PLANO SAFRA: Governo federal lança política para a triticultura brasileira
A Política Agrícola Brasileira para a Triticultura e demais culturas de inverno foi lançada, na manhã desta sexta-feira (08/03), pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, Mendes Ribeiro assegurou que não faltarão recursos para custeio e comercialização da safra 2013 de trigo. Entre as medidas anunciadas, o presidente do Sistema Ocepar e diretor da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), João Paulo Koslovski, considerou importante a disponibilização de R$ 430 milhões para apoiar o escoamento de até 2,5 milhões de toneladas do cereal por meio de leilões na modalidade Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e de até 300 mil toneladas por meio de AGF (Aquisições do Governo Federal). “O governo está ainda destinando R$ 90 milhões para subvencionar o prêmio do seguro rural para as culturas de inverno, quase 50% a mais que em 2012. Também consideramos que o lançamento do plano está ocorrendo na época oportuna, ou seja, antes do início do plantio. No Paraná, a implantação das lavouras de trigo começa a partir de 10 de março”, disse.
Preços mínimos - Por outro lado, ele afirma que o setor produtivo não foi totalmente contemplado em relação aos preços mínimos. “Foi anunciado reajuste de 6 % para o trigo tipo 1, classe pão, o que representa R$ 531/tonelada contra R$ 576,50/tonelada pleiteados pelo setor produtivo. Há ainda preocupação com o fato do governo não ter corrigido os preços da aveia, cevada, canola e girassol. No caso da cevada, por exemplo, o Paraná é o maior produtor nacional e os agricultores da região Centro-Sul paranaense investem na cultura como uma alternativa de inverno que vem propiciando um bom ganho de renda”, acrescentou.
Sementes – Koslovski lamentou ainda o fato do governo não ter corrigido os preços mínimos para a produção de sementes. “Isso desestimula a produção e vai prejudicar as safras futuras”, frisou.
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INSUMOS: Aumento da alíquota de importação dos fertilizantes preocupa cooperativas do PR
As cooperativas do Paraná estão solicitando o apoio do governo federal para evitar a elevação das alíquotas de importação dos fertilizantes. A preocupação é com os impactos negativos sobre o setor produtivo e, principalmente sobre a economia brasileira, caso ocorra aumento da tarifa. O pleito foi encaminhado pela Sistema Ocepar por meio de ofício encaminhado à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) propôs que a Tarifa Externa Comum (TEC) cobrada sobre a importação de fertilizantes passe de 0% para 6%. A medida consta da resolução nº 12, publicada no último dia 07 de fevereiro e que atualmente está em consulta pública.
Reflexos - “Embora o assunto ainda esteja em consulta pública, é importante coibir esse aumento, diante dos efeitos de sua eventual implementação, que serão extremamente negativos para os produtores rurais, com reflexos especialmente na redução do uso de tecnologia e no aumento dos custos de produção”, afirma o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, no documento encaminhado à ministra Gleisi.
Situação - No documento, ele lembra ainda que atualmente o país importa cerca de 70% das matérias-primas utilizadas na formulação de fertilizantes, sendo que a região Sul do país é a que menos dispõe de jazidas de matérias-primas para atendimento da demanda dos produtores. “O argumento colocado na proposta de aumento da TEC, de defesa da indústria nacional de fertilizantes, nos parece equivocado pois o aumento da participação da indústria nacional no fornecimento de matérias- primas e fertilizantes deve ser fomentado por meio de políticas públicas de ampliação dos investimentos, e não por meio de aumento dos custos da produção agrícola”, frisou Koslovski.
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8 DE MARÇO I: Participação feminina cresce no meio cooperativista
É crescente a participação das mulheres na gestão das cooperativas no País e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atento a esse movimento tem incentivado cada vez mais a geração de emprego e renda, por meio da inclusão da mulher no cooperativismo rural. Dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostram que o número de mulheres empregadas no Sistema OCB corresponde a 52% dos 296 mil empregados. A base de dados é de 2011, mas dá uma ideia do potencial desse sistema.
