SISTEMA OCB: Cooperativismo apresenta prioridades no Congresso Nacional
Avançar na definição de marcos regulatórios determinantes para o desenvolvimento do movimento cooperativista brasileiro. Este é o objetivo da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2013, que está na sétima edição e será lançada nesta terça-feira (26/02), em Brasília (DF). O evento reunirá lideranças do setor, integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), representantes do governo federal e de outras instituições parceiras.
Demandas - A publicação será apresentada pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, aos deputados federais e senadores da República, ressaltando as principais demandas do setor no Congresso Nacional. Na Agenda, estão relacionados 57 projetos prioritários ao movimento cooperativista, com o posicionamento sobre cada uma das matérias. “Nosso objetivo é manter os parlamentares informados dos temas que são prioridade para as cooperativas brasileiras em 2013, apoiando-os, assim, na defesa do sistema na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. É um trabalho conjunto, coordenado pelo Sistema OCB, com a participação direta dos integrantes da Frencoop”, comenta o dirigente.
Ato Cooperativo - Segundo Freitas, entre as proposições, destaca-se o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 271/2005, que regulamentará o ato cooperativo, evitando a ocorrência de bi-tributação para o segmento. A Agenda Legislativa do Cooperativismo será entregue a todos os parlamentares e lideranças do Poder Legislativo, cooperativas e unidades estaduais do Sistema OCB e, ainda, nos ministérios e entidades parceiras da instituição. Também ficará disponível na internet, no Portal Brasil Cooperativo (www.brasilcooperativo.coop.br) e no Blog OCB no Congresso (ocbnocongresso.brasilcooperativo.coop.br). Posteriormente, será lançada a versão digital para tablets.
Homenagem a Niemeyer – A Agenda Legislativa do Cooperativismo 2013 homenageia o arquiteto Oscar Niemeyer. A ideia é exaltar a defesa de Niemeyer por uma sociedade mais justa e igualitária – pontos defendidos também pelo movimento cooperativista.
Frencoop – A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) conta com 203 deputados federais e 30 senadores, 233 integrantes no total.
Cooperativismo – O sistema cooperativista brasileiro mobiliza hoje cerca de 33 milhões de pessoas e movimenta US$ 6 bilhões em exportações. (Imprensa OCB)
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ROYALTIES: Monsanto adia cobrança de boletos sobre soja RR1
Atendendo uma solicitação feita pelo Sistema Ocepar, a empresa Monsanto adiou a cobrança de royalties da soja RR1 no Brasil, até que haja decisão da Justiça Federal sobre a questão das patentes. A decisão foi anunciada na tarde desta terça-feira (26/02), através de uma nota oficial da empresa. Para ler a íntegra desta nota da Monsanto clique aqui.
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COAMO: Intercooperação com cooperativa japonesa
A Coamo, com sede em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, agregando mais de 25.400 cooperados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e considerada a maior cooperativa agrícola da América Latina irá aumentar seus volumes de exportações de produtos agrícolas para a Ásia. Na manhã desta segunda-feira (25/02), o presidente da Coamo, o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, assinou convênio com a cooperativa Zen-Noh - Federação de Cooperativas Agrícolas do Japão - para fornecimento de produtos agrícolas, cujo primeiro navio será embarcado na próxima semana com mais de 50 mil toneladas de milho via porto de Paranaguá.
A cooperativa - A Zen-Noh é uma das maiores organizações cooperativas do mundo, representa os interesses de mais de 4,8 milhões de agricultores associados a mais de 700 cooperativas japonesas e também para mais de quatro milhões de associados não agricultores, com atuação na importação de insumos para ração e carne, demandados pelos produtores, além da distribuição e comercialização de produtos agrícolas. No final de 2012, dirigentes executivos da Zen Noh estiveram no Paraná visitando a Coamo e na ocasião, apresentaram propostas de negócios nas áreas de soja, milho e trigo.
Mercado externo - Com a parceria com a cooperativa japonesa, a Coamo pretende aumentar sua participação no mercado externo e ampliar os destinos de suas exportações, e por consequência, aumentar o faturamento com suas operações no mercado internacional. Em janeiro deste ano, Gallassini batizou um navio na Ilha de Iwagi com o nome de Santa Paulina e aproveitou a viagem para visitar clientes da Coamo no Japão e na Coréia do Sul. “A China continua sendo nosso principal destino de exportação, mas no ano passado recebemos visita de dirigentes de empresas asiáticas, que em janeiro tivemos a oportunidade de retribuir e mostrar o potencial e a qualidade dos produtos exportados (grãos), farelo e óleo de soja) pela Coamo. Desta maneira iremos diversificar os nossos negócios no continente asiático”, diz o presidente da Coamo.
Volume exportado - As exportações de produtos agrícolas industrializados e in natura da Coamo em 2012 foi de 2,81 milhões de toneladas, representando um crescimento de 8,7% em relação ao ano anterior, atingindo o montante de US$ 1,12 bilhão. Para a Europa, os produtos exportados pela Coamo chegam a vários países, entre eles estão Alemanha, França, Dinamarca e Suécia. "A nossa intenção é diversificar sempre para agregar maior valor a produção dos cooperados da Coamo" prevê Gallassini. (Imprensa Coamo)
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COAMO II: Campo Mourão Basquete tem patrocínio renovado
A Coamo Agroindustrial Cooperativa através da sua linha alimentícia com as marcas Coamo, Primê, Anniela e Sollus, produzida com a mais alta tecnologia, tradição e a qualidade de quem sabe e gosta do que faz, renovou o contrato como patrocinadora do Campo Mourão Basquete para a temporada 2013. Para consolidar a parceria iniciada em 2012 foi realizado evento na sede da cooperativa na manhã desta terça-feira (26/02) reunindo diretores da Coamo, Amobasquete, Fundação de Esportes de Campo Mourão (Fecam), técnico e atletas da equipe mourãoense de basquete e imprensa.
