AGROINDÚSTRIA: Investimento de cooperativas em Ponta Grossa vai gerar 1,2 mil empregos
O governador Beto Richa assinou, nesta segunda-feira (22/04), protocolo de intenção com a Batavo Cooperativa Agroindustrial que, em conjunto com as cooperativas Castrolanda e Capal, vai implantar uma unidade processadora de trigo em Ponta Grossa. O investimento será de R$ 66,4 milhões. O grupo também vai investir mais R$ 17 milhões na ampliação e diversificação da linha de produção da Frísia Indústria de Laticínios, inaugurada em 2011. Ao todo, os investimentos vão gerar 235 empregos diretos e outros 900 indiretos.
Paraná Competitivo - Os empreendimentos são apoiados pelo governo estadual por meio do programa Paraná Competitivo, responsável pela atração de mais de R$ 20 bilhões em novos investimentos para o Estado. “A agroindústria tem total apoio do nosso governo, pois é a base da nossa economia. O setor dá respostas imediatas na geração de empregos e para o desenvolvimento dos pequenos municípios”, afirmou o governador.
Agroindustrialização - “Estamos focados em fazer agroindustrialização e agregar valor em nossa produção. O governo está extremamente alinhado a isso. Percebemos, nos últimos anos, que há uma grande vontade e apoio por parte do Estado de ampliar ainda mais este processo”, disse o diretor da Batavo Cooperativa Agroindustrial, Renato João Castro Greidanus.
Protocolos – O novo moinho de trigo (50% Batavo, 27% Castrolanda e 23% Capal) vai atender 2.500 associados das três cooperativas e deve começar a produzir em 2014, com o processamento de 11 mil toneladas. A nova planta irá criar 85 empregos diretos e a previsão de faturamento é de R$ 200 milhões, em 2016, quando o volume processado chegará a 19 mil toneladas.
Agregação de valor - "É uma maneira de agregar valor e dar mais segurança aos nossos cooperados”, explicou Greidanus. “A cultura de trigo para nossa região é estratégica por que vem completar o ano pro produtor, é uma segunda safra. Poderemos dar mais liquidez na hora que eles precisam, absorvendo a produção”, reforçou o presidente da Castrolanda, Frans Borg.
Diversificação de produtos - A Frísia Indústria de Laticínios, também em Ponta Grossa, vai diversificar sua linha de produção de laticínios e incluir produtos derivados do leite. O investimento será de R$ 17 milhões. Somados aos recursos para implantação da unidade, as cooperativas terão investido na Frísia R$ 72 milhões. Serão gerados 150 empregos diretos e outros 900 indiretos. Com a ampliação da indústria, as cooperativas devem movimentar R$ 600 milhões por ano.
Fundamentais - “O governador Beto Richa tem feito muito por nós. Esses investimentos são fundamentais para que possamos cada vez mais ter nossos produtos industrializados, transformando os Campos Gerais numa região completa, com produção e industrialização”, enfatizou o prefeito de Castro, Reinaldo Cardoso.
Parceria – Os investimentos no Moinho de Trigo e na Frísia já somam R$ 138,4 milhões. Os recursos foram divididos entre as três cooperativas: Batavo, Castrolanda e Capal. No caso desta parceria, as diretorias elegeram uma cooperativa para desenvolver o projeto (Batavo) e as demais entram como investidores. “Estamos num trabalho forte de sinergia entre as cooperativas para diminuir custos e sermos mais eficientes”, frisou Greidanus. De acordo com ele, as cooperativas também usarão uma só marca para estarem juntas no mercado, e não como concorrentes.
Geração de riqueza– O trabalho de agroindustrialização há tempos é defendido pelo cooperativismo paranaense como algo essencial para a geração de riqueza para o Estado. De acordo com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) o setor tem participação de 43% na agroindustrializacao do Estado e investiu mais de R$ 5,5 bilhões neste processo nos últimos cinco anos. “Isto beneficia o governo, o Paraná e todos os paranaenses com a geração de empregos e renda, e programas como este do governador são essenciais para que as cooperativas continuem a investir”, declarou João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar.
Desafio - Para o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, a agroindustialização tem sido um forte desafio ao Estado. “Temos uma agricultura forte, mas que tem um desafio corrente que é a ideia de agregarmos mais valor aos nossos produtos. Este é um exemplo importante de comos devemos caminhar”, ressaltou o secretário.
Presenças - Participaram da reunião os secretários Reinhold Stephanes (Casa Civil), Luiz Carlos Hauly (Fazenda), Cássio Taniguchi (Planejamento), José Richa Filho (Infraestrutura); diretor-geral da Secretaria da Indústria e Comércio, Horácio Monteschio; entre outras representatividades. (Agência de Notícias do Paraná)
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DESENVOLVIMENTO: Richa retoma conselho que estava desativado há 20 anos
O governador Beto Richa presidiu nesta segunda-feira (22/04), no Palácio Iguaçu, reunião com os novos integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (CDES). Richa apresentou balanço dos dois anos de gestão e destacou o papel do fórum para a administração estadual. “O grupo é um instrumento de diálogo que aproxima o setor produtivo e público”, disse o governador.
Cadeiras - O Conselho tem 41 cadeiras, com representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de lideranças de federações e associações setoriais e de classe. Criado em 1983, pelo então governador José Richa, o fórum foi reativado, depois de 20 anos da última reunião, para reforçar a interação entre o Estado e a sociedade, e auxiliar o governo na elaboração de políticas públicas.
Balanço - Richa fez um balanço das principais ações em saúde, segurança, educação e infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária. “Avançamos muito nesses dois anos. É importante que todos os representantes do Conselho tenham conhecimento de todos os nossos programas e investimentos”, disse. O governador citou como exemplo a contratação de mais professores e policiais, além da correção salarial das duas categorias.
Social – Na reunião, a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, também apresentou as ações do governo para área social. “É importante que a sociedade civil esteja articulada e saiba o que o governo está fazendo para atender as famílias carentes do Estado”, disse ela. Fernanda afirmou que o grande desafio dessa gestão é a implantação do programa Família Paranaense, que tem o objetivo de emancipar 100 mil famílias em alto grau de vulnerabilidade social em todo o Estado. “É o maior programa de promoção social que o Paraná já desenvolveu. As principais políticas sociais do governo estadual estão reunidas nesta iniciativa”, disse a secretária.
Diálogo - Hélio Bampi, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), afirmou que a reativação do Conselho é uma demonstração do compromisso do governo estadual em dialogar com os empresários paranaenses. “Temos grandes propostas e é muito bom saber que o governo está de portas abertas para escutá-las. O Paraná precisa mostrar ao empresariado que aqui é o lugar mais indicado para o retorno do investimento”, disse.
