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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 3144 | 26 de Julho de 2013

SISTEMA OCB: Planejamento estratégico traz assertividade, afirmam dirigentes do Paraná

O planejamento estratégico único – implantado pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), traz assertividade e aproxima as entidades representativas das cooperativas. A opinião é de dirigentes cooperativistas do Paraná, que acompanharam, no dia 24 de julho, em Brasília, o Fórum Nacional de Presidentes, que discutiu as mudanças sistêmicas no trabalho de planejar as ações do Sistema. O encontro reuniu 150 lideranças e unificou as diferentes demandas encaminhadas pelas organizações estaduais, que debateram em suas regiões a pauta de reivindicações.

Uniodonto – “Entendo que as mudanças são fundamentais, porque criam a oportunidade de falar regionalmente sobre a situação das cooperativas em seu ramo de atividade. Aprendemos muito ouvindo os outros colegas sobre o cooperativismo, também debatendo sugestões em cada uma das áreas. Foi muito importante o encontro em Brasília para os dirigentes conhecerem o que está sendo feito, o trabalho geral e saber como as outras regiões estão, pois são visões diferentes, o país é muito grande, as necessidades são diferentes. O novo modelo de planejamento de gestão integra e dá mais subsídios ao sistema e o fortalece, para que a OCB consiga agir frente a todas as demandas existentes. É uma forma de atuação que traz resultados positivos, pois busca a coesão, a união e a participação.” Luiz Humberto Daniel, presidente da Uniodonto Curitiba

Unicampo - “A iniciativa é fundamental e visa conhecer todas as necessidades e estabelecer prioridades na área de ação da OCB. A base levanta as demandas e as estratégias adequadas são formuladas. O encontro em Brasília serviu para validar o que já foi discutido em reuniões regionais, e buscou-se consolidar os temas já levantados pelas organizações estaduais. Penso que é o caminho correto a ser trilhado, elaborando um planejamento de ações que trará mais assertividade à atuação da Organização das Cooperativas Brasileiras.” Luciano Ferreira Lopes, diretor da Unicampo

Coopercaf - “Foram muito positivas as mudanças implantadas pela OCB. Havia uma dificuldade em se estabelecer uma proximidade com as demandas e a realidades das cooperativas em suas diferentes regiões. O Brasil é um país grande e cada local tem suas características. O novo modelo de gestão e planejamento faz com que a OCB se aproxime e interaja com as realidades regionais. Dessa forma, as ações terão mais chances de acerto e se cria uma integração entre as organizações de representação. O encontro em Brasília foi importante e, acredito, haverá mais agilidade no atendimento às demandas das cooperativas em seus vários ramos de atuação. Dorival Bartzike, presidente da Coopercaf.

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RAMO CRÉDITO I: Bacen aumenta limite do Procapcred para até R$ 30 mil

bc 26 07 2013O Banco Central do Brasil (Bacen) publicou, nesta quinta-feira (25/07), a Resolução nº 4.256, alterando para até R$ 30 mil o limite de crédito por tomador nas operações ao amparo do Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito (Procapcred), renovável a cada período de 24 meses, a partir da data de contratação de cada operação, independentemente de créditos obtidos em outros programas oficiais.

O programa – Instituído em 2006 pela Resolução nº 3.346, o Procapcred visa promover o fortalecimento da estrutura patrimonial das cooperativas singulares de crédito por meio da concessão de financiamentos diretamente aos cooperados para aquisição de cotas partes de capital. Antes, o valor do limite de financiamento era de até R$ 10 mil por cliente.

Clique aqui e confira na íntegra a Resolução nº 4.256/2013, que alterou o limite de financiamento

Clique aqui e confira na íntegra a Resolução nº 3.346/2006, que instituiu o Procapcred

 

 

RAMO CRÉDITO II: Cooperativas terão curso de educação financeira

Controlar gastos, escolher a melhor opção de investimento, analisar juros e avaliar os riscos de mercado. Essas ações que, num primeiro momento, podem parecer difíceis, fazem parte do conteúdo de um curso de educação financeira que está sendo preparado pelo Sistema OCB, em parceria com o Banco Central do Brasil (BC), voltado exclusivamente para as cooperativas.

Programa de Gestão Financeira - Por isso, técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Cooperativista (Sescoop) dos estados do Paraná e do Ceará, além de representantes da unidade nacional e de cooperativas de crédito (Sicredi, Sicoob, Unicred Fortaleza, Federal Cred e Cooperjuris) estão reunidos em Brasília, desde o início da semana. Eles participam do programa de Gestão Financeira oferecido pelo BC. Além de estudar o tema, o grupo contribui, simultaneamente, com o desenvolvimento de estratégias e mecanismos que assegurem a melhor forma de adaptar o conteúdo do Banco para manuais focados nas atividades das sociedades cooperativas.           

Apresentação - O resultado desse trabalho será apresentado durante a edição 2013 do Fórum de Inclusão Financeira do Banco Central, em Fortaleza (CE), nos dias 4 e 5 de novembro. A intenção do Sistema OCB é atender à demanda do cooperativismo de crédito e, ao mesmo tempo, disponibilizar o material para que suas unidades estaduais realizem os cursos de gestão financeira em todo País, contemplando as cooperativas dos 13 ramos.

