G7: Lideranças discutem questões tributárias
O debate sobre questões tributárias foi um dos assuntos em pauta na reunião do G7 ocorrida na manhã desta segunda-feira (19/08), na sede do Sebrae/PR, em Curitiba, com a presença de presidentes e representantes das entidades do setor produtivo que fazem parte do grupo, coordenado pelo presidente do Sistema Ocepar e do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, João Paulo Koslovski. Houve uma apresentação dos trabalhos do Comitê de Gestão Tributária, instalado no dia 7 de julho e composto pelos profissionais que representam as suas federações e a ACP no Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais. Vinculado à Secretaria da Fazenda, o Conselho é formado por representantes do governo do Estado e da iniciativa privada, que se reúnem diariamente para fazer o julgamento, em segunda instância administrativa, de questões tributárias existentes entre os contribuintes e o Estado.
Presenças – Também participaram da reuniãodo G7 ocorrida nesta segunda os presidentes da Fiep, Edson Campagnolo; da Fecomércio, Darci Piana; da Faep, Ágide Meneguete; da ACP, Edson Ramon; da Fetranspar, Sérgio Malucelli; da Faciap, Rainer Zielasko; o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa; o diretor financeiro da Faep, João Luiz Biscaia; o assessor da diretoria da Faep, Carlos Augusto Albuquerque; o assessor da diretoria da Fiep, João Arthur Mohr, e vogais do Conselho de Contribuintes.
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SEBRAE/PR: Realizada a 7ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo
Foi realizada, na manhã desta segunda-feira (19/08), a 7ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, na sede da entidade, em Curitiba, sob a coordenação do presidente do Conselho, João Paulo Koslovski. Dando sequência à apresentação das entidades que compõem o Sistema S no Paraná, houve a participação de profissionais do Senai e Senac, que discorreram sobre as atividades que as instituições vem desenvolvendo no Estado. Durante o encontro, o diretor de produção e gestão, Julio Cezar Agostini, falou a respeito do programa “Cidade Empreendedora”. Já o diretor executivo do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta, relatou as principais atividades desenvolvidas pela entidade no último mês e as ações previstas para os próximos 30 dias. Também estiveram em debate o processo de planejamento estratégico do Sebrae/PR para o período 2014-17, entre outros temas.
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SEGURO RURAL: Mapa cria nova modalidade de operacionalização da oferta de subvenção ao prêmio
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (19/08), o regulamento para operacionalizar a oferta de subvenção ao prêmio do seguro rural por leilão. A partir da publicação, a nova modalidade passa a ser adotada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de acordo com despacho do ministro Antonio Andrade. A Conab irá divulgar avisos específicos no prazo mínimo de cinco dias antes da realização dos leilões eletrônicos, que poderão ocorrer nas modalidades “carteira”, “viva-voz” e/ou “misto”, utilizando o Sistema Eletrônico de Comercialização da Conab (SEC), com interligação das Bolsas de Cereais, de Mercadorias e/ou de Futuros. Os agricultores poderão participar do leilão adquirindo um determinado valor de recursos de subvenção ao prêmio que posteriormente será negociado com as seguradoras.
Clique aqui e acesse na íntegra o regulamento publicado no Diário Oficial da União
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SISTEMA OCB: Criado o Comitê Jurídico para fortalecer cooperativismo brasileiro
As cooperativas brasileiras contarão com um apoio jurídico ainda mais forte a partir de agora. Foi criado, na última sexta-feira (16/08), o Comitê Jurídico do Sistema OCB, composto por advogados das três instituições que compõem a Casa do Cooperativismo e, ainda, representantes das unidades estaduais. O comitê terá a missão de aprofundar discussões relevantes à defesa da estrutura, forma, doutrina e identidade jurídica do setor cooperativista.
Nova fase - Durante a abertura o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, enfatizou que a iniciativa marca uma nova fase no atendimento especializado às cooperativas. “Esse evento tem, entre outros objetivos, a função de criar um grupo de inteligência jurídica para o Sistema OCB. Um comitê como esse é de fundamental importância às atividades econômicas e políticas e, também, para trazer experiências das UE ao sistema nacional. Saber ouvir é uma virtude necessária para o crescimento de nossa instituição”, considerou o presidente.
Presenças - A reunião contou, ainda, com a presença dos gestores das áreas jurídicas: Ana Paula Rodrigues (OCB), Paulo Roberto Chuery (Sescoop) e Junia Queiroz (CNCoop). Confira a opinião de alguns dos participantes:
Interação - “É imprescindível existir comitês como esse, que promovam a interação entre as partes integrantes do sistema, pois a cada dia nos é exigido mais preparo e alinhamento. Antes era um sistema de representação e hoje temos mais casas, como o Sescoop, a CNCoop e a própria OCB. O comitê tem esse papel de interação de caráter permanente e o melhor é que ainda podemos contar com a tecnologia que a informática oferece”. Odacir Klein – advogado, ex-ministro de Transportes e consultor jurídico do Sistema OCB
Lacunas legais - “Existe, hoje, uma série de lacunas na interpretação da Lei Cooperativista (nº 5764/71) que nós precisamos discutir, como por exemplo, o sistema de delegação nas cooperativas singulares, o percentual de pessoa jurídica na cooperativa singular, questões de contribuições e a parte de regimes complementares: enfim, é uma série de assuntos. Nada melhor do que esse fórum para tratar disso tudo”. Paulo Roberto Stöberl – advogado da Ocepar/PR
Intercooperação - “O mais importante de um evento como esse é o alinhamento de problemas e a busca de soluções conjuntas. A troca de experiência em nosso setor é fundamental. Conhecendo as demandas individuais, teremos condições de conhecer a grande realidade do nosso sistema”. Gilson Flores - advogado do Sistema OCESC
Visão sistêmica - “É importante uma organização como a nossa trabalhar de forma sistêmica. Por isso, devemos ampliar nossa visão jurídica, como um todo, e trazer para o Sistema OCB nacional as situações que acontecem nas Bases (UEs). Além disso, devemos ter uma articulação jurídica de forma reflexiva e de reconhecimento mútuo, de que devemos aprender uns com os outros”. Ially Carmo Gomes - advogado do Sistema OCEB
Estrategismo - “Um evento como esse traz um alinhamento institucional extremamente necessário, sobretudo, no Brasil - um país de tamanha dimensão territorial. Com esta iniciativa, buscaremos ter as mesmas linhas estratégicas de defesa, uniformizar discursos, entendimentos e teses a respeito das questões de interesse do Sistema”. [...] “Havendo alinhamento, poderemos diminuir as diferenças de procedimentos existentes entre os estados, ao tratarem de questões semelhantes”. Paulo Gonçalves Vieira - coordenador jurídico da OCESP.
