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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2902 | 02 de Agosto de 2012

AGRÁRIA: Cooperativa vai gerar mil empregos na região central

O governador Beto Richa e o diretor vice-presidente da cooperativa agroindustrial Agrária, Paul Illich, assinaram nesta quinta-feira (02/08) protocolo de intenções para a expansão da produção de malte cervejeiro no distrito de Entre Rios, em Guarapuava, região central do Estado. Enquadrada no programa Paraná Competitivo, a unidade receberá investimentos de R$ 210 milhões e criará cerca de mil empregos, entre diretos e indiretos.

Primeira - A Agrária é a primeira cooperativa paranaense a participar do programa do governo estadual de incentivos fiscais para novos investimentos.  O objetivo da cooperativa é agregar maior valor à produção de cevada cervejeira e ampliar o volume de industrialização.

Adiado estratégico - Richa destacou que o setor cooperativista é um aliado estratégico do Estado no processo de industrialização e disse que não faltará crédito nem apoio a projetos de expansão. “O Paraná tem o compromisso de promover o desenvolvimento econômico e social do seu povo. Para isso, investimentos como o da Agrária são fundamentais e contarão com nosso apoio”, disse ele.

Contrapartida - O protocolo de intenções prevê que, como contrapartida, aos incentivos fiscais, a cooperativa Agrária deverá investir na capacitação e formação de mão de obra e fomentar o plantio de cevada na região. De acordo com o secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, o objetivo é oferecer aos produtores uma alternativa de plantio durante o inverno.

Ampliação - A intenção é ampliar a área de cevada plantada de 40 mil hectares para 100 mil hectares em até oito anos. Segundo Ortigara, isso irá consolidar o Paraná como maior plantador nacional de cevada e reduzir os custos com importações, já que o Estado ainda não é autossuficiente na cultura. “É uma garantia para os agricultores e uma forma de garantir a qualidade do produto e geração de empregos”, disse ele.

Interior – O governador disse que o compromisso de seu governo é investir na industrialização do interior. Ele lembrou que o Paraná Competitivo já assegurou investimentos de R$ 18 bilhões e a criação de 85 mil empregos. “O programa tem resgatado a confiança do setor produtivo, que se sente mais seguro para investir com um governo estável e com segurança jurídica”, disse Richa.

Impostos - A expectativa da diretoria da cooperativa Agrária é que o novo investimento gere anualmente R$ 12 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os cofres estaduais e R$ 25 milhões em outros impostos federais. A obra será concluída no final de 2014. Paul Illich explica que atualmente a cooperativa Agrária tem 550 cooperados e produz 50% da cevada (malte) brasileira, o que representa 240 mil toneladas por ano. Segundo ele, com o investimento haverá incremento de 80 mil toneladas na produção, o que corresponde a 30%.

Novas opções - “Queremos ganhar mercado e oferecer aos nossos cooperados novas opções de culturas”, afirmou. De acordo com o diretor, o incentivo fiscal do governo foi fundamental para viabilizar o investimento. “Temos no Paraná uma parceria importante com o governo para que nossos produtos sejam competitivos com os de outros estados”, disse.

Agrária - Fundada há 60 anos por imigrantes de origem alemã, a Agrária tem 1.200 funcionários e três unidades de armazenagem, com produção de 671,9 mil toneladas de grãos por ano.

Cooperativas – Nesta semana, o governador autorizou a liberação, pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), de R$ 335,5 milhões em financiamentos para 14 cooperativas do Paraná. Os recursos serão aplicados no desenvolvimento de tecnologias e em projetos para melhorar as estruturas de armazenagem, logística e industrialização. “É importante ver o compromisso que o Estado tem com o cooperativismo paranaense. Com investimentos importantes e suporte técnico, as cooperativas estão se fortalecendo e transformando o Paraná”, disse o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. Ele classificou os investimentos da Agrária como fundamentais para a consolidação da produção de cevada no Estado.

Aditivo – Além do protocolo de intenções, o governador assinou outro documento que amplia o investimento da Agrária na instalação da indústria de processamento de milho. A intenção é prorrogar o pagamento do ICMS dos equipamentos importados. Em outubro de 2011, Richa visitou a cooperativa Agrária para assinar um protocolo para investimentos de R$ 124 milhões e criação de cerca de 460 empregos diretos e indiretos. A nova indústria, que já está em obras, irá produzir 180 mil toneladas por ano de itens como grits e flakes (para indústria cervejeira e alimentícia), fubá, creme de milho e germe e película (para rações animais).

