FERTILIZANTES: Ministra afirma que governo é contra aumento da alíquota de importação
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, tranquilizou o setor produtivo em relação ao aumento da alíquota de importação de fertilizantes. Por telefone, Gleisi disse ao presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, na manhã desta segunda-feira (11/03), que o governo federal é contra qualquer taxação que eleve os custos de produção e não irá aprovar nenhuma medida que possa penalizar os agricultores. Na semana passada, um ofício foi encaminhado pela Ocepar à ministra, solicitando o apoio do governo federal para evitar que a Tarifa Externa Comum (TEC) cobrada sobre a importação de fertilizantes passe de 0% para 6%, como propôs a Câmara de Comércio Exterior (Camex), por meio da resolução nº 12, publicada dia 07 de fevereiro e que esteve em consulta pública até a última quinta-feira (07/03).
Reflexos – No documento enviado à ministra, as cooperativas do Paraná expuseram a preocupação com os impactos de uma possível elevação da tarifa sobre o setor produtivo e, principalmente sobre a economia brasileira. “É importante coibir esse aumento, diante dos efeitos de sua eventual implementação, que serão extremamente negativos para os produtores rurais, com reflexos especialmente na redução do uso de tecnologia e no aumento dos custos de produção”, afirmou Koslovski no ofício. Na oportunidade, ele lembrou ainda que atualmente o país importa cerca de 70% das matérias-primas utilizadas na formulação de fertilizantes, sendo que a região Sul do país é a que menos dispõe de jazidas de matérias-primas para atendimento da demanda dos produtores. “O argumento colocado na proposta de aumento da TEC, de defesa da indústria nacional de fertilizantes, nos parece equivocado pois o aumento da participação da indústria nacional no fornecimento de matérias- primas e fertilizantes deve ser fomentado por meio de políticas públicas de ampliação dos investimentos, e não por meio de aumento dos custos da produção agrícola”, frisou Koslovski.
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SISTEMA OCEPAR: Diretoria realiza 23ª reunião ordinária, nesta segunda
Os diretores da Ocepar participaram, na manhã desta segunda-feira (11/03), em Curitiba, da 23ª reunião ordinária referente à gestão 2011/2015. Durante o encontro, eles apreciaram o relatório de atividades da instituição referente a 2012 e o plano de metas 2013. A pauta contemplou ainda a discussão de temas relacionados aos planos safra de inverno e verão e os preparativos para a Assembleia Geral Ordinária do Sistema Ocepar, que acontece dia 1º de abril. Ainda de manhã, foi realizada a 7ª reunião ordinária da diretoria da Fecoopar - gestão 2011/2015.
Sescoop/PR - A partir das 14 horas, será a vez dos conselheiros do Sescoop/PR participarem da 12ª reunião ordinária do Conselho Administrativo da entidade, referente à gestão 2011/2015. Na oportunidade, eles vão analisar a prestação de contas do exercício de 2012; o relatório de atividades com um balanço dos primeiros três meses de 2013 e o cumprimento de objetivos e metas estabelecidas no ano passado, entre outros itens.
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SICREDI VALE DO PIQUIRI: União com cooperativas da região do ABCD paulista é aprovada
As cooperativas Sicredi Vale do Piquiri, do Paraná, e Sicredi ABCD, de São Paulo, se unem com o objetivo se fortalecerem por meio da integração. A decisão foi tomada em Assembleia Extraordinária conjunta, realizada no sábado (09/03), em Palotina (PR). Com a união, os associados ganham força e surgem várias oportunidades para a nova cooperativa, entre elas, a livre admissão de associados na região do ABCD Paulista; escala para crescimento; aumento dos depósitos e maior carteira de crédito.
Momento histórico- A aprovação dos associados é um momento histórico no cooperativismo de crédito brasileiro, sendo o primeiro movimento de integração entre cooperativas de estados diferentes e regiões não contínuas. “Estamos inaugurando um novo momento para o crescimento do Sistema Sicredi no estado de São Paulo. Esta integração é a primeira e outros projetos estão em andamento com o objetivo de fortalecer a presença do Sicredi em São Paulo. A cooperativa já tem na sua história a integração entre cooperativas. Em 2003 ocorreu a união entre Sicredi Vale, Sicredi Ubiratã e Sicredi Goioerê, formando a Sicredi Vale do Piquiri, agora, com esta união, estamos constituindo a Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP¨, comentou o presidente Jaime Basso.
Números - A Cooperativa de Crédito de Livre Admissão Sicredi Vale do Piquiri, fundada em 1988, tem área de atuação em 43 municípios nas regiões Oeste, Centro Oeste e Noroeste do PR. O quadro social da cooperativa encerrou 2012 com mais de 45 mil associados e está listada entre as maiores organizações do segmento no Brasil, com ativos acima de R$ 570 milhões. A Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empresários do ABCD Paulista – Sicredi ABCD SP foi constituída em 2005, ligada aos empresários do CDL – Clube dos Diretores Lojistas, tem 1.036 associados e área de atuação na grande ABCD SP, com 7 municípios e por enquanto unidades de atendimento em Santo André e São Bernardo do Campo. Com a união o Sistema Sicredi ganha escala e fortalece a participação na região do ABCD Paulista.
