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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3058 | 25 de Março de 2013

PLEITO: Paraná quer R$ 175 bilhões para a safra 2013/14

safra 25 03 2013O Paraná vai solicitar ao governo federal o aumento dos recursos destinados ao custeio, comercialização e investimento da safra 2013/14. O valor pleiteado é de R$ 175 bilhões, dos quais R$ 150 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 25 bilhões para a familiar. No ano passado, o governo anunciou R$ 133 bilhões para a safra 2012/13. De acordo com representantes do setor produtivo paranaense, o aumento no montante de recursos é necessário devido à elevação dos custos e de produção e também é importante para viabilizar o acesso de mais agricultores ao crédito rural. A proposta será apresentada nesta terça-feira (26/03), em Curitiba, ao secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller. O encontro é uma promoção da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e Associação Paranaense das Empresas de Planejamento Agropecuário (Apepa).

Sugestões – Um documento será entregue ao secretário de Política Agrícola do Mapa contendo uma série de outras sugestões, como a redução dos juros e demandas ligadas aos mais diversos programas já existentes, como o PSI, Moderagro, Pronaf, ABC, entre outros. Por outro lado, os paranaenses estão propondo a criação de uma linha de financiamento operacional para as cooperativas, de um programa de inovação tecnológica para o meio rural e de um plano nacional de armazenagem. Há ainda demandas relacionadas ao programa de subvenção ao prêmio do seguro rural, dívidas agrícolas, entre outros itens.

Serviço – Apresentação de propostas ao Plano Safra 2013/14 / Dia – 26/03/2013 / Horário: 9:30h / Local – Anfiteatro da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento / Endereço – Rua dos Funcionários, 1559 – Cabral. 

FAO: Paraná é sede do primeiro escritório descentralizado

O superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken participou na manhã desta segunda-feira (25/03), na sede da Secretaria da Agricultura do Estado do Paraná (Seab), da solenidade de instalação do primeiro escritório descentralizado da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) com o objetivo de fortalecer cooperação com outros países. Segundo o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, Curitiba foi escolhida para ser sede na região Sul, pelo fato da agricultura do Paraná ter uma capacidade técnica de destaque, especialmente na agricultura familiar e no cooperativismo. O representante fez questão de lembrar que este escritório é o primeiro no mundo, fora das capitais dos países e será uma experiência para expandir a ideia por outros estados e também continentes.

 Parceria – A instalação deste escritório aqui no Paraná vem sendo discutido há muito tempo, como lembrou do Secretário Nacional de Agricultura Familiar do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini. “E graças a uma parceria entre as Seab, Instituto Emater e Itaipu, o projeto se consolidou e Curitiba foi escolhida como sede desta primeira iniciativa e que é uma vitória de todas aquelas pessoas que atuam no setor agropecuário do Paraná e se esforçaram para fazer deste estado um exemplo de desenvolvimento sustentável”, lembrou.

Cooperativismo– Durante a solenidade, o cooperativismo foi citado como um importante braço no desenvolvimento da agricultura no Estado do Paraná e eu também contribui pela escolha do Paraná como sede deste escritório. Além do representante da FAO mencionar o cooperativismo, o diretor geral da Itaipu, Jorge Samek também fez questão de lembrar as diversas contribuições que as cooperativas tem proporcionado para a agricultura.

Importância - O secretário Norberto Ortigara, observou que a escolha da região para o investimento da FAO está relacionada à importância agrícola do Paraná e às experiências positivas que o estado executa no desenvolvimento sustentável. Segundo o secretário, o Paraná tem boas parcerias com o governo federal, os governos estaduais e os municípios, além das ONGs, que tornam possível a inclusão social e oportuniza o acesso aos alimentos por parte da população carente.

Sede - O escritório da FAO terá como responsável o extensionista e engenheiro agrônomo Carlos Antônio Ferraro Biasi, sediado no Instituto Emater, na capital, e contará com uma representação no Parque Tecnológico da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu. Segundo Biasi, o escritório pretende identificar e cadastrar as experiências que existem nos três estados da Região Sul do país. “Vamos trabalhar para que esses projetos sejam ofertados para outros países da América Latina e da África. Também há a possibilidade de intercâmbios para capacitação de técnicos de outros países. O Parque Tecnológico de Itaipu vai oferecer a possibilidade de aprendizagem presencial e à distância”, concluiu. Para ele, a escolha do Paraná se deveu ao bom relacionamento do Paraná com a FAO, além dos resultados de trabalhos executados no estado como o Água Boa, desenvolvido pela Itaipu Binacional, ou na área de segurança alimentar. Ele acrescentou, ainda, que a unidade deve concentrar esforços nos trabalhos de sanidade animal e vegetal, energias renováveis, agricultura familiar e preservação dos recursos naturais. (Com informações da Agência Estadual de Notícias)

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UNIMED PARANÁ: Federação realiza AGE e AGO no sábado

