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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3087 | 07 de Maio de 2013

NR 36: Fórum em Cascavel debate norma sobre trabalho em frigorífico

O Sistema Ocepar promove, nesta quinta-feira (09/05), na sala de treinamento da Cooperativa Cotriguaçu, em Cascavel, Oeste do Estado, um fórum para discutir a Norma Regulamentadora (NR) nº 36, conhecida como NR dos Frigoríficos, e definir um plano de ações das cooperativas paranaenses para se adequar às novas regras. A NR 36, publicada no Diário Oficial da União do último dia 19 de abril, traz medidas que visam prevenir e reduzir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais em empresas de abate e processamento de carnes e derivados, com adequação e organização de postos de trabalho, adoção de pausas, gerenciamento de riscos, disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, rodízios de atividades, entre outras.

Preparação - “Atualmente, diversas cooperativas agropecuárias paranaenses mantêm unidades que industrializam carnes de frango e suínos, principalmente. Por isso, em 2012 estivemos participando de diversos debates ocorridos durante a elaboração da NR 36, com a Ocepar sediando, inclusive, muitos encontros sobre o tema. Também foi realizada uma visita técnica à Cooperativa Aurora, em Santa Catarina, para conhecer o trabalho desenvolvido nessa área, além de treinamentos de técnicos das cooperativas sobre ergonomia, por meio do método OCRA, um dos sistemas de referência para análise ergonômica do trabalho. Agora, partimos para uma nova etapa de preparação do setor visando atender às exigências da NR 36”, afirma o superintende adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa.

Coordenação - As atividades do Fórum sobre a NR 36 serão coordenadas pela assessora jurídica da Fecoopar, Lusia Massinhan, e pelo assistente técnico da Ocepar, Alexandre Amorim. 

SEBRAE: Curitiba sedia oficina da Região Sul

O presidente do Sistema Ocepar e que também preside o Sebrae/PR, João Paulo Koslovski, participou, na manhã desta terça-feira (07/05), da abertura da Oficina da Região Sul para a construção de uma agenda nacional de desenvolvimento e competitividade das micro e pequenas empresas. Evento este coordenador pelo secretário de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, e que contou ainda com a presença de Fábio Santos Pereira da Silva, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e demais autoridades. Falando em nome do Sebrae/PR, Koslovski destacou a importância da integração da Região Sul, no sentido de viabilizar políticas voltadas para os interesses das micro e pequenas empresas. O dirigente lembrou que, no Paraná, das 500 mil empresas existentes, o Sebrae/PR atuou em 2012 junto a cerca de 100 mil.

Leis municipais específicas - Outro assunto abordado por ele, durante a abertura, foi sobre a necessidade de que os municípios tenham uma lei específica para as micro e pequenas empresas. “Dos 399 municípios paranaenses, apenas 38 ainda não implantaram a lei da micro e pequena empresas. O Sebrae/PR fará um trabalho especial junto a essas administrações para que encaminhem para os legislativos municipais projeto de lei e assim se somem a este importante movimento de fortalecimento do micro e pequeno empresário paranaense”, salientou Koslovski. A oficina continua até o final da tarde desta terça-feira, com debates e palestras no Hotel Lizon, em Curitiba.

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COMÉRCIO: Brasileiro vence mexicano e será diretor-geral da OMC

foto07bra-101-omc-a4A Organização Mundial do Comércio (OMC) elegeu, nesta terça-feira (07/04), o novo diretor-geral da entidade. O escolhido é o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos. O brasileiro disputou com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos. O novo diretor-geral assume o cargo em 31 de agosto, substituindo o francês Pascal Lamy. A eleição foi disputada até o último minuto. O número de votos obtido pelo brasileiro só deve ser revelado mais tarde.

Apoio - Azevêdo teve apoio do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua portuguesa e de várias nações da América Latina, da Ásia e da África. Desde 2008, ele é representante permanente do Brasil na OMC. Azevêdo está diretamente envolvido em assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos.

Diplomata - O embaixador brasileiro, que é diplomata de carreira, foi chefe do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de 2005 a 2006, e chefiou a delegação brasileira nas negociações da Rodada Doha da OMC, sobre liberalização de mercados.

UE e Croácia - Nesta segunda-feira (06/05) a União Europeia e a Croácia, que têm 28 votos, fecharam o apoio ao mexicano. Mas os negociadores brasileiros mantiveram o otimismo, pois o processo eleitoral na OMC não envolve apenas o voto. É necessário negociar um acordo que agrade a maioria, eliminando ao máximo o índice de rejeição.

Voto - Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integram o órgão vota no nome de sua preferência. Para vencer, é preciso ter um mínimo de 80 votos. A escolha é feita em três etapas. O processo de eleição para a OMC começou no final de março, com nove candidatos. Na segunda fase, encerrada no dia 25, ficaram cinco. No final de abril, a OMC comunicou que tinham passado à fase final apenas os candidatos do Brasil e do México. Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do México, Enrique Peña Nieto, participam diretamente das negociações, dando telefonemas e conversando com os líderes mundiais. (Agência Brasil)

MP DOS PORTOS: Governo aceita negociar pontos da matéria

mp portos 07 05 2013O governo admite ceder na negociação com o Congresso para aprovar a MP dos Portos, que tem de passar pelos crivos da Câmara e do Senado até o dia 16, quando perde a validade. O subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, Luís Felipe Pinheiro, disse que o esforço é concentrado para aprovar a MP e que o governo aceita negociar alguns pontos. "Tem algumas sugestões que, em que pese o governo a priori não ser a favor, ele aceita negociar", disse, após debate sobre o setor em evento promovido pela Fiesp, ontem em São Paulo.

Argumento falho - Perguntado sobre a adaptação dos contratos feitos antes de 1993 que já expiraram, Pinheiro disse que se trata de um argumento "juridicamente muito falho", pois são contratos que nunca foram licitados (feitos antes da Lei dos Portos, de 1993). A proposta do governo era prorrogá-los por cinco anos só para que os terminais tivessem como planejar a saída. "Não porque o governo concorde no mérito", disse. Um ponto fundamental para Brasília é que cabe ao poder concedente decidir dar mais cinco anos, se e quando houver interesse público, analisando caso a caso.

Prazo maior - Os empresários conseguiram, porém, aprovar no relatório da MP uma extensão por mais dez anos, o que irritou o Planalto.

Adensamento de área - Segundo Pinheiro, a questão do adensamento de áreas sem licitação também é negociável. Os terminais buscam um fundamento em lei para que possam aditar áreas. O governo aceita debater.

Prorrogação - A possibilidade de prorrogação dos contratos de depois de 1993 também encontra ressonância no governo. Novamente, ela já podia ser feita, mas os terminais buscam um compromisso taxativo.

Avanço - Para o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, um dos artífices da reforma portuária atual, a MP precisa passar "porque o país precisa avançar". Em sua apresentação, Brito criticou a ineficiência das companhias docas frente gestões de portos internacionais. Ele utilizou como base o ano de 2011 para comparar o desempenho do porto de Roterdã, referência na Europa, à do porto de Santos. Até 2010 Brito foi o ministro da Secretaria dos Portos (SEP), à qual as companhias docas são subordinadas. Ele não foi reconduzido ao cargo pela presidente Dilma Rousseff, que em 2011 escolheu Leônidas Cristino para o posto, nome indicado pelos irmãos Ciro e Cid Gomes. A SEP é da cota do PSB.

Mudança cultural - Questionado qual a parcela de culpa do governo na ineficiência, ele afirmou se tratar de "um processo". "Não é uma questão só de ter diretores profissionais, é uma mudança cultural das próprias organizações das autoridades portuárias públicas, que são autoridades que têm um tipo de cultura que é de dezenas de anos."