Expectativa - A expectativa é crescer o número de associados na região, já que a cooperativa é de livre admissão na região, dando condições de todas as pessoas e empresas, independente da atividade, fazerem parte dela. Com isso, o Sicredi fortalece ainda mais a atuação em São Paulo, estado que passou a fazer parte da Sicredi Central PR/SP em 2011. Para o presidente da Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP, Jaime Basso, a fusão trará ainda mais segurança aos associados. “Formamos uma cooperativa forte, com liquidez e patrimônio líquido que dão condições de atender com maior intensidade as necessidades dos associados. Com a união os associados ganham ainda mais força para crescer”, diz. (Imprensa Sicredi Vale do Piquiri)
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COODETEC: Produtores buscam orientações e novidades para produzir mais
O movimento foi intenso pelas ruas e estandes da Expodireto Cotrijal 2013, em Não-Me-Toque (RS). No espaço ocupado pela Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec não foi diferente e milhares de pessoas aproveitaram para conhecer as novas tecnologias disponíveis nos híbridos e cultivares CD. “Mais uma vez, nos surpreendemos com a feira. Neste ano, o que chama a atenção é o número de agricultores e profissionais que visitam o espaço. Isso demonstra o bom momento da agricultura e nos impulsiona, ainda mais, a oferecer o melhor que temos”, explicou o supervisor de vendas no Rio Grande do Sul, Jonathan Hilgert.
Parcelas - O evento aconteceu entre os dias 4 e 8 de março. Para os visitantes, a dica era visitar as parcelas de soja e milho da Coodetec. “Sugerimos aos produtores a aproveitar para conferir o potencial das novas cultivares de soja com a tecnologia Intacta RR2 PRO™, a qualidade das variedades RR e a força dos híbridos de milho CD, com tecnologia Herculex*I e VT PRO”, informou Hilgert.
Novidades - Em busca de novidades, na quarta-feira (06/03), estavam os produtores de Serafina Corrêa/RS, Lidenor e o filho Rogério Giliotto. “Em uma feira como a Expodireto nós procuramos os lançamentos, novas tecnologias e, nesse sentido, percebemos que a pesquisa vem melhorando. Na Coodetec encontramos isso”, destacou Rogério. Para o pai dele, Lidenor, a intenção é sempre produzir mais em um menor espaço de terra. “Para isso, precisamos investir em sementes de qualidade, manejo adequado e adubação. Na Coodetec, encontramos a semente. Possuímos 250 cabeças de gado, sendo 130 em lactação. A silagem é fundamental na nossa propriedade e estamos apostando no híbrido CD 384Hx para isso”, argumentou. Para a família Giliotto, o milho CD apresenta massa, excelentes espigas, com média de 22 a 24 carreiras, e bom arranque. Na Expodireto, eles conheceram o híbrido CD 397 VT PRO. “Vamos continuar com o CD 384Hx e ainda plantar o CD 397VT PRO como alternativa.”
Produtividade - Quem também passou pelo estande da Coodetec durante esta semana foi o produtor Celso Antônio Schneider, de Santo Ângelo/RS. “Sempre plantei soja Coodetec, pois são bem produtivas. Agora tenho em minha lavoura a soja CD 2585RR, que está se comportando muito bem, mesmo com 32 dias sem chuva. Na época de formação de vagem, faltou água e, mesmo assim, acredito que vamos colher mais de 50 sacas por hectare. Para quem produz pastagem no inverno, como eu, recomendo essa variedade. É uma cultivar que responde ao investimento”, finalizou. (Imprensa Coodetec)
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AGRÁRIA: Dia de Campo de Verão difunde pesquisas e conhecimento técnico
O Dia de Campo de Verão da Agrária, realizado nos últimos dias 6 e 7, atingiu o objetivo de difundir um dos principais insumos do agronegócio moderno: o conhecimento técnico e a pesquisa. O grande público presente aos dois dias de evento absorveu novidades, tanto nas palestras de convidados quanto dos pesquisadores da Fapa (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária).
Resultados - "Estamos muito satisfeitos com os resultados do Dia de Campo 2013. Tivemos uma grande visitação e debates muito importantes sobre os avanços da nossa agricultura", avaliou o presidente da Agrária, Jorge Karl. "Isso é importante, pois nosso cooperado, assim como o público em geral, puderam ter uma boa noção das próximas tendências e novidades. A informação é o mais importante insumo da agricultura", acrescentou.
Palestras - Nos dois dias, cerca de 1.400 pessoas visitaram o evento, que teve as palestras do professor doutor Silvestre Bellettini, da Universidade Estadual do Norte do Paraná, sobre "Manejo de Lagartas e Percevejos na Cultura da Soja" e do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, atualmente coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e Pesquisador Visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Difusão - Rodrigues também creditou à difusão da informação, conforme ocorre em dias de campo, a possibilidade de ganhos em qualidade de produção. "É no Dia de Campo que o produtor vem, vê o que está acontecendo e emprega as tecnologias adequadas. A produtividade agrícola daqui (Cooperativa Agrária) é notável, realmente espetacular". sublinhou.
Novas portas - Segundo Karl, trata-se também de abrir novas portas no agronegócio. "Tivemos grandes avanços nas pesquisas da Fapa e isso foi demonstrado e difundido. O que, por sua vez, gera reconhecimento, com o qual podemos alcançar novas oportunidades de negócio e parcerias", frisou.
Diferencial - O cunho técnico do Dia de Campo da Agrária é tido como um diferencial, observou o coordenador do departamento de assistência técnica da Agrária, Leandro Bren. "Apresentamos apenas uma mostra, as tecnologias de ponta, aquilo que está dando certo e propiciando maiores rentabilidades ao produtor. Apresentamos os melhores cultivares de soja e híbridos de milho".
