INFRAESTRUTURA: Inclusão de Paranaguá no Programa Porto 24 horas contempla pleito do setor produtivo
O Porto de Paranaguá deve operar 24 horas por dia, em fase de experiência, a partir de 3 de maio e, de forma definitiva, a partir do dia 6 do mesmo mês. A medida faz parte do Programa Porto 24h, lançado pelo Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, na sexta-feira (19/04). Trata-se de uma ferramenta que fará parte do Sistema de Inteligência Logística, desenvolvido pela Secretaria de Portos (SEP), para desburocratizar o sistema portuário nacional. A notícia foi bem recebida por representantes do setor produtivo paranaense. Em ofício encaminhado pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, à ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, ainda na sexta-feira, ele lembrou que o funcionamento ininterrupto do Porto de Paranaguá foi um dos pleitos apresentados ao governo federal pelas entidades que integram o G-7, durante audiência realizada no gabinete da ministra, no último dia 27 de março, que teve ainda a presença do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo. “Dessa forma, em nome do sistema cooperativista paranaense, nós agradecemos à ministra pelo pronto atendimento a esta importante reivindicação e que, com absoluta certeza, dará uma maior agilidade de embarque e desembarque nos portos brasileiros, em especial em Paranaguá”, acrescentou Koslovski.
O programa - O novo programa lançado pelo governo federal prevê que as equipes de fiscalização dos diversos anuentes do sistema – como Anvisa, Vigilância Sanitária, Polícia Federal, Ministério da Agricultura, entre outros – estarão em plantão eletrônico durante sete dias na semana e 24 horas por dia, para liberação de cargas, embarcações e veículos nos portos. O Porto 24h irá integrar as ações do programa Porto Sem Papel, Carga inteligente e VTMS. A implementação destes sistemas faz parte da cartela e investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da ordem de R$ 800 milhões.
Caráter experimental - O projeto passou a funcionar, em caráter experimental, a partir desta sexta-feira nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória. A partir do dia 22 de abril, estes portos deverão funcionar 24 horas permanentemente. A partir do dia 3 de maio, o programa entra em funcionamento em Paranaguá, Suape, Rio Grande, Itajaí e Fortaleza, tendo que funcionar 24 horas por dia em caráter permanente a partir do dia 6 de maio. Estes portos foram definidos dentro das discussões da Conaportos, levando em consideração a representatividade no volume de carga e veículos, bem como do amadurecimento das integrações tecnológicas já implementadas.
Projeto - A SEP iniciou, em 2010, o desenvolvimento e implantação de um conjunto de projetos denominados de Inteligência Logística Portuária, que envolve ações para redução de burocracia com intensa utilização de tecnologia de informação nos processos de liberação de veículos e cargas nos portos, o que permitirá a sincronização do fluxo de cargas, para evitar filas e congestionamento no porto.
Evolução - O conceito de Porto 24 horas é uma evolução da aplicação de todos esses projetos, ou seja, as equipes de fiscalização dos diversos anuentes estarão de forma integrada eletronicamente, em plantão durante sete dias na semana e 24 horas por dia para liberação de cargas, embarcações e veículos nos portos. O objetivo do Porto 24 horas é melhorar o desempenho das operações de movimentação de carga, tanto nas importações, quanto nas exportações, e das operações nos locais de estocagem na retroárea dos portos, com a redução do tempo e consequente redução dos custos dos serviços, o que acarretará em ganhos efetivos da capacidade operacional em curto prazo. Hoje, estes anunentes obedecem a um horário comercial, salvo as emergências.
Redução de custos - Com a implementação do Porto 24h, está previsto a redução de custo em média de 25%. Todos os diagnósticos já levantados pela SEP, inclusive em parceria com atores mundiais (Cingapura, Valência, Rotterdam, EUA, Alemanha, Bélgica etc), demonstram que os principais custos envolvidos em operações logística ineficientes estão associados a atrasos de liberação por falta de capacidade logística, que geram filas e imobilizam ativos como navios, trens, caminhões e mesmo infraestruturas que ficam ociosas aguardando procedimentos burocráticos. Os ganhos no aumento da agilidade e eficiência portuária se refletem na maior competitividade do país, seja nas exportações e importações, seja na transferência interna de mercadorias, com reflexos no preço final dos produtos aos consumidores.
Adequação - Os custos de adequação das atividades de fiscalização dos órgãos anuentes ao porto 24h correrão por conta de cada um desses órgãos fiscalizadores. Os órgãos/entidades que serão envolvidos no Porto 24 horas são Secretaria de Portos (SEP), Ministério do Planejamento, Casa Civil, Marinha do Brasil, Polícia Federal, Vigilância Agrícola do Ministério da Agricultura, Anvisa, Receita Federal e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A Coordenação da implantação do Porto 24 horas se dará por meio da Conaportos, que é Coordenada pela Secretaria de Portos – SEP. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - Appa)
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INFRAESTRUTURA II: MP dos Portos com 137 emendas será discutida nesta terça
É nesta terça-feira (23/04) que o tão aguardado relatório da comissão especial do Congresso sobre a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, será votado. E em cima da hora. Tendo ainda de passar pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, a MP está próxima de perder a validade, no dia 16 de maio. Das mais de 600 emendas feitas por parlamentares, 137 passaram e foram acrescentadas pelo relator, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), ao texto.
Mudanças - Entre as mudanças estão pontos sobre os quais o governo federal não admitia, até agora, mudar uma vírgula. É o caso da delegação de licitações e obras para as administrações estaduais dos portos públicos. A maioria dos estados, inclusive o Paraná, pediu a suas bancadas que tentassem recuperar ao menos uma parte da autonomia das administrações locais, argumentando que a centralização de todos os processos em Brasília, nas figuras da Secretaria dos Portos e na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), trancaria os projetos em andamento e as concessões recentemente anunciadas.
Editais - Onze editais publicados ou a publicar para projetos executivos de reformas e ampliações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), por exemplo, estariam correndo o risco de não serem executados. O texto de Braga acaba por permitir, no entanto, que a União delegue a estados e municípios a decisão de licitar portos e tocar o processo.
Declaração - A mudança no documento veio apenas dois dias depois de a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reforçar uma declaração anterior do ministro dos Portos, Leônidas Cristino, dizendo o governo era contra a autonomia dada às Companhias Docas para realizar licitações, porque o modelo teria se mostrado fracassado, já que em dez anos apenas 11 licitações para arrendamento de novas áreas foram realizadas.
Renovação - Outra mudança polêmica proposta por Braga está relacionada à renovação dos contratos portuários vigentes. Ele tentou uma solução intermediária entre os pedidos do empresariado e a negativa total do governo federal em relação ao tema. Pelo texto, o governo poderá autorizar renovações, analisando caso a caso. Para os contratos antigos – aqueles firmados antes da Lei dos Portos de 1993, tida como o marco regulatório do setor antes da MP dos Portos – o prazo mínimo seria de cinco anos, sem a obrigação de investir. Os empresários queriam dez anos como prazo mínimo para os acordos antigos e a renovação automática para os mais novos, por mais 25 anos, conforme prevê a antiga lei de 1993.