Arcabouço legal - Brito disse ainda que é preciso mudar o arcabouço legal. "Por que Roterdã é uma empresa eficiente? Não só pela tradição milenar, mas também porque as leis são diferentes. Então o marco regulatório tem de se adaptar a uma nova realidade. Não podemos ter empresas estatais estagnadas no tempo por força de uma lei que não avança." (Valor Econômico)

FUNDAÇÃO UNIMED: Curitiba recebe curso de pós-graduação em UTI

fundacao unimed 07 05 2013Curitiba é mais uma das cidades escolhidas pela Fundação Unimed para receber um de seus renomados cursos de Pós-Graduação. A especialização, com início das aulas previsto para 24 de maio de 2013, tem como objetivo capacitar médicos que desejam exercer a especialidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), aperfeiçoar os conhecimentos daqueles que já atuam nesse segmento, além de também prepará-los para a prova de obtenção do título de especialista da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira).

Transformação - A Fundação Unimed trabalha com foco na transformação das pessoas por meio do conhecimento, buscando o fortalecimento corporativo do Sistema Unimed e a evolução da sociedade como um todo. Por isso, oferece descontos diferenciados para cooperados das Unimeds mantenedoras, proporcionando a todos o acesso a atualização profissional de qualidade.

Inscrições - Os interessados em mais informações sobre o curso e inscrições, devem entrar em contato pelo telefone 0800 70 21 301, e-mail inscricoes@fundacaounimed.org.br ou através do site www.fundacaounimed.org.br. (Fundação Unimed)

UNIMED PATO BRANCO: Concurso cultural está com as inscrições abertas

unimed pato branco 07 05 2013Um concurso cultural que contribui no processo de ensino-aprendizagem e premia os melhores trabalhos em três categorias. Essa é a definição do Unimed Cidadã, um projeto desenvolvido há nove anos pela Unimed Pato Branco e que convida estudantes e professores da rede pública de ensino a refletirem sobre a prevenção de doenças e atitudes de cidadania.

Tema - A cada ano, a cooperativa escolhe um tema para ser trabalhado. Em 2013, o assunto é “Somos Responsáveis Pelos Nossos Atos. Vamos Preservar o Planeta Juntos?”. As inscrições para participar já estão abertas e poderão ser realizadas diretamente nas escolas municipais e estaduais visitadas para a entrega do regulamento de inscrição e convite de participação.

Categorias - O Unimed Cidadã contempla as categorias de Escritor Mirim (Redação), Desenhista Mirim (Desenho) e Docente Transformador (Projeto). O julgamento dos trabalhos é realizado pela Academia de Letras e Artes de Pato Branco (Alap) e o resultado será divulgado no dia 28 de novembro. Os melhores ganham netbooks, câmeras digitais e bicicletas.

Participação crescente - O educador físico e um dos responsáveis pela organização do concurso, Rony Marcelo Slaviero, comenta que a cada ano o número de participações tem aumentado. “Nosso objetivo é sensibilizar, difundir e valorizar as produções textuais, os desenhos voltados à formação dos indivíduos em idade escolar e os projetos desenvolvidos pelos professores. Essa é uma oportunidade de incentivá-los a disseminar o conhecimento, além de ser uma forma da Cooperativa por em pauta assuntos relacionados às transformações da sociedade”, salienta Rony.

Participação - Podem participar alunos e educadores dos 17 municípios da área de ação da Unimed Pato Branco, dos Ensinos Fundamental e Médio, Ceebja e Apaes. Mais informações pelo telefone (46) 2101-3096. (Imprensa Unimed Pato Branco)

SICREDI CENTRAL: Prêmio obtido em projeto com APACN é comemorado

O Sicredi celebrou, na última semana, o reconhecimento que recebeu da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) pelo projeto desenvolvido em parceria com a Associação de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN). O trabalho social recebeu o selo "Referência Estadual" no Prêmio Cooperativa do Ano.

Presenças - Estiveram presentes à solenidade, realizada na sede da Central Sicredi PR/SP, em Curitiba, o presidente da Central e da Sicredi Participações S/A, Manfred Dasenbrock, o presidente da APACN, Antônio Carlos Santos Lima, executivos do Sicredi e da Associação, além de crianças atendidas pela entidade.

Bolsas ecológicas- O projeto premiado consiste em transformar banners utilizados nas campanhas do sistema de crédito cooperativo em bolsas ecológicas. A Central Sicredi PR/SP gera, por ano, mais de mil metros de faixas e banners. Essas peças permaneciam expostas nas Unidades de Atendimento e nos estandes montados pelas cooperativas em eventos regionais. Após as ações, o material ficava guardado, ou era descartado no lixo reciclável (em cidades que dispunham deste tipo de coleta).

Destinação adequada- Para conseguir dar destinação adequada aos resíduos e ainda contribuir com crianças com a saúde debilitada, o Sicredi se uniu à Associação de Apoio à Criança com Neoplasia e à Europarts Comunicação Visual e criou o projeto "O futuro está em nossas mãos!". A APACN ficou responsável pela confecção das bolsas (serviço feito voluntariamente pelas mães das crianças atendidas pela entidade) e a Europarts por fabricar o selo que é aplicado nos bolsos das Ecobags.

Compra - Ao final deste processo, o Sicredi compra as bolsas produzidas pela instituição por R$8,50 a unidade, dinheiro que é revertido para o tratamento das crianças. Atualmente, todos os banners e faixas utilizados são transformados em bolsas ecológicas, que são distribuídas pelo Sicredi em eventos, como brindes para associados. Em pouco mais de um ano de projeto, foram confeccionadas, a partir de mais de 1.600 banners e faixas, aproximadamente mil peças. (Imprensa Sicredi)

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SICREDI PLANALTO DAS ARAUCÁRIAS: Comemoração de 25 anos tem sorteio de prêmio

A Sicredi Planalto das Araucárias PR/SC iniciou, nesta segunda-feira (06/05) as ações em comemoração ao aniversário de 25 anos da cooperativa, que será completado no dia 16 de maio. Para marcar a comemoração, foi lançada a campanha Super Aniversário Sicredi. Foram realizados coquetéis em todas Unidades de Atendimento da cooperativa, localizadas nas cidades de Contenda, São Mateus do Sul, Quitandinha, Balsa Nova, São José dos Pinhais, Lapa, Campo Largo, Rio Negro e Paranaguá e em Canoinhas (SC). A promoção "Super Aniversário" vai sortear uma caminhonete S10 entre os associados que utilizarem os produtos e serviços do Sicredi entre os dias 02 de maio a 30 de setembro de 2013.

Público - A ação promocional é destinada a todos os associados pessoas física e jurídica que realizarem operações financeiras e utilizarem produtos e serviços (investimentos, cartão de crédito ou débito, seguros previdência, débito em conta, crédito comercial, domicílio bancário e cobrança). O número de cupons varia de acordo com o produto utilizado e quantidade adquirida. Além disso, cada novo associado receberá 10 cupons.

Sorteio final - O sorteio final acontecerá no dia 14 de outubro de 2013, na sede da Cooperativa, localizada na Avenida Caetano Munhoz da Rocha, 1.692, Lapa (PR), com livre acesso aos interessados. Para concorrer, além de adquirir produtos ou serviços, é preciso responder à pergunta promocional: "Qual instituição financeira esta completando 25 anos em 2013?". O vencedor leva para casa um automóvel S10 zero quilômetro, flex, com motor 2.4, na cor prata, com rodas de aço 16 polegadas, computador de bordo, freios ABS nas 4 rodas e air bag duplo.