Soluções - “A principal expectativa é que possamos identificar os pontos frágeis da parte jurídica e passemos a desenvolver estratégias para unir as unidades e buscar soluções. Muitas vezes outro estado já passou pelo mesmo problema que nós temos. Com isso, podemos aperfeiçoar o trabalho”. João Carlos da Rocha - advogado do Sistema OCB/AL
Uniformidade – “Complementando o que o advogado Carlos falou, essa aproximação nos permite construir teses jurídicas que possam ser utilizadas uniformemente e dessa forma permitir um sistema mais fortalecido”. Líbio Pimentel da Rocha - advogado do Sistema OCB/AL
Ação sistêmica – “Hoje poderemos promover debates, discussões e estipular ações mais coordenadas e padronizadas. Acima de tudo, de colocar opiniões, e ter a oportunidade de constituir posicionamentos mais consistentes a apresentar ao público externo”. André Fontinelli - advogado do OCB/CE
Unicidade - “Fico feliz em participar de um ciclo importante dentro do Sistema. Nos estados existem dificuldades, em razão das distâncias, de manter um relacionamento mais frequente com as outras unidades estaduais e com o nacional. Temos a dificuldade, inclusive, de mostrar aos cooperados a importância de sua própria cooperativa para ele e para o estado. Ter uma unificação é primordial para o crescimento de todos nós das unidades estaduais”. Marcos Paixão - advogado do Sistema OCB/RR (Informe OCB)
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SICREDI VALE DO PIQUIRI I: Associados participam das comemorações dos 25 anos
A Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP deu início à rodada de reuniões de prestação de contas, na terça-feira (13/08), no distrito de Pérola Independente, município de Maripá, com a participação de centenas de associados, inclusive fundadores da cooperativa de crédito. Os eventos, alusivos aos 25 anos da cooperativa de crédito, são conduzidos pelo presidente Jaime Basso que, além da evolução da cooperativa, conta a história da constituição. O relato dos principais fatos e a trajetória de crescimento da cooperativa é compartilhado com os primeiros associados, responsáveis pelo início das unidades de atendimento, nos diversos municípios. “Os eventos regionais proporciona comemorarmos as conquistas com um número maior de associados. A cooperativa foi e está sendo construído a milhares de mãos. Esse é o verdadeiro espírito cooperativista”, comenta o presidente Jaime Basso.
Livro - Momentos da trajetória destes 25 anos da cooperativa estão registrados no livro “Do Sonho à Realidade - Memórias e Fragmentos dos 25 Anos da Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP, lançado durante os eventos comemorativos. O livro foi organizado pela colaboradora Cláudia Bonatti, que pesquisou arquivos antigos e conversou com associados fundadores sobre a instituição, os anos de luta, o crescimento e principalmente as lembranças que trazem nesta trajetória de sucesso. "É sem dúvida um dos maiores projetos da minha carreira. Adorei participar deste projeto", Argumenta a assessora de programas sociais e comunicação, Claudia Bonatti.
Presença - Nas três primeiras reuniões, mais de 1.200 associados e convidados estiveram presentes. A rodada de reuniões termina no dia 08 de outubro, com a presença dos associados de Palotina, cidade sede da cooperativa. (Imprensa Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP)
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SICREDI VALE DO PIQUIRI II: Colaboradores participam de formação do Programa A União Faz a Vida
As equipes da Sicredi Vale do Piquri ABCD PR/SP de Umuarama, Campo Mourão, Rancho Alegre D`Oeste, Pérola e Maripá fizeram a Expedição Investigativa, uma das etapas de formação do Programa A União Faz a Vida. O desafio foi desenvolver o tema Sustentabilidade, levando em consideração o tripé: Econômico, Social e Ambiental. “Ao vivenciar essa etapa do Programa, os colaboradores passam a entender melhor a metodologia e poderão participar de forma mais efetiva junto as escolas”, argumenta a assessora pedagógica Norma Frost.
Atividades - Os colaboradores conheceram melhor o entorno do Lago Municipal Aratimbó, em Umuarama, conversaram com os moradores, responderam perguntas e captaram temas para desenvolver projetos nas unidades de atendimento. “O dia foi diferente do que estamos acostumados. Saímos conhecendo melhor o Programa e com ideias do que podemos desenvolver com as equipes”, comenta o gerente da unidade de Umuarama, Diego Schanoski.
Área de atuação - Na área de atuação da cooperativa, o Programa A união Faz a Vida é realizado em Umuarama e Campo Mourão junto ao Colégio Sesi e em Rancho Alegre D`Oeste, Maripá e Pérola em parceria com as Secretarias Municipais de Educação. O Programa tem por objetivo construir e vivenciar atitudes e valores de cooperação e cidadania, por meio de práticas de educação cooperativa, contribuindo para a educação integral de crianças e adolescentes. (Imprensa Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP)
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SICREDI FRONTEIRA: Programa de Gestão Empresarial auxilia na formação dos associados
Contribuir com o crescimento de seus associados é um dos princípios que a cooperativa Sicredi Fronteira não abre mão, em função disso aderiu ao Programa de Gestão Empresarial que faz parte de um dos projetos de formação para associados, promovido pela Central Sicredi PR/SC, baseado no 5º princípio do cooperativismo educação, formação e informação.
Qualificação - De acordo com o presidente da Sicredi Fronteira, José César Wunsch, o objetivo é contribuir para a qualificação dos gestores de empresas de pequeno e médio porte, para que os mesmos possam ampliar seus resultados através de uma gestão cada vez mais profissionalizada. Para essa primeira turma, foram disponibilizadas 06 vagas que foram preenchidas pelos seguintes associados: Dirceu Mansuetto Roso de Capanema, Vilson de Souza e Neury Antônio Bedin de Capitão Leônidas Marques, Adelar de Barros de Santo Antônio do Sudoeste, Noeli Tortéli Beal de Santa Lúcia, e Roberto Luiz Machado de Realeza.
Módulos - Os associados participaram de três módulos de gestão, ministrados por profissionais da Estação Business School, de Curitiba, os mesmos contemplaram estratégias , plano de negócios, marketing e vendas, liderança, negociação e gestão de conflitos além gestão de custos e finanças dos negócios. Os encontros aconteceram em Cascavel, nos dias 13 e 14 de junho, 20 e 21 de junho e 18 e 18 de julho, junto com associados de outras cooperativas do estado.
Visão de negócio - “O programa é excelente, focado, prático, nos deu outra visão de negócio e administração. Ficamos contentes e agradecidos pela oportunidade, e sugiro que a cooperativa continue oportunizando essa formação a mais empresários” disse um dos participantes, Dirceu Mansueto Roso, de Capanema (PR).