Parceria - O presidente da Amobasquete, Nelson Pedro Martins, agradeceu a parceria e o apoio direto da Coamo, Fecam, imprensa e da comunidade que acreditam no trabalho desenvolvido na modalidade, que envolve crianças, jovens e adulto. “O ano de 2012 foi memorável para o esporte mourãoense, fomos campeões dos Jogos Abertos Brasileiros, Taça Paraná, Sul Brasileiro, Campeonato Paranaense e Jogos Abertos do Paraná. Ficamos felizes pelo apoio e conquistas que obtivemos no ano passado”, afirma.
Organização - Para o secretário de Esportes e Lazer de Campo Mourão, Getúlio Ferrari Júnior, o “Getulinho”, a participação da Coamo é muito importante em um projeto vitorioso como é o desenvolvido pelo basquete, que bem organizado dentro e fora de quadra, é exemplo no esporte paranaense. “Queremos investir na base, mas juntos também apoiar as modalidades coletivas que com trabalho bem feito incentivam o esporte e as categorias de base, e mostram a força da nossa cidade. Por isso é que temos orgulho em ver uma empresa conceituada e referência como a Coamo apoiando o nosso basquete”, disse Getulinho.
Medalha - O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, antes de usar da palavra, foi surpreendido com o recebimento da medalha “Amigo do Esporte” outorgada pelo Ministério dos Esportes pelo apoio ao basquete. A medalha foi entregue pelo secretário de Esportes de Campo Mourão. Gallassini disse da satisfação da Coamo em apoiar um projeto vencedor do basquete mourãoense que divulga a cooperativa e os Alimentos Coamo para várias partes do país. "É muito bom ver uma equipe bem organizada como é o basquete mourãoense ser campeão várias vezes, é motivo de orgulho para todos. A Coamo é parceira e tem a oportunidade de fortalecer a marca da nossa linha alimentícia que vem crescendo bastante e tem grande aceitação junto aos consumidores”, considera o presidente da Coamo. No primeiro semestre deste ano, o Campo Mourão Basquete disputará a Copa Brasil, Super Copa Brasil e os Jogos Abertos Brasileiros. (Assessoria Coamo)
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AGRÁRIA: Dia de Campo de Verão traz ex-ministro da Agricultura
A Cooperativa Agrária realiza nos próximos dias 6 e 7 de março seu tradicional Dia de Campo de Verão. Entre as atrações da edição 2013 estão novidades tecnológicas desenvolvidas pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), bem como as palestras de dois renomados profissionais do agronegócio brasileiro: o professor Silvestre Bellettini e o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Em sua apresentação, Rodrigues, que ocupou o cargo de ministro entre 2003 e 2006 e atualmente é coordenador do Centro de Agronegócios da FGV (Fundação Getúlio Vargas), abordará o tema “Perspectivas do Mercado Agrícola de Milho e Soja”. A palestra será proferida no dia 7 de março, a partir das 11h30, nos campos da FAPA, onde todo o evento terá local.
Visitantes - O professor doutor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/CLM), Silvestre Bellettini, discorrerá sobre o “Manejo de Lagartas na Cultura da Soja”, no dia 6 de março, também às 11h30. “Ambas as palestras são voltadas às necessidades de momento do cooperado”, observou o coordenador do departamento de Assistência Técnica da Agrária, Leandro Bren. Para os dois dias são esperados cerca de 1.500 visitantes, que terão a oportunidade de acompanhar as palestras de pesquisadores da FAPA, acerca das principais tecnologias desenvolvidas pela fundação nas variadas áreas de pesquisa. “A principal diferença em relação ao ano passado é a possibilidade de o visitante assistir a todas as palestras da Fapa em apenas um dia”, destacou Bren. “Era uma solicitação recorrente na pesquisa de satisfação dos visitantes na edição de 2012 e que foi atendida neste ano”.
Expositores - Com seu cunho técnico, o Dia de Campo de Verão contará com empresas expositoras do setor de defensivos e insumos agrícolas, as quais trarão lançamentos e as principais novidades do ramo para o controle de pragas e doenças. “São importantes parceiros, que, além de expor, trazem informações técnicas fundamentais sobre o que há de mais moderno no mercado”, frisou Bren. Terão destaque também as culturas de feijão, que tem crescido em área dentre os cooperados da Agrária, e do tomate, igualmente uma alternativa para a cultura de verão. “Novas tecnologias e cultivares com potencial produtivo serão abordados para essas duas importantes culturas”.
Novidades - Sob o tema “Novas tecnologias para altas produtividades”, o Dia de Campo de Verão 2013 pretende apresentar novidades que contribuam para o aprimoramento técnico do seu público, composto por cooperados, agrônomos, técnicos agrícolas, pesquisadores, estudantes e visitantes em geral. Com realização da Agrária e FAPA, o evento conta com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná).