Programa - Um programa específico do Mapa, conhecido como Programa Gênero e Cooperativismo (Coopergênero), atua na inclusão feminina no sistema. A coordenação das ações é feita pelo Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop) do ministério. Esta inserção se dá por meio da capacitação das mulheres para atuar na cadeia produtiva e em atividades de sensibilização em todos os estados do País, mais o Distrito Federal. São seminários, palestras e cursos que abordam temas como cidadania, economia e produção – e promovem gestão e organização cooperativista. Também são dados treinamentos, o que permite às mulheres rurais a participação em toda a cadeia produtiva.
Apoio - O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa, Caio Rocha, destacou a importância de estimular a participação feminina na economia. Segundo ele, o ministério vem cumprindo com seu papel de apoio ao fomento do cooperativismo, conforme determinação do ministro Mendes Ribeiro Filho. “O estímulo cada vez maior às mulheres e a sua inclusão no sistema é uma meta a ser perseguida”, afirmou Rocha. (Mapa)
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8 DE MARÇO III: Produtoras rurais participam de evento em Maringá
Cerca de 200 produtoras rurais ligadas à Cocamar participaram, na última quinta-feira (07/03), no Parque Internacional de Exposições de Maringá, de um evento comemorativo ao Dia Internacional da Mulher. A programação, no período da tarde, foi organizada pela cooperativa em parceria com o Sindicato Rural de Maringá, Sociedade Rural de Maringá, Cooperativa Integrada, Sicredi União PR e Centro Universitário de Maringá (Cesumar). Com palestras e atividades diversas, o evento reuniu cerca de 700 participantes representando dezenas de municípios das regiões noroeste e norte do Estado. As cooperadas são 12% do quadro social da Cocamar. (Imprensa Cocamar)
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8 DE MARÇO II: Homenagem da Unimed Maringá reúne 400 colaboradoras
A Unimed Maringá promoveu, no início da manhã desta sexta-feira (08/03), em Maringá, no Centro Integrado de Assistência à Saúde Unimed (Ciasu), um evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Cerca de 400 colaboradores participaram da programação que contou com a presença de gestores da cooperativa e começou com um café. Ao fazer a abertura, o presidente Daoud Nasser enalteceu o comprometimento dos colaboradores para o sucesso da organização, lembrando que a equipe é formada, em sua maior parte, de mulheres. Entre as presentes estava Maria Lindalva Veríssimo, a primeira colaboradora da cooperativa, contratada há mais de 30 anos. “Tenho muito orgulho de estar aqui”, disse “Dona Maria”, como é chamada.
Explanação - Recentemente contratado, o gerente geral Evandro Gomes Garcia fez uma explanação sobre o planejamento de trabalho e dos desafios para 2013 e os próximos anos. “O colaborador, na condição de principal embaixador da empresa, tem um papel fundamental nesse processo de crescimento e também no fortalecimento da sua imagem”, citou.
Rosas - Ao final, na saída, as colaboradoras foram presenteadas com rosas. (Imprensa Unimed Maringá)
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UNIPRIME NORTE DO PR: Cooperativa é a primeira do BR a eleger Conselho usando urnas eletrônicas
A Uniprime Norte do Paraná tornou-se a primeira cooperativa do Brasil a fazer eleições com urnas eletrônicas para eleger seu Conselho de Administração. Isto aconteceu no dia 05 de março, nas suas 18 Agências, nos estados do Paraná e São Paulo. “Ao permitir aos cooperados utilizarem as urnas da cooperativa em sua própria cidade para manifestar seu voto direto aos candidatos do Conselho de Administração, a Uniprime aperfeiçou ainda mais seu mecanismo de transparência e gestão e aumentou a participação no processo eleitoral em mais de 1.000% em relação ao pleito anterior”, afirma o presidente da Uniprime, Alvaro Jabur. Para isso, desenvolveu sistema próprio de votação eletrônica inspirado no modelo utilizado pela Justiça Eleitoral, que conta com avançado mecanismo de segurança e auditoria.
Números - A cooperativa de crédito Uniprime Norte do Paraná encontra-se em fase de grande expansão, contando hoje com 12mil cooperados. Ela administra mais de R$ 800 milhões em ativos e seu foco de atuação principal é a área da saúde, atendendo principalmente médicos, dentistas e os demais profissionais de saúde. (Imprensa Uniprime Norte do Paraná)
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SICOOB: Restituição do Imposto de Renda é antecipada para associados
Os associados do Sicoob, a partir de março, já podem antecipar a restituição do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF). O crédito consiste no adiantamento do valor a ser restituído pelo contribuinte e o pagamento, em parcela única, é debitado em conta corrente no momento em que for creditada a restituição do imposto pela Secretaria da Receita Federal.