Presenças - O protocolo de intenções foi assinado ainda pelos secretários Luiz Carlos Hauly (Fazenda) e Jonel Iurk (Meio Ambiente), além de executivos da cooperativa. Também estiveram na cerimônia o secretário Cezar Silvestri (Desenvolvimento Urbano) e o diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto. (Com informações da AEN)

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TREINO&VISITA: Analista da Ocepar vai tratar sobre o plano safra 2012/13

As principais medidas de apoio ao agronegócio que constam no plano safra 2012/13 serão tema da palestra que será ministrada pelo analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, na próxima reunião do grupo Treino&Visita, dias 14 e 15 de agosto, no auditório da Embrapa Soja, em Londrina, Norte do Estado. No encontro, o extensionista Nelson Harger, do Instituto Emater, vai apresentar o prognóstico climático para a próxima safra de verão. Já os pesquisadores Rafael Moreira Soares, Waldir Pereira Dias e Dionísio L. P.  Gazziero vão falar sobre manejo das principais doenças que afetam as lavouras de soja, nematoide e controle do capim amargoso, respectivamente. O grupo Treino&Visita é formado por profissionais das cooperativas, pesquisadores e extensionistas que se reúnem regularmente para trocar informações, repassadas posteriormente aos agricultores por meio das equipes de assistência técnica das cooperativas e do Instituto Emater.

Clique aqui e confira a programação completa da 47º Reunião do Treino&Visita

PR COOPERATIVO: Revista traz especial sobre o 6º Intercâmbio Cultural entre Cooperativas

Capa Revista JulhoComeçou a circular nesta semana a edição nº 84 da revista Paraná Cooperativo, com uma reportagem especial sobre o 6º Intercâmbio Cultural entre Cooperativas (ITC), que reuniu cerca de 700 pessoas, no dia 07 de julho, em Curitiba. Trata-se de um dos principais eventos de promoção social do sistema cooperativista do Paraná, que visa valorizar e incentivar a expressão artística, a interação e a confraternização de cooperados, colaboradores e familiares. Neste ano, o ITC teve 33 apresentações de música, teatro, dança e poesia. Internautas de 14 estados brasileiros e de outros países também acompanharam o evento em tempo real, por meio do portal do Sistema Ocepar, que registrou mais de mil acessos. Tradicionalmente realizado para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado sempre no primeiro sábado do mês de julho, desta vez o ITC marcou ainda a passagem do Ano Internacional das Cooperativas.

Entrevista e outros temas - O governador Beto Richa trata de vários temas relevantes na entrevista publicada pela revista, entre eles, o novo Código Florestal Brasileiro, agricultura, infraestrutura, pedágio, pesquisa, educação, segurança pública e extensão rural. A publicação traz ainda matérias sobre a pior seca registrada nos Estados Unidos nos últimos 56 anos e as consequências disso em todo o mundo; as exportações das cooperativas paranaenses no primeiro semestre, a homenagem prestada pela Fecomércio ao cooperativismo do Paraná e muito mais. A revista Paraná Cooperativo é produzida pela assessoria de Comunicação do Sistema Ocepar. Clique aqui e acesse o conteúdo da última edição. 

MÍDIA: Entrega do Prêmio Ocepar de Jornalismo é destaque na imprensa

A entrega do 9º Prêmio Ocepar de Jornalismo, ocorrida na noite da última segunda-feira (30/07) dentro da programação do Fórum de Presidentes das Cooperativas Paranaenses, repercutiu especialmente nos veículos de comunicação cujos jornalistas foram premiados. O site do Globo Rural destacou o primeiro lugar obtido pelo jornalista Norberto Staviski, que venceu na categoria jornalismo impresso, com um caderno especial sobre o Show Rural Coopavel 2012, realizado em fevereiro. A Folha de Londrina também divulgou a terceira colocação alcançada pelo repórter Ricardo Maia com a reportagem “A união faz o agronegócio”, na categoria jornalismo impresso. De acordo com a chefe de redação da Folha, Fernanda Mazzini, o Prêmio Ocepar é “um reconhecimento à qualidade do trabalho desenvolvido pelos jornalistas, que busca fortalecer o vínculo com a comunidade paranaense, fazendo parte do seu dia a dia”.