Finanças - O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, apresentou a política de incentivos fiscais do governo do Paraná para a atração de investimentos. Ele afirmou que o programa Paraná Competivo já atraiu R$ 20 bilhões com geração de 136 mil empregos. “O Paraná tem hoje uma política pública para tornar o Estado mais atrativo ao capital empresarial. Vivemos o maior ciclo industrial da nossa história, resultado de um governo aberto ao diálogo e com segurança jurídica”, afirmou.
Dificuldades financeiras - Hauly disse que o Paraná enfrenta dificuldades financeiras, o que está sendo agravado com as políticas econômicas do governo federal. “Cada vez mais a União concentra riquezas e distribui obrigações”, afirmou. Ele disse que o Paraná é o 25.º estado da federação no recebimento de recursos do orçamento federal. “Não existe tratamento isonômico entre os estados brasileiros, isso nos compromete”, garantiu Hauly.
Riquezas distribuídas – O secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, comentou do esforço do governo em industrializar o Estado, com o Paraná Competitivo. Segundo ele, 67% dos investimentos privados conquistados pelo governo para os próximos anos serão realizados no interior. “Nossa preocupação maior é com relação aos municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. Queremos encontrar formas de induzir os investimentos para que se concentrem em localidades mais críticas”, disse ele, citando como exemplos as regiões de Ortigueira e Vale do Ribeira. “A orientação é gerar um desenvolvimento mais homogêneo do Paraná”.
Avaliação - De acordo com Paulo Rossi, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), no Paraná, a reativação do Conselho era uma reivindicação antiga da entidade. “O desenvolvimento social e econômico do Paraná passa por uma ampla discussão das políticas públicas, principalmente, com os trabalhadores”, disse ele. Rossi criticou o texto da Medida Provisória 595 (MP dos Portos), que transfere do Governo do Paraná para a União o controle sobre os projetos de expansão do Porto de Paranaguá. Markenson Marques, diretor da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), disse que o setor logístico representa 12% no Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, além de muitos empregos. “Ficamos honrados em ser representado nesse Conselho. Entendemos que esse é um canal de comunicação importante que fomentará o desenvolvimento do Paraná”, afirmou o diretor.
Entidades - Além de representantes do governo, fazem parte do CDES as seguintes entidades paranaenses: Federação da Agricultura, Federação das Associações Comerciais e Empresariais, Federação do Comércio, Federação das Empresas de Transporte de Cargas, Federação das Indústrias, Organização das Cooperativas, Federação dos Trabalhadores da Agricultura, Federação das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Tribunal Regional do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil, Receita Federal no Paraná, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Associação dos Reitores das Universidades Públicas, Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Associação dos Magistrados, Associação dos Municípios, Associação das Câmaras de Vereadores, Pastoral da Criança, Conselho Estadual da Mulher, Sindicado da Polícia Civil, Ministério Público, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Conselho de Ministros Evangélicos, Ordem dos Ministros Evangélicos. (Agência de Notícias do Paraná)
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FÓRUM DE MERCADO: Evento vai discutir clima, plano safra e preços dos grãos
Três assuntos de interesse das cooperativas agropecuárias paranaenses estarão em debate no Fórum de Mercado que será realizado dia 9 de maio, na sede da Cooperativa Copacol, em Cafelândia: as previsões do clima para o milho safrinha e trigo, no Brasil, e para a safra 2013/13, nos Estados Unidos; as principais medidas de apoio que deverão ser anunciadas pelo governo federal por meio do Plano Agrícola de Pecuário 2013/14 (PAP) e as tendências de preços para a soja, milho e trigo. Os assuntos serão abordados pelo meteorologista do Inmet/Mapa, Luiz Renato Lazinski, pelo diretor do Mapa, Wilson Vaz de Araújo e pelo analista da Safras&Mercado, Flávio França Júnior.
Público-alvo - O evento acontece das 8h45 às 12h30 e é destinado a profissionais dos departamentos comercial, operacional e financeiro das cooperativas do Paraná. As inscrições devem ser feitas até o dia 2 de maio pelo agente de Desenvolvimento Humano da cooperativa por meio do site www.paranacooperativo.coop.br. Mais informações podem ser obtidas com Flávio Turra ou Robson Mafioletti, pelo fone (41) 3200 1100.
Clique aqui e confira na íntegra a programação do Fórum de Mercado
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INOVAÇÃO: Ocepar recebe especialistas para debater tema com cooperativas
Especialistas de entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep); Finep ( Agência Brasileira da Inovação, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação); Fundação Araucária e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) estarão reunidos com representantes das cooperativas paranaenses para discutir inovação em um fórum organizado pelo Sistema Ocepar. “O objetivo é trazer informações atualizadas sobre as ações de inovação implementadas no país e iniciar uma discussão com as cooperativas de todos os setores para identificar as demandas, possibilitando assim um suporte adequado aos programas de inovação”, afirma o superintendente da entidade, José Roberto Ricken. O evento acontece na quinta-feira (25/04), das 08h30 às 16h30, na sede da Ocepar, em Curitiba, e é destinado a gerentes, superintendentes e profissionais das cooperativas que atuam no desenvolvimento de produtos e serviços. Também é dirigido a tomadores de decisão de todos os ramos do cooperativismo paranaense.
Definição - As inovações tecnológicas em produtos e processos compreendem as implantações de produtos e processos tecnologicamente novos e substanciais melhorias tecnológicas em produtos e processos, de acordo com a definição do Manual de Oslo, editado pela primeira vez em 1990 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), contemplando proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica, com o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa e desenvolvimento.
Mobilização - Nos últimos dois anos, o Sistema Ocepar tem acompanhado as ações desencadeadas no Paraná ligadas a esse tema, devido à importância que apresenta à geração de valor de produtos e serviços das cooperativas. Isso tem ocorrido especialmente por meio da participação no Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, que tem a inovação como uma de suas prioridades de atuação. As 17 entidades que integram o fórum já iniciaram ações específicas direcionadas ao fomento da inovação no comércio, nos serviços, na indústria, nas universidades e na agricultura. No ano passado, o grupo também se mobilizou para acelerar a aprovação da lei estadual de inovação, ocorrida no mês de outubro, e na sua regulamentação, em fevereiro de 2013.
Base legal - “A lei estabeleceu importante base legal para que as empresas do Paraná possam implementar ações de inovação, com previsão de intensificação de transferências de tecnologias e da interação de empresas com organizações de pesquisa e desenvolvimento”, lembra o analista técnico e econômico do Sistema Ocepar, Gilson Martins. Ele destaca ainda que, nesse ano, a inovação ganhou importante suporte do governo federal com anúncio da criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), em março de 2013. “A empresa está sendo chamada de Embrapa da Inovação e dispõe de recursos na ordem de R$ 30 bilhões para investimentos em instituições, programas e atividades de pesquisa e inovação”, informa.