Valor médio - O Sicoob antecipa, em média, até 80% do valor do crédito a ser restituído. A vantagem do Crédito Pessoal Sicoob Antecipação de Imposto de Renda são as taxas de juros que são muito competitivas em relação aos bancos de varejo e a contratação é simples e sem burocracia.
Solicitação - Para solicitar o crédito o cooperado deve ir a sua cooperativa de relacionamento, apresentar o recibo de entrega da declaração do IRPF com a indicação do Sicoob como instituição financeira para o recebimento da restituição e documentos pessoais.
Multa - O contribuinte que não declarar até 30 de abril, terá que pagar multa de pelo menos R$ 165,74 pelo atraso, podendo chegar a 20% do valor do imposto de renda devido. A expectativa é que 26 milhões de contribuintes prestem contas com o Leão este ano, um recorde em relação aos anos anteriores: em torno de 25,24 milhões em 2012 e 24,30 milhões em 2011. A Receita Federal vai começar a pagar as restituições a partir de 15 de junho.
Sobre o Sicoob - O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui mais de 2 milhões de associados em todo o país e está presente em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por mais de 500 cooperativas singulares, 15 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação). Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil do Brasil (Bancoob) e suas subsidiárias, provedoras de produtos e serviços especializados, como consórcio, previdência e fundos de investimento. A rede Sicoob é a sexta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem um amplo portfólio de produtos e serviços para seus associados e possibilitam acesso a recursos para empréstimos em geral e investimentos, tanto para pessoas físicas como jurídicas, com juros mais acessíveis. (Assessoria de Imprensa do Sicoob)
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COCAMAR: Cooperados vão a Ipameri (GO) para conhecer sistema de integração
A Cocamar promove, pelo terceiro ano consecutivo, na próxima semana, uma viagem de pecuaristas da região noroeste para participarem de um dia de campo na Fazenda Santa Brígida em Ipameri (GO), sobre o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta (iLPF). Programado para o dia 14, o evento tem entre seus realizadores a Rede de Fomento de iLPF, do qual a cooperativa é integrante.
Referência - Situada a 220km de Goiânia, a Fazenda Santa Brígida é considerada um modelo nacional nessa área, com 920 hectares onde desde meados da última década integra o cultivo de soja no verão e pecuária no inverno, a partir da implantação de um elo comum: o capim braquiária. Semeado após a colheita de soja, o capim viceja para servir de pastagem numa época em que geralmente o gado sofre com escassez de alimentos. Depois de fornecer massa alimentar para a engorda do rebanho nesse período, a braquiária é dessecada na primavera, servindo de cobertura para o solo, o qual vai receber sementes de soja em sistema de plantio direto no verão. “É um modelo contínuo e sustentável que serve de espelho para que o agronegócio brasileiro se torne ainda mais produtivo”, comenta o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, João Kluthcouski, o João “K”, que coordena o sistema de integração da Fazenda. A floresta de eucalipto complementa a renda com produção de madeira e, ao mesmo tempo, fornece sombreamento para o bem-estar animal. (Imprensa Cocamar)
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COAMO: Abertas as inscrições para Copa de futebol suíço de 2013
Cerca de quinhentas equipes estão sendo aguardadas para disputar as regionais da Copa Coamo de Cooperados – Futebol Suíço em 2013. O evento, considerado o maior no gênero no país terá início no sábado (04/03), com etapas programadas para as unidades de Peabiru, Engenheiro Beltrão com cooperados de Quinta do Sol, em Fênix com os de Barbosa Ferraz, São João do Ivaí, Ivaiporã e em Faxinal com os cooperados de Marilândia do Sul. Confira abaixo o cronograma das regionais.
Final - Ao final da última etapa, dia 6 de julho, na sede, as emoções estarão voltadas para a realização da grande final que será promovida dia 3 de agosto na Arcam, em Campo Mourão, com o cerimonial de abertura composto de várias atrações e o desfile das trinta e três equipes campeãs regionais.