A Unimed Paraná realizou, no último sábado (23/03), em Curitiba, sua 26ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e sua 34ª Assembleia Geral Ordinária (AGO). A AGE aconteceu às 08h30, para deliberar sobre a inclusão de um parágrafo no artigo 2º do Estatuto Social da Federação. Já a AGO tratou dos seguintes itens: prestação de contas do exercício 2012, destinação de sobras e juros sobre o Capital Social, fixação de pró-labore e verba de representação da Diretoria-Executiva e demais integrantes do Conselho de Administração e valor da cédula de presença para conselheiros-coordenadores regionais e conselheiros fiscais. Houve ainda a eleição e posse do Conselho Fiscal para o exercício de 2013 e a definição dos planos de trabalho formulados pelo Conselho de Administração para o exercício de 2013.

Presenças – O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e o novo diretor administrativo e financeiro da Fundação Unimed, Luiz Carlos Palmquist, eleito recentemente para o cargo, prestigiaram as assembleias. Koslovski cumprimentou Palmquist pela nova função e sugeriu que a Fundação Unimed e o Sescoop/PR estreitem parceria na área de formação. Ele também parabenizou o presidente da Federação Unimed, Orestes Pullin Barrozo, por ter sido eleito vice-presidente da Unimed Brasil, no dia 20 de março. “O Orestes é um dos diretores da Ocepar e é uma pessoa que constrói. Está sempre colaborando com propostas para a melhoria do nosso cooperativismo”, disse Koslovski. O presidente da Ocepar também agradeceu a todos os representantes da Unimed no Estado presentes nas assembleias. “O cooperativismo paranaense é hoje uma referência nacional graças ao trabalho sério e dedicado de todos vocês”, completou. 

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CERPA: Cooperativa presta contas a cooperados

A Cerpa (Cooperativa de Infraestrutura e Eletrificação Rural de Palotina) realizou, no dia 15 de março, sua Assembleia Geral Ordinária (AGO). De acordo com dados do relatório de prestação de contas, apresentado aos cooperados, a cooperativa ampliou o fornecimento de energia para indústrias em 15,73%, comércio (9,53%) e rural (9,93%). Em 2012, a Cerpa teve um faturamento de R$ 9,3 milhões. Os resultados do exercício foram de R$ 415,9 mil, um crescimento de aproximadamente 144% em comparação ao ano anterior. A prestação de contas foi aprovada pelo Conselho Fiscal e pelos cooperados presentes na AGO.

Posicionamento - Com sede em Palotina, Oeste do Paraná, a cooperativa tem 1.853 cooperados. Em mensagem aos associados, a diretoria afirma que os resultados de 2012 “reforçam o posicionamento e a viabilidade da cooperativa”, observando também a necessidade de investimentos “no melhoramento de redes”. O planejamento para 2013 prevê a continuidade dos estudos para a construção de uma usina hidrelétrica (PCH), por meio de alianças estratégicas com outras cooperativas de eletrificação rural. A Cerpa pretende também fazer o mapeamento geográfico de toda a rede de baixa tensão e informatizar todas as informações sobre sua estrutura e ativos. A parceria com a Copel será mantida para serviços e manutenções e a cooperativa continuará com os programas de treinamento a funcionários, conselheiros fiscais e dirigentes. 

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SICREDI UNIÃO: Parceria com a Sociedade Rural de Maringá é formalizada na Expoingá

sicredi uniao 25 03 2013Na noite da última sexta-feira (22/03), durante o lançamento da Expoingá 2013, a Sicredi União PR formalizou termo de parceria com a Sociedade Rural de Maringá (SRM), promotora da feira, como patrocinadora oficial. Assinaram o documento o presidente da entidade, Wilson de Matos Silva Filho, e o diretor-executivo da cooperativa, Rogério Machado.

Convidados - Realizado no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, o lançamento reuniu cerca de 1,5 mil convidados, entre os quais diversas autoridades, como os senadores Álvaro Dias e Sérgio Souza, o ex-governador Orlando Pessuti e o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara. A Expoingá está prevista para o período de 9 a 19 de maio  com a previsão de receber mais de 500 mil visitantes.

Linha especial - Tradicional participante e há anos entre as principais apoiadoras das edições da feira, a Sicredi União PR anuncia que vai disponibilizar linha especial para o financiamento de máquinas e implamentos agrícolas, caminhões, utilitários e veículos em geral, animais e outros produtos.  “Estamos trabalhando para promover a maior Expoingá de todos os tempos”, afirmou o presidente da SRM, ao lado de Machado, para quem o evento “é sempre um grande sucesso de público e negócios”. (Imprensa Sicredi União)

LAR: Eleita a coordenação dos Comitês Feminino e Juvenil

Nos dias 21 e 22 de março, 60 líderes que fazem parte dos comitês Juvenil e Feminino da Lar  se reuniram para definir e eleger os seus representantes que, inclusive, têm assento nas reuniões ordinárias do Conselho de Administração. “Cumprimentamos a todos que se dispõem a trabalhar em nome do grupo. Lembramos sempre que a cooperativa é uma sociedade de pessoas”, declarou o diretor-secretário Urbano Inácio Frey. Ele fez questão de presenciar a eleição das coordenações e o encerramento do evento, ressaltando que o trabalho é realizado há mais de 30 anos pela cooperativa com as senhoras e com os filhos e filhas de associados. “Além do aspecto social, essa iniciativa visa despertar o interesse deles pela vida e trabalho na propriedade, sua permanência no meio rural, e a continuidade da Lar”, acrescentou.