Sintonia - Para o analista do Departamento de Educação Financeira do BC, Marcos Pimenta, o curso destinado às cooperativas está em sintonia com as estratégias nacionais adotadas pelo Banco, que pretende estar mais próximo das famílias brasileiras. “Acreditamos que uma sociedade que sabe administrar bem suas finanças é agente de desenvolvimento econômico, promove a poupança do País e contribui para a diminuição dos riscos sistêmicos que permeiam as operações de crédito”, avaliou Pimenta.

Projeto piloto - Por enquanto, o curso de gestão financeira passará por uma experimentação em dois estados. São eles: Paraná e Ceará. Depois do projeto-piloto, ele será estendido ao setor cooperativista em âmbito nacional, por meio das unidades estaduais do Sistema OCB. A previsão é dar início ao piloto ainda este ano, tendo como público os técnicos que serão responsáveis, posteriormente, pela disseminação do conteúdo nos encontros voltados para as cooperativas.

Usabilidade – De acordo com a gerente de Formação do Sescoop/CE, Ilana Maciel, o Programa de Educação Financeira do BC, além de ser atual, é imprescindível para entender o comportamento do sistema financeiro, especialmente na hora de tomar decisões. “Tenho absoluta certeza de que prestaremos um grande serviço às cooperativas brasileiras, pois além da repercussão administrativa, temos a usabilidade do conteúdo na vida dos cooperados também”, considerou.

Módulo - O coordenador de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Humberto Bridi, afirmou que, pelas informações apresentadas, o curso será incluído como módulo nos programas atualmente oferecidos às cooperativas paranaenses. “Ao nosso olhar, a parceria do Banco Central, tanto no sentido de liberar o programa, quanto em adaptá-lo ao universo cooperativista, confere grande credibilidade à nossa iniciativa. O melhor de tudo é que estamos construindo, juntos, uma ação nacional de repercussão local. Assim, todos ganham”, enfatizou.

Presenças – Também participam do programa representantes das três gerências finalísticas da unidade nacional do Sescoop – de Formação Profissional, de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas e de Promoção Social, além de integrantes da gerência de Pessoas. (Informe OCB)

UNIMED PONTA GROSSA: Hospital Geral investe em reforma e novos equipamentos

unimed ponta grossa 26 07 213Onze quartos localizados no térreo (ala antiga) do Hospital Geral Unimed (HGU), em Ponta Grossa, começaram a passar por reformas este mês. “A reforma será importante para atender melhor a alta demanda do hospital e também para acolher melhor os pacientes e oferecer mais conforto”, avalia Ariane Nalevaiko Santos, gerente de hotelaria do hospital. A remodelação na infraestrutura dos quartos resultará em 20 novos leitos, entre suítes, apartamentos e enfermarias.

Modificação integral - A modificação na estrutura de cada quarto será integral. Estão sendo feitos investimentos em camas elétricas, televisores, pintura das paredes, ar condicionado e nova mobília. Os banheiros também passarão por melhorias e os corredores onde se localizam os quartos ganharão novo padrão de corrimão. As luzes externas indicativas para a equipe de enfermagem também serão substituídas.

Previsão - A previsão é de que a reforma seja concluída entre quatro e seis meses e uma logística especial está sendo estabelecida para que o processo de reparos não prejudique o atendimento aos pacientes do hospital. “Durante a reforma, a parte térrea, onde ficam esses quartos, ficará fechada. Vamos utilizar apenas os localizados nos outros andares do hospital”, explica a gerente de hotelaria.

Novos equipamentos cirúrgicos - Recentemente, o Hospital Geral Unimed (HGU) também adquiriu novos equipamentos para o centro cirúrgico. Foram feitos investimentos em instrumental das especialidades de nefrologia, neurologia, ginecologia, otorrinolaringologia, dois cautérios, material para cirurgias endoscópicas e também mais um aparelho de ultrassom. De acordo com diretor financeiro da Unimed Ponta Grossa, Francisco Pereira de Barros Neto, a compra foi feita após os cooperados demonstrarem interesse em ampliar as atividades no HGU. “Nós estamos com uma demanda maior, então o Hospital se prestou mais aos cooperados e pode oferecer equipamentos de trabalho melhores e mais modernos”, explica.

Tecnologia de ponta - Os equipamentos dispõem de tecnologia de ponta, com recursos que permitem registrar o histórico de uso, por exemplo. Esse tipo de funcionalidade garante a otimização do uso dos aparelhos e o acesso aos dados de data e tempo de uso. Instrumentais para cirurgias oncológicas também fazem parte da aquisição. Segundo Barros, os investimentos mantêm o HGU como uma unidade moderna de tratamento, além de disponibilizar serviços de melhor qualidade aos pacientes. (Imprensa Unimed Ponta Grossa)

 

COAMO: 17ª turma do programa Jovens Líderes Cooperativistas conclui formação

Ampliar as habilidades dos empresários rurais com uma visão de futuro e a preparação de uma nova geração de jovens cooperados, aptos a desenvolver gradual e continuamente o seu potencial de liderança na atividade rural. Estes são objetivos do quarto módulo do Programa Coamo de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas que está acontecendo esta semana em Campo Mourão com a participação de 40 jovens na 17ª turma.

Investimento - “A Coamo acredita que o processo de mudança para tornar o agronegócio cada vez mais produtivo e eficiente passa pela formação, educação e o desenvolvimento do quadro social, e de modo especial, pelos jovens cooperados”, afirma o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo e idealizador do projeto, iniciado em 1998, que já formou mais de 700 líderes em 16 anos de realização ininterrupta.