Crescimento - A campanha coroa um período de crescimento do Sicredi na região. "Estamos em franca expansão, com aumento no número de associados, de recursos administrados e de patrimônio. Além disso, estamos investindo em ampliações e inaugurações de unidades de atendimento. Essa campanha é uma forma de retribuir a confiança dos associados e de reinvestir na comunidade, que é um dos nossos princípios", destaca o presidente da Sicredi Planalto das Araucárias, Luiz Roberto Baggio.

Mais informações - Mais informações sobre a promoção podem ser encontradas nas Unidades de Atendimento. (Imprensa Sicredi Planalto das Araucárias PR/SC)

COCAMAR: Estande recebe grande número de visitantes no primeiro dia da APAS

A abertura do 29º Congresso e Feira Internacional de Negócios em Supermercados (APAS 2013), no início da tarde desta segunda-feira (06/05)) na Expo Center Norte em São Paulo, foi marcada pela presença de um público numeroso. Durante todo o dia, milhares de profissionais do setor visitaram a mostra, uma das mais importantes do gênero em nível mundial, que é organizada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) e conta com quase 800 empresas participantes do país e do exterior.

Visitas - Já no primeiro dia, o estande da Cocamar – situado no pavilhão verde - recebeu um grande número de visitantes, a maior parte formada por supermercadistas do Paraná e de vários Estados, em busca de oportunidades de negócios. Entre eles, dirigentes do grupo Angeloni, que recentemente abriu uma unidade em Maringá, sendo recebidos pela equipe do gerente comercial do núcleo de varejo, Marco Roberto Alarcon.

R$ 15 milhões - Segundo Alarcon, o fato de o estande ficar sempre lotado por diretores e titulares de áreas de compras das empresas, demonstra a expectativa e o interesse do mercado em relação aos produtos da Cocamar. “Temos história que consolidou uma tradição entre os consumidores e uma linha de alta qualidade”, comentou o gerente. Sua previsão é que até quinta-feira (9), último dia do evento, o volume de negócios atinja cerca de R$ 15 milhões.

Purity - Além de divulgar o seu diversificado porfólio de varejo, a Cocamar aproveita o ensejo da APAS para fortalecer ainda mais a família de produtos da marca Purity. Para isso, está reconduzindo ao mercado a linha de bebidas matinais a base de soja, dois néctares de frutas (os sabores manga e goiaba), e apresentar o suco de laranja da linha “Bem Caseiro” agora também em embalagens cartonadas de 200ml.

Estratégia – Nesta segunda na APAS, o diretor-secretário da cooperativa, Divanir Higino da Silva, ressaltou a importância da Feira para o crescimento dos negócios  de varejo. De acordo com Divanir, esse setor é parte da estratégia global da empresa que prevê chegar a 2015 com um faturamento ao redor de R$ 3 bilhões. “Temos um potencial muito grande para continuar a expansão nessa área e acreditamos que, em 2015, o varejo estará participando com R$ 1 bilhão”, disse.

História - A participação da Cocamar na APAS 2013 ocorre em meio às comemorações do cinquentenário de fundação da cooperativa e, por isso, o estande foi preparado para fazer alusão a essa história, exposto imagens e fotografias referentes às suas cinco décadas. (Imprensa Cocamar

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SESCOOP/RS: Livro trata sobre cooperativa de trabalho educacional

sescoop rs 07 05 2013 (2)“Cooperativa de Trabalho Educacional – História, Princípios, Governança e Legalidade” é o nome do livro escrito por Ediane Muller Viana e publicado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Rio Grande do Sul (Sescoop/RS). A obra é resultado de um estudo baseado na história e gestão da Cooperativa Educacional de Ensino Básico Coopeb Ltda, pioneira no estado do Rio Grande do Sul, constituída apenas por profissionais de educação. O livro está dividido em quatro capítulos, sendo que o primeiro é dedicado ao conhecimento sobre o ramo educacional, sua história e legalidade. O segundo apresenta a história do Colégio Concórdia, de Porto Alegre, e de sua mantenedora, a Coopeb. Também faz uma reflexão sobre os princípios e valores do cooperativismo. Já o terceiro capítulo discute a relação do cooperado com a sociedade cooperativa. A última parte trata dos mecanismos de governança necessários à boa gestão do empreendimento cooperativo.

Sobre a autora – Ediane Muller Viana é advogada e professora, graduada em Direito pela Universidade Luterana do Brasil. É especialista em Cooperativismo pela Universidade Vale dos Sinos, mestre em Ambiente e Desenvolvimento pelo Centro Universitário Univates. Presta assessoria e consultoria jurídica com foco em gestão cooperativa e ambiental e é membro da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil em Canoas, por meio da qual desenvolve o projeto educacional “Comunidade Consciente”. É instrutora do Sescoop/RS e já atuou como conselheira fiscal da Sicredi União Metropolitana, entre os anos de 2010 e 2012. É sócia, assessora jurídica e vice-presidente da Coopeeb Ltda. 

ENCONTRO NACIONAL: Sindicatos patronais vão discutir sustentabilidade empresarial

encontro nacional 07 04 2013Promover a troca de experiências e conhecimento entre as principais lideranças e representantes sindicais do país e estimular o debate sobre temas ligados ao desenvolvimento do comércio e ao sindicalismo patronal. Esses são os objetivos do 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio, Bens, Serviços e Turismo, que será realizado de 15 a 17 de maio, na Expo Unimed, em Curitiba. O evento deve reunir cerca de dois mil participantes, entre diretores e executivos de aproximadamente mil entidades associativas e patronais e lideranças locais.

Consolidação – Realizado pelo Sindilojas Curitiba e pelo Sirecom-PR, com apoio da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Encontro é itinerante. No ano passado, aconteceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e no próximo ano será realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais.  “Após 28 edições, o Encontro está consolidados e é uma proposta que tem trazido resultados positivos para os demais sindicatos”, disse o presidente do Sirecom, Paulo César Nauiack.

Sustentabilidade industrial - Segundo ele, as discussões deste ano serão focadas no tema sustentabilidade empresarial, já que a  atenção para esse assunto deve ser permanente. “A sustentabilidade empresarial se dá num contexto mais amplo que exige margens adequadas de contribuição e o cumprimento de obrigações sociais, ambientais e tributárias. É difícil manter essa condição convivendo com inúmeras leis e processos que são criados dia a dia por governantes e entidades, sem a devida consideração do papel de cada ator envolvido no processo, ainda mais quando há a pressão da sociedade”, afirma.

Debates e exposição - Um dos principais assuntos a serem abordados no evento é a substituição tributária, com foco nas dificuldades ou benefícios da cobrança do imposto por antecipação. Serão repassadas orientações para auxiliar o empresário a gerir seu negócio nesse novo cenário e prever os investimentos necessários para administrar a receita, considerando instrumentos como controle do fluxo de caixa e planejamento estratégico. Outra questão em voga será a logística reversa. Parte integrante da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sua implantação em todo o país deverá ocorrer, no máximo, em 2016. A medida prevê o retorno para a indústria de materiais, como eletroeletrônicos, para que possam ser reaproveitados pelo fabricante. Mais temáticas serão abordadas, em grupos individualizados, entre elas: cooperativismo de crédito, contribuição sindical, shopping centers, comércio de rua e negociação coletiva. Além disso, serão apresentados os cases de sucesso na comunicação sindical e promovido um painel sobre as súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O evento também vai contar com uma área de exposição de 568 metros quadrados, com aproximadamente 30 estandes de empresas relacionadas ao setor que vão apresentar seus produtos e serviços.