Serviço - Evento: Dia de Campo de Verão da Agrária
Data: 6 e 7 de março
Local: FAPA (em Entre Rios, Guarapuava/PR)
(Imprensa Agrária)
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CAMISC: Curso aborda produção artesanal de alimentos
A Camisc em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) realizou no último dia 13 e 14 de fevereiro, em Mariópolis, o curso de Produção Artesanal de Alimentos: conservação de frutas e hortaliças, onde foi possível trabalhar na confecção de doces caseiros diversos e conservas. O curso, que foi realizado na pastoral da criança e teve a participação de 15 mulheres, a grande maioria esposas de cooperados, contou com aulas práticas ministradas pela educadora Leonira. Ao final das aulas, as alunas produziram doces e receitas orientadas pela instrutora.
Melhor conservação - “Com o curso possibilitamos aos nossos participantes o melhor aproveitamento de frutas e hortaliças produzidas na região, hoje destinadas principalmente a comercialização “in natura”, diminuindo o desperdício e aumentando a renda”, afirma a gerente administrativa da CAMISC, Rita de Bortoli. O objetivo da capacitação foi desenvolver produtos baseados nos métodos de conservação de alimentos aplicando técnicas e boas práticas de higiene. Durante o curso foram abordados os seguintes conteúdos: conceito de frutas, frutos climatéricos e não climatéricos, períodos de safras de frutas no Paraná, métodos de conservação, rotulagem, medidas e receitas.
Frutas - De acordo com a participante Madalena Bellan, o curso ensinou técnicas que possibilitaram aproveitar da melhor maneira o uso de frutas. “Aprendemos várias receitas e como conservar melhor as conservas, por exemplo, com a adição de limão evitando que elas estraguem”, contou Madalena, que aprendeu a fazer doce de banana, geleias de mamão, goiaba, entre outras receitas. (Imprensa Camisc)

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TRANSCOOPER:Cooperativa é anfitriã de Fórum de Dirigentes Cooperativistas de Transporte
Reunião abordou assuntos sobre as definições para o plano de trabalho 2013, cenário econômico e financeiro de transportes, entre outros assuntos. A Cooperativa de Transportes Bom Retiro, Transcooper, foi sede na manhã da última sexta-feira (22/02) da primeira reunião de 2013 do Fórum de Dirigentes de Cooperativas de Transporte do Paraná. O encontro acontece a cada 90 dias, para apresentar um resumo do trabalho anterior e as metas para os próximos meses. Na reunião que aconteceu na sede da Cooperativa Agropecuária Tradição (Coopertradição), as cooperativas falaram sobre as definições de prioridades e validação do plano de trabalho 2013, a apresentação do cenário econômico e financeiro do ramo de transportes e definições sobre as próximas reuniões e fóruns do ramo.
Presenças - Na ocasião, dirigentes de cooperativas de transportes estiveram reunidos fazendo uma avaliação e traçando planos das atividades a serem realizadas este ano. Estiveram presentes o superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, o analista econômico e financeiro do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), Jessé Aquino Rodrigues, e o coordenador de Desenvolvimento Cooperativo da entidade João Gogola Neto.
Ações - O evento foi aberto pelo presidente da Sincoopar Transportes e da Cooperativa de Transporte de Cafelândia, Dorival Bartzike. Na sequência, João Gogola apresentou um balanço sobre as ações realizadas pelo Sistema Ocepar em defesa das demandas do ramo transporte, como participação em reuniões, audiências públicas e eventos diversos ocorridos em Brasília, Curitiba e no interior do Estado. Ambos estiveram recentemente em Brasília onde participaram de uma reunião na sede da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB) onde foi definida a escolha do novo coordenador do órgão, apresentação do novo regimento interno para análise dos conselheiros e a definição das prioridades para o setor neste novo período de gestão.
Discussões - Durante a reunião, um dos assuntos abordados foi a Lei 12619/12, conhecida como a Lei do Motorista; resolução da ANTT 3658, sobre a tolerância de peso por eixo dos caminhões. Outro ponto discutido foi a redução de 40% para 10% da base de cálculo do Imposto de Renda para o transportador autônomo. “Uma média que tem que ser comemorada e que traz avanços para o sistema de transportes”, avalia Neto. “A redução do imposto dá mais oportunidades de crescimento para o setor”, completa o superintendente adjunto do sistema Ocepar, Nelson Costa. Para o presidente da Transcooper, Alberto Santin (Lila), “o setor de transporte está crescendo de forma rápida dentro das cooperativas e é importante que as organizações mantenham seus planejamentos e focadas em um crescimento sólido”.De acordo com Lila, as reuniões do Fórum são importantes para que os presidentes de cooperativas e cooperados fiquem atualizados em relação as leis e as novidades do setor.
Desempenho - No Paraná, o ramo de transporte é composto por 26 cooperativas registradas no Sistema Ocepar, das quais 24 atuam com transporte de cargas, uma com transporte náutico e uma com transporte de passageiros. O segmento contempla 1.900 cooperados, 200 funcionários e vem crescendo a uma média de 15% ao ano, de acordo com indicadores econômicos do Sescoop/PR.