Principais atividades - De acordo com a assessora de Ação Educativa, Carmem Reis, as principais atividades desse ano já estão definidas em relação aos dois comitês. “O caminho será percorrido com a participação e dedicação de bons líderes”, destacou. “O trabalho nos Comitês Juvenil e Feminino é feito por adesão. Cada Unidade Lar tem seus representantes de jovens e de senhoras interessados em desenvolver o potencial de liderança para dar sua parcela de contribuição na família, propriedade e cooperativa”, reiterou ela.

Divulgação - Além de participar das reuniões habituais e os cursos que são oferecidos, os coordenadores desses grupos têm a oportunidade de divulgar os trabalhos participando do programa de rádio Lar, sendo que a coordenadora do Comitê Feminino, Claudiane Bonatto Pastore, deve participar no primeiro sábado de cada mês. Já o coordenador do Comitê Juvenil, Jafer Vinícius Besen, no segundo sábado de cada mês.  O coordenador do Comitê Educativo Central participa do terceiro sábado de cada mês do programa, sempre relatando as principais atividades desenvolvidas no mês e o planejamento a ser cumprido. 

Agradecimento - Jafer Vinícius Besen agradeceu a confiança depositada nele, que agora irá atuar por mais dois anos. “Houve mudanças para melhor no período anterior, e o nosso futuro será de conquistas e realizações”. Quanto ao grupo “o respeito ao próximo gera confiança e união, o que nos impulsiona para o amadurecimento e conquistas”, finalizou. Claudiane Bonatto Pastore falou da alegria em representar o grupo, pois tem a certeza do comprometimento de todas. “Estou aqui por vocês, tenho o apoio da minha família e das mulheres desse grupo. Juntas vamos fazer um bom trabalho”, complementou. (Imprensa Lar)

COORDENAÇÕES

Comitê Feminino:

- Coordenadora: Claudiane Bonato Pastore - Matelândia (2º mandato)

- Vice Coordenadora: Nair Camana - Matelândia

- Secretária: Celsi Sandmann - Santa Helena

Comitê Juvenil:

- Coordenador: Jafer Vinícius Besen- Santa Helena (2º mandato)

- Vice-Coordenador: Douglas Taube- Missal

-Secretário: Adriano Finger- São Roque

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COPAGRIL: Mais uma nascente é recuperada pelo projeto Águas do Futuro

Aproveitando para celebrar o Dia Mundial da Água, na última sexta-feira (22/03), foi realizada mais uma recuperação de nascente por meio do Projeto Águas do Futuro, realizado pela Copagril, em parceria com a Associação dos Comitês de Jovens da Copagril (ACJC), a prefeitura de Quatro Pontes e a empresa Conceito Ambiental. A recuperação foi na propriedade do agricultor e associado da Copagril Jair Gross, da Linha Água Verde, em Quatro Pontes.

Auxílio - Jovens dos CJCs auxiliaram nos trabalhos. Também estiveram presentes alunos da rede estadual de ensino de Quatro Pontes, para ver como é feita a recuperação de uma nascente. O coordenador do projeto, Maycon Zimermann, repassou algumas informações sobre como o trabalho é realizado, desde o isolamento da área até o plantio de árvores nativas. “Este é um trabalho que não demanda de muito tempo, apenas o empenho de cada um”, destacou Maycon.

Importância - O presidente da ACJC, Fernando André Adam, ressaltou a importância do projeto. “Além de preservar a água, o produtor ainda pode utilizá-la em sua propriedade. Que todos possam ter a consciência de proteger esse bem natural tão importante, que é a água” destacou.