Apoio - Com realização da Agrária e da Fapa, o Dia de Campo de Verão 2013 contou com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná). (Imprensa Agrária)
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COCAMAR I: Unidade do Quilômetro 12 em Cambé começa a receber a produção
Uma unidade de recebimento de grãos no município de Cambé, que deve começar a funcionar, a partir desta terça-feira (12/03), acaba de ser construída pela Cocamar. As novas instalações, situadas na comunidade “Quilômetro 12”, são apropriadas para o serviço de transbordo e contam com estrutura servida de tombador que agiliza a operação de recebimento, segundo informa o gerente Adilson Jardim Nocchi. “A unidade vai beneficiar um grande número de produtores”, comenta Nocchi, assinalando que o novo espaço foi projetado para receber ampliações.
A terceira - Atuando em Cambé desde meados de 2010, a Cocamar mantém seu escritório administrativo na região central da cidade, onde faz também a comercialização de insumos agropecuários. A estrutura no Quilômetro 12 é a terceira da cooperativa no município. O engenheiro agrônomo Marcos Alteia informa que a safra de soja no município, já perto do final, deve ser concluída com uma produtividade média ao redor de 3.595 quilos por hectare, uma das mais altas este ano na região. (Imprensa Cocamar)
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COCAMAR II: Governador visita estande da cooperativa na Expo Paranavaí
Acompanhado de vários secretários, entre os quais Norberto Ortigara, da Agricultura, o governador Beto Richa visitou na última sexta-feira (08/03) à noite o estande da Cocamar na Expo Paranavaí, exposição realizada no Parque Internacional Arthur da Costa e Silva que terminou no domingo (10/03). Recepcionado pelo gerente Odailton Pacheco e vários colaboradores da unidade local da cooperativa, o governador esteve no estande antes de presidir solenidade oficial no palanque central da feira. O governador passou também pelo estande da cooperativa de crédito Sicredi União, parceira da Cocamar, onde foi recebido pelo diretor executivo Rogério Machado e colaboradores. (Imprensa Cocamar)
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DIA DA MULHER I: Homenagem da Copacol reúne mais de 500 participantes
A Cooperativa Copacol homenageou, na sexta-feira (08/03), as participantes dos seus Grupos Femininos em alusão ao Dia Internacional da Mulher. O evento contou com a participação de mais de 500 mulheres, na Aercol de Cafelândia. A abertura do evento foi realizada pelo diretor presidente da cooperativa, Valter Pitol. Na sequência, foi realizada uma palestra de motivação com foco em mudanças, que foi ministrada por Dado Schneider, que é doutor em comunicação e profissional do Marketing, renomado consultor conhecido em todo o país.
Fortalecimento - Segundo Valter Pitol, o trabalho em conjunto vem fortalecendo cada vez mais a Copacol. “Por isso, agradecemos aos nossos 21 grupos femininos e a participação das mulheres, temos a certeza que esse exemplo de comprometimento, dedicação e sensibilidade que as mulheres colocam nas ações que realizam, vão continuar e aumentar a cada dia, trazendo muito mais orgulho para nós diretores, associados e para toda a Cooperativa”, afirma Pitol.
Diferente - Para a participante do grupo de Jotaesse Dulce Glienke, o Dia da Mulher é muito esperado por todas as participantes. “É um dia diferente e muito proveitoso, participar do Grupo também é muito bom, a Copacol nos incentiva a participar, e assim nos interessamos mais a acompanhar as atividades do marido, pois antigamente somente o homem participava e a mulher nem tomava conhecimento, hoje é o casal”, contou Dulce.
Evolução - Rozeli Moresco Vizzotto, coordenadora do Grupo Feminino de Central Santa Cruz, destacou sua evolução depois de entrar no programa.“ Evolui muito depois que comecei a participar do Grupo, a Copacol traz cursos de capacitação, formação, oratória e então nós, mulheres, nos desenvolvemos cada vez mais. Hoje a mulher está atuante nos negócios da família junto com o marido”, explicou Roseli. (Imprensa Copacol)
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DIA DA MULHER II: A ala feminina no agronegócio
O domínio do agronegócio pelo universo masculino está aos poucos se extinguindo conforme as mulheres vão assumindo de forma crescente a gestão de empresas, cooperativas e também de propriedades rurais. Depois de atuarem por muitos anos apenas como expectadoras, as novas líderes do agronegócio mostram que são capazes de competir por igual com os homens nesse segmento tão diversificado. Olga Agulhon, produtora de grãos na região de Maringá, é um exemplo de administradora que enfrentou e venceu todos os desafios quando quis entrar para o setor. O maior deles, conta ela, foi o preconceito.
Incentivo - Olga explica que a mulher até pouco tempo não recebia incentivo para trabalhar nessa área. Segundo ela, os grupos femininos nas cooperativas paranaenses foram o pontapé inicial para a inclusão das mulheres no setor. "Sem esses núcleos femininos, nada disso que vemos hoje, como mulheres produtoras, teria acontecido", atesta. Olga relembra que começou como motorista na propriedade do seu pai. "Como ele não tinha filhos homens, desde cedo o acompanhei na lavoura". Olga acrescenta que a Cocamar, cooperativa a qual pertence, sempre fomenta encontros de produtoras, o que ajuda a estimular a inclusão da mulher no agronegócio paranaense.
Capacitação - Suzana Knapp faz parte do conselho de administração da Cooperativa Lar. Para chegar a esse patamar, ela revela que não foi uma tarefa muito fácil. Suzana conta que desde pequena já estava envolvida com a produção agrícola e, aos 13 anos de idade, começou a trabalhar em projetos desenvolvidos pela cooperativa. Por meio de cursos e treinamentos, ela aprendeu a lidar com propriedades rurais. Suzana não atua só na administração da cooperativa, mas também como produtora parceira na criação de suínos, aves e grãos.