Garantia - O relator, contudo, não garantiu que seu texto tenha aprovação total do governo e não será vetado. O acordo até agora é que os debates em torno do documento ocorram na próxima terça-feira, dia 23 de abril, e a votação da comissão seja realizada apenas na tarde quarta-feira, dia 24 de abril. (Agência Estado)
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SESCOOP/PR: Novos agentes de desenvolvimento são capacitados em Curitiba
Dezenove profissionais de 14 cooperativas paranaenses estão participando, nesta segunda e terça-feira (22 e 23/04), do Fórum de novos agentes de Desenvolvimento Humano (DH) e de Desenvolvimento e Autogestão (DA), promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O evento foi aberto pelos gerentes de DH e DA do Sescoop/PR, Leonardo Boesche e Gerson José Lauermann, respectivamente. “O Sescoop tem o propósito de promover o desenvolvimento das cooperativas e o treinamento do público ligado ao setor faz parte desse processo. Mas é preciso que esse trabalho seja feito de forma assertiva, já que o Sescoop é mantido com recursos públicos, que precisam ser utilizados da melhor forma possível”, disse Boesche. Ele ressaltou ainda que o curso deve contribuir para que os participantes conheçam o funcionamento das duas gerências, de DH e DA, que estão atuando de forma integrada visando fornecer apoio necessário no atendimento às demandas das cooperativas do Paraná.
Responsabilidade – Gerson José Lauermann destacou a importância do trabalho realizado pelos agentes de DH e DA, diante dos resultados alcançados pelo cooperativismo. “As cooperativas têm obtido crescimento fantástico. Somente no ano passado foram mais de R$ 38 bilhões em faturamento, contribuindo para incrementar a economia do Paraná. Não imaginávamos que iríamos chegar a tanto. Fazemos parte de um movimento extraordinário mas isso aumenta a nossa responsabilidade. Por isso, esperamos que vocês aproveitem ao máximo o conteúdo desse curso”, disse o gerente de DA do Sescoop/PR.
Agentes – Atualmente há no Paraná cerca de 230 agentes de desenvolvimento no Paraná, dos quais 160 de DA e 70 de DH. Nesta segunda e terça, os novos agentes serão orientados pelos analistas de DH do Sescoop/PR, Fernando Mendes e Camila Yamasaki, pelo analista de DA, Carlos Eduardo de Sousa Nunes, e pelo analista técnico especializado, Anderson Lucas Helpa. Eles vão receber informações sobre o Sistema Ocepar e a respeito de suas atribuições na função de agentes. Haverá ainda a apresentação do novo Sistema de Desenvolvimento Humano; do Sistema Auto Gestão e do Plano Estratégico de Desenvolvimento Cooperativo (PEDC). No final da tarde desta segunda, os novos agentes participam da reunião do Comitê de Análise de Projetos.
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APAS 2013: Paraná é um dos Estados com maior número de expositores
De 6 e 9 de maio, o Expo Center Norte, em São Paulo, recebe o maior encontro do setor de supermercados do mundo, a APAS 2013 – 29º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados. Entre os mais de 550 expositores presentes na feira, o Estado do Paraná figura entre os grandes destaques do evento, trazendo mais de 40 empresas, entre elas a Cocamar. A promoção é da Associação Paulista de Supermercados. “O Paraná possui uma representatividade importante, pois concentra grandes indústrias. Na Feira, os empresários terão a oportunidade de fazer muitos negócios”, explica Ronaldo dos Santos, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS) e diretor da Feira APAS.
Divulgar - Tradicional participante, a Cocamar vai divulgar a sua extensa linha de produtos que inclui óleos de soja, milho, girassol e canola, café torrado e moído, café gourmet, cappuccinos, bebida à base de soja adicionada com café e diversos outros sabores, néctares de frutas, maioneses, catchup e mostarda, álcool doméstico nas formas líquidas e gel, chás e farinha de trigo. O varejo, que atingiu R$ 600 milhões em negócios no ano passado, responde por parcela importante do faturamento global da cooperativa, que foi de R$ 2,363 bilhões. “A Feira faz parte da estratégia da Cocamar de chegar a R$ 1 bilhão em vendas nesse setor até 2015”, afirma o superintendente de Negócios, José Cícero Aderaldo.
Visitantes - São esperados 70 mil visitantes entre empresários do setor e executivos do varejo de todo o país e do exterior durante os quatro dias do evento. Serão ao todo 68 mil m² de área de exposição. A APAS estima gerar negócios da ordem de R$ 5 bilhões. (Imprensa Cocamar, com informações da APAS)
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PROVA TIRADENTES I: Atleta patrocinada pelo Sicredi chega entre as primeiras
Patrocinada pelo Sicredi, a corredora Tatiele Roberta de Carvalho foi a atleta brasileira que conseguiu a melhor classificação na 39ª Prova Rústica Tiradentes, promovida no domingo (21/04), em Marin, noroeste do Estado. Os três primeiros lugares ficaram, respectivamente, com competidoras da Tanzânia, da Etiópia e do Quênia. Tatiele, de 23 anos, repetiu o desempenho que teve no final de 2012 na Corrida de São Silvestre, em São Paulo, quando foi também a primeira brasileira a ultrapassar a linha de chegada. Segundo ela, as atletas africanas são muito bem preparadas e a participação de corredoras de nível tão alto coloca a Prova Rústica Tiradentes entre as mais difíceis e importantes do País. Além da corredora, a Sicredi União PR foi representada na competição por um grupo de colaboradores habituados a essa modalidade. A Prova tem 10km de circuito pelas ruas centrais da cidade. (Imprensa Sicredi União PR)
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PROVA TIRADENTES II: Unimed Maringá promove várias ações
A participação da Unimed Maringá abrilhantou ainda mais a 39ª Prova Rústica Tiradentes, uma das mais importantes corridas de rua do País, realizada no domingo (21/04), em Maringá. Entre as principais patrocinadoras, a cooperativa se fez presente no evento de várias maneiras e com ações diversas. Além de ser representada na pista por um grupo de corredores formado por médicos cooperados e colaboradores, a empresa instalou um estande no local de concentração dos atletas, onde fez a distribuição de frutas e água. Ao final da prova, disponibilizou massagistas no estande, que atenderam a dezenas de competidores. Ao mesmo tempo, como faz todos os anos, a Unimed colocou ambulâncias e profissionais de atendimento em pontos estratégicos do circuito, que teve a extensão de 10km. Para completar, distribuiu brindes ao público.
Visibilidade - “É um evento que possibilita grande visibilidade para a marca”, comenta Mirna Bevilaqua, gerente de Mercado da cooperativa, lembrando que realizações como esta atendem ao objetivo de incentivar junto ao público a prática de esportes como forma de adotar hábitos mais saudáveis. Dentre os milhares de inscritos, lembra, a grande maioria foi formada de atletas amadores - pessoas de várias idades que correram apenas pela satisfação de participar.