Transcooper – Fundada em 20 de janeiro de 2012, a transportadora conta com 55 caminhões cooperados. São 33 cooperados e 4 colaboradores que dispõe de uma área total de 1,48hectares. Hoje, a Transcooper atende a região sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina, contando com uma filial em Palma Sola (SC). (Imprensa Transcooper)

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AGRICULTURA FAMILIAR: Ministério do Desenvolvimento Agrário avalia o seguro rural
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário no Paraná e da Coordenação Geral de Gestão de Riscos e Seguro Rural da Secretaria de Agricultura Familiar, realiza nesta quarta-feira (27/02), reunião para discutir o Seguro da Agricultura Familiar – SEAF / Proagro Mais. A reunião acontecerá no Instituto Emater, em Curitiba, e terá um caráter de oficina de trabalho para avaliar as principais causas de sinistralidade, as situações de perdas que podem ser evitadas e o que pode ser feito para evitar essas situações, a partir de importantes constatações verificadas na última safra no estado do Paraná. Na ocasião, também poderão ser tratados outros assuntos relevantes sobre o SEAF, inclusive sugestões para o aperfeiçoamento das normas do programa. Irão participar da reunião agentes financeiros, organizações sindicais e movimentos sociais, membros da Comissão Especial de Recursos (CER/Proagro), Ministério da Agricultura, INCRA e outros interessados no assunto.
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CEDRAF: Conselho discute assistência técnica para agricultura familiar
O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf) promoveu, na manhã desta terça-feira (26/02), a sua 54ª reunião, aberta pelo secretário estadual da Agricultura e presidente Conselho, Norberto Ortigara. O encontro aconteceu na sede do Instituto Emater, em Curitiba. O Sistema Ocepar foi representado pelo analista técnico e econômico, Robson Mafioletti. Na oportunidade, foram discutidos temas relacionados à Lei Estadual de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) para cooperativas da agricultura familiar. Também foi feita a apresentação do Programa de Apoio ao Manejo Fertilidade do Solo e feita a discussão e aprovação do Regimento Interno da Câmara da Juventude Rural.
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INFRAESTRUTURA: Assembleia aprova criação da Frente Parlamentar das Ferrovias Paranaenses
A Assembleia Legislativa aprovou na sessão plenária da segunda-feira (25/02) requerimento do deputado Ademir Bier (PMDB) que prevê a constituição da Frente Parlamentar das Ferrovias Paranaenses. Entre outras funções da Frente, segundo o deputado e 2º secretário do Legislativo, estariam a proposição de diferentes matérias para o aprimoramento das ferrovias, a promoção do debate sobre o projeto estratégico de desenvolvimento sustentável do país, a realização de estudos visando à integração multimodal das regiões, a mobilização pela expansão da malha ferroviária, pela revisão do modelo regulatório e pela destinação de mais recursos ao setor.
Defasagem - De acordo com Bier, o fato é que nossas rodovias não acompanharam o crescimento da produção agropecuária, não comportando de forma adequada o grande fluxo diário de caminhões. “Hoje, a maneira mais eficiente e economicamente viável para solucionar a questão do transporte da produção agropecuária paranaense é a melhoria da rede ferroviária no estado. Com ligações ferroviárias entre as regiões produtivas e o Porto de Paranaguá, os produtores terão menos custo de frete e as principais rodovias do estado serão desafogadas do intenso tráfego pesado”.
Ferroeste - O deputado, que entre 2007 e 2009 respondeu pela direção administrativa e financeira da Ferroeste – a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – lembra que em março de 2011 Santa Catarina lançou a sua Frente Parlamentar de Ferrovias, assim como ocorreu no Rio Grande do Sul três meses depois, com a criação da Frente Parlamentar de Apoio à Ferrosul – cujo propósito será o de planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos nos estados sulistas e no Mato Grosso do Sul, conforme decisão do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). Para tanto, segundo Ademir Bier, deverá ser incorporada também a Ferroeste, no trecho que compreende a ligação entre Guarapuava e Cascavel. Assim, e com base na premissa de que o transporte ferroviário é importante mola propulsora da economia, o deputado entende que se justifica plenamente a instalação da nova Frente na Assembleia do Paraná. (Imprensa parlamentar)

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FLORESTAS PLANTADAS: Câmara discute ações para 2013
Para ampliar o uso da Agricultura de Precisão (AP) no País que impacta no aperfeiçoamento do uso dos insumos agrícolas, na redução dos impactos ambientais da produção, e no aumento da lucratividade do produtor, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) expôs aos integrantes da Câmara Setorial de Florestas Plantadas as ações colocadas em prática em 2012, e o que pretende fazer neste ano. A explanação foi durante reunião, em Brasília, nesta segunda-feira, dia 25 de fevereiro.
Capacitação - Segundo o chefe da Divisão de Prospecção de Tecnologia Agropecuária da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), Fabrício Juntolli, o Mapa promoveu diferentes atividades ao longo do ano passado, entre as quais a capacitação de seus técnicos sobre a Agricultura de Precisão nas diferentes regiões do País. A intenção é que um número cada vez maior de agricultores utilizem as ferramentas da AP para melhorar a gestão de suas unidades produtivas e ganhar em competitividade e sustentabilidade. Por isso, para este ano, o setor tem metas ousadas para melhorar a gestão.