Potencial - A proposta, segundo Gallassini, está fundamentada na assertiva de que os jovens cooperados representam um futuro promissor do cooperativismo brasileiro, pela sua grande potencialidade e interesse em desempenhar uma administração voltada para o incremento dos seus negócios e de sua cooperativa. “Em prol do bem comum e de uma sociedade mais humana, fraterna e com melhor qualidade de vida no ambiente produtivo rural”, considera o presidente da Coamo.

Visão global da Coamo - Dentro do quarto módulo do Programa Coamo de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas que tem o seu encerramento nesta sexta-feira (26/07), os participantes estão conhecendo melhor o funcionamento das superintendências Industrial e Comercial. Na tarde de quinta-feira (25/07) eles visitaram as indústrias da Coamo no parque industrial em Campo Mourão, conhecendo os processos de produção que vão desde o recebimento e industrialização da soja e do café, até as gôndolas dos supermercados e o mercado exterior.

Painel - A atividade é realizada em cada um dos quatro módulos fazendo parte do painel “Visão Global da Coamo” com o objetivo de mostrar aos jovens líderes cooperados como funciona e qual é a filosofia e a política de trabalho em benefício dos cooperados pelas superintendências Administrativa, Técnica, Operacional, Industrial e Comercial. Antes das superintendências, no primeiro módulo, o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini fez apresentação do cooperativismo com foco na história, princípios e valores, e da Coamo, com ênfase na história, filosofia, produtos e serviços disponibilizados pela cooperativa em prol dos mais de 25 mil cooperados. (Imprensa Coamo)

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COPAGRIL: Diretor-presidente recebe “Medalha Mérito da Fronteira”

Na tarde desta quinta-feira (25/07), foi realizado um ato comemorativo ao primeiro ano de atividades do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) de Marechal Cândido Rondon, no auditório da Sicredi Costa Oeste. Na ocasião, diversas autoridades militares e lideranças políticas e empresariais locais foram homenageadas com a “Medalha Mérito da Fronteira”, pela contribuição e auxílio prestado neste período de existência do Batalhão. Um dos homenageados foi o diretor-presidente da Copagril, Ricardo Silvio Chapla. Para ele, foi uma alegria receber este mérito. “Quero compartilhar com todos os meus companheiros, associados e funcionários este reconhecimento”. Chapla ainda afirmou que a Copagril, sempre que puder, estará a disposição do Batalhão. “Queremos contribuir para ter cada vez mais segurança em nossa região”, destacou.

Presença - A solenidade contou com a presença do subcomandante geral da Polícia Militar, coronel José Vilmar Becker, parte do efetivo policial, do comandante do BPFron, major Erich Wagner Osternack, e demais autoridades do município. “Esta homenagem é uma forma de reconhecimento àqueles que contribuíram para o êxito da implantação do Batalhão de Fronteira”, declarou o major Erich. (Imprensa Copagril)

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AGRÁRIA: Grupo cultural Nota Livre se reapresenta em Entre Rios, após turnê

1agraria 26 07 2013O Nota Livre, grupo musical da Fundação Cultural Suábio-Brasileira, retornou da turnê de três semanas de apresentações na Europa nesta quinta-feira (25/07). O programa cultural, que foi visto por públicos de Alemanha, Áustria, Hungria, Croácia e Sérvia, será reapresentado em Entre Rios na próxima terça-feira (30/07), no Centro Cultural Mathias Leh, às 14h.

Oportunidade - A apresentação será uma oportunidade de ver traços da cultura dos Suábios e ter uma amostra do que diferentes grupos de imigrantes que colonizaram o Brasil trouxeram como bagagem cultural. No programa são mostrados ainda os ritmos que embalam o Brasil de Norte a Sul. Tudo isso através de músicas cuidadosamente selecionadas e que encantaram tanto o público que assistiu à apresentação promovida em Entre Rios antes da viagem, quanto o das 14 apresentações na Europa.

Resultados positivos - Para a gerente da Fundação Cultural Suábio-Brasileira, Viviane Schüssler, que acompanhou o grupo durante a turnê, os resultados foram muito positivos. “Foram experiências indescritíveis. Tivemos contato com pessoas com a mesma história, a mesma origem que a nossa, promovemos um intercâmbio com estas outras comunidades de Suábios do Danúbio e ainda tivemos a possibilidade de divulgar o trabalho da FCSB e a cultura brasileira”, avaliou. (Imprensa Agrária)

 

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AGRICULTURA: Secretaria avalia danos da geada para as lavouras

agricultura 26 07 2013A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento informa que as fortes geadas registradas quarta-feira e quinta-feira (24 e 25/07) em praticamente todo o Estado vão influenciar o resultado das culturas, como milho da segunda safra, trigo e café. Danos às pastagens podem afetar a produção de leite e carne. O economista Marcelo Garrido, chefe da conjuntura do Departamento de Economia Rural (Deral), explica que a dimensão dos danos só será conhecida efetivamente daqui a alguns dias, porque depende do estágio das lavouras. Os técnicos do Deral irão novamente a campo para verificar o impacto da geada.

Milho safrinha - “O milho da segunda safra foi afetado pelas chuvas de junho e parte das lavouras não deve escapar das geadas dessa semana”, avaliou a engenheira agrônoma do Deral, Juliana Tieme Yagushi. Ela informou que 29% da área plantada com milho da segunda safra, que totalizou 2,17 milhões de hectares, já estava colhida antes da geada. O restante, que corresponde a 1,55 milhão de hectares plantados, cerca de 75% dessa área está em maturação, portanto deve escapar dos efeitos da geada. Porém, cerca de 25% da área em campo, que corresponde a 387 mil hectares estão com lavouras em fase de frutificação, período mais suscetível às quedas drásticas da temperatura. Essas lavouras se concentram na região Norte.