Inscrições - As inscrições para o 29º Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio, Bens, Serviços e Turismo estão abertas. Os valores variam entre R$ 400,00 a R$ 500,00 para congressistas, de R$ 350,00 a R$ 400,00 para assessores jurídicos e executivos e de R$ 350,00 a R$ 400,00 para acompanhantes, conforme períodos pré-definidos. Outras informações podem ser obtidas no site www.sindicatospatronais.com.br/29encontro/ ou pelos telefones (41) 3521-6226 e 3205-0476. (Com informações Imprensa Sindilojas e Sirecom)

IAPAR: “Alerta Geada” para a cafeicultura paranaense já está em operação

iapar alerta geada 07 05 2013Começou a operar, nesta segunda-feira (06/05), o “Alerta Geada”, serviço do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Instituto Tecnológico Simepar voltado à proteção de lavouras novas de café no estado. As previsões podem ser obtidas pelo telefone (43) 3391-4500 e, gratuitamente, na internet (www.iapar.br e www.simepar.br). Na página do Iapar também é possível fazer o cadastro para receber o alerta por correio eletrônico ou torpedo – Short Message Service (SMS) – no celular.

Recomendações - Desde 1995, quando foi implantado, o “Alerta Geada” vem evitando prejuízos com a recomendação de medidas que reduzem os riscos, sempre iminentes, nesta época do ano. A adoção das recomendações é uma decisão do produtor, mas a pesquisa comprova que o custo é compensador.

Medidas de proteção - O agricultor recebe os avisos a tempo de adotar as medidas de proteção. Ao detectar a aproximação de massas de ar frio com intensidade capaz de provocar danos à cafeicultura, é emitido o que os pesquisadores chamam de pré-alerta, com 48 horas de antecedência; confirmadas as condições, após 24 horas, é feito um aviso afirmativo, informa a meteorologista Ângela Beatriz Costa.

Técnicas - As técnicas de proteção são bem conhecidas e utilizadas pelos cafeicultores paranaenses. A partir do disparo de alerta, a recomendação é enterrar completamente as mudas de até seis meses de idade; viveiros devem ser protegidos com cobertura vegetal ou de plástico – lembrando que, em ambos os casos, a proteção deve ser removida tão logo cesse o risco de geada.

Plantas maiores - Já nas lavouras de plantas maiores, de seis meses a dois anos, a técnica adequada é cobrir apenas o tronco com terra, prática que deve ser feita imediatamente e mantida até o final do inverno.

Custo - O economista Paulo Franzini, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), calcula que o cafeicultor desembolse R$ 800 por hectare para fazer o enterrio e desenterrio das mudas com até seis meses. Já o chegamento e retirada de terra nas plantas de idade entre seis meses e um ano custa em torno de R$ 370 por hectare.

Implantação - Ainda segundo Franzini, a implantação de uma lavoura de café custa em torno de R$ 10 mil por hectare. Além do prejuízo financeiro, a perda de mudas atrasa a formação da lavoura. Estima-se que o Paraná tenha hoje cerca de dois mil hectares de cafeeiros com idade inferior a seis meses. Isso equivale a 10 milhões de plantas vulneráveis, expostas ao frio. Sem as medidas preventivas previstas no sistema de alerta, o prejuízo pode ser grande.

Outros setores - Embora dirigido ao parque cafeeiro paranaense – distribuído pelas regiões norte, noroeste e parte do oeste do estado –, pesquisadores e profissionais da assistência técnica vêm observando que outros setores também utilizam as informações do “Alerta Geada” para orientar suas atividades, como a produção de hortaliças, construção civil, área de turismo e eventos e a indústria e comércio de vestuário.

Ativo - O “Alerta Geada” é ativado em maio e permanece em operação até meados de setembro. É um serviço prestado pelo Iapar e Simepar, com apoio da Seab, Emater-PR e Consórcio Pesquisa Café. (Assessoria de Imprensa do Iapar)

MILHO I: “Safrona” de inverno desafia exportação

milho I 07 05 2013Os agricultores brasileiros apostaram alto e estão prestes a retirar do campo mais uma produção recorde de milho de inverno: 40,6 milhões de toneladas. A estimativa é da Expedição Milho Brasil, um projeto inédito idealizado pelo núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, consultoria INTL FCStone e Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) que percorreu os cinco principais estados produtores da segunda safra do cereal nas últimas semanas. A colheita do grão, que deve começar no próximo mês, supera pelo segundo ano consecutivo o volume produzido no verão, deixando o termo “safrinha” no passado.  No campo, a colheita de inverno ganhou um apelido mais condizente com a realidade – “safrona”.

Otimismo - Em Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo analistas, técnicos e jornalistas conferiram que as expectativas de produção são otimistas. E não por acaso. Com os ganhos do inverno passado, os agricultores colocaram em prática a receita de alta produtividade. Adubaram muito bem os solos e a maior parte usou sementes de ponta. E o clima tem colaborado. As regiões que precisam de chuva nesta semana ainda podem alcançar rendimentos iguais ou até superiores aos do ano passado.

Chuva - No Paraná, segundo maior produtor nacional da cultura, choveu no último final de semana em boa parte das áreas secas. “A chuva veio em boa hora. Agora, é esperar que os dias mais frios não nos prejudiquem”, diz o estudante de agronomia Pedro Versari, que trabalha com o pai David em uma propriedade com 600 hectares plantados com milho de inverno em Itambé (Centro-Oeste do estado). Eles esperam 82 sacas por hectare, mesma média de 2012.

Desafio - De outro ângulo, a projeção de safra acende o sinal de alerta para o Brasil, que tem o desafio de aumentar suas exportações num ano de consumo interno estável, recuperação dos maiores produtores e fornecedores globais – os Estados Unidos –, e de vendas antecipadas fracas. A comercialização do grão de inverno segue em ritmo 50% menor do que nesta época do ano passado, constatou a Expedição Milho.

Produção total - Ao todo, o Brasil vai despejar 76,88 milhões de toneladas de milho no mercado, considerando as produções de verão e inverno. Com uma demanda doméstica de 52 milhões de toneladas, o ano deve terminar com mais de 16 milhões de toneladas em estoque, o maior da história. Como agravante, o atraso que vem ocorrendo nos embarques da soja desde o início do ano deve atingir também o mercado do cereal. “O milho só deve começar a ser escoado [para o exterior] a partir de agosto e setembro, o que preocupa muito, porque vai ser a mesma época em que os Estados Unidos começam a sua colheita”, destaca Otávio Celidônio, superintendente do Imea. De acordo com levantamento realizado pela consultoria FCStone, “de fevereiro a abril, as exportações da safra 2012/13 acumulam 4,5 milhões de toneladas, representando 30% dos 15 milhões previstos para todo o ciclo.”

Apoio - Além da realização do Agronegócio Gazeta do Povo, FCStone e Imea, a Expedição Milho Brasil tem apoio do Sicredi, Montana e Perfipar. O projeto percorreu 7 mil quilômetros de estradas. (Gazeta do Povo)

MILHO II: EUA entram em foco

milho II 07 05 2013Se no campo o clima é de euforia com os resultados do milho de inverno, no mercado o momento é de cautela. Com apenas uma pequena parcela da produção comercializada, os produtores aguardam uma definição sobre os rumos da próxima safra norte-americana. Uma ideia mais clara sobre como deve ser a próxima temporada nos Estados Unidos será divulgada nesta sexta-feira (10/05), quando o USDA, o departamento de Agricultura do país, publica seu primeiro relatório de oferta e demanda para o ciclo 2013/14.

Projeções iniciais - As projeções iniciais do governo norte-americano mostram que o país pretende recuperar os prejuízos sofridos com a seca no ano passado semeando áreas recordes neste ano. Em março, o USDA estimou que o milho cobriria 31,2 milhões de hectares e que outros 39,4 milhões de hectares seriam destinados à soja. É a partir desses dados que o órgão calcula, agora em maio, o tamanho da safra de grãos do país. Considerando clima normal e produtividades na linha de tendência, o potencial seria para mais de 90 milhões de toneladas de soja e 370 milhões de toneladas de milho.