Participação - Promovida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e 4ª Batalhão de Polícia Militar, a Prova Rústica Tiradentes conta todos os anos com a presença de atletas de vários Estados e do exterior. A edição deste ano, com número recorde de participantes, foi vencida por competidores da Tanzânia tanto na categoria masculina quanto na feminina. (Imprensa Unimed Maringá)
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COPAGRIL: Cota capital começa a ser repassada aos associados
No último dia 17 de abril, a Copagril iniciou a entrega das cotas capitais. Em encontro realizado no centro administrativo da cooperativa, em Marechal Cândido Rondon, oeste do Estado, 11 associados com mais de 75 anos foram convidados a receber a cota representando todos os outros que terão direito. Serão, ao todo, 987 pessoas.
Benefícios - De acordo com o diretor-presidente, Ricardo Silvio Chapla, alguns dos associados convidados para a entrega fazem parte da cooperativa desde os primeiros anos, ou seja, há aproximadamente 40 anos. O presidente também ressaltou as vantagens de fazer parte de uma cooperativa, citando o recebimento das cotas como exemplo, além dos benefícios para a região. “Todo o dinheiro investido na Copagril, os recursos que a gente recebe, fica aplicado aqui, não vai para outras cidades”, declarou.
Grupos - No total, serão pagos R$ 1.705.839,20, divididos em três grupos. O primeiro é dos "associados jubilados", aqueles que possuem mais de 65 anos e são associados há mais de 15. Para eles, serão entregues R$ 550.289,31. Os 352 "pós jubilados", que têm 75 anos ou mais, já tiveram retorno das cotas, mas continuam associados e integralizando as cotas partes, receberão R$ 791.309,50. O restante, R$ 364.240,39, será repassado aos produtores que se desassociaram ou aos cônjuges ou familiares de associados falecidos.
Valor - O valor a ser repassado para cada pessoa varia conforme as atividades e negócios mantidos durante pelo menos 15 anos de associativismo, seja em atividade agrícola ou pecuária. "Este dinheiro pode virar um incremento na aposentadoria, pode ser usado para investir em saúde, qualidade de vida, ou nas próprias atividades rurais. Alguns ainda preferem usar para fazer uma bela viagem em família, por exemplo. Espero que todos possam fazer um bom proveito”, concluiu Ricardo Chapla. (Imprensa Copagril)
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COODETEC: Tecnologia é levada para o Mato Grosso
Terminou na quinta-feira (18/04), a 6ª edição da Parecis SuperAgro, um dos mais importantes eventos agrícolas do Mato Grosso. A feira, que ocorreu em Campo Novo do Parecis/MT, reuniu as últimas novidades do agronegócio. A Coodetec participou, mais uma vez, demonstrando todo o potencial das cultivares e híbridos CD. Ao todo, a cooperativa apresentou nove cultivares de soja e seis híbridos de milho. Para os sojicultores, não faltaram opções. “Quem passou pelo estande conferiu de perto nossos últimos lançamentos. Temos soja convencional e com as tecnologias RR e Intacta RR2 PRO™. São cultivares que atendem as necessidades de diversos ambientes. Os três lançamentos convencionais (CD 2800, CD 2840 e CD 2860), por exemplo, possuem resistência ao nematoide de Cisto”, explicou uma das responsáveis pelo setor de desenvolvimento de produto, Juliana Soupinski.
Destaque - O grande destaque para a região, em soja, é a cultivar CD 2737RR. Esta variedade é superprecoce, possui ampla adaptação, tipo de crescimento indeterminado e é resistente aos nematoides de cisto (raças 3 e 14). Para as lavouras de milho, a Coodetec apresentou híbridos com tecnologias Hx e VTPRO, além dos convencionais. A novidade, que tem chamado a atenção, é o híbrido CD 3715PRO, que possui ótimo peso de grãos, elevado potencial produtivo, sanidade e boa tolerância ao acamamento e quebramento. No Mato Grosso, a Coodetec também estará no Encontro Nacional de Tecnologias e Safras – Entec$. O evento, marcado para os dias 21, 22, 23, e 24 de maio, trará algumas das novidades apresentadas na Parecis SuperAgro, além de outros lançamentos CD. (Imprensa Coodetec)
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COCAMAR: Governo paulista divulga o programa para fomentar sistema de integração
Na última sexta-feira (19/04), o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, foi um dos principais convidados ao dia de campo sobre integração lavoura e pecuária promovida na Fazenda Ybyete-Porã em Rancharia, região de Presidente Prudente (SP). Na oportunidade, o governo paulista fez a divulgação do programa Integra SP, criado especialmente para fomentar o sistema.
Apresentação - Num evento organizado pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) que reuniu os principais especialistas do assunto no País e contou com a presença da secretária de Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Estado de São Paulo, Monika Bergamaschi, o presidente da Cocamar fez uma apresentação a cerca de 500 convidados sobre o trabalho realizado desde meados da década de 1990 pela cooperativa na região noroeste do Paraná, onde o solo é arenoso.
Resultados - Segundo Lourenço, o Paraná tem condições de agregar mais de 2 milhões de hectares de áreas – hoje ocupadas por pastagens degradadas – ao processo produtivo. “Os resultados têm sido excelentes. Na última safra de soja, um produtor de Umuarama, em pleno arenito, alcançou produtividade melhor que os agricultores da região de Maringá”, frisou. Ele disse também que há tecnologia pronta e uma equipe bem preparada na cooperativa para orientar os produtores.
Revolução verde - Para o pesquisador da Embrapa, João Klutcouski, a integração mostra que o Brasil “pode ser o cenário de uma segunda revolução verde”. De acordo com ele, o país possui cerca de 100 milhões de hectares de pastos degradados que podem ser aproveitados na exploração desse sistema. Klutcouski, mais conhecido como João “K”, disse ter ficado entusiasmado, há alguns anos, quando conheceu a Fazenda Ybyetê-Porã. “Os resultados obtidos pela propriedade mostram que o solo arenoso do oeste paulista, ao contrário do que muitos pensam, pode também produzir soja e ter uma pecuária moderna.”
Com 259 alqueires, a Fazenda pertence ao agrônomo Ednaldo Mathias e mantém há mais de dez anos lavoura de soja altamente produtiva e também pecuária no verão, mantendo somente pecuária no inverno, distribuída em sistema de piquetes. “Não há mais espaço para o produtor que não seja profissional”, ressaltou Mathias.