Outros - “Banda B é tri-campeã do IX Prêmio Ocepar de Jornalismo” é o título da matéria veiculada pela emissora, que conquistou o primeiro lugar na categoria radiojornalismo com a reportagem “Cooperativas ganham o mundo graças ao frango com sotaque paranaense”, de autoria da jornalista Denise Mello, em parceria com Geovane Barreiro. O Portal da Faciap e o Jornal de Beltrão também destacaram a conquista do jornalista da Associação Empresarial Francisco Beltrão, Leandro Czerniaski, que ficou com o segundo lugar na categoria Jornalismo Impresso com a matéria “O crescimento do cooperativismo”. Notícia sobre a premiação foi ainda publicada no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR), da Cocamar e da C.Vale.

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COODETEC: Roteiro de pré-assembleias é iniciado no Paraná

Iniciou nesta quarta-feira (01/08), pela manhã, o roteiro de pré-assembleias 2012 da Coodetec, na sede da Cooperativa, em Cascavel. À tarde, o evento foi realizado na sede da Coamo, em Campo Mourão/PR. Hoje, a pré-assembleia ocorre na cooperativa Agrária, em Guarapuava/PR e, nesta sexta-feira (03/08), na Cotrisal, em Sarandi/RS. “Desta forma todos podem acompanhar a síntese do que será discutido na Assembleia Geral Extraordinária, que ocorrerá em 17 de agosto”, comentou o presidente executivo, Ivo Carraro.

Presenças - Diretores e lideranças das cooperativas que fazem parte da Central Coodetec das regiões Norte, Noroeste e Oeste do Paraná estiveram presentes nas reuniões desta quarta. Participaram também os vice-presidentes, conselheiros Fiscais e delegados da Cooperativa. “Estamos apresentando o planejamento da Coodetec para os próximos cinco anos, além da revisão estatutária”, explicou o presidente do conselho administrativo da Coodetec, Irineo da Costa Rodrigues.

Novas tecnologias - Na pauta ainda estão as perspectivas para as novas tecnologias em trigo, soja e milho, que ainda virão. “Estamos começando a escrever uma nova página em tecnologia de sementes, principalmente em soja, e o resultado ficará evidente na rentabilidade do produtor”, explicou Carraro. (Imprensa Coodetec)

COCAMAR I: Dia de campo em Xambrê terá quatro estações

Cocamar 02 08 2012SmallCom a presença do governador Beto Richa, o dia de campo programado para a próxima quinta-feira (09/08) em Xambrê, na região de Umuarama, sobre integração lavoura, pecuária e floresta, terá quatro estações para a visitação dos cerca de 500 produtores esperados. Marcado para começar às 9 horas na estação experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a iniciativa é da Cocamar, da Emater/PR e do Iapar.

Estações - A primeira estação vai abordar, especificamente, os conceitos do sistema de integração, com o produtor César Formighieri e o pesquisador do Iapar, Sérgio Alves. A segunda, lavouras em sistemas integrados, a cargo do engenheiro agrônomo Rodrigo Burci, da Cocamar, e do gerente do Banco do Brasil, Sérgio Vercezi Filho. A terceira estação será sobre produção pecuária (carne e leite), com os zootecnistas Geraldo Moreli e João Batista Barbi, ambos da Emater/PR. Por fim, a quarta vai focar sistemas agroflorestais, com o engenheiro agrônomo Anízio Menarim Filho,l da Emater/PR, e André Luiz Medeiros Ramos, do Iapar.

Redenção econômica- Segundo lideranças, a participação do governador é importante para a apresentação “in loco” de um sistema que é considerado a redenção econômica do noroeste paranaense, principalmente do arenito caiuá, onde predominam pastagens degradadas e de baixa rentabilidade. Ao sediar um programa de integração, a propriedade passa a produzir, de forma sustentável, grãos e carne no ciclo de um ano, além de floresta de eucalipto para sombreamento e bem-estar do rebanho, permitindo renda adicional com madeira. O elo de ligação entre pecuária e agricultura – e que viabiliza a integração – é o cultivo de braquiária, um capim de fácil adaptação que possibilita alimento em abundância para o gado no inverno e cobertura com palha para lavoura no verão. (Imprensa Cocamar)