Tempo - Com apenas 2 milhões de hectares (5%) plantados até agora, o mercado questiona se os produtores terão tempo de semear toda a área planejada para o cereal. E, mesmo que consigam, não se sabe até que ponto o plantio tardio irá comprometer o desempenho das lavouras. Plantadeiras gigantes de até 16 linhas permitem que, com tempo bom, o plantio avance cerca de 30 pontos por semana. Com chuvas em excesso, parte dos produtores cogita remanejar para a soja áreas inicialmente programadas para o milho.

Simulação - Simulação feita pelo Agronegócio Gazeta do Povo mostra que, mesmo que o plantio do cereal recue 5% em relação ao projetado pelo USDA em março, e que a produtividade média das lavouras fique 7% abaixo da linha de tendência, os EUA encerrariam a temporada 2013/14 com estoques 40% maiores que os do ciclo anterior. Isso considerando demanda (consumo doméstico + exportações) 10% maior.

Geada precoce preocupa no PR - Depois que boa parte das regiões paranaenses que precisavam de umidade receberam chuvas no último final de semana, a preocupação se direcionou para a formação de geada. A previsão aponta para a ocorrência do fenômeno nesta semana nas áreas mais altas do Oeste do Paraná. O Noroeste e Norte não devem ter problemas, afirma o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Renato Lazinski. “As madrugadas mais frias devem ser de quarta e quinta-feira”, avisa. De acordo com o especialista, chuvas estão previstas para o estado a partir da próxima semana, quando também deve haver nova queda dos termômetros.

Perdas - O risco de perdas de milho por frio excessivo está restrito ao Sul do país. Em Mato Grosso, é a seca que preocupa. Neste ano, porém, maior parte dos produtores conseguiu escapar da quebra. Ezequiel Lara, de Sorriso (Médio-Norte), que esperava mais duas chuvas para confirmar alta produtividade na temporada, viu o retorno da umidade um dia depois da equipe da Expedição visitar sua lavoura. Ele acredita que pode superar o índice do ano passado (113 sc/ha). (Gazeta do Povo)

CURITIBA: Ato na Câmara defende criação do TRF no Paraná

tn 620 600 Ato apajufe trfUma manifestação de apoio à criação do Tribunal Regional Federal (TRF) no Paraná foi realizada na Câmara Municipal nesta segunda-feira (06/05). O novo TRF da 6ª. Região terá sede em Curitiba. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 544/02, que prevê ainda a criação de tribunais em Minais Gerais, Bahia e Amazonas, foi aprovada na Câmara dos Deputados em abril e agora precisa ser promulgação pelo Congresso – o que ainda não feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A criação das novas cortes não tem o apoio do Palácio do Planalto nem do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

Proposta - O ato desta segunda-feira foi proposto pela Comissão Executiva da Câmara Municipal e teve o objetivo de mostrar que a instalação do TRF 6 “é necessária para melhoria do atendimento à população, agilização do Judiciário e acesso à Justiça”, segundo nota divulgada no site do Legislativo.

Presenças - Autoridades e personalidades paranaenses participaram do ato. Entre elas estão o presidente da OAB-PR, Juliano Breda; o ex-presidente da seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e conselheiro federal da OAB José Lucio Glomb; o procurador-geral do município, Joel Macedo Soares Pereira Neto; o presidente da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), Antônio César Bochenek; o presidente do Movimento Pró-Paraná, Jonel Chede; o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon; e parlamentares, entre outros. O Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) foi representado pela gerente de Comunicação Institucional, Carmem Murara.

PSD pretende trancar a pauta do Congresso - O deputado federal paranaense Eduardo Sciarra, líder do PSD, voltou a afirmar durante o ato que o partido vai obstruir votações em plenário até que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB), promulgue a PEC 544/2002. (Gazeta do Povo)

CÂMARA FEDERAL: Ministra da Casa Civil irá esclarecer demarcação de terras indígenas

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann irá à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (08/05), para prestar esclarecimentos sobre os processos de demarcação de terras indígenas. O debate será promovido pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), um dos que solicitou o debate, diz que os conflitos entre indígenas e produtores rurais têm aumentado muito no Brasil nos últimos anos.

Demarcações - Segundo os produtores rurais, os processos de demarcação estão sendo realizados sem que os produtores e os municípios tenham acesso às informações. Hoje, a demarcação depende do laudo antropológico da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da manifestação dos envolvidos - estados, municípios, produtores e índios - mas, a decisão final é dada pelo Poder Executivo.

Pressão - Heinze reclama que os produtores estão sofrendo com a pressão da Funai que, segundo eles, ao longo dos anos vem retirando dos produtores milhares de hectares para serem transformados em reservas indígenas. "Estamos denunciando laudos antropológicos fraudulentos. Estamos denunciando áreas da Funai que estão sendo arrendadas para o plantio de lavouras, sendo hoje exploradas com diamantes por exemplo, como é o caso de Rondônia. São várias as situações irregulares e a Funai continua nesse processo, nessa voracidade."

Índigenas - De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem hoje cerca de 740 mil indígenas divididos em mais de 200 etnias.

Solicitação - Também solicitaram o debate os deputados Duarte Nogueira (PSDB-SP), Valdir Colatto (PMDB-SC) e Domingos Sávio (PSDB-MG). A reunião será realizada às 10 horas, no Plenário 6. (Agência Câmara de Notícias)

MICROEMPRESAS: Governo reduz taxa de juros para 5% ao ano

microempresas 07 05 2013A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta segunda-feira (06/05), a redução da taxa de juros para microempreendedores de 8% para 5% ao ano. A mudança, no Programa de Microcrédito Produtivo Orientado, valerá a partir do fim deste mês, segundo informou a presidente. "É um juro praticamente zero", afirmou Dilma, ao discursar na solenidade de posse dos novos diretores e conselheiros da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, na capital paulista. O presidente das duas entidades, Rogério Amato, foi reconduzido ao cargo.

Compromisso - À plateia de empresários, Dilma afirmou ter "um compromisso inquestionável com os pequenos negócios". Será a segunda redução de juros anunciada por Dilma para os microempresários. Quando o programa de microcrédito foi lançado, no primeiro ano de sua gestão, a presidente baixou os juros de 60% para 8%.

Empréstimos - O Programa de Microcrédito Produtivo Orientado, conhecido como Crescer, emprestou até março deste ano R$ 5,9 bilhões, segundo a presidente. Os bancos públicos - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco da Amazônia (BASA) - oferecem até R$ 15 mil para os pequenos empreendedores, com uma taxa de abertura de crédito de 1%, além dos juros.

Participação - Podem participar do programa empresas com faturamento de até R$ 120 mil por ano. Os recursos podem ser utilizado tanto para operações do dia a dia como para compras de equipamentos e máquinas que farão melhorias em instalações.

Redução de custos com manutenção de empregos - Ao discursar para os empresários, Dilma afirmou que é preciso reduzir os cursos do trabalho, sem reduzir o nível de emprego do país. "O mundo pratica uma política de austeridade que tem como efeito corte significativo de salários. Do nosso lado, não estamos pensando em reduzir emprego. Não é essa a nossa política. Mas temos obrigação de reduzir o custo do trabalho", disse.

Medidas estruturantes - A presidente afirmou que o governo está em busca de medidas estruturantes e citou a redução dos encargos na folha de pagamentos como uma delas. Dilma disse também que seu governo aposta em uma "política acelerada de formação e qualificação profissional" e na atração de engenheiros e técnicos de outros países para o Brasil.

Mesmo tratamento - Depois de ouvir o pedido de empresários pela redução de impostos, a presidente afirmou tem dado o mesmo tratamento tanto à redução de tributos quanto aos investimentos em infraestrutura no país e disse que o Brasil se beneficia da mais baixa taxa de juros de sua história.

