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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3134 | 12 de Julho de 2013

DIA INTERNACIONAL I: Cooperativismo é homenageado na Câmara dos Deputados

O movimento cooperativista brasileiro recebeu homenagem no plenário da Câmara dos Deputados, em uma sessão solene, na manhã desta quinta-feira (11/07). A iniciativa, proposta pelo deputado Osmar Serraglio – vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) – faz parte das comemorações pelo Dia Internacional do Cooperativismo, data mundialmente celebrada no primeiro sábado de julho. A cerimônia contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, diversos representantes do setor, além dos parlamentares que fizeram questão de prestigiar o movimento. Colaboradores dos Sistemas OCB e OCDF também marcaram presença na sessão.

Força transformadora - “O cooperativismo é um movimento com uma força transformadora muito grande junto à sociedade. Nada melhor do que comemorar o dia dedicado internacionalmente a ele no local onde essas transformações nascem, crescem e ganham representação. Em nome dos quase 11 milhões de cooperados que, com eles, trazem cerca de 44 milhões de pessoas em todo o país ligadas ao cooperativismo, agradeço a vocês, parceiros, por essa homenagem. E podem ter certeza: as cooperativas permanecem fortes, mesmo em tempos de crise”, discursou Lopes de Freitas.

Agenda extensa - E enfatizou: “O cooperativismo brasileiro tem hoje uma agenda muito extensa, é verdade. Mas, principalmente, uma agenda cumprida, com o apoio indispensável desta Casa e da Frencoop. Graças às defesas que vocês, parlamentares, promovem aqui, importantes conquistas foram alcançadas para o setor ao longo dos últimos anos. Quero deixar aqui o meu reconhecimento por vocês entenderem a importância deste braço econômico que é o cooperativismo”. O dirigente cooperativista aproveitou a ocasião para declarar que a OCB continuará envidando todos os esforços ao longo do ano pela aprovação de um dos projetos mais importantes para o setor, em tramitação atualmente na Câmara – o do Ato Cooperativo.

Conquistas - O atual presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka (MS), fez questão de relembrar uma das maiores e mais recentes conquistas do movimento cooperativista, que foi a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro. E resumiu: “É exatamente em meio a esse tempo de crise que o país vive hoje que aproveitamos para defender a força transformadora do cooperativismo”.

Tema - O requerente da sessão solene e vice-presidente da Frencoop, deputado Osmar Serraglio (PR), enalteceu as características que levaram a Aliança Cooperativa Internacional a escolher o tema da comemoração deste ano: cooperativas se mantêm fortes em tempos de crise. “A Frencoop atua em defesa do cooperativismo por acreditar que o movimento é capaz de conseguir um mundo mais justo e solidário. As cooperativas já demonstraram se comportar muito bem em momentos de crise, superando dificuldades e indo sempre contra a exclusão social e a concentração de riquezas”, disse Serraglio.

Depoimentos – Parlamentares de diversos partidos fizeram questão de prestigiar a homenagem ao cooperativismo. Dentre os que se pronunciaram esteve o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PR), que reafirmou em seu discurso a importância do segmento para a sociedade e, principalmente, para a economia brasileira. Incentivador do sistema cooperativista no país, Vargas ressaltou que a força do movimento é exemplar, desde o início da sua concepção: “Pelo fato de haver nascido da resistência, a união pelo cooperativismo foi uma resposta da sociedade aos riscos da concorrência predatória decorrente da Revolução Industrial. Desde aquela época, a união de forças entre pessoas ou grupos de interesse venceu as dificuldades e equilibrou o processo, em benefício da competição sadia que toda economia deve primar”, pontuou.

Grande família - A senadora Ana Amélia (RS), grande defensora das causas cooperativistas junto ao Senado Federal, também fez questão de se pronunciar: “O cooperativismo é como uma grande família, onde os mais velhos ensinam os mais novos. E é justamente dentro da família que a gente faz escola”.

Crédito - O deputado Luiz Carlos Heinze (RS) citou os sistemas cooperativos de crédito – Sicoob e Sicredi – como grandes exemplos de sucesso: “São instituições que alcançaram nos dias de hoje importância ímpar para a economia nacional, se tornaram grandes potências, sem no entanto se esquecer de sua pequena célula – o cooperado. Motivo de orgulho para todos nós”.

Resposta - Numa alusão aos recentes acontecimentos no cenário político brasileiro, o deputado Giovanni Cherini (RS) afirmou: “Hoje é um dia de lutas no Brasil por aquilo que está errado. E o cooperativismo está aqui para mostrar que trabalhar de forma cooperativa é a resposta para o que está errado nas ruas”. E garantiu que, ao longo de 2013, “a grande conquista que a Câmara dará ao cooperativismo será a aprovação do Ato Cooperativo”.

Inspiração - Domingos Sávio (MG), corroborando com o pensamento de Cherini, defendeu: “O cooperativismo deve nos inspirar nesse momento histórico e se juntar às manifestações da rua para pedir um Brasil mais solidário.” O parlamentar afirmou, ainda, que o cooperativismo é um movimento que merece tratamento diferenciado e que o Ato Cooperativo precisa ser aprovado o quanto antes. (Informe OCB)

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DIA INTERNACIONAL II: Cooperativismo é um movimento sustentado por princípios e valores notáveis, diz Serraglio

O deputado federal e vice-líder do Governo, Osmar Serraglio, que é vice-presidente da Frente Parlamentar Mista do Cooperativismo no Congresso Nacional, presidiu a sessão realizada na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado no último sábado (06/07). Serraglio lembrou em seu discurso que são mais de 300 mil empregos diretos em mais de 6.500 cooperativas, com dez milhões de associados envolvendo em torno de trinta milhões de brasileiros. “Só de salários e benefícios ao trabalhador o sistema injeta mais de oito bilhões de reais na economia nacional. Suas exportações, que oferecem solidez às nossas reservas cambiais, montam em mais de seis bilhões de dólares, dos quais, 98% correspondem ao setor agropecuário, principalmente nos complexos sucroalcooleiro, soja e carne, atendendo a mais de uma centena de países”.

Ocepar - Ele destacou ainda que as cooperativas do Paraná movimentaram mais de R$ 38,5 bilhões em 2012.  “Como paranaense, rendo justa homenagem às nossas cooperativas, na pessoa do presidente da Ocepar – Organização das Cooperativas do Paraná, João Paulo Koslovski, com quase 240 cooperativas, que correspondem a 16% do PIB paranaense e a 56% do PIB agropecuário do nosso Estado, com exportações que superam a US$ 2,1 bilhões”.

Princípios e valores - O deputado disse que o cooperativismo é um movimento que se sustenta por princípios e valores notáveis, que promovem o desenvolvimento econômico e o bem-estar social de toda a comunidade onde é atuante. “Por isso, a homenagem que ora prestamos ao Dia Internacional do Cooperativismo se insere, perfeitamente, entre os temas merecedores da atenção e da deferência deste Plenário”, destacou, ressaltando ainda que as cooperativas se caracterizam por seus princípios socializantes, que se fundamentam na solidariedade, participação democrática, independência e autonomia de seus integrantes, cujo movimento teve sua origem em manifestação das camadas sociais oprimidas contra a exclusão social e a concentração da riqueza.