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CEDRAF: Conselho discute programa estadual de recuperação de estradas rurais
O programa estadual de recuperação de estradas rurais foi um dos assuntos que integraram a pauta de discussão da 55ª reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf), realizada na manhã desta terça-feira (23/04), na sede do Instituto Emater, em Curitiba. As atividades form coordenadas pelo presidente do Conselho, secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara. O Sistema Ocepar está sendo representado pelo analista técnico e econômico, Robson Mafioletti.
Operacionalização - Operacionalizado pela Codapar, o programa estadual de recuperação de estradas rurais conta com o apoio de cerca de 60 consórcios intermunicipais para recuperar boa parte dos 110 mil km de estradas rurais paranaenses. “A primeira fase será executada por 30 patrulhas adquiridas pela secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística e colocadas à disposição dos municípios”, relata Mafioletti. Ainda de acordo com ele, as patrulhas vão funcionar com 13 equipamentos, como patrola, trator de esteira, retroescavadeira, entre outros, fornecidos pelo governo do Estado. Os consórcios intermunicipais fornecem o diesel e a mão de obra como contrapartida.
Outros temas – Durante a reunião, houve ainda a apresentação do novo departamento da Seab, o Departamento de florestas plantadas (Deflop), que ficará a cargo do engenheiro florestal Mariano Duran e terá a atribuição de desenvolver ações de fomento à produção florestal no Paraná. Os participantes também discutiram a participação dos paranaenses na Conferência Nacional de Desenvolvimento Sustentável, previsto para ocorrer em novembro, em Brasília; a realização da Conferência Estadual sobre o tema, possivelmente em agosto, em Curitiba, e a meta de realizar, entre os meses de junho e julho, 23 conferências regionais no interior do Estado.
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AFTOSA: Campanha de vacinação será lançada na área de atuação da Copagril
No Paraná, a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa será lançada dia 30 de abril, às 10 horas, na propriedade do cooperado da Copagril, Milton Schone, localizada na Linha João Pessoal, em Marechal Cândido Rondon, Oeste do Estado. O lançamento será promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), em parceria com a Ocepar e Faep.
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SINDICATOS PATRONAIS: Encontro nacional deve reunir cerca de dois mil participantes em Curitiba
Promover a troca de experiências e conhecimento entre as principais lideranças e representantes sindicais do país e estimular o debate sobre temas ligados ao desenvolvimento do comércio e ao sindicalismo patronal. Esses são os objetivos do 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio, Bens, Serviços e Turismo, que será realizado de 15 a 17 de maio, na Expo Unimed, em Curitiba. O evento deve reunir cerca de dois mil participantes, entre diretores e executivos de aproximadamente mil entidades associativas e patronais e lideranças locais. “O Brasil estará em Curitiba, então, vamos mostrar aos empresários de todos os setores comerciais do país o que é o Paraná e a nossa pujança”, disse o presidente do Sindilojas Curitiba, Ari Faria Bittencourt, durante visita ao presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, que também preside o Conselho de Administração do Sebrae Paraná. Bittencour esteve na manhã desta terça-feira (23/04), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, acompanhado do presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná (Sirecom-PR), Paulo César Nauiack. Eles vieram convidar as cooperativas para participar do Encontro. “É a primeira vez que vamos promover um evento que irá aliar comércio e serviço”, destaca o dirigente.
Consolidação – O Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio, Bens, Serviços e Turismo é realizado pelo Sindilojas Curitiba e pelo Sirecom-PR, com apoio da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O evento é itinerante. No ano passado aconteceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e no próximo ano será realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. “Após 28 edições, o Encontro está consolidados e é uma proposta que tem trazido resultados positivos para os demais sindicatos”, disse o presidente do Sirecom, Paulo César Nauiack. Segundo ele, as discussões deste ano serão focadas no tema sustentabilidade empresarial, já que a atenção para esse assunto deve ser permanente. “A sustentabilidade empresarial se dá num contexto mais amplo que exige margens adequadas de contribuição e o cumprimento de obrigações sociais, ambientais e tributárias. É difícil manter essa condição convivendo com inúmeras leis e processos que são criados dia a dia por governantes e entidades, sem a devida consideração do papel de cada ator envolvido no processo, ainda mais quando há a pressão da sociedade”, afirma.
Debates e exposição - Um dos principais assuntos a serem abordados no evento é a substituição tributária, com foco nas dificuldades ou benefícios da cobrança do imposto por antecipação. Serão repassadas orientações para auxiliar o empresário a gerir seu negócio nesse novo cenário e prever os investimentos necessários para administrar a receita, considerando instrumentos como controle do fluxo de caixa e planejamento estratégico. Outra questão em voga será a logística reversa. Parte integrante da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sua implantação em todo o país deverá ocorrer, no máximo, em 2016. A medida prevê o retorno para a indústria de materiais, como eletroeletrônicos, para que possam ser reaproveitados pelo fabricante. Mais temáticas serão abordadas, em grupos individualizados, entre elas: cooperativismo de crédito, contribuição sindical, shopping centers, comércio de rua e negociação coletiva. Além disso, serão apresentados os cases de sucesso na comunicação sindical e promovido um painel sobre as súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O evento também vai contar com uma área de exposição de 568 metros quadrados, com aproximadamente 30 estandes de empresas relacionadas ao setor que vão apresentar seus produtos e serviços.
Inscrições - As inscrições para o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio, Bens, Serviços e Turismo já estão abertas. Os valores variam entre R$ 400,00 a R$ 500,00 para congressistas, de R$ 350,00 a R$ 400,00 para assessores jurídicos e executivos e de R$ 350,00 a R$ 400,00 para acompanhantes, conforme períodos pré-definidos. Outras informações podem ser obtidas no site www.sindicatospatronais.com.br/29encontro/ ou pelos telefones (41) 3521-6226 e 3205-0476. (Com informações Imprensa Sindilojas e Sirecom)
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COOPERTRADIÇÃO: Cooperativa participa de encontro sobre a logística do transporte de grãos
A Coopertradição participou, na última sexta-feira (19/04), no auditório da Faculdade de Pato Branco (Fadep), do encontro que debateu a problemática encontrada por empresas ligadas ao agronegócio com relação às filas enfrentadas no Porto de Paranaguá. O Sudoeste é um dos maiores produtores de grãos do país e a safra recorde registrada em 2012/2013 trouxe a tona diversos problemas quanto ao escoamento da produção. “Precisamos de alternativas e ações que reflitam positivamente na logística de escoamento da nossa safra. Temos visto ano após ano as dificuldades enfrentadas pelas empresas nos portos. As lavouras têm alcançado produtividades recordes, mas os investimentos em infraestrutura permanecem estáticos”, afirmou o diretor secretário da Coopertradição, Eucir Brocco.
Campo - Para o presidente da Associação dos Sindicatos Rurais do Sudoeste do Paraná (Assinepar), Oradi Caldato, os agricultores e setores ligados à agricultura não podem ficar calados. “O campo tem feito a sua parte. Produzido mais, utilizando-se de tecnologias para levar a cidade cada vez mais comida. Em contrapartida, o governo não tem feito a parte dele. Temos máquinas novas no campo, mas estradas da década de 70”, enfatizou.
