC

Impulsionada por incremento no consumo das famílias, as vendas do comércio varejista devem subir 7,5% em 2013, informou nesta segunda-feira (07/01) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a entidade, em 2012 as vendas do setor devem ter subido em torno de 9,2% segundo projeção da confederação, que anunciou o documento “O que Esperar de 2013?”, com estimativas de seus economistas para este ano.

Motor - Segundo a CNC, o consumo das famílias, que deve subir 4,5% neste ano, também deve ser o grande motor do crescimento econômico de 2013, pela ótica da demanda. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 pode subir entre 3% e 3,5%, de acordo com a entidade. Pelo lado da oferta, os setores primário e de serviços devem ser os principais responsáveis pela expansão da economia neste ano.

Limite - Mas a entidade frisou que a expansão da economia em 2013 pode ser limitada pela baixa taxa de investimento, devido a um reduzido patamar de poupança doméstica. Para 2012 a previsão da CNC é que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha subido cerca de 1%, na comparação com 2011.

Mercado de trabalho - Para a CNC, outro aspecto que contribuirá para o bom desempenho do comércio em 2013 será a continuidade da evolução favorável do mercado de trabalho. A entidade estimou ainda a criação de aproximadamente 1,7 milhão de postos de trabalho em 2013 — impulsionada pelo comércio, que deve responder por 26% desse total (ou 465 mil vagas).

Duráveis - A confederação detalhou ainda que o faturamento do setor varejista deve ser puxado principalmente por boas vendas no setor de duráveis, beneficiado pela prorrogação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para linha branca e automóveis. A CNC também trabalha com a expectativa para 2013 de juros mais baixos; inadimplência em queda, o que deve contribuir para alta de 9% na concessão de crédito ao consumidor; e avanço de 5% em financiamento para empresas.

Inflação- Ainda segundo a CNC, esses fatores conduzirão a um cenário onde a inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2013 com alta entre 5% e 5,5%.

Emergentes - No cenário internacional, a confederação observou que um bom desempenho da economia global dependerá da evolução das economias emergentes em 2013, e principalmente da China. (Valor Econômico)

ECONOMIA: União prevê mais desonerações em 2013, diz Mantega

O governo pretende fazer em 2013 novas desonerações de impostos, além das previstas na proposta orçamentária, e abater a despesa do cálculo do superávit primário das contas públicas. A informação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em entrevista exclusiva ao Valor PRO, serviço de tempo real do Valor, disse que o cumprimento da meta "cheia" do superávit no ano dependerá do crescimento do Produto Interno Bruto e da decisão por mais desonerações. O governo poderá abater do superávit até R$ 25 bilhões. Segundo Mantega, fará isso, se necessário, por meio de dedução de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou do desconto das desonerações.

Arrecadação - Para o ministro, a arrecadação cresce acima da velocidade do PIB quando a economia avança mais de 3% no ano. Quando a economia roda abaixo de 2,5%, as receitas do governo têm crescimento limitado. Como o próprio mercado prevê alta do PIB superior a 3% em 2013, o governo acredita que a situação fiscal deste ano será mais "confortável".

Artifícios - Para cumprir a meta de superávit em 2012, o governo adotou uma série de artifícios, como o abatimento das despesas do PAC, a antecipação de dividendos de empresas estatais e o uso de recursos do Fundo Soberano do Brasil. Por isso, foi fortemente criticado.

Válvulas de escape - Mantega disse que tudo foi feito dentro da lei e que o governo foi obrigado a usar essas "válvulas de escape" por causa do baixo crescimento da economia, das desonerações para estimular o consumo e os investimentos e da frustração da meta fiscal de Estados e municípios.

Críticas - "Estou abismado com o nível das críticas", disse Mantega, referindo-se à tese de que, ao emprestar R$ 400 bilhões a bancos federais e não contabilizá-los como despesa primária, o governo estaria mascarando o aumento de gastos. "Fico estarrecido com esses raciocínios estapafúrdios. Continuamos mantendo a solidez fiscal, apesar do cenário adverso", afirmou. (Valor Econômico)


Versão para impressão


Assessoria de Imprensa do Sistema Ocepar - Tel: (41) 3200-1150 / e-mail: imprensa@ocepar.org.br