Movimentação - A Copa Coamo acontece a cada dois anos e movimenta mais de sete mil cooperados atletas, de várias idades nos gramados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em 2013, a Copa Coamo comemora 20 anos da sua primeira realização, que foi idealizada 1993, e de lá até os dias atuais, é valorizada e destacada como um evento grandioso no cooperativismo e no agronegócio brasileiro.
Prazo de inscrição - A Comissão Central Organizadora (CCO) lembra aos cooperados atletas e dirigentes das equipes para que fiquem atento as datas do evento e prazos finais de inscrições. “Na primeira regional, por exemplo, o prazo final de inscrição se encerra dia 16 de abril e os congressos técnicos serão realizado entre os dias 24 e 25 de abril”, informa Marcelo Sumiya, presidente da CCO.
Quem pode participar? - A CCO informa que poderão participar da Copa Coamo de Cooperados – futebol suíço 2013 os cooperados com cadastro ativo na Coamo até o dia 1º de abril de 2013. Há, também, uma regra para os atletas com mais idade. "Em campo, cada equipe deverá manter durante todo o jogo, no mínimo três cooperados nascidos até 31/12/1970", informa Paulo Gilmar Fuzeto, coordenador geral da competição.
Projeto social – "A Copa Coamo é um importante projeto social que movimenta milhares de atletas e cerca de 25 mil pessoas diretamente, envolvendo cooperados, familiares e comunidade, além de dois mil voluntários", explica José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da Coamo e presidente de honra da Copa Coamo. "Seguramente é um evento que vem cumprindo o seu papel social e de integração, marcando uma grande festa do cooperativismo. A Copa Coamo que começou em 1993, portanto há 20 anos já faz parte da vida de milhares de homens e mulheres do campo, que produzem alimentos e praticam uma agricultura sustentável nos campos do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul", comemora. (Imprensa Coamo)
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MEIO AMBIENTE: Mapa e MMA firmam parceria para incentivar regularização ambiental
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinam nesta segunda-feira (11/03), em São Paulo, o Acordo de Cooperação Técnica para regularização ambiental de imóveis rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Mapa será parceiro do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no incentivo aos produtores para a inscrição no CAR. Caberá à secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) coordenar as ações de competência do Mapa previstas no acordo.
Divulgação - Entre as ações do Ministério da Agricultura, a divulgação da importância do CAR para o produtor rural, o apoio à mobilização de proprietários e posseiros rurais para a inscrição no Cadastro e para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental, no âmbito do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). “O Cadastro é uma ferramenta importante para o produtor rural, pois permite a regularização ambiental dos estabelecimentos rurais, condição indispensável para o acesso ao crédito rural. Permitirá também que o Governo possa elaborar as políticas agrícolas nas diferentes regiões do País, a partir das informações que estarão no sistema informatizado do CAR”, disse Mendes Ribeiro.
Regularização - O CAR servirá para estratificar as propriedades e regularizar os imóveis rurais. (Mapa)
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MILHO I: Produtividade na região Sul será 20% maior na safra 2012/13
A estimativa para a produção das duas safras de milho no Brasil é de 76 milhões de toneladas para a temporada 2012/13, alta de 4,2% em relação à de 2011/12. As informações foram anunciadas durante o levantamento da safra de grãos divulgado nesta quinta-feira (07/03), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Recuperação - As regiões Nordeste e Sul, que sofreram anteriormente com os efeitos climáticos, devem se recuperar das perdas e obterem os maiores aumentos percentuais do país: 20% e 14,9%, respectivamente. Entre os principais estados produtores do cereal, a perspectiva é que o Rio Grande do Sul apresente a maior elevação, de 53,3%, passando de 3,3 milhões de toneladas para 5,1 milhões de toneladas.
Paraná - O Paraná deve produzir o maior volume do Brasil, somando 18,1 milhões de toneladas nas duas safras do cereal, seguido pelo Mato Grosso (16,5 milhões). Já o Distrito Federal, caso confirmadas as projeções, terá a maior produtividade entre as Unidades da Federação, de 8 toneladas por hectare.