Potencial - Segundo a secretária Monika Bergamaschi, o Estado de São Paulo possui mais de 7 milhões de hectares de solos arenosos, dos quais 80% destinados a pastagens de baixo retorno econômico. Para fomentar o seu aproveitamento com a integração, o governo paulista instituiu o programa “Integra SP” que prevê a destinação de recursos a custos subsidiados com prazo de pagamento de até 12 anos. (Imprensa Cocamar)
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LAR: Eleito o Comitê Educativo Central para o biênio 2013/2014
O Comitê Educativo Central da Cooperativa Lar promoveu uma reunião, no dia 19 de abril, com todos os eleitos para os cargos de coordenador (a) e secretário (a) dos comitês de jovens e feminino, cuja eleição ocorreu entre os meses de fevereiro e março. Os dois comitês têm especial atenção da cooperativa, por representarem o crescimento e o desenvolvimento da família associada. Trabalhos específicos, reuniões, cursos, viagens técnicas e outras atividades fazem parte da agenda e o coordenador (a) tem assento à mesa do Conselho de Administração em todas as reuniões ordinárias, sendo um canal de comunicação da cooperativa com o grupo trabalhado e igualmente ser o representante de anseios e satisfações do grupo na mais alta esfera, o Conselho de Administração. (Imprensa Lar)
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COAMO: Empreendedoras e gestoras de negócios de CM lançam projeto na cooperativa
O projeto “Histórias que Surpreendem... Visitas que Aprendem” idealizado pela Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Campo Mourão e Região (Cemeg) foi iniciado, na manhã desta segunda-feira (22/04), com evento na administração central Coamo, em Campo Mourão. O lançamento do projeto aconteceu com palestra do presidente da cooperativa, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini que, na oportunidade, contou às mais de trinta participantes, um pouco da sua experiência de vida, pessoal e profissional como idealizador e presidente da maior cooperativa da América Latina.
Apoio - O novo projeto da Cmeg/Campo Mourão tem o apoio do Sistema Fecomércio / Sesc / Senac e do Sindicato Empresarial do Comércio Varejista de Campo Mourão e Região, com o objetivo de oportunizar as associadas visitas técnicas rápidas, dentro do próprio Município, às empresas e outras instituições que se constituem em exemplos de sucesso. A intenção, segundo os organizadores é motivar, indicar caminhos, apontar oportunidades, promover integração e ampliar o olhar empreendedor das associadas a Câmara da Mulher.
Exemplos - De acordo com a presidente da Câmara da Mulher Empreendedora, Edilaine Maria de Castro o projeto propicia exemplos e referências às participantes. “É uma forma de encorajar as nossas empresárias que, assim vão adquirir novos conhecimentos e ampliar a capacidade de gestão empresarial”, explica. Ela ressalta a importância do encontro com o presidente da Coamo, Aroldo Gallassini . “ Doutor Aroldo é um líder empresarial de destaque não apenas no Paraná, mas no Brasil e no mundo. A Coamo, que surgiu há mais de quatro décadas de um sonho de um pequeno grupo de agricultores, hoje tem forte atuação no mercado nacional e internacional, destacando-se pelos resultados alcançados e o profissionalismo do seu comando”, acrescenta Edilaine de Castro.
Participação feminina - Para Nelson José Bizoto, presidente do Sindicato Empresarial, é importante destacar a participação da mulher e também conhecer histórias de sucesso, como na estreia com o exemplo da cooperativa fundada há 43 anos em Campo Mourão. “A Coamo é uma empresa de sucesso e tradicional na cidade, conhecida no Brasil e no mundo , que é motivo de orgulho para todos. Por isso, começamos pela Coamo esse fantástico projeto empreendedor", revela.
Homenagem - O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, antes da sua apresentação recebeu homenagem da Câmara da Mulher Empreendedora pela sua jornada de sucesso como empreendedor de sucesso. No certificado está descrito o motivo da homenagem: “Pela relevante jornada de sucesso que constrói em nossa cidade, sendo referência de empreendedorismo, superação, eficácia e competência.” Ele destaca a alegria pelo reconhecimento surpresa recebido na manhã desta segunda-feira. "Para nós é um orgulho ter esta homenagem, a qual partilho com todos os cooperados, diretoria e funcionários, é mais uma prova da participação da Coamo na comunidade ao longo desses anos todos ”, comemora , acrescentando que "é uma oportunidade que temos de apresentar neste evento com as empresárias, o que a Coamo faz e tem como missão, sendo um empresa também voltada para a comunidade. É um orgulho para nós contarmos um pouco dessa história e nós traz alegria dizer para elas que estamos à disposição para essas visitas tanto na administração quanto na indústria”, ressalta. (Imprensa Coamo)
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SICREDI: CNDL concede Prêmio Mérito Lojista Brasil 2012
O Sicredi obteve o reconhecimento de lojistas, empresas e entidades ligadas ao varejo com o Prêmio Mérito Lojista Brasil 2012, na categoria Serviços, segmento Banco Cooperativo. A distinção, promovida pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) desde 1980, foi entregue na última quinta-feira à noite (18/04), em Brasília.
Escolha - Os vencedores, instituições que mais se destacaram na promoção do desenvolvimento do varejo nacional, foram escolhidos durante a 53ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, realizada em Natal (RN). A partir de uma pesquisa espontânea sem indicação de marcas, os associados apontaram a empresa que melhor presta serviço ao seu negócio, levando em conta a qualidade do produto oferecido, preço, atendimento, promoção e propaganda. Considerado o “Oscar do Varejo”, o prêmio é realizado pela Confederação há 34 anos.
Soluções financeiras - Segundo Paulo Valadares Pereira, superintendente de Distribuição e Core Bancário do Banco Cooperativo Sicredi, que representou a instituição no evento, o prêmio demonstra a preocupação do Sicredi em investir constantemente em soluções financeiras que melhor atendem as necessidades dos associados. “É resultado também de um atendimento diferenciado, focado na proximidade, e um modelo de gestão financeira que respeita a individualidade de cada sócio e, ao mesmo tempo, valoriza o desenvolvimento mútuo”, complementa Valadares.
Nona vez - Esta é a nona vez consecutiva em que o Sicredi recebe o Prêmio Mérito Lojista Brasil na categoria Serviços. (Imprensa Sicredi)
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SICREDI VALE DO PIQUIRI: Cooperativa é parceira do Programa Mulher Atual
O Programa Mulher Atual foi lançado na manhã da última quinta-feira (18/04), na sede do Sindicato Patronal de Terra Roxa e tem como objetivos discutir temas da atualidade, sempre relacionando com a visão da mulher, seu papel na sociedade e posicionamento. “É sempre importante estar atenta aos temas atuais e buscar um posicionamento diante de tudo o que acontece. Acredito que o Programa irá nos auxiliar nestes pontos”, diz a gerente da unidade da Sicredi Vale do Piqurir em Terra Roxa, Elisangela Mancini. O Programa Mulher Atual acontecerá em 10 encontros e é realizado em parceria entre Sindicato Rural, Senar e Sicredi. Os encontros estão marcados para as quintas-feiras, nas dependências do Sindicato Patronal e encerram no mês de julho. Mais informações podem ser obtidas com as instituições parceiras. (Imprensa Sicredi Vale do Piquiri)

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MEIO AMBIENTE: Paraná vai incinerar 400 toneladas de agrotóxicos proibidos
O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, entregou para incineração, na sexta-feira (10/04), em Contenda, 400 toneladas de agrotóxicos proibidos que foram recolhidos em duas mil propriedades rurais no Paraná, por meio do Projeto de Obsoletos (de recolhimento de agrotóxicos). O projeto, inédito no Brasil, é uma parceria entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), entidade sem fins lucrativos criada para gerir a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos no país.
Total - Com esta nova carga de agrotóxicos, o Paraná totaliza a retirada de 1,2 mil toneladas do produto do meio ambiente desde 2009 - apenas na primeira fase do Programa. Entre os mais conhecidos está o Hexaclorobenzeno (BHC), usado por muitos anos nas lavouras de café e algodão do Paraná e proibido em 1985 por causar câncer e contaminar o solo e os lençóis d'água.