COCAMAR II: Cooperativa sedia fórum sobre café

A colheita de café vai chegando ao final na região e já é tempo de pensar na próxima safra. Por isso, a Cocamar sediou na última terça-feira (31/07), em Maringá o Fórum Café Paraná, um evento promovido pela Dupont com a participação de cerca de 40 profissionais – além da cooperativa, também da Cocari, Integrada e Copacol.   Na programação, o pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Júlio César Chaves, fez uma abordagem sobre a nutrição do cafeeiro e fatores que influenciam a produção, entre os quais os de ordem cultural, fitossanidade e de solo (compreendendo fertilidade e manejo). Na segunda etapa do dia, a DuPont apresentou o seu programa de tratamento. (Imprensa Cocamar)

AGROSUL: Inscrições ao evento continuam abertas

“Alimento, Saúde e Agricultura: Os agrotóxicos e o papel do engenheiro agrônomo na produção de alimentos saudáveis e sustentabilidade ambiental”. Este é o tema do Agrosul 2012, evento que acontece de 08 a 10 de agosto, na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba. Clique aqui para acessar a ficha de inscrição e obter mais informações.

Agroquímicos -  “Os agroquímicos são muito importantes para a agricultura, mas sua utilização precisa ser criteriosa e sob a orientação e recomendação do profissional de agronomia. No evento irão ocorrer palestras sobre técnicas de aplicação, normas e regulamentações de uso. Mas nosso objetivo é também ter um posicionamento das entidades sobre os agrotóxicos. Por meio das discussões dos participantes vamos redigir uma Carta com nossa posição sobre o tema”, afirma o presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (Feap), Luiz A. C. Lucchesi.  “Por trás da pujança da agricultura brasileira, existe o trabalho de vários profissionais, dentre eles, o engenheiro agrônomo, um profissional que tem grandes responsabilidades na produção de alimentos seguros e na sustentabilidade ambiental”, concluiu. Segundo dados da Feap, existem atualmente 14 mil engenheiros agrônomos no Paraná.

Promoção - O evento é promovido pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeb), Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs), Associação de Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina (AEASC) e Feap, com apoio da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, Ministério Público Federal, Superintendência do Ministério da Agricultura do Paraná, Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Ministério Público do Estado do Paraná, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR). 

TRIGO: Cadeia produtiva reúne reivindicações em Londrina

Os entraves políticos e comerciais para a manutenção e o avanço da produção de trigo no País foram debatidos na terça-feira (31/07) em Londrina. Lideranças e representantes do setor estiveram presentes no seminário que deu início à VI Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, promovida no Parque de Exposições Governador Ney Braga. Cerca de 350 pesquisadores, produtores e técnicos participaram do evento, que encerra nesta quinta-feira (02/08).

Capacidade de produção - O deputado federal Reinhold Stephanes ressaltou a capacidade do País de ampliar a produção e atender a demanda interna de cereal, mas alegou que o governo opta por importar o produto com subsídio. ''O governo é mais preocupado com o consumidor final do que com a renda do agricultor. Isso é resultado de uma cultura muito urbana dos políticos brasileiros'', criticou.

Cenário atual - Segundo ele, o cenário atual pode motivar o governo brasileiro a adotar medidas de apoio à cadeia produtiva. Os estoques mundiais de alimento, inclusive o de trigo, estão em níveis muito baixos e os preços do cereal podem alcançar índices elevados caso ocorra mais alguma intempérie climática. Na avaliação de Stephanes, no entanto, se a situação se regularizar no próximo ano, o governo tende a esquecer o problema. ''Falta uma política de produção a longo prazo'', argumentou. O deputado alegou ainda que a ausência de capacidade política de mobilização dificulta a atuação da cadeia produtiva de trigo, que deveria impor limites e restrições à importação do produto.

Autossuficiência - Durante o evento, o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Eugênio Stefanelo ressaltou que o Brasil tem condições de se tornar autossuficiente na produção de trigo e também destacou a importância estratégica do trigo para o sistema de produção. ''A cadeia de trigo não pode acabar, pois a cultura reduz o custo de produção, faz cobertura de solo e aumenta o teor de matéria orgânica'', afirmou. Segundo ele, estudos apontam que o potencial produtivo brasileiro é de 12,9 milhões de toneladas.