Vantagens econômicas - Entre as ações para 2013, o convênio que será firmado entre o Mapa e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para a realização de cursos de capacitação em gestão da propriedade em AP, em diferentes regiões do País. O objetivo é mostrar o que é a Agricultura de Precisão, a sua importância para o produtor, bem como as vantagens econômicas para quem produz. Além das discussões que envolveram a AP, os integrantes da Câmara também conheceram em detalhes os recursos já disponibilizados pelo Plano Agrícola e Pecuário (2012/2013), o balanço do registro de agrotóxicos para o setor de Florestas Plantadas e o calendário de participações do Mapa em feiras e missões no Brasil e exterior. (Imprensa Mapa)

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RAMO CRÉDITO: Ativos das cooperativas de crédito brasileiras cresceram 19% em 2012
Apesar da redução de 4,5% no total de cooperativas de crédito existentes no país, o setor cresceu em 19% o volume de ativos administrados no ano de 2012. Baseado em dados do BACEN e da OCB, dos anos de 2011 e 2012, é possível realizar-se algumas análises relativas ao crescimento dos 12 meses do ano de 2012. Tais informações consideram apenas os dados de balanço das 1.216 cooperativas singulares e 38 centrais, não levando em conta os dados dos Bancos Cooperativos Sicredi e Bancoob.
Ativos - No ano de 2012 os ativos das cooperativas de crédito totalizaram R$ 98,992 bilhões, praticamente atingindo a marca de R$ 100 bilhões, com crescimento de 19% em relação à 2011. Deste total, 41% são administrados por cooperativas filiadas ao Sistema Sicoob, 34% ao Sistema Sicredi, 11% à Unicred, 5% à Ancosol e 3% à Cecred. Percentualmente, os maiores crescimentos no volume de ativos foram da Ancosol e Cecred, com 32% e 31%, respectivamente, seguido pelo Sicredi (21%), Sicoob (17%) e Unicred (13%).
Operações de Crédito - Já as operações de crédito atingiram R$ 47,1 bilhões, com crescimento de 25%, com crescimento alavancado pelas cooperativas filiadas à Cecred (aumento de 40%), Sicredi e Ancosol (28%), Unicred (27%) e Sicoob (22%). Nestes dados não estão computados as operações contabilizadas no Ativo Compensado das cooperativas, como por exemplo as repassadas do BNDES. Neste mesmo período, o patrimônio líquido das cooperativas cresceu 20%, atingindo R$ 19,1 bilhões. Deste total, 47% é relativo à cooperativas do Sistema Sicoob, 25% do Sicredi, 11% da Unicred, e 3% da Ancosol e Cecred. O maior crescimento foi verificado no Sicredi e Ancosol (+ 27%), seguidos pela Unicred (20%) e Sicoob (18%).
Panorama nacional - Em termos de crescimento, analisadas as regiões do país, e tomando-se como base o volume de depósitos e as operações de crédito, temos o seguinte panorama:
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Centro-Oeste: 19% de aumento nos depósitos e 30% nas operações de crédito
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Norte: 27% de aumento nos depósitos e também nas operações de crédito
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Nordeste: 24% de aumento nos depósitos e 25% nas operações de crédito
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Sudeste: 14% de aumento nos depósitos e 20% nas operações de crédito
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Sul: 30% de aumento nos depósitos e 26% nas operações de crédito
Crescimento percentual - Estes dados demonstram a dificuldade de crescimento na região Sudeste do país, onde além do setor não verificar franco crescimento, possivelmente o crescimento de 2012 foi inferior ao que os bancos tiveram nesta mesma região, mantendo assim o cooperativismo de crédito muito próximo dos 2,4% de participação de mercado (dado de set/2012). Os estados com maior crescimento percentual no volume de depósitos foram: Piauí (69%), Tocantins (55%) e Alagoas (42%). Em 2012, o número de PAs (Pontos de Atendimento) aumentou de 4.775 para 4.942, representando um crescimento de 3,5%. Neste total estão incluídas as sedes das 1.216 cooperativas singulares. (Portal do Cooperativismo de Crédito)
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AGRICULTURA I: Semana de Campo mostra aumentar os lucros com milho e feijão
Começa nesta terça-feira (26/02) a 14ª Semana de Campo do Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho, na Estação Experimental da Fundação ABC, em Ponta Grossa. Cerca de 1,5 mil agricultores familiares da região Centro-Sul do Paraná devem participar das atividades durante quatro dias. A promoção é do Instituto Emater, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, da Fundação ABC, Syngenta, Iapar, Embrapa Arroz e Feijão, Fundação Terra, além de diversas empresas do setor agropecuário.
Estações tecnológicas - Os agricultores poderão visitar sete estações tecnológicas rotativas. Serão tratadas questões como: cultivares de feijão e milho; controle de doenças; pragas e plantas invasoras do feijoeiro e do milho; plantio direto; plantas de cobertura; tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas, feijão e milho em conversão para o sistema de produção orgânico; segurança do produtor e ações de meio ambiente. O Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho foi criado pelo Instituto Emater para atender os agricultores familiares que vêm enfrentando a redução de renda com essas culturas em função da baixa produtividade. Desde que foi implantado, o projeto já trouxe resultados significativos. Segundo Germano Kusdra, coordenador estadual do projeto, a produtividade média das áreas demonstrativas foi 1,6 vez superior à média do Estado para a cultura do feijão e 1,5 vez superior no caso do milho.