Incineração - Os agrotóxicos recolhidos serão transportados para incineradoras industriais licenciadas, localizadas em São Paulo. “Não é possível falar em sustentabilidade da propriedade rural diante do perigo da contaminação do BHC para a saúde humana e para o meio ambiente. O Governo do Estado demonstra preocupação com os agricultores e suas futuras gerações”, afirmou o secretário.
Parceria - Para ele, o sucesso das ações se deve a uma grande parceria que vai desde a identificação, localização, recolhimento, transporte até a incineração dos agrotóxicos obsoletos. O programa compreende ações do Instituto das Águas do Paraná – autarquia da Secretaria do Meio Ambiente; a Secretaria da Agricultura, Emater, Ocepar e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Legislação - Com a identificação da existência de produtos, foi aprovada a Lei Estadual 7953\09 estabelecendo que pessoas físicas e jurídicas possam declarar - sem risco de multa - ao Instituto das Águas a guarda de agrotóxicos proibidos pela legislação brasileira. O secretário Cheida é o autor da Lei Estadual (como deputado).
Declaração - Amparados pela lei, os agricultores declararam que mantinham esses venenos, informando o local e a quantidade. À Secretaria coube o papel de recolhê-los. A incineração do material é financiada pelo Inpev. “Queremos acabar com esse passivo ambiental sem problemas na manipulação e transporte dos agrotóxicos pelos agricultores”, enfatizou o presidente do Inpev, João Cesar Meneguel Rando.
Primeiro ciclo - Ele disse que o Instituto comemora o encerramento deste primeiro ciclo de um Programa pioneiro e que será usado como modelo no Brasil. “O Paraná foi o primeiro estado onde realizamos esta ação que poderá ser replicada no Brasil”, afirmou Rando. O presidente do Inpev conta que os resultados não são constatados apenas no campo, mas também na maturidade dos agricultores em relação à questão ambiental. “Os agricultores paranaenses atingiram um nível de conscientização que nos permite solucionar um problema de saúde pública e de preservação ambiental. Sem dúvida o projeto é modelo para país”, disse João Rando.
Nova fase - A partir desta segunda-feira (22/04), o “Projeto de Obsoletos” entra em nova fase. O objetivo é dar mais uma chance aos agricultores que ainda mantêm produtos armazenados em suas propriedades. O prazo para a declaração e localização dos agrotóxicos vai até agosto deste ano. Após a declaração, os agricultores cadastrados receberão orientações e kits de segurança personalizados contendo sacos de acondicionamento, folhetos explicativos sobre os procedimentos da operação e informações sobre os locais para a devolução. Será fornecida no ato da devolução, nos armazéns temporários, uma certidão atestando que os produtos foram devidamente entregues ao Governo do Estado e que os envolvidos estão isentos de responsabilidades. (Agência de Notícias do Paraná)
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MILHO I: Safrinha brasileira pode superar 41,5 milhões de toneladas em 2013
O Brasil poderá colher 41,556 milhões de toneladas de milho na segunda safra de milho 2013, popularmente conhecida como safrinha, volume recorde e que supera as 37,976 milhões de toneladas registradas em 2012. Os números fazem parte da mais recente estimativa do Instituto de Pesquisas Agroeconômicas Safras & Mercado, divulgada na sexta-feira (19/04).
Incremento - De acordo com o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, a produção esperada para este ano leva em conta a expectativa de incremento de 10,3% na área, que deve alcançar 7,681 milhões de hectares, ante os 6,963 milhões de hectares cultivados na segunda safra de 2012. "Esse avanço de área será puxado pelos estados de Goiás e Mato Grosso, que ampliarão o cultivo de milho em 35,5% e 15,1%, respectivamente, frente à segunda safra 2012", pontua Molinari.
Produtividade média- Safras & Mercado trabalha com uma expectativa de produtividade média para a safrinha 2013 de 5.410 quilos por hectare, ficando abaixo da obtida na segunda safra do ano passado, de 5.453 quilos por hectare.
Mato Grosso- Molinari chama a atenção também para a expectativa de avanço da produção em Mato Grosso, que deverá colher 16,444 milhões de toneladas de milho, ante as 14,492 milhões de toneladas colhidas na segunda safra 2012. "O estado deve seguir liderando a produção de milho safrinha no país, à frente do estado do Paraná, que deve colher 11,618 milhões de toneladas de milho", avalia. (Safras & Mercado)
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MILHO II: Expedição “tira a limpo” produção do cereal
Depois de atingir o pico com as exportações de milho ano passado, o Brasil volta a ampliar suas apostas no cultivo da segunda safra do cereal, colhida no inverno. No ciclo atual, porém, as perspectivas impõem um desafio ao país: como manter as vendas externas num ano em que os principais produtores e fornecedores globais do grão voltarão ao mercado internacional. O assunto está na pauta da Expedição Milho Brasil 2013, um projeto idealizado pelo núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo e que vai rodar os cinco principais estados produtores do grão a partir desta segunda-feira (22/04). Técnicos e jornalistas vão a campo para conferir o potencial produtivo das lavouras de inverno e todas as variáveis que impactam a cadeia. O lançamento da Expedição Milho Brasil 2013 aconteceu de manhã, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato). A viagem pode ser acompanhada pelo site www.agrogp.com.br.
Levantamento preliminar - Um levantamento preliminar realizado pela Expedição Safra Gazeta do Povo durante o verão indica que o país tem potencial para retirar do campo 37,3 milhões de toneladas de milho na segunda safra. O volume supera a tradicional produção de verão e tende a ficar 6 milhões de toneladas acima do registrado no inverno passado. Por outro lado, as estimativas de exportações para 2013 dão conta de que o país vai reduzir seus embarques. “Temos que debater como desenvolver o mercado interno e externo para toda essa produção que está sendo esperada”, defende Otavio Celidonio, superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), um dos parceiros do projeto.
Mato Grosso - Mato Grosso lidera essa expansão das lavouras e da produção de inverno. E de acordo o Celidonio, a expectativa é de que a colheita de milho do Brasil supere a da soja na próxima década. “Temos área e tecnologias desenvolvidas especificamente para o clima brasileiro”, argumenta. Em 2012, o Brasil exportou mais de 22 milhões de toneladas de milho, dobrou o antigo recorde, registrado em 2010, quando o país enviou ao mercado internacional cerca de 11 milhões de toneladas e se consolidou como o maior exportador global do produto.
Oferta e demanda - Apesar do aumento da produção e da tendência de maior pressão sobre os preços do milho, o quadro de oferta e demanda no mundo ainda está apertado, lembra Thadeu Silva, analista da consultoria FC Stone, outra parceira da Expedição Milho Brasil. “Com esse cenário, a segunda safra brasileira ganha ainda mais relevância e tem a possibilidade de colocar o Brasil no grupo dos grandes exportadores mundiais de milho”, diz. (Gazeta do Povo)
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ENGENHARIA FLORESTAL: UFPR recebe a primeira carta-patente da história
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) conquistou recentemente a primeira carta-patente de sua história. O documento emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) atesta o caráter de invenção para um projeto desenvolvido para uma dissertação de mestrado em engenharia florestal da instituição. O “processo de estabilização dimensional de painéis aglomerados de madeira” é uma forma de tornar as tábuas de aglomerado (uma espécie de compensado feito com pinus moído) menos suscetíveis a dilatação ou compressão, aumentando a resistência do produto.