Estrutura - Caldato fez referência, durante o evento, a estrutura dos portos que hoje não conseguem atender a demanda. “O poder público parou no tempo em muitas áreas. Se somos exportadores de grãos é porque nós agricultores temos nos desdobrado no campo. Infelizmente os portos não tem acompanhado nossa evolução na mesma rapidez. Isso tem se tornado nítido e colocado em cheque nossos compromissos com clientes”.
Presenças - O evento reuniu prefeitos, autoridades estaduais, lideranças ligadas a instituições agrícolas do estado e agricultores. Ao todo, 22 sindicatos da região foram convidados. Pautas como a malha viária, construção de ferrovias e a legislação trabalhista dos motoristas de caminhões também foram pontuadas durante o evento.
Exportações - De acordo com o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Menegette, as exportações do agronegócio no Brasil,em 2012, superaram os US$ 91 bilhões. “O Paraná foi responsável por US$ 13bilhões, ou seja, 14% da balança comercial. É muita coisa para um estado que tem apenas 2,6% do território nacional”. “O último investimento de grande porte do Governo Federal no Porto de Paranaguá aconteceu no tempo do Fernando Henrique Cardoso, há mais de 17 anos”.
Desafios - Durante o evento, o superintendente do Porto de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino, apresentou os desafios encontrados pelo do Porto de Paranaguá os próximos planejamentos. “Temos sofrido com a falta de planejamento de governos anteriores. Isso se reflete diretamente em nosso trabalho hoje em dia. Mesmo assim, estamos buscando alternativas constantes que tragam maior facilidade a quem depende do Porto”.
Carta - Nos próximos dias será redigida uma carta com as reivindicações das entidades presentes e posteriormente enviada ao Governo do Estado, Congresso Nacional e ao Governo Federal. “Esperamos uma sensibilização dos governantes e uma atenção especial aos nossos pedidos”, concluiu Caldato. (Imprensa Coopertradição)
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CONCURSO: Cooperativas devem se apressar para fazer sua inscrição no Prêmio Andef
O prazo de inscrições do “Prêmio Andef”, idealizado pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) entrou na reta final. As cooperativas interessadas em participar deverão se inscrever até o dia 30 de abril, pelo site www.andefedu.com.br, em uma modalidade voltada especificamente para projetos promovidos pelo setor. Essa é a 16ª Edição do Prêmio Andef, que conta com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Categorias - A premiação traz três categorias – “Boas práticas agrícolas”, “Responsabilidade ambiental” e “Responsabilidade social”. A ideia é reconhecer ações que incentivem a prática da sustentabilidade, desenvolvidas por profissionais de cooperativas, dos setores de revendas e canais de distribuição, assim como de universidades.
Prêmio Andef – Sua missão é “unir e incentivar líderes do setor “Agro” em busca de uma agricultura cada vez mais sustentável para as futuras gerações do planeta, por meio de iniciativas socioambientais”. O vencedor de cada categoria será contemplado com um tablet e uma bolsa de estudos para o curso de MBA em Fitossanidade Andef/IAC, com início previsto para agosto de 2013. A cerimônia de entrega ocorrerá no próximo dia 24 de junho, em São Paulo (SP). (Informe OCB)
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AGENDA PARLAMENTAR: Debate sobre PL que trata de desconto na tarifa de luz é um dos destaques
Na Câmara dos Deputados, está na pauta da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) o Projeto de Lei nº 2.493/2011, de autoria do deputado Taumaturgo Lima, que "altera o art. 25, da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, para estender às cooperativas e às colônias de pescadores artesanais os descontos especiais nas tarifas de energia elétrica aplicáveis às unidades consumidoras classificadas na Classe Rural". O Sistema OCB apoia o mérito do projeto, que visa um justo benefício à atividade pesqueira, reduzindo os tributos que impactam negativamente o setor.
Senado Federal - Está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) requerimento solicitando a realização de audiência pública para debater aspectos relacionados com a aplicação da Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012, que, entre outras providências, "dispõe sobre o exercício da profissão de motorista", com a presença dos seguintes representantes do Governo. Para o Sistema OCB, o Estatuto do Motorista representa um importante avanço para a regulamentação do setor, contudo, são necessários ajustes, em especial mecanismos necessários para garantir sua aplicabilidade, tais como a definição de responsabilidade de concessionárias/governo na criação de pontos de parada, a redução do período intrajornadas e a isonomia de tratamento entre motoristas brasileiros e estrangeiros.
Congresso Nacional - Deve ser votado , esta semana, na Comissão Mista, o parecer do senador Eduardo Braga à MPV 595/2012 que trata da exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias. Em seu texto, o parlamentar acolheu 137 das 645 emendas apresentadas, após diversas negociações com o Governo Federal e demais parlamentares. Para garantir que as cooperativas possam continuar utilizando e investindo em estruturas portuárias, de forma a não provocar colapsos em importantes cadeias produtivas da agricultura no Brasil, o Sistema OCB apresentou diversas emendas à referida proposição e vem atuando junto ao relator, com o apoio de outras autoridades. (Blog OCB no Congresso)
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LEVANTAMENTO: Expedição do milho vê otimismo em Mato Grosso
Mato Grosso demonstra potencial para colher mais uma safra recorde de milho de inverno. A expectativa foi confirmada nesta segunda-feira (22/04), durante evento que marcou a largada da Expedição Milho Brasil 2013, em Cuiabá (MT). Na ocasião, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), parceiro do Agronegócio Gazeta do Povo na realização do projeto, soltou nova estimativa de produção para o estado. A entidade prevê que o rendimento médio do cereal vai alcançar 88 sacas por hectare, 8 sacas a mais do que a projeção anterior, mas 16 sacas abaixo da temporada passada, considerada histórica em todo o Centro-Oeste.
A campo - “Agora, vamos a campo com a Expedição para saber se essa produtividade pode ser maior”, disse o superintendente do Imea, Otávio Celidonio. Após o café da manhã de lançamento, técnicos e jornalistas saíram de Cuiabá rumo à região Oeste do estado. A equipe vai percorrer os cinco principais estados produtores do grão de inverno nas próximas duas semanas.
Tendência - A tendência de aumento na colheita de milho traz preocupações ao setor, que vê os preços do produto despencando no mercado interno e as margens de lucro sendo pressionadas pela logística. “Plantamos milho mais pelo prazer em produzir do que pelos resultados”, diz o agricultor Ney Utida, de Campo Novo do Parecis (Oeste de MT). Neste ano, ele ampliou em 100% o cultivo do cereal, que ocupa 4,8 mil hectares – 80% da área destinada à soja no verão.