Trigo – Nas lavouras de trigo, a situação é mais grave. O engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho explicou que 940 mil hectares foram plantados com trigo no Paraná e desse total, 52% estão em fase de floração e frutificação, as mais suscetíveis aos efeitos das geadas. As lavouras nessa fase estão distribuídas nas regiões Norte, Oeste e Sudoeste do Estado. O trigo é uma cultura que resiste a temperatura negativa, desde que esteja na fase de desenvolvimento vegetativo. “Os 48% restantes da área, cujo plantio concentra-se na região Sul, estão nessa e não devem ter problemas mesmo com as quedas drásticas da temperatura nessa região”, disse Godinho.

Café – O café é outra cultura que foi atingida pelas geadas no Norte e Noroeste do Estado. De acordo com o economista do Deral Paulo Franzini, 80% da área ocupada com café no Estado, que soma 82.300 hectares, foram atingidos. As regiões onde as geadas foram mais intensas localizam-se entre Apucarana, Ivaiporã, Londrina e Maringá. No Norte Pioneiro e no Noroeste também ocorreram geadas, mas em intensidade menor.

Produção mantida - O resultado da cultura para este ano não deve ser afetado e está mantida previsão de produção de 1,7 milhão de sacas, sendo que metade desse volume já foi colhido. “Porém a produção de café do próximo ano poderá ser afetada, porque a geada abala o potencial produtivo da planta para a próxima safra”, explicou Franzini.

Renovação - Produtores devem aproveitar as geadas para renovar os pés de café velhos. “Outros podem diminuir ou erradicar suas lavouras porque estão desanimados com a queda no preço do café. Mas acredito que não deve ser a maioria dos produtores”, enfatizou. A dimensão dos danos será feita apenas quando houver a primeira florada entre outubro e novembro.

Chuvas – O feijão da segunda safra, outra cultura que poderia ser afetada pelas temperaturas baixas está todo colhido. Mas as lavouras sofreram prejuízos com as chuvas intensas da segunda quinzena de junho. Cerca de um terço da produção esperada foi perdida, com prejuízos avaliados em R$ 358,1 milhões, considerado os preços de comercialização do feijão preto e de cor.

Estimativa - O engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, informou que a estimativa do Deral apontava para colheita de 501 mil toneladas de feijão, antes das chuvas. Nas foram colhidas apenas 356 mil toneladas de feijão, com uma perda de 145 mil toneladas.

Qualidade - Já o milho da segunda safra foi mais afetado na qualidade que na produção. A estimativa oficial de produção foi mantida em quase 11 milhões de toneladas. Na região Oeste, onde 40% da safra foi colhida a produtividade média do milho alcançou 6 mil quilos por hectare, resultado bastante expressivo para a cultura. (Agência de Notícias do Paraná)

 

TRIGO: Cresce preocupação com a oferta do cereal

trigo-graos1 12 46 605 396O governo prevê dificuldades para o abastecimento interno de trigo no primeiro semestre do ano que vem. Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério da Agricultura preveem que o governo de fato terá de intervir no mercado para segurar os preços. Hoje, o cenário é desfavorável ao abastecimento do grão, com a quebra da produção na Argentina e as geadas no Sul do país. Para piorar, a Conab está sem nenhum estoque de trigo, o que não acontecia desde 2008.

Argentina - Enquanto isso, a Argentina passa por problemas na produção e suas exportações estão suspensas, o que pode obrigar o Brasil a importar ainda mais trigo dos Estados Unidos e do Canadá. Por enquanto, existe consenso no governo que é necessário estimar os impactos da geada no Paraná para tomar uma decisão. Enquanto alguns técnicos acreditam que a geada trará perdas fortes, outros confiam em melhores produtividades em outras regiões devido ao frio.

Intervenção - Mesmo com a esperada alta nos preços no primeiro semestre de 2014, o governo deve evitar ao máximo intervir no mercado. Segundo um técnico, somente o fato do governo anunciar a compra do grãos acima do preço mínimo ajudaria a elevar mais os preços.

Incentivo - O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse que o governo não pode controlar o clima, mas que tomou diversas medidas para incentivar o plantio e diminuir as perdas em função de intempéries. "Lançamos este ano o Plano Safra das Culturas de Inverno com antecedência e com mais crédito. Além disso, aumentamos o seguro agrícola e incentivamos o plantio", disse Geller. Segundo a Conab, a produção nacional de trigo para a safra 2013/14 deverá atingir 5,6 milhões de toneladas, alta de 28,1% em relação à safra passada.

Geada - Segundo ele, o governo vai esperar os resultados da geada no Sul para tomar qualquer tipo de providência. "Estamos tomando medidas para garantir um abastecimento contínuo e de boa qualidade, para evitar impactos dos preços na inflação", disse.

Suscetível - Hoje, estima-se que 52% das áreas cultivadas no Paraná estão em floração e frutificação, fases mais suscetíveis aos danos derivados das geadas. Segundo boletim do Climatempo, várias cidades do Paraná ainda podem registrar geadas de intensidades moderada a forte.