Propriedades - “Uma das propriedades da madeira é interagir com o meio ambiente, perdendo e absorvendo umidade e, com isso, variando de dimensão. Por isso, às vezes o forro estala e a porta não fecha”, explica o engenheiro florestal Ivan Tomaselli. “Madeiras nobres, como o mogno e a imbuia, cedem menos, mas nos painéis aglomerados, que são um produto barato, isso é mais comum”. Os pesquisadores desenvolveram então um processo de tratamento térmico para as placas de aglomerados. Aquecidos entre 170 e 250°C durante um curto tempo, os painéis demonstram uma resistência entre 50 e 60% maior. “O problema era determinar a temperatura e o tempo. Para ter aplicação industrial, precisava ser um processo rápido”, ressalta.
Solicitação - O registro foi solicitado em 2004 por Tomaselli e Claudio Henrique Soares del Menezzi, então orientador e orientando na pós-graduação da UFPR. Por se tratar de um produto acadêmico, desenvolvido com recursos da universidade, eles dividem o crédito da invenção com a instituição. Após quase uma década, Tomaselli está aposentado da docência e se dedica ao trabalho na iniciativa privada. Del Menezzi se tornou professor da Universidade de Brasília. “Essa é a primeira e, provavelmente, última patente da minha carreira”, brinca Tomaselli, ao comentar o tempo passado desde o início do processo. “É mais uma questão de realização profissional. Não espero obter um ganho financeiro com isso.”
Divulgação - O engenheiro acredita que a patente também seja uma forma de divulgar o produto e atrair o interesse do mercado. O registro vale por 20 anos a partir do pedido, portanto, restam 11 anos de exclusividade sobre a invenção. “Existe uma certa dose de burocracia, e a gente entende por quê, mas ainda assim é muito lento, o que limita o processo de inovação. É um grave problema para empresas desenvolvedoras de novas tecnologias”, lamenta Tomaselli, presidente de uma empresa de gerenciamento e fiscalização no setor florestal.
Lentidão - O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) recebe cerca de 35 mil pedidos de patente por ano, e concede entre 3 e 4 mil cartas. A média de tempo do processo, da entrada à concessão, é de 10 anos. O primeiro passo é o depósito da ideia: o requerente descreve o produto em um documento, que ficará arquivado em sigilo durante 18 meses. Essa carência é concedida para o inventor se certificar da viabilidade comercial da ideia.
Análise - Passado o ano e meio, serão concedidos mais 18 meses para o requerente pedir a análise da invenção. O Inpi fará então uma busca em bancos de patentes de todo o mundo para se certificar da originalidade da invenção. Se aprovada, a invenção é patenteada por 20 anos, ou 15 em caso de “modelos de utilidade” (aperfeiçoamento de algo que já existe).
Examinadores - Atualmente, o Inpi, um órgão federal ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tem 250 examinadores. A perspectiva é aumentar esse quadro para 700 funcionários até 2014, o que deverá reduzir o tempo de concessão para quatro anos. (Gazeta do Povo)
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PESQUISA: Os novos desafios que norteiam a Embrapa
Na véspera de assumir a presidência da Embrapa, em outubro, o engenheiro agrônomo Maurício Antônio Lopes telefonou para o senador Delcídio Amaral (PT-MS) para conversar sobre o projeto de lei que previa a abertura de capital da estatal de pesquisa agropecuária. A proposta, de autoria do senador, visava capitalizar a empresa e fortalecê-la na competição com as multinacionais de sementes.
À tona - O projeto, que já havia sido rejeitado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, em 2009, voltara à tona em meio a acaloradas discussões sobre o papel da empresa, que viu sua participação de mercado cair vertiginosamente nos últimos anos. Lopes não deixou dúvidas sobre sua posição. Disse que era contra esse modelo de capitalização, mas apresentou uma alternativa, mais restrita, que se encontra em gestação: a criação de uma subsidiária privada, de capital fechado, para comercializar as tecnologias da Embrapa e com a liberdade de se tornar sócia em novas empresas.
Comemoração - Em dezembro, Amaral, que confirmou o telefonema, comemorou a aprovação, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, de um substitutivo de autoria do senador Gim Argello (PTB-DF) a seu Projeto de Lei 222/2008. Começava a sair do papel a Embrapa Tecnologias S.A. (Embrapatec). Como queria Lopes.
Questões - Quer dizer que, ao optar pela subsidiária e abdicar da abertura do capital, o presidente da estatal quer dar de bandeja o mercado brasileiro de sementes de grandes culturas como soja e milho a múltis como Monsanto e Syngenta? E que a Embrapa, cujas pesquisas tornaram viável a ocupação do Brasil central por um agronegócio que se fortalece a cada ano, perdeu de vez esse bonde?
Outras obrigações e compromissos - Em entrevista ao Valor, Maurício Lopes não titubeia ao afirmar que, desse ponto de vista, sim. Mas a questão, para ele, não é essa, porque a Embrapa não foi criada para brigar por um lugar nesse bonde. As grandes culturas foram, são e serão importantes, mas a estatal tem outras obrigações e compromissos como empresa pública, e é na janela de "outros bondes" que ela quer estar.
Parcela no mercado - Com o sucesso que obteve no desenvolvimento de variedade adaptadas ao Cerrado, numa época de carência de pesquisas privadas, a Embrapa chegou a ter 60% do mercado brasileiro de sementes de soja e 30% do de milho. Hoje, as participações caíram para 9% e 1%, respectivamente, e não há qualquer intenção de recuperar todo o terreno perdido.
Fatias - Segundo Lopes, é interessante para a estatal manter fatias de 7% a 12% nesses mercados - "até porque não sabemos o que vai acontecer no mundo no futuro" -, mas medir forças com as grandes múltis seria infrutífero e colocaria em risco centenas de outros projetos que, sem a Embrapa, não existiriam dada a falta de apelo - ou de retorno financeiro - para as companhias privadas. "Não é inteligente, seguro ou prudente para um país como o Brasil deixar o setor público completamente fora desse ambiente. Mas não queremos ir ao mercado competir. Há investimentos de alto risco e de longo prazo em jogo", diz. E surpreende, dada sua especialização.
Formação - Agrônomo formado na Universidade Federal de Viçosa (MG), Lopes fez mestrado em genética na Purdue University, nos EUA, doutorado em genética molecular na University of Arizona e pós-doutorado no Departamento de Agricultura da FAO em Roma. Pesquisador da Embrapa desde 1989, foi líder do programa de melhoramento de milho da estatal, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo e diretor-executivo de pesquisa e desenvolvimento da empresa antes de assumir a presidência.