Incremento - Em relação à primeira safra do cereal, os ganhos elevados de produtividade na região Sul foram responsáveis por um incremento de 2,7% do grão na atual temporada, passando de 33,8 milhões de toneladas em 2011/12 para 34,7 milhões em 2012/13. Já a produção da segunda safra tem como destaque o Centro-Oeste, que aumentou no período 3,2%, passando de 25,3 milhões de toneladas para 26,1 milhões de toneladas. (Mapa)
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MILHO II: Produção recorde derruba cotação do grão no Brasil
Com a previsão de uma nova colheita recorde de milho no Brasil e a perspectiva de recuperação da produção mundo afora, o mercado doméstico dá sinais de que pode não ser capaz de "digerir" toda a oferta esperada. Como resultado, as cotações da commodity apontam para baixo, um movimento que preocupa os produtores e alimenta a aposta do governo em um alívio na inflação - principal matéria-prima da ração usada na criação de aves e suínos, o milho foi o principal responsável pela alta nos preços dessas proteínas em 2012.
Mato Grosso - Em Mato Grosso, que pode colher mais de 16,5 milhões de toneladas do grão neste ano (segundo a previsão divulgada ontem pela Conab), as negociações estão praticamente paradas. De acordo com o Imea, os produtores venderam apenas 17,8% da safra a ser colhida no meio do ano, ante 43% há um ano.
Tradings - Segundo Kleber Noronha, analista do Imea, as tradings oferecem apenas R$ 12, em média, pela saca do milho que começa a ser colhido em julho. O valor é até 30% menor do que o negociado há um ano, inferior ao preço mínimo de garantia do governo federal (R$ 13,08) e insuficiente para arcar com os custos de produção. "O cenário é completamente diferente este ano", afirma.
Mudança de patamar - O mercado de milho de Mato Grosso mudou de patamar na safra 2011/12. Em meio à escalada dos preços internacionais e a escassez de estoques na região, os produtores foram estimulados pelas tradings (por meio de compras antecipadas) a dobrar a área plantada com o grão, o que resultou em uma produção de 15,61 milhões de toneladas.
Quebra - Com a quebra da produção no Sul do país, na Argentina e, sobretudo, nos EUA em 2012, a demanda externa por esse milho cresceu ainda mais e as exportações brasileiras do grão bateram recorde - o volume de embarques mais do que dobrou, para quase 20 milhões de toneladas no período. Após o sucesso de 2012, os produtores de Mato Grosso voltaram a apostar no milho, elevando em quase 19% a área plantada com o grão, segundo a Conab. O problema é que o mercado internacional, ao contrário do que ocorreu em 2012, pode não precisar do milho de Mato Grosso neste ano.
Usda - A expectativa - ainda extraoficial - do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) é que o país colha quase 369 milhões de toneladas do grão no segundo trimestre, acréscimo de quase 100 milhões de toneladas em relação a 2012.
Consequência - Como consequência, os contratos de milho para entrega em setembro (quando a produção americana chega ao mercado) já são negociados na bolsa de Chicago com um desconto de 20% (US$ 1,43 por bushel ou R$ 3,38/saca) em relação aos contratos para entrega neste mês. Na BM&FBovespa, os contratos para julho têm desconto de 13,1% sobre março.
Apreensão - "Estamos apreensivos com o que vai acontecer. Se os Estados Unidos colherem bem, a pressão será muito grande. Não temos condição, com a nossa logística, de competir com o exportador americano", afirma Claudio Zancanaro, presidente da comercializadora de grãos Agrosoja. Segundo ele, o custo para se transportar o milho de Mato Grosso até o porto de Paranaguá é de cerca de R$ 19,80 por saca, o que corresponde a mais da metade do preço oferecido pelo grão no porto paranaense - no caso da soja, essa relação é de 26%.
Capacidade de escoamento - Para Anderson Galvão, diretor da consultoria Céleres, a capacidade de escoamento da safra também será menor em 2013. "No ano passado, a quebra da produção de soja abriu espaço para o milho nos portos. Este ano, com uma colheita recorde de soja, a logística está estressada e pode não abrir espaço para um produto de menor valor como o milho". Para ele, se o cenário de superoferta se confirmar, o governo terá de intervir no mercado. "Este pode ser o ano ideal para a Conab fazer estoque regulador", afirma.