Inscrição - Lembrando que, no decorrer deste ano, mais nascentes serão recuperadas por meio do Projeto Águas do Futuro Copagril. Os associados interessados podem se inscrever, fazendo contato com uma unidade ou com a assessoria ambiental da Copagril. (Imprensa Copagril)

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AGROSAFRA: Após intensas variações, cotações se estabilizam nos últimos trinta dias

agrosafraNos últimos trinta dias, os preços da soja, milho e trigo sofreram intensas variações na Bolsa de Chicago (Cbot), devido às noticiais de safra na América do Sul e oscilações macroeconômicas provenientes da União Europeia. O balanço final do período apontou, no entanto, que as cotações ficaram relativamente estáveis (Veja quadros abaixo). “A questão fundamental neste momento é observar a sinalização de mercado para os preços a partir do segundo semestre de 2013, bem mais baixos para o milho (-20%), soja (-10%) e um pouco mais alto para o trigo (+1,5%)”, afirma o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

 

tabela 1 25 03 2013

 

 

 

 

 

 

  

tabela 2 25 03 2013

 

 

 

 

 

 

  

tabela 3 25 03 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 Paraná - Os preços médios recebidos pelos produtores paranaenses na última sexta-feira (2/03), levantados pela Seab/Deral, foram de R$ 53,58/saca de 60 kg para a soja; de R$ 22,43/saca de 60 kg para o milho e de 39,75/saca de 60 kg para o trigo,com redução dos preços nos últimos 20 dias recebidos pelos  produtores  paranaenses de soja e milho e estabilidade no trigo.  Na comparação dos últimos 12 meses a elevação de preços para os produtores paranaenses foi significativa para o trigo e soja e mais constante para o milho, conforme demonstrado no quadro 04.  

tabela 4 25 03 2013

 
 
 
 
 
 
  
 
tabela 5 25 03 2013

INVESTIMENTO: Governo amplia recursos e PSI-BK ultrapassa valor previsto

investimento 25 03 2013Com a decisão do Governo Federal de ampliar o volume de crédito e manter taxas de juros atraentes ao produtor rural, os empréstimos previstos para a aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem ultrapassaram em 17,2% os R$ 6 bilhões destinados para a safra atual, alcançando R$ 7 bilhões entre julho de 2012 e fevereiro deste ano.

Alta - Os financiamentos autorizados por meio do Programa de Sustentação de Investimento (PSI-BK) representam alta de 63,8% sobre o mesmo período da safra anterior, quando atingiu aproximadamente R$ 4,3 bilhões. Mesmo faltando ainda quatro meses para o encerramento da temporada 2012/13, esse é o maior valor já liberado por essa modalidade de crédito.

Ações - A ampliação dos empréstimos para investimento deve-se a ações tomadas pelo Governo no ano passado. No segundo semestre de 2012, a taxa de juros foi reduzida de 5,5% para 2,5% ao ano. Já em 2013, as taxas permaneceram baixas: de 3% até 30 de junho e, após, de 3,5% até 31 de dezembro. “Outro fator importantíssimo foi a garantia de R$ 12 bilhões para esta modalidade em 2013, o que permitiu aos produtores ultrapassarem o limite de financiamento estabelecido para a safra em curso”, explicou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller.

Indicador - Ainda de acordo com Geller, a tomada de crédito para investimento é um indicador de que o produtor rural aposta nos ganhos de produtividade de alimentos a partir da inovação e das tecnologias aplicadas no campo. “Isso significa mais ganhos de renda para o produtor, preços mais baixos para o consumidor e menor necessidade de área para plantio”.

Modalidades - Somadas todas as modalidades de investimento previstas no Plano Agrícola e Pecuário atual, os contratos autorizados pelo Governo somaram R$ 18,6 bilhões entre julho de 2012 e fevereiro deste ano, alta de 32% sobre igual período da safra passada (R$ 14 bilhões). A avaliação das contratações do crédito agrícola é atualizada mensalmente pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa). (Mapa)

PROJEÇÃO: Produtividade ampliará oferta de grãos e carnes no Brasil em dez anos

A produção das culturas de soja, milho, trigo, arroz e feijão deverá passar de 177,8 milhões de toneladas em 2012/13 para 222,7 milhões de toneladas em 2022/23, com potencial de chegar a 300 milhões de toneladas. A produção de carne (bovina, suína e de aves) deve passar dos atuais 25,1 milhões de toneladas para 35,3 milhões de toneladas, em 2023. As estimativas realizadas até a próxima década são de que a área total plantada com lavouras deverá passar dos atuais 64 milhões de hectares para 70,6 milhões de hectares. Os números fazem parte do estudo Brasil – Projeções do Agronegócio 2012/13 a 2022/23 elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa) e pela Embrapa.

Produtividade - De acordo com José Garcia Gasques, assessor de Planejamento Estratégico da AGE, o crescimento da produção agropecuária no Brasil deve continuar acontecendo com base na produtividade. As projeções indicam que entre 2013 e 2023 a produção das cinco lavouras de grãos deve crescer entre 25,3% e 69,1%, enquanto a expansão de área prevista será entre 10% e 30%. Isto representa um exemplo “típico” de crescimento baseado na produtividade, que será de 36% para a soja, milho, trigo, arroz e feijão. “Os resultados revelam maior acréscimo da produção agrícola que os acréscimos de área”, aponta Gasques.

Dupla pressão - Ele acrescenta que haverá dupla pressão sobre o aumento da produção nacional, devido ao incremento do mercado interno e das exportações brasileiras. Já as carnes são pressionadas principalmente pelo consumo doméstico.