Faculdade - Para Neuri Antônio Bedin, associado de Capitão Leônidas Marques, a formação contribui com o desenvolvimento das atividades empresariais, “Esses seis dias de formação foram uma verdadeira faculdade. Estou no ramo há mais de 20 anos, porém aprendi muito com essa formação. Foi um grande privilégio ter recebido essa oportunidade. Ficou evidente que a cooperativa realmente está preocupada com o desenvolvimento do associado”, destacou. (Imprensa Sicredi Fronteira)
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RAMO TURISMO: Cadastur apresenta novas regras
A partir de agora, as cooperativas contarão com mais facilidades para fazer parte do Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) no Brasil, mas, para tanto, devem estar registradas nas unidades estaduais do Sistema OCB. O processo ficou menos burocrático com a nova portaria (nº 197) publicada recentemente pelo Ministério do Turismo, que traz as regras para inclusão no Cadastur, mas essa exigência foi mantida, reforçando a importância de um sistema organizado.
Referência - A relação, segundo a analista Técnica Econômica do Sistema OCB Carla Neri, funciona como uma referência para os tomadores de serviços e os próprios turistas. “O fato de a cooperativa ter seu nome incluído no Cadastur significa dizer que ela passou pelo crivo, pelas exigências do governo federal. E as flexibilidades oferecidas agora, com certeza, contribuirão para o crescimento do número de prestadores cadastrados”, ressalta Carla.
Lista reduzida - A lista de documentos para se cadastrar guias turísticos, por exemplo, foi reduzida. Não será mais preciso apresentar o título de eleitor e o comprovante de regularidade com as obrigações eleitorais ou militares, neste caso para pessoas do sexo masculino. Não há, também, exigência de curso superior para os guias. Com as novas regras, eles podem ser técnicos, desde que o plano de curso da sua escola tenha sido aprovado pelo Ministério da Educação.
Veículos alugados - As cooperativas de turismo e lazer que utilizem veículos alugados também poderão se cadastrar, de acordo com a Portaria nº 197. Para isso, é necessário comprovar vínculo com o proprietário e observar as legislações já existentes nos órgãos reguladores de transporte. Antes, a abertura era apenas para as que tivessem veículos próprios. E os procedimentos para renovação do cadastro, a partir de agora, serão realizados a contar dos 90 dias do vencimento até o final deste período. A antiga portaria exigia que tudo fosse feito até 30 dias antes do vencimento. (Informe OCB)
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SUSTENTABILIDADE I: PR desponta na produção de energias renováveis
Há exatos 40 anos, começava a ser construída no Paraná a Itaipu Binacional, maior usina hidrelétrica do mundo em energia gerada. Quatro décadas depois, outra vocação paranaense, o agronegócio, reforça o potencial do Estado para produção de energia elétrica, desta vez com viés de sustentabilidade e focado no setor das chamadas energias renováveis, ou seja, produzidas a partir de fontes que não se esgotam, como é o caso da já consagrada energia hidráulica e também da eólica, da solar e da biomassa.
Potência - De acordo com Cícero Bley Junior, superintendente de energias renováveis da Itaipu Binacional e presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis, a produção de biogás no Estado, considerando apenas o potencial dos dejetos de suínos e vacas ordenhadas, seria de 328.138.793 metros cúbicos ao ano. Esses recursos, aplicados somente na geração elétrica, poderiam produzir 406.892 MWh/ano, ou uma potência instalada de 111,5 MW, equivalente em potência a uma usina hidrelétrica de médio porte.
Estudo - Estudo realizado pelo engenheiro agrônomo Sílvio Krinski, coordenador de Meio Ambiente do Sistema Ocepar, que representa as cooperativas paranaenses, identificou uma estimativa de produção de até 305 milhões de metros cúbicos de biogás ao ano apenas a partir dos dejetos da atividade pecuária e das agroindústrias das cooperativas paranaenses.
Energia eólica - Em energia eólica, até 2030, o governo brasileiro espera ter capacidade instalada de 3,3 gigawatts em todo território nacional. O Paraná tem um potencial estimado em 3,5 gigawatts, um volume considerável se levarmos em conta que as 17 hidrelétricas e uma termelétrica da Companhia Paranaense de Energia (Copel) somam uma capacidade instalada de 4,5 gigawatts, conforme informações do site da Itaipu.
Eficiência energética - Diante da necessidade de garantir a eficiência energética e de dar a destinação correta aos passivos ambientais gerados pela produção agropecuária, diversos setores estão se organizando para transformar todo esse potencial em energia. O governo estadual, através do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), está executando o projeto Smart Energy Paraná, cujo objetivo é colocar o Estado, na próxima década, em um estágio de desenvolvimento competitivo mundialmente em relação às tecnologias em geração distribuída de energia elétrica conectada a redes inteligentes, também chamadas de smart grids.
Destaque - "O Paraná, no conjunto das potencialidades para geração de energia, destaca-se entre os demais estados. Temos a maior usina hidrelétrica do mundo em energia gerada e estamos entre os líderes na produção de biomassa, em função dos resíduos da indústria madeireira, da agricultura e do bagaço resultante da indústria da cana-de-açúcar. Além disso, recebemos alta incidência solar e possuímos regiões com ventos", explica Wellington Vechiatto, gerente do Centro de Energias (CEN) da Tecpar.
Redes de distribuição - Segundo ele, as smart grids são redes de distribuição de energia elétrica informatizadas nas quais as concessionárias de energia podem tanto acessar informação quanto intervir remotamente. "Essas tecnologias permitem fazer a gestão da geração distribuída de energia elétrica, entendida como aquela produzida em pequena escala, o que pode significar que em um futuro próximo estaremos gerando energia elétrica nas habitações, empresas, edificações públicas e particulares, por pequenas unidades centralizadas de geração e injetando na rede", acrescenta.
Plataforma Itaipu - A Usina Itaipu Binacional mantém desde 2008 o programa Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, fruto da articulação entre a própria usina, Eletrobras e Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi). No Paraná, segundo o superintendente Cícero Bley Junior, destacam-se as fontes hidrelétrica, solar, eólica, lenha e biogás. Este último pode ser extraído tanto de resíduos orgânicos e esgotos do meio urbano como de dejetos animais e efluentes agroindustriais do meio rural.
Centro Internacional - Dentro deste programa, foi implantado um Centro Internacional de Energias Renováveis no Parque Tecnológico de Itaipu, entidade sem fins lucrativos que canaliza todas as informações e dados necessários para orientar os projetos que estão começando a se desenvolver em vários setores. Outra iniciativa é o Laboratório de Biogás com parâmetros obtidos na Universidade da Terra de Viena, para dar sustentação científica e monitoramento laboratorial das unidades de demonstração e também de outros interessados. Além disso, um núcleo pedagógico promove cursos de graduação, pós-graduação e ensino a distância sobre energias renováveis e biogás, que já formou mais de mil estudantes brasileiros e estrangeiros.
Vantagens - Bley enumera as vantagens de praticar aplicações de fontes renováveis de energia. "É possível aproveitar a situação de microgeradores para o autoabastecimento. Só depois deste aproveitamento o excedente é direcionado à rede de distribuição. Dessa forma, a precificação da energia se dá pela energia evitada, reduzindo as contas", afirma.