Orgulho - Com a experiência que adquiriu dentro da cooperativa, Suzana aprendeu a gerenciar. "Para mim é um orgulho muito grande dizer que sou agricultura e que faço parte de um sistema tão maravilhoso que é o cooperativismo. Acredito que a profissão de agricultor é uma das mais nobres que existe, porque produz alimento", observa.
Cooperativismo - De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Sistema Ocepar), João Paulo Koslovski, a mulher está tendo o seu trabalho reconhecido no meio rural. Segundo o dirigente, elas estão lado a lado com os homens, decidindo o que é melhor para as suas propriedades. Dados da entidade apontam que atualmente o sistema cooperativista emprega, no total, 67 mil pessoas de forma direta, sendo que 25,5 mil são mulheres, ou seja, 38% do quadro funcional das cooperativas agropecuárias.
Presença - O presidente da entidade acrescenta que as mulheres também marcam presença no quadro associativo, onde já são 15% do total dos 900 mil cooperados em diversos ramos de atuação. E esta participação, segundo ele, aumenta a cada ano. Um exemplo apontado por Koslovski são os eventos de formação realizados pela Ocepar, com a poio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Paraná (Sescoop/PR). Em 2012, foram cinco mil eventos realizados, contando com a participação de 128.369 pessoas. Desse total, 56.225 eram mulheres, ou seja, 43,8%. (Folha Rural / Folha de Londrina)
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COPAGRIL: Atletas da equipe de futsal realizam avaliação isocinética
No último dia 02 de março, os atletas da equipe de futsal Copagril/Sempre Vida/Dal Ponte/MCR, que se prepara para a estreia no Campeonato Paranaense, realizaram, em Maringá, avaliações físicas e musculares, inclusive a isocinética, cujo objetivo é avaliar a condição muscular dos atletas que estão em fase final de pré-temporada.
Dois tipos - Os jogadores passaram por duas avaliações. A primeira foi de equilíbrio e saltos sobre uma plataforma, com a finalidade de analisar a biomecânica e coordenação da movimentação, além de verificar posturas e potência. Na segunda, os atletas passaram pela isocinética, que permite avaliar isoladamente as valências de força, potência e resistência muscular dos membros inferiores.
Desequilíbrio muscular - A avaliação isocinética permite reconhecer desequilíbrios musculares presentes nos atletas, que aumentam em grande proporção a possibilidade da ocorrência de lesões devido a um grupo muscular estar mais forte ou mais fraco que o ideal. Além disso, avalia parâmetros para a recuperação de atletas que sofreram lesões. Com os resultados obtidos, os profissionais responsáveis possuem melhores condições para nortear os treinamentos aplicados aos atletas.
Atuação - Segundo o preparador físico da equipe, David Cardoso, além de avaliar a condição atlética, faz com que o jogador possa se manter atuante por mais tempo. "Ao realizarmos a avaliação isocinética, temos valores absolutos de força e resistência musculares, o que nos permite relacionar as musculaturas de perna dominante e não dominante, além de relacionar grupos musculares anteriores e posteriores, o que auxilia na diminuição da ocorrência de lesões, adicionando maior tempo às carreiras dos atletas e, por consequência, diminuindo os prejuízos causados pela ausência de jogadores", explicou.
Thales - Um dos atletas que realizou a avaliação foi Thales. Ele está praticamente recuperado de uma cirurgia e deve voltar ainda esta semana aos treinamentos da equipe. O fisioterapeuta do time, Tiago Duarte, citou que o exame auxilia na busca de parâmetros para a volta do atleta às atividades. "Por meio dos dados obtidos temos a real condição da parte muscular do atleta, que é que o protege das lesões, sejam de ligamentos, tendões e outras estruturas. Dessa forma, podemos liberar o retorno dele aos treinamentos com pequenas restrições, realizando uma boa e tranquila readaptação", concluiu. (Imprensa Copagril)
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CONAB: Armazéns contratados têm reajuste de preços
A Conab reajustou, este mês, as tarifas de armazenagem realizadas por terceiros, dos produtos vinculados à PGPM e aos estoques estratégicos do governo. A nova tabela apresenta um aumento médio de 34,7% para armazenagem e serviços na modalidade convencional (ensacados), e de 29,5% na modalidade a granel. As tarifas de armazenagem administradas pela Companhia são adotadas nas operações ocorridas em armazéns contratados para a guarda de estoques públicos e servem para remunerar as despesas com os serviços de armazenagem e conservação de produtos. "Esta medida atende à demanda do setor, que vinha solicitando o reajuste dos valores", ressalta Marcelo Melo, diretor de Operações e Abastecimento da Conab. "Procuramos fixar os preços pela média de mercado, tendo como piso os indicadores econômicos, com reposição das perdas inflacionárias acumuladas no período desde o último reajuste".
Em vigor - Os novos valores entraram em vigor no dia 1º de março, e corrigem a deflação das tarifas de 2009, que acumularam uma defasagem média de preços de 23%. A tabela atualizada está disponível no site da Companhia, no link: Produtos e Serviços / Armazenagem / Tarifas de Armazenagem. (Conab)
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INFRAESTRUTURA: Operação Safra do Porto de Paranaguá chega à região de Cascavel
Nesta terça-feira (12/03), a Operação Safra do Governo do Estado intensifica a abordagem aos transportadores na região de Cascavel, um dos principais polos da Região Oeste do Paraná. A ação, desenvolvida pela Administração dos Portos do Paraná, em parceria com o Departamento da Polícia Rodoviária Federal (DPRF) e com a Concessionária Ecocataratas, será realizada no posto do quilômetro 580, da BR 277, a quatro quilômetros da entrada da cidade.