Participação - O estudo mostra ainda que as participações do Brasil no comércio mundial de soja, carne bovina e carne de aves deverão continuar expressivas e com tendência a elevação. A soja deverá ter em 2022/23 uma presença de 44,2% nas vendas externas mundiais, a carne bovina, 23,3% e a carne de aves, 52,9%.

Liderança - Conforme o documento, as projeções regionais apontam que o estado de Mato Grosso permanecerá liderando a expansão da produção de milho no país, com aumentos previstos em 48%. A região denominada Matopiba, por estar situada em municípios dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, também se destaca no cenário agrícola nacional. As estatísticas indicam para essa região produção entre 18 e 24 milhões de toneladas em 2023, e expansão de área plantada de grãos entre 7,3 e 10,5 milhões de hectares na próxima década.

Características - As áreas que vem sendo ocupadas nesses estados têm características essenciais para a agricultura moderna. São planas e extensas, solos produtivos, disponibilidade de água, clima propício com dias longos e com elevada intensidade de sol. “A limitação maior, no entanto, são as precárias condições logísticas, especialmente, transporte terrestre, portuário, de comunicação e em algumas áreas, ausência de serviços financeiros”, conclui o assessor da AGE. (Mapa)

GRÃOS: IGC vê estoques ainda curtos de milho e trigo

Produção crescente, consumo firme e estoques maiores, mas ainda apertados. Esse é o cenário básico traçado pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC) para os fundamentos globais de oferta e demanda de milho e trigo na safra 2013/14, que começará a ser semeada no Hemisfério Norte nos próximos meses. Grão mais produzido no mundo, o milho tende a apresentar um quadro mais favorável que o trigo, graças à recuperação da oferta sobretudo nos EUA, onde as perdas foram grandes em 2012/13 por conta da mais severa seca no país em mais de 50 anos. Conforme o IGC, a colheita global deverá alcançar 923 milhões de toneladas em 2013/14, 8,6% mais que no ciclo anterior (850 milhões).

Consumo - Redimensionado em 2012/13 por causa da quebra americana, o consumo de milho também tende a crescer. Segundo o IGC, esse aumento será de 4%, para 902 milhões de toneladas. Os estoques mundiais de passagem, assim, poderão subir 18,4% e atingir 135 milhões de toneladas, nível ainda considerado baixo. Em 2009/10, foram 145 milhões.

Trigo - No quadro do trigo a "folga" tende a ser menor, em parte por causa da recuperação do milho, já que ambos "concorrem" em alguns mercados de alimentação humana e rações. O IGC estima que a produção somará 682 milhões de toneladas em 2013/14, 4% acima do ciclo que já está na reta final. O consumo global deverá crescer menos - 0,6%, para 681 milhões de toneladas -, e os estoques tendem a ficar em 178 milhões de toneladas, 1,1% maiores que em 2012/13, mas quase 10% menores que os do ciclo 2011/12. (Valor Econômico)

AGENDA PARLAMENTAR: Reinstalação da subcomissão da cadeia do leite foi um dos destaques da semana

Como destaque da semana na Câmara dos Deputados, o Sistema OCB acompanhou a reinstalação da Subcomissão permanente da Cadeia do Leite, que tem o objetivo de acompanhar, avaliar e propor medidas sobre a produção láctea no mercado nacional; e a instalação da Comissão Especial que debaterá modificações à Lei 12.619/2012, que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista.

Congresso Nacional - Na semana passada, foram realizadas dez reuniões nas Comissões Mistas formadas para tratar de temas dispostos em Medidas Provisórias (MPVs) que tramitam atualmente no Congresso Nacional. Dentre as propostas, destaca-se a MPV 595/2012 que trata da exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias. Para garantir que as cooperativas possam continuar utilizando e investindo em estruturas portuárias, de forma a não provocar colapsos em importantes cadeias produtivas da agricultura no Brasil, o Sistema OCB apresentou diversas emendas à referida proposição. Além disso, importantes temas tributários, como a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a desoneração da folha de pagamentos são tratados nas MPVs 599/2012 e 601/2012, respectivamente.

Câmara dos Deputados - Além de acompanhar a reinstalação da Subcomissão permanente da Cadeia do Leite e a instalação da Comissão Especial que tratará sobre o exercício da profissão de motorista, o Sistema OCB obteve importante resultado na Câmara, com a votação de parecer pela rejeição do Projeto de Lei (PL) 1.950/2011 na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento ‘Rural (CAPADR). A matéria em referência tem o objetivo de criar o controle da produção e consumo de agrotóxicos por meio de vigilância eletrônica e sanitária. (Blog OCB no Congresso)

Para acessar o resultado da Agenda da Semana, clique aqui. 