Qualidade dos produtos - Além disso, a divulgação de novas tecnologias entre os agricultores tem levado à melhoria da qualidade dos produtos, ao melhor uso da mão de obra familiar e à maior adoção do sistema de plantio direto na palha, resultando no aumento da fertilidade das áreas e conservação dos recursos naturais. Kusdra informou também que os produtores assistidos estão conseguindo fazer o manejo correto dos agroquímicos, conquistando mais segurança para quem produz e quem consome esses produtos. O meio ambiente também é preservado com o uso racional dos insumos agrícolas e um sensível uso de defensivos.
Profissionalização - O projeto já foi implantado em sete regiões do Estado e envolve 41 municípios. Para este ano, os técnicos pretendem implantar 74 Unidades Demonstrativas para a cultura do Feijão e 64 Unidades Demonstrativas para o milho. Segundo Kusdra, a intenção é profissionalizar os produtores responsáveis por essas unidades, além de 3 mil agricultores que participam do projeto por meio dos grupos de resultados. (AEN)
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FINANCIAL TIMES: Brasil quer ser “maior produtor de alimentos do mundo em 2025”
A revista semanal do jornal britânico “Financial Times” publicou, neste fim de semana, reportagem sobre o delicado equilíbrio perseguido pelo Brasil entre a produtividade agropecuária e a preservação das florestas. “Sustentabilidade, e não exploração, é agora a chave para o país que almeja se tornar o maior produtor de alimentos do mundo”, diz o texto. De acordo com a matéria, o país deixou para trás um passado de exploração desenfreada dos recursos naturais, fazendo o seguinte questionamento na manchete: “Paraíso recuperado?”. O jornal lembra que, apenas no ano de 2004, a Amazônia havia perdido uma área de floresta de 27.000 quilômetros quadrados – o equivalente ao territótio da Bélgica.
Queda do desmatamento - A situação agora é outra, e o FT afirma que as discussões ambientais são “mais quentes do que em qualquer outro lugar”. O resultado? “As taxas de desmatamento vêm caindo desde então. No ano passado, cerca de 5.000 quilômetros quadrados foram derrubados, uma queda impressionante de 80 por cento desde o pico de 2004”, afirma o jornalista João Paulo Rathbone, editor para América Latina. A reportagem aponta que, apesar desta preocupação, o Brasil transformou-se em um grande exportador de alimentos nos últimos 30 anos. “Ele já é o maior produtor mundial de açúcar e suco de laranja, e o segundo maior produtor de carne bovina (com as carnes de porco e de frango logo atrás). No próximo ano, também é previsto que se torne o maior produtor mundial de soja, ultrapassando os tradicionais ‘cinco grandes’ produtores de grãos – EUA, Austrália, Canadá, Argentina e União Europeia. Em 2020, a previsão é de que as exportações agrícolas cheguem a US$ 200 bilhões anuais. Em 2025, o Brasil pretende ser o maior produtor de alimentos do mundo”, projeta.
“O fazendeiro não é um criminoso” - A matéria do Financial Times aponta que, enquanto avança e produz riqueza para o país, o agronegócio convive com uma fiscalização cada vez maior e mais ferrenha. Um produtor rural não identificado é citado pelo historiador ambiental da Universidade Federal do Rio, José Augusto Pádua, como autor de uma frase simbólica: “O fazendeiro não é um criminoso”. O texto aponta que “os maiores avanços foram feitos nas maiores fazendas”, como a de Darcy Ferrarin Jr., produtor de soja em Sinop (MT) que utiliza um software personalizado na lavoura. “Usando o plantio direto, o talo da soja colhida é deixado para formar uma camada de material orgânico, contribuindo assim para reter nutrientes para a próxima safra, que é plantada diretamente no bagaço. Ele também faz a rotação de culturas, o que minimiza as pragas”, conta o FT. Ferrarin diz que ele e outros agricultores locais não estão interessados em derrubar mais floresta, mas em extrair melhores rendimentos da terra que cultivam: “Eu moro aqui com minha família. Você acha que eu quero ver a área ser arruinada”?
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AGRICULTURA II: Depois da soja, Brasil assume liderança no milho
Após duas safras recordes (uma já confirmada, no ano passado, e outra prevista para este ano), o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e assumir, pela primeira vez, o posto de maior exportador mundial do cereal na temporada 2012/13. A avaliação foi feita pelo USDA, o departamento de agricultura norte-americano, durante Agricultural Outlook Forum, o fórum mundial do agronegócio, que ocorreu na semana passada em Arlington, estado da Virgínia (EUA).
Projeção USDA - Segundo o órgão, que considera na projeção o ano fiscal norte-americano (outubro de 2012 a setembro de 2013), as vendas externas de milho dos EUA devem levar um tombo de 38% em 2013 e recuar ao menor patamar desde o início dos anos 70. Nas contas do USDA, serão 24 milhões de toneladas dos EUA contra 24,5 milhões de toneladas do Brasil. “Nos últimos quatro meses, o Brasil exportou cerca de 14 milhões de toneladas, mais do que o dobro dos embarques dos EUA no mesmo período”, sustenta o documento divulgado durante o fórum.
Estiagem - “Os números previstos para 2013 refletem a magnitude da seca de 2012 no balanço de oferta e demanda dos EUA”, pontuou Joseph Glauber, economista-chefe do USDA. Segundo ele, apesar das vendas fracas, os preços nos EUA ainda são pouco competitivos no mercado mundial, o que justifica em parte o desempenho. “Devido aos recordes de produção e à demanda interna mais baixa, que aumentou seus excedentes exportáveis, o Brasil vai ultrapassar os EUA como maior exportador mundial de milho. Será a primeira vez em quatro décadas que cederemos o posto”, observou Glauber.