Folders - A partir das 9h, com a ajuda de oito agentes da PRF da região, Guardas Portuários abordarão os caminhoneiros para entregar os folders da Operação Safra e falar um pouco sobre as novas regras de descarga de grãos no Porto de Paranaguá. Divulgando essas informações, o Governo do Paraná pretende evitar as filas e outros transtornos que prejudicam o escoamento da safra, o próprio caminhoneiro e os demais usuários das rodovias do Estado. (Assessoria de Imprensa da Appa)
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GRÃOS I: USDA mantém projeção de safra de soja do Brasil em 83,5 mi t
A safra de soja 2012/13 do Brasil foi estimada no recorde de 83,5 milhões de toneladas, estável ante o relatório de fevereiro, projetou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira (08/03). A projeção veio acima das estimativas de mercado que apontavam, na média, 83,145 milhões de toneladas.
Conab - Enquanto o USDA manteve sua estimativa, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) rebaixou a projeção para a safra brasileira da oleaginosa a 82,06 milhões de toneladas, atribuindo o corte ao impacto do clima adverso. A estimativa da Conab é exatamente a mesma que o USDA apontou para a safra de soja dos EUA, de 82,06 milhões de toneladas, e também estável ante o relatório anterior.
Colheita - A safra recorde de soja do Brasil está sendo colhida. No início da semana, pouco mais de um terço das lavouras do país havia sido colhido, segundo estimativa de consultorias. A projeção do USDA para as exportações brasileiras de soja também ficou estável em 38,40 milhões de toneladas.
Milho - Para o milho, o USDA apontou uma colheita de 72,5 milhões de toneladas no ciclo 2012/13 do Brasil, inalterada ante o último relatório e acima das 72,34 milhões de toneladas estimadas em média por analistas. A Conab estima a safra de milho do Brasil no recorde de 76 milhões de toneladas. As exportações brasileiras de milho foram estimadas pelo USDA em 19 milhões de toneladas, também estável ao relatório anterior. No ano-safra 2011/12, o Brasil exportou o recorde de 24,3 milhões de toneladas, segundo o levantamento do USDA. (Reuters)
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GRÃOS II: Relatório faz milho e trigo subirem
Mesmo com poucas alterações em relação ao cenário traçado em fevereiro, o relatório de oferta e demanda de grãos nos mercados americano e global divulgado sexta-feira (08/03) pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ofereceu sustentação às cotações de milho e trigo e abriu espaço para uma pequena queda da soja na bolsa de Chicago.
Contratos - No milho, a correção de maior impacto foi a ampliação da demanda nos EUA nesta safra 2012/13 para 265,11 milhões de toneladas, 1% a mais que o previsto no mês passado mas 5% abaixo de 2011/12. O USDA não alterou a projeção para os estoques finais do país, mas baixou os globais para 117,48 milhões de toneladas, 0,5% menos que o estimado em fevereiro. Em Chicago, os contratos para maio subiram 12,25 centavos, para US$ 7,0350 por bushel.
Trigo - Esse salto teve efeitos positivos sobre as cotações do trigo, que pode ser usado como alternativa ao milho em rações. Em Chicago, maio fechou a US$ 6,97 por bushel, ganho de 1,5 centavo, apesar de o USDA ter elevado em 3,7% sua previsão para os estoques finais do cereal nos EUA para 19,5 milhões de toneladas, ante 20,2 milhões em 2011/12.
Soja - No tabuleiro da soja, o USDA causou poucas surpresas. O Brasil segue na liderança na produção e nas exportações do grão, mas a "disputa" com os EUA poderá ganhar novas cores caso a escassez de chuvas em áreas do Sul brasileiro se mantenha. Em Chicago houve queda de preços. (Valor Econômico)
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GRÃOS III: Brasil pode colher mais de 40 milhões de toneladas de milho na safrinha
O Brasil poderá colher 40,036 milhões de toneladas de milho na segunda safra de milho 2013, popularmente conhecida como safrinha, volume recorde e que supera em mais de dois milhões de toneladas as 37,976 milhões de toneladas registradas em 2012. Os números fazem parte da mais recente estimativa do Instituto de Pesquisas Agroeconômicas Safras & Mercado, divulgada nesta sexta-feira (08/03).
Aumento - O analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, sinaliza que o aumento esperado na produção leva em conta a expectativa de incremento de 5,9% na área, que deve alcançar 7,377 milhões de hectares, ante os 6,963 milhões de hectares cultivados na segunda safra de 2012. Molinari destaca que o avanço na produção da safrinha decorre diretamente do bom aumento de área verificado nos estados de Goiás (7,6%), Paraná (6,9%) e Mato Grosso (6,5%).
Produtividade - Safras & Mercado trabalha com uma expectativa de produtividade média para a safrinha 2013 de 5.427 quilos por hectare, ficando um pouco abaixo da obtida na segunda safra do ano passado, de 5.453 quilos por hectare. Molinari chama a atenção também para a expectativa de forte avanço da produção em Mato Grosso, que deve manter a liderança nacional, à frente do Paraná. "O Mato Grosso colheu 7,306 milhões de toneladas na segunda safra de 2011 e, neste ano, pode produzir 15,217 milhões de toneladas de milho, dobrando sua produção", afirma. (Safras & Mercado)
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ABASTECIMENTO: Governo prevê alta de produção de arroz e feijão na safra 2012/13
As produções de arroz e feijão no Brasil devem crescer, respectivamente, 3,9% e 12,5% na safra atual em relação à temporada 2011/12. As informações foram divulgadas durante o sexto levantamento da safra 2012/13, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em relação ao arroz, a área plantada do cereal manteve-se praticamente a mesma da última safra. No entanto, com perspectiva de aumento de produtividade de 4,2% (passando de 4,7 toneladas por hectare (t/ha) para 4,9 t/ha), o volume previsto é de 12 milhões de toneladas ante as 11,5 milhões de toneladas obtidas em 2011/12.