Confiança - À plateia, Dilma procurou passar confiança ao dizer que "não quebramos quando a crise estoura lá fora", referindo-se às turbulências internacionais. A presidente reforçou que o país tem "juros em níveis civilizados, câmbio equilibrado e inflação sob controle".

Atenção - A alta de preços da economia tem despertado a atenção dos setores econômicos depois que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado em 12 meses chegou a 6,59%, ultrapassando o teto da meta (6,50%) fixada pelo governo. A taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente está em 7,5% ao ano, após alta de 0,25 ponto percentual em abril. (Valor Econômico)

FIESP: Logística do país tem 33% do desempenho dos competidores

O Brasil precisaria aumentar em três vezes os índices de desempenho da infraestrutura de transportes nacional para chegar aos melhores níveis praticados pelos competidores internacionais do país, conclui estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que será apresentado nesta terça-feira (07/05). "Os investimentos feitos nos últimos 12 anos na área de transporte estão muito aquém das necessidades", comentou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. "O que falta é uma gestão eficiente, muitos dos investimentos são feitos e acabam custando muito mais do que deveriam", disse. "Falta planejamento, estratégia, seriedade e coragem para tirar as coisas do papel e fazer acontecer."

Malha viária - O estudo da Fiesp constatou que a maior malha viária no país, a de rodovias, com uma média de 2,5 km por 10 mil habitantes, é, ainda, 43% menor que o padrão de excelência internacional, de quase 4,8 km por 10 mil habitantes.

Indicador brasileiro - Desde o ano 2000 o indicador brasileiro oscila em torno dos 50%. E esse é o item onde o Brasil tem menor diferença em relação ao padrão desejável, o chamado "benchmark", no jargão técnico. O frete rodoviário, de US$ 51,75 para cada mil toneladas por km (em 2010, último ano com dados internacionais para comparação, pelo estudo da Fiesp) é 270% maior que a média de excelência mundial, de US$ 14.

Competitividade - "Temos rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e aeroportos com defasagem, custos altos, tudo isso atrapalha muito a competitividade e o desenvolvimento do Brasil", reclama Skaf. Os dados sobre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos foram reunidos em um único indicador, o Índice de desempenho Comparado da Infraestrutura de Transportes (IDT), que, em 2010 (o último ano da serie calculada pela Fiesp), chegou a 33%. Esse índice indica uma infraestrutura com um terço do desempenho existente nos países que mais competem com o Brasil no mercado internacional.

Primeira tentativa - O IDT, calculado com base em dados das 50 principais regiões metropolitanas brasileiras, e 18 indicadores diferentes, é a primeira tentativa de quantificar a insuficiência e ineficiência da estrutura de transportes no país. "Nossa intenção, com o IDT, é fazer uma radiografia, não estamos apontando as politicas públicas a serem adotadas", diz o diretor do departamento de infra-estrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti.

Enfrentamento dos problemas - Ele comenta, porém, que, ao adotar marcos regulatórios que deixam ao setor público o planejamento e controle e ao setor privado a execução e gestão de obras e serviços, o governo caminha para enfrentar os problemas apontados pelo indicador da Fiesp. "O Brasil adotou, nos últimos anos políticas públicas muito consistentes, muito corretas no sentido defendido pela Fiesp", disse Cavalcanti.

Caminho longo - O caminho a percorrer é longo, no entanto, como apontam os indicadores de oferta, intensidade de uso, qualidade e custo da infraestrutura de transportes reunida pela Fiesp. O Brasil está bem servido de aeroportos, mas com baixa capacidade: em 2010, enquanto os melhores aeroportos mundiais abrigavam 88 pousos e decolagens por hora, os aeroportos da Infraero registravam 38. Esse número representa 43% do benchmark internacional, uma evolução dos 32% referentes ao IDT calculado para o ano 2000.

Piores desempenhos - Os piores desempenhos do Brasil em relação ao padrão de excelência mundial são os relativos a ferrovias (20%) e hidrovias (21%). No caso do transporte ferroviário, embora a capacidade de transporte (tonelagem por quilômetro de linha férrea) seja equivalente ao benchmark internacional, a extensão da malha ferroviária está 93% abaixo do ideal, e o frete por ferrovia é quase 16 vezes maior que o melhor padrão praticado no mundo - no quesito frete ferroviário o benchmark internacional é de apenas 6% do custo brasileiro.

Liberação de mercadorias - Cavalcanti comenta os altos custos de logística, que fazem, por exemplo, com que as mercadorias que levam 324 minutos para ser liberadas nos aeroportos de padrão mundial levassem quase 3,2 mil minutos nos aeroportos da Infraero, em 2010. O custo de se levar um contêiner de 20 pés da região metropolitana ao local da exportação era de, em média, US$ 621 mil no exterior e de quase US$ 1,8 mil no Brasil - indicador que, no começo de 2012, deve ter sofrido deterioração, com os engarrafamentos da safra nos gargalos logísticos do país. "Uma das medidas urgentes é fazer o desembaraço de carga 24 horas por dia, cargas de bilhões esperam nos portos e os funcionários públicos param de trabalhar às 17 horas", critica o diretor da Fiesp. (Valor Econômico)

EPL: Concessões federais vão atrasar, diz Bernardo Figueiredo

As concessões de obras de infraestrutura projetadas pelo governo federal sofrerão atrasos, epl 07 05 2013informou nesta segunda-feira (06/05) o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Em rodovias o atraso será de pelo menos quatro meses, mas em ferrovias parte das licitações pode ficar para 2014.

Rodovias - Em relação às rodovias, Figueiredo disse que o edital dos 7,5 mil km da malha federal que devem ser concedidas à iniciativa privada sairá até agosto. Os leilões, segundo ele, começarão a partir de setembro. "O primeiro lote de sete rodovias sai em julho, era para ser em março. Serão quatro meses de atraso, mas vai sair", garantiu, ao participar nesta segunda, em São Paulo, do 8º Encontro de Logística e Transportes, promovido pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Ao todo, são 13 rodovias federais, divididas em nove lotes.

Cronograma - Figueiredo afirmou que "cronograma é para ser cumprido", mas admitiu que há limitações e "aprendizagem" nos processos licitatórios. Segundo ele, os editais das BRs 116 e 040, que foram suspensos por causa de erros técnicos, estão sendo refeitos.

Ferrovias - No setor de transporte ferroviário, Figueiredo disse que parte dos dez mil km de ferrovias que devem ser concedidos para a iniciativa privada, incluídos no pacote integrado de logística anunciado pelo governo federal no ano passado, pode ser licitada somente em 2014. "Queremos publicar e realizar leilões neste ano, mas alguma coisa pode ficar para o ano que vem", disse.

Conclusão dos estudos - Ele lembrou que os primeiros 2,6 mil km, cujo edital deveria ter sido divulgado em março, ainda aguardam a conclusão de estudos para o andamento do processo. Fazem parte desse grupo, os trechos norte e sul do Ferroanel de São Paulo, o acesso ao Porto de Santos (SP), Lucas do Rio Verde (MT)-Uruaçu, Estrela d'Oeste (SP)-Panorama (SP)-Maracaju (MS), Açailândia (MA)-Vila do Conde (PA).

Segundo grupo - Já o segundo grupo de concessões, que soma 7,4 mil km, ainda passa pelo processo de audiências públicas. "Os projetos caminham, mas estamos revendo os cronogramas, já que os editais desses trechos deveriam ser divulgados agora em maio", lembra.

Recursos - O atraso, aparentemente, não pode ser atribuído à falta de recursos. Participantes de dois bancos financiadores - o BNDES e o Banco interamericano de Desenvolvimento (BID) - lembraram que as instituições tem aumentado o volume de recursos destinados à área de logística.