Preocupação - Como apenas 20% da produção esperada foram vendidos, o Imea e a Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) se mostram preocupados. As duas entidades esperam que o governo federal faça intervenções moderadas no mercado de milho. “Precisamos do governo, mas não pode faltar produto para suprir o mercado local”, alerta Celidonio. O consumo do estado é calculado em 3 milhões de toneladas – cerca de 20% da produção total de Mato Grosso, estimada pelo Imea em 14,6 milhões de toneladas do grão – 1 milhão a menos do que a safra recorde de 2012.
Palco - Giovani Ferreira, coordenador do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, explicou que a Expedição Milho Brasil tem a missão de criar um palco de discussão para promover o crescimento sustentável da cadeia do milho. “Temos potencial para ampliar a produção do cereal, mas não podemos esquecer da outra ponta, o mercado. A exportação é condição para manter preço e rentabilidade no mercado interno”, destaca Ferreira. (Gazeta do Povo)
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CRÉDITO RURAL: Empréstimos para agricultura empresarial somam R$ 84,9 bilhões
Os financiamentos para a agricultura empresarial somaram R$ 84,9 bilhões entre julho de 2012 e março de 2013, o que representa alta de 25,1% sobre o mesmo período da safra anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22/04), pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Parcela - O total contratado no Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 representa 73,7% dos recursos previstos para a safra atual, sendo financiados desse montante R$ 63 bilhões para as modalidades de custeio e comercialização e R$ 21,8 bilhões em crédito para investimento.
Fatores - De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, “a desburocratização para aquisição de financiamentos” e a maior participação do setor na discussão dos planos de governo para o setor estão entre os principais fatores para a elevação das contratações de empréstimos, assim como a redução das taxas de juros.
Pronamp - O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) foi o destaque no período. Somadas as modalidades de custeio e investimento, foram financiados R$ 8,05 bilhões. Em seguida, aparece o Programa de Sustentação de Investimento (PSI-BK), que somou R$ 7,9 bilhões em nove meses.
ABC - Outra modalidade que se destacou foi o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que apresentou o maior aumento percentual de empréstimos sobre a safra anterior. Com crescimento de 276,5% no período, os financiamentos para a produção sustentável somaram cerca de R$ 2,3 bilhões.
Acompanhamento - A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa). (Mapa)
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ADAPAR: Certificação de origem da produção de maçã do Paraná será pela internet
Os produtores de maçã do Paraná poderão fazer pela internet a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV) para acelerar o processo de certificação de origem, etapa fundamental para a ampliação de mercado da produção paranaense. Esta é uma das metas da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), segundo explicou o diretor-presidente da Agência, Inácio Afonso Kroetz, em atendimento a um grupo de produtores liderados pelo presidente da Frutipar, Ivanir Leopoldo Dalanhol. A Adapar é o órgão fiscalizador da Secretaria de Estado da Agricultura do Governo do Paraná,
Medidas de apoio - Kroetz e o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reuniram-se com os produtores de maçã de Palmas nesta segunda-feira (22/04), que solicitaram medidas de apoio à produção e comercialização da fruta no Paraná. O Estado deve colher este ano um volume estimado em 45 mil toneladas de maçã e a tendência é de aumento na formação de pomares e de produção da fruta, com o apoio que o setor vem recebendo do governo do Estado, disse Dalanhol.
Preparativos - Kroetz disse que já estão em andamento os preparativos para a emissão de Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV) no sistema on-line. A PTV é um documento emitido pela Adapar que garante que a maçã produzida no Paraná está livre de pragas e doenças, entre elas a praga Cidya pomonella. O documento é exigido para que os produtores que pretendem comercializar a maçã paranaense em outros estados brasileiros.
Agilização - A agilização na emissão de PTV é uma das reivindicações apresentadas pelos produtores de maças, que estão reclamando na demora desse procedimento, o que pode prejudicar a comercialização. “Tem produtores de maçã que andam até 70 quilômetros para buscar uma única PTV”, afirmou Dalanhol.
Procedimentos sanitários - Com a emissão da PTV, os fiscais da Adapar atestam para os mercados que os procedimentos sanitários foram adotados e cumpridos pelos produtores. Kroetz informou que a adoção da informatização no processo vai acelerar o atendimento.
Avanço - Dalanhol disse que o setor vem avançando desde que o secretário Norberto Ortigara decidiu apoiar o processo de revitalização da produção de maçã no Paraná, há cerca de dois anos. “De lá para cá, muito já se avançou, mas ainda temos arestas a serem aparadas para seguir em frente e é por isso que estamos aqui”, disse.
Recuperação - Segundo Dalanhol, o governo do Estado está apoiando a recuperação da produção de maçã no Paraná. Esse ano, deverá liberar cerca de R$ 500 mil, de um total de R$ 2 milhões previstos para o setor no período de 4 anos. Na primeira parcela, cerca de R$ 440 mil serão investidos para apoiar a aquisição de mudas, necessárias para a renovação dos pomares. Outros R$ 60 mil serão investidos em unidades demonstrativas que serão monitoradas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) para acompanhar o desenvolvimento da produção. O desafio agora é apoiar a comercialização, divulgando a qualidade da fruta com a concessão de um selo de diferenciação de qualidade para a maçã produzida no Paraná.
Agroquímicos - Outra questão discutida foi a falta de agroquímicos específicos para a produção de algumas frutas como a ameixa e o caqui. Eles pediram a ajuda do Estado para que se possibilite a extensão de uso de alguns agroquímicos com registro nacional para produtos similares que possam ser aplicados nessas frutas.
Seguro rural - Outro tema tratado com os produtores foi a extensão do seguro rural para a fruta. Eles reclamaram dos preços elevados das seguradoras e pediram ao apoio do governo do Paraná. O diretor do Departamento de Economia Rural, Francisco Carlos Simioni, informou que o programa de Seguro Rural do estado do Paraná está sendo reformatado e ampliado para atender 29 culturas, entre elas a maçã. (Agência de Notícias do Paraná)
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MDIC: Brasil exportou US$ 4,631 bilhões na terceira semana de abril
As exportações brasileiras, na terceira semana de abril (15 a 21), com cinco dias úteis, foram de US$ 4,631 bilhões (média diária de US$ 926,2 milhões). O resultado está 2,6% abaixo da média de US$ 950,9 milhões, verificada até segunda semana do mês. Neste comparativo, houve queda nas exportações de produtos semimanufaturados (-10,8%), com retrações maiores para açúcar em bruto, celulose, ferro fundido e ouro em forma semimanufaturada. Entre os básicos (-5,2%), minério de ferro, petróleo em bruto, carne bovina e suína, e milho em grão tiveram maior redução nos embarques. Por outro lado cresceram as vendas de produtos manufaturados (1,5%), em razão de aviões, autopeças, motores e geradores, máquinas para terraplanagem, e polímeros plásticos.
Importações - As importações, no período, contabilizaram US$ 6,902 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,380 bilhão. Houve aumento de 61,1% sobre a média verificada até segunda semana de abril (US$ 857,1 milhões), explicada, principalmente, pelo crescimento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, veículos automóveis e partes, e borracha e partes.