Preços mais arrefecidos - Nesta quinta-feira (07/03), o diretor de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto, disse que o governo espera preços "bem mais arrefecidos" no segundo semestre e deixou a porta aberta para uma intervenção no mercado. "Há condição para que, além de leilões de opção de compra, realizemos aquisições do governo federal [no segundo semestre] porque a possibilidade de termos em Mato Grosso preço abaixo do mínimo para o milho safrinha é real". O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse ainda que o objetivo da pasta é, em no máximo 20 dias, lançar um contrato de opção para o milho para repor os estoques públicos. (Valor Econômico)
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RODOVIAS: Richa autoriza a duplicação da BR-376
O governador Beto Richa autorizou nesta quinta-feira (07/03) a duplicação da BR 376, conhecida como Rodovia do Café, entre Ponta Grossa e Apucarana. O valor do investimento é de R$ 1,2 bilhão e a concessionária CCR RodoNorte terá sete anos para concluir a obra de 231 quilômetros. O trecho tem um tráfego diário de 10 mil veículos. Richa afirmou que a duplicação é uma conquista importante para o Estado, que se viabiliza após 30 anos da conclusão da rodovia. “Estamos despolitizando a relação com as concessionários e garantindo mais obras, segurança e qualidade no transporte pelas rodovias do Paraná", disse o governador.
Início das obras - A duplicação vai começar em 60 dias a partir do Trevo do Caetano, em Ponta Grossa. O primeiro trecho terá 20 quilômetros, sendo que 11 quilômetros devem ser entregues em 15 meses. Ainda neste ano será aberta mais um frente de trabalho, de mais 20 quilômetros a partir de Apucarana. O trecho inicial, de nove quilômetros, vai até Califórnia.
Melhorias - Richa apontou que o último grande investimento feito na BR foi em 1986, com a duplicação do trecho entre Spréa e Ponta Grossa. O projeto de construção da nova pista, ao lado do traçado atual, inclui intervenções para correções da geometria de curvas, entre outras melhorias.
Proinfa - O governador destacou também que o Governo do Estado realiza investimentos de R$ 12,5 bilhões em obras de infraestrutura por todo o Paraná por meio do Proinfra - Programa de Modernização da Infraestrutura. Somente para a recuperação e melhoria da malha rodoviária estão sendo investidos R$ 840 milhões em obras nos 11,8 mil quilômetros de estradas estaduais.
Obras em execução - As concessionárias estão investindo R$ 250 milhões nas rodovias. Estão em execução as duplicações dos trechos entre Medianeira e Matelândia (BR-277), e entre Jandaia do Sul e Apucarana (BR-369), além das construções dos contornos de Campo Largo (BR-277), e de Mandaguari (BR-376). "São obras que só foram possíveis com a volta do diálogo entre o governo e as empresas. É o caminho para melhorar a vida de todos os paranaenses", destacou o governador.
Integração - "O Governo do Estado está investindo de forma sistêmica, integrando grandes corredores rodoviários que impulsionam o deslocamento de pessoas e o escoamento da produção agrícola", disse o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Os prefeitos de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, e de Apucarana, Beto Preto, participaram da cerimônia, que aconteceu o Trevo do Caetano, em Ponta Grossa. (AEN)
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INFRAESTRUTURA: MP dos portos vai aumentar custos, dizem especialistas
O sistema portuário brasileiro navega na contramão da tendência internacional de concentrar uma quantidade elevada de movimentação de contêineres em um número restrito de operadores de terminais. No Brasil, o que predomina é justamente o contrário: um volume relativamente baixo de contêineres espalhado por muitos competidores.
Fragmentação - Essa fragmentação deverá se acentuar com a medida provisória que altera as regras de funcionamento dos portos, dificultando ganhos de escala e ameaçando o objetivo da presidente Dilma Rousseff de derrubar os custos do setor, conforme avaliação de especialistas.