Logística - No ano passado, 30% dos empréstimos do BNDES foram destinados a projetos ligados à logística, de acordo com Roberto Machado, diretor do BNDES. Em 2008, esse tipo de crédito representou 12%. Machado afirmou que a tendência é que os desembolsos para projetos ligados a logística aumentem proporcionalmente dentro do total disponibilizado pelo banco nos próximos anos.

Infraestrutura - Outro participante do evento, Alexandre Rosa, gerente de Infraestrutura e Meio Ambiente do BID, disse que metade do total do desembolso anual do banco vai para projetos de infraestrutura. A fatia que o banco destina ao setor mostra para onde aponta o crescimento das economias brasileira e latino-americana, segundo ele.

Passivo - Rosa disse haver um passivo no investimento latino-americano em infraestrutura que precisará e deverá ser sanado nas próximas décadas. "Fizemos estudos e constatamos que os países da região, incluindo o Brasil, investem cerca de 3% do PIB em infraestrutura. Para competir com uma Coreia do Sul, por exemplo, a taxa teria que ser de 5%. Com a China, de 7%", disse.

BID - Na avaliação do BID, quatro fatores principais levaram à incipiente taxa de investimento na região nas últimas duas décadas: visão desintegrada de transporte, falta de planejamento público, escassez de projetos privados e legislação inibidora de investimentos no setor. Segundo Rosa, a infraestrutura vai puxar o crescimento brasileiro. "Assim como a ascensão da classe C, a inclusão social e o aumento de consumo foram os responsáveis pelo crescimento do país nos últimos dez anos, o investimento em infraestrutura agora terá esse papel", afirmou. (Valor Econômico)

EXECUTIVO DE VALOR I: Inflação torna-se a principal preocupação de empresários

executivo2013 05 07A inflação voltou ao topo das preocupações dos executivos brasileiros. Em uma lista de seis problemas imediatos - inflação, câmbio, mão de obra, inadimplência, custo do crédito e demanda fraca -, o aumento dos preços recebeu notas de oito a dez para a maioria dos 23 premiados na 13ª edição do "Executivo de Valor", durante evento realizado nesta segunda-feira (06/05) à noite, em São Paulo. O prêmio é concedido aos melhores executivos em 23 setores da economia.

Ameaça - "Tudo o que a indústria tenta ganhar em produtividade para ser mais competitiva perde na inflação. Essa escalada inflacionária é uma grande ameaça", diz Fábio Venturelli, presidente do grupo sucroalcooleiro São Martinho. "A inflação reduz a capacidade de compra das pessoas e quem mais sofre são os que têm os menores salários", diz Márcio Utsch, presidente da Alpargatas.

Fatores de longo prazo - Se a inflação é o principal entrave de curto prazo ao crescimento, fatores de mais longo prazo também foram apontados. A qualificação da mão de obra - temor número um em 2012 - ficou em segundo lugar neste ano, acompanhada de perto pelo câmbio. A receita dos executivos para um Produto Interno Bruto (PIB) mais vigoroso e sustentável nos próximos anos passa pelo aumento da competitividade.

Inquietações - Demanda fraca e o câmbio valorizado estão entre as maiores inquietações de Harry Schmelzer, presidente da fabricante de motores elétricos WEG. "A indústria passa por um momento difícil, o que pode ser percebido pela perda gradual de dinamismo e de participação do setor na economia", diz. Para ele, as medidas adotadas pelo governo - como redução do custo do crédito e desoneração da folha de pagamento - ajudam a mitigar o problema. Mas a retomada do crescimento envolve mais investimentos em infraestrutura e logística.

Investimento privado - O Brasil deveria primeiro estimular o investimento privado, diz o presidente da Microsoft, Michel Levy, e para isso é necessário rever a política industrial. "Existe forte movimento para aquecer a demanda, mas é preciso se preocupar com o incentivo à produção", diz. Os investimentos em inovação precisam ganhar força, segundo Carlos Fadigas, presidente da petroquímica Braskem. "O baixo crescimento nos últimos anos deixou claro que não se pode prescindir da expansão da indústria". (Valor Econômico)

EXECUTIVO DE VALOR II: Investimento, em produção e infraestrutura, deve ser prioridade

A receita dos empresários vencedores da 13ª edição do prêmio "Executivo de Valor" está voltada ao incremento da oferta da economia - seja na própria produção, seja na infraestrutura. Para eles, os estímulos ao investimento do setor privado formam o caminho mais seguro rumo a um crescimento econômico robusto no longo prazo. Para alguns, isso passa por uma política industrial mais clara; para outros é preciso, primeiro, retomar a confiança do empresariado, seja o que já está aqui, seja dos investidores externos.

Demanda - "Há um forte movimento para aquecer a demanda, mas é preciso se preocupar com o incentivo à oferta, ou seja, à produção", diz o presidente da Microsoft, Michel Levy. A preocupação ecoa mesmo entre aqueles que são claramente favorecidos pelo motor do consumo. "O país precisa de investimento e não só de fomentar o consumo", afirma Márcio Utsch, diretor-presidente da Alpargatas, a fabricante das Havaianas. Utsch defende investimentos em infraestrutura, energia elétrica, segurança e transporte para que o país volte a crescer. Resumindo as preocupações do empresariado, o executivo diz que o incentivo ao consumo pode até trazer efeitos positivos, mas são temporários, enquanto o investimento tem impacto perene.

Mesma linha - Na mesma linha, o presidente da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, confere atenção especial à infraestrutura. Segundo ele, o caminho para a retomada do crescimento econômico do país passa pela expansão do investimento, tanto público quanto privado, principalmente no setor de infraestrutura.

Produtividade - Produtividade foi a palavra escolhida por Murilo Ferreira, presidente da Vale, como algo crucial para que o país volte a crescer. "Vivemos em uma economia global com competidores muito fortes", diz Ferreira. Segundo o executivo, uma política fiscal competitiva é elemento fundamental para que uma empresa consiga incrementar seu desempenho.

Política industrial - O presidente da petroquímica Braskem, Carlos Fadigas, diz que para o Brasil voltar a crescer deve, no curto prazo, continuar aprimorando sua política industrial, especialmente nos setores que ainda enfrentam concorrência desigual de produtores de outros países. Segundo Fadigas, a desoneração tributária que já beneficiou alguns setores é um passo importante nessa direção, mas é preciso estimular mais os investimentos em inovação e continuar reduzindo os gargalos de infraestrutura.

Crescimento sustentável - "O baixo crescimento do PIB nos últimos anos deixou patente que não se pode prescindir da expansão da indústria e que apenas os setores de serviços, agronegócio e comércio, juntos, não são suficientes para garantir um crescimento sustentável para o país", disse o presidente da Braskem.

Transparência - "Políticas públicas claras" é o que pede o presidente do grupo sucroalcooleiro São Martinho, Fábio Venturelli. "Não pode ser uma agenda de crescimento a qualquer custo. Não adianta ser consumidor de produtos de baixa qualidade ou ser um produtor de itens de qualidade questionável", diz Venturelli. "A política pública tem que ser condizente com um crescimento sustentável."

Segurança - Para o presidente da rede O Boticário, Artur Grynbaum, para o país voltar a apresentar crescimentos robustos, é necessário que algumas premissas, determinadas pelo governo, fiquem mais claras ao mercado e com isso, devolvam a segurança aos agentes, fazendo retornar os investimentos. "Há um ambiente hoje não tão claro para investimentos", afirma ele.

Preocupação compartilhada - A preocupação é partilhada pelo executivo José Galló, presidente da Renner, e pelo presidente do BTG Pactual, André Esteves. Para o país voltar a crescer, diz Galló, é preciso uma retomada da confiança no mercado e um processo de novos investimentos, mas há hoje uma "razoável dose de temor de novos investimentos" no Brasil.. "O Brasil precisa recuperar a confiança perdida por uma série de 'mal entendidos' para voltar a crescer", resume Esteves.