Medidas necessárias - Ele ressalta, porém, que ainda faltam um quadro de regulações seguras, linhas de crédito específicas, programas de conscientização e outras medidas necessárias para uma completa política pública que contemple essas fontes renováveis em geração distribuída. (Folha de Londrina)

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SUSTENTABILIDADE II: Alternativas no campo e na cidade
Na região Oeste do Paraná, projetos de produção de energia a partir do biogás ganham cada vez mais destaque. No Brasil, conforme Cícero Bley Junior, superintendente de energias renováveis da Itaipu Binacional e presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis, a utilização dos resíduos do campo e da cidade para a produção de biogás permitiria gerar cerca 470 milhões de quilowatt/hora anuais, suficientes para abastecer aproximadamente 5 milhões de residências.
Projeto - Um dos projetos da Plataforma Itaipu de Energias Renováveis é o Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar da Microbacia do Rio Ajuricaba, desenvolvido desde agosto de 2009, em parceria com o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), Companhia Paranaense de Energia (Copel), Prefeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon, Embrapa, Movimento Nacional dos Pequenos Agricultores (MPA), Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). A iniciativa contempla a instalação de 34 biodigestores e 22 km de gasodutos ligados a uma microcentral termelétrica, que devem garantir uma renda de cerca de R$ 270 mil anuais aos produtores rurais com a produção de energia térmica, elétrica e veicular, além de biofertilizantes.
Unidades - Das 34 unidades familiares que fazem parte do projeto, 12 já transformam os dejetos de sua produção agropecuária em biogás. Os plantéis bovino leiteiro e suíno dos produtores familiares do condomínio geram anualmente cerca de 16 mil toneladas de dejetos. Quando submetidos à biodigestão anaeróbica, esses dejetos têm condições de produzir cerca de 266 mil metros cúbicos de biogás por ano, que por sua vez geram 445 mil kW/h anuais, o suficiente para abastecer 150 residências, gerando uma economia média de R$ 57 mil por ano.
Aproveitamento - A proposta é aproveitar o biogás também para a geração de energia térmica, na secagem de grãos, em um secador comunitário, gerando uma receita estimada de R$ 81 mil anualmente. A análise de viabilidade econômica do projeto aponta para um prazo de retorno dos investimentos de aproximadamente 10 anos, com uma rentabilidade de 7,21% ao ano.
Zona urbana - Em Foz do Iguaçu, na estação de tratamento Ouro Verde, da Sanepar, um projeto-piloto está transformando em biogás os resíduos do processo de tratamento do esgoto gerado por uma população de aproximadamente 18 mil pessoas. Victor Carlos Martinez, engenheiro ambiental da unidade regional da Sanepar em Foz do Iguaçu, explica que o gás liberado no tratamento, que antes era queimado, passou a ser armazenado em um gasômetro para ser enviado a um motogerador de energia. A capacidade do equipamento é de geração de 20 kW/h, o suficiente para o consumo de sete casas. Desde 2009, o sistema está integrado à rede da Copel. "O principal benefício é dar uma destinação mais nobre ao passivo ambiental resultante do tratamento, além de gerar conhecimento para, no futuro, replicar o modelo em outras unidades da Sanepar", destaca. (Folha de Londrina)
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SUSTENTABILIDADE III: Na C. Vale, resíduos alimentam caldeiras
Os resíduos gerados pelo processamento da mandioca se transformaram em uma importante matéria-prima na cadeia produtiva da cooperativa C. Vale, que tem unidades em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, na região Oeste do Estado. Os resíduos do processamento da mandioca são enviados para biodigestores que transformam o material em biogás utilizado para queima nas caldeiras que realizam a secagem da mandioca.
Economia - De acordo com o supervisor ambiental Guilherme Daniel, o processo foi adotado há um ano e, desde então, foi possível contabilizar uma economia anual de 75% na lenha consumida em forma de cavaco. "O investimento no sistema já se pagou", comemora o técnico, enfatizando ainda que, nos períodos em que a indústria opera com capacidade máxima, a economia chega a 100%. A cooperativa investiu R$ 200 mil nos equipamentos.
Benefício ambiental - O técnico destaca que a iniciativa tem também um benefício ambiental, visto que melhora a qualidade de tratamento do resíduo e elimina a emissão dos gases de efeito estufa para a atmosfera. Com ideia de ampliar o aproveitamento dos resíduos, ele estuda a possibilidade de levar o sistema para a produção de suínos e para a indústria de abate de aves. "Onde existe viabilidade, a produção de energia é a chave do negócio", considera. (Folha de Londrina)
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SUSTENTABILIDADE IV: Pesquisa indica potencial das cooperativas
Transformar passivos ambientais resultantes da produção agropecuária em oportunidades de negócio. Convicto da viabilidade de programas que visam atingir este objetivo, o engenheiro agrônomo Sílvio Krinski, coordenador de Meio Ambiente do Sistema Ocepar, encarou o desafio de levantar o potencial das cooperativas do Estado para produção de energia elétrica a partir dos dejetos resultantes da produção de grãos, da pecuária e das agroindústrias. O resultado da pesquisa foi entregue como trabalho de conclusão de curso do MBA em Energias Renováveis da ISAE/FGV. Com os dados em mãos, ele ganhou ainda mais subsídios para incentivar projetos que já vinham sendo desenvolvidos isoladamente pelos técnicos das cooperativas.
Principais culturas - Soja, milho e trigo são as três principais culturas cuja produção passa pelo sistema cooperativista. A soja, que responde pelo maior volume da safra paranaense, 10,3 milhões de toneladas em 2011/2012, gera perda de 1,5% no processo de limpeza, ou 154 mil toneladas de resíduos. Já a safra de milho, no mesmo período, rendeu 6,7 milhões de toneladas de grãos, com perda de 2,5%, ou 167 mil toneladas. A produção de trigo alcançou 1,7 milhão de toneladas que resultou em perda de 1%, ou 17 mil toneladas de resíduos. "Em uma estimativa teórica, concluí que são 339 mil toneladas de resíduos ao ano", explica ele.
Compostagem - Esse material pode ser aproveitado para fazer compostagem ou utilizado para gerar energia através da queima. Cada três quilos de resíduo pode ser revertido em até um kW de eletricidade por gaseificação de biomassa. "Teoricamente, o potencial é de produzir 113 mil kW ao ano", contabiliza.
Pecuária - Na pecuária, ele investigou o potencial de três rebanhos para geração de biogás: frango de corte, suínos e bovinos de leite. As granjas aviárias produzem 8,4 milhões de resíduos por ano, capazes de produzir 420 mil metros cúbicos de biogás. Já os rebanhos leiteiros podem chegar a produzir 5,71 milhões de quilos de resíduos por ano, com potencial teórico de gerar 217 mil metros cúbicos diários de biogás.