Camex - Para viabilizar importações de trigo a preços menores, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) ampliou, de 31 de julho para 30 de agosto, o prazo para importação de trigo de fora do Mercosul com alíquota zero. O objetivo da medida foi conter a pressão de alta sobre os preços no mercado interno. Porém, o governo não pretende ampliar o benefício, sob pena de prejudicar o plantio do grão no país. (Valor Econômico)

 

SANIDADE VEGETAL I: Seminário na Bahia discute estratégias para controle da Helicoverpa

pragas 26 07 2013Com o intuito de debater alternativas para o controle de pragas nas lavouras, ocorrerá no dia 30 de julho, em Luis Eduardo Magalhães, oeste da Bahia, o Seminário Brasileiro sobre Helicoverpa. Durante o evento, será lançado por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o Programa Nacional de Manejo das lagartas de grãos e da Mosca Branca.

Proteção - O Programa tem como objetivo proteger as lavouras de ataques das pragas, como ocorreu em março deste ano, especialmente nas culturas de algodão, soja e milho na Bahia. Devido ao prejuízo de mais de R$ 1,4 bilhão, causado pela lagarta Helicoverpa armigera, o Mapa declarou, por meio de portaria, emergência fitossanitária no País.

Importação - O Grupo de Gerenciamento Situacional, criado para propor e articular ações emergenciais para o combate da praga, autorizou a importação e o registro da substância Benzoato de Emamectina para quebrar o ciclo biológico da praga, diminuindo assim a pressão populacional para, em seguida, iniciar manejo integrado.

Registro - Além disso, outros cinco inseticidas foram registrados em caráter emergencial para o controle da lagarta, dois biológicos (Vírus VPN-HzSNPV e Bacillus Thuringiensis) e três químicos (Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe).

Levantamento - Segundo o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), Cósam Coutinho, a intenção do ministério é proteger o produtor de forma permanente, não só da Helicoverpa como de outras pragas como a Mosca Branca. “Já solicitamos a todos os estados um levantamento a fim de mapearmos a ação da Helicoverpa no Brasil. Estamos estudando também a utilização e a liberação de organismos geneticamente modificados, que são resistentes à praga”, explicou.

Organização - O Seminário Brasileiro sobre Helicoverpa está sendo organizado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e Associação de Irrigantes da Bahia (Aiba) com o apoio do Mapa.

Palestra - Várias palestras serão realizadas durante o evento, dentre os temas estão: Aspectos bioecológicos da Helicoverpa armigera, Conceitos e estratégias para o combate, Culturas OGM com proteínas Bt (milho, soja e algodão) e Ocorrência e prejuízos na safra 2012/2013. (Mapa)

 

SANIDADE VEGETAL II: Pragas 'importadas' ameaçam lavouras

Uma dezena de novas pragas tem reais chances de invadir as lavouras brasileiras nos próximos anos, segundo pesquisadores brasileiros. Para proteger o campo do risco de um ataque que possa causar prejuízos econômicos ao país, a Embrapa e a SBDA (Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária) listaram os principais candidatos a invasões. A relação, obtida com exclusividade pela Folha, revela ameaças a diferentes culturas e modelos de produção - da soja à mandioca, de exportadores à agricultura familiar.

Invasão - A seleção das pragas mais ameaçadoras considerou a probabilidade de ocorrer a invasão e a relevância econômica das plantações que podem ser atacadas, segundo Marcelo Lopes da Silva, pesquisador da Embrapa que participou do estudo. Ele ressalta, porém, que o número de pragas consideradas quarentenárias – com real possibilidade de entrar no país - é muito maior. "O Brasil reconhece cerca de 600 pragas quarentenárias e não sabemos como combater a maioria delas. Precisamos de inteligência na defesa sanitária", afirma. A preocupação de cientistas e do governo se intensificou após os estragos que uma praga exótica (trazida do exterior) provocou às lavouras do cerrado.

Ameaças - O maior fluxo de turistas no Brasil, por causa de eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, a intensificação do comércio global e a abertura de novas rotas rodoviárias para países vizinhos também aumentam as chances de entrada de pragas, diz Evaldo Vilela, presidente da SBDA e professor da Universidade de Viçosa (MG). "Identificamos 122 pragas só na região de fronteira que, se introduzidas, vão ameaçar a produção agrícola, aumentar os custos e o uso de defensivos, além de afetar a biodiversidade", afirma.

Vigilância - Aumentar a vigilância na fronteira e nos aeroportos é uma das ações preventivas que precisam ser reforçadas, segundo os pesquisadores. "A quantidade de fiscais não atende à necessidade do Brasil", diz Cosam Coutinho, diretor do departamento de sanidade vegetal do Ministério da Agricultura. Segundo ele, haverá concurso neste ano para o cargo. Há também ações de longo prazo. Identificadas as pragas que podem causar mais impactos à agricultura, a Embrapa se dedicará ao desenvolvimento, por meio de melhoramento genético, de sementes resistentes aos invasores, segundo Coutinho.

Agilidade - Silva, da Embrapa, aponta ainda a necessidade de maior agilidade na aprovação de agrotóxicos para novas pragas. "O sistema brasileiro é muito severo e demorado. É preciso ter estratégias especiais para emergências." Para ser comercializado, um agrotóxico precisa ser aprovado pelo Ministério da Agricultura, que faz uma análise sobre a eficiência do produto no campo, pela Anvisa, que avalia os riscos para a saúde, e pelo Ibama (ambiente).