Ato cooperativo - Serraglio, como outros parlamentares que usaram da palavra em homenagem e defesa do setor, defendeu a apreciação de matérias relevantes para o segmento cooperativista, dentre as quais destacou o Projeto de Lei Complementar nº 271, de 2005, que regulamenta dispositivo constitucional, atribuindo tratamento tributário diferenciado para o ato cooperativo. “Se aprovada, a proposição permitirá o reconhecimento das cooperativas como entidades de apoio aos seus associados, diferenciando-as de outros tipos de organizações societárias e estabelecendo incentivos concretos ao fortalecimento do cooperativismo”.

Superação de adversidades - Reforçou que as cooperativas representam uma das mais bem sucedidas experiências de superação de adversidades. “Historicamente, elas se mostraram muito eficientes no soerguimento de economias e comunidades afetadas por crises políticas, financeiras e sociais. O princípio do auxílio mútuo leva à união das pessoas; e a geração de trabalho e renda contribui, de forma crucial, para o apaziguamento de conflitos”.

Representatividade - Serraglio saudou as entidades representativas do setor, reconhecidamente as que integram o Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), as quais, segundo o deputado, “muito bem atuam na difusão dos nobres ideais do associativismo como instrumento efetivo para a solução de problemas econômicos e sociais” e encerrou dizendo: “Vejo renovada minha confiança em uma alternativa viável de desenvolvimento sustentável para numerosas comunidades, bem como de geração de empregos, de acesso a bens e serviços, de aumento da produção agrícola e de redução das desigualdades”.

Dia Internacional do Cooperativismo - É comemorado anualmente no primeiro sábado do mês de julho, data definida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O tema deste ano é “Empresas cooperativas continuam fortes em tempos de crise”. A ONU declarou 2012 como Ano Internacional das Cooperativas. No Brasil, o cooperativismo envolve diretamente 44 milhões de pessoas, entre trabalhadores e famílias. Ele movimentou R$ 97 bilhões em 2010, 6% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (Assessoria de Imprensa do deputado federal Osmar Serraglio)

 Clique aqui e confira na íntegra o discurso de Osmar Serraglio

 

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FÓRUM DAS FIAÇÕES: Vinte e cinco profissionais participam do evento em Campo Mourão

O Sistema Ocepar promoveu, nesta quinta-feira (11/07), em Campo Mourão, o Fórum das Fiações com a participação de 25 profissionais das áreas industriais e comerciais das cooperativas Coamo, Cocamar, Integrada e Copasul. O professor Eugênio Stefanello ministrou palestra sobre as perspectivas da economia nacional e internacional no segundo semestre de 2013 e seu impacto no mercado têxtil. Na sequência, foram discutidas questões relacionadas a gastos de energia, produtividade das indústrias, mão de obra, preços pagos pelo algodão em pluma e de venda dos fios, principais clientes e visão de futuro para o setor. “Este fórum é realizado nos últimos cinco anos sob a coordenação do Sistema Ocepar. São quatro reuniões por ano, sendo que cada encontro é promovido numa das cooperativas participantes do Fórum. A programação é finalizada com uma visita à fiação anfitriã”, informa o analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti.

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MELHORES E MAIORES I: C.Vale é a melhor empresa do país em aves e suínos

maiores melhores CVale 12 07 2013A edição 2013 das Melhores e Maiores da Revista Exame apontou a C.Vale como a melhor empresa do Brasil  em aves e suínos. A cooperativa também aparece como a 152ª maior empresa brasileira em vendas, crescendo 14 posições, com vendas líquidas equivalentes a US$ 1,6 bilhão de dólares (R$ 3,27 bilhões) no ano passado. Entre as empresas do segmento comercial, a cooperativa aparece como a 31ª maior do país do comércio por vendas. O levantamento mostra, ainda, que a C.Vale subiu quatro posições entre as maiores da região Sul, ficando na 18ª colocação.

Receita Líquida - O estudo publicado pela Revista Exame comparou também o desempenho das 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro por receita líquida. No Paraná, a cooperativa aparece como a 3ª maior e na 7ª posição no Sul do país. Para o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, a  estratégia focada na industrialização e agregação de valor colocou mais uma vez a cooperativa entre as melhores e maiores do país. “Com a diversificação de produtos e mercados, nos últimos 18 anos temos dobrado a receita a cada quatro anos”, afirma Lang. (Imprensa C.Vale)

DESEMPENHO DA C.VALE  EM 2012

Brasil

1º em aves e suínos

152ª maior em receita líquida

31ª maior do comércio

Região Sul

18ª em receita líquida

Agronegócio

3ª maior do Paraná

7ª maior do Sul

25ª maior empregadora do Brasil

33ª maior do Brasil em receita líquida

42ª maior por ativo total

 

MELHORES E MAIORES II: Frimesa ocupa novas posições entre as maiores do Brasil

frimesa 12 07 2013Entre as 500 maiores e melhores, hoje a Frimesa é a 388ª maior em vendas, de todo o Brasil, subindo 50 posições. A nova colocação vem do crescimento de 29% no faturamento em 2012, o que representou um total de R$1.343 Bilhão, contra R$1.047 Bilhão, em 2011. O resultado pode ser visto através da recente publicação das Maiores e Melhores do país, de acordo com a Revista Exame, da Editora Abril. A pesquisa veiculada na edição de julho de 2013 é o resultado da parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis e Financeiras (Fipecafi), Instituição ligada à Universidade de São Paulo.

Demonstrações contábeis - Para elaborar a lista das 500 maiores, a Exame avaliou as demonstrações contábeis de 1.245, divididas em 22 setores. O critério de avaliação escolhido pela publicação foi o da receita de vendas – Faturamento Bruto.

Sul e Paraná - A cooperativa ocupa ainda a 55ª posição, se considerada somente a região sul do país e, no Paraná, é a 27ª maior empresa. O levantamento mostrou as maiores e melhores do agronegócio. A Frimesa é a 73ª colocada entre as maiores empresas brasileiras. Somente na região Sul, figura na 22ª posição. Já entre as maiores empregadoras do agronegócio brasileiro, a Frimesa subiu 10 posições e está no 28ª lugar, resultado dos mais de 5000 empregos diretos, gerados pela empresa. A Frimesa está ainda na 13ª colocação das maiores do Agronegócio paranaense e das empresas alimentícias do estado, está na 11ª posição.