Carreira - Ou seja, Lopes fez carreira em uma das frentes de maior concorrência, mais investimentos e melhor remuneração da pesquisa agrícola, mas faz questão de afirmar que não perdeu a noção do todo. Daí porque seria impensável dirigir todos os esforços da Embrapa, com seu orçamento total da ordem de R$ 2 bilhões por ano e os entraves burocráticos que limitam sua agilidade, para bater de frente com grupos como Monsanto, que só em pesquisas investe mais de US$ 1 bilhão.
Cooperação - Para as grandes culturas, Lopes defende que a saída da Embrapa é mesmo a cooperação com a iniciativa privada, sem abrir mão do controle das tecnologias que desenvolve. E a postura se estende também a produtos de escala menor. Ao todo, dos cerca de 980 projetos tocados pela estatal atualmente, 350 são financiados com recursos de fora do orçamento definido pelo governo.
Inovação - "A inovação só acontece quando as novidades são incorporadas e chegam no campo. Em um mercado que vem mudando com rapidez, com forte concentração, as parcerias podem facilitar esse processo. Temos muitos negócios, que são complexos. Só em melhoramento, são 64".
Atuação no exterior - Com a criação da Embrapatec, a estatal ganhará espaço para a comercialização de seus produtos e fortalecerá sua atuação exterior, arranhada depois que o braço internacional criado para isso foi desativado por não cumprir, em alguns negócios, todos os trâmites burocráticos previstos, levantando suspeitas. Lopes ainda não era o presidente da empresa, mas minimiza o fato. Mais importante que isso, porém, são os "bondes" nos quais a Embrapa, que comemora em Brasília nesta semana seus 40 anos, quer estar: automação, alimentos nutracêuticos e sustentabilidade, três grandes temas que influenciam cada vez mais os rumos de produção e comercialização de produtos do agronegócio.
Mão de obra - "A mão de obra está cada vez mais escassa e esse será um grande problema para a agricultura. Lidar bem com isso dependerá de políticas públicas e ciência. O trabalho no campo tem que ser menos penoso, até para facilitar a sucessão nas propriedades, uma vez que muitos filhos de produtores já não querem dar continuidade ao trabalho dos pais".
Pesquisas - Entre as pesquisas feitas nessa frente e que tendem a ser aceleradas, estão máquinas e equipamentos e novas ferramentas voltadas à agricultura de precisão, que reduz desperdícios e eleva produtividades.
Alimentos nutracêuticos - O binômio políticas públicas e ciência volta a ser citado por Lopes no caso dos alimentos nutracêuticos, aqueles capazes de proporcionar benefícios extras à saúde. "No futuro, se não mudar o paradigma da cura para o da prevenção, os sistema de saúde não vão aguentar. Por isso a agricultura será fundamental". Com um detalhe. Ainda que seja perfeitamente possível desenvolver novas variedades de soja ou milho com características nutracêuticas, culturas de menor escala como as hortaliças e frutas terão grande peso nesse mercado, e muitas delas não interessam aos grupos privados.
Sustentabilidade da produção - E, claro, há a sustentabilidade da produção, já responsável por mudanças importantes. "Será preciso 'descarbonizar' o setor, cuja emissão é grande. Temos as emissões entéricas dos bovinos, dejetos e grande uso de nitrogênio. Sem falar dos desafios com as mudanças climáticas". Segundo Lopes, há 400 pesquisadores da Embrapa envolvidos em trabalhos sobre diferentes pontos ligados às mudanças climáticas. Com elas, prevê, haverá uma nova dinâmica de migração da produção, "e é hora de abrir novos caminhos".
Novos caminhos - Para ele, são novos caminhos que serão percorridos independentemente das futuras mudanças na administração da empresa, que dependem do partido que ocupa o Planalto ou mesmo da linha política predominante em um mesmo partido ou governo. "Uma das palavras que mais uso é 'processo'. A lógica das organizações é muito verticalizada, e o pior dos mundos é quanto as personalidades superam os processos". (Valor Econômico)
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BC: Mercado eleva estimativa de inflação para este ano e 2014
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar a 5,70% este ano. A projeção foi feita por analistas do mercado financeiro consultados todas as semanas pelo Banco Central (BC). A estimativa divulgada na semana passada era 5,68%. Para 2014, a projeção também subiu, ao passar de 5,70% para 5,71%.
Inflação - As previsões para a inflação neste ano e em 2014 estão acima do centro da meta de 4,5% e um pouco mais próximas do limite superior (6,5%). Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e um dos principais instrumentos para influenciar a atividade econômica e calibrar a alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. Devido à alta da inflação, na quarta-feira (17/04), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual para 7,50% ao ano. Essa foi a primeira vez que o Copom elevou a taxa Selic desde julho de 2011.
Mais elevações - Depois desse aumento na taxa Selic, as instituições financeiras ainda esperam mais elevações, este ano. Entretanto, houve redução na estimativa para a taxa básica ao final de 2013 de 8,50% para 8,25% ao ano. Ou seja, em vez de subir 1,25 ponto percentual, como previsto no boletim divulgado na semana passada, a Selic deve ser elevada em 1 ponto percentual, no total, este ano. Para o fim de 2014, a projeção permanece em 8,50% ao ano.
Outros índices - A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi mantida em 5,12%, em 2013, e em 5%, no próximo ano. A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 4,95% para 4,80%, este ano, e mantida em 5,10%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 4,93% para 4,91%, este ano, e de 5,31% para 5,30%, em 2014.
Preços administrados - A estimativa dos analistas para os preços administrados passou de 2,95% para 2,85%, em 2013, e de 4,10% para 4%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo. (Agência Brasil)
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INTERNACIONAL I: Banco Mundial pode criar fundo global para infraestrutura
O Banco Mundial está trabalhando na criação de um fundo global que irá canalizar financiamentos para projetos de infraestrutura e fomentar o crescimento econômico, disse o ministro das Finanças da Índia, Palaniappan Chidambaram, ao "The Wall Street Journal". Chidambaram afirmou que o Banco Mundial já trabalhou muito sobre a proposta e que a instituição encarregou dois de seus diretores de escrever um estudo sobre o assunto. Segundo ele, a ideia voltou a ser discutida na manhã de sexta-feira (19/04), em Washington.
Demanda - "Eu disse ao presidente do Banco Mundial [Jim Yong Kim] que o fundo global de infraestrutura deve ser criado o mais cedo possível, porque países como a Índia requerem uma grande quantidade de financiamentos para infraestrutura", afirmou Chidambaram em entrevista realizada durante as reuniões de ministros de Finanças de países do G-20 na capital americana, que também contaram com a participação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ajuda - "O Banco Mundial, como atualmente está posicionado, não pode prover esse tipo de recursos. Assim, uma estrutura adicional, fora do balanço do Banco Mundial, certamente será uma grande ajuda para países como a Índia", disse ele. Chidambaram também afirmou que a criação do fundo não se contrapõe aos planos dos países integrantes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) de lançar seu próprio banco de desenvolvimento. "Eles não competirão entre si. Serão complementares", observou. (Dow Jones Newswires / Valor Econômico)
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INTERNACIONAL II: Líderes da Europa indicam que crescimento baixo persistirá na região
Em discursos e conversas ao longo da reunião de ministros de Finanças do G-20 em Washington neste fim de semana, autoridades econômicas europeias demonstraram estar resignadas com a perspectiva de anos de baixo crescimento na região. Ainda assim, os Estados Unidos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e governos de países emergentes mantêm os apelos para que os países europeus adotem ações mais enérgicas para enfrentar a crise no continente.