Marcos regulatórios claros - O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, também defende a criação de marcos regulatórios claros, a exemplo do setor elétrico. Ainda segundo ele - que tem na mão de obra uma das principais preocupações - o Brasil para crescer tem de fazer pesados investimentos em infraestrutura.

Aumento dos investimentos - O Brasil precisa elevar o nível de investimentos diretos, atualmente entre 17% e 19%, para voltar a crescer, segundo o empresário André Gerdau Johannpeter, presidente do grupo Gerdau. Para ele, o setor público tem de aplicar mais, principalmente em parcerias público privadas (PPPs) na área de infraestrutura. O executivo destacou também a reforma tributária, que seria fundamental para inverter a perda de competitividade do setor industrial brasileiro. Em especial, disse, da siderurgia, um setor afetado pela entrada direta de aço, bem como indireta, por meio da importação de bens acabados, como automóveis e máquinas. (Valor Econômico)

ECONOMIA: Balança comercial tem superávit de US$ 409 milhões no início de maio

A balança comercial iniciou o mês de maio com superávit de US$ 409 milhões, após fechar o mês de abril com rombo de US$ 994 milhões, maior déficit para o período desde 1959. O valor foi resultado da diferença entre exportações de US$ 2,310 bilhões e importações de US$ 1,901 bilhão.

Dois dias úteis - O saldo positivo diz respeito a apenas dois dias úteis deste mês. No acumulado do ano, a balança segue deficitária em US$ 5,741 bilhões. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (06/05) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Média diária - A média diária de vendas externas no início de maio ficou em US$ 1,155 bilhão, 9,5% superior à registrada em maio do ano passado. Já as importações atingiram US$ 950,5 milhões segundo o critério da média diária, 3,3% superior à do mesmo mês em 2012.

Combustíveis - Segundo o MDIC, a demanda doméstica de combustíveis contribuiu para o déficit recorde da balança registrado para o mês de abril. O governo alega que, entre dezembro e abril, foi obrigado a registrar importações da Petrobras feitas ao longo de 2012 e que ainda não haviam sido computadas.

Superávit - A posição oficial do MDIC é que, apesar dos resultados negativos do primeiro quadrimestre, a balança encerrará 2013 superavitária. O governo diz ainda que espera exportações elevadas, nos patamares dos últimos dois anos, mas não fixou uma meta. (Agência Brasil)

OPINIÃO: Produzir e liderar

*Por Giovani Ferreira

Não restam dúvidas sobre o potencial brasileiro frente à crescente demanda mundial por alimentos e energia. O país tem área e tecnologia para, se preciso for, dobrar sua produção. Isso no curto, médio ou longo prazo. O ritmo, quem vai ditar, é o mercado. Além, é claro, da infraestrutura, de armazenagem e escoamento da produção. Em suma, um horizonte que nos impõe oportunidades e desafios. Que o Brasil tem condições de ampliar sua oferta de maneira rápida e substancial o mundo já sabe. A grande pergunta é se nós conseguimos entregar. Eu diria que hoje não. Pelo menos não da forma ideal, contínua e sem riscos para vendedor e comprador. Se pelo menos houvesse condições de armazenar nossa safra, para então escoar de forma ordenada e escalonada. Mas nem isso. A considerar a atual de 185 milhões de toneladas, o déficit brasileiro em capacidade estática de armazenagem fica acima das 60 milhões de toneladas.

Contudo, essa limitação logística, que começa no campo e se agrava nas rodovias e ferrovias, satura e expõe os portos, que estão na ponta de todos esses gargalos, ainda não é o maior dos nossos problemas. Com a produção crescente, o Brasil precisa como nunca acessar e consolidar novos mercados. A oferta adicional não pode, sob pena de comprometer a rentabilidade do setor, descolar da demanda. Um exemplo claro que gera preocupação e exige ação imediata, do público e do privado, está no milho. Há 10 anos praticamente não exportávamos o cereal, que tinha um volume ajustado ao consumo. Em 2011, saíram pelos portos brasileiros 10 milhões de toneladas. Em 2012, surpreendentes 20 milhões de toneladas. Uma década em que a produção cresceu mais de 30 milhões de toneladas, para quase 77 milhões de toneladas na temporada 2012/13. Assim, haja mercado interno e exportação para tamanha variação.

A marca recorde dos embarques do ano passado tem a ver com a frustração de safra nos Estados Unidos, o maior produtor e exportador. Os norte-americanos reduziram suas operações no mercado internacional e o Brasil, com oferta excedente, ocupou esse espaço. O problema é que esse espaço não é nosso. Foi ocupado de forma momentânea, no vácuo de um líder que foi obrigado a sair do mercado. E agora, com a possível recuperação dos Estados Unidos, o que será do nosso milho? Teoricamente, em 2013 teríamos de exportar as 20 milhões e toneladas do ano passado e mais um pouco. A considerar o volume total, do milho de 1ª e 2ª safras, nossa oferta é de quatro milhões de toneladas adicionais em relação a 2012. Podemos vencer essa marca nos embarques? Dificilmente, para não dizer impossível. Em analogia aos campeonatos de futebol, passamos a depender do resultado de terceiros. Ou seja, do desempenho da nova safra nos Estados Unidos, que apenas começou a ser plantada.

Ainda nesse sentido, figurado, também vale lembrar que na maioria das vezes, quando se depende do resultado dos outros, é preciso fazer na nossa parte, justamento onde o Brasil perde competitividade. E não estou falando apenas de infraestrutura. Mas principalmente de mercado, sem o qual de nada adiantaria ter armazéns ou logística eficiente. E vice-versa. Não temos mercado porque não temos infraestrutura que garanta nossa entrega? Ou não temos infraestrutura porque não temos mercado? Pode até ser que alguém pense diferente. Mas a lógica, indiscutível, é o fato de que a dificuldade em acessar e consolidar clientes internacionais está, sim, diretamente associada à falta de segurança na entrega. O que não tem nada a ver com a capacidade de produção é bom que se diga. Mas na capacidade de tirar essa produção de dentro da porteira, de fazer chegar aos portos e ao destino final. Não é questão técnica-agronômica, mas operacional.

Dominar e liderar a produção são requisitos importantes, mas não bastam. Para ser líder é necessário ter mercado, fidelizar e ampliar esse mercado. Caso contrário não há porque apostar e investir no aumento da produção. Ou então temos que fazer isso num ritmo mais lento, mais responsável e mais planejado, onde oferta e demanda possam caminhar juntas, lado a lado. Falo de um ritmo sustentável, seguro e de risco calculado. O que não pode é aumentar a produção em 20 milhões de toneladas – variação de 2011/12 para 2012/13 – sem ter demanda para isso. Não podemos simplesmente ficar torcendo para que a safra do nosso maior concorrente sofra um revés de tal maneira que essa frustração possa sustentar preço ao milho brasileiro. Isso é depender de terceiros. Tudo bem. Faz parte do jogo. Mas e a nossa parte?

Precisamos, sim, incrementar, melhorar e dar eficiência à nossa logística, o que bem ou mal, cedo ou tarde, está sendo encaminhado. Mas e o mercado? Como firmar posição, consolidar e fidelizar parceiros nesse ambiente cada vez mais competitivo? Uma pergunta difícil de responder, mas que deve ser partilhada, entre produtores e governo, de forma que a oportunidade supere o desafio e se torne realidade, consolide o Brasil como não somente como um grande produtor, como também um grande exportador.

*Giovani Ferreira é jornalista e coordenador do Núcleo de Agronegócio do jornal Gazeta do Povo


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