SENADO: Debatedores defendem políticas públicas para o 'Brasil rural'

Tendo como ponto de partida o projeto do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) que busca redefinir os critérios de ruralidade, especialistas ouvidos pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) em audiência, nesta sexta-feira (22/03), esperam que a consciência do tamanho do Brasil rural estimule políticas públicas mais favoráveis e realistas para o setor. Os debatedores chamaram a atenção para o tamanho da população no campo - maior do que as estatísticas oficiais apontam - e a expressiva importância da agropecuária na economia brasileira.

Lugar central - Victor Villalobos, diretor-geral do IICA, defendeu um lugar central nas políticas de Estado em face do potencial agrícola do Brasil, ressaltando que conhecimento e inovação serão determinantes para fazer frente à demanda crescente por alimentos. No mesmo sentido, a embaixadora do México em Brasília, Beatriz Paredes, considerou importante mudar o paradigma cultural e investir em educação no campo de modo a combater o êxodo rural. “Construir uma nova ruralidade é indispensável para o mundo. Ainda mais para o Brasil, pois o Brasil continuará sendo um país agrícola”,  afirmou.

Visão integrada - Representando o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, Andrea Lorena Butto Zarzar reivindicou uma "visão integrada sobre o rural" e sua articulação com um projeto de desenvolvimento nacional. Para José Humberto de Oliveira, consultor internacional do IICA, o tema interessa a toda a população brasileira. Ele lembrou que, na contramão da visão do Brasil urbano, há estados inteiros que são "estados rurais", o que torna necessário modificar o orçamento público do país para auxiliar os 70% dos municípios brasileiros que têm menos de 20 mil habitantes: “O meio rural não reivindica apenas política agrícola e agrária, mas também políticas de saúde, educação, comunicação, entre outras. Não podemos ter uma educação que nos expulse de nosso lugar”.

Releitura - A professora Tânia Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco, propôs uma "releitura do rural contemporâneo" de modo a questionar as políticas públicas de hoje para o mundo rural. Ela considera positivo que, desde os anos 90, a agricultura familiar tenha voltado a ser vista como patrimônio do país - conceito que, segundo lembrou, já sofreu muita resistência.

Preconceito - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) classificou como preconceituosa a visão de que, no Brasil, riqueza é sinônimo de urbano, afirmando que até hoje a base de nossa balança comercial tem sido o produto rural. “É preciso definir progresso pela qualidade de vida, não por renda, consumo e técnica moderna”, concluiu.

Comando - A audiência foi comandada pelo vice-presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO). (Agência Senado)

RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Subsídios brasileiros no foco dos americanos

relacoes internacionais 25 03 2013Os Estados Unidos voltaram a pedir informações sobre os subsídios concedidos pelo governo brasileiro à agricultura. Os americanos estão incomodados com os apoios oferecidos às cadeias produtivas de milho, trigo e arroz por meio de programas de subsídio ao escoamento de produção. O principal deles, o Programa de Escoamento do Produto (PEP), subsidia o frete nas regiões de logística mais difícil, como o Mato Grosso. O principal foco da preocupação de Washington é o milho, uma vez que o crescimento dos embarques brasileiros começou a afetar a comercialização americana.

Contestação - Na semana passada, durante reunião do Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra, os americanos pediram dados de volume e valores exportados via PEP nos últimos anos. "Esse pedido não veio à toa. Tem um objetivo claro de nos pressionar para, quem sabe, haver uma contestação na OMC. Podemos nem chegar a tal ponto, mas a pressão já está sendo forte", disse uma fonte do Ministério da Agricultura. Segundo ela, houve cerca de 240 avisos de PEP para exportação nos últimos quatro anos.

Excesso de milho - Apesar de o pedido de informação não ser uma novidade, existe no governo uma preocupação com o excesso de milho nesta safra. De acordo com o último levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve produzir um volume recorde de 76 milhões de toneladas em 2013 - 4 milhões a mais do que no ano passado. Em contrapartida, a estatal projeta uma queda nas exportações - de 22 milhões para 15 milhões de toneladas. Com isso, a expectativa é que os estoques de passagem cheguem a 15,5 milhões de toneladas.

Escoamento - Para enfrentar a questão, o governo cogitava realizar um leilão de PEP para o escoamento de 4 milhões de toneladas de Mato Grosso a um custo estimado em R$ 1 bilhão. Fontes disseram que a sugestão foi desencorajada pela própria Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

Preços mínimos - Em resposta a questionamentos anteriores, o Ministério da Agricultura explicou que o mecanismo serve apenas para cumprir a lei de Preços Mínimos, evitando o excesso de produto no país e a queda dos preços. No entanto, os Estados Unidos contestam os subsídios, sob o argumento de que o PEP representa uma ajuda financeira à exportação, garantindo um preço competitivo no exterior, o que seria proibido.

Documentação - O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, negou que exista preocupação dentro do governo com o pedido. "Não é a primeira vez que somos questionados nessa área e sempre provamos que não existe nada de errado. A preocupação real dos americanos não é com o milho e sim com o trigo e arroz, e estamos juntando a documentação para entregá-la na próxima reunião que será em Genebra no dia 26", afirmou Porto.