Combustíveis e lubrificantes - Para combustíveis e lubrificantes, houve aumento de 785,1% nas aquisições em comparação ao movimento das duas primeiras semanas de abril. Esse crescimento foi consequência da normalização de registros no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), referentes às semanas anteriores de abril e a transações realizadas em 2012, devido a mudanças operacionais implementadas pela Instrução Normativa nº 1282/2012 da Receita Federal do Brasil.
Saldo - Na terceira semana de abril, o saldo comercial ficou deficitário em US$ 2,271 bilhões, com desempenho médio diário negativo de US$ 454,2 milhões, e a corrente de comércio somou US$ 11,533 bilhões, com resultado médio por dia útil de US$ 2,306 bilhões.
Mês - Nos 15 dias úteis de abril (1° a 21), as exportações foram de US$ 14,140 bilhões, com média diária de US$ 942,7 milhões. Pela média, houve redução de 3,6%, em relação ao resultado de abril de 2012 (US$ 978,3 milhões).
Recrudescimento - Neste comparativo, houve recrudescimentos nos embarques de produtos manufaturados (-4,8%), por conta de aviões, óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem, polímeros plásticos, óxidos e hidróxidos de alumínio, motores e geradores, e autopeças. Também caíram as vendas de básicos (-3,5%), em razão de petróleo em bruto, trigo em grãos, carne suína, café em grão, fumo em folhas e minério de ferro. Nos semimanufaturados (-1,4%), a queda se explica pela retração nas vendas de semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, ferro ligas, ferro fundido, e celulose.
Resultado diário - Na comparação com o resultado diário do mês de março passado (US$ 966 milhões), as exportações caíram 2,4%. Houve diminuição nas vendas produtos semimanufaturados (-15,3%) e manufaturados (-12,7%), enquanto cresceram as exportações de básicos (9,4%).
Aquisições - As aquisições no exterior, em abril, estão em US$ 15,473 bilhões, com média diária de US$ 1,031 bilhão. O resultado está 10,4% acima da média de abril do ano passado (US$ 934,4 milhões), com crescimento, principalmente, nos gastos com adubos e fertilizantes (99%), plásticos e obras (24,3%), farmacêuticos (23,3%), borracha e obras (16,5%), e instrumentos de ótica e precisão (12,7%).
Acréscimo - Sobre o resultado verificado em março passado (US$ 958 milhões), houve acréscimo de 7,7% nas importações, com destaques nos seguintes produtos: combustíveis e lubrificantes (40,1%), plásticos e obras (13%), farmacêuticos (12,3%) e veículos automóveis e partes (7%).
Saldo negativo - A balança registra saldo negativo no mês de US$ 1,333 bilhão (média diária negativa de US$ 88,9 milhões). A corrente de comércio, no acumulado mensal, está em US$ 29,613 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,974 bilhão.
Ano - De janeiro à terceira semana de abril deste ano (75 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 64,976 bilhões (média diária de US$ 866,3 milhões). Na comparação com a média diária do período correspondente de 2012 (US$ 888,2 milhões), as exportações decresceram 2,5%. As importações foram de US$ 71,465 bilhões, com média diária de US$ 952,9 milhões. O valor está 10,9% acima da média registrada no período equivalente de 2012 (US$ 859,1 milhões).
Acumulado - No acumulado do ano, há déficit na balança comercial de US$ 6,489 bilhões, com o resultado médio diário negativo de US$ 86,5 milhões. Nos dias correspondentes de 2012, houve superávit de US$ 2,243 bilhões, com média de US$ 29,1 milhões. A corrente de comércio totaliza, em 2013, US$ 136,441 bilhões, com média diária de US$ 1,819 bilhão. O valor é 4,1% maior que a média aferida no período equivalente do ano passado (US$ 1,747 bilhão). (Assessoria de Imprensa do Mdic)
Acesse os dados da balança comercial da semana
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VAREJO: Renda agrícola vai ajudar setor nas regiões Centro-Oeste e Sul
A expansão da renda agrícola em 2013 deve compensar, no varejo, a desaceleração de outros indicadores de renda nos grandes Estados produtores. Projeções indicam avanço de cerca de 10% para a renda agrícola neste ano, acima da alta média de 4,4% esperada para a massa de rendimentos do país em igual período - o pior desempenho desde 2009, segundo a consultoria MB Associados. Assim, se ocupação e salários terão menor poder de fogo sobre as compras, o agronegócio deve continuar a sustentar investimentos e consumo nas regiões produtoras (Centro-Sul em destaque), com impacto mais visível em pelo menos dois segmentos: o mercado imobiliário e o de veículos.
Automóveis - Em 12 meses até fevereiro, as vendas de automóveis comerciais leves novos são lideradas pelo Centro-Oeste, em alta de 17,2%, e pelo Sul, com alta de 11,1%, segundo aponta o Bradesco a partir de dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Nas vendas de automóveis novos, Centro-Oeste e Sul mais uma vez se destacam, em alta de 12,3% e de 7,9%, respectivamente, em 12 meses até fevereiro, só superados pelo Nordeste, que teve alta de 13,8%.
Comércio varejista - Já no volume de vendas do comércio varejista restrito (que exclui veículos e materiais de construção), a alta nas regiões Centro-Oeste e Sul foi de 8,4% cada em 12 meses até janeiro, acima da expansão média nacional, de 8,3%, e mais uma vez só perdendo para o Nordeste - região em que a renda agrícola sofreu muito no ano passado em razão da seca, mas que é bastante favorecida por outros fatores, como o aumento de renda dos salários, do emprego e da bancarização.
Construção civil - Se olhado por região, o movimento de empregados da construção civil também reflete o bom momento pelo qual passam as grandes regiões produtoras. No país, o número de empregados do setor cresceu, em média, 34% nos últimos três anos. Na região Centro-Oeste, a expansão foi de 37%, atrás do Norte (44%) e do Nordeste (48%), aponta estudo feito por Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção civil da Fundação Getulio Vargas (FGV), a partir dos dados da Rais. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no entanto, se destacam com alta do número de empregados da construção bem acima da média até mesmo das regiões mais aquecidas: 63% e 45%, respectivamente.
Deslocamento - A economista do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Regina Helena Couto Silva, lembra que nem sempre a expressiva renda agrícola gerada em alguns lugares é consumida na mesma região, pois muitos produtores têm terras em uma cidade, mas moram em outra região. Em alguns Estados, porém, esse descolamento se dá apenas entre cidades.