Frimesa Desempenho                                    2011                           2012

Faturamento                                             R$1.047 bilhão           R$1.343 bilhão

500 Maiores e Melhores – Brasil (geral)          438ª                            388ª

Maiores e Melhores – Sul (geral)                    65ª                             55ª

Maiores e Melhores – Paraná (geral)              30ª                              27ª

500 Maiores do Agronegócio – Brasil             87ª                              73ª

50 Maiores do Agronegócio – Sul                   25ª                             22ª

50 Maiores Empregadoras do Agro Brasil       38ª                             28ª

Maiores do Paraná – Agronegócio                 15ª                             13ª

Maiores do Paraná – Alimentos (geral)         12ª                              11ª

 

MELHORES E MAIORES III: Com faturamento de R$ 2,2 bilhões em 2012, Lar se destaca em vendas

lar 12 07 2013A edição 2013 da Revista Exame - Melhores e Maiores empresas brasileiras, aponta a Cooperativa Agroindustrial Lar como a 230ª maior empresa brasileira em vendas, com faturamento de US$ 1,11 bilhão em 2012, o que equivale a R$ 2,2 bilhões. Em relação as 100 maiores empresas da região sul do Brasil ocupa a 26ª posição. Outra colocação de destaque é 42ª posição entre as 400 maiores empresas do agronegócio brasileiro, sendo que na região sul ocupa o 9º lugar. Para o diretor presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, o desempenho da cooperativa no ano de 2012 mostra uma posição confortável e, estar entre as 300 maiores e melhores empresas,  é fruto de investimentos, trabalho e avanços significativos nos últimos 15 anos, pela diversificação de atividades e produtos, o que gera o aumento de faturamento da Lar.  Ele disse que o esforço e a dedicação não vão parar e que em 2013 todos os projetos serão concluídos. “O crescimento da Lar é o reflexo do crescimento econômico de seus associados, cujos negócios são feitos através da cooperativa”, reiterou o dirigente. (Imprensa Lar)

 

 

CLASSIFICAÇÃO  DA LAR

CRITÉRIO                                                                                       CLASSIFICAÇÃO

Volume de vendas no Brasil (500)                                                     230º lugar

Maiores empresas da região sul (100)                                                 26º lugar

Maiores empresas do agronegócio – Vendas (400)                              42º lugar

Maiores empresas do agronegócio – Região Sul – Vendas (50)              9º lugar   

 

AÇÃO COOPERATIVA: Arrecadação de alimentos de outros produtos é realizada em Contenda

acao cooperativa 12 07 2013Uma ação cooperativa entre o Sicredi, por meio do programa "A União Faz a Vida", e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) - através do programa Cooperjovem - está realizando uma série de ações socioambientais em 41 municípios do Paraná. O programa teve início em junho e vai se estender até agosto com o propósito de difundir o cooperativismo e a cultura da cooperação entre os jovens.

Arrecadação de alimentos - Em Contenda, foi realizada arrecadação de alimentos, fraldas, leite, produtos de limpeza e higiene pessoal para a Casa de Passagem e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município, entre os dias 25 de junho e 5 de julho. A arrecadação contou com o apoio das escolas envolvidas com o Programa "A União Faz a Vida", a prefeitura municipal e os associados e entidades ligadas ao Sicredi. A entrega dos donativos arrecadados aconteceu no último dia 5, contando também com apresentação do grupo teatral organizado pelo Programa, que foi direcionado para as crianças. A ação foi de grande sucesso, com participação ativa da comunidade.

Envolvimento - Em todo o estado, mais de 18 mil estudantes estão atuando em projetos culturais, sociais e ambientais, tais como: plantio de árvores; arrecadação de livros, cobertores e alimentos; e visitas a asilos. Todas as ações vão contar com o suporte de professores e técnicos das cooperativas participantes dos programas. (Imprensa Sicredi)

 

INTEGRADA: Inauguração da Unidade Industrial de Sucos será dia 18

integrada 12 07 2013A Integrada cooperativa Agroindustrial, com matriz em Londrina, está dando mais um passo rumo à agroindustrialização e irá inaugurar na próxima quinta-feira, dia 18 de julho, às 9h30, em Uraí (PR), sua Unidade Industrial de Sucos. O evento de inauguração contará com a presença do Governador do Paraná, Beto Richa, secretários de estado, lideranças políticas e do agronegócio estadual, além de toda a diretoria da Integrada e de cooperados ligados ao cultivo de laranja.

Investimento - Com investimentos de R$ 15 milhões, a indústria faz parte da segunda etapa do Projeto Sucos, que está levando diversificação por meio da citricultura para mais de 100 produtores associados de diversos municípios do norte do Paraná. “O principal objetivo da cooperativa é levar para o associado uma nova opção de diversificação da atividade agrícola através do cultivo de laranja, agregando renda e levando desenvolvimento para toda região”, comenta o presidente da Integrada, Carlos Murate.

Modular - A indústria foi construída de forma modular e poderá ser expandida conforme o crescimento da área dos pomares. A capacidade total de processamento da fábrica é de 2,2 milhões de caixas de 40,8 quilos por ano. Isso equivale a 8 mil toneladas anuais de suco concentrado. “Nossa previsão é processar um milhão de caixas nesse primeiro ano de operações da fábrica. Para 2014, nossa meta é operar com a capacidade total”, explica Murate.

Sustentabilidade - A Unidade Industrial de Sucos foi projetada dentro de um conceito de sustentabilidade. Ao redor da indústria, foram plantados 250 mil m² de eucaliptos para serem usados nas caldeiras. Assim, a unidade será energicamente autosuficiente. Além disso, a indústria prioriza o uso racional da água. “Toda a água gerada no processo industrial é tratada e utilizada na irrigação desse plantio de eucalipto, além de ser usada para outros fins na própria indústria”, explica o supervisor administrativo e gestor do projeto industrial, Edson Guilherme.

Emprego e renda - Além da preocupação ambiental, a nova indústria da Integrada também se destaca pela geração de renda e emprego na região. Somente na fábrica, serão cerca de 100 empregos diretos e indiretos. Além de fazer girar diversos setores da economia regional. “Somente em transporte, serão mais de 5.000 fretes por safra movimentando a economia das cidades da região norte do Paraná, melhorando o índice de desenvolvimento humano da cidade através da arrecadação de impostos”, lembra Edson Guilherme.

Mercado externo - A produção será destinada principalmente para o mercado externo, com foco em países da Europa e Ásia. A Cooperativa Integrada já está em trabalhos avançados de prospecção de mercado e, além do suco, a indústria também irá produzir óleos essenciais, usados na indústria alimentícia e farmacêutica, e bagaço para ser usado na complementação alimentar na pecuária. (Imprensa Integrada)

SERVIÇO:

Inauguração da Unidade Industrial de Sucos – Cooperativa Integrada

Data: 18 de julho de 2013

Horário: 9h30

Local: Rodovia PR 442, km 17, trevo BR 369 – Uraí / Paraná

 

PRIMATO: 4º Workshop orienta produtores de Toledo e região

primato 12 07 2013Em comemoração aos 16 anos de fundação, a Primato Cooperativa Agroindustrial realiza o 4º Workshop, que acontece entre os dias 11 e 24 de julho, em todas as unidades agropecuárias da cooperativa, que tem sede em Toledo. Com realização pelo quarto ano consecutivo, o Workshop é composto por palestras técnicas, que visa reunir e orientar os cooperados dos diferentes segmentos. Estão programadas palestras com profissionais especializados para a área de bovinos de leite e suinocultura, como foco em orientações para manejo e cuidados sanitários, entre outros aspectos.

Nova linha de minerais - Na noite de quarta-feira (10/07), em Toledo, foi realizado  lançamento da nova linha de minerais MinerRaça, que desde 2005 é a marca de suplementos para bovinos da Primato, desenvolvido em parceria com a Nutron.

Temas - Ainda em Toledo, para o dia 15, estão programadas palestras sobre Otimização do uso das rações suínas, às 19h15, e Novas ferramentas na limpeza e desinfecção de unidades produtoras de leitão, às 20h20, no Primato Restaurante. No dia 18, haverá palestra com o tema Custo do desperdício de rações suínas e sobre Manejo pré-abate de suínos. No dia 19, a programação prevê palestra sobre Prevenção de Mastite e Dietas bovinas no período de transição. Os eventos também acontecem no Primato Restaurante.