Concorrência - Além do Brasil, os norte-americanos também enfrentam forte competição de Argentina e Ucrânia. Juntos, os três concorrentes dos EUA devem responder por 41% das exportações mundiais, contra 18% dez anos atrás. Mas a liderança brasileira deve ter vida curta. Segundo Glauber, “os EUA provavelmente irão recuperar sua posição de maior exportador de milho no ano fiscal de 2014”. Na avaliação do USDA, o plantio recorde esperado para o ciclo 2013/14 e um clima mais favorável às lavouras devem permitir ao país recompor seus estoques e retomar competitividade no mercado internacional no próximo ano.
Preços - O excedente de milho norte-americano, que recuou ao mais baixo patamar em 17 anos na temporada passada, deve triplicar neste ano, chegando a 55 milhões de toneladas – o dobro do nível considerado confortável. O alívio no abastecimento deve resultar em forte pressão sobre os preços. “As vendas antecipadas darão algum suporte de renda aos produtores, mas no pico de colheita [entre outubro e novembro] as cotações devem cair para perto de US$ 4”, estima o relatório do USDA. O preço médio do bushel (25,4 quilos) da temporada 2013/14 está projetado em US$ 4,80, queda de US$ 2,40 com relação ao valor médio da safra 2012/13. (Gazeta do Povo)
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AGRICULTURA III: Risco e oportunidade no milho
No ano em que o Brasil assume a liderança nas exportações de milho, o país vive um dilema. O avanço na colheita de verão e a evolução no plantio da safra de inverno colocam o setor de sobreaviso. Depois de uma temporada de bons preços e espaço ampliado no mercado externo, o setor teme entrar numa fase de prejuízos com as mudanças nos fundamentos do mercado. As discussões estendem-se a médio e longo prazo e pedem medidas práticas. A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) está reunindo a cadeia do cereal regionalmente para definir estratégias e busca envolver o governo federal nos debates.
Levantamento safra - O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma que a área do milho vai aumentar na safra de inverno. No verão, a produção, deve chegar a 35,8 milhões de toneladas, praticamente estável na comparação com o ciclo anterior, segundo a Expedição Safra Gazeta do Povo. Na safrinha de 2013, o salto é estimado em 4,6%, de 39,1 milhões no inverno 2012 para 40,9 milhões de toneladas. A previsão da Conab considera um aumento de 8,5% no plantio e um recuo de 3,6% na produtividade na safra que está sendo plantada. O cultivo de inverno no Brasil deve ocupar 8,2 milhões de hectares, 600 mil a mais do que há um ano.
Cotações - Com o aumento na oferta, o mercado reduz as cotações. Em Mato Grosso, onde menos de 10% da área de inverno está por semear, a saca de 60 quilos caiu da casa de R$ 25 para R$ 18, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O Paraná chega perto da metade do plantio e paga R$ 25 por saca, cerca de R$ 1 a menos do que em janeiro. Otávio Celidonio, superintendente do Imea, destaca que para vendas futuras a cotação caiu abaixo do preço mínimo (R$ 17,46), a cifras de R$ 12 por saca. “Teremos problemas na comercialização, mesmo assim dificilmente [os produtores] vão diminuir a área plantada”, avalia. Ele ressalva que nem tudo está definido. O desempenho da safra nos Estados Unidos será determinante, aponta. “Quem vai mandar nas cotações é a safra norte-americana. Se for cheia, o preço vai continuar caindo”, avalia.
Culturas de inverno - Outro desafio para o milho no médio prazo é a concorrência por área com culturas de inverno que também estão rentáveis, como feijão e trigo. Técnicos da Secretaria da Agricultura do Paraná, a Seab, sustentam que neste ano o trigo deve recuperar área, ficando em “um intervalo de 780 mil a 1,09 milhão de hectares”. No caso do feijão, 229 mil hectares devem ser cultivados na segunda das três safras, aumento de 2% em relação ao último ciclo.
Agregação de valor - Para encarar esse quadro, a Abramilho defende a agregação de valor como estratégia de crescimento sustentável. Na última semana, Alysson Paolinelli, presidente-executivo da instituição, reuniu-se com representantes de cooperativas paranaenses visando coletar as principais demandas do setor. O objetivo é buscar apoio do governo federal para a cadeia. “Não há nenhum país do mundo onde o milho progrediu sem o apoio do governo”, argumentou Paolinelli. (Gazeta do Povo)
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OPINIÃO: Rumo ao pior ano da logística agrícola
Este ano o Brasil está colhendo a maior safra da sua História. Serão 185 milhões de toneladas (MT) de grãos e oleaginosas, 11% mais do que na safra anterior. Viramos o primeiro produtor (84 MT) e exportador (41 MT) mundial de soja. Também tomamos dos americanos a posição de primeiro exportador mundial de milho (25 MT, ante 23 MT dos EUA), um fato inédito e surpreendente que decorre da terrível seca que atingiu aquele país em meados do ano passado e provocou uma quebra de safra superior a 110 milhões de toneladas de grãos.
Em recente evento de que participei nos EUA, a principal questão não era saber a estimativa de quanto o Brasil vai produzir nesta safra, mas sim os volumes de soja e milho que serão efetivamente escoados através de nossos portos até o início da próxima safra americana. Ninguém mais tem dúvida de que o Brasil consegue responder rapidamente na produção. Basta dizer que só na soja ampliamos a área plantada em quase 3 milhões de hectares em apenas um ano. A segunda safra de milho - erroneamente chamada de "safrinha" e plantada após a colheita de soja no mesmo ano agrícola - superou a safra de verão em mais de 6 MT nos dois últimos anos. Trata-se de uma notável vantagem competitiva da agricultura tropical, que jamais vai ocorrer em países de clima temperado.
Acontece que em apenas um ano aumentamos a nossa exportação "potencial" de milho e soja em 18 milhões de toneladas, 36% mais do que na safra passada. Vale notar que o grosso da expansão de soja e milho se dá nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Bahia, em áreas que se situam entre 1.000 e 2.300 km de distância dos portos. Se somarmos ainda as exportações de 25 MT de açúcar e a importação de 18 MT de matérias-primas para fertilizantes, não é de espantar que este ano assistiremos, passivos e apavorados, à maior asfixia na logística de granéis da nossa História!
Neste momento, as filas de navios para atracar nos Portos de Santos e de Paranaguá estão duas a três vezes maiores do que há um ano. Na última quinta-feira havia 82 navios esperando para carregar grãos no Porto de Paranaguá, ante 31 nesta mesma época do ano passado. Em Santos havia 59 navios, ante 29 há um ano. O custo médio de demurrage de um navio parado esperando carga é de US$ 30 mil por dia. Em seminário do Banco Itaú-BBA realizado na semana passada, operadores relataram que para evitar 45 dias de fila de espera em Paranaguá eles decidiram mandar os caminhões para o Porto de Rio Grande, onde as filas duram menos de dez dias. Ou seja, depois de rodar 2.300 km do norte de Mato Grosso até Paranaguá, a soja ainda tem de rodar outros 1.100 km para pegar uma "fila mais rápida" no Rio Grande do Sul. Uma verdadeira insanidade!
Para complicar ainda mais, a Lei 12.619, que restringe a jornada de trabalho dos caminhoneiros e o tempo de condução dos veículos, teve o efeito prático de "retirar" mais de 500 mil carretas das estradas. Os fretes de cargas já subiram entre 25% e 50% este ano. Além disso, o processo de votação da Medida Provisória n.º 595 - a chamada MP dos Portos, que propõe novas regras para a modernização destes - tem produzido uma sucessão de greves em escala nacional, que só tende a piorar com o avanço das negociações.
Essa situação calamitosa nos leva a pelo menos três reflexões importantes. A primeira delas, e mais óbvia, é a necessidade urgente de votar os novos marcos regulatórios que modernizariam a logística brasileira, particularmente a MP dos Portos. Apesar da calamidade nas estradas, da insuficiência histórica de ferrovias e hidrovias e da falta de armazéns (nossa capacidade de armazenagem equivale a 72% da safra de soja e milho, ante 133% nos EUA), o pior gargalo do País neste momento, de longe, são os portos. É hora de vencer a reserva de mercado, a burocracia e o corporativismo de um dos setores mais atrasados da economia brasileira.
A segunda é a necessidade urgente de viabilização sistêmica da nova logística do Norte do País, traduzida no escoamento pelos Portos de Itacoatiara (Rio Madeira), Santarém (Amazonas), Marabá (Tocantins), Miritituba (Teles Pires/Tapajós) e Vila do Conde (confluência do Amazonas e do Tocantins, no Pará), na conclusão da pavimentação das rodovias BR-163 e BR-158 e das Ferrovias de Integração Norte-Sul (FNS), Centro-Oeste (Fico), Oeste-Leste (Fiol) e Transnordestina. Basta dizer que 60% da produção de grãos se concentra nos cerrados, que serão beneficiados pela nova logística, mas só 14% dela é hoje escoada pelos portos do Norte e Nordeste. A viabilização dos novos corredores permitiria exportarmos com navios Capesize, que transportam 120 mil toneladas de grãos, o dobro da capacidade dos navios Panamax, hoje utilizados. Com a futura passagem desses navios pelo Canal do Panamá, em 2014, será possível reduzir em pelo menos 20% o frete marítimo para a China, que já responde por 40% da nossa exportação de grãos, além da redução potencial dos fretes terrestres, pelo uso de ferrovias e hidrovias.
A terceira reflexão tem que ver com o longo prazo. Precisamos estudar qual seria o melhor modelo de inserção do Brasil no agronegócio global do futuro. Hoje estamos engargalados num sistema ineficiente de transporte de soja e milho por caminhões, portos velhos e caros e navios pequenos. Milho e soja servem basicamente para produzir ração para bovinos, suínos e aves, que vão produzir a proteína animal consumida por países que estão do outro lado do planeta.
Num momento em que vários países constroem políticas comerciais mais agressivas - vide o anúncio do novo acordo EUA-União Europeia e a miríade de acordos asiáticos -, não seria a hora de repensar as nossas cadeias de suprimento, buscando explorar a combinação de maior eficiência e valor dos grãos, carnes e lácteos que serão demandados no futuro?
* Marcos Sawaya Jank é especialista em Agronegócio e Bioenergia, e foi presidente da Unica e do Icone. E-mail: marcos@jank.com.br
(O Estado de S.Paulo - 26/02/2013)
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