Problemas climáticos - Stefanelo lembrou que os problemas climáticos enfrentados por alguns países europeus e também pelos Estados Unidos resultaram na elevação do preço das commodities, incluindo o trigo. Na segunda-feira (30/07), a saca de 60 kg de trigo era cotada no Paraná a uma média de R$ 28,87. Essa situação deve estimular os triticultores brasileiros a ampliar a área plantada com o cereal na próxima safra de inverno. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) mostram que nesta safra, a área de trigo cultivada no Paraná sofreu uma redução de 28%. Os estoques públicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em julho deste ano são de 858 mil toneladas de trigo. ''O objetivo é zerar esse estoque até a próxima safra e os preços atuais permitem que a venda não gere prejuízos aos triticultores'', relatou.

Qualidade - Para esta safra, a perspectiva é de que o excesso de chuvas afete a qualidade dos grãos colhidos. Para Stefanelo, a intervenção do governo para garantir o preço mínimo será desnecessária, pois a liquidez deve ser maior. ''É preciso direcionar uma política agressiva para a autossuficiência do trigo no Brasil, incluindo ações para aumentar a liquidez e os preços e reduzir os custos'', orienta. O custo operacional de produção é calculado entre R$ 27 e R$ 33 a saca no Paraná. Para 2013, o professor estima que a concorrência com o milho de segunda safra deve se manter, mas a situação será mais vantajosa para o trigo do que esteve na safra deste ano.

Acima do preço mínimo - Para o gerente do departamento técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Estado Paraná (Ocepar), Flávio Turra, nesta safra as negociações devem ocorrer acima do preço mínimo, devido à menor oferta do produto. ''Esperamos que a preocupação do setor leve o governo a adotar uma política de apoio a triticultura nacional, tanto na importação, na comercialização, no preço mínimo e no seguro rural'', afirmou.

Cabotagem e impasses comerciais - O assessor institucional da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), Reino Pécala Rae, alegou que a cabotagem e os impasses comerciais entre o Brasil e os países do Mercosul precisam ser solucionados em breve. ''Falta decisão política do governo brasileiro e organização da cadeia produtiva porque hoje produzimos trigos inadequados para a demanda interna'', comentou. (Folha de Londrina)

CÓDIGO FLORESTAL: Votação da MP deve ficar para outubro

A votação no Congresso Nacional da medida provisória que promoveu alterações no Código Florestal só deverá ocorrer em outubro. A previsão foi feita nessa quarta-feira (01/08) pelo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Na opinião de Braga, a baixa atividade dos parlamentares durante o período pré-eleitoral deverá ser um empecilho para a votação da matéria antes do pleito municipal.

Destaques - “Como a MP tem [prazo para] vencimento ainda, creio que [a votação ocorrerá] em outubro. Portanto, temos prazos para articular, debater e avançar. Acho difícil que em agosto se consiga um entendimento sobre todos os 300 destaques”, declarou o líder governista.

Negociações - Até lá, segundo Braga, o governo deverá tentar negociar para conseguir a aprovação do texto nos moldes desejados pelo Poder Executivo. Na opinião dele, é necessário que o texto seja colocado em votação quando houver o máximo de concordância possível para evitar que o assunto seja radicalizado. “Essa questão do Código Florestal tem de ser feita com muita cautela e muita articulação política para que a gente não azede a discussão a ponto de inviabilizar uma posição que seria boa para o Brasil”, disse o líder.

Lacunas - A MP foi editada pela presidenta Dilma Rousseff depois que o Projeto de Lei do Código Florestal foi aprovado no Congresso. Como o governo vetou uma série de trechos da nova lei, a presidenta editou a medida provisória para preencher as lacunas deixadas pela sanção parcial. A matéria está agora sendo novamente discutida no Congresso, onde a MP precisa ser aprovada. (Agência Brasil )

MAPA: Governo e Abiove garantem abastecimento interno de farelo de soja

Uma reunião nesta quarta-feira (01/08), entre o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, e representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) definiu que não faltará farelo de soja para a fabricação de ração para animais no Brasil. Com a garantia, não serão necessárias medidas intervencionistas por parte do governo. “Chamamos eles para uma conversa porque existia a preocupação que houvesse falta desse produto para a produção de carnes brasileira. Agora, podemos afirmar que o governo e a Abiove não deixarão isso acontecer”, afirma Rocha.