Expectativa - “Ninguém deve esperar que a Europa entregue altas taxas de crescimento nos próximos anos”, disse o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, em uma entrevista coletiva na sexta-feira (19/04). Em entrevista a The Wall Street Journal, o presidente do Banco Central da Alemanha, Jens Weidmann, havia alertado que a crise europeia pode se arrastar por uma década.
Ceticismo - Em entrevistas concedidas ao longo da reunião do G-20 e da reunião de primavera do FMI, autoridades sênior, formuladoras da política econômica europeia, manifestaram profundo ceticismo de que possam fazer algo relevante para retirar a zona do euro de uma linha de crescimento próxima a zero, apesar dos apelos dos Estados Unidos e do FMI.
Menos agressivo - O Banco Central Europeu (BCE) tem sido bem menos agressivo do que o Federal Reserve em iniciativas para estimular o crescimento, embora o FMI tenha expressado que o BCE tenha espaço para atuar. O BCE, contudo, tem demonstrado relutância em adotar iniciativas, alegando não poder consertar problemas que as lideranças políticas da Europa não conseguem ou nem mesmo tentam resolver.
Orçamento - “Não podemos reparar orçamentos que não se sustentam”, disse Jorg Asmussen, integrante do conselho executivo do BCE. “Não podemos sanear bancos em dificuldades, nem solucionar problemas com raízes profundas na estrutura das economias europeias”, acrescentou.
Suporte - “É preciso fazer o que for possível, em todas as frentes, para dar suporte ao crescimento. Os esforços somados em diferentes frentes produzirão resultados”, contrapôs David Lipton, número 2 do FMI. (Dow Jones Newswires / Valor Econômico)
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OPINIÃO: Poucas empresas usam incentivos fiscais à inovação?
*Por Caroline Viriato Memória
Embora seja crescente o número de empresas que estão se beneficiando dos incentivos fiscais à inovação tecnológica, há quem ainda considere baixa a procura por esta política pública. Dados do Manual da Pesquisa de Inovação (Pintec) de 2008 mostram que 38.299 indústrias se declararam inovadoras, dentre estas 3.232 se declararam inovadoras para o mercado nacional; e 267, para o mercado mundial. Nessa amostra, há empresas que não operam no regime tributário de lucro real e as que não contribuem com inovações em pesquisa e desenvolvimento.
Segundo informação divulgada no Relatório Anual da Utilização dos Incentivos Fiscais pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), acessível em www.mcti.gov.br/incentivosfiscais, 1.475 empresas participaram do programa de incentivos fiscais desde sua entrada em vigor, em janeiro de 2006, número que, se comparado aos mencionados acima, não nos permitem concluir que os benefícios são pouco utilizados.
A Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como "Lei do Bem" que, em seu Capítulo III, regulamentado pelo Decreto nº 5.798, de 7 de junho de 2006, criou benefícios fiscais à inovação tecnológica para estimular investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento tecnológico por empresas que operam em regime tributário de lucro real, em qualquer área de atuação, quer na concepção de novos produtos, como no processo de fabricação, bem como na agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou de produtividade, resultando em maior competitividade no mercado.
Dentre os benefícios fiscais desta lei está a dedução de dispêndios classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), com reflexos neste tributo e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Em linhas gerais, as atividades de inovação passíveis de receber incentivos fiscais desta lei são: pesquisa para o desenvolvimento e inovação; cooperação da empresa com universidades, instituições de pesquisa, micro e pequena empresa ou inventor independente; contratação de pesquisadores; patentes e registros de cultivares; aquisição de novas máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados à inovação; aquisição de bens intangíveis vinculados ao conhecimento técnico-científico.
Na verdade, há um tímido crescimento no número de beneficiárias ano a ano, o que pode ser explicado por motivos internos e externos às empresas.
Entre os fatores internos das empresas, podem ser apontados a burocracia, cultura, estrutura conservadora, hierarquia complexa e rígidas e centralização das decisões. A falta de uma boa gestão tecnológica não facilita a utilização dos benefícios pelas empresas interessadas, que encontram dificuldades nas fases de levantamento de dados dos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, separação das contas contábeis e preenchimento das informações com o detalhamento exigido pelo MCTI.
Ainda se ouve falar muito em insegurança jurídica, verificável quando o marco regulatório não traz conceitos tão claros que permitam aos empresários saberem com o grau de certeza que eles esperam quais projetos de inovação tecnológica e seus respectivos gastos são enquadráveis na legislação. É preciso lembrar que as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, por sua própria natureza, envolvem incertezas e riscos.
Em 29 de agosto de 2011, a Receita Federal do Brasil editou a Instrução Normativa nº 1.187, que normatizou o que deve ser considerado ou não dispêndio para fins de concessão dos incentivos à inovação tecnológica, mas parece que ainda não solucionou as inúmeras dúvidas que existem sobre o assunto.
Os incentivos fiscais, por serem destinados à pesquisa, desenvolvimento e inovação, só contemplam a fase de maior incerteza quanto à obtenção de resultados econômicos e financeiros pelas empresas no processo de criação e testes de novos produtos, processos, serviços ou aperfeiçoamento dos mesmos (risco tecnológico), não sendo assim abrangentes para que as empresas utilizem os incentivos para fins de modernização do pátio industrial.
Alguns benefícios, na realidade, representam apenas um diferimento (postergação) dos tributos a pagar, tais como o da depreciação e amortização aceleradas integrais, o que muitas empresas acabam não vendo como vantagem suficiente para aderir ao Programa de Incentivos. O benefício da redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é outro que o empresariado brasileiro pouco utiliza porque só pode ser direcionado à redução de 50% da despesa com IPI incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos (nacionais ou importados) destinados exclusivamente à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, não podendo, portanto, colocá-los na linha de produção da empresa.
Com o intuito de contribuir para o avanço das políticas públicas e ampliar a participação do setor privado no processo de desenvolvimento de inovações tecnológicas, cabe ao governo melhorar a divulgação das políticas de incentivo à inovação tecnológica por meio de palestras, eventos e seminários estimulando a participação da iniciativa privada; esclarecer e exemplificar através de estudos de caso como as empresas podem utilizar os mecanismos de apoio à inovação, disponíveis de forma a reduzir a insegurança das empresas na utilização dos incentivos e capacitar agentes de inovação tecnológica com amplo conhecimento de todos os mecanismos de apoio à inovação para atuar dentro das organizações públicas e privadas como divulgadores das políticas públicas e multiplicadores da política de fomento à inovação.
*Caroline Viriato Memória é coordenadora substituta dos incentivos fiscais ao desenvolvimento tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Artigo publicado na edição desta segunda-feira (22/04) do Jornal Valor Econômico
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