Total de leilões - O governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que, entre 2008 e 2010, foram realizados 43 avisos de PEP de milho, com negociação de 16 milhões de toneladas e subsídio de R$ 1,5 bilhão. Em 2011 e 2012 não foram realizados leilões de PEP para milho pelo fato de o grão estar acima dos preços mínimos. No caso do arroz, foram realizados 21 avisos de PEP entre 2010 e 2011, que movimentaram 1,6 milhão de toneladas e consumiram R$ 200 milhões. (Valor Econômico)

OMC: Benefícios fiscais serão discutidos em reunião, nesta segunda

As desonerações fiscais bilionárias anunciadas pelo governo Dilma Rousseff serão debatidas nesta segunda-feira (25/03) em reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), com parceiros comerciais do Brasil reclamando de discriminação contra produtores estrangeiros e elevando a pressão sobre Brasília. União Europeia (UE), Estados Unidos e Japão vão questionar o Brasil sobre as condições para obtenção de redução de impostos indiretos para vários setores da economia, durante a reunião periódica do Comitê de Mercadorias da OMC.

Alvo - O principal alvo é o programa Inovar-Auto, que prevê uma série de investimentos mínimos em produção local e desenvolvimento de tecnologia para as montadoras que quiserem ficar isentas de uma alíquota maior de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para parceiros industrializados, a exigência de conteúdo local para obter o benefício representa uma discriminação contra o produtor estrangeiro, o que poderia violar regras da OMC. Dessa vez, porém, os europeus, sobretudo, vão além do Inovar-Auto e questionam o conjunto das desonerações para os vários setores da economia, incluindo programas de infraestrutura em telecomunicações. Os parceiros afirmam não compreender a natureza de alterações de programas de muitos anos, incluídos por exemplo no Brasil Maior, e a implementação de outros.

Falta de clareza - A UE resolveu levar a questão a um comitê da OMC depois de reuniões com os ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores, onde a única coisa que ficou clara é que "nada é claro" sobre as desonerações, conforme uma fonte. O governo brasileiro insiste na tese de que o país adotou medidas compatíveis com os acordos comerciais internacionais. Lembra que a exigência de conteúdo local vem sendo atacada por países industrializados desde o ano passado, sem que nenhum país tenha até agora decidido abrir disputa contra o Brasil na OMC.

Discussões bilaterais - O plano de europeus e japoneses é, depois do questionamento na OMC, realizar discussões bilaterais com Brasília e, mais tarde, decidir se uma denúncia será levada à OMC. Se as discussões com o Brasil sobre taxação indireta na importação de carros fracassarem, o Japão pode acionar os juízes da OMC, confirmou uma fonte japonesa.

Agricultura - A pressão na OMC dessa vez vai passar também para o setor agrícola. Os EUA vão questionar o Brasil nesta terça-feira (26/03) no Comitê de Agricultura sobre programas domésticos de apoio a agricultores. Normalmente, é o Brasil que está do outro lado, procurando saber sobre subsídios dados por parceiros.

Junho - Os movimentos de parceiros antecedem o exame da política comercial brasileira prevista para junho na OMC. Não só a politica comercial, mas também - e cada vez mais - a política econômica é examinada de uma forma geral, nos debates com os países-membros, tendo como base um relatório dos economistas da OMC. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Grupos de concessão aplicaram menos que o previsto em obras

infraestrutura 25 03 2013Em 2012, os três principais grupos de capital aberto especializados em administração de rodovias deixaram de investir R$ 540 milhões em seus negócios. O número representa a diferença entre o que era previsto anteriormente e o que de fato foi concretizado durante o ano. Os números de EcoRodovias, CCR e Arteris (ex- OHL Brasil) mostram que, ao todo, a quantia "desembolsada" ao longo de 2012 foi 15% menor do que as estimativas feitas pelas próprias empresas um ano atrás.

Maior corte - O maior corte nos investimentos foi feito pela EcoRodovias, que cortou R$ 242 milhões (ou 32%) do orçamento. Entre os investimentos adiados, estão aportes da Ecovias, subsidiária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (que liga a capital paulista ao litoral do Estado).

Aditivos - A Ecovias investiu R$ 38,1 milhões no ano passado a menos que o previsto. No entanto, a empresa explica que a estimativa inicial para o ano incluía números de possíveis aditivos contratuais, ou seja, obras extras - que estavam em fase final de negociação entre empresa e governo do Estado. A assinatura dos aditivos só foi feita em novembro de 2012, após extensa negociação. Pelo fato de o contrato ter sido assinado só no fim do ano, a maior parte dos investimentos foi postergada para os anos seguintes.

Preço - A demora na liberação dos aditivos pelo governo deveu-se a uma discussão de preço, segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A agência diz que a companhia reivindicava uma taxa interna de retorno de projeto de 20,59% - como nos contratos originais, firmados nos anos 90.