Receio - Segundo o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, o maior receio partiu dos frigoríficos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que temiam a escassez da fonte de proteína no decorrer do segundo semestre, em razão da quebra nas safras da oleaginosa nesses estados. A Associação é responsável por aproximadamente 72% do volume de processamento de soja do Brasil.

Tranquilização - “Podemos tranquilizar o setor. Não tem a menor possibilidade de isso acontecer. Inclusive já avisamos a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) que não faltará matéria-prima para a fabricação de rações”, declara Lovatelli. (Mapa)

SEAB: Dois Vizinhos vai ganhar nova sede regional da Secretaria da Agricultura

O aumento da procura pelos serviços da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento levou à criação do 22.º núcleo regional, que será instalado em Dois Vizinhos, Sudoeste do Paraná. O secretário Norberto Ortigara estará no município nesta sexta-feira (03/08), para dar posse ao novo chefe do núcleo, o engenheiro agrônomo Vinicius Deotan Coletti.

Lei - A lei que permite a criação da unidade foi sancionada pelo governador Beto Richa em 4 de julho. São atribuições de um núcleo regional da Secretaria da Agricultura a coordenação da execução de programas e ações, facilitar o desempenho da parte técnica e agilizar o processo e decisões da Secretaria na região, onde vive o agricultor e está instalada a agroindústria.

Abrangência - O novo núcleo vai envolver mais seis municípios que foram desmembrados do núcleo regional de Francisco Beltrão. Integram o novo núcleo Cruzeiro do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu, Salto do Lontra, São Jorge do Oeste e Nova Esperança do Sudoeste.

Mais agilidade - Segundo Coletti, o desmembramento vai desafogar o trabalho do núcleo regional de Francisco Beltrão, que contava com 27 municípios, e vai dar mais agilidade ao trabalho que tem que realizado pela Secretaria, na região de Dois Vizinhos, que está despontando como o terceiro polo do Sudoeste.

Atuação - O novo núcleo nasce com destaque nas lavouras de grãos, agroindústria e produção de leite. Em Dois Vizinhos está sediada a maior unidade da Brasil Foods para abate de frangos da América Latina. Atualmente são abatidas 600 mil aves diariamente e em breve, serão mais de um milhão de abate de aves diariamente nessa unidade, informou Coletti.

Produtores tecnificados - A produção de leite na região conta com produtores tecnificados que trabalham com boa genética e produtividade elevada. O setor agropecuário na região vem se beneficiando da geração de conhecimento do campus de Ciências Agrárias da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Dois Vizinhos. (AEN)

LEI 12.619/12: MPT apoia adiamento de fiscalização de novas regras para caminhoneiros

O Ministério Público do Trabalho (MPT) se manifestou nesta quarta-feira (01/08) favorável à decisão acordada na terça (31/07) entre governo federal e caminhoneiros de adiar a fiscalização nas estradas em relação ao cumprimento das medidas previstas na Lei 12.619/12. A instituição também participou da reunião e irá compor a mesa de negociações que vai discutir as reivindicações da categoria no próximo dia 8 de agosto.

Otimismo - O procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, destacou que a situação é complexa, mas há possibilidade de solução. “É natural que uma mudança na legislação, no modus operandi a que as pessoas estão acostumadas, provoque certa resistência (...). Mas a visão do MPT é otimista. Vamos chegar a um consenso para a melhoria do setor, da realidade do trabalhador e das estradas”, disse.

Pressão - Camargo ressaltou ainda que o MPT está atento à uma eventual pressão do empresariado para que os motoristas de caminhões façam protestos contra a lei. O setor prevê aumento nos custos operacionais e de frete decorrente das novas regras. Pela legislação atual, os motoristas terão de trabalhar oito horas por dia, com intervalo de uma hora para almoço, descansar 11 horas dentro do período de 24h e fazer paradas de pelo menos 30 minutos a cada quatro horas de direção ininterrupta.