Produtores perdem R$ 2 bi com nova lagarta - A nova praga que está tirando o sono dos produtores brasileiros chama-se Helicoverpa armigera. A lagarta surgiu no país nesta safra, causando prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões, principalmente na Bahia. A estimativa, que ainda deve ser revisada, considera quedas na produção, produtividade e maiores gastos com agrotóxicos. Por ser uma nova espécie de uma lagarta comum no Brasil, a Helicoverpa zea, a nova praga demorou a ser identificada no país. "Ninguém percebeu que se tratava de uma outra espécie e, quando começaram as análises, a lagarta já estava dispersa em todo o país", diz Adeney Bueno, pesquisador da Embrapa.

Outras culturas - Além das lavouras de soja, onde foi inicialmente identificada, a lagarta já causou danos a plantações de algodão, milho, trigo, sorgo, feijão e tomate. Para Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal, as perdas teriam sido limitadas se houvesse agilidade na liberação de defensivos mais eficazes no combate à helicoverpa armigera. "As análises não caminham na velocidade que o agronegócio precisa." (Folha de São Paulo)

PROGRAMA ABC: Mais de 11 mil contratos foram firmados em um ano

Com a conclusão do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, o financiamento pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) chegou a R$ 2,99 bilhões ou 88% dos R$ 3,4 bilhões previstos para a temporada. O número de contratos referente a esse valor correspondeu a 11.135. Os estados que mais demandaram recursos foram Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná, utilizando as práticas de Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Florestas Plantadas e Plantio Direto.

Adesão - Do lançamento do Programa ABC, no ano safra 2010/11, até a safra de 2012/13, houve um crescimento na adesão à linha de crédito de 584%, somando 16.445 contratos firmados no período.

Importância - O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, ressaltou a importância do programa para o Brasil. “Somos destaque na agricultura mundial, por isso programas como o ABC são fundamentais para a implantação de novas tecnologias voltadas para o conceito de responsabilidade social, tendo em vista os cuidados que os produtores rurais são orientados a ter em suas propriedades para que sejam sustentáveis no âmbito ambiental, social e econômico”.

Valor - Para o ano safra 2013/14 foram destinados R$ 4,5 bilhões ao Programa, um aumento de 32% em relação à safra anterior. (Mapa)

INFRAESTRUTURA: Porto de Paranaguá terá base de prontidão ambiental inédita no País

infraestrutura 26 07 2013A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá e da Universidade Estadual do Paraná (Funespar), assinaram na última quarta-feira (24/07), em Paranaguá, um convênio técnico operacional para a criação de uma base de prontidão especializada no resgate e na despetrolização da fauna em caso de acidentes ambientais na área do complexo estuarino da baía de Paranaguá. Com o convênio, a Appa estará atendendo à demanda do Ibama que exige a implantação desta base de prontidão para aprovar o Plano de Emergência Individual (PEI) e, por consequência, emitir a licença de operação do porto.

Primeiro do país - “Este é o primeiro convênio deste gênero no Brasil. A maior dificuldade que tivemos foi construir o contrato de maneira que atendesse as exigências do Ibama porque não existia exemplo similar anterior. Contratamos um projeto de engenharia para construção de instalações especializadas para o atendimento de todas as demandas de salvatagem em caso de acidente ambiental. Com isso, estaremos cumprindo a última exigência do Ibama para aprovação do PEI, que é condicionante para a emissão da licença de operação do porto”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Ações - O convênio, no valor de R$ 3,2 milhões – a serem repassados à Funespar ao longo de 60 meses – prevê diversas ações entre elas a implantação de uma disciplina no curso de biologia para formar os profissionais que atenderão a este convênio. Será de responsabilidade da Funerspar coordenar a base de prontidão para atendimento de eventuais emergências. A base de prontidão será montada dentro do cais, na área primária do porto. Serão realizados exercícios de simulação para atendimentos de eventuais acidentes.

Emergências - O dinheiro do convênio será utilizado inclusive para montar a infra e superestrutura de atendimento de emergências, como a aquisição de embarcações, veículos de apoio terrestre, materiais e contratação de mão de obra especializada, como veterinários. (Assessoria de Imprensa da Appa)

 

BRASIL: Ex-embaixador sugere estratégia mais agressiva no comércio com chineses

brasil 26 07 2013O Brasil precisa adotar uma estratégia mais definida e de longo prazo para o comércio com a China e esse movimento precisa ser puxado pelo empresariado, e não pelo governo. A afirmação foi feita por Clodoaldo Hugueney, ex-embaixador do brasileiro na China, durante evento sobre os rumos do país asiático, realizado nesta quinta-feira (25/07) em São Paulo. "Temos que ter uma visão ofensiva mais clara. Uma parte disso o governo pode fazer, mas parte fundamental tem que ser feita pelo setor empresarial. A China está mudando e é preciso deixar a visão de que o país é um adversário no comércio exterior. O agronegócio, por exemplo, está começando a se juntar para criar mais valor agregado nas exportações os chineses", afirmou.

Defensivo - Segundo Hugueney, o olhar brasileiro para a China é excessivamente defensivo. A adoção de barreiras comerciais, apesar de importantes para alguns setores, não resolve o problema de competitividade da indústria e nem tira proveito do crescimento chinês. "Não podemos descuidar da defesa comercial, mas ela não resolve a vida de ninguém. Hoje, ninguém no mundo adota barreiras tarifárias, pelo contrário. Os mecanismos precisam se sofisticar. A complementariedade entre as economias sustenta uma taxa elevada de exportações. Achar que exportar commodities e minérios é algo ruim é um erro tremendo. O problema é vender apenas esses produtos básicos", disse.

Classe média - A classe média chinesa, que hoje é estimada em 400 milhões de pessoas, o dobro da população brasileira, vai aumentar o consumo de bens intermediários e sofisticados. O Brasil, segundo o ex-embaixador, precisa de uma aliança interna para traçar a estratégia futura entre governo, empresariado e academia. "A relação hoje com a China tem que ser negocial e não simplesmente de defesa. Eles têm uma estratégia para o Brasil definida há muito tempo, de longo prazo. Temos que ter isso também para negociar", disse Hugueney. (Valor Econômico)

 

CNI/IBOPE: ICMS é o imposto de maior impacto no orçamento familiar

pesquisa 26 07 2013A população brasileira está saturada de pagar impostos, segundo demonstra a pesquisa CNI/Ibope. A grande maioria, aliás, acredita que o Estado, seja ele federal, estadual ou municipal, já arrecada o suficiente para prover serviços de qualidade, segundo 87% dos entrevistados na pesquisa de opinião. E considera o ICMS como o tributo que mais causa impacto em sua vida diária.

Elevados - Os brasileiros não apenas acham que os governantes gastam mal o que dispõem, mas consideram que os impostos pagos no país são elevados ou muito elevados (91%) e estão convencidos de que a tributação aumentou nos últimos anos (90%). Eles também identificam aqueles tributos que mais pesam no orçamento familiar, por mais “escondidos” que estejam.

ICMS x IPTU, IR e IPVA - Segundo a pesquisa CNI/Ibope, 32% dos entrevistados apontaram o ICMS como o imposto que mais impacta o orçamento familiar. O curioso é que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias é um tributo não muito explícito para a população como são, por exemplo, o IPTU (15%), o Imposto de Renda da Pessoa Física (9%) e o IPVA (8%). A população considera o ICMS um imposto elevado ou muito elevado (88%), especialmente em São Paulo, onde 95% dos entrevistados reclamaram de pagar ICMS muito elevado. O ICMS é um tributo estadual. Entre os impostos federais que mais impactam o orçamento familiar foram citados o IPI e o INSS, ambos com 4% de respostas. (Valor Econômico)

 

GOVERNO FEDERAL: Para não perder receita, presidente veta fim de multa do FGTS

A presidente Dilma Rousseff vetou novamente uma medida aprovada pelo Congresso Nacional que provocaria redução na arrecadação, no momento em que o governo busca ajustar as contas para cumprir a meta fiscal e resgatar a confiança do mercado. O projeto de lei aprovado pela maioria dos parlamentares para acabar com a cobrança de multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissões sem justa causa foi vetada nesta quinta-feira (25/07). Se a cobrança fosse extinta, o governo deixaria de recolher R$ 3 bilhões por ano. Empresários criticaram a decisão e vão pedir a derrubada do veto presidencial no Congresso.

Origem - A multa foi instituída em 2001 para ressarcir os trabalhadores das perdas que os planos econômicos Verão (1998) e Collor (1990) causaram ao FGTS. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que, com o fim da multa adicional, a queda na receita poderia atrapalhar programas como o Minha Casa, Minha Vida. Os recursos do FGTS são aplicados, por exemplo, em investimentos de infraestrutura. No entanto, o valor arrecadado com a multa extra está sendo usado para reforçar o superávit primário.

Recomendação - Os ministérios da Fazenda e do Planejamento também recomendaram à presidente vetar o projeto de lei. "A proposta não está acompanhada das estimativas de impacto orçamentário-financeiro e da indicação das devidas medidas compensatórias, em contrariedade à Lei de Responsabilidade Fiscal", afirma a justificativa do veto.

Contra - Representantes da indústria e do varejo se posicionaram contra a decisão da presidente. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) vai pedir que o Congresso derrube o veto, pois a retirada da cobrança ajuda a gerar emprego, renda e consumo. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), "o adicional não tem mais por que existir", como havia sido acordado em 2001. Mesmo com a manutenção desse custo para as empresas, o ministro do Trabalho não acredita que a cobrança vai ter impacto negativo no emprego, pois já está em vigor há muito tempo, disse.

Reintegra - Também nesta semana, Dilma barrou a prorrogação do Reintegra, programa que devolve às empresas até 3% da receita com a exportação. A extensão até o fim de 2014 tinha sido negociado entre o Congresso e a equipe econômica no primeiro semestre. Mas agora o momento é outro, na avaliação de uma fonte do governo, que está fazendo um "pente-fino" nas renúncias fiscais de 2013 e 2014.

Impasse - Na área fiscal, há também um impasse com o Ministério do Trabalho, que quer alterar o cálculo do reajuste do seguro-desemprego deste ano, aumentando o valor dos benefícios acima de um salário mínimo a partir de agosto. Essa medida aumentaria em R$ 250 milhões os gastos até dezembro.

Correção pelo INPC - Em janeiro, os benefícios acima de um salário mínimo foram corrigidos pelo INPC. Mas essa fórmula precisa ser apreciada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o que deve acontecer na próxima quarta-feira. Em anos anteriores, a correção também era com base na atualização do salário mínimo, que é inflação mais PIB de dois anos antes. (Valor Econômico)

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO: Helena Nader pede agilidade do Congresso na aprovação de propostas

pesquisa desenvolvimento 26 07 2013A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, pediu agilidade do Congresso Nacional na aprovação dos dispositivos que vão integrar o novo marco regulatório das atividades de pesquisa e desenvolvimento no país. Atualmente pelo menos cinco propostas tratam do assunto. “O Brasil está perdendo muito tempo. Ou a gente reverte isso logo ou vamos ter um descompasso muito grande”, disse Nader, em entrevista a jornalistas durante a 65ª Reunião Anual da SBPC.

Inovação - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Inovação, como ficou conhecida, por exemplo, atualiza o tratamento das atividades da área. Ainda a ser discutida na Câmara dos Deputados, a medida formaliza o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que vai coordenar as ações de entidades públicas e privadas e fomentar a colaboração, ao permitir compartilhamento de recursos humanos e equipamentos.

Código Nacional - Outro texto que tramita no Congresso é o Projeto de Lei 2.177/2011, que prevê a elaboração do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Entre os pontos da nova lei, estão a criação de ambientes cooperativos de pesquisa e de geração de produtos inovadores e a flexibilização do regime de dedicação exclusiva de pesquisadores vinculados a entidades públicas. Desmembradas desse projeto, estão as propostas de duas novas leis: uma para o acesso à biodiversidade do país e outra para tratar das fundações de apoio à pesquisa das universidades.

Agosto - “O planejamento é que se consiga ter isso votado até agosto. Estou otimista, mas disseram que isso [aprovação dos dispositivos] não vai acontecer até o fim do ano. Porque, se não acontecer, não vamos conseguir ano que vem, em período eleitoral”, avaliou.

RDC - Outro ponto é a discussão de uma nova lei para a criação de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para educação, ciência e tecnologia voltado para compras de insumos e equipamentos. “Não vale para construção, mas já é um grande ganho. Nós, educação e ciência, vamos chegar ao nível da Copa do Mundo e das Olimpíadas, finalmente. A gente espera que o governo realmente mande [a proposta de lei ao Congresso] porque vai facilitar a nossa vida”, argumentou.

Mobilização - Helena Nader disse que uma das características do Novo Brasil, tema da reunião deste ano, é a mobilização da sociedade, mas destacou que ainda falta pressão da população sobre os parlamentares com propostas claras e específicas. “A gente tem que pressionar. Não precisa sair nesse quebra-quebra, acho que a manifestação foi boa, mas a gente não pode continuar quebrando as coisas. Temos que agora ter pautas e levar documentos", concluiu.

Debates - Os debates da 65° Reunião Anual da SBPC terminam nesta sexta-feira (26/07). No período da manhã, o ministro da Integração, Fernando Bezerra participou da palestra Política Nacional de Desenvolvimento Regional e Pacto pela Inovação.

Próxima reunião - A próxima reunião da SBPC ocorre em Rio Branco, no Acre. A Universidade Federal do Acre (UFAC) deverá sediar o encontro entre os dias 20 e 27 de julho. O evento é promovido desde 1948, com a participação de representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia para difundir os avanços da ciência e debater políticas públicas para área. (Agência Brasil)

 

INOVAÇÃO: Agroindústria foi quem mais recebeu recursos da Finep

finep 26 07 2013A Finep - Agência Brasileira de Inovação, empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, acaba de divulgar informações sobre seu desempenho no primeiro semestre. No período de janeiro a junho de 2013, as contratações da empresa alcançaram R$ 1,143 bi, sendo 185% superiores às do primeiro semestre de 2012. Já os desembolsos da empresa atingiram R$ 589,64 milhões, o que representa um crescimento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. O setor de agroindústria recebeu o maior volume de recursos, respondendo por 14% das liberações, sendo que em 2012 este segmento ocupava a nona posição entre os setores com maior participação nas liberações da Finep.

Outros setores - Além da agroindústria, os principais setores apoiados no primeiro semestre do ano foram: automotivo e transportes, eletroeletrônico, energia, farmacêutico e máquinas e equipamentos. Juntos, os seis maiores segmentos respondem por 67% do total desembolsado. Neste primeiro semestre do ano, a Finep também ampliou os setores apoiados, incluindo áreas como o transporte aéreo de passageiros, para o qual não tinham sido feitos desembolsos no mesmo período do ano passado.

Crescimento - Além disso, entre os setores já apoiados, houve crescimento significativo do segmento eletroeletrônico, da agroindústria e farmacêutico, que registraram alta de 589%, 343% e 165%, respectivamente. Estes números mostram o alinhamento entre os desembolsos da Finep e as políticas públicas do Governo Federal, na medida em que a elevação foi mais expressiva em segmentos considerados prioritários, como agroindústria e farmacêutico. A taxa média oferecida ao cliente foi reduzida, passando de 5,22% no primeiro semestre de 2012 para 4,83% no mesmo período de 2013, em linha com a política operacional da Finep de aumentar a atratividade dos investimentos em inovação para o setor empresarial.

Inovacred - Este crescimento foi alavancado pelo lançamento do programa Inovacred, que descentraliza as operações de crédito da Finep através de bancos de desenvolvimento e agências de fomento com atuação local, de forma a facilitar o acesso ao crédito das microempresas e empresas de pequeno porte que desejam empreender atividades de inovação. As contratações do Inovacred somaram R$ 250 milhões até junho de 2013. O tíquete médio das operações contratadas pela Finep também subiu: de R$ 18,2 milhões no primeiro semestre de 2012 para R$ 29,3 milhões no mesmo período de 2013. O setor eletroeletrônico lidera as contratações neste semestre, com um total de R$ 89 milhões em valor contratado. (Agrolink / News Agro)

 


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