Taxa final - Após negociação, a taxa final para as novas obras foram acordadas em menos da metade: 9,1%. Entre os novos investimentos, está a ampliação do trevo de interseção da Anchieta (SP 150) com a Cônego Domênico Rangoni (SP 55) e a implantação de faixas adicionais na SP-55. "Entregaremos no prazo, em setembro de 2014", diz Marcelino Rafart de Seras, presidente da EcoRodovias. Em relação ao contrato original, a Ecovias não tem pendências, de acordo com a Artesp.

Custos - A CCR é outra companhia que cortou custos em 2012. No total, foram investidos R$ 1,13 bilhão pela companhia durante o ano. O número é 20%, ou R$ 293 milhões, menor do que o inicialmente estimado. Houve postergação de obras principalmente da subsidiária ViaLagos. A empresa, que administra a RJ-124 (Rodovia dos Lagos, no Rio de Janeiro), investiu R$ 6,5 milhões em 2012 - ou 74% menos que o previsto. A Rodonorte, que administra rodovias no Paraná, investiu R$ 53 milhões no ano - ou 67% menos que o previsto.

Investimentos - A CCR também "cortou" 43% dos investimentos inicialmente previstos no Rodoanel, em São Paulo, além de 89% dos investimentos previstos na ViaQuatro - concessionária da Linha 4-Amarela do metrô paulistano. O grupo, controlado por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido não conseguiu um porta-voz até o fechamento desta edição. No entanto, em um comunicado da assessoria de imprensa, a empresa informou que "o valor divulgado no começo de cada ano é uma estimativa que está sujeita a uma série de condições para ser realizada, como autorizações e aprovações dos projetos pelos poderes concedentes e a liberação de licenças ambientais, entre outras".

Cronograma intensivo - Já a Arteris, que sofre críticas por não ter entregado obras importantes nas rodovias administradas, agora cumpre um cronograma intensivo de investimentos. Em 2012, "desembolsou" R$ 1,24 bilhão, praticamente o que estava previsto (R$ 1,25 bilhão). Outra companhia aberta especializada em rodovias, a Triunfo, não havia fornecido previsão de investimentos para 2012. Os dados do texto foram reunidos pela equipe de economistas do Valor Data. (Valor Econômico)

INOVAÇÃO: Oportunidades ganham ponte virtual

Com a ideia de aproximar necessidades e oportunidades em universidades, empresas, centros de promoção de empreendedorismo e incubadoras, a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior deu início a uma plataforma virtual que busca conectar diferentes ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Paraná através de um software.

Lançamento - Batizado de Parque Tecnológico Virtual do Paraná, o projeto está sendo lançado em eventos ao longo deste fim de março e início de abril. Ele será ancorado pelas sete universidades públicas estaduais paranaenses. Esses “polos de desenvolvimento”, que usarão a estrutura das instituições de ensino e não demandam contratação adicional de pessoal, irá coordenar as ações nas suas regiões de influência. As ações do parque serão harmonizadas a partir do Instituto Tecnológico do Paraná, tornando a esfera pública o “amarrador” da formação de conhecimento e tecnologia. “Costuma-se dizer que o desenvolvimento se dá a partir de uma tripla hélice, formada pela academia, o setor produtivo e o apoio do governo”, explica Alípio Leal, secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Arranjos locais - Na semana passada, o projeto foi apresentado em Jacarezinho, em um dos campus da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Em seguida, será a vez de Ponta Grossa (no dia 27) e Curitiba (2 de abril). A entrada da proposta em diversas regiões do Paraná aponta para o desenvolvimento de projetos em diversas áreas. Segundo o secretário, os investimentos estarão correlacionados aos arranjos produtivos locais. “Nas regiões em que a agropecuária e a agroindústria são fortes, a inovação se dá em um determinado perfil. Temos ainda regiões inclinadas à indústria metal-mecânica e desenvolvimento de energias renováveis. É uma forma de aproveitar a vocação da natureza de um modo que não havia sido pensado antes”, diz.

Funcionamento - No software, que está em fase final de desenvolvimento, o participante informará vários dados sobre o projeto que está sendo desenvolvido, desde o perfil geral até os ativos disponíveis, presença de investidores, linhas de crédito disponibilizadas e qualquer recurso obtido ou desejado. O objetivo é que os participantes somem esforços e consigam suprir carências mútuas. O empurrão inicial vai ser dado com a ajuda das entidades de indústria, comércio e agricultura, que, por meio do Sistema S, podem identificar potenciais entre os associados. A secretaria acredita que começará a ter os primeiros resultados palpáveis a partir do segundo semestre deste ano.

Polos de desenvolvimento - Sete universidades estaduais ancoram o projeto, cujas estruturas serão utilizadas pelos polos de desenvolvimento. Isso fará com que não seja necessária contratação adicional de pessoal, além de a instituição coordenar as ações nas suas regiões de influência. (Gazeta do Povo)


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