Suinocultura - Por fim, a suinocultura produz 1,86 milhão de quilos de resíduos, com capacidade de gerar 147 mil metros cúbicos ao dia. "A atividade pecuária tem capacidade para gerar 2,82 milhões de biogás ao ano", diz, lembrando que a estimativa é teórica e depende, na prática, das condições individuais de cada produtor ou cooperativa.
Agroindústria - Também foi analisado o setor das agroindústrias, com foco nos frigoríficos de aves e suínos (potencial de 34 mil metros cúbicos de biogás ao dia), indústrias de laticínios (10,8 mil metros cúbicos diários) e fecularias (19,3 mil metros cúbicos por dia). No total, a capacidade soma 23,2 milhões de metros cúbicos de biogás ao ano.
Potencial - Krinski ressalta que atualmente se aproveita muito pouco deste potencial em iniciativas isoladas. "Meu objetivo é mostrar o tanto que é possível fazer", enfatiza, reforçando que a ideia é levar os técnicos a pensarem em soluções para as unidades onde trabalham. "Nem sempre o objetivo é lucrar. Muitas vezes, a iniciativa compensa por cobrir os custos de regularização da propriedade em conformidade com a legislação ambiental', completa. (Folha de Londrina)
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TRIGO: Domínio nacional na área de sementes
Diferentemente do que ocorre com os mercados de sementes de milho e soja, com forte presença de multinacionais, o desenvolvimento de variedades de trigo no Brasil está nas mãos de empresas brasileiras. As quatro maiores têm capital 100% nacional e juntas respondem por 90% da área plantada com a cultura no país. Com o avanço dos materiais produzidos, elas buscam espaço fora do Brasil. Algumas empresas já atuam com venda de sementes no Mercosul, principalmente na Argentina, e testam variedades nos Estados Unidos.
Razões - Duas razões explicam a ausência de grandes corporações globais nesse mercado, explica Ottoni Rosa Filho (foto), sócio-diretor da gaúcha Biotrigo, empresa que divide com a OR Sementes a liderança em genética para trigo no Brasil. A primeira delas é que a área plantada com trigo (em torno de 2,5 milhões de hectares) ainda é pequena aos olhos das múltis globais. A estimativa é que, por ano, sejam vendidas no país cerca de 5,8 milhões de sacas de trigo com recolhimento de royalties (e outras 2,5 milhões de sacas piratas). Portanto, trata-se de um segmento que movimenta por ano cerca de R$ 10 milhões em royalties no país, um montante pequeno se considerar grandes culturas, como soja e milho.
Peculiaridades - A segunda razão é que o mercado de variedades de trigo no Brasil tem suas peculiaridades. As sementes que as multinacionais comercializam nas outras regiões de trigo do mundo não se adaptam bem às condições brasileiras. "Aqui, o solo tem muito alumínio e chove muito, acima do indicado para a cultura", diz Rosa Filho.
Resistência - Assim, a pesquisa no país, conseguiu eliminar o efeito do alumínio no solo, mas ainda se esforça para tornar as variedades mais resistentes à incidência de chuva na colheita, ocorrência comum e com efeito negativo para a qualidade. Ainda que a pesquisa tente, é difícil minimizar o impacto de fenômenos climáticos na lavoura do cereal. Em julho passado, por exemplo, geadas arrasaram mais de 30% do trigo paranaense, cujas variedades usadas foram, em sua maior parte, consideradas de alta qualidade.
Barreira - O fato é que essas demandas específicas para o Brasil funcionam como uma "barreira", mantendo o mercado cativo para esse time de brasileiras, formado por Biotrigo e OR Sementes, Coodetec e Embrapa. A maior parte delas entrou no negócio nos anos 70 pela própria vocação da região onde estavam instaladas - Rio Grande do Sul e Paraná, respectivamente o 1º e o 2º maiores produtores de trigo do país.
Características desejáveis - Ao desenvolverem variedades adaptadas às condições do Brasil, essas empresas conseguiram também, indiretamente, criar características desejáveis aos produtores de outros países do Mercosul, como Argentina. Um exemplo são as variedades de ciclo mais curto, que é a aposta da Coodetec para abocanhar uma fatia do mercado argentino.
Lançamentos -A expectativa é que no próximo ano elas sejam lançadas comercialmente aos produtores do país vizinho, após cinco anos de testes. Neste ano, as sementeiras locais estão reproduzindo os materiais na província de Santa Fé, explica o gerente de melhoramento de trigo da Coodetec, Francisco de Assis Franco.
Duas safras - "Os argentinos querem fazer duas safras na mesma área, colocando soja e trigo, o que não é possível com as variedades argentinas de ciclo com 120 a 150 dias", diz Franco. Entre os materiais da Coodetec, também usados no Brasil, há variedades com ciclos de 110 e 120 dias. Maior em trigo no Mercosul, a Argentina cultiva cerca de 4 milhões de hectares. Franco acredita que as variedades de ciclo mais curto podem abocanhar 30% desse total.
Paraguai - No Paraguai, onde suas variedades de trigo estão desde 1995, a Coodetec detém 35% do mercado. A área plantada lá é pequena, na casa dos 600 mil hectares, mas o governo iniciou projeto ampliá-la. "E o governo nos convidou a participar desse projeto".
Panificação - O melhorista diz que a Coodetec se especializou nos últimos anos em desenvolver variedades para panificação. Assim, afirma, atualmente seus materiais - 18 variedades - ocupam de 70% a 80% da área brasileira de trigo melhorador, classe que pode ser usada diretamente para panificação ou na mistura com outras classes. Considerando todas as classes de sementes (melhorador, pão e brando), a participação da empresa no Brasil é de 18% e, no Paraná, seu principal mercado, de 30% a 40%.
Testes - Também na Argentina, a OR Sementes realiza testes com variedades desde 2004, quando ainda não havia se separado da Biotrigo. Agora, as duas empresas compartilham materiais, alguns deles já são vendidos para produtores argentinos por meio de parceria com uma sementeira local. "Agora estamos fazendo testes das primeiras variedades exclusivamente da OR Sementes no país vizinho", diz o engenheiro da área de pesquisa da empresa, Aroldo Gallon Linhares.
Estados Unidos - Neste ano, sementeiras argentinas também vão reproduzir variedades exclusivas da Biotrigo, explica Ottoni Rosa. Mas o grande salto da companhia será o mercado americano. Há três anos em testes, materiais da empresa estão em fase de registro nos Estados Unidos e um lançamento será feito junto com um parceiro local, afirma o executivo. "As mesmas variedades que usamos no Brasil também são adaptadas às áreas de trigo de verão nos Estados Unidos", explica Ottoni.
Qualidade - Já a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que foi líder em sementes para trigo, perdeu espaço ao priorizar na pesquisa produtividade e resistências a pragas e doenças. "Nos atrasamos um pouco na busca por trigo de maior qualidade para uso na panificação", explica o melhorista de trigo da empresa, Eduardo Caierão. Além disso, afirma ele, até os anos 90, a Embrapa concorria com outras empresas públicas nessa área. "Hoje, há mais companhias privadas, agressivas em comercialização e marketing".