Levantamento - Levantamento feito por operadores de terminais e obtido pelo Valor indica que o porto de Santos, maior do Brasil, está na longínqua 42ª posição no ranking mundial de movimentação de contêineres. Em 2011, foram transportados 2,985 milhões de TEUs (unidades equivalentes a 20 pés), um volume ainda ínfimo diante dos principais portos do planeta. A movimentação é dividida atualmente entre quatro operadores: Santos Brasil, Libra, Tecondi e Rodrimar. Com a abertura da BTP e da Embraport, nos próximos meses, o número de operadores no porto aumentará para seis.
China - Xangai, o primeiro da lista, movimentou 31,7 milhões de TEUs - quase 11 vezes mais do que Santos - e abriga apenas um operador de contêineres. À exceção do porto de Los Angeles, que tem nove operadores, praticamente todos os portos incluídos na lista dos 30 maiores do mundo apostam na escala e se limitam a até quatro empresas. É o caso de Cingapura (um operador), Hamburgo (dois), Roterdã (dois em funcionamento e um sendo construído) e Nova York (quatro).
Economia de escala - "É preciso ter economia de escala para gerar o menor custo possível e, consequentemente, ter o menor preço para os usuários", diz o presidente do conselho de administração da Multiterminais, Richard Klien, um dos empresários mais ativos no setor portuário. Ele elogia o modelo de "oligopólio vigiado" que se adota na Espanha. Valência, o maior porto do país, movimenta mais que o dobro dos contêineres de Santos e tem só três operadores.
Produtividade - "Quando o terminal tem escala e aumenta sua produtividade, o usuário é quem tende a se apropriar do ganho", diz o consultor José Augusto Valente, ex-secretário de política nacional de transportes do Ministério dos Transportes e diretor-executivo da agência T1. Segundo ele, hoje um navio de grande porte atraca, descarrega e lota de novo seus porões em 12 horas. Se o fluxo de cargas estiver fragmentado por muitos terminais, equipamentos como guindastes e empilhadeiras ficam com uso menos intensivo, elevando custos de operação.
Preço - "Quanto maior a escala, menor o preço. Quem paga a conta da baixa ou da alta produtividade é o exportador e o importador", afirma Sérgio Fisher, vice-presidente de logística e terminais da Wilson Sons, uma das operadoras de contêineres em portos públicos brasileiros.
Impacto - A preocupação vai muito além de Santos. Valente e Fisher acreditam que a MP 595, ao liberar novos portos privados sem a exigência de carga própria, dispersará o volume de cargas ao longo de toda a costa brasileira por um número ainda maior de terminais e dificultará a obtenção de ganhos de escala. "Houve um problema de diagnóstico da situação portuária e a presidente Dilma foi induzida ao erro", diz o ex-secretário, que critica a medida provisória.
Risco - Para ele, há riscos de uma eventual aliança entre grandes empreiteiras e armadores (os donos dos navios) para a construção de novos portos privados, com a prática de "dumping" para roubar cargas dos terminais arrendados em portos públicos. "O risco de enfraquecimento do porto público é muito grande", acredita Valente. O que pode ocorrer depois de um tempo, segundo o consultor, é uma quebradeira no setor e a alta de tarifas pelos terminais privativos.
Concorrência desleal - Os arrendatários veem como desleal a concorrência dos portos privados, que precisam arcar com a aquisição de seus terrenos e todos os investimentos em suas instalações, mas não pagam nada à União e nem se submetem às amarras dos órgãos gestores de mão de obra. Para igualar a competição, os operadores de terminais de contêineres em portos públicos buscam renovar antecipadamente seus contratos de arrendamento, que vencem somente depois de 2020. A proposta foi levada ontem pela Abratec, associação do setor, à Casa Civil.
Investimento imediato - A Santos Brasil já havia se comprometido a investir imediatamente R$ 700 milhões em troca da prorrogação antecipada, pelos 25 anos a que tem direito, do arrendamento do terminal de contêineres em Santos. O vencimento do contrato é em 2022.
Proposta semelhante - A Wilson Sons, que opera terminais estratégicos em Salvador e em Rio Grande, encaminhou proposta semelhante. De acordo com Fisher, a ideia é estender os dois berços de atracação em Salvador para 400 metros cada um, em troca da renovação antecipada. Hoje eles têm 370 e 240 metros. O arrendamento do terminal expira em 2025 e sua renovação, por 25 anos, seria normalmente discutida de 24 a 36 meses antes. O executivo diz que não há como fazer o investimento necessário sem a garantia de tempo suficiente para amortizá-lo.
