Imprimir
Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3138 | 18 de Julho de 2013

INTEGRADA: Unidade Industrial de Sucos é inaugurada em Uraí

O governador Beto Richa participou, nesta quinta-feira (18/07), da inauguração da fábrica de sucos de laranja da Integrada Cooperativa Agroindustrial, em Uraí, Norte do Estado. A unidade recebeu investimentos de R$ 15 milhões, criou 100 novos empregos diretos e indiretos e beneficia mais de 100 pequenos e médios produtores da região, associados à cooperativa. A indústria cria mais de 5.000 fretes por safra, movimentando a economia das cidades do entorno. “Este empreendimento é mais um exemplo concreto do bom momento que o Paraná vive”, afirmou o governador Beto Richa. Ele falou sobre a importância da nova fábrica para movimentar a economia da região e ressaltou o modelo de industrialização implantado no Estado nos últimos anos, que prioriza o interior do Estado. “O objetivo dessa política é disseminar o desenvolvimento no Estado e dar oportunidade de emprego e renda aos cidadãos de todos os municípios”, afirmou Richa, na presença do presidente da Integrada Cooperativa Agroindustrial, Carlos Murate; do prefeito de Uraí, Almir Fernandes de Oliveira, e do presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski.

Interior - O governador disse que estão no interior mais de dois terços dos investimentos atraídos pelo programa Paraná Competitivo. Pesquisa do Ministério do Trabalho indica que estão nas cidades do interior do cerca de 70% dos 280 mil empregos criados no Paraná de 2011 para cá. O emprego industrial cresce há 20 meses consecutivos. Especificamente neste setor, 89% das vagas criadas são no interior. “Nossa política é estimular investimentos para que as oportunidades de emprego e renda alcancem a população de todo o Estado”, afirmou Richa.

Suco - A fábrica da Integrada Cooperativa Agroindustrial faz parte da segunda etapa do projeto de sucos. “O principal objetivo da cooperativa é levar para o associado uma nova opção de diversificação da atividade agrícola através do cultivo de laranja, agregando renda e levando desenvolvimento para toda região”, afirmou o presidente da Integrada, Carlos Murate. Com sede em Londrina, a cooperativa possui sete mil associados, possui 1.600 colaboradores e está presente em 42 municípios. Segundo Murate, a indústria foi construída de forma modular e poderá ser expandida conforme o crescimento da área dos pomares. 

Processamento - A capacidade total de processamento é de 2,2 milhões de caixas de 40,8 quilos por ano. Isso equivale a oito mil toneladas anuais de suco concentrado. “Nossa previsão é processar um milhão de caixas nesse primeiro ano de operações da fábrica. Para 2014, nossa meta é operar com a capacidade total”, explica Murate. 

Sustentabilidade - A Unidade Industrial de Sucos foi projetada dentro de um conceito de sustentabilidade, com autosuficiência energética (através do uso de eucalipto nas caldeiras) e o uso racional da água. “Toda a água gerada no processo industrial é tratada e utilizada na irrigação do plantio de eucalipto, além de ser usada para outros fins na própria indústria”, explica o supervisor administrativo e gestor do projeto industrial, Edson Guilherme. (Agência de Notícias do Paraná)

FORMAÇÃO INTERNACIONAL: Programa é um bom investimento para as cooperativas, diz instrutor italiano

O Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas, desenvolvido desde 2008 pelo Sistema Ocepar, sob a coordenação do Sescoop/PR e em parceria com o Sebrae/PR, já beneficia 126 profissionais que atuam nas cooperativas paranaenses dos ramos agropecuário e crédito, além de representantes das entidades promotoras e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Na avaliação de Riccardo Gefter Wondrich, do Parque Tecnológico Padano, um centro de pesquisa em biotecnologia agropecuária localizado em Lodi, a 30 quilômetros ao sul de Milão, na Itália, o programa tem avançado de forma muito positiva. Ele participa desde o início como instrutor da formação, inicialmente idealizada para ser executada em três anos, com a criação de uma nova turma por ano. “Agora, já estamos na quinta turma. Isso demonstra que houve interesse em continuar com o programa e que as cooperativas estão acreditando no resultado dessa atividade, que é um investimento bom para elas e para o sistema”, afirmou. “O nível dos participantes é sempre alto. Eles demonstram muito compromisso com o programa e isso se reflete na atenção e no empenho na hora de participar das aulas, palestras e visitas”, acrescentou. Na tarde desta quarta-feira (17/07), Riccardo esteve na sede da Ocepar, onde se reuniu com o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, para discutir propostas referentes aos próximos módulos da quinta turma da Formação Internacional e a possibilidade de realizar o Programa em âmbito nacional, sob a coordenação da OCB.

Programação - Nessa semana, a quinta turma do Programa Internacional de Formação de Executivos e Líderes Cooperativistas iniciou, em Curitiba, o primeiro módulo que contemplou a abordagem sobre o cooperativismo canadense, paranaense e também italiano. Riccardo fez sua explanação sobre as origens do movimento cooperativo na Europa e o cooperativismo italiano nesta terça e quarta-feira (16 e 17/07). Nesta quinta-feira (18/07), o grupo está em Brasília (DF), fazendo o segundo módulo e aprendendo mais sobre o Sistema OCB e o cooperativismo brasileiro. Os 28 integrantes fazem ainda visitas ao Congresso Nacional, Sebrae e Bacoob. Essa etapa encerra nesta sexta-feira (19/07). No mês de novembro, será realizado o terceiro módulo, com viagem de estudo à Argentina. Em 2014, eles conhecem o cooperativismo da Itália e da Alemanha e em 2015 vão para os Estados Unidos e Canadá.

Compartilhamento de experiências – Para Riccardo Gefter, um dos pontos positivos dessa formação é a possibilidade dos cooperativistas paranaenses terem contato como outras realidades e poder compartilhar essa experiência com os demais integrantes do próprio grupo. “É bom visitar e conhecer sistemas cooperativos de diferentes níveis de evolução e diferentes histórias. Alguns países possuem características parecidas com as do cooperativismo brasileiro e paranaense. Outros podem ser menos comparáveis. Seguramente um dos objetivos do curso, além das missões a outros países e do estudo sobre a evolução do cooperativismo no exterior, é criar um grupo que vai se conhecer e compartilhar uma experiência por meio dessas viagens. Isso é importante para vivenciar as visitas, não de forma isolada, mas compartilhá-las com os demais cooperativistas da turma”, frisou Riccardo. Ele considera ainda que o Programa tem propiciado maior integração entre as cooperativas paranaenses e está ajudando a promover maior aproximação com representantes do cooperativismo de outros países e a viabilizar novos negócios. “Houve estreitamento de muitas relações, tanto do ponto de vista institucional com o movimento cooperativo de outros países tanto quanto de contatos do tipo comercial”, completou. 

{vsig}noticias/2013/07/18/formacao_internacional/{/vsig}

EMBRAPA FLORESTA: Edson Tadeu Iede toma posse como novo Chefe-Geral

Numa solenidade que contou com a presença do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, tomou posse na manhã desta quinta-feira (19/07), como novo Chefe-Geral da Embrapa Florestas, no município de Colombo (PR), Edson Tadeu Iede, que substitui Osmir Lavoranti. O evento também foi prestigiado pela presença do deputado estadual Stephanes Júnior, do ex-governador e atual conselheiro do BNDES, Orlando Pessutti e lideranças de diversas entidades do setor produtivo paranaense. O Sistema Ocepar foi representado pelo coordenador de Comunicação, Samuel Milléo Filho, e pelo analista da gerência Técnica e Econômica, Gilson Martins.

 Desafios – O novo Chefe-Geral disse que assume um legado importante deixado tanto pelo atual chefe, Osmir Lavoranti como pelo seu antecessor, Helton Damin da Silva, que se afastou por motivos de saúde. “Os desafios são muitos, afinal, somos uma empresa de soluções tecnológicas e a sociedade está havida por mudanças, por isso precisamos cada vez mais avançar para continuarmos sendo referência em pesquisa florestal”, disse. Edson Tadeu Iede também destacou que outro importante desafio é “transformar os conhecimentos gerados em produtos e serviços que deem resultados”. Ele fez questão de lembrar de sua trajetória dentro da Embrapa Floresta, funcionários desde 1979: “grande parte da minha vida dediquei a esta entidade, da qual hoje tenho orgulho de assumir como Chefe-Geral, na companhia de outros colegas que ajudarão a colocar em prática aquilo que planejamos.

Inovar - Para o presidente da Embrapa, Maurício Lopes a posse do novo responsável pela Embrapa Florestas é de suma importância para o sistema de pesquisa oficial. “Com certeza o grupo que toma posse tem desafios importantes, entre eles de inovar. Lembro que a inovação não acontece somente aqui dentro, ela acontece efetivamente quando nossos parceiros, especialmente do setor produtivo, ajudam a disseminar os conhecimentos aqui gerados, aí sim produzem mudanças e avanços”.

Olho no futuro - O dirigente também fez uma abordagem pelo momento que o país vive com as manifestações e aproveitou para colocar um desafio para todos: “Vivemos num mundo onde a velocidade é que rege nossas ações e tanto a inovação como a renovação de conceitos deve fazer parte de nossas vidas. E na Embrapa não é diferente, estamos ligados ao presente com o olho no futuro, mas com os pés no chão. Precisamos antecipar desafios e oportunidade e até riscos”, disse. Maurício Lopes também disse que o Brasil é um grande protagonista no mundo na produção de alimentos e que a empresa está contribuindo muito com isso. “E este mundo que aí está é cada vez mais intensivo em conhecimento e relacionamento, muitos são os desafios além- fronteiras e precisamos, enquanto entidade de pesquisa, estarmos conectados nas necessidades de nossos parceiros, nos integrarmos cada vez mais para termos forças a esses desafios que virão”, finalizou.

Quem é o novo Chefe-Geral -  Edson Tadeu Iede é biólogo e possui mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná. Atua na Embrapa desde 1979. Nos últimos cinco anos, atuou como Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Unidade. Agora, assume a Chefia-Geral pelos próximos três anos.  Compõem a equipe de Chefia da Unidade: o pesquisador Sergio Gaiad, na Chefia Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento; o pesquisador Vanderley Porfírio-da-Silva, na Chefia Adjunta de Transferência de Tecnologia; e o analista Osmir Lavoranti, na Chefia Adjunta de Administração.  A seleção foi realizada em cumprimento à Resolução Normativa nº 7, de 23 de abril de 2010, e em conformidade com a Resolução Normativa nº 4, de 21 de fevereiro de 2013.

{vsig}noticias/2013/07/18/selecionadas/{/vsig}

COOPERATIVISMO: Presidente da maior cooperativa da América Latina visita a sede da OCB

cooperativismo 18 07 2013Melhorar o escoamento da safra brasileira de grãos é uma prioridade de todo o agronegócio brasileiro e, em especial, para o sistema cooperativista – responsável por mais de 50% da produção agropecuária brasileira. Hoje, as cooperativas sofrem com a falta de infraestrutura para armazenagem e distribuição dos grãos, o que implica em uma redução da competitividade do Brasil em relação a outros países. Uma das cooperativas mais afetadas por esse problema é a Coamo – maior cooperativa da América Latina em número de associados e a 20ª maior empresa de capital 100% nacional do país, segundo a revista Exame.

À espera - Atualmente, ela possui toneladas de alimentos prontos para serem exportados, à espera de um navio livre no Porto de Paranaguá (PR). Os veículos ficam entre 70 e 90 dias parados no porto, até serem liberados para receber a produção que será enviada ao exterior.

Mais velocidade - Em entrevista exclusiva ao Informativo OCB, o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, defende a seguinte posição: “é preciso encontrar uma alternativa para dar mais velocidade ao transporte e, sobretudo, oferecer condições para que o aumento da produção seja uma solução e não um problema para o país”. Em Brasília para a realização de diversas reuniões de negócio, ele visitou a sede do Sistema OCB e mandou um recado para todo o sistema cooperativista: “nosso movimento vai crescer ainda mais nos próximos anos, se investirmos na formação dos nossos profissionais e na expansão econômica das cooperativas”.

Informativo - Presidente, qual o motivo de sua viagem à Brasília?

José Aroldo Gallassini: Eu vim tratar de assuntos estratégicos que envolvem temas como a modernização dos portos brasileiros e a celeridade com relação às obras de ferrovias no Brasil. Por ano, passam pelos portos brasileiros mais de 7,1 bilhões de reais, por isso devemos discutir sobre como podemos nos tornar mais competitivos, com relação ao mercado externo.

Informativo – Qual análise o senhor faz com relação aos portos brasileiros?

Gallassini: Atualmente, 97 navios esperam para aportar no porto de Paranaguá, que fica meu estado, o Paraná. Eles esperam de 70 a 90 dias para descarregarem, o que nos causa prejuízo econômico e perda de competitividade, perante o mercado de outros países. É preciso acelerar as obras portuárias e tirar do papel o projeto da malha ferroviária brasileira.

Informativo – Quais outros problemas afligem o setor de exportação atualmente?

Gallassini: O preço dos fretes para o transporte de cargas, via caminhão ou carreta, aumenta a cada dia. É preciso encontrar uma alternativa para dar mais velocidade ao transporte e, sobretudo, oferecer condições para que o aumento da produção seja uma solução e não um problema para o país. Recentemente, tivemos uma produção de 43 milhões de toneladas de milho para escoar, na “safrinha” (2ª safra do período), e também encontramos dificuldade na safra de verão, que gerou 35 milhões de toneladas também de milho. Nas duas oportunidades, tivemos problemas para exportar essa produção, por isso precisamos modernizar nossos portos para ter mais competitividade.

Informativo – Qual é o papel do Sistema OCB nesse cenário?

Galassini: O Sistema OCB tem nos auxiliado no acompanhamento da legislação relacionada ao cooperativismo, oferecido apoio em questões jurídicas e nos ajuda, também, a dialogar com os poderes executivo, legislativo e judiciário. Acredito que a legislação ainda esteja deficiente em relação ao cooperativismo, então, precisamos corrigir isso. O Sistema OCB também desenvolve, um bom trabalho de formação profissional dos cooperados por meio do Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). A instituição tem papel importante na modernização das cooperativas e na melhora da situação socioeconômica dos associados.

Informativo – E com relação ao cooperativismo, qual a sua visão de futuro?

Galassini: É, sem dúvida, um sistema que funciona bem com relação a praticamente todas as áreas: seja agropecuária, de saúde ou de crédito. Graças aos valores do cooperativismo, a Coamo hoje tem o posto de 59ª maior empresa do país (considerando empresas privadas, públicas, de capital nacional ou estrangeiro). Também fomos, em 2012, a 20ª maior empresa de capital nacional e a 22ª maior exportadora do país. Conseguimos isso com muito trabalho, qualificação e com trabalho em conjunto, que é um dos pilares do cooperativismo. (Informe OCB)

 

WOCCU: Sicredi é premiado na Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito

sicredi 18 07 2013Durante a Assembleia Geral, o Woccu (Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito) concedeu três diferentes destaques globais, considerando seus mais de 70 países membros. E o Sicredi foi premiado por ter registrado o maior incremento no percentual de ativos. O encontro integrou a programação da Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito, realizada de 14 a 17 de julho, em Ottawa, no Canadá.

Ativos totais - O Sicredi encerrou 2012 com R$ 31,3 bilhões de ativos totais, o que representa um crescimento de 20% sobre 2011. Em maio de 2013, o total de ativos registrado foi de R$ 36,3 bilhões, 16% de crescimento. A distinção foi entregue ao presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP e diretor do Woccu, Manfred Alfonso Dasenbrock. "Tive a honra de receber o prêmio em nome de todos os associados, dirigentes e colaboradores do Sicredi. Esta avaliação mostra que estamos no caminho certo para a construção de um cooperativismo de crédito mais forte no Brasil", comemora Dasenbrock. Na ocasião, também estavam presentes Orlando Borges Müller, vice-presidente da SicrediPar e presidente da Central Sicredi Sul, e Pedro Caldas, presidente da Cooperativa Sicredi Planalto Central GO.

Modelo - Na premiação, o presidente do Woccu, Manuel Rabines, e o presidente-executivo, Brian Branch, declararam que o modelo sistêmico que o Sicredi desenvolveu, aliado ao profissionalismo implantado nas cooperativas integrantes deste Sistema, é a razão do destaque concedido. Branch também ressaltou a importância do planejamento estratégico do Sicredi e a participação na conferência, com uma delegação organizada e integrada por dirigentes, jovens, mulheres, executivos e colaboradores.

EUA e África - As outras duas distinções foram entregues para as cooperativas dos Estados Unidos, através da organização nacional CUNA (Credit Union National Association), pelo maior crescimento nominal de associados, e para a confederação do Quênia, África, que registrou o maior incremento percentual de associados.

Sobre o Sicredi - O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 2,3 milhões de associados e 1.229 pontos de atendimento, em 10 estados* do país. Organizado em um sistema com padrão operacional único conta com 108 cooperativas de crédito filiadas, distribuídas em quatro Centrais Regionais - acionistas da Sicredi Participações S.A. - uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. (Imprensa Sicredi)

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

 

COCAMAR/SICREDI UNIÃO PR: Parceria é firmada para o Plano Safra 2013-2014

cocamar sicredi 18 07 2013Com a presença de diretores e dos gerentes de unidades de atendimento das ambas as cooperativas, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial e a Sicredi União PR firmaram na manhã desta quarta-feira (17/07), no auditório da Cocamar, em Maringá, um termo de parceria de operação conjunta para o Plano Safra 2013-2014, repassando recursos e condições anunciados em maio último pelo governo federal.

Afinidade - Ao pronunciar-se, o diretor-secretário da Cocamar, Divanir Higino da Silva, destacou a afinidade que existe entre as duas cooperativas, salientando que “a parceria é uma forma de fortalecer o sistema cooperativista”. Por sua vez, o diretor executivo da Sicredi União PR, Rogério Machado, ressaltou as vantagens de os produtores fazem seus negócios na cooperativa de crédito, lembrando que a oportunidade oferecida com os diversos programas, os prazos e as taxas a custos acessíveis. Machado citou também que os recursos para custeio, oferecidos pela própria Sicredi União PR, vêm crescendo anualmente e, para a safra 2013-2014, a previsão é que sejam 20% maiores em comparação aos valores disponibilizados no ano passado, quando os associados tomaram R$ 380 milhões para esse fim.

Linhas - As linhas disponíveis de financiamento para o Plano Safra contemplam quatro na área de investimento: o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que tem prazo de 10 anos e taxa de 3,50 ao ano, válida até 31 de dezembro deste ano; o MCR6-2 (Manual de Crédito Rural), com prazo de 3 anos e taxa de 5,50% ao ano; o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), que estipula prazo de 3 anos e taxa de 4,50% ao ano; e o Poupança, com 4 anos para pagar e taxa de TR mais 10% ao ano. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mais Alimento é também oferecido aos produtores associados, com prazo de 10 anos e taxa de 2% ao ano. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR I: Mais de 500 produtores são esperados em Dia de Campo sobre integração

Na safra de verão 2012-2013, colhida no início deste ano, o produtor Gérson Bortoli, de Umuarama, ficou entre os primeiros colocados no Concurso de Produtividade de Soja promovido pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial. Mesmo cultivando sua lavoura em solo arenoso do noroeste paranaense – que é um dos principais polos pecuários do Estado - Bortoli conseguiu na área inscrita a média de 4.469 quilos por hectare – o equivalente a 180,24 sacas por alqueire. Na classificação geral, ele ficou à frente até mesmo de produtores de municípios tradicionais em agricultura, como Floresta, na região de Maringá.

Investimento - A façanha de Bortoli se deve ao investimento que o produtor vem fazendo, nos últimos anos, em um programa que tem tudo para transformar o noroeste em uma região de agropecuária ainda mais forte: o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta. Com vocação para ser pecuarista, ele diz que nunca imaginou tornar-se, também, um produtor de soja. “Agora, quero me aprimorar na integração e dinamizar cada vez mais a propriedade”, afirma.

Sustentável - A integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF), apresentada como um modelo inovador e sustentável para revitalizar as áreas de pastagens degradadas do noroeste, é o tema do Dia de Campo que será promovido nesta sexta-feira (19/07), a partir das 9h, na Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) da Cocamar em Iporã, município a 50km de Umuarama. O evento é organizado pela cooperativa em parceria com o Instituto Emater, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Secretaria estadual de Agricultura e do Abastecimento (Seab), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Participação - De acordo com o engenheiro agrônomo Rafael Franciscatti dos Reis, coordenador técnico de ILPF da Cocamar, a previsão é que o Dia de Campo tenha a participação de pelo menos 500 produtores e, entre as autoridades confirmadas, está o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. A programação começa às 9h com a inscrição dos produtores, sendo que a abertura dos trabalhos é estimada para às 10h, seguida de visita às diversas estações, onde técnicos vão falar sobre os itens que compõem o sistema.

Revolução - O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, reconhecido como um dos principais defensores da ILPF no País, lembra que a cooperativa é incentivadora desse sistema desde 1997. “A integração representa uma revolução do agronegócio regional, com forte reflexo na economia das cidades”, pontua. Segundo Lourenço, a degradação das pastagens, visível em inúmeros municípios do noroeste, leva a uma situação preocupante, até mesmo de inviabilização das propriedades, dado o baixo retorno econômico com a pecuária mantida nessas condições. A média de ocupação animal, cita Lourenço, chega a ser inferior a uma cabeça por hectare. “A integração chega para mudar tudo isso e gerar riquezas aos produtores e aos municípios”, comenta o presidente da cooperativa, enfatizando que a área cultivada com ILPF vem crescendo na região.

Não quebra’ - O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Sérgio José Alves, que lida com o sistema há mais de 20 anos, explica que a integração demanda a incorporação de conhecimentos, tecnologia apropriada e um bom gerenciamento. A base de tudo, cita, é o cultivo de uma espécie de capim africano, a braquiária, que se adaptou muito bem ao solo e ao clima brasileiros. A braquiária é semeada no outono e viceja bem inclusive no inverno, quando a maioria dos pastos sofre escassez.

Comida de sobra - “Com a integração, o gado tem comida de sobra mesmo no inverno. Em vez de perder peso, os animais engordam cerca de um quilo por dia”, observa. Na primavera, a braquiária é dessecada para cobrir o solo de palha no verão, o que propicia o cultivo de soja. Além de proteger o solo da erosão e inibir o aparecimento de ervas daninhas, a palha o mantém fresco e úmido por mais tempo após uma chuva, reduzindo o efeito de veranicos mais curtos. “A produção de soja financia a pecuária, que acaba saindo quase de graça. Ou seja: o proprietário passa a faturar com grão e uma atividade pecuária de alta produtividade. Quem faz integração, não quebra”, observa.

Complementação de renda - O eucalipto faz a complementação de renda a partir do sétimo ano, com a produção de madeira. Além disso, a floresta plantada serve a um outro objetivo: o sombreamento, que proporciona bem-estar aos animais.

Serviço - Dia de Campo sobre Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Data: sexta-feira, dia 19, a partir das 9h, na Unidade de Difusão de Tecnologias da Cocamar em Iporã. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Noite de Campo reúne 300 cooperados em São Jorge do Ivaí

Cerca de trezentos cooperados participaram na noite de terça-feira (16/07) da primeira Noite de Campo de São Jorge do Ivaí, município a 50km de Maringá. Organizado pela unidade local da Cocamar, o evento teve a participação das empresas Stoller, Bayer, Dekalb e Semeato. Já no final da tarde, os produtores começaram a chegar à propriedade de Fábio Deganutti, situada no distrito de Copacabana. Divididos em grupos, eles participaram de um giro onde, em quatro estações, ouviram explicações técnicas sobre produtos e tecnologias para a cultura de milho de inverno, que estavam sendo apresentadas.

Presença feminina - A presença de esposas de cooperados, motivadas pelo núcleo feminino local, foi significativa. Dona Iara Barbosa Cavichioli, esposa do cooperado Euclides Cavichioli, disse que “é importante ir conferir as novidades para aprimorar a gestão da propriedade da família”. Eles possuem 90 alqueires com expectativa de produtividade ao redor de 250 sacas de milho por alqueire.

Ano atípico - Fábio Deganutti, o proprietário da fazenda que sediou a noite de campo, lembra que este foi, para ele, “um ano atípico”, pois não sofreu problemas climáticos. Já colheu 10% da safra e sua previsão de produtividade deve ficar entre 240 e 250 sacas por alqueire. Para o produtor, que começou a lidar com culturas mecanizadas em 1981, cultivando soja, quem não acompanha o desenvolvimento tecnológico, utilizando tecnologia de ponta, será excluído da atividade. “O lucro está enxugando e a única receita desta fábrica a céu aberto é aumentar a produtividade”, disse.

Produtividade - Com a produtividade como tema central, o discurso do presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, ao fazer a abertura da Noite de Campo, não poderia ser outro. Segundo ele, a cultura do milho vem apresentando grande evolução tecnológica nos últimos anos “e a Cocamar tem trabalhado muito no sentido de levar as novidades aos cooperados”.

Interesse - O gerente da Cocamar em São Jorge do Ivaí, Cleber Villar, destacou o interesse dos produtores em participar do evento, lembrando que o dinamismo da atividade exige um constante acompanhamento.

Sertanópolis – Na noite desta quarta-feira (17/07), uma Noite de Campo será realizada também no município de Sertanópolis, região de Londrina, a partir das 18h30. Será na propriedade do agricultor João Moreira, na gleba Água do Biguá, com a participação das empresas Dekalb, Stoller, Mosaic, Inquima, Semeato e Bayer. A expectativa da unidade local da Cocamar é que mais de 300 produtores participem. (Imprensa Cocamar

COPACOL: Produtor recebe preço recorde por cabeça de frango

copacol 18 07 2013O produtor Sebastião Pinto da Cunha, do município de Formosa do Oeste, conseguiu um dos melhores resultados da Copacol nos últimos anos, sendo de R$ 0,91 por cabeça de frango. Ele, que conta com sua mulher Elizabete para cuidar dos dois aviários que tem na propriedade, ficou surpreso com o resultado. “Achava que teria um resultado bom, mas não que seria neste tamanho, a gente ficou muito feliz”, comentou o avicultor que destacou a importância do investimento nos aviários.

Primeiro lote - “Foi o primeiro lote que entregamos do novo aviário e conseguimos este resultado, sabemos que investindo na estrutura ajuda e muito na produção, o aviário antigo também reformamos e vemos que esse é o caminho juntamente com o bom manejo, para conseguirmos evoluir cada vez mais na área”, explicou o avicultor.

Parceria - O casal também destacou a parceria com a Copacol ao longo deste tempo. “A parceria com a cooperativa é muito boa, sem ela com certeza não estaríamos aqui, pois para nós que somos pequenos produtores é muito difícil nos manter sem contar com o auxílio da Copacol que nos oportuniza a diversificação, além do que, ela nos dá segurança, assim sabemos que podemos ficar tranquilos”, explicou o avicultor. (Imprensa Copacol)

 

MELHORES E MAIORES: Copagril sobe posições no ranking da revista Exame

copagril 18 07 2013A edição especial de 40 anos da revista Exame, publicada no mês de julho, traz o ranking das 1.000 melhores empresas do Brasil. A publicação, intitulada Melhores e Maiores, também elencou as 50 melhores empresas do setor do agronegócio do sul do país, entre as quais foram classificadas 21 cooperativas. De acordo com a mestre em desenvolvimento regional e agronegócio Helda Elaine Völz Bier, o destaque alcançado pelas cooperativas se deve a importância que elas têm para o desenvolvimento e o crescimento das regiões onde estão instaladas. “Crescimento é a força de trabalho, a mão de obra e a produção de bens. Já o desenvolvimento é algo que as cooperativas também trabalham muito bem, elas têm a preocupação com o ser humano e não só com a parte comercial. As pessoas são o agente de transformação, sendo assim, as cooperativas têm uma preocupação muito grande em melhorar a qualidade de vida, o bem estar, a qualificação e a capacitação delas”, explicou.

Motivo de orgulho - Outro aspecto que chama a atenção é que, destas 21 cooperativas, 14 são do Paraná, quatro de Santa Catarina e três do Rio Grande do Sul. “Para nós, do Paraná, é um motivo de orgulho muito grande, ainda mais para os rondonenses, sabendo que a Copagril, que nasceu aqui, hoje está entre as maiores empresas do sul do país”, comemora a mestre.

Diferencial - Helda Elaine ainda destacou que as cooperativas têm um diferencial muito grande perante as outras empresas, que é a preocupação de investir nos funcionários e colaboradores. “Além disso, a Copagril investe muito na questão do associado, que é o dono da cooperativa. Constantemente organiza eventos, palestras, dias de campo, ações voltadas para as esposas, filhos, enfim, para toda a família, sempre fornecendo a capacitação e profissionalização como ferramentas para melhorar a qualidade de vida”, destacou.

Desempenho - A Copagril apresentou um ótimo desempenho, subindo 13 posições em comparação ao ano passado. Em 2012, figurava como a 592ª maior empresa do país e, atualmente, está na 579ª. Entre as maiores empresas do agronegócio brasileiro, a Copagril ocupa o 115º lugar, alcançando um crescimento de 21 posições. E na lista das 50 maiores do agronegócio no Sul do país, é a 38ª. Já entre as 100 maiores do Sul do país, está na 91ª posição.

Crescimento - “A Copagril ficou com a 38ª colocação entre as maiores em receita líquida na região sul e com a 115ª posição em nível nacional. Isto prova o quanto o cooperativismo vêm crescendo, e o quão importante é o trabalho das cooperativas, como é o caso da Copagril”, relatou Helda. Este crescimento demonstra que a Copagril vem desenvolvendo um trabalho sério, comprometido, de parceria com os produtores rurais e conquistando um espaço cada vez maior entre as maiores empresas do Brasil, atingindo um percentual de crescimento notável a nível de Paraná, região Sul e Brasil. (Imprensa Copagril)

 

LAR: 3º Cooperjúnior é realizado com 72 participantes

Com o objetivo de despertar adolescentes para o cooperativismo, a formação e o desenvolvimento da liderança jovem, a Cooperativa Lar realizou, no dia 06 de julho, na Associação Recreativa Lar, em Missal, o 3º Cooperjúnior, com a participação de 72 adolescentes com idade entre 11 e 14 anos, filhos e filhas de associados. Por meio de dinâmicas, ele conheceram também a cultura da cooperação, a missão e os valores do  cooperativismo.

Outros encontros - Encontros anteriores foram realizados em junho e outubro do ano passado, com a participação de 218 adolescentes. “Com mais esses 72, chegamos a quase 300 adolescentes que foram apresentados e despertados para essa doutrina”, disse o diretor secretário da Lar, Urbano Inácio Frey, afirmando que dessa forma a cooperativa investe no seu futuro. “O jovem precisa ser atraído para esse trabalho e todos temos a responsabilidade em oportunizar a descoberta da ação conjunta, onde ele se sinta participante do processo, ao exercer a importante e necessária função que é liderar a si, a sua família, propriedade, comunidade e cooperativa”, acrescentou.

Atividades - Durante o dia, foram desenvolvidas diversas atividades focadas na reflexão da vida familiar, escolar, na comunidade, na cooperativa e outros ambientes que dizem respeito a esse público. O trabalho foi executado por 12 jovens monitores preparados com a orientação do professor Ney Guimarães. (Imprensa Lar)

 {vsig}noticias/2013/07/18/lar/{/vsig}

EXPOCOOP 2014: Irã confirma participação no evento que será realizado em Curitiba

expocoop 18 07 2013De 3 a 6 de julho, representantes da WTM Europe, organizadores da Expocoop 2014, maior evento mundial do setor cooperativo, participaram em Teerã, capital do Irã, da mais importante feira internacional de construção do país: a "Iran ConFair". Com enfoque em novas tecnologias, equipamentos e materiais para construção, contou este ano com 952 expositores nacionais e 127 empresas de diversos países em uma área de 50.000 metros quadrados. ‘O Irã moderno apresenta uma classe média sólida e uma economia em crescimento, demonstrando a importância do tema principal da feira que é o desenvolvimento Imobiliário do Irã’, afirma Christina DeCastro, responsável pelo setor de Relações Internacionais da WTM.

Aumento da cultura cooperativa - Durante o seu discurso aos expositores internacionais e nacionais da Feira, o secretário geral da Câmara de Cooperativas do Irã (ICC), Dariush Pakbin enfatizou a importância da ampliação da cultura cooperativa na sociedade assim como o crescimento imobiliário no Irã. "As vantagens cooperativas não são reconhecidas e introduzidas completamente e, portanto, devemos considerar o cooperativismo como uma meta importante para que todas as pessoas se familiarizem com o nosso sector" disse Pakbin, que prometeu fazer o seu melhor para satisfazer reivindicações e exigências do sector imobiliário e cooperativo do país.

Excelentes instalações - Localizada em Teerã, um dos mais importantes centros comerciais e econômicos do Irã, a "Iran ConFair" contou com excelentes instalações e área de exposição exclusiva no país. O evento proporcionou um ambiente favorável para o networking e realização de negócios entre empresários iranianos e estrangeiros. Com sua cultura milenar,  povo hospitaleiro e monumentos admiráveis como mesquitas, palácios e o Grand Bazar, Teerã também oferece excelente gastronomia e assistência total à visitantes estrangeiros.

Cooperação econômica - O Irã tem aumentado a sua cooperação econômica com outros países em franco crescimento, como o Brasil. Assim, a participação da WTM Europe na "Iran ConFair" teve como objetivo principal a troca de informações sobre a organização de ambos os eventos, assim como formalizar o convite para que membros do ICC participem da Expocoop 2014, que ocorrerá de 15 a 17 de maio de 2014, em Curitiba, no Paraná.

Presença na Expocoop - Após reunião com o departamento de exposições da Apex local, a Câmara de Cooperativas do Irã, que conta com 500.000 cooperativas associadas, confirmou à delegação da WTM Europe a participação do Irã na Expocoop 2014. Seus membros irão expor produtos cooperativos como frutas e nozes, tapetes e artesanato visando o aumento das relações comerciais entre cooperativas dos dois países. O estande do Irã na Expocoop será o C24, situado à entrada da feira, ao lado do espaço da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (Assessoria de Imprensa da Expocoop 2014)

 

SOJA: Abiove mantém estimativa de produção na safra 2012/13

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) manteve a estimativa para a produção de soja no ano comercial 2013 (referente ao ano agrícola 2012/13) em 81,6 milhões de toneladas. A entidade também não alterou a previsão para a produção de farelo e óleo de soja, bem como as estimativas para exportação da oleaginosa no mesmo período. De acordo com a Abiove, a produção nacional de farelo de soja em 2013 será de 28,3 milhões de toneladas e a de óleo atingirá 7,14 milhões de toneladas. Ainda segundo a entidade, serão exportadas 39 milhões de toneladas de soja em grão neste ano. (Valor Econômico)

MILHO: Conab anuncia novo leilão para comercialização de cereal do Mato Grosso

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza na quarta-feira (24/07) o segundo leilão do chamado Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para a venda e o transporte de milho de Mato Grosso para outras regiões. O objetivo é assegurar o escoamento de 1 milhão de toneladas do grão. O Pepro é um subsídio destinado a equalizar a diferença entre o preço do grão no mercado e o mínimo estabelecido pelo governo federal. De acordo com o edital, o produto não poderá ter como destino final as regiões Sul, Sudeste (exceto norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro), Centro-Oeste, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins. (Valor Econômico)

GRÃOS: Safra norte-americana entra em fase decisiva

graos 18 07 2013A nova safra de grãos dos Estados Unidos, que pode significar um divisor de águas na tendência para os preços agrícolas internacionais no médio e longo prazos, enfrenta seu maior teste nas próximas semanas. Até o fim do mês, a maior parte dos 39,4 milhões de hectares plantados com milho no Meio-Oeste entra em sua fase de polinização, quando se define o potencial produtivo das lavouras. Nesse estágio, problemas como calor excessivo e falta de chuvas por algumas semanas podem reduzir drasticamente o tamanho da produção.

Boletim meteorológico - Por essa razão, tradings, produtores e, sobretudo, especuladores estão debruçados sobre os boletins meteorológicos em busca de pistas sobre o clima no 'Corn Belt' para os próximos dias. A tensão no mercado recrudesceu na última semana, depois que uma onda de calor e estiagem no sudoeste do cinturão agrícola levou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a diagnosticar uma pequena piora na condição das plantações de milho e soja em Estados como Nebraska, Iowa, Kansas e Missouri.

Modelo europeu - Na terça-feira (16/07), o chamado modelo climático europeu previu - em oposição ao americano - que as condições continuariam predominantemente desfavoráveis na região por mais duas semanas, o que impulsionou os preços dos grãos na bolsa de Chicago. "Julho é o mês decisivo para o milho e agosto, para a soja", afirma Daniel D'Ávila, analista de commodities da corretora Newedge USA, em Nova York

Sinal - Nesta quarta-feira (17/07), entretanto, o modelo europeu sinalizou uma maior probabilidade de chuvas e temperaturas mais baixas para o fim de semana em regiões afetadas pelo clima hostil dos últimos dias, abrindo caminho para que os preços cedessem.

Fechamento - Os contratos de milho com vencimento em setembro (contra os quais serão entregues os primeiros lotes da nova safra) fecharam em baixa de 1,7%, a US$ 5,02 por bushel. O trigo para entrega no mesmo mês recuou 0,7%, a US$ 6,7775 por bushel, enquanto a soja registrou queda de 0,47%, cotada a US$ 13,2925 por bushel.

Volatilidade - A tendência é que os preços continuem voláteis no curto prazo. "A incerteza é muito grande. Nenhum dos mapas é claramente favorável ou desfavorável neste momento. Até que todos apontem na mesma direção, é impossível apostar em alguma direção para os preços", observa Daniel D'Ávila.

Perda - Em 2012, os produtores americanos perderam quase 100 milhões de toneladas de soja e milho devido a uma forte estiagem durante o verão, o que provocou uma escalada nos preços internacionais dos grãos. Com a safra de 2013, o mercado projeta não apenas a recomposição dos estoques globais - em níveis historicamente baixos - como uma forte queda nos preços dessas commodities.

Colheita - De acordo com o USDA, os americanos podem colher quase 355 milhões de toneladas de milho (quase duas vezes toda a safra de grãos do Brasil) e 92 milhões de toneladas de soja - um recorde absoluto. Por essa razão, desde o começo do ano, o milho acumula desvalorização de 28,3% no mercado futuro de Chicago. Trigo e soja caíram 13,9% e 5,7%, respectivamente.

Preço médio - O USDA prevê que, confirmadas as estimativas de produção, o preço médio do milho nos Estados Unidos pode cair a US$ 4,70 por bushel na safra 2013/14, quase 32% menos que na safra 2012/13. Alguns economistas acreditam, porém, que o preço pode testar níveis na faixa de US$ 3 por bushel. No caso da soja, o USDA projeta um preço médio de US$ 10,50 por bushel, queda de 26% em relação ao exercício anterior, mas não são poucos os analistas que vislumbram cotações na faixa de US$ 9,50 por bushel.

Risco menor - Para que isso aconteça, no entanto, será necessário que o clima contribua nas próximas semanas. "O risco de perdas é menor neste ano porque, ao contrário do que aconteceu no ano passado, choveu muito durante o plantio. De todo modo, vai ser um problema se não chover", afirma D'Ávila. (Valor Econômico)

 

INFRAESTRUTURA: Dragagem faz Porto de Antonina aumentar movimentação em 75%

1infraestrutura 17 07 2013O investimento de R$ 37 milhões do Governo do Estado na dragagem do acesso ao Porto de Antonina resultou em aumento de 75% na movimentação de cargas. Nos primeiros seis meses do ano, o terminal recebeu 50 navios, enquanto que no mesmo período do ano passado foram apenas 21. O aumento do número de embarcações, somado à melhoria na produtividade, fez com que fossem embarcadas e desembarcadas 758 mil toneladas no primeiro semestre, contra 433 mil toneladas na metade de 2012.

Retirada de sedimentos - A dragagem de manutenção dos pontos críticos do acesso ao Porto de Antonina retirou aproximadamente um milhão de metros cúbicos de sedimentos, ampliando a profundidade para mais de 8 metros. “Há 15 anos o Porto de Antonina não recebia uma dragagem”, explica o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

Recursos - Os R$ 37 milhões investidos na obra vieram de recursos próprios da Appa, autarquia do Governo do Estado. A reativação do Porto de Antonina abriu alternativa de descarga de fertilizantes no Paraná, permitindo a redução dos custos das filas que eram repassados diretamente ao produtor agrícola. Com base nos registros do Sindicato das Indústrias de Adubos (Sindiadubos), a operação em Antonina reduziu em pelo menos 14 dias a espera para atracação no Porto de Paranaguá. “No momento de maior movimento, a economia é de US$ 8 por tonelada, que antes eram adicionados ao preço dos fertilizantes por conta da sobre-estadia dos navios”, completa o superintendente.

Movimentação - No primeiro semestre, o Porto de Antonina importou fertilizantes e exportou açúcar. Foram 23 mil toneladas de açúcar e mais de 735 mil de fertilizante. O açúcar teve como destino o Porto de Tema, em Gana. Já o fertilizante veio da China, Noruega, Marrocos, Venezuela, Lituânia, Finlândia, Togo, Catar, Estônia, Estados Unidos, Letônia, Holanda, Rússia e Ucrânia.

Motivos - De acordo com o diretor comercial da Ponta do Félix, operadora portuária que atua no Porto de Antonina, Cícero Simião, o número reduzido de navios recebidos no ano passado se deu pela redução no calado e o aumento da movimentação neste ano se deve à organização. “A organização de um pátio de triagem em Antonina, a exemplo do que existe em Paranaguá, para acabar com a fila de caminhões, deu mais agilidade ao processo. Internamente, podemos destacar melhorias nos procedimentos, a boa análise operacional e o posicionamento estratégico. Melhoramos a eficiência, aplicamos mudanças assertivas na recepção dos navios”, afirmou Simião.

Reflexos – Maior movimento de carga também significa mais trabalho e renda para a população e comércio local. No primeiro semestre, isso já pôde ser observado em Antonina. De acordo com o diretor do Órgão Gestor da Mão de Obra do Porto de Antonina, Edenoir Batista, há alguns anos, trabalhadores deixavam o município por falta de trabalho. “O que vemos agora é que tem mais trabalho e mais dinheiro no município. Em volume de trabalho e repasse de verba aos TPAs (trabalhadores portuários autônomos) aumentou na faixa de 70%. Tudo isso é devido a esse aumento na movimentação que tende a aumentar ainda mais”, avalia Batista.

Economia local - O presidente da Associação Comercial, Industrial e Portuária de Antonina,2infraestrutura 17 07 2013 Paulo Pacholek, confirma os reflexos na economia local. “Gêneros alimentícios, vestuários. Em todos esses setores sentimos bastante a diferença. Estou sempre em contato com os comerciantes de diversos ramos que confirmam que aumentou bem, em vista de como estava estagnado”. “Com certeza o nosso movimento – que vem sendo mantido, diferente de anos atrás, numa constante e não mais em picos – se deve a esses trabalhadores, esse pessoal que trabalha com caminhão, que trabalha na estiva, com todo esse segmento”, completa o comerciante Oscar Neto, dono de uma lotérica no município.

Expectativa – Segundo o diretor do Porto de Antonina, Luis Carlos de Souza, a expectativa é melhorar ainda mais a movimentação e a produtividade do Porto, no segundo semestre. “Vamos continuar dando condições de operação para a Ponta do Félix e qualquer outra empresa que venha operar aqui em Antonina. Um porto ágil e organizado significa melhor desempenho na economia do Estado e na economia local. Quem ganha, com isso, são produtores agrícolas e a população”, garante.

Projetos em andamento - Entre os projetos atualmente em andamento estão a revitalização do Porto de Antonina e o trabalho de recuperação de cargas e exploração dos potenciais apontados pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO).

Ponta do Félix - O documento traz a modernização do Terminal Ponta do Félix para atender novas demandas da movimentação e a operacionalização do Terminal Barão de Teffé, com vocação para operações de apoio offshore e estaleiro, principalmente para atender as atividades ligadas à exploração do petróleo. “Já recebemos algumas intenções de empresas para exploração de atividade de metal mecânica e armazenagem de açúcar e fertilizantes. Para esse trabalho de estocagem temporária, já recebemos do IAP licença ambiental para a instalação de armazéns infláveis e estruturados. Agora é só bem atender as empresas, priorizando a aplicação de mão de obra local”, conclui Souza. (Agência de Notícias do Paraná)

 

MEIO AMBIENTE: Governo do PR e Ibama assinam acordo para gestão compartilhada da fauna

meio ambiente 17 07 2013O governador Beto Richa e o presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, assinaram nesta quarta-feira (17/07) um acordo de cooperação para a gestão compartilhada da fauna no Paraná. Pelo acordo, em um prazo máximo de três anos os órgãos ambientais estaduais passarão a atuar na emissão de autorizações de uso e manejo da fauna silvestre. O acordo foi firmado entre o Ibama/PR, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Instituto Ambiental do Paraná.

Atividades - Entre as atividades incluídas na cooperação estão o licenciamento, fiscalização, controle e gestão de zoológicos, criadouros, mantenedores, criadouros científicos para fins de pesquisa, criadouros comerciais, abatedouros e frigoríficos de fauna silvestres. Incluem-se, também, a emissão de autorizações para o manejo de fauna na natureza, a destinação de fauna aos centros de triagem e a reabilitação de animais silvestres. "Esta importante parceria com o Ibama trará, com certeza, mais eficiência e economia de recursos públicos, pois evitaremos duplicação de atividades. Nada melhor que contribuirmos com nossas obrigações neste compartilhamento de atuação", afirmou o governador. O acordo é o primeiro passo para a criação da Rede Paranaense de Defesa e Proteção Animal, que está prevista no Plano de Governo de Beto Richa. Com a descentralização da política de fauna, o Estado inicia a implantação desta rede.

Lei - A descentralização das ações de fauna para o Estado segue a determinação da Lei Complementar n° 140/2011, que regulamentou as competências da gestão ambiental entre união, estados e municípios. As atribuições relativas à fauna foram repassadas aos Estados. Os pedidos de autorizações feitas após a data da publicação da lei cabem, agora, ao Instituto Ambiental do Paraná autorizar.

Novas competências - O presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, disse que o acordo cria condições para os órgãos ambientais estaduais se fortalecerem para assumir as novas competências. "Teremos uma soma de esforços que trará resultados positivos. Quem ganha com essa agenda integrada é a sociedade, que terá melhores serviços ambientais”, afirmou. Volney Zanardi lembrou que o acordo prevê o repasse, ao Paraná, de 60% dos recursos da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), correspondentes à gestão da fauna.

Avanço - Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, a medida representa um avanço para o Paraná. "Teremos a oportunidade, pela primeira vez na história, de elaborarmos uma política estadual integrada de proteção à fauna", disse Cheida. O secretário explicou que, além da fauna silvestre, o Estado passa a controlar, também, a erradicação de espécies exóticas invasoras, como o bagre africano e o caramujo africano. "Essa rede tem o objetivo de criar soluções para os pequenos, médios e grandes problemas de defesa animal, para que possamos ter uma estratégia clara para a proteção”, afirmou.

Benefícios - O objetivo do acordo é evitar a duplicidade de esforços e sobreposição de atividades, facilitando a incorporação das ações de autorização de uso e manejo da fauna ao sistema de licenciamento ambiental já realizado no Estado. Atualmente, o departamento de fauna do Instituto Ambiental do Paraná é responsável, por exemplo, por atividades de licenciamento do espaço físico dos criadouros e zoológicos. As autorizações para manejo da fauna ficavam sob responsabilidade do órgão federal.

Números - O Paraná possui hoje, aproximadamente 300 criadores e mantenedores de fauna e outros 60 mil criadores amadores de aves. O Instituto Ambiental do Paraná já desenvolve ações relacionadas à fauna. “Assumir essa área facilitará os licenciamentos e ordenamento das ações”, disse o presidente do Instituto, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. O Acordo também possibilita a formalização de parcerias com universidades, instituições de pesquisa e municípios para a gestão da fauna.

Capacitação - Nos próximos meses, o Ibama irá promover oficinas e capacitação dos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Instituto Ambiental sobre as novas atribuições e o uso de sistemas federais como o SISPASS e o Sisfauna. Nesta fase de transição, continuarão com o Ibama os processos de criadores de fauna anteriores à promulgação da Lei Complementar 140, com licenças ainda não expiradas. Permanecem como atribuição do Instituto, também, a gestão da fauna em nível nacional, o monitoramento e a fiscalização com foco no tráfico internacional.

Subsídio - O superintendente do Ibama no Paraná, Jorge Augusto Callado Afonso, disse que nos próximos três anos o órgão federal dará todo o subsídio para que o estado implemente a sua política de fauna. "A integração entre federação, estados e municípios para garantir qualidade ambiental está prevista no Sistema Nacional de Meio Ambiente”, disse Callado. 

Acordos semelhantes - Acordos de cooperação semelhantes ao paranaense já foram assinados pelo Ibama em São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia e Pará. (Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos)

 

STF: Joaquim Barbosa suspende projeto que cria TRF no PR

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, suspendeu, em caráter liminar, o projeto que cria quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) no Brasil, um deles no Paraná. O pedido de paralisação da discussão da proposta no Congresso Nacional foi apresentada pela Associação Nacional dos Procuradores Federais. Com isso, o projeto fica paralisado até que o próprio Barbosa reveja a decisão ou o plenário do STF analise o processo. Além do Paraná, os estados da Bahia, Amazonas e Minas Gerais também passarão a ser sede dos tribunais que serão implantados.

Adin - A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) foi distribuída para o ministro Luiz Fux, do STF. Mas, durante o recesso, ela foi repassada ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, que já havia se manifestado publicamente contrário à criação dos novos órgãos judiciários.

Alegação - Segundo informação divulgada pelo STF, a associação alega que a categoria que atuaria em quase 50% dos processos em tramitação na Justiça Federal, teria suas condições de trabalho afetadas. A entidade argumenta ainda que há vício de iniciativa na aprovação da proposta, apresentada pelo Parlamento. Segundo a associação, a medida está "no rol de matérias que são de iniciativa exclusiva do Judiciário".

Custos - Segundo a entidade, os custos para instalação de novos tribunais impedirão aporte de recursos no sistema de Juizados Especiais Federais.

Câmara dos Deputados - O Projeto de Lei (PL) de autoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que regulamenta a implantação dos quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) no país, sendo um deles no Paraná, foi apresentado à Câmara dos Deputados, em Brasília no último dia 8. A proposta serve para consolidar as regras da instalação dos novos órgãos representantes da 2ª instância da Justiça Federal, criados por meio de uma emenda constitucional promulgada no início de junho.

Comissões - Antes de chegar ao Plenário, ainda deve passar pelas comissões Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Antes de chegar à Câmara, o anteprojeto, que funciona como uma espécie de “rascunho” do PL, já tinha sido aprovado no Conselho da Justiça Federal (CJF) no dia 28 de junho. Depois, ainda foi submetido à aprovação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para então ser encaminhado já definido ao Poder Legislativo da União.

Prós e contras - Defendidos por juízes e procuradores, os novos tribunais terão o objetivo de desafogar a Justiça Federal brasileira, principalmente o TRF da 1ª Região, então responsável por 13 estados e pelo Distrito Federal. No entanto, antes mesmo da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que previa a criação dos novos órgãos, o Conselho Nacional de Justiça já havia classificado como “frágil” o argumento da PEC 544 por meio de um estudo.

Queda nos processos - A pesquisa afirma que há queda nos processos impetrados pela Justiça Federal e que a implantação de novos tribunais é “desnecessária”. Além da queda da demanda, a pesquisa sugere que as demais justificativas para a criação de tribunais foram superadas por aprimoramentos na gestão e pela informatização.

Estimativa - A instalação de quatro novos tribunais regionais federais deve custar R$ 922 milhões por ano aos cofres públicos. A estimativa está na nota técnica Custo e Eficiência dos Novos Tribunais Regionais Federais: Uma Avaliação da Emenda Constitucional (EC) 73, lançada no dia 10 de junho pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O valor representaria um aumento de 59% nos custos da Justiça Federal de segunda instância. Somente no Paraná, o valor estimado da criação do novo tribunal custaria cerca de R$ 286,4 milhões por ano. (Gazeta do Povo, com Folhapress)

COMÉRCIO: Fora do bloco, Paraguai dificulta acordo com UE

comercio rubens barbosa 18 07 2013A recusa do atual governo do Paraguai em aceitar o convite do Mercosul para se reintegrar à instância política do bloco pode ser revertida após a posse, no próximo dia 15, do presidente eleito Horacio Cartes. Contudo, analistas acreditam que a persistência do país em se manter fora enquanto a Venezuela exercer a presidência rotativa - que vai até o fim deste ano - pode emperrar as negociações em andamento do tratado de livre comércio entre o bloco e a União Europeia. Dentro do Mercosul, a percepção é que o novo governo vai abrandar o tom de rejeição ao convite e voltar ao grupo até o fim do ano.

Pressão interna - Cartes enfrentará pressão interna para aceitar o retorno, principalmente do Senado e da opinião pública, segundo o ex-embaixador Rubens Barbosa (foto), presidente do conselho de comércio exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Barbosa acredita que a reintegração do Paraguai ao bloco não vá acontecer neste ano. O mais provável é que o novo governo espere a entrada da Argentina na presidência rotativa do bloco para aceitar o convite feito na última sexta-feira.

Membro pleno - Como na área comercial o Paraguai segue como membro pleno, o maior revés para o Mercosul está na perspectiva de não cumprimento do cronograma de entrega da lista unificada de produtos que será negociada com os europeus. Segundo o ex-embaixador, a expectativa é que até o fim de setembro uma lista seja apresentada. "Com o Paraguai fora, vai ser difícil chegar à lista conjunta no prazo estipulado", diz.

Visão endossada - A visão de que a instabilidade do bloco é uma ameaça ao cronograma das negociações relativas ao tratado também é endossada por Ricardo Sennes, coordenador do Grupo de Análise Internacional da Universidade de São Paulo (USP). As dificuldades dos países-membros em estabelecer uma lista em conjunto, principalmente nos setores industriais, aliado à indecisão sobre o retorno do Paraguai "diminuem a expectativa de que as negociações comecem a deslanchar".

Principal motivo - A entrada da Venezuela, enquanto os paraguaios estavam suspensos, é o principal motivo da instabilidade citada por Sennes. Uma forma de contornar isso seria através da assinatura, por parte do Senado do país, de todas as atas que ratificaram o ingresso dos venezuelanos no bloco, no fim de julho do ano passado. "Quando há uma disposição política de todas as partes, o aspecto formal pode ficar em um segundo plano. Mas não é o caso", afirma Sennes.

Panorama atual - No panorama atual, a necessidade de formar a lista para fazer avançar a negociação com a UE confere maior poder de barganha aos paraguaios para negociar a volta ao bloco. "Se o governo Cartes sentir que há um interesse muito forte dos outros países na assinatura do acordo, ele consegue mais cacife para negociar temas de interesse próprio, como financiamentos para obras de infraestrutura no país, por exemplo", diz Sennes.

Defensor - O maior defensor da posição paraguaia é o atual ministro das Relações Exteriores, José Félix Fernández. Fonte ouvida pelo Valor que integra o Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul, entretanto, afirma que Fernández é voz dissonante dentro da coalizão encabeçada pelo Partido Colorado, do presidente Cartes. A expectativa dentro do bloco é que, após a posse do novo presidente, o retorno do país seja facilitada, devendo acontecer até o fim deste ano.

Resposta - A resistência paraguaia é creditada a "uma resposta que o novo governo tem que dar à opinião pública do país", segundo a fonte, que legitima a posição do atual governo. "Como se faz uma reunião para colocar um novo membro durante a suspensão de outro, sendo que o estatuto diz que todos devem concordar com o novo integrante? Isso tudo foi um desgaste grande ao Mercosul e aconteceu por uma questão política".

Efeito - Pela ótica do comércio a suspensão política teve efeito nulo. No primeiro semestre do ano, em comparação com igual período do ano anterior, quando o Paraguai não havia sido suspenso, o comércio bilateral com o Brasil cresceu 23%, rendendo saldo positivo de US$ 1 bilhão à balança brasileira. Eulógio Quiñonez Ramirez, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai, diz que não existe palavra final sobre se o Paraguai vai aceitar ou não o retorno ao Mercosul enquanto o novo presidente não for empossado.

Fretes - Sócio-diretor da Transparaguay, empresa que faz o frete de exportações de empresas brasileiras dos setores automobilístico e siderúrgico, entre outras, Quiñonez diz que houve crescimento de "cerca de 20%" no volume de fretes destinados ao Paraguai no último ano. "Para a minha empresa a suspensão não fez diferença. A economia paraguaia ainda demanda muita matéria-prima, equipamentos de indústria e manufaturados brasileiros", afirma.

Relação bilateral - O exemplo de Quiñonez mostra como a relação bilateral vem crescendo, segundo Barbosa. Enquanto o Brasil exporta majoritariamente produtos semimanufaturados e manufaturados - US$ 1,5 bilhão foi o valor da exportação total brasileira no primeiro semestre -, os paraguaios vendem produtos básicos, como soja e carne. "Apesar da suspensão política, eles continuaram a levar adiante as relações comerciais com o Brasil, principalmente na venda de produtos agrícolas. Há uma complementariedade nas duas economias, que segue crescendo", diz Barbosa. (Valor Econômico)

 

BRASIL: Dilma critica pessimistas e garante meta de inflação

brasil 18 07 2013No cenário econômico apresentado nesta quarta-feira (17/07) pela presidente Dilma Rousseff, o país vive um momento muito melhor do que fazem crer análises que definiu como "pessimistas". Na visão oficial, "o barulho tem sido muito maior que o fato".

Dados concretos - Em discurso de 52 minutos para empresários e representantes de movimentos sociais, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que celebrou nesta quarta dez anos de funcionamento, a presidente citou o que considera os dados concretos do bom desempenho econômico: a queda da inflação nos últimos meses, a redução de despesas com pessoal, previdência e juros, além da redução na dívida líquida do setor público e o aumento das reservas internacionais.

Corte de gastos e juros - Dos principais assuntos da atual pauta econômica, a presidente não deixou de fora o aumento da competitividade, ou a redução da burocracia, mas não deu nenhum sinal sobre o corte de gastos prometido para cumprir a meta de superávit primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e não falou sobre juros. "É incorreto falar de descontrole da inflação, ou das despesas do governo. É desrespeito aos dados, à lógica, para dizer o mínimo. Temos dificuldades sim, mas temos uma situação hoje que não se compara a nenhum momento do passado", disse a presidente.

Meta - Dilma garantiu que a inflação terminará o ano dentro da meta do governo, cujo teto é 6,5%, e que o pacto pela responsabilidade fiscal proposto por ela depois dos protestos de junho "limita qualquer tentação de populismo fiscal". Segundo a presidente, as decisões tomadas pelo governo em resposta às demandas populares não ameaçarão "as contas do país".

IPCA - Entre os dados destacados por Dilma para sustentar seu otimismo estão a perspectiva de um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perto do zero em julho, embora ela reconheça se tratar de um efeito sazonal e recorrente. Os choques de oferta vividos no segundo semestre do ano passado, disse, explicam o comportamento dos preços no primeiro semestre de 2013.

Principais despesas - Ao analisar as principais despesas do governo, a presidente ressaltou que os gastos com pessoal equivalem a 4,2% do PIB, o percentual mais baixo dos últimos dez anos, o déficit da Previdência, hoje em torno de 1% do PIB, também é um dos mais baixos da década, e o pagamento de juros consome hoje 40% menos recursos que há dez anos.

Indicadores de curto prazo - No discurso no Conselhão, não houve uma análise sobre indicadores econômicos de curto prazo. A presidente não entrou nos temas que concentram os pontos de vista mais pessimistas no atual debate econômico do Brasil: revisões para o PIB de 2013, que caíram de 3% no início do ano para 2%, desaquecimento do mercado de trabalho, aumento de juros e desvalorização cambial.

Poucos países - Na avaliação da presidente, poucos países estão nas mesmas condições do Brasil para enfrentar a mudança na política monetária nos Estados Unidos. Nesse trecho do discurso, a presidente citou o elevado volume de reservas internacionais, que hoje somam US$ 372 bilhões.

Concessões - A apresentação feita pela presidente também incluiu a participação de investidores nacionais e estrangeiros nos leilões mais recentes de concessões no setor elétrico e na área de petróleo e gás como sinais de confiança na economia brasileira. Dilma mais uma vez aproveitou a plateia de empresários para falar das concessões, principal ponto da agenda econômica para o resto do ano. Novamente, o recado foi de que a melhora na infraestrutura não será feita apenas por meio de investimentos estatais.

Críticas - A disposição do governo em levar adiante as concessões de infraestrutura ao setor privado foram fortemente criticadas por causa das baixas taxas de retorno oferecidas aos investidores. Apenas depois de se convencer que não haveria disputa nos leilões o governo aceitou rever os retornos.

Fim do superávit primário - Durante os debates do CDES, no período da tarde, sem a presença da presidente, o presidente da Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB), Ubiraci Oliveira, e o secretário de organização da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Jacy Afonso, defenderam o fim do superávit primário. "Manter o superávit primário é um equívoco da política econômica. Por que não podemos suspender o superávit para poder investir?", disse Afonso.

Redução do comércio internacional - A secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Alicia Bárcena Ibarra, defendeu que os países latino-americanos se preparem para uma redução no comércio internacional e o fim dos altos preços de matérias-primas. Segundo ela, a renda da região depende dessas variáveis e mudanças afetarão o orçamento e a capacidade fiscal dos países. O modelo de crescimento baseado em consumo, que liderou a expansão da região nos últimos anos, não é mais sustentável, disse.

Resultado importante - Durante sua apresentação, Alicia também ressaltou que o pessimismo é muito grande de quem olha o país de dentro. Mas quem olha de fora, não consegue entender o motivo disso. Alicia apontou que a previsão de crescimento da Cepal para a região em 2013 é de 3%, e que o Brasil deve avançar 2,5%, o que é um resultado bastante importante para a região. (Valor Econômico)

 


Versão para impressão


Assessoria de Imprensa do Sistema Ocepar - Tel: (41) 3200-1150 / e-mail: imprensa@ocepar.org.br