Participação - Ele estima que a participação da Embrapa em sementes de trigo está entre 20% e 25%, percentual que há alguns anos já foi de 40% e, provavelmente, em meados da década de 70, já tenha alcançado 70%, diz Caierão. O especialista acredita que uma participação de 40% seja uma meta razoável a ser perseguida. A Embrapa investe por ano R$ 35 milhões no programa de pesquisas em trigo, 1,75% do orçamento anual que tem disponível para todas as culturas (R$ 2 bilhões). (Valor Econômico)
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LEVANTAMENTO: Perdas com geada são inferiores a 2011/12
O sistema de Comunicação de Ocorrência de Perdas (COP) do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), contabilizou, até 14 de agosto, 20,9 mil pedidos referentes a perdas na safra 2012/13 Desse total, 15 mil comunicados foram realizados neste ano. Os números ainda deverão aumentar até janeiro, quando será divulgado o resultado consolidado, mas dificilmente ultrapassarão os 111 mil pedidos registrados na safra 2011/12, em grande parte devido a severas estiagens que prejudicaram produtores no Sul e no Nordeste do país.
Impacto - O coordenador do Seaf, José Carlos Zukowski, disse que os números não estão fechados e serão ainda maiores. "Às vezes, o produtor espera para comunicar as perdas para avaliar melhor os impactos. Depois do comunicado ainda é feita uma vistoria. Por isso, podemos esperar que o impacto das geadas apareça nos próximos meses".
Aumento - Os dados do sistema COP permitem enxergar que o número de pedidos começou a subir em julho. Em maio e junho, foram feitos 595 e 435 pedidos, respectivamente. Em julho, o número saltou para 3.194 e em agosto está em 1.670 até o dia 14. Apesar de a atual safra de trigo já ser a 2013/14, os comunicados entram na lista de 2012/13, quando foi tomado o crédito para o plantio.
Registros - Por conta de geadas, foram registrados em 2012/13 até agora, 4,9 mil pedidos. Na safra 2011/12, foram 8,7 mil pedidos. Devido a chuvas excessivas, foram feitas 3,4 mil COPs na safra atual e 1,3 mil na 2011/12. A diferença é ainda maior nos avisos por seca. Na safra 2012/13 foram 10 mil pedidos e na anterior foram 97 mil.
Proagro - Já no sistema de Comunicação de Ocorrência de Perdas (COP) do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), administrado pelo Banco Central (BC), foram contabilizados até 12 de agosto, 25 mil pedidos referentes a perdas na temporada 2012/13. Desse total, 18 mil comunicados foram feitos neste ano.
Safra passada - O número de COPs na safra passada, segundo o BC, está próximo de superar o ciclo 2010/11, que contou com 26,7 mil comunicações. A safra 2011/12, que teve 123 mil, não deve ser ultrapassada. Ao todo, foram ressarcidas 110 mil COPs a um valor de R$ 966 mil. Na safra atual, foram pagas 13 mil a um custo de R$ 149 mil. Desde junho, o número de comunicados vem aumentando. Naquele mês, foram feitas 714 comunicações, número que passou para 4,4 mil em julho e está em 2,7 mil até o dia 12 deste mês.
Recursos - O Proagro é custeado por recursos alocados pela União e dos provenientes da contribuição que o produtor rural paga (o adicional/prêmio do Proagro), bem como das receitas obtidas com a aplicação do adicional recolhido. (Valor Econômico)
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COMMODITIES: Soja encerra a semana em baixa na bolsa de Chicago
Um movimento de realização de lucros empurrou os grãos negociados na bolsa de Chicago para o terreno negativo na sexta-feira (16/08), após as fortes valorizações das últimas sessões. No mercado de soja, os contratos de soja com vencimento em novembro fecharam em 6,25 centavos, a US$ 12,5925 por bushel. A oleaginosa vinha sustentada pelas preocupações com o tempo seco e quente no cinturão produtor americano, além da previsão de que a safra 2013/14 nos EUA deverá ser menor que a esperada inicialmente. Entretanto, ainda que a estiagem tenda a prosseguir, as possibilidades de chuva aumentaram em algumas áreas. No oeste baiano, a saca de 60 quilos do grão saiu a R$ 56,67 no mercado balcão, segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Milho - Também pressionadas por um movimento de realização de lucros, os preços do milho encerraram a sessão de sexta-feira em baixa na bolsa de Chicago. Os papéis para entrega em dezembro fecharam a US$ 4,6350 por bushel, em queda de 8,75 centavos de dólar. Traders ainda temem que o clima desfavorável volte a prejudicar o desenvolvimento da safra americana, diante da continuidade do clima seco e das chances de geadas tardias em setembro. Ganharam força também as preocupações com a área que deixou de ser plantada com o grão nos EUA, em função do excesso de chuvas. No Paraná, a saca de 60 quilos do grão saiu, em média, por R$ 17,38 na sexta-feira, em queda de 0,8%, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura.
De carona com o milho - A desvalorização do milho pesou sobre o trigo, que fechou em baixa na sexta-feira nas bolsas americanas. Em Chicago, o contrato para dezembro encerrou o pregão em queda de 6 centavos, a US$ 6,4350 o bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, o mesmo vencimento caiu 4 centavos, a US$ 7,0225 o bushel. O movimento das duas commodities costuma ser similar pelo fato de serem concorrentes no segmento de ração animal. Apesar da desvalorização de sexta-feira, a demanda pelo cereal dos Estados Unidos segue relativamente aquecida, segundo especialistas. No mercado do Paraná, a saca de 60 quilos de trigo se valorizou 0,54%, a R$ 46,19, segundo o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral/Seab). (Valor Econômico)
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RECEITA FEDERAL: Prazo para entrega do ITR começa nesta segunda
Começa nesta segunda-feira (19/08), o prazo para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2013. A apresentação deste documento deve ser feita junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil, e é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que sejam proprietárias de imóveis rurais, titulares do domínio, ou possuidoras, a qualquer título, incluindo aquelas que somente usufruem do imóvel.
Regras - As regras para o ITR 2013 estão na Instrução Normativa (IN) 1.380. Quem não fizer a declaração ficará impedido de tirar a Certidão Negativa de Débitos, documento indispensável para registro de compra ou venda de propriedade rural e para a obtenção de financiamento agrícola. A data final para declarar o imposto é 30 de setembro. A declaração deve ser feita por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, relativo ao exercício de 2013, que estará disponível no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).
Áreas de interesse ambiental – O proprietário também deve entregar, até 30 de setembro, o Ato Declaratório Ambiental (ADA), que serve para comprovar a existência de áreas de interesse ambiental em sua propriedade. Estas áreas são classificadas como “não tributáveis” ficando, portanto, isentas do ITR. São áreas de interesse ambiental: Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), Interesse Ecológico, Servidão Ambiental, Cobertas por Floresta Nativa e Alagadas para constituição de reservatório de usinas hidrelétricas. Por meio do ADA, também é possível ter redução da alíquota para as áreas de manejo florestal.