Demais municípios - A partir desta quinta-feira (11/07), também estão sendo realizadas palestras técnicas em Guaraniaçu, Caranduvas, Laranjeiras do Sul, São Pedro do Iguaçu, Vera Cruz do Oeste, Nova Santa Rosa, Pérola e Mamborê. (Imprensa Primato)

 

COOPERTRADIÇÃO: Novidades para o agricultor serão apresentadas na Exporural 2013

coorpetradicao 12 07 2013A Coopertradição participa entre os dias 18 a 21 de julho, no Parque de Exposições de Pato Branco, da Exporural 2013, Feira Exposição do Agronegócio e Agricultura Familiar. O evento reunirá autoridades, empresários e agropecuaristas de Pato Branco e região. A Exporural objetiva o fortalecimento do agronegócio e a troca de informações entre produtores, empresas e prestadores de serviço.

Programação - Durante a feita, o público poderá acompanhar leilões de novilhas, bezerros, cavalos e gado de leite, a exposição de máquinas agrícolas, empresas veterinárias e de insumos, além de produtos provenientes da agricultura familiar, que é um segmento bastante importante em nossa região. A Associação Comercial estará presente ofertando palestras aos participantes.

Novidades - De acordo com o diretor secretário da Coopertradição, Eucir Brocco, a cooperativa participará do evento levando novidades ao agricultor. Em seu estante, a Coopertradição apresentará a Unidade de Beneficiamento de Semente – UBS e o sistema de Tratamento de Semente Industrial – TSI. Na prática, os visitantes poderão ver as vantagens e benefícios de tratar industrialmente a semente.

Parceria - Em parceria com a Ceres, será colocada em exposição uma máquina de coleta de solo apresentando o projeto de Agricultura de Precisão e mostrando o funcionamento de todo o processo. “Atualmente, a agricultura de precisão está ganhando espaço, comprovando o resultado da correção e dosagem do solo e estabelecendo condições ideais para o aumento da produtividade”, acrescenta Brocco. Este ano, a cooperativa fará mais de 5 mil hectares de lavouras utilizando este sistema. Juntamente com a Agrichem, será apresentado aos agricultores uma gama de produtos de nutrição foliar e corretivos de solo. (Imprensa Coopertradição)

 

COPACOL I: Colheita do milho chega 20% na região da cooperativa

Com o clima estável dos últimos dias, os produtores da região estão a campo focados na colheita do milho safrinha, que promete ser a maior da história da cooperativa, que espera receber sete milhões de sacas do grão. Estima-se que 20% da safra tenha sido colhida até a manhã desta quinta-feira (11/07), já que até o momento foram recebidas em todas as unidades mais de 1,3 milhões sacas. “O excesso de chuvas registrado nos últimos dias, prejudicou a qualidade do grão, fato que interfere no recebimento por parte da Cooperativa e acima tudo de no valor do produto, mas mesmo assim a boa expectativa de produção se mantém”, de acordo com o engenheiro agrônomo e assessor técnico da Copacol, Fernando Fávero.

Condições favoráveis - “Durante o ciclo da cultura as condições climáticas foram favoráveis, com chuvas regulares e com temperaturas estáveis sem nenhum registro de geada, mas as intensas chuvas registradas no início da colheita na segunda quinzena de junho e nos primeiros dias deste mês, prejudicaram a qualidade do grão”, conclui Fávero. (Imprensa Copacol)

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COPACOL II: Produtor recebe a 1ª novilha da Unidade de Produção

Alimentação adequada, medicação, vacinação e melhora genética são alguns dos cuidados que recebem os animais que são entregues pelos produtores a UPNB (Unidade de Produção de Bezerras e Novilhas), que a Copacol colocou em atividade há pouco menos de dois anos. A implantação da UPBN tem como proposta a profissionalização dos bovinocultores de leite integrados a cooperativa, uma vez que 15 dias após o nascimento, a bezerra já pode ser entregue à unidade ficando aos cuidados dos profissionais da Copacol até os sete meses de prenhez, quando volta ao produtor.

Produção- Durante esse período, o produtor se dedica exclusivamente à produção, enquanto a Copacol cuida e prepara a fêmea para que essa possa se tornar no futuro uma boa vaca produtora de leite.

Número de bezerras - Apesar de ser ainda nova, a unidade já concentra um número superior a 300 bezerras, o que evidência o crescimento e mostra a confiança dos produtores no negócio que é uma inovação na bovinocultura leiteira da região. Diante da grande procura por parte dos produtores, a cooperativa já projeta a ampliação do espaço, que em breve terá capacidade de alojar 600 cabeças.

Revolução - Para o produtor Devair Costa, de Formosa do Oeste, a UPBN  veio para revolucionar a atividade, já que na unidade a bezerra recebe todo o tratamento necessário até se tornar um animal adulto com alto potencial produtivo,  o que na propriedade iria demandar tempo, mão de obra e mesmo assim não teria nenhuma garantia genética. “Estou satisfeito com a atividade, principalmente depois da inauguração da UPBN, onde posso deixar minhas bezerras com segurança. Minha produção média diária é de 400 litros, essa atividade garante uma boa renda, pois a mão de obra é toda familiar”, diz o cooperado.

Avicultura - Além da bovinocultura de leite, o associado atua na avicultura em uma propriedade de quatro alqueires. O produtor se mostrou satisfeito ao receber a 1ª de 16 animais entregues a UPBN. As demais serão entregues gradativamente conforme o tempo em que foram inseminadas. (Imprensa Copacol)

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SICREDI PARQUE DAS ARAUCÁRIAS: Trabalho de responsabilidade social rende Moção de Aplauso

sicredi parque araucarias 12 07 2013O presidente da cooperativa Sicredi Parque das Araucárias PR/SC, Clemente Renosto, recebeu da Câmara de Vereadores de Pato Branco, durante sessão ordinária realizada em 10 de junho, Moção de Aplauso proposta pelo vereador e presidente da Casa, Valmir Tasca. A homenagem é fruto do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela cooperativa na área de Responsabilidade Social, junto aos associados dos municípios nos quais atua no Paraná e Santa Catarina.

Grupo Gama - Por meio de palestras sobre cooperativismo e prevenção a doenças como o câncer, em parceria com o Grupo Gama, durante 2012 e o primeiro semestre de 2013, centenas de pessoas receberam informações sobre como evitar a doença, fazendo exames preventivos, buscando o tratamento correto quando diagnosticada a doença e mantendo a qualidade de vida, que possibilita melhor enfrentamento à doença.

Prêmio Andef  - Este projeto, denominado “Saúde Cooperativa: informando e prevenindo”, fez com que a cooperativa Parque das Araucárias fosse uma das cinco finalistas na 16ª edição do Prêmio Andef 2013, na categoria Cooperativismo e Responsabilidade Social.

Selo ODM - Proporcionou também o recebimento da 3ª edição do Selo ODM (Objetivos do Desenvolvimento do Milênio), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e entregue anualmente pelo SESI/PR às empresas que buscam o cumprimento de pelo menos uma das oito metas. No caso da cooperativa, a meta 6, que trata da redução dos casos de HIV, malária e outras doenças por meio da informação e prevenção, foi o que colocou a cooperativa entre as contempladas. “E nós continuaremos a cumprir com estes objetivos, porque como cooperativa somos uma instituição que busca levar informação às pessoas, transformando o conhecimento em qualidade de vida. A Responsabilidade Social é item muito importante para que a política de sustentabilidade atinja resultados econômicos, ambientais e também sociais para a nossa comunidade”, destaco presidente Clemente Renosto, após o recebimento da homenagem. (Imprensa Sicredi Parque das Araucárias PR/SC)

 

MAPA: Divulgado Zoneamento Agrícola para arroz, feijão, milho e soja

Em consonância ao lançamento do Plano Safra 2013/2014, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizou a divulgação das Portarias de Zoneamento Agrícola de Risco Climático para as culturas de arroz, feijão, milho e soja em diversas unidades da federação. As Portarias (nº 07 a 75), assinadas pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller, foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (11/07). Nelas são apresentadas as orientações quanto às regiões e épocas mais adequadas ao plantio, além da relação de cultivares indicadas para cada localidade.

Agentes financeiros - Com a divulgação destas normas, os agricultores de todo o país poderão efetuar junto aos agentes financeiros e seguradoras a contratação das operações de crédito de custeio e seguro para a safra 2013/2014, amparados pelas informações de risco de produção, contidas nas portarias de zoneamento. (Mapa)

TRIGO: Leilão comercializa 95% do total ofertado

Nesta quinta-feira (11/07), o Ministério da Agricultura promoveu, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento, mais um leilão de trigo que resultou na comercialização de 101,9 mil toneladas, o que representa 95,3% das 106,9 mil toneladas ofertadas. Desse total, 40,6 mil toneladas eram de cereal estocado no Paraná, dos quais 35,5 mil toneladas foram negociadas. O restante do trigo do leilão era originário de armazéns do Rio Grande do Sul. Os preços de abertura e do fechamento do pregão sofreram variação média de 18%.

Clique aqui e confira o resultado do aviso do leilão

GRÃOS: USDA vê estoque maior de soja em 2013/14

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou nesta quinta-feira (11/07) sua estimativa para a produção e os estoques finais mundiais de soja da safra 2013/14, mas desenhou um cenário um pouco mais apertado do que se previa para a oferta de trigo e milho.

Colheita mundial - Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o governo americano previu que o mundo vai colher 285,9 milhões de toneladas de soja no novo exercício. Trata-se de um aumento de 0,2% em relação à estimativa de junho e de 6,6% em relação ao volume colhido na safra anterior. Segundo o USDA, a colheita deve ser suficiente para suprir um aumento esperado de quase 17% na demanda da China, que responde por quase dois terços das importações totais, e assegurar estoques globais 20,5% maiores ao fim da temporada.

Produção norte-americana - O crescimento deve ser puxado pelos Estados Unidos, o maior produtor mundial da oleaginosa. A previsão é que os americanos colham 93,08 milhões de toneladas de soja, quase 1% a mais que o estimado em junho e 13,4% a mais do que na safra passada, castigada pela seca.

Estoques domésticos - Com isso, o USDA elevou em 11% sua previsão para os estoques domésticos de passagem da safra 2013/14, a 8 milhões de toneladas, número que ficou acima das estimativas médias do mercado. O volume é 135% maior do que o remanescente da safra 2012/13.

Menos milho - Ao contrário do que fez em relação à soja, o USDA reduziu marginalmente suas estimativas para a produção e os estoques globais de milho. Agora, a previsão é que o mundo colha 959,8 milhões de toneladas do grão, 0,3% menos do que se esperava em junho, e que os armazéns contenham 151 milhões de toneladas ao fim da safra, 0,6% menos.

Recuperação - Contudo, trata-se de um aumento de 12% (superior a 100 milhões de toneladas) na produção e de 22% (cerca de 27 milhões de toneladas) nos estoques em relação à safra 2012/13, um reflexo da recuperação da safra nos EUA. De acordo com o USDA, os produtores americanos vão colher 354,35 milhões de toneladas de milho neste ano, 29% a mais que no ano passado.

Junho - Essa colheita é 0,4% menor do que o USDA previa em junho, reflexo de um pequeno corte na estimativa de área a ser colhida no país. Mas como os americanos devem exportar menos do que estimou no mês anterior, o USDA subiu sua projeção para os estoques ao fim da safra, a 49,77 milhões de toneladas. O volume é duas vezes e meia superior ao remanescente de 2012/13 (18,5 milhões de toneladas).

Trigo - Em seu ajuste mais brusco, o USDA diminuiu em 4,9%, para 172,38 milhões de toneladas, sua projeção para os estoques mundiais de trigo ao fim da safra 2013/14. A redução deve-se a um corte no volume remanescente da safra anterior e a um aumento da demanda da China por trigo dos EUA e da União Europeia. Apesar disso, a estimativa para a colheita global de 2013/14 foi elevada em 0,3%, para 697,80 milhões de toneladas. O volume é 6,5% (cerca de 42,5 milhões de toneladas) maior do que o colhido no ciclo 2012/13.

Mercado - O mercado reagiu com indiferença aos números. Na bolsa de Chicago, os contratos de soja com vencimento em novembro (posição mais negociada, contra as quais serão entregues os primeiros lotes da safra 2013/14) fecharam em alta de 0,47%, a US$ 12,9075 por bushel, enquanto o milho para entrega em dezembro subiu 1%, a US$ 5,27 por bushel. O trigo para setembro fechou a US$ 6,83 por bushel, alta de 0,54%.

Fase mais crítica - Com as lavouras de milho e soja dos Estados Unidos prestes a entrar em sua fase mais crítica de desenvolvimento, os investidores parecem mais ocupados com o clima no "Corn Belt" - e, desde quarta-feira, também mais preocupados, depois que a meteorologia indicou a formação de uma onda de calor sobre o cinturão na semana que vem. A avaliação é que, devido ao atraso no plantio, por causa do excesso de chuvas entre abril e maio, as lavouras americanas estão mais vulneráveis a condições climáticas hostis. Por isso, a tendência é que o mercado fique particularmente volátil nas próximas quatro semanas, período de definição da safra. (Valor Econômico)

CARNES: Valor recorde na exportação brasileira de frango e bovino

As exportações de carnes de frango e bovina do país no primeiro semestre deste ano tiveram receitas recordes para o período, enquanto o montante apurado com as de suíno recuou. As razões para o forte desempenho dos dois primeiros produtos são distintas. Os exportadores de frango têm conseguido repassar altas de custos para os preços em dólar enquanto os de carne bovina ampliaram os volumes embarcados.

Valor - Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior compilados pela Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco), a receita com as exportações de carne de frango no primeiro semestre deste ano alcançou quase US$ 4,1 bilhões, um recorde para os primeiros seis meses do ano. Em comparação com o igual intervalo de 2012, a alta foi de 7%. O volume embarcado no período, porém, caiu 5% para 1,890 milhão de toneladas. O desempenho mostra uma valorização nos preços médios de venda da carne de frango no mercado internacional.

Avanço - Considerando apenas o mês passado, a receita avançou 14,5%. O montante saiu de US$ 552,7 milhões em junho de 2012 para US$ 631 milhões no mês passado. O volume, porém, caiu ligeiramente na mesma comparação e foi o menor dos últimos quatro meses, observou José Carlos Godoy, secretário-executivo da Apinco. Em junho de 2012, o país havia embarcado 307,3 mil toneladas e no mês passado foram 305,9 mil toneladas.

Estoques elevados - Citando informações divulgadas recentemente pela Agência para Agricultura e Alimentação da Organização das Nações Unidas, a FAO, Godoy observa que os estoques de carnes em países como Japão e Coreia do Sul estão elevados, o que impacta as exportações brasileiras. Ele acrescenta que a crise em vários países também afeta a demanda pela carne de frango produzida no Brasil. "O consumidor não consegue manter o padrão anterior", observa. Também há aumento da produção de frango em países que são clientes do Brasil como Rússia e Ucrânia, acrescenta Godoy.

Carne bovina - Já as exportações de carne bovina renderam US$ 3,001 bilhões no primeiro semestre deste ano, salto de 13,6% sobre os US$ 2,641 bilhões do mesmo intervalo de 2012, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Com isso, a entidade manteve a previsão de que a receita com as exportações de carne bovina do país ultrapassem US$ 6 bilhões este ano, um recorde. Entre janeiro e junho de 2013, os frigoríficos do país embarcaram 674,7 mil toneladas, alta de 21% na comparação com as 557,3 mil toneladas do mesmo intervalo de 2012.

Principal destino - No primeiro semestre, Hong Kong ultrapassou a Rússia como o principal destino das exportações de carne bovina do Brasil. No período, a cidade-Estado chinesa pagou US$ 679,056 milhões por 172,823 mil toneladas da carne brasileira, aumento de 72,8% e 67,7%, respectivamente, sobre igual intervalo de 2012.

Compras ampliadas - A Rússia também ampliou as compras de carne bovina brasileira. Entre janeiro e junho, o país importou 154,7 mil toneladas, alta de 9,29% ante o volume do mesmo intervalo do ano passado. A receita com a venda para a Rússia recuou 0,8%, passando de US$ 620,6 milhões nos primeiros seis meses de 2012 para US$ 615,7 milhões no primeiro semestre deste ano. Terceiro principal destino da carne bovina brasileira no primeiro semestre, a União Europeia importou 59,9 mil toneladas, gastando US$ 388,8 milhões. Trata-se de um aumento de 17,4% em volume e de 6,6% em receita na comparação com o mesmo intervalo de 2012.

Carne suína - Para a carne suína, o quadro é de queda tanto na receita quanto em volumes. As vendas externas do Brasil somaram 240.515 toneladas no primeiro semestre, 10,52% menos que em igual intervalo de 2012. Já a receita encolheu 8,31% na mesma comparação, para US$ 630,265 milhões, conforme divulgou ontem a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). No mês passado, foram embarcadas 40.626 toneladas, com receita de US$ 98,493 milhões. Em relação ao mesmo mês de 2012, o volume caiu 7,49% e a receita recuou 9,14%. O preço médio dos embarques diminuiu 1,79% na comparação, para US$ 2.424 por tonelada.

Suspensão temporária - "Os números estão refletindo a suspensão temporária, a partir de 20 de março, pela Ucrânia. A retomada da exportação de carne suína para a Ucrânia, desde 19 de junho, deve aparecer em números a partir da segunda quinzena de julho deste ano, e se vislumbra uma perspectiva positiva de recuperação gradativa no decorrer do segundo semestre. A principal alavanca para a recuperação do desempenho das exportações poderá ser o mercado japonês, no qual depositamos boas expectativas a curto, médio e longo prazo", afirma Rui Vargas, presidente da Abipecs, em comunicado.

Destinos - No primeiro semestre, a Rússia foi o principal destino dos embarques de carne suína do Brasil. O país absorveu 28,7% das vendas, seguido por Hong Kong (25,3%) e Ucrânia (11.6%). Uma missão veterinária russa está no país este mês. (Valor Econômico)

FARM BILL: Indefinição sobre nova lei agrícola dos EUA

Numa votação apertada e surpreendente, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quinta-feira (11/07) uma nova versão da lei agrícola, mas sem incluir o controverso programa de vale-alimentação. A legislação obteve 216 favoráveis e 208 contrários - todos os parlamentares da minoria democrata e mais 12 republicanos.

Rejeição - No mês passado, a Câmara havia rejeitado a proposta. Um grupo significativo de republicanos a via como muito generosa em termos de subsídios, enquanto os democratas não aceitavam os cortes de US$ 20,5 bilhões em dez anos no Programa de Assistência de Nutrição Suplementar (Snap, na sigla em inglês), o nome do vale-alimentação. A versão do Senado da chamada "Farm Bill" incluiu a aprovação do Snap, com cortes bem menores, de US$ 4,1 bilhões para o programa em dez anos.

Descontentamento - Os democratas ficaram extremamente descontentes com a decisão dos republicanos de colocar em votação uma versão da Farm Bill sem incluir o programa de vale-alimentação, que beneficia hoje 47 milhões de americanos. A Casa Branca já indicou que poderá vetar uma versão da lei que não considere adequada.

Próximos passos - Os próximos passos da legislação não estão claros, justamente por causa da decisão da liderança republicana na Câmara de votar a lei agrícola sem o vale-alimentação, que responde por cerca de 80% do orçamento original da Farm Bill. No total, a lei agrícola envolve gastos de quase US$ 1 trilhão no prazo de uma década - ela vale por cinco anos, mas os recursos são previstos para um prazo de dez. Como cada casa aprovou uma versão da lei, é necessário harmonizá-las depois, num processo que tende a ser delicado. O Senado, de maioria democrata, é favorável a uma redução mais modesta dos subsídios, enquanto a Câmara prefere uma versão mais dura.

Snap - Uma questão ainda em aberto é o que ocorrerá com o Snap. O presidente da comissão de agricultura da Câmara, o republicano Frank Lucas, de Oklahoma, afirmou ontem que pretende trabalhar numa versão de uma lei separada para o vale-alimentação assim que atingir um consenso, algo dificílimo de ser obtido entre os deputados sobre esse tema.

Extensão - Hoje, vigora uma extensão da Farm Bill de 2008, aprovada pelo Congresso em janeiro deste ano, com validade até setembro. No ano passado, o Senado passou uma versão da lei, mas a Câmara, não.

Pagamento direto - A lei do Senado elimina os pagamentos diretos aos produtores. Na versão aprovada pela comissão de agricultura da Câmara, esses subsídios são mantidos por dois anos para os produtores de algodão, reduzindo progressivamente os recursos a serem recebidos. Ainda não havia certeza absoluta se esse ponto tinha sido mantido na versão aprovada pelo plenário. Senadores e deputados incluíram o chamado Stax (Stacked Income Protection Plan, em inglês) na Farm Bill, uma proteção a mais para a receita dos agricultores. Quem acompanha de perto o assunto avalia que isso mantém distorções no mercado de algodão.

Acerto - Em junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Conselho Nacional do Algodão (NCC, na sigla em inglês) americano fizeram um acerto que poderia colocar um ponto final na disputa entre Brasil e Estados Unidos sobre o produto na Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2010, para que o Brasil não aplicasse sanções anuais de US$ 830 milhões ao país, permitidas pela OMC por conta dos subsídios julgados ilegais ao algodão, os EUA aceitaram pagar US$ 147 milhões por ano ao Instituto Brasileiro do Algodão. O novo acerto previa o pagamento de US$ 225 milhões em 18 parcelas. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Terminal Público de Fertilizantes do Porto de Paranaguá começa a operar

infraestrutura 12 07 2013Começou a operar, nesta quinta-feira (11/07), o Terminal Público de Fertilizantes (Tefer) do Porto de Paranaguá. Construído em 2008, ele foi inaugurado em 2009 mas nunca chegou a operar por uma série de irregularidades. A atual administração da Appa atendeu todas as exigências da Receita Federal e agora o terminal recebe sua primeira carga, que está  sendo operada pela empresa Harbor. São 3.255 toneladas de fertilizante que estão sendo descarregadas do navio Mystic Striker e enviadas para o Tefer através da correia transportadora.

Importação - De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, a importação de fertilizante do Porto de Paranaguá, no primeiro semestre, representou quase 50% da importação brasileira do produto. De janeiro a junho, os portos paranaenses importaram quase cinco milhões de toneladas do produto, volume 22% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. No país inteiro, no primeiro semestre, foram importados pouco mais de 10 milhões de toneladas de fertilizantes, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Fluxo de caminhões - “Com o Terminal Público de Fertilizantes operando, o objetivo é que o fluxo de caminhões na área primária do porto seja reduzido, assim como as perdas do produto.  Ou seja, as empresas tendem a melhorar a produtividade na descarga do produto e o Porto tende a aumentar ainda mais a participação nesse mercado”, afirma.

Pátio de triagem - A situação do Tefer estava irregular desde 2009. Um trabalho intenso da atual administração junto ao órgão ambiental e a receita federal foi realizado para liberar o local para operação. O próximo passo para melhorar ainda mais a logística do recebimento do fertilizante pelo Porto de Paranaguá será a organização de um pátio de triagem para organizar o fluxo de caminhões do produto, dentro e fora da faixa portuária.

Operação – Como explica a Harbor, o fertilizante operado é o TST, importado pela Fertipar. A operação, que teve início às 8h, está sendo realizada, nessa primeira vez, simultaneamente com o uso de dois guindastes. Um dos equipamentos faz o procedimento normal, com os caminhões, e o outro descarrega nas esteiras.

Segundo a empresa, a principal diferença é a agilidade na operação. Enquanto para a descarga nos caminhões existe a espera do veículo – que tem que entrar no cais e passar pelos trâmites fiscais -, através das correias não existe essa demora.  Pela esteira, o fertilizante está sendo levado para o Tefer, onde aguarda a liberação da receita para ser encaminhado, via caminhão, a armazéns locais ou direto para o Interior.

Histórico – O Tefer foi inaugurado em março de 2009. A obra custou R$ 9,5 milhões e foi paga com recursos próprios da Appa. O terminal público possui esteiras transportadoras ligando um silo pulmão, com capacidade de armazenar até 32 mil toneladas do produto, à faixa portuária. As esteiras tem capacidade de movimentar até mil toneladas por hora. (Assessoria de Imprensa Appa)

 

TRANSPORTE: Governo planeja sistema único de pedágio no país

O governo federal firmou uma parceria com o Estado de São Paulo para levar a tecnologia de pagamento eletrônico de pedágio das rodovias paulistas a todo o país. A reunião foi feita nesta quinta-feira (11/07) em São Paulo. O objetivo é que haja um sistema unificado de pagamento em todas as estradas nacionais e que ele seja usado também no rastreamento de cargas em ferrovias, portos e aeroportos.

Tag - O sistema de pagamento eletrônico de pedágio funciona hoje graças ao "tag" que fica dentro dos veículos. Ele é captado por antenas assim que passa pelas praças de cobrança por meio de radiofrequência, com a tecnologia RFID 915 mhz. Essa mesma tecnologia, de acordo com a intenção da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), poderá ser usada nas rodovias de todo o país - tanto nas praças de pedágio como no futuro, por meio do sistema ponto a ponto. "Nós vamos pegar essa tecnologia para pedágio automático e compartilhar essa experiência com a EPL para usar o mesmo padrão no resto no Brasil", diz Giovanni Pengue Filho, assessor de projetos especiais da Artesp.

Mecanismo - Esse sistema prevê que o usuário pague pedágio conforme vá passando por postes instalados ao longo da rodovia, que captam o tag do carro. O mecanismo é considerado mais justo do que as praças de cobrança, já que cobra apenas a distância percorrida pelo veículo. Quanto mais usar a rodovia, mais alta fica a tarifa.

Sistema - O sistema ponto a ponto começa em São Paulo definitivamente em julho, na concessionária Renovias, quando os usuários com o tag poderão escolher entre o pagamento via postes ou via praças de cobrança. Ainda não há prazo para instalação desse sistema em todo o Brasil. O que mais dificulta é o fato de que poucos veículos no país têm o tag atualmente.

Implantação - Segundo Pengue Filho, hoje 55% dos veículos que passam por praças pedágio usam o tag. Segundo ele, quando esse número chegar a 80%, a implantação do sistema ponto a ponto se torna viável.

Transição - A transição do mecanismo de cobrança pode ser encurtada pelo projeto Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), que prevê que os tags de rastreamento de veículos sejam instalado já nas fábricas. Com isso, não será mais necessário que o motorista faça a aquisição de um tag. Apesar disso, ainda será necessário escolher uma operadora do sistema de pagamento. Hoje, estão autorizadas a funcionar em São Paulo a Sem Parar, Auto Expresso e ConectCar.

Brasil ID - Além disso, o governo estuda aplicar a mesma tecnologia em outro programa, o Brasil ID. Ele prevê o rastreamento de produtos que saem de fábrica. Entre os benefícios do projeto, diz Pengue Filho, está a redução de fraudes fiscais e de roubos nas rodovias. Outro é o estudo do roteiro logístico da carga e a possível economia com mudanças de traçado. (Valor Econômico)

BRASIL: Atraso na ratificação de protocolo global sobre biodiversidade pode prejudicar país

brasil 12 07 2013A demora do Congresso Nacional em ratificar o Protocolo de Nagoya, o acordo internacional que dá as regras para o acesso e a repartição de benefícios do uso dos recursos genéticos da biodiversidade, pode prejudicar o Brasil. "A pior situação possível para o Brasil, o lugar com mais biodiversidade do mundo, é chegar à próxima conferência internacional, em 2014, com 50 países tendo ratificado o protocolo, e o Brasil, não", alerta o pesquisador Carlos Joly, coordenador do programa Biota, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

2010 - Em 2010, delegações de quase 200 países chegaram a acordo sobre o protocolo, em conferência no Japão. Quase cem países assinaram o acordo e 18 o ratificaram internamente. Quando tiver sido ratificado por 50 países, o protocolo entrará em vigor. Se essa for a situação em outubro de 2014, na Coreia do Sul, quando está marcado outro encontro internacional, os 50 países começam a definir os detalhes do acordo. "Só quem tiver ratificado o protocolo vai poder discutir, e o Brasil corre o risco de ficar de fora."

Encaminhamento - O governo encaminhou o assunto ao Congresso em maio de 2012. A Câmara dos Deputados precisa criar uma comissão especial para discutir o tema, mas ainda não criou. Até agora, 18 países ratificaram o protocolo. "Há uma visão equivocada do assunto", diz Joly. "O governo não consegue ver o valor estratégico que a legislação de acesso aos recursos genéticos tem, do ponto de vista produtivo, para o país", afirma o pesquisador. "O Brasil só tem a ganhar com o Protocolo de Nagoya."

Retroativo - A visão equivocada passa pela interpretação de alguns representantes do agronegócio, segundo os quais o Brasil terá, por exemplo, que pagar pelo milho andino. "O protocolo não é retroativo", disse Zakri Abdul Hamid, presidente do IPBES, sigla em inglês para Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas. É algo como o IPCC - o braço científico da ONU para mudança climática -, mas para biodiversidade.

Encontro - Zakri está no Brasil para participar de um encontro regional da América Latina promovido pelo Biota-Fapesp e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A reunião, que acontece esta semana em São Paulo, discute um plano para que os cientistas que trabalham com biodiversidade produzam diagnósticos regionais. O objetivo é um grande relatório, que irá mostrar o estado da biodiversidade no mundo e será lançado em 2018. "A biodiversidade é elemento crucial para a sobrevivência da humanidade", disse Zakri.

Conhecimento - A antropóloga Maria Manuela Carneiro da Cunha, da Universidade de Chicago, falou sobre a contribuição dos conhecimentos de comunidades tradicionais para o tema. Lembrou o perigo que existe em se restringir a diversidade de culturas. Citou a fome na Irlanda, que matou 1 milhão de pessoas entre 1845 e 1849. Embora existissem mais de 400 variedades de batatas nos Andes, só duas foram levadas para a Irlanda. Houve uma praga e os irlandeses morreram de fome. "A variedade genética é fundamental", disse. No Rio Negro, na Amazônia, há mais de cem variedades de mandioca, porque as mulheres, que a cultivam, fazem experiências com as variedades e as trocam entre si. (Valor Econômico)

 

ACORDO: Mercosul anuncia associação de Suriname e Guiana

O chanceler do Uruguai, Luis Almagro, anunciou nesta quinta-feira (11/07) a associação do Suriname e da Guiana ao Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), do qual são sócios plenos o Brasil, a Argentina, o Uruguai e a Venezuela, além do Paraguai, que está suspenso desde julho de 2012. "O Mercosul está dando os passos necessários para receber o Suriname e a Guiana", disse Almagro durante a reunião plenária do Conselho do Mercosul entre os sócios plenos e os associados, nesta tarde, em Montevidéu. Antes, Almagro confirmou à imprensa que os chanceleres buscam uma fórmula para reintegrar o Paraguai ao bloco, após a posse de Horacio Cartes, prevista para 15 de agosto.

Declaração - Ele também detalhou que a declaração a ser assinada pelos presidentes, nesta sexta-feira (12/07), vai repudiar "a ofensa" que vários países europeus cometeram contra o presidente da Bolívia, Evo Morales, ao fechar o espaço aéreo ao avião no qual viajava no último dia 2.

Suspeita - Havia suspeitas de que o ex-técnico da agência de inteligência norte-americana Edward Snowden estivesse escondido no avião. Anteriormente, Morales havia declarado que poderia analisar o pedido de asilo feito por Snowden à Bolívia e outros países latino-americanos. O norte-americano está foragido após ter revelado planos de espionagem por parte dos EUA em vários países. "Vamos defender o direito que todo país tem de conceder asilo político quando solicitado", disse Almagro. Segundo ele, a declaração vai repudiar a espionagem no continente. (Agência Estado)

OPINIÃO: O protagonismo privado na inovação

Para que o conhecimento gerado na academia se transforme em riqueza e crescimento social, a empresa deve ser reconhecida como protagonista principal da inovação. Os avanços do conhecimento só poderão cumprir a promessa de um crescimento econômico e social vigoroso se inovação for sinônimo de produtividade e competitividade empresarial. Isso significa que o protagonismo privado na inovação – ou seja, o papel da empresa neste processo – é primordial. E que investimentos públicos direcionados unicamente para a ciência e a pesquisa, por mais significativos que sejam, nunca serão suficientes para acelerar e sustentar o desenvolvimento de empresas que inovam.

A Rede Interamericana de Competitividade recentemente mostrou, no relatório Sinais de Competitividade das Américas, que na América Latina de forma geral, e no Brasil em particular, a fonte principal dos investimentos ligados à inovação provém de instituições públicas (totalizando 59% do total investido), ao contrário dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que aportes do governo se limitam a 35% do total. Recursos direcionados para a ciência são obviamente necessários, mas não são suficientes para provocar as transformações sociais decorrentes da inovação. Prova disso é que, ainda que os dispêndios médios em pesquisa e desenvolvimento (P&D) por pesquisador na Coreia do Sul (US$ 201 mil / pesquisador) e no Brasil (US$ 187 mil / pesquisador) ocorram em patamares similares, existe uma óbvia distância entre os dois países em termos de desenvolvimento social.

A chave da inovação está no protagonismo privado. No Brasil apenas 1,1% do PIB está comprometido com atividades de P&D, e a iniciativa privada entra com 45% desse total. A Coreia do Sul compromete 3,7% do seu PIB com essas mesmas atividades, sendo 72% a partir das empresas. Como é que, apesar de sermos uma das maiores economias mundiais, ainda temos no Brasil um protagonismo privado na inovação tão baixo?

Uma primeira explicação encontra-se na confusão que subsiste entre avanços científicos e inovação. Ao acreditar que inovar consiste em desenvolver pesquisas nas universidades, caímos na armadilha de pensar que os investimentos necessários são de exclusiva responsabilidade do governo. Um segundo elemento que sufoca o protagonismo empresarial na inovação é a burocracia, que freia o empreendedorismo. Finalmente, a inovação é muitas vezes entendida e contabilmente classificada como gasto periférico do negócio da empresa, que será consequentemente eliminado em períodos economicamente difíceis – justamente quando a inovação é mais necessária.

Para termos uma compreensão ainda mais completa, necessitamos também questionar a qualidade dos dados que apontam para um baixo protagonismo privado em inovação. Muitos recursos contabilizados no Brasil como “investimentos públicos na inovação” consistem, na realidade, em verbas destinadas à formação universitária e pesquisa básica, atividades que não podemos confundir com a própria inovação. Nas empresas, por outro lado, os investimentos em inovação não são muitas vezes explicitamente reconhecidos e contabilizados dessa forma, por falta de compreensão do tema. Finalmente, os instrumentos de captura de dados sobre protagonismo econômico em inovação não são definitivamente adequados. A Pesquisa em Inovação Tecnológica (Pintec) do IBGE assimila, por exemplo, gastos em compra de máquinas (ou seja, modernização) com inovação, além de amparar a obrigatoriedade de resposta ao questionário na arcaica Lei n.º 5.534, de 1968, que prevê multas em caso de não prestação de informações nos prazos fixados. Nesse contexto, a probabilidade de termos dados imprecisos é grande.

De todas as formas, é imprescindível não mais confundirmos a atividade de pesquisa científica com a atividade de inovação, em que a empresa é o protagonista principal. Na medida em que as políticas industriais não fazem muitas vezes esta distinção, o próprio papel indutor do governo encontra-se prejudicado por falta de incentivos claros e efetivos à atividade empreendedora, por essência privada.

 Editorial publicado no jornal Gazeta do Povo em 09/07/2013


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