Acréscimo - O Rio Grande do Sul, responsável por mais de 65% da produção nacional de arroz, deve ter acréscimo de 3,7% na produção sobre a colheita anterior. Este é também o estado com a maior produtividade, de 7,5 t/ha. Já a perspectiva para a colheita de feijão é de 3,2 milhões de toneladas – foram 2,9 milhões de toneladas na temporada passada. A principal responsável pelo aumento deve ser a região Nordeste, com produção estimada em 713,8 mil toneladas – ante 289,3 mil toneladas da temporada 2011/12. (Mapa)
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CANA-DE-AÇÚCAR: Começa a moagem de uma safra 'alcooleira'
A moagem de cana da nova safra, a 2013/14 já começou para algumas usinas do Centro-Sul, que vêm confirmando a expectativa do mercado de uma safra mais alcooleira. As unidades estão direcionando toda a capacidade disponível para produzir o biocombustível, cujos preços neste momento estão até 8% mais altos do que os do açúcar (de exportação). Se esse cenário se confirmar, a produção de açúcar na região não crescerá. Apenas repetirá o volume de 2012/13, condição ainda não refletida nos atuais preços da commodity no mercado internacional.
Centro-Oeste - Somente entre as associadas da Copersucar, que respondem pela moagem de aproximadamente 100 milhões de toneladas de cana, ou 18% da moagem de 580 milhões de toneladas prevista para o Centro-Sul, o mix deve ficar em 44% para açúcar, ou seja, 44% do caldo da cana será destinado à fabricação da commodity, segundo Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar. Trata-se de uma guinada significativa, uma vez que no ciclo 2012/13 a relação foi de 50%.
Mercado internacional - Segundo especialistas, a redução do mix de produção de açúcar abaixo de 46% ainda não se reflete nos preços da commodity no mercado internacional. A consultoria FG Agro estima que as usinas podem direcionar até um mínimo de 44,2% do caldo da cana para o açúcar no Centro-Sul. Nesse caso, a produção de açúcar na região apenas repetiria o volume do ano passado, de 34 milhões de toneladas. "Se a expectativa com esse cenário for percebida pelo mercado, os contratos com vencimento em outubro na bolsa de Nova York tendem a retomar os prêmios para a commodity", avalia Luiz Gustavo Corrêa, sócio da FG Agro.
Março - Das 48 unidades sócias da Copersucar, 13 começam a safra em março. Entre elas, as duas usinas do Grupo Clealco - Clementina e Queiroz, ambas em São Paulo (SP). O diretor executivo do grupo, José Antonio Bassetto Junior, diz que o mix de produção será de 65% para açúcar, 10 pontos percentuais abaixo dos 75% da temporada 2012/13. "As usinas sempre foram mais açucareiras e, ter um mix de 65% é o mínimo que conseguimos com a nossa atual capacidade industrial", explica Bassetto.
Investimento - No entanto, ele antecipa que o grupo está investindo R$ 35 milhões em um novo equipamento (caldeira) para ampliar a capacidade de produção de etanol, em especial, o anidro. "Essa caldeira entra em operação em um ano e, com isso, poderemos maximizar a fabricação do biocombustível a 45%, ante os 35% atuais", diz. As duas unidades programam processar 8 milhões de toneladas em 2013/14 (ante 7 milhões de toneladas de 2012/13) e fabricar 700 mil toneladas de açúcar e 230 milhões de litros de etanol. Em 2012/13, a produção de açúcar e de etanol foi de 500 mil toneladas e 160 milhões de litros, respectivamente.
São Paulo - A Usina Paraíso, de Brotas (SP), também terá um mix mais alcooleiro no ciclo 2013/14. A unidade, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, gerido pela DGF Investimentos, ligou as máquinas na última quinta-feira (07/03), com a programação de moer 2,5 milhões de toneladas, sendo 200 mil toneladas (referentes a março) computadas no balanço de 2012/13 e 2,3 milhões de toneladas no exercício fiscal da nova safra, a 2013/14. O mix de produção, explica o diretor-presidente do Terra Viva, Humberto Casagrande, será de 50% do caldo para o etanol, ante 40% do ciclo 2012/13.
Diferença - Na sexta-feira (08/03), com a alta do preço do etanol e o recuo do açúcar, a diferença de remuneração entre os dois produtos aumentou, segundo a consultoria Datagro. O litro do etanol hidratado no Centro-Sul (base Ribeirão Preto-SP) foi equivalente a 19,87 centavos de dólar a libra-peso, 5,9% acima dos 18,75 centavos de dólar do açúcar na bolsa de Nova York (primeiro vencimento). O valor de equivalência do anidro, que é misturado à gasolina, subiu para 20,32 centavos de dólar por libra-peso, 8,3% acima da cotação do açúcar em Nova York.