Dutra - De acordo com boletim divulgado pela CCR Nova Dutra, concessionária que administra a Rodovia Presidente Dutra, o tráfego continua congestionado no sentido São Paulo – Rio de Janeiro. Entretanto, segundo a Central de Abastecimento do Rio de Janeiro (Ceasa), a entrega de mercadorias já está normalizada na cidade. (Agência Brasil)

INFRAESTRUTURA: Investimento cresce apenas 2%

Os investimentos no setor de infraestrutura continuam tropeçando, apesar das inúmeras oportunidades de negócios em várias áreas. No ano passado, o volume de recursos aplicados em transportes, eletricidade, petróleo e gás, telecomunicação e saneamento básico teve crescimento real de apenas 2% em relação a 2010, de R$ 170 bilhões para R$ 173 bilhões, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

Aumento é lento- Para este ano, a expectativa é que os investimentos tenham desempenho um pouco melhor e alcancem R$ 194 bilhões - aumento real na casa de 6%. Mas é muito pouco diante das necessidades do País, já que a economia tem crescido numa velocidade maior que os investimentos em infraestrutura. Enquanto o Brasil investe cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor, os concorrentes China e Índia aplicam algo próximo de 13% e 6%, respectivamente.

Concessões - Oportunidades não faltam, garante o presidente da Abdib, Paulo Godoy. Mas, na avaliação dele, o poder público precisa acelerar as concessões de serviços públicos para atrair os investidores, nacionais e estrangeiros. "O governo já percebeu que o desempenho do setor está fraco. Por isso, deverá anunciar o pacote de concessões rodoviárias e ferroviárias (a expectativa é que o PAC das concessões seja lançado até o fim do mês). (Estadão)

 

TRANSPORTES: Governo usa regime diferenciado para acelerar obras nas rodovias

O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) é a nova arma do governo para destravar obras nas rodovias federais e redimir o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) da paralisia que tomou conta do órgão desde a "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff. Com baixa execução orçamentária no primeiro semestre, a autarquia pretende virar o jogo na segunda metade do ano e licitar pelo menos 9 mil quilômetros de contratos de manutenção até o fim de dezembro, usando o RDC. O primeiro edital, voltado para um contrato de cinco anos em 388 quilômetros da BR-242 na Bahia, sai amanhã.

Objetividade - O novo regime de contratações será usado para "dar objetividade e reduzir em 50% o tempo total que se gasta em um processo convencional", conforme explicou ao Valor o ministro dos Transportes, Paulo Passos. A expectativa dele é que o prazo médio das licitações, entre a publicação do edital e a assinatura efetiva do contrato, caia de aproximadamente 120 para 60 dias.

Infraero - Na prática, só a Infraero vinha usando o Regime Diferenciado de Contratações no âmbito federal, com a publicação de 29 editais até agora. Para a estatal, os resultados foram considerados positivos: o tempo médio de contratação caiu de 248 para 78 dias, com um deságio em torno de 15% sobre os orçamentos estimados inicialmente.

Porte maior - Além da aplicação em obras de manutenção de estradas, Paulo Passos antecipa que o RDC é o mecanismo escolhido pelo governo para intervenções de porte maior, como a construção de anéis viários e a duplicação de trechos saturados. Ele cita três rodovias em que o regime será adotado: a BR-280 em Santa Catarina, a BR-364 em Mato Grosso e a BR-381 em Minas Gerais. Só nessa última rodovia, incluindo a duplicação entre Belo Horizonte e Governador Valadares, serão investidos mais de R$ 4 bilhões.

Foco - O foco maior do RDC, no entanto, são os contratos de manutenção - o chamado Crema 2ª etapa. Pelo programa, a empresa assina um contrato de cinco anos com o Dnit, dos quais os três primeiros são dedicados à recuperação da estrada e os dois seguintes, à manutenção. Ocorre que mais de 30 mil quilômetros de rodovias federais simplesmente ficaram impedidos de ter esses contratos celebrados porque os projetos de engenharia que liberam essas obras estavam contaminados por uma avalanche de falhas e irregularidades.

Liberação - Desde o início do ano, o Dnit tenta liberar as obras do Crema 2ª etapa, mas não consegue avançar. Os poucos projetos que a autarquia tentou levar adiante acabaram retidos pela auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem apontado sistematicamente as impropriedades nos projetos executados.

Licitação - Sem esses estudos, fica impossível licitar as obras. O Dnit tem refeito internamente parte dos projetos de engenharia. As empresas projetistas responsáveis pelos estudos também estão sendo chamadas para refazer seus levantamentos. "O ritmo do Dnit baixou muito em função dos problemas com os contratos de manutenção, mas o RDC fará com que consigamos acelerar muitas obras", diz Paulo Passos.