Imobiliário - No setor imobiliário goiano, por exemplo, a força da renda agrícola pode ser sentida especialmente na capital, Goiânia, diz o presidente do Secovi-Goiás, Marcelo Baiocchi. Empresários do ramo rural - fazendeiros que enriqueceram na esteira do aumento da produtividade proporcionada pelo uso de máquinas e equipamentos de alta tecnologia - têm feito a diferença no mercado imobiliário goiano, ao buscar moradia para os filhos que vão estudar na capital. O movimento alavancou os preços de apartamentos, especialmente os de três quartos, de 80 a 140 metros quadrados: o metro quadrado hoje chega a até R$ 3,5 mil, ante cerca de R$ 800 alcançados em 2005.
Projeções - Estimativas do departamento de economia do Bradesco com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam alta de 10,4% para a renda agrícola bruta de grãos em 2013 para um total de R$ 124,9 bilhões - o terceiro ano consecutivo de expansão de renda para o setor. Os dados, relativos à safra atual 2012/2013, incluem arroz, algodão, feijão, milho, trigo e soja. O Centro-Oeste ficará com 40% dessa renda agrícola (ou R$ 52,1 bilhões), enquanto o Sul absorverá 36% desse total, ou R$ 46,3 bilhões, segundo o Bradesco.
Otimismo - As projeções da GO Associados também são otimistas. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getulio Vargas, e que, além de grãos, incluem ainda as culturas permanentes (café, cana, fumo e laranja, entre outros), a consultoria aponta aumento de 7% para a receita agrícola bruta em 2013, para um total de R$ 256,8 bilhões. Isso, após uma alta de 4% em 2012 e de 30% em 2011.
Efeito - "O efeito de um aumento de renda tão extraordinário quanto o obtido em 2011 transborda para outros anos e se espalha pelo tecido econômico", diz Fabio Silveira, sócio da GO Associados. "Estive no Mato Grosso há cerca de três meses e o efeito riqueza é visível, ninguém quer falar em crise. Impressiona o número de concessionárias de automóveis."
Soja, cana e milho - A soja explica o ambiente favorável, ao lado da cana e do milho, que também devem obter um desempenho favorável nesta safra. Segundo a GO Associados, nada menos do que 33% de toda a renda agrícola produzida em 2013 virão da soja, cuja produção está concentrada em quatro Estados: Mato Grosso (29%), Paraná (19%), Rio Grande do Sul (15%) e Goiás, responsável por 11% da produção nacional.
Impacto - "Dá para imaginar o impacto que um produto cuja receita aumentou 80% nos últimos quatro, cinco anos tem sobre consumo, tributos e habitação", diz Silveira. Para ele, no caso específico do Sul, as turbulências que atingiram a região devido à forte concentração de setores impactados pela concorrência chinesa, como o de móveis, calçados e têxtil, podem, ao menos em parte, ser compensadas pela força da renda agrícola. (Valor Econômico)
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INFRAESTRUTURA: Porto vai informar e ouvir agricultores para melhorar escoamento de safras
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai implantar o projeto “Porto no Campo”, para aproximação com os agricultores. Reuniões em todas as regiões do Estado começam no mês que vem. O objetivo é informar sobre projetos da Appa, apurar necessidades e tirar dúvidas sobre o escoamento de mercadorias. “Muitos produtores agrícolas têm dúvidas sobre o funcionamento da logística portuária e desconhecem os projetos do governo do Paraná para melhorar ainda mais a estrutura que dispomos. Nossa intenção é ir ao interior, falar com o setor produtivo e ampliar o diálogo com o campo”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Supersafra - O projeto nasceu da perspectiva de nova supersafra e o cuidado do Governo do Paraná em garantir o bom escoamento da produção de grãos. “Estar próximo de quem está no campo só traz avanços. Vamos ouvir produtores e tentar contemplar suas demandas em decisões futuras. Com a troca de experiências, podemos ver como eles estão trabalhando e, com isso, melhorar a experiência de escoamento da safra”, disse Dividino.
Calendário – Na semana passada, a Appa fez uma prévia do projeto, ao participar da reunião promovida pela Secretaria Estadual de Agricultura, em Pato Branco, Sudoeste do estado. No encontro, o secretário Norberto Ortigara, mostrou as ações do Governo do Paraná para melhorar o escoamento da safra, nas estradas e na logística portuária. Participaram da reunião em Pato Branco o superintendente dos portos do Paraná e os diretores empresarial, Lourenço Fregonese, e administrativo-financeiro, Carlos Roberto Frisoli.
Regiões - O Porto no Campo vai percorrer todas as regiões do Paraná. A primeira reunião acontece na primeira quinzena de maio, em Maringá. Depois disso, serão realizados encontros com agricultores de Cascavel, Campo Morão, Londrina, Guarapuava, Pato Branco e Ponta Grossa. (Agência de Notícias do Paraná)
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BNDES: Desembolsos do banco em 2013 sobem 58% no Paraná
O volume de desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) cresceu 58,2% e bateu recorde no primeiro trimestre no Paraná, ao somar R$ 3,2 bilhões. O resultado foi puxado pela agropecuária e pela indústria.
Infraestrutura - O segmento de infraestrutura continua a ter desempenho mais fraco e avançou apenas 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números do Paraná vêm em linha com os nacionais – no primeiro trimestre, os desembolsos do BNDES no país cresceram 52%, para R$ 37,2 bilhões. Incluem operações diretas (contratadas com o próprio BNDES) e indiretas (por meio de agentes repassadores, como Banco do Brasil e Bradesco).
Retomada - Para o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, os números indicam uma retomada dos investimentos no país, embora o setor de infraestrutura ainda esteja demorando para deslanchar. “Ainda dependemos da agenda de concessões, com a publicação dos editais”, disse ele em entrevista no Rio de Janeiro para jornalistas do Sul do país.
Trimestre - Do balanço do trimestre no Paraná, o grande destaque foi a agropecuária, com aumento de 127,6% nos desembolsos. A indústria, por sua vez, cresceu 89,8%, puxada pelos investimentos nas áreas de material de transporte, celulose e papel e extrativa. Entre as linhas que mais têm gerado desembolsos estão o Finem e o Finame, que está usando as taxas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Acima da média - Do total dos investimentos no Paraná, 62,5% foram para micros, pequenas e médias empresas. A participação das empresas de menor porte está acima da média nacional, de 40%. Para os técnicos do banco, essa retomada é sustentável, já que o volume de aprovações de projetos também cresceu. Somou R$ 4,32 bilhões no primeiro trimestre, 80,7% mais que no mesmo período do ano passado. Recentemente o BNDES aprovou um financiamento de R$ 306 milhões para o Boticário para a expansão da rede de franquias e a nova fábrica no Nordeste. O banco também aprovou o financiamento de R$ 32,2 milhões para a GT Foods, empresa avícola com sede em Maringá, que produz as marcas Canção, Gold Frango e Mister Frango.