Inversão - A trading inglesa Czarnikow previa que essa inversão ocorresse até agosto, no entanto, desde o início de fevereiro, o etanol remunera mais do que o açúcar. Desse modo, a Czarnikow reduziu em 2 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas, a estimativa de produção de açúcar para o Centro-Sul. (Valor Econômico)
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TRIBUTOS I: Sul e Sudeste pressionam por mudança no ICMS
Os Estados do Sul e do Sudeste se articulam para promover mudanças nos projetos que o governo enviou à Câmara e ao Senado para levar adiante a unificação das alíquotas interestaduais de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Pauta - Estão na pauta uma resolução a ser apreciada apenas pelo Senado, que trata da convergência das alíquotas de 12% e 7% para 4% em 12 anos, uma medida provisória (número 599, de 2012) que cria os fundos de compensação e de desenvolvimento regional, e um projeto de lei complementar que altera o indexador das dívidas de Estados e municípios com a União - passa do Índice Geral de Preços (IGP-DI) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA).
Emendas - O primeiro sinal dessa articulação é o volume de emendas apresentadas à MP 599. Das 218 proposições, mais de 150 foram apresentadas por deputados e senadores dos Estados do Sul e Sudeste, que respondem por mais de 70% da arrecadação nacional desse imposto. E na pauta estão as principais reivindicações do bloco, como a redução no prazo de convergência, de 12 anos (pelo projeto apresentado pelo governo) para oito anos, e uma avaliação mais criteriosa da convalidação dos benefícios.
Estratégia - De acordo com o secretário de Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, há "toda uma estratégia" para poder encaminhar o trâmite das propostas e tentar proteger os interesses desses Estados. Segundo Hauly, a proposta original do Ministério da Fazenda para a reforma do ICMS era boa, mas, no fim, o governo parece ter cedido aos Estados de Norte, Nordeste e Centro-Oeste e apresentou uma proposta com prazos e outros pontos diferentes dos previamente discutidos no Confaz.
Pressão - Segundo o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), a ideia é mesmo fazer uma pressão nas comissões e no parlamento, para levar o Executivo a discutir esses pontos. "Há essa disposição de mobilização entre Sul e Sudeste", disse.
Tratamento diferenciado - Outro ponto questionado pelas emendas do bloco é o tratamento diferenciado dado à Zona Franca de Manaus, que manterá a alíquota de 12%, assim como as operações de gás natural do Mato Grosso do Sul.
Fundo de compensação - Mais uma reivindicação comum do grupo é o aumento do fundo de compensação. Pelas emendas, o montante máximo que tal fundo disporia anualmente para compensar as perdas com a transição de tarifas teria de subir de R$ 8 bilhões para R$ 12 bilhões.
Descontentamento - Ainda de acordo com Hauly, os Estados do Sul e do Sudeste estão descontentes com outra proposição do projeto de lei, que é a mudança no quórum do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para aprovação da remissão (perdão) e convalidação dos benefícios já concedidos. Pela proposta, a necessidade de unanimidade das decisões deixaria de existir por um ano, para que essa etapa fossa levada adiante.
Em conjunto - A negociação das propostas em conjunto interessa aos Estados dessas regiões porque, se depender apenas da resolução do Senado, as chances de uma vitória política são pequenas, já que, nessa Casa, essas bancadas são minoritárias. A MP e o projeto de lei complementar são aprovadas primeiro na Câmara dos Deputados e depois no Senado.
Acompanhamento - O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) - onde está tramitando o projeto de resolução e também está em discussão a mudança dos critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) -, Lindbergh Farias (PT-RJ), decidiu designar um senador para acompanhar a tramitação, na Câmara, do projeto de lei complementar.
Ordem - A ordem dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN) é acelerar a discussão da reforma do ICMS e do FPE em março.
Audiências públicas - Nesta semana estão previstas audiências públicas no Senado com técnicos, secretários de Fazenda e representantes do Ministério da Fazenda. E no dia 13 está agendada uma reunião entre os governadores e os presidentes das duas Casas. A pauta é a mudança no FPE, mas será inevitável a discussão dos outros itens da questão federativa.
Aprovação - Segundo o senador Delcídio Amaral (PT-MS), relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do projeto de resolução unificando o ICMS, o governo gostaria que o "pacote todo" de questões federativas que estão em tramitação - reforma do ICMS, negociação das dívidas e FPE - fosse aprovado até o fim do primeiro semestre.
Mais importante - "Essa pauta do ICMS, do FPE e da negociação da dívida dos Estados é a pauta econômica mais importante do governo Dilma. Portanto, acho que a federação brasileira precisa fazer um esforço grande pelo entendimento. Resolver essas questões será um grande avanço para os Estados, para a federação e para o governo federal", disse.
Receita líquida - Junto com a discussão do fim da guerra fiscal, os governadores de todos os Estados querem tratar de reduzir o limite de comprometimento da receita líquida de 15% para 9%.
Difícil - O senador Walter Pinheiro (PT-BA), que é relator da MP que trata dos fundos de compensação - e condiciona o auxílio financeiro à aprovação da resolução do Senado, cujos termos estão reproduzidos no texto da MP -, acha difícil fazer uma negociação conjunta de todas as propostas relativas ao pacto federativo. Pinheiro afirma também que as bancadas de todos os Estados - e não apenas as das regiões Sul e Sudeste - estão se movimentando para defender seus interesses nessa discussão dos projetos que mudam a relação entre os entes federados. "Todo mundo tem sua própria reivindicação. É muito cedo para dizer quais pontos estão sujeitos a mudanças. Até porque tem 400 propostas. A tendência natural é que [as negociações] se afunilem na questão do prazo do ICMS e dos fundos de compensação", afirma Pinheiro.
Negociação - O petista pretende negociar com cada Estado ou, pelo menos, com blocos de Estados por região para ir "ajustando o interesse de um ao interesse de outro e ver como equalizar uma proposta que atenda aos 27 Estados". Ele diz que a tarefa é difícil, mas acha possível chegar a um ponto de equilíbrio.