Tempo - O ministro garante que está "arrumando a casa", mas ressalta que isso demanda tempo porque "o pessoal fica apavorado na hora de assinar contratos", depois da sequência de problemas que foram apontados pelos órgãos de fiscalização.

Projetos - "Tínhamos projetos de má qualidade, projetos incompletos, projetos que não foram entregues", disse o ministro. "Quando os diretores do Dnit caíram na real e viram o que existia, perceberam que não teriam condições de tocar isso para frente", acrescenta Passos, lembrando que os investimentos da autarquia no primeiro semestre ficaram cerca de 30% abaixo do valor desembolsado em igual período do ano passado, descontando os restos a pagar, mas com a promessa de acelerar o ritmo.

Editais - Já estão na praça, segundo ele, editais para a recuperação e manutenção de 13 mil quilômetros de rodovias. Com o uso do RDC, a intenção é fechar o ano com algo entre 34 mil e 37 mil quilômetros de obras contratadas. Nessa conta estão os contratos relacionados ao Crema 1ª etapa, mais curtos, com um ano dedicado à restauração e outro ano voltado apenas para a manutenção do trecho.

Pregão - Para esses contratos, o Dnit i começará a usar o sistema de pregão, que a Infraero já aplica nas concorrências para a ocupação de espaços comerciais nos aeroportos. A estratégia é polêmica e recebe críticas. Uma das entidades mais representativas do setor, a Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), entrou na Justiça com um pedido de impugnação da concorrência marcada para esta quinta-feira (02/08).

Contorno Sul de Curitiba - O Dnit marcou um pregão eletrônico para contratar obras que estão orçadas em R$ 8,6 milhões, em um trecho de nove quilômetros no Contorno Sul de Curitiba, para serviços de restauração e sinalização. "O sistema de pregão não pode ser usado nas contratações de obras", afirma José Alberto Pereira Ribeiro, presidente da Aneor.

Duas legislações - Quanto ao Regime Diferenciado de Contratações, o empresário acredita que ele pode ser uma boa ideia, desde que seja aplicado somente em obras maiores. Segundo explicou Ribeiro, "é complicado para o setor conviver com duas legislações ao mesmo tempo", mas ele vê uma retomada de diálogo entre o Dnit e as construtoras. Ele sugere a criação de um cadastro pela autarquia, com a classificação de empresas por categorias, o que evitaria a presença de construtoras muito pequenas em obras complexas. (Valor Econômico)

BALANÇA COMERCIAL: Greves afetam resultado e saldo de julho recua 8% sobre 2011

Afetado pelas greves dos fiscais da receita e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o comércio exterior brasileiro alcançou um superávit de quase US$ 2,9 bilhões em julho, 8,3% abaixo do resultado de julho do ano passado, mas acima das expectativas dos especialistas. No mês, tanto as compras quanto as vendas externas do país caíram 10% em relação ao mesmo período de 2011.

Importações - No acumulado do ano as importações acumularam recorde, com US$ 128,3 bilhões, aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações somaram US$ 138,2 bilhões, enquanto o saldo ficou em US$ 9,9 bilhões, 38% inferior ao dos mesmos sete meses de 2011.

Crise mundial - Para o Ministério do Desenvolvimento, a crise econômica mundial, que também afeta o resultado da balança comercial, não permitirá que a recuperação, tanto de importações quanto de exportações seja tão forte quanto a registrada em maio de 2008, após a greve da Receita naquele ano, que fez cair compras e vendas com o exterior.

Efeito - "Até acho que importações podem ter sido mais atingidas que exportações (por causa das greves), porque tem liberação de cargas, anuência da Anvisa, mas não dá para separar o efeito", comentou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, ao anunciar o resultado do comércio brasileiro em julho.

Opiniões divididas - O reflexo das greves sobre a balança comercial divide especialistas. Para o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior Brasileiro (AEB), José Augusto de Castro, a relativa manutenção das médias diárias de exportação, em julho, e a queda forte nas importações de petróleo, quase 35%, indicam que o efeito das greves tem pesado mais fortemente sobre as compras externas que, nota ele, só estão maiores, pela média diária, que as de janeiro.

Importância - Para Rodrigo Branco, da Fundação Centