JOVEMCOOP: Jovens cooperativistas se encontram em Maringá nesta quinta e sexta-feira
Trezentos e quarenta participantes, representando cooperativas de todo o Estado, são esperados em Maringá para o 22º Encontro Estadual da Juventude Cooperativista Paranaense (Jovemcoop), nesta quinta e sexta-feira (25 e 26/07) na UniCesumar. A realização é do Sistema Ocepar, tendo a Cocamar Cooperativa Agroindustrial como anfitriã. Realizado anualmente, o evento tem a finalidade de reunir a juventude cooperativista para promover a integração e uma troca de experiências sobre o seu envolvimento com o sistema.
Programação - Na quinta-feira, a programação inicia às 8h30 com recepção e café, seguida de abertura às 9h30 e uma palestra sobre o tema “neuromarketing pessoal” com o especialista Marcelo Peruzzo. Às 10h30, Eliseu Hoffmann conduz orientações e oficinas, que se seguem também no período da tarde, até às 18h30. À noite, os participantes se encontram para um evento cultural na Associação Cocamar. No dia seguinte, os trabalhos recomeçam às 8h, com oficinas e apresentação de projetos, terminando com uma palestra a cargo de Daniel Kroeff, sobre “Estratégias e competências para o sucesso”, e almoço.
Serviço - Informações com Guilherme Gonçalves, tel. (41) 3200-1167 ou Guilherme.gonçalves@sistemaocepar.coop.br (Imprensa Cocamar)
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INFORME PECUÁRIO: Boletim traz dados sobre o mercado de carnes e leite no primeiro semestre
A Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar (Getec) divulgou a edição nº 45 do Informe Pecuário, com dados sobre o mercado de carnes e de leite, organizados pelo médico veterinário Alexandre Amorim. O levantamento mostra o comportamento registrado em junho e traz ainda um balanço sobre o primeiro semestre de 2013. As exportações de carne bovina do Brasil, por exemplo, atingiram US$ 2,4 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, o que representa uma alta de 19,1% em comparação ao mesmo período de 2012, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume cresceu 26,9%, para 525 mil toneladas, aumento associado à entrada de novos mercados, e com perspectiva de aumento, pela esperada retomada das vendas a países do Oriente Médio, que haviam embargado total ou parcialmente compras de carne bovina do Brasil após o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípica, em dezembro de 2012. Vale Destacar que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou em maio a classificação do Brasil como “risco insignificante” para a EEB.
Clique aqui e confira na íntegra o Informe Pecuário nº 45
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CREDENOREG: Cooperativa completa dez anos de atuação
A Cooperativa de Crédito de Notários, Escrivães e Registradores (Credenoreg) completou dez anos de atuação neste ano. Voltada tanto ao público dos cartórios extrajudiciais, como os tabelionatos, e a escrivães ligados ao poder judiciário, a instituição é integrante do Sistema Sicredi, que reúne entidades financeiras cooperativas. "Além do custo bancário menor, as cooperativas segmentadas do Sicredi compreendem quais as especificidades e necessidades desse público", explica o presidente da Credenoreg, Cid Rocha.
Autorização - Pela regulamentação estabelecida pelo Banco Central, em 2003, a instituição, está autorizada a atuar dentro dos limites do estado do Paraná, com o suporte das unidades de atendimento do Sicredi. "Somos uma das duas cooperativas segmentadas autorizadas a atuar em todo o estado, ao lado do Credjuris (voltada a integrantes da Magistratura e Ministério Público)", afirma Rocha. "Temos o objetivo de nos aproximarmos dos associados, facilitando a migração de produtos usados em outras instituições financeiras para o Sicredi", diz.
Opção atrativa - Na avaliação de Rocha, o cooperativismo aparece como opção atrativa para os notários, escrivães e registradores. "Mesmo em momentos de crise, já ficou muito claro que o cooperativismo é uma opção segura", diz. Por estar sujeita às mesmas normas estabelecidas pelo Banco Central para as instituições financeiras, a Credenoreg oferece as mesmas condições de um banco, inclusive em questões ligadas à segurança e ao sigilo bancário.
Participação ativa - Para Arion Toledo Cavalheiro Júnior, Oficial do Cartório Arion Cavalheiro, de Francisco Beltrão, e associado da Crederoneg, a cooperativa se diferencia do banco por permitir a participação ativa de seus associados. "A cooperativa é nossa. Como somos os associados, participamos e acompanhamos a evolução e resultados. Essa cooperação é de extrema importância e a diferencia de um banco", explica.
Outros benefícios - Além disso, Cavalheiro cita outros benefícios, como a pessoalidade no atendimento os produtos ofertados pelo Sicredi, como diferenciais. "As taxas estão abaixo do normal dos bancos e, fora tudo isso, ainda há a sobra de caixa, que é dividida entre os associados. Por isso, incentivo e indico a Credenoreg", analisa.
Cooperativismo - O relatório 2012 da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estima que, no Brasil, 10,4 milhões de pessoas estavam associadas a uma cooperativa em dezembro do ano passado - aumento de 4% ou 370 mil pessoas em comparação a 2011. A OCB espera que, até 2016, o número de associados atinja 12 milhões de pessoas. Somente em 2012, o cooperativismo gerou 304 mil empregos diretos e injetou R$ 8 bilhões na economia nacional, levando em conta o pagamento de salários e benefícios aos trabalhadores. Em todo o mundo, mais de 1 bilhão de pessoas estão ligadas ao sistema cooperativo. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. (Imprensa Credenoreg)
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SICREDI PARANAPANEMA: Convenção anual tem mais de 200 participantes
O Sítio Ecológico Scandolo, em Cambará, foi o cenário perfeito para a realização da Convenção 2013 da Sicredi Paranapanema PR/SP, no último sábado (20/07). Dirigentes, conselheiros e aproximadamente 200 colaboradores participaram do evento anual da cooperativa. O presidente, Claudinei Angelin, deu as boas-vindas motivando o grupo a participar intensamente do encontro e ressaltou em sua fala que os momentos de capacitação e treinamento do público interno objetivam fortalecer o principal diferencial do Sicredi. “Queremos aprimorar cada vez mais o relacionamento com o nosso associado, oferecendo um excelente atendimento e experiências positivas em todas as ocasiões em que ele precisar dos serviços da cooperativa”.
Dinâmicas e atividades - O trabalho foi conduzido pela equipe de profissionais da Catuetê Consultoria, de Curitiba, que propôs dinâmicas e atividades nas quais a atuação em equipe, a disciplina, a organização, o planejamento, a eficácia e o comprometimento foram essenciais para serem cumpridas, fazendo uma relação fundamental com papel de cada indivíduo no dia a dia das equipes e consequentemente nos resultados alcançados.
Reflexões - Em vários momentos os consultores provocaram reflexões nos colaboradores a respeito da busca pela excelência, tanto na área comercial quanto no controle de indicadores, para que se alcance resultados cada vez mais satisfatórios e o crescimento desejado. André Dall’Oglio, diretor executivo da cooperativa, ficou muito satisfeito com os efeitos imediatos e disse que os objetivos foram atendidos. “Foi sensacional. Certamente a alegria, a vibração, a determinação e o comprometimento apresentados pelos grupos farão parte do nosso dia a dia de trabalho. Tivemos um grande evento, com momentos inesquecíveis”, completou.
Sicredi Paranapanema PR/SP - É uma das 108 cooperativas que integram o sistema Sicredi. Fundada em 1985, tem uma história marcada pela expressiva expansão, fortalecendo as comunidades e associados de toda a região do norte do Paraná e sul de São Paulo. Atualmente presente em 23 municípios, tem aproximadamente 29 mil associados e cerca de R$ 200 milhões em recursos administrados.
Sobre o Sicredi - O Sicredi é um sistema composto por 108 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de atendimento (mais de 1.100 pontos), distribuída em 10 Estados* - 905 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em quatro Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. (Imprensa Sicredi Paranapanema PR/SP)
* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.
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LAR I: Cooperados e familiares participam de reuniões comemorativas aos 50 anos
Reuniões denominadas Lar 50 anos foram organizadas com a presença de cooperados e familiares como parte das comemorações do cinquentenário da cooperativa. Os encontros aconteceram em duas etapas: de 17 a 22 de maio, nos municípios do Oeste do Paraná, e de 01 a 05 de julho, nas unidades do Mato Grosso do Sul. As atividades foram conduzidas pelo diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, que mostrou a evolução da cooperativa em cada fase de sua trajetória . “É uma das mais bonitas histórias de cooperativas do Oeste do Paraná, se não for a mais bonita”, disse Irineo, referindo-se à bravura, determinação e objetividade dos associados. Sobre as reuniões com os cooperados, ele afirmou que “foi uma oportunidade para a família associada participar, conhecer e refletir sobre a história da cooperativa, que é referência econômica no setor agroindustrial, haja vista o seu faturamento previsto para o ano ser de R$ 2,5 bilhões”.
Datas importantes - A cooperativa, fundada em 19 de março de 1964, em Missal, como Comasil (Cooperativa Mista Agrícola Sipal), teve origem na colonização da Gleba dos Bispos. Cinquenta e cinco agricultores, liderados pelo padre José Backes, iniciaram a história da Lar, que atualmente integra cerca de 8.700 associados e 6.500 funcionários. Em julho de 1971, houve mudança da sede para Medianeira. Em 16 de dezembro de 1973, passou a se chamar Cotrefal (Cooperativa Agropecuária Três Fronteiras Ltda). E,em 27 de julho de 2001, ganhou o atual nome Cooperativa Agroindustrial Lar.
Associação - A história registra que a Lar buscou a viabilidade de seus projetos através da associação às cooperativas centrais como Cotriguaçu, em 1975, e Frimesa, em 1979. Outros momentos importantes para a cooperativa foram a fundação da Sicredi, em 1983; a fundação da Coodetec, em 1995; o ingresso no Paraguai, em 1996; o ingresso em Xanxerê (SC), em 1996, e no Mato Grosso do Sul, em 2002. “Todo esse avanço e associação foram necessários pelo fato da nossa região ser pequena e não haver área para expansão e, quando há o pensamento de estabilizar-se, parar de crescer, no mesmo momento começa a estagnação e a decadência”, afirmou o diretor-presidente. “A Lar investiu muito em cooperativas centrais, no Sicredi, Paraguai e Mato Grosso do Sul para aumentar o patrimônio, colocar e remunerar a produção e assim obter o retorno financeiro”, destacou igualmente o dirigente.
Futuro – “Quanto ao futuro, precisamos ter equilíbrio financeiro para continuar investindo e proporcionar complemento de preços e salários. É um grande desafio. Temos que saber posicionar nossos negócios com sabedoria para passar os momentos ruins, pois sempre haverá crise e clima adverso. Aproveitar os bons momentos também é fundamental. Estamos condenados a crescer sempre”, frisou. “Para isso ser realidade, precisamos investir em pessoas, aperfeiçoar os processos e mecanizar”, finalizou Irineo da Costa Rodrigues.
Palestra - As reuniões promovidas pela Lar para marcar os 50 anos da cooperativa foram abertas pelo professor Ney Guimarães, que elencou aspectos relevantes na integração família, a sua essência e a sua repercussão na empresa rural. Ele ressaltou que, para esse momento histórico da Cooperativa Lar, a família associada deve celebrar esses 50 anos com entusiasmo e convicção que esta mesma história é de toda sociedade cooperativista. Disse também que preciso reconhecer todos os homes e mulheres que foram decisivos para o sucesso dessa conquista, afinal o que seria dessa região sem esta cooperativa geradora de renda, ética, oportunidades e empregos. E, por fim, citou sobre a refundação, no sentido de que a cooperativa será desafiada a partir deste novo marco histórico em escrever mais novos 50 anos para as futuras gerações.
Sucessão familiar e cooperativista - Ney Guimarães chamou a atenção para a questão da sucessão familiar e cooperativista. “É dos pais, como primeiros educadores e gestores rurais a tarefa de conhecer, orientar e garantir uma devida sucessão familiar, garantindo espaço para que filhos e filhas possam de fato iniciar de forma decisiva suas carreiras dentro do agronegócio. A cooperativa sempre será fiel à família associada e a recíproca também deve ocorrer, pois a essência da cooperativa é justamente proteger, orientar e viabilizar a vida da família na terra, a essência do campo”.
Início das comemorações– O início das comemorações do cinquentenário da Lar aconteceu no dia 19 de março, durante encontro na Associação Recreativa Lar, em Medianeira, para comemorar os 49 anos da cooperativa. Além da diretoria atual, o evento foi prestigiado por ex-presidentes, diretores e prefeitos da área de ação. Houve também lançamento do selo comemorativo dos Correios e o lançamento da campanha promocional de vendas Lar 50 anos, que está sendo desenvolvida ao longo do ano e vai ser concluída em março de 2014, com sorteio de automóveis a cada 50 dias, finalizando com shows musicais em Missal e Medianeira.
Programação – Para o dia 18 de março de 2014 já foi montada uma programação que contempla uma missa em ação de graças; inauguração de monumento dedicado ao pioneiros; confraternização com fundadores e ex-presidentes; lançamento do livro Lar 50 anos; show em Missal com o cantor Leonardo e sorteio de uma caminhonete Hillux pela Campanha Lar 50 anos. No dia 19 de março de 2014, a festa continua com uma solenidade de inauguração do Centro Administrativo, homenagens à família associada e funcionários; show em Medianeira com Michel Teló e sorteio de mais uma caminhonete Hillux pela Campanha Lar 50 anos.
Depoimentos – A seguir, o depoimento de vários associados e familiares que participaram das reuniões promovidas pela Lar como parte da comemoração do cinquentenário. A família do pioneiro Edmundo Schwendler, de Missal, esteve presente com as filhas Gisela e Dulcy, e com o filho Guido, que é agricultor associado e permanece nas atividades agropecuárias. Dulcy trabalha na Sicredi e Gisela é professora. “É uma história muito bonita, tanto da colonização de Missal como da cooperativa. Vale a pena mesmo ser trabalhada e divulgada nessa comemoração de 50 anos de fundação” destacou Gisela, que chegou em Missal com 13 anos de idade e disse lembrar-se que seu pai Edmundo por muitas vezes participava das reuniões da cooperativa. Quando da mudança da dede para Medianeira, trabalhou na cooperativa. “Foi um período que eu aprendi muito, e creio que vale a pena viver a vida em Cooperativa, pois é a cooperação é muito importante, a ajuda mútua, um por todos e todos por um”, destacou. Quanto ao futuro e evolução da Cooperativa Lar, desejou sucesso e lembrou que muitas pessoas estão trabalhando que isso se realize.
Pioneiro - Ircy é filha do associado pioneiro Aloysius Paulus, que foi vice-presidente da cooperativa no período de 16 de janeiro de 1966 a 11 de fevereiro de 1967, cargo que ocupou também em outras gestões nos anos 60 e início dos anos 70. Ircy chegou em Missal casada, com uma filha, no início do ano de 1965. Lembra-se das reuniões que eram realizadas e que participavam então os senhores Paulus, Brod, Schwendler, “Eles e outros líderes sempre estavam buscando soluções para os problemas que apareciam”, relata. Ircy, que é viúva do associado Theobaldo Adolfo Jungbluth, mãe de 3 filhos associados disse que a história é linda. “Fico contente que os meus filhos homens estão todos na lavoura, firmes e fortes, inclusive dois têm a criação do frango Lar. Estou muito feliz com isso e torço para que continuem cada vez mais fortes e cooperativistas. Muitas felicidades a todos” finalizou ela, que também tem a filha Gladis que trabalha na Unidade Lar de Missal.
Neto - Angelo José Jungluth é neto do associado pioneiro Aloysius Paulus, tem um aviário Lar e planta 15,5 hectares. Na Unidade de Missal é o coordenador do Cooper Agri. Sobre a história da cooperativa, disse que, segundo relatos do seu pai e seu avô, as dificuldades e os desafios enfrentados foram superados com união. “É o típico exemplo de juntar forças para vencer e hoje, acompanhando a exposição do diretor-presidente Irineo , temos ideia e conhecemos o resultado daqueles visionários há 50 anos. Quero destacar que a fidelidade é muito importante, estamos felizes e torcemos que a cooperativa continue nesse ritmo de crescimento, sempre dando oportunidade aos associados, para que viabilizem a sua propriedade”, declarou.
Gleba dos Bispos- O associado João Armindo Löffe mantém a área comprada pessoalmente do padre José Backes em 1963. Relata que recebeu em Cerro Largo no Rio Grande do Sul a visita do corretor Arthur Goerck, divulgando as terras da Gleba dos Bispos no Paraná. Na caravana que veio conhecer a região, de 11 famílias, 10 adquiriram o seu pedaço de chão em Missal. “Comprei uma colônia que era 24,7 hectares. Compra feita, tomamos vinho à noite para comemorar.” Recém-casado, 22 anos de idade, eram muitas as dificuldades que se enfrentava com coragem.
História - Conta que no começo derrubou mato, construiu um galpão e voltou ao Sul para pegar a esposa. Chegou aqui de forma definitiva em 10 de março de 1966, depois de quatro dias com a mudança na estrada. Plantou fumo e feijão, e lembra que muitos criavam porcos. Com a mecanização, plantou trigo e soja e disse que colhiam bem. Depois vieram as atividades de leite, soja e milho. “Hoje quem está comigo é meu filho Nilson, e juntos plantamos 20 alqueires. Tudo vai para a Lar e até hoje eu não perdi nada. Sou muito feliz e a cooperativa está de parabéns, sou sócio fiel, já retirei meu fundo de capital, e continuo produzindo”, finalizou.
Céu Azul- Mário Mauri, de Céu Azul, também deu o seu depoimento. “Gostei muito da reunião aqui, é uma importante história de 50 anos”, disse ele, que é associado da cooperativa desde a sua chegada ao município de Céu Azul, no início dos anos 80. Mauri disse que a cooperativa precisa existir, no seu caso para desenvolver a agricultura, e onde não tem uma cooperativa, com certeza a sua falta é muito sentida, pelo acompanhamento técnico nas lavouras, pela segurança na entrega da produção, garantia de armazenagem e reguladora de preços. Quanto ao futuro da cooperativa “que tudo corra bem e continue crescendo, vamos todos em frente”, finalizou. Segundo o Livro Lar 40 anos, Mário Mauri é campeão soja do 1º Concurso de Produtividade da Cooperativa em 1988, com a produtividade de 159 sacas por alqueire.
Essencial – “Ver a história da cooperativa, contada pelo seu atual presidente é especial”, disse a associada Ezir Maria Tasca Piati, que participou da reunião em Céu Azul, juntamente com a sua filha Márcia. A família é associada há mais de 20 anos e com a morte do marido e associado Luiz Piatti, ela e a filha tomam conta da propriedade. “Trabalhar de forma cooperativa é sempre mais fácil, no nosso caso para a agricultura é fundamental, com as orientações técnicas”, disse a Dona Ezir. Márcia, por sua vez, ressalta que com a morte do seu pai, ela voltou à propriedade para auxiliar e a Cooperativa Lar foi fundamental nesse trabalho. “A assistência técnica me ensinou a trabalhar, a conhecer as plantas e os seus problemas. Fiz cursos sobre o assunto, e a cooperativa foi muito importante no desenvolvimento da nossa propriedade. Há 5 anos estou à frente na propriedade e pretendo estar junto no futuro. Unidos temos mais força e Cooperativismo é União. Se quisermos acompanhar o mundo, precisamos estar unidos e o cooperativismo é a melhor forma”, completou. Em números recentes, a família foi campeã de produtividade em milho, no concurso Lar 2013, obtendo a produtividade de 483,1 sacas por alqueire.
Mensagem- Para o associado Rogério Felini Pasquetti a reunião foi bastante importante pela mensagem transmitida pelo diretor-presidente, que reforçou as ações da cooperativa, relembrando a sua história. “Isso é bom para todos nós associados, pois apoiamos a cooperativa e sempre buscamos melhoras, sugerimos também, para que os projetos sejam bem concebidos e o resultado final seja positivo. Essa aproximação da diretoria, a palestra para todas as famílias dos associados é especial, pois motiva o associado para buscar a produtividade, a sua satisfação com a cooperativa”, ressaltou.
Parceria- Rogério disse conhecer a agricultura ainda menino, e desde que a Cooperativa Lar se instalou no município de Céu Azul, com a aquisição da massa falida da Oleolar, a família está interagindo. “Eu tenho uma grande parceria com a cooperativa e busco o acompanhamento e orientação técnica para nossas propriedades. Temos estreitado nosso relacionamento e estou satisfeito”, declarou. “Produzimos frango Lar também, diversificando nossas ações, e vamos aumentar o número de aviários, até porque a Cooperativa aumentou a industrialização diária”, afirmou.
Evolução - Quanto ao futuro, disse que a Cooperativa Lar tem um futuro brilhante, pois acompanhando a exposição da diretoria, percebeu a evolução que houve em todo esse período, e tem uma perspectiva de mercado muito grande, pelo aumento da demanda mundial de alimentos. “A Cooperativa Lar ingressou nesta área no momento e de maneira correta, baseada em qualidade de produto e já é uma das grandes empresas do setor, crescendo cada vez está crescendo mais. Com ela cresce também o associado que acredita no seu trabalho”, finalizou. (Com informações da Imprensa Lar)
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LAR II: Supermercado é revitalizado em Serranópolis do Iguaçu
Foi no sábado (20/07), com a presença de associados, clientes, autoridades do município e da Cooperativa Lar, a comemoração dos cinco anos da nova loja Lar Supermercados em Serranópolis do Iguaçu. A data foi marcada também pelo anúncio oficial feito pelo diretor-presidente, Irineo da Costa Rodrigues, da construção de um posto de combustíveis, nas imediações da loja, atendendo assim um pedido da família associada e da comunidade com um todo.
Elogios - A loja Lar Supermercados foi elogiada por todos pelas condições que se apresentava e foi revitalizada dentro do conceito de varejo estabelecido pela cooperativa, cumprindo seu objetivo de servir à comunidade com o slogan da rede que é a gente ama ver você feliz. Dentre as melhorias realizadas destaca-se a restauração total do prédio; a revisão e ampliação do mix e variedades de produtos; a revisão da comunicação visual promovendo harmonia no ambiente e a revisão e revitalização do layout total da loja. A campanha de vendas Lar 50 anos também foi citada e, lembrado a todos que o terceiro automóvel será sorteado no próximo dia 16 de agosto.
Outros negócios - O diretor-presidente Lar, Irineo da Costa Rodrigues, enalteceu o trabalho desenvolvido pela Unidade Lar de Serranópolis do Iguaçu e lembrou também das demais áreas de negócios da cooperativa naquele município, como a Unidade Produtora de Leitões e o Supermercado. Ele também forneceu detalhes sobre o novo empreendimento a ser edificado, que é o Posto de Combustíveis Lar com a bandeira Petrobrás. Projeto que foi estudado e será instalado, com as obras iniciando em breve, a ser inaugurado dentro da programação festiva que será desenvolvida, dentro da comemoração dos 50 anos de fundação da Cooperativa, em março de 2014. “É uma reivindicação da família associada, da comunidade e vamos atender”, disse.
Legislativo - Por parte do poder legislativo municipal a presença dos vereadores Gelson Marsaro, Jorge Falckenbach, João Vicenzi e Loacir Dembogurski que em nome do legislativo disse da satisfação de contar com a cooperativa no município, em mais esse empreendimento, que é para o bem da comunidade como um todo, sendo uma necessidade a ser atendida, haja vista o deslocamento de grande parte da população para Medianeira a fim de abastecer o veículo. “Com o posto de combustíveis aqui, a comunidade é atendida e os impostos decorrentes dessa transação também ficam aqui. Ganha o consumidor, ganha o município”, finalizou o vereador.
Outro posto - Além do posto de combustíveis em Serranópolis do Iguaçu, que será instalado anexo ao Supermercado, outro posto será instalado em Missal, na saída para Medianeira. Obras com início imediato e inaugurações dentro da programação oficial dos 50 anos da cooperativa. (Imprensa Lar)
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COPAGRIL: Crianças terão espaço especial no estande da cooperativa, na Expo Rondon
A área social da Copagril, que envolve os Comitês Femininos e de Jovens da Copagril e o Programa Cooperjovem, estará presente na Expo Rondon 2013, de 24 a 28 de julho, no estande do pavilhão do agronegócio. Os Comitês apresentarão informações sobre suas atividades, além de comercializar artesanatos e o livro de receitas “Sabores e Delícias”, 4ª edição.
Espaço das Crianças - Para as crianças, haverá um espaço de desenho. Aquelas que visitarem o estande, preferencialmente vestindo a camiseta do Cooperjovem, poderão fazer um desenho e/ou elaborar uma frase com o tema “A cultura da cooperação pela água e pela vida”, relacionado ao Ano Internacional de Cooperação pela Água 2013, declarado pela ONU. Todas que participarem receberão brindes.
Criatividade em prática - Segundo a assessora de cooperativismo da Copagril, Cremilde Andreolli, o estande de desenho será muito proveitoso, pois enquanto os pais visitarem os demais estandes da Copagril, os filhos poderão se divertir. “As crianças terão a oportunidade de colocar a sua criatividade em prática e ainda adquirir um aprendizado a mais, se conscientizando sobre o uso da água”, destacou. “Convidamos todas as crianças a visitarem o estande da área social da Copagril”, finalizou Cremilde. (Imprensa Copagril)
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EXCELÊNCIA DE GESTÃO: Prêmio supera expectativas com número de inscrições
Inscrições encerradas e o balanço do Prêmio Sescoop Excelência de Gestão não podia ser melhor: 316 cooperativas efetivamente inscritas para concorrer à primeira edição da premiação, cuja entrega acontece em novembro deste ano. Promovido pelo Sistema OCB, o Prêmio é uma oportunidade para que as cooperativas brasileiras mostrem seu trabalho, ganhem reconhecimento nacional e ainda sirvam de exemplo para que outras cooperativas busquem o sucesso.
Ramos distintos - “Temos inscritas cooperativas de dez ramos distintos, de diversos portes e de todas as cinco regiões do país. Os números, ao mesmo tempo em que nos surpreendem e alegram, refletem o momento vivido pelo cooperativismo brasileiro de uma busca constante pela profissionalização da gestão. Com estes resultados, fica a certeza nítida de que nossas cooperativas estão interessadas e correndo atrás deste crescimento”, avalia o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Workshop - Além do reconhecimento público conferido às cooperativas que obtiverem melhor desempenho, as 150 primeiras colocadas no prêmio serão convidadas para participar de um workshop para construção de planos de melhorias, orientadas por profissionais da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), entidade que colaborou na construção do Prêmio.
PDGC - Para concorrer ao Prêmio é necessário que as cooperativas sejam registradas no Sistema OCB e façam parte do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC). A avaliação é feita com base nos questionários Diagnóstico e Autoavaliação, do PDGC. “De acordo com os resultados obtidos, as cooperativas são classificadas nas faixas bronze, prata e ouro. Existe ainda a categoria Destaque Governança, que reconhece boas práticas de relacionamento com os cooperados”, explica a gerente de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas, Susan Miyashita Vilela. Ela complementa que serão avaliados durante o processo indicadores importantes de gestão, tais como: relacionamento com os cooperados, formação de lideranças, serviços oferecidos aos clientes, colaboradores, fornecedores, sociedade, processos e resultados.
Cadastro – Susan ressalta outro ponto positivo alcançado pelo Sistema OCB com a implantação do PDGC e criação do Prêmio: “O PDGC foi lançado oficialmente em fevereiro deste ano e, durante estes cinco meses, além de estimularmos as cooperativas para uma reflexão sobre a importância da gestão, conseguimos atualizar o cadastro de 613 cooperativas, com seus respectivos contatos”.

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SISTEMA OCB: Prestação de contas é realizada na reunião do Fórum das Confederações Patronais
A semana passada marcou a última reunião do “Fórum das Confederações Patronais – Poder Legislativo” sob a coordenação do Sistema OCB. Durante o período de um ano (2012/2013), a instituição encaminhou às reuniões do grupo, formado por entidades representativas de vários setores econômicos para tratar sobre projetos de lei, medidas provisórias e demais proposições que tramitam no Congresso Nacional.
Levantamento - Segundo levantamento do Sistema OCB, foram realizadas, durante o período, 35 reuniões de pauta, que permitiram uma constante troca de informações entre as Confederações Patronais e um avanço significativo na busca de soluções consensuais. As questões de cunho trabalhista e sindical foram aquelas que obtiveram maior atenção das entidades, sendo estas debatidas semanalmente pelo fórum.
Encontros técnicos - Além disso, o grupo formado por assessores parlamentares, gerentes e analistas de relações governamentais e institucionais, realizou encontros técnicos sobre Projetos de Código que estão em tramitação no Poder Legislativo e diversas reuniões conjuntas com deputados e senadores, dando maior legitimidade e eficiência à defesa dos interesses das entidades de representação que participam do fórum.
Continuidade - Durante a última reunião desta gestão, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, reforçou a importância de dar continuidade ao fortalecimento da interlocução entre as Confederações Patronais. “Ao longo dos últimos anos, temos percebido como o fórum tem conquistado resultados positivos através de uma atuação em conjunto. Nem sempre conseguimos entrar em consenso, mas é importante a junção de esforços de diferentes grupos econômicos para dar maior substância à defesa dos nossos interesses”, destacou Nobile.
Presenças - Além do Sistema OCB, participam das reuniões: a Ação Empresarial; a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); Confederação Nacional da Indústria (CNI); a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF); e a Confederação Nacional do Transporte (CNT). A próxima coordenação do fórum ficará a cargo da CNC, que irá encaminhar as discussões do grupo durante o período entre 2013 e 2014. (Blog OCB no Congresso)
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OBJETIVOS DO MILÊNIO: Estão abertas as inscrições para o Prêmio ODM Brasil
Estão abertas as inscrições para a 5ª edição do Prêmio Objetivos do Milênio (ODM) Brasil. Podem participar prefeituras municipais e organizações sociais como ONGs, universidades, fundações, empresas, sindicatos e movimentos sociais. Nas edições anteriores, cooperativas como a Coopavam (Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer, de Juruena - MT); Cooperativa Mista dos Fumicultores do Brasil Ltda, localizada em Encruzilhada do Sul – RS e a Coopertel (Cooperativa Regional Agropecuária Terra Livre, de Ponte Alta – SC) foram vencedoras da premiação. As inscrições são gratuitas e terminam em 2 de agosto. Para divulgar o prêmio, a Secretaria-Geral da Presidência da República está promovendo uma rodada de seminários em todas as capitais até o final de julho.
Seleção - Nesta 5ª edição serão selecionadas 60 práticas e, destas, 30 serão premiadas, desde que obedeçam os seguintes critérios: contribuição para o alcance dos ODM; impacto no público atendido; participação da comunidade; existência de parcerias; potencial de replicabilidade; complementaridade e/ou articulação e integração com outras políticas públicas.
Visitas - Do total de projetos apresentados, 60 serão selecionados e visitados por técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e de Ministérios. Destes, 30 serão premiados e receberão um prêmio simbólico, em Brasília, e o reconhecimento público pelas ações desenvolvidas em prol dos ODM. A cerimônia de premiação ocorrerá em 2014.
Coordenação - A coordenação do Prêmio é da Secretaria-Geral, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade Nós Podemos.
Ficha de inscrição - Para concorrer, basta preencher a ficha de inscrição no site www.odmbrasil.gov.br. As inscrições são gratuitas e terminam em 2 de agosto de 2013.
Prêmio ODM Brasil - O Prêmio foi lançado em 2004 para dar visibilidade e reconhecer projetos que ajudam o Brasil a cumprir as Metas do Milênio. O objetivo do governo brasileiro, ao promover o Prêmio é valorizar e reconhecer publicamente os esforços feitos pelas prefeituras e organizações da sociedade civil para o alcance dos ODM, além de subsidiar a construção de um banco de práticas que sirva de referência para a sociedade e para os gestores públicos. Nas quatro edições anteriores foram apresentados 5.097 projetos, dos quais 80 foram premiados.
Direitos básicos - Os ODM contemplam direitos básicos de cidadania e tratam de iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida. São eles:
• Acabar com a fome e com a miséria;
• Educação básica de qualidade para todos;
• Igualdade entre os sexos e valorização da mulher;
• Reduzir a mortalidade infantil;
• Melhorar a saúde das gestantes;
• Combater a Aids, a malária e outras doenças;
• Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;
• Todo mundo trabalhando para o desenvolvimento.
Seminários – Para conhecer o calendário de seminários de divulgação do Prêmio, basta acessareste endereço. As inscrições para participar dos seminários Prêmio ODM podem ser registradas na páginawww.odmbrasil.gov.br/seminariosodm/. (Secretaria Geral da Presidência da República)
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TRIGO I: Cultura será tema de encontros nacionais em Londrina (PR)
Pesquisadores, técnicos e produtores participam da 7.ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (RCBPTT) e do 8.º Fórum Nacional do Trigo, de 27 a 30 de agosto, no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina. A importância econômica, social e comercial do trigo será o destaque dos encontros. Preço, falta de liquidez e opções de cultivo estão entre as principais preocupações. “O trigo vem perdendo espaço no cenário agrícola paranaense. A drástica redução na produção pode trazer grandes prejuízos financeiros para toda a cadeia”, avalia Carlos Murate, presidente da Integrada Cooperativa Agroindustrial.
Segurança alimentar - “Nos anos de 2012 e 2013, 70% das 11 milhões de toneladas consumidas no país foram comprados da Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Canadá”, afirma Sérgio Dotto, chefe da Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS). Segundo ele, isso representa a remessa de US$ 2,5 bilhões ao exterior. “É uma questão de balança comercial e segurança alimentar”, enfatiza. Questões de logística fazem com que as indústrias moageiras, implantadas na região litorânea entre Santos e Fortaleza, prefiram importar o produto.
Autossuficiência - O chefe da Embrapa Trigo afirma que o Brasil dispõe de todas as condições para alcançar a suficiência: área disponível, tecnologia e produtores. Ele acrescenta que a cultura corre o risco de ser extinta, como ocorre com o algodão e café, que tiveram a área bastante reduzida.
Aprofundamento dos debates - O presidente da Fundação Meridional, Luiz Meneghel Neto, destaca a realização conjunta dos eventos como alternativa para o aprofundamento dos debates. “A RCBPTT e o Fórum Nacional do Trigo buscam discutir as oportunidades para o trigo brasileiro, com ênfase na produção, oferta e demanda pelo produto nacional, além de avaliar a situação mundial do setor e o futuro da triticultura”, afirma.
Promoção - Os encontros são promovidos pela Embrapa Trigo, Fundação Meridional e Integrada Cooperativa Agroindustrial, com o apoio da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e Sociedade Rural do Paraná. Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Embrapa Soja e Embrapa Produtos e Mercado são instituições parceiras. Outras informações estão disponíveis no link ( http://www.reuniaotrigo2013.com.br/). (Assessoria de Imprensa do Iapar)
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TRIGO II: Frio pode afetar 43% da área no Paraná
As geadas previstas para esta semana ameaçam 43% da área plantada de trigo no Paraná e também podem afetar ainda mais a produtividade da cana-de-açúcar no Estado. O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral/Seab) informou que a área de trigo exposta é de 400 mil hectares, de um total de 914 mil cultivados. As regiões mais suscetíveis são Norte, Oeste e Sudoeste.
Fases - Até a última semana, 26% da área de trigo estava em fase de floração e 14% em frutificação, etapas em que a planta fica muito suscetível a danos por geada, afirma o técnico do Deral, Hugo Godinho. "Se a temperatura ficar abaixo de 3 ou 4 graus Celsius, a parte reprodutiva da planta simplesmente morre", acrescenta.
Crescimento vegetativo - A maior parte da área, em torno de 50%, encontrava-se até a semana passada em crescimento vegetativo, e 8% estava em germinação, fases em que a planta tem maior resistência a baixas temperaturas. Na última quinta-feira, dia 15, o Deral já havia reduzido a classificação geral da lavoura de trigo do Estado, devido à incidência de chuvas. As áreas consideradas "boas" passaram a 78% do total, ante 83% do começo do mês.
Menos prejuízos - Já a cana-de-açúcar em São Paulo tende a ser menos prejudicada pelas geadas do que foi há dois anos, diz o diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues. "Tudo vai depender da intensidade. De qualquer forma, o potencial de perda é menor, pois 40% da área já foi colhida", diz.
Chuvas - O mesmo não ocorre no Paraná, onde há duas semanas as usinas quase não conseguem colher cana devido à ocorrência de chuvas. "Há mais cana em fase vegetativa, portanto, mais riscos de a geada afetar ainda mais a produtividade", diz o presidente da entidade que representa as usinas (Alcopar), Miguel Tranin. (Valor Econômico)
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CAFÉ: Geadas também ameaçam a cafeicultura
Uma das culturas mais suscetíveis ao frio intenso, o café deverá sofrer um novo golpe no Paraná. A previsão é de fortes geadas no Estado na madrugada de quarta-feira (24/07), em linha com uma tendência de queda das temperaturas em várias regiões do Brasil. Desde a semana passada, esse cenário já influencia os preços do café na bolsa de Nova York, pois o Brasil é o maior produtor e exportador global da commodity. O Paraná vem perdendo espaço na produção nacional de café, devido a preços pouco atraentes, e produz atualmente menos de 2 milhões de sacas por safra.
Frio mais agudo - Os modelos climáticos da Somar Meteorologia apontam frio mais agudo e fortes geadas nos polos de café do Paraná (norte, norte pioneiro e noroeste do Estado) na virada de terça para quarta-feira. Marco Antonio dos Santos, da Somar, informou que as temperaturas deverão chegar a zero grau nessas áreas. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Instituto Simepar destacaram que havia previsão de geadas já na madrugada de hoje no oeste da região cafeeira do Paraná.
Outras regiões do país - Em outras regiões produtoras de café do país, como a Mogiana Paulista e o Sul de Minas, a possibilidade de geadas é mais baixa nesta semana, sobretudo em função das chuvas previstas até quinta-feira. A chuva impede que a temperatura caia abaixo de dois graus, explica Santos.
Primeira em 19 anos - Se as previsões se concretizarem, a geada de forte intensidade no Paraná será a primeira em 19 anos. A última grande geada a atingir o Estado, além de São Paulo e Sul de Minas, foi em 1994, lembra o agrometeorologista Santos. Em 2000, as geadas não trouxeram danos tão severos, e em 2011 foram de baixa intensidade.
Congelamento - O frio intenso faz com que o líquido das células do cafeeiro congele, provocando a morte dos tecidos. Ainda é possível retirar os grãos da planta atingida pela geada, mas o prejuízo fica para as próximas safras, disse Santos. Na geada de 1994, as áreas afetadas ficaram dois anos sem produção porque as plantas precisaram ser erradicadas. E um pé novo começa a produzir em dois ou três anos.
Intensidade do frio - Os danos à produção de café dependem da intensidade do frio. Com dois graus de temperatura, os danos são de cerca de 5% da produção, segundo Santos. Com um grau, os prejuízos aumentam para 20%, e com zero grau, 50% da colheita é perdida.
Qualidade - A situação no Paraná foi agravada pelas chuvas mais intensas em junho, que prejudicaram a qualidade do grão. "Se não tivesse chovido tanto, cerca de 60% da produção poderia ser de boa qualidade, mas este índice deve ser reduzido a 20%", diz Paulo Franzini, coordenador da área de café do Departamento de Economia Rural (Deral). Franzini acrescenta que o clima é de "desânimo". "Talvez [a geada] seja um fator decisivo para o produtor sair da atividade, ou diminuir a área ou reformar a lavoura". (Valor Econômico)
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SEGURO RURAL I: Apostas renovadas
O aumento dos recursos disponibilizados pelo governo para o seguro rural fez brilhar os olhos de empresas que trabalham no ramo. Além da previsão de aumento de participação das companhias que já estão no mercado, outras seguradoras planejam estender sua atuação para o agronegócio. Na safra 2013/14, que começou este mês no Brasil, a expectativa é de que a área agrícola com algum tipo de proteção ultrapasse os 10 milhões de hectares, o dobro do registrado no ano passado. A entrada de novas empresas deve fazer com que a concorrência fique mais acirrada. E, com mais opções, os produtores devem pagar menos pelas apólices, avaliam especialistas.
Programa de Subvenção - O respaldo vem do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que teve valor de orçamento dobrado neste ano, para R$ 700 milhões. A medida permite que o governo federal pague até 70% do valor do seguro contratado pelos produtores, reduzindo o peso final no orçamento. No Paraná, o subsídio é complementado pelo governo estadual, que neste ano vai disponibilizar mais R$ 6,4 milhões para garantir a proteção de 29 culturas.
Estratégias - Os incentivos chamaram a atenção das seguradoras, que agora articulam estratégias para ampliar a presença no campo. Atualmente, sete empresas estão autorizadas a vender o seguro com subvenção federal. Outras três esperam pelo credenciamento para poder acessar os recursos, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O órgão não revelou quais empresas estão na fila de espera e nem em quanto tempo pretende liberar o certificado às companhias.
Sancor - Porém, uma delas é a argentina Sancor, que começa a atuar no agronegócio brasileiro nesta temporada, com ou sem subvenção. A companhia abriu uma sede em Maringá (Norte) e pretende concentrar as atividades na região Sul do país, detalha o gerente comercial Gaston Yeates. “Com o decorrer do tempo e um maior conhecimento do mercado, seguramente vamos incorporar outras coberturas que apontem a novos nichos.”
Liberação - A Essor, de origem francesa, também é outra que aguarda liberação junto ao Mapa. Procurada pela reportagem, a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Crescimento - De acordo com Joaquim Cesar Neto, vice-presidente da Comissão de Seguro Rural na Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), o aumento nos repasses governamentais permitiu um crescimento no número de usuários e uma queda nos gastos com indenizações. “Isso acaba favorecendo até quem não utiliza a subvenção”, aponta. Luís Carlos Guedes Pinto, diretor geral de Seguro Rural do grupo Banco do Brasil Mapfre, é ainda mais otimista, e indica que as mudanças simbolizam “um passo efetivo na consolidação do seguro”. Ele explica que, com mais produtores utilizando a proteção, o risco das seguradoras diminui, contribuindo para uma redução dos custos. “E com o aumento na concorrência os bancos e seguradoras se veem obrigados a oferecerem melhores produtos”, explica.
Dobro - Para a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a cobertura do seguro tende a crescer em ritmo dobrado, se os recursos governamentais aumentarem na mesma proporção. Isso porque a contratação do serviço torna-se obrigatória para quem recebe até R$ 300 mil em crédito para custeio do Plano Agrícola e Pecuário (PAP). (Gazeta do Povo)
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SEGURO RURAL II: Prazo de pagamento ainda preocupa empresas
O setor de seguros considera favorável o reforço no orçamento destinado à proteção no campo, mas pondera que ainda é possível melhorar a relação com o governo. “Há dificuldade em receber os recursos no momento adequado. Muitas vezes, as seguradoras têm que pagar a indenização mas ainda não tiveram o repasse da subvenção”, afirma Joaquim Cesar Neto, vice-presidente da Comissão de Seguro Rural na Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg).
Ceticismo - Os problemas ajudam a explicar o ceticismo dos agricultores em relação ao seguro. Em Castro, nos Campos Gerais, o produtor Eduardo Medeiros Gomes renovou a proteção dos 700 hectares dedicados ao trigo, mas ainda não se empolga para falar sobre o assunto. “O produto tem um bom conceito, mas precisa ser ampliado para culturas de maior risco, como o feijão”, aponta.
Problemas culturais - Segundo Luís Carlos Guedes Pinto, diretor geral de Seguro Rural do grupo Banco do Brasil Mapfre, existem problemas culturais que precisam ser vencidos para garantir uma popularização do serviço. “Seguro não é um luxo, mas uma garantia de permanência na atividade”, define. Cesar Neto aposta em um amadurecimento gradual no país. “Ainda há muito que evoluir. Ano a ano vamos aprendendo com os erros do passado”, pontua. (Gazeta do Povo)
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SEGURO RURAL III: PR quer pagar seguradoras antecipadamente
Em vigor desde 2009, o subsídio estadual ao seguro rural vai funcionar com novas regras neste ano. Além de ampliar o número de culturas contempladas, o governo quer melhorar a relação com as seguradoras, explica Francisco Carlos Simioni, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral). No modelo atual, as seguradoras precisam se credenciar ao programa anualmente. Com as alterações, o cadastro fica válido por até cinco anos e o repasse dos recursos torna-se independente da subvenção federal. De acordo com Simioni, o decreto que oficializa as modificações deve ser divulgado nos próximos dias. “Já tivemos conversas preliminares e vamos iniciar o cadastramento das seguradoras em agosto”, afirma.
Importante - Luís Carlos Guedes Pinto, diretor geral de Seguro Rural do grupo Banco do Brasil Mapfre, avalia que o apoio estadual está se tornando cada vez mais importante para disseminar o seguro. “Uma quebra de safra pode ser muito prejudicial à determinada região, pois afeta diretamente a atividade econômica.” (Gazeta do Povo)
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SOJA: Safra marca virada dos transgênicos
Uma nova fase da biotecnologia nasce no Brasil nesta safra e por meio do mesmo produto que inaugurou o plantio de transgênicos no país há dez anos. Sementes de uma nova soja geneticamente modificada devem chegar ao mercado com o desafio de conquistar o campo. A variedade, desenvolvida pela norte-americana Monsanto, foi recentemente aprovada pela China, principal consumidor da soja brasileira. A oferta de sementes é limitada, conforme a indústria, mas a expectativa é de que, após os primeiros resultados, os produtores passem a apostar fortemente no cultivo da tecnologia.
Plantio - A nova soja deve ocupar 10% do terreno total a ser destinado à cultura no ciclo 2013/14, que tem plantio programado a partir da segunda quinzena de setembro, conforme estimativas da Associação Brasileira de Sementes (Abrasem) e da própria empresa detentora da patente. “Provavelmente, só na safra 2015/16, depois que novas empresas passarem a multiplicar a tecnologia, será possível abastecer todo o mercado potencial”, afirma Narciso Barison Neto, presidente da Abrasem. Ele calcula que a Monsanto colocará à venda 2,8 milhões de sacas ainda nesta semana.
Adesão - A perspectiva de adesão em massa do setor produtivo à variedade está baseada na promessa de ganhos turbinados em relação à primeira geração. Se na primeira fase, o grão apresentava resistência ao glifosato – herbicida que extermina ervas daninhas no campo –, na segunda, a tecnologia ainda promete resistência aos principais insetos que atacam as plantações.
Desafio - Além da oferta limitada de sementes, a inovação tem outros desafios até atingir índices semelhantes aos da primeira geração, que hoje domina cerca de 90% dos campos brasileiros, conforme levantamento da Expedição Safra Gazeta do Povo. Entre os entraves à expansão da tecnologia está o manejo. A área de refúgio para tecnologia deve ser de pelo menos 20% da área total plantada com soja. Além disso, a distância máxima entre a área de refúgio e lavoura de soja transgênica deve ser de 800 metros, na mesma propriedade rural. Há indefinição do valor dos royalties sobre o uso da variedade. Em fevereiro, antes da aprovação chinesa, o valor divulgado pela Monsanto foi de R$ 115 por hectare. “Acredito que haverá valores abaixo dos anunciados anteriormente”, diz Barison. “Nós estamos compilando os dados para definir a política de mercado”, ressalta o diretor de Marketing da empresa, Leonardo Bastos. O valor cobrado pela semente antiga é de R$ 26/hectare.
Balanço - Entre benefícios e polêmicas, é fato que os transgênicos modificaram a agricultura brasileira na última década. “Além do ganho de produtividade e redução dos custos [menos aplicação de químicos], os transgênicos exigiram que as sementes convencionais também melhorassem para que continuassem no mercado”, avalia Alexandre Mittelstedt, agricultor em Ponta Grossa. “Se por um lado tem o aumento nos índices médios de produtividade e redução dos custos, do outro, tem a cobrança do royalty, que deve ficar mais pesada”, pondera o produtor Emerson Penachiotti, de Itambé (Norte do Paraná). (Gazeta do Povo)

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SAFRA 2012/13: Financiamentos da agricultura empresarial somaram R$ 122,68 bi
A contratação de crédito pela agricultura empresarial superou em 6,4% os R$ 115,25 bilhões previstos para a safra 2012/13, atingindo R$ 122,68 bilhões. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, comentou os resultados do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 nesta segunda-feira (22/07), em Brasília. De acordo com o secretário, o governo disponibilizou mais recursos, mostrando que além do setor estar organizado, o governo tem uma política de crédito bem definida e alinhada.
Empréstimos - Os empréstimos de custeio e comercialização superaram em 5,5% os R$ 86,95 bilhões programados, somando R$ 91,76 bilhões entre julho de 2012 e junho de 2013. Referente aos financiamentos de investimento, as contratações superaram 9,3% dos R$ 28,3 bilhões previstos, somando R$ 30,91 bilhões.
Pronamp - Para Geller, o destaque foram os financiamentos de custeio pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que somaram R$ 8,35 bilhões no período. “É importante porque o produtor, principalmente da região de fronteira agrícola, pega mais recursos oficiais para fazer aquisições dos insumos. Comprando mais barato ele pode planejar melhor o plantio”, destacou.
ABC - Outro programa que o secretário destaca é o Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Ao todo, cerca de R$ 3 bilhões foram emprestados para a adoção de práticas sustentáveis, como plantio direto, reflorestamento comercial e recuperação de pastagens degradadas.
Otimismo - Neri Geller disse ainda estar otimista para a safra 2013/14 e acredita que os R$ 136 bilhões disponibilizados vão ser utilizados na íntegra. “O setor vai continuar dando retorno para a economia brasileira. Primeiro em função da dinâmica do setor e, segundo, pela política implementada pelo governo federal ao agronegócio”.
Atualização - A avaliação das contratações do crédito agrícola é atualizada mensalmente pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa). (Mapa)
Acesse aqui a tabela com dados do financiamento rural do ano safra 2011/12.
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MDIC: Balança comercial tem superávit de US$ 558 mi na 3ª semana de julho
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 558 milhões na terceira semana de julho, informou, nesta segunda-feira (22/07), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O valor resulta de US$ 5,371 bilhões em exportações e US$ 4,813 bilhões em importações. O resultado reverteu o saldo acumulado do mês, que agora é superavitário em US$ 137 milhões. No acumulado de 2013, o déficit na balança comercial é de US$ 2,955 bilhões. A média diária de US$ 960,3 milhões nas exportações, nas três primeiras semanas de julho, é 0,6% superior à média diária de US$ 954,7 milhões dos embarques realizados em todo o mês de julho do ano passado. Esse aumento é explicado por um maior embarque de produtos básicos e manufaturados.
Exportações - As exportações de produtos básicos subiram 3,6%, de US$ 454,2 milhões da média diária de julho de 2012 para US$ 470,6 milhões no acumulado deste mês. O resultado foi puxado, principalmente, por soja em grão, minério de cobre, carne bovina, suína e de frango, fumo em folhas, farelo de soja e minério de ferro.
Manufaturados e semimanufaturados - Já os manufaturados apresentaram alta de 5,6% na comparação da média diária no acumulado deste mês (US$ 361,9 milhões) com julho ano passado (US$ 342,8 milhões). As maiores altas foram registradas nas vendas de plataforma de extração de petróleo, automóveis, aviões, medicamentos, hidrocarbonetos, óleos combustíveis e tratores. No caso dos semimanufaturados, a média caiu 23,7%, passando de US$ 138,4 milhões em julho de 2012 para US$ 105,6 milhões no acumulado deste mês. O resultado se deve ao menor embarque de semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto, ferro-ligas e açúcar em bruto.
Importações - Na outra ponta, as importações subiram 15,4% até a terceira semana de julho, com média diária de US$ 951,2 milhões, ante US$ 824,4 milhões em todo o mês de julho do ano passado. Nessa comparação, cresceram os gastos, principalmente, com cereais e produtos de moagem (+55,0%), combustíveis e lubrificantes (+47,1%), instrumentos de ótica e precisão (+28,7%), farmacêuticos (+27,8%) e siderúrgicos (+12,3%). (Valor Econômico)
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GOVERNO FEDERAL I: Corte adicional no Orçamento atinge R$ 10 bi
O governo recuou da decisão de usar até R$ 15 bilhões em recebíveis de Itaipu para cobrir as despesas da geração de energia pelas termelétricas e da redução nas tarifas residenciais anunciada pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de TV no começo do ano. A operação, considerada uma "contabilidade criativa", passará a ser contabilizada como uma despesa primária do Tesouro Nacional. Mantega explicou que o governo "está abrindo mão" da antecipação dos recebíveis, porque "alguns questionaram" a operação.
Medida provisória - O governo havia editado uma medida provisória que permitia ao Tesouro Nacional emitir dívida para antecipar o fluxo de recebimento dos recebíveis e assim financiar as despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Segundo Mantega, a partir de agora os recebíveis voltam a ser uma receita primária do Tesouro e seguirão o fluxo normal de recebimento, cerca de R$ 4 bilhões por ano.
Reestimativa de receitas - Mais da metade do corte anunciado - de R$ 10 bilhões - será baseado na reestimativa de receitas - R$ 5,6 bilhões. Outros R$ 4,4 bilhões serão obtidos com a redução de gastos com passagens aéreas, compra de carros e serviços de limpeza. "A política fiscal é neutra" disse Mantega, que vem sendo criticado, inclusive pelo Banco Central (BC), por gastos expansionistas que aumentam a pressão inflacionária. "O governo está determinado a fazer o melhor resultado fiscal possível", afirmou.
Posições diversas - A disputa em torno do tamanho do corte opôs o Ministério da Fazenda ao Planejamento e à Casa Civil, que defendiam não haver cortes, ou que o ajuste fosse menor. Mantega reconheceu que havia posições diversas e explicou que os R$ 10 bilhões foram "consenso". Fazenda e Planejamento explicaram que revisão de sentenças judiciais e adiamento na contratação de novos servidores permitiram economia de R$ 2,5 bilhões em relação ao que havia sido projetado em maio, quando o governo fez um corte de R$ 28 bilhões.
Compensação ao INSS - O Tesouro também ajustou sua compensação ao INSS pela desoneração na folha de pagamentos. De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, esses repasses serão feitos a cada quatro meses. Dessa forma, parte da projeção de gastos feita no início do ano não terá impacto em 2013 e só sairá do caixa no ano que vem. "Não é empurrar com a barriga. É um ajuste mesmo", disse a ministra, para quem o corte "não está jogando as despesas para frente".
Essencial - O ajuste no gasto de 2013 vem sendo apontado por analistas do mercado financeiro e investidores como essencial para recuperar a confiança na política econômica, abalada também por manobras contábeis, que aumentaram artificialmente a receita do Tesouro.
Conceito relativo - Segundo Mantega, a confiança é um conceito "relativo". Jocosamente, citou análises, segundo as quais o nascimento do bebê real no Reino Unido aumentará a confiança econômica naquele país. "A confiança estará voltando em breve", disse o ministro, apontando as concessões de infraestrutura programadas para o segundo semestre e a recente redução na inflação como motivos para esse movimento.
Parâmetros econômicos - O governo também reviu seus principais parâmetros macroeconômicos: o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá menos e a inflação será maior. O crescimento foi reduzido de 3,5% para 3% e a expectativa para o IPCA subiu de 5,2% para 5,7% em 2013. O resultado dessa revisão foi uma queda de R$ 4,7 bilhões na arrecadação da Receita Federal e outros R$ 3 bilhões nas receitas da Previdência Social. O Tesouro Nacional também espera receber um pouco menos em dividendos que o programado em maio. Em vez dos R$ 24 bilhões, estima agora em R$ 22 bilhões as transferências de lucros das estatais.
Receita esperada - A receita esperada com as concessões foi elevada em R$ 7,4 bilhões. De acordo com a ministra do Planejamento, a definição da outorga do campo de Libra, da área do pré-sal, em R$ 15 bilhões foi o principal motivo para esse ganho nas receitas. No total, a União espera arrecadar R$ 23,1 bilhões com as concessões.
Itens não alterados - O novo decreto de contingenciamento, por outro lado, não mexeu nas emendas parlamentares, investimentos ou despesas com saúde e educação. (Valor Econômico)
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GOVERNO FEDERAL II: Apesar do corte, ajuste é duvidoso
O corte adicional de R$ 10 bilhões nas despesas do governo federal, anunciado pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, não garante o cumprimento da meta de superávit primário do setor público de 2,3% do PIB neste ano. Com as medidas, o superávit seria elevado em 0,2% do PIB, dos atuais 1,3% para 1,5%. Para chegar aos 2,3%, Estados, municípios e suas estatais teriam de fazer uma economia de 0,8% do PIB, o que é considerado muito difícil por especialistas.
Dúvidas - Há outras questões que levantam dúvidas sobre a consistência do corte. A redução de R$ 4,4 bilhões nos gastos com a compensação de desonerações da folha de pagamentos à Previdência, por exemplo, é neutra do ponto de vista fiscal. O Tesouro deixará de pagar, mas a receita da Previdência cairá em valor correspondente. Ou seja, o corte é compensado pela receita menor que não entra no cofre do INSS. Portanto, ele não pode ser apresentado como ajuste adicional para alcançar a meta de superávit.
Corte efetivo - Assim, o corte efetivo foi de R$ 5,6 bilhões e não de R$ 10 bilhões. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, rejeita essa interpretação. "Nós cortamos uma despesa (compensação pela desoneração) que o Tesouro teria e, ao mesmo tempo, reduzimos uma receita (da Previdência). No conjunto do relatório, o efeito é neutro, mas houve efetivamente a redução de uma despesa, como foi dito".
Concessões - Outro questionamento vem do aumento de R$ 7,4 bilhões em receitas de concessões. Além da venda do Campo de Libra no pré-sal, o governo diz que terá receita de anos anteriores, incluindo aeroportos e perímetros irrigados e as licitações de petróleo feitas no início do ano. O governo espera ainda uma receita extraordinária, atípica, de R$ 13 bilhões.
Dificuldade - Para se ter uma ideia da dificuldade de cumprir a meta de 2,3% do PIB, o superávit de Estados e municípios acumulado em 12 meses até maio foi de 0,43% do PIB. Eles teriam, portanto, que quase dobrar o atual esforço fiscal até dezembro. (Valor Econômico)
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