Formulário eletrônico - Para entregar o ADA, o interessado deve preencher um formulário eletrônico do Sistema ADAWeb, que pode ser acessado no site do IBAMA. Nele, o proprietário rural informa seus dados, como o CPF ou CNPJ, senha e autenticação a respeito das informações ambientais que serão apresentadas ao Ibama. As declarações retificadoras referentes ao ADA deverão ser entregues até 30 de dezembro. (CNA)
Acesse aqui a Instrução Normativa coma s regras do ITR de 2013, por meio do link:
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=28&data=01/08/2013
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SANIDADE: Mais oito estados são reconhecidos como áreas livres da febre aftosa
O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, assinou no domingo (18/08) em Paragominas (PA) instrução normativa reconhecendo o norte do Pará como zona livre de aftosa, integrando totalmente o estado à área de segurança sanitária contra a doença, porque o centro-sul já estava certificado. Andrade também anunciou que mais sete estados brasileiros receberão o mesmo reconhecimento por meio de instruções normativas que serão assinadas nos próximos dias. São eles Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Inclusão - Com a inclusão das áreas, 99% do rebanho de bovinos e búfalos e 78% do território nacional passam a ser livres da doença. Anteriormente, 89% do rebanho eram imunes e 60% do território eram livres da febre. Após o reconhecimento pelo Ministério da Agricultura, o próximo passo é enviar pleito à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) solicitando o aval internacional para as novas áreas. A solicitação será feita em outubro e a expectativa é que o certificado da OIE seja obtido em maio de 2014. O objetivo do Brasil é obter da entidade o status de país livre da doença até 2015.
Esforço - Para isso, é preciso esforço para imunizar os rebanhos do Amapá, de Roraima e de parte do Amazonas. As três áreas ainda são consideradas de alto risco. Antônio Andrade disse neste domingo que o governo intensificará o trabalho para que os três locais alcancem reconhecimento. “Quando esses estados forem certificados pela OIE, 78% do território nacional serão reconhecidos internacionalmente como livres de febre aftosa, diminuindo as restrições de trânsito interno e possibilitando a abertura de vários mercados ainda inacessíveis para os produtos dessa zona”, explicou.
Médio risco - De acordo com Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, os municípios do Amazonas que ainda não foram certificados devem evoluir para área de médio risco nos próximos dias. O norte do Pará e os outros estados prestes a serem declarados livres de febre aftosa também eram considerados de médio risco para a doença até este domingo.
Com vacinação - Já são certificados como áreas livres da doença com vacinação os seguintes estados: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Áreas certificadas - As áreas certificadas incluem ainda o Distrito Federal e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas, todos reconhecidos como livres de aftosa com vacinação. O estado de Santa Catarina é a única área no Brasil considerada livre da doença sem necessidade de vacinação, desde 2007.
Programa nacional - Para combater o problema da aftosa, o governo criou em 1992 o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção Contra a Febre Aftosa. A doença causa febre e aparecimento de aftas na boca e nos pés de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. Ela é causada por um vírus e é contagiosa. O último foco de aftosa no Brasil foi detectado em 2006 em Mato Grosso do Sul e no Paraná. (Agência Brasil)
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QUALIDADE DE VIDA: Abismo social do Paraná fica mais raso
O abismo social que separa os municípios mais ricos dos mais pobres no Paraná já não é tão fundo como há dez anos. A desigualdade entre as cidades do estado caiu 25% ao longo da última década nas áreas de saúde (longevidade), educação e renda. A redução foi revelada no mês passado pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, formatado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados do Censo de 2010.
Diferença atual - De acordo com o estudo, a diferença atual entre a cidade com o maior e o menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) no Paraná ficou em 0,277 (o índice vai de zero a um). Em 2000, essa diferença era de 0,373. Esta alteração de 96 pontos se deve à melhoria da situação das cidades que figuravam nas últimas colocações no início da década passada. Localizadas em sua grande maioria nas regiões Centro-Sul e Vale do Ribeira, elas continuam lá atrás no ranking, mas ganharam fôlego e se aproximaram das que estão na dianteira. Goioxim, município de 7,5 mil habitantes no Centro-Sul, registrou a maior evolução do estado entre 2000 e 2010, tendo aumentado o seu IDH-M em 0,195.
Escolaridade - A queda nas disparidades entre os municípios foi puxada, principalmente, pelo desempenho em educação, que mede os índices de escolaridade e frequência escolar. Nesse quesito, a diferença entre o melhor e o pior caiu 128 pontos na década passada – uma redução de 24%. Goioxim também obteve o melhor desempenho nessa área – alta de 0,322 no IDH-M.
Crianças e jovens - Em 2010, em média 90% das crianças de 5 e 6 anos estavam na escola e 89% dos jovens de 11 a 13 anos frequentavam os anos finais do ensino fundamental em todo o estado. Há dez anos, os porcentuais eram de 65% e 74%, respectivamente.
Adultos - Os dados referentes à escolaridade da população adulta, porém, ainda são desanimadores. Cidades como Cerro Azul (Vale do Ribeira) e Laranjal (Centro-Sul) têm apenas 17% e 21% dos jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo, respectivamente – em Maringá, esse porcentual é três vezes maior: 64%. Não à toa, a diferença entre o maior e o menor IDH-M em educação no Paraná é de 0,406 – a principal desigualdade entre as três áreas que compõem o índice (veja infográfico).
Melhoria qualitativa - Para o diretor do Centro de Pesquisas do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki Júnior, a diminuição da desigualdade entre os municípios passa, preferencialmente, por uma melhoria qualitativa na educação dos paranaenses. “O Paraná tem uma taxa de alfabetização elevada, mas a evasão no ensino médio é significativa e um número pequeno de pessoas tem acesso à universidade. E é aí que residem as grandes possibilidades de melhorias, porque as outras áreas do IDH, como longevidade e renda, devem evoluir pouco nos próximos anos”, afirma.
Relação entre estudo e renda interfere no PIB - A desigualdade entre os municípios paranaenses se acentuou a partir da década de 1970, com a crise na cafeicultura. Naquela época surgiu a Cidade Industrial de Curitiba e foi instalada a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, dando início à concentração de renda na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Logo, a participação de cada região geográfica no PIB estadual sofreu inversão: enquanto a RMC viu sua fatia aumentar 49% entre 1970 e 2010, regiões como o Centro-Sul, Sudeste e Norte Pioneiro diminuíram em 31%, 60% e 59% sua influência, respectivamente, no bolo estadual no mesmo período.