Diálogo federativo - O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), acredita numa negociação que envolva todas as questões do pacto federativo. "Um diálogo federativo no conjunto não pode ser evitado", afirma. Citando a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff à mudança na distribuição dos royalties e participações especiais do petróleo, que levará a uma grande perda de receita principalmente para o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, Braga diz que essas unidades têm o "legítimo direito" de reivindicar a defesa dos seus recursos. Ele afirma que não há negociações em curso para que os dois Estados, os maiores confrontantes com áreas petrolíferas no mar, sejam compensados. Mas, como senador da República - e não como líder do governo -, acha que seria justo, por exemplo, que os Estados produtores fiquem com 4% do ICMS do petróleo. A adoção dessa regra exigiria mudança no texto constitucional, pelo qual o ICMS do petróleo é cobrado no Estado de destino.
Correção - Para o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), deixar parte do ICMS do petróleo no Estado de origem seria "a correção de uma injusta", mas rejeita a possibilidade de esse assunto ser discutido como compensação pelas perdas dos royalties. "Não podemos tirar o foco dos royalties. Temos que brigar por eles." (Valor Econômico)
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TRIBUTOS II: Governo desonera produtos da cesta básica
A presidente Dilma Rousseff anunciou, em pronunciamento oficial à nação, a desoneração de impostos federais de todos os produtos da cesta básica. Com a medida, nenhum dos 16 produtos da cesta básica (eram 13 e foram acrescentados mais três) pagará tributos federais. O ICMS, imposto estadual, no entanto, continuará a ser cobrado. “Conto com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha, e de 12,5% na pasta de dentes, nos sabonetes, só para citar alguns exemplos”, disse a presidente.
Dia Internacional da Mulher - A medida já estava em estudo pelo governo e foi apresentada no Dia Internacional da Mulher como uma “medida importante para as mães de família mais pobres e as de classe média”. A presidente afirmou, ainda, que o governo abre mão de mais de R$ 7,3 bilhões de arrecadação. “Mas os benefícios que virão para a vida das pessoas e para a nossa economia compensam esse corte na arrecadação”, disse Dilma.
Composição - A presidente também anunciou mudança na composição da cesta básica, com o acréscimo de três itens de higiene: pasta de dente, papel higiênico e sabonete. “Com esta decisão, você, com a mesma renda que tem hoje, vai poder aumentar o consumo de alimentos e de produtos de limpeza, e ainda ter uma sobra de dinheiro para poupar ou aumentar o consumo de outros bens”, afirmou a presidente.
Impacto é de R$ 5,5 bilhões em 2013 - A desoneração da cesta básica custará R$ 5,540 bilhões em 2013. O governo cortou o PIS/Cofins de nove produtos – carne bovina, carne suína, aves, peixes, ovinos e caprinos, café, óleo, manteiga e margarina, açúcar, sabonete, pasta de dentes e outros itens de higiene bucal e papel higiênico. No caso do açúcar e do sabonete, o governo também está reduzindo o IPI.
Corte - O corte de impostos num ano completo será ainda superior: R$ 7,386 bilhões para os mesmos itens. O Palácio do Planalto informou que uma edição extra do Diário Oficial da União seria publicada com um decreto e uma medida provisória para regulamentar as desonerações. O projeto de orçamento de 2013, o governo estimou em R$ 18,3 bilhões as desonerações do PIS/Cofins. E também estuda o envio de um projeto ao Congresso alterando a estrutura do tributo. (Valor Econômico)
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FOCUS: Projeção do mercado para Selic ao fim de 2013 sobe a 8%
Após se manter estável em 7,25% por 16 semanas consecutivas, a expectativa de analistas para a Selic ao fim de 2013 subiu para 8%, de acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11/03) pelo Banco Central, que apura estimativas junto a cerca de cem instituições. Essa mudança se segue à mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira passada, que, embora tenha mantido o juro básico estável em 7,25% ao ano, fez alterações em seu comunicado que, na interpretação dos analistas, abriu a possibilidade para a elevação da Selic neste ano.
Cenário macroeconômico - No comunicado após a decisão, o Copom informou que acompanhará a evolução do cenário macroeconômico para definir os próximos passos de sua estratégia de política monetária. Além disso, retirou a frase em que defendia que a “estabilidade das condições monetárias por período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta”.
Deterioração - Essa mudança de postura se segue à deterioração da inflação, que foi confirmada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira, quando informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que baliza o sistema de metas do BC – subiu 0,60%, bem mais que o 0,50% esperado pelo mercado. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 6,31%, nível muito próximo, portanto, do teto da meta de 6,50% perseguida pelo BC.
Inflação - No Focus divulgado nesta segunda-feira, a expectativa para a inflação piorou. A mediana das projeções para o IPCA em 2013 saiu de 5,70% para 5,82%. Em 12 meses, contudo, a projeção foi de 5,62% para 5,51%. Para 2014, a expectativa segue em 5,50%. O mercado também ajustou para cima suas previsões para o IPCA em março, de 0,43% para 0,45%.
Top 5 - A exemplo do que ocorreu com a mediana do mercado em geral, os analistas do grupo Top 5 – o que mais acertam as previsões no Focus – também elevaram suas projeções para o IPCA e para a Selic. A mediana para a inflação subiu de 5,57% para 5,81% em 2013 e para a Selic ao fim de 2013 saiu de 7,25% para 8,50%. Para 2014, a expectativa de inflação desse grupo caiu de 6,20% para 6,05%, mas a mediana da Selic subiu de 7,63% para 7,88%. (Valor Econômico)
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