BNDESPar perde força no lucro do banco - Com participação direta em 200 empresas – a maioria de grande porte – e indireta em 32 fundos de investimentos, a BNDESPar viu seu lucro líquido minguar em 2012 e reduzir sua participação nos ganhos totais do banco de 47,6% em 2011 para 3,6% em 2012. O seu lucro líquido, que somou R$ 4,3 bilhões naquele ano, caiu para R$ 298 milhões no ano passado, puxado principalmente pelas dificuldades das principais empresas nas quais a BNDESPar tem participação – o trio Petrobras, Vale e Eletrobras.
Vale e Petrobras - Da carteira de R$ 100 bilhões da BNDESPar, 50% estão com Vale e Petrobras. Do valor de mercado, o setor de petróleo e gás representa 30,6%, seguido por mineração, com 22,8% energia, com 12,6%, alimentos, com 7,8% e papel e celulose com 7%.
Apostas - As grandes apostas do banco acabaram frustradas com a piora dos desempenhos das companhias. A BNDESPar anunciou que fez uma provisão de R$ 3,325 bilhões referente a possíveis perdas de valor ativos. Parte desse montante – R$ 865 milhões – veio do investimento na LBR-Lácteos, que entrou em recuperação judicial. A BNDESPar colocou R$ 700 milhões no negócio, cuja proposta era criar – por meio da fusão das empresas Bom Gosto e Letbom – uma empresa líder no mercado de leite. Outra parte dessas provisões se devem às perdas no valor de mercado da Eletrobras.
Medidas anticíclicas - A BNDESPar foi usada, a partir da crise de 2008, como uma instrumento de medidas anticíclicas do governo para combater os efeitos da turbulência internacional. Na época, houve uma aceleração do processo de compra de participações em empresas. O banco porém, começa a dar sinais de que pode rever essa estratégia. “A promoção da competitividade de grandes empresas de expressão internacional é uma agenda que foi concluída”, disse recentemente o presidente do banco, Luciano Coutinho.
Potencial - Ele afirma que a política tinha “méritos” e chegou “até onde podia ir”, porque o número de setores em que o país tem potencial para projetar empresas líderes é “limitado”. O economista citou os segmentos de petroquímica, celulose, frigoríficos, siderurgia, suco de laranja e cimento. “Não enxergo outros com o mesmo potencial”, frisou. Segundo ele, a BNDESPar, braço de investimentos do banco em empresas, está concentrado em setores inovadores, como tecnologia da informação, farmacêutico e bens de capital.
Dinheiro tem de focar inovação e eficiência, diz vice da instituição - A agenda de investimentos no Brasil nos próximos anos terá de contemplar ganhos de produtividade e eficiência, na avaliação do vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz. Para ele, o país trilhou o caminho da geração do emprego e do aumento do consumo, mas terá de investir em ganhos de produtividade daqui para frente. “O desafio é fazer tudo ao mesmo tempo e conviver com o crescimento desequilibrado”. O país ainda tem um avanço lento na área de inovação, mas aos poucos há progresso nesse segmento. “Você pode levar o cavalo para beber água, mas não pode obrigá-lo a beber”, diz ele.
Empréstimo - No ano passado, o BNDES emprestou R$ 156 bilhões, montante 12% maior que em 2011 mas ainda inferior ao recorde de 2010 (R$ 168,4 bilhões). Apesar da pressão por recursos para novos financiamentos, o banco não se pronuncia sobre as discussões sobre uma nova capitalização pelo Tesouro Nacional. Ferraz admite, porém, que o banco poderá emitir títulos no exterior. O BNDES montou em 2009 sua operação em Londres para financiar a expansão de empresas nacionais fora do Brasil. (Gazeta do Povo)
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OMC: Europa quer latino-americano na direção da organização
Os 27 países da União Europeia decidiram votar nesta terça-feira (23/04) pelos candidatos do Brasil e do México para a disputa final ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), preterindo os três candidatos da Ásia-Pacífico, confirmaram fontes na Europa. A comissão de seleção pediu aos 159 países membros para apontar duas preferências, entre cinco candidatos, para ir à final decisiva que apontará o novo diretor dessa entidade chave na governança global. A União Europeia decidiu fazer uma lista consensual. Na semana passada, em Dublin, os ministros de Comércio não chegaram a um acordo. A decisão foi enfim tomada ontem, após longas negociações em Bruxelas.
Mais votados - O Valor apurou que o brasileiro Roberto Azevedo e o mexicano Hermínio Blanco foram os dois mais votados. Assim, o embaixador da UE na OMC, Angelos Pangratis, vai se encontrar hoje com a comissão de seleção para apresentar a lista dos dois preferidos em nome de 28 países, incluindo a Croácia, que em julho será o novo membro do bloco comunitário. Nesta segunda-feira (22/04), o mexicano Blanco foi o mais votado pelos europeus, sem surpresa, já que o México tem boa penetração entre os países desenvolvidos e faz parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), espécie de clube dos ricos.
Brasileiro - A escolha de Azevedo confirmou que o candidato brasileiro tem bom trânsito e credibilidade tanto entre os emergentes e as nações mais pobres e também no mundo desenvolvido, ou seja, tem, apoio geográfico ampliado para obter consenso a seu nome. O voto na América Latina do maior bloco econômico do mundo, que faz mais de 30% do comércio internacional, terá implicações para os outros três candidatos na atual "rodada de fogo" que será concluída às 15h desta quarta-feira.
Sem chances - Primeiro, os candidatos da Nova Zelândia e da Coreia do Sul, os ministros de Comércio, Tim Groser e Taeho Bark, têm praticamente sepultadas suas chances de chegar à fase final, sem apoio de seus sócios ricos da Europa. Quanto à candidata da Indonésia, Mari Pangestu, se chegar à final na semana que vem já será com um déficit de 28 votos da ação contra dos europeus, encolhendo sua possibilidade de apresentar-se para fazer consenso entre os países.
América Latina - Além disso, a Europa consolida o sentimento de boa parte na cena comercial em Genebra, de que a vez agora é de um diretor da América Latina, já que os dois candidatos africanos foram eliminados na primeira rodada. A Ásia já teve um diretor-geral originário da Tailândia há oito anos.
EUA - Não há informações de como os Estados Unidos vão votar. Vários países, por outro lado, podem decidir escolher na reta final o candidato que tem realmente mais chances de ser escolhido.
Anúncio - A comissão de seleção deve anunciar os nomes dos três eliminados na quinta-feira ou sexta-feira cedo. Em seguida, será fixada a data da rodada decisiva entre os dois que restarão na disputa. A expectativa é de o substituto de Pascal Lamy estar escolhido até meados de maio.
Três rodadas - O embaixador mexicano, Juan Camacho, procurou nesta segunda o Valor para reiterar que o México quer que a disputa acabe em três rodadas, e não em quatro. A possibilidade de uma rodada adicional foi levantada em nota pelo Ministério das Relações Exteriores do México, repetindo o que está previsto nas regras para caso excepcional. O embaixador admitiu que, na tentativa de esclarecer todas as etapas da disputa, a nota pode ter causado uma certa confusão. (Valor Econômico)
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