Ligação - O economista e doutor em Desenvolvimento Regional Jandir Ferreira de Lima, pesquisador da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), lembra que há uma ligação íntima entre os fatores renda e educação – e aí reside um dos maiores nós do estado. “O principal estímulo para se investir na própria educação e procurar uma carreira profissional se chama oportunidade. E as melhores oportunidades estão nas cidades com mais habitantes, com mais opções de emprego e renda. Nas cidades do interior, a mudança na escolaridade não impacta na faixa salarial. Ou seja, a pessoa não é estimulada a buscar mais qualificação”, afirma.
Mercados sazonais - Do mesmo modo, o aquecimento de mercados sazonais que exigem pouca qualificação, como construção civil, também motiva a evasão escolar. “Às vezes, a melhoria da renda é o que atrapalha a continuidade dos estudos. Muitas pessoas são mais atraídas pelo mercado de trabalho e aí acabam estudando menos do que poderiam ou deveriam”, reforça o professor de Desenvolvimento Econômico da UFPR, Huascar Tessali. (Gazeta do Povo)
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FINANCIAMENTO: Crédito farto no meio rural provoca avanços no IDH-M
Um trator, uma vaca de leite, um rolo de arame, uma saca de semente. Os bens que estimulam a produção e a renda nas regiões de agricultura familiar estão cada vez mais acessíveis via crédito rural no Paraná, consumindo anualmente de 10% a 15% dos recursos anunciados por Brasília. O reflexo direto desse fenômeno na melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é consenso entre representantes do setor e pesquisadores.
Crescimento - Os valores financiados para cultivo e investimento crescem a uma taxa média de 9% ao ano desde 1993 no país. E a cada safra sobra menos dinheiro no orçamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que tem R$ 21 bilhões para 2013/14 – 17% a mais do que na temporada passada. Os produtores pagam os financiamentos com correção de 0,5% a 4,5% ao ano, ou seja, taxas anuais menores do que as mensais praticadas nos empréstimos pessoais.
Cooperativas de crédito - “O crédito rural vem ganhando capilaridade na agricultura familiar por fatores como a estruturação de cooperativas de crédito”, aponta Maria Salete Zanchet, pesquisadora e coordenadora do Núcleo de Socioeconomia Rural do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Essas cooperativas montaram unidades em praticamente todos os municípios do estado, distribuindo dinheiro a parte dos produtores que não conseguiam financiar a produção nos bancos tradicionais.
Avanços necessários - Para a especialista, ainda são necessários avanços. “Hoje não falta dinheiro no orçamento. Mas os recursos que ‘sobram’ poderiam ser mais acessados”. Em 2010/11, 28% dos R$ 16 bilhões anunciados para a agricultura familiar não saíram dos bancos. Na agricultura comercial, esse índice era de 5,5%. De 28%, as ‘sobras” caíram para 19,4% e 12,7% nas safras seguintes, patamares ainda considerados altos. (Gazeta do Povo)
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FOCUS: Analistas mantêm projeção de inflação em 5,74% para este ano
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi mantida em 5,74%. Para 2014, houve redução de 5,85% para 5,80%. As estimativas são de pesquisa feita pelo Banco Central (BC), o boletim Focus, divulgado semanalmente. As projeções estão distantes do centro da meta de inflação, de 4,5%, e abaixo do limite superior de 6,5%. É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.
Selic - Um dos instrumentos usados pelo BC para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Para as instituições financeiras, ao final deste ano, essa taxa estará em 9,25% ao ano. Para o final de 2014, a expectativa passou de 9,25% para 9,5%. Atualmente, a Selic está em 8,5% ao ano. A próxima reunião do Copom será nos dias 27 e 28 deste mês.
Mediana - A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 4,28% para 4,32%, este ano, e de 5,37% para 5,27%, em 2014.
IGP - A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 4,57% para 4,51% este ano, e mantida em 5,50% em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as projeções foram ajustadas de 4,50% para 4,49%, em 2013, e seguem em 5,5% no próximo ano.
PIB - A estimativa para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) foi mantida em 2,21% este ano e para 2,50% em 2014. Também foi mantida a projeção para o crescimento da produção industrial, em 2,08%. Para 2014, houve ajuste de 2,90% para 3%.
Dólar - A expectativa para a cotação do dólar passou de R$ 2,28 para R$ 2,30, ao final de 2013, e de R$ 2,30 para R$ 2,35, no fim do próximo ano. (Agência Brasil)
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OMC: Sem surpresas, Azevêdo anuncia nova diretoria da organização
A escolha feita pelo futuro diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, de seus quatro diretores-adjuntos foi bem recebida na cena comercial em Genebra. Azevêdo, que toma posse dia 2 de setembro, anunciou no sábado (17/08) a nomeação de representantes dos Estados Unidos, União Europeia, China e Nigéria como diretores-adjuntos nos quatro anos de mandato.
Acerto - Não há surpresas. No caso da China, maior nação comerciante do planeta, estava praticamente acertado que qualquer que fosse o novo diretor da OMC, Pequim teria um diretor-adjunto, substituindo a Índia na direção da entidade como representante da Asia. Quanto as escolhas de americano e europeu, isso faz parte da tradição na OMC, pelo peso dos dois gigantes no comércio internacional. A África, igualmente, tem seu posto na divisão geográfica.
Adjuntos - O que faltava definir eram os nomes desses diretores-adjuntos, em consultas com países-membros. Azevêdo deu prioridade a pessoas que conhecem profundamente o sistema multilateral e os detalhes do funcionamento da entidade. No caso da China, o escolhido foi o atual embaixador de Pequim na OMC, Yi Xiaozhun. Ele é visto como diferente do burocrata chinês tradicional e "faz até piada", conforme uma fonte.
EUA - Pelos EUA, foi escolhido o número dois da missão americana junto à entidade, David Shark, com enorme conhecimento do sistema multilateral. O embaixador da Nigéria,Yonov Frederick Agah, é um dos facilitadores em alguns temas da negociação global de liberalização.
Europa - Pela Europa, o indicado foi o alemão Karl-Ernst Brauner, chefe do Departamento de Economia e Tecnologia do Ministério da Economia da Alemanha. Estão assim representados no comando da OMC as principais nações comerciantes - China, EUA e Alemanha --, além de uma das grandes economias africanas, a Nigéria.
Chefe de gabinete - Azevêdo anunciou também seu chefe de gabinete e, portanto, seu principal conselheiro. Será outro nome conhecido em Genebra, Tim Yeend, embaixador da Austrália junto à OMC nos últimos três anos, conhecido por um estilo também consensual.
Reações favoráveis - Na cena comercial, as reações foram favoráveis. A avaliação é que Azevêdo formou uma boa equipe, capaz de ajudar na busca de consensos. Michael Froman, principal negociador comercial dos EUA, divulgou comunicado, dizendo que o momento é importante para o futuro das negociações comerciais multilaterais e que a equipe experiente escolhida terá um papel importante no esforço para reforçar o sistema, com novas abordagens para as negociações e para a governança do comércio internacional. (Valor Econômico)
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