Berços - No porto gaúcho de Rio Grande, cujo arrendamento do terminal de contêineres vence em 2022, a Wilson Sons se propõe a estender os três berços de atracação dos navios dos atuais 900 para 1.200 metros. Assim, seria possível receber megaembarcações inexistentes no momento de assinatura dos contratos, que foram licitados no fim dos anos 90. (Valor Econômico)
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P&D: Governo lança pacote de R$ 30 bi para inovação e cria a ‘Embrapa da indústria'
O pacote oficial de apoio à inovação nas empresas, com recursos superiores a R$ 30 bilhões, será anunciado dia 14 pela presidente Dilma Rousseff e incluirá a oficialização, com orçamento em torno de R$ 300 milhões, da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial e Inovação (Embrapii) - que vem sendo chamada de a "Embrapa da indústria". Dilma pretende anunciar o programa de impulso à inovação nas empresas durante a reunião, no Palácio do Planalto, da Mobilização Empresarial pela Inovação, grupo com executivos privados e do governo.
Contratos de gestão - A Embrapii já funciona sob a forma de contratos de gestão do governo em programas experimentais com institutos tecnológicos na Bahia (automação industrial), Rio de Janeiro (petróleo e gás) e São Paulo (bionanotecnologia). A partir de agora, terá personalidade jurídica, com capacidade de aprovar projetos em regime de "fast track" (via rápida), como definiu o diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Rafael Lucchesi, ao anunciar, para empresários do setor, a criação da empresa.
Ritmo - "Hoje as empresas têm de entrar no timing dos editais de financiamento, e isso não é compatível com o ritmo das indústrias e dos investimentos em competitividade", disse Lucchesi, durante lançamento da P&D Brasil, a nova associação de empresas nacionais de alta tecnologia desenvolvida no país.
Organização social - A Embrapii será criada como organização social, o que lhe dará maior autonomia na gestão de pessoal e contratos com o setor privado. Ela apoiará projetos de inovação de processos e produtos, dividindo igualmente os custos com as empresas beneficiadas e as instituições de pesquisa contratadas.
Orçamento - O orçamento de R$ 300 milhões, para este ano e 2014, usará recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (FNDCT). O governo quer ampliar os investimentos nacionais em pesquisa, desenvolvimento e inovação, de 1,2% para 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), já em 2014.
Porta única - Como antecipou o Valor, a presidente, além de reforçar as linhas de financiamento a pesquisa e desenvolvimento para a produção nacional, centralizará a análise, aprovação e liberação dos recursos, reunindo os instrumentos oficiais existentes em uma espécie de "porta única". Serão reunidos sob a mesma coordenação recursos hoje concedidos sob a forma de subvenção, financiamentos a taxas favorecidas e até a participação acionária em empreendimentos pelas instituições financeiras públicas.
Mudanças - Na mais recente reunião com os responsáveis pelo programa de inovação, Dilma comparou as mudanças a serem anunciadas ao que o governo Luiz Inácio Lula da Silva fez com o Bolsa Família, ao reunir sob uma só administração diversos programas de assistência social existentes no setor público federal.
Teste - Desde 2011, o governo testa esse modelo com dois programas oficiais, o Inova-Petro, de apoio tecnológico e de pesquisa ao setor de petróleo, e o Paiss, o programa de incentivo à competitividade do setor sucroalcooleiro. A unificação dos programas permite reunir, no mesmo plano de negócios, atividades candidatas a receber recursos não reembolsáveis (para centros de pesquisa associados a grandes empresas), subvenção econômica (para empresa menores ligadas ao desenvolvimento tecnológico), créditos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES e até, em alguns casos, a participação societária da Finep e do BNDES.
Administração dos recursos - Será centralizada, por exemplo, a administração dos recursos de fundos criados com contribuições compulsórias nos setores de telecomunicações e energia, do orçamento do Sebrae para inovação em pequenas e médias empresas e das verbas para inovação reunidas no plano de safra controlado pelo Banco do Brasil. O pacote terá seis editais, com estímulos para os setores de petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde e tecnologia da informação e comunicação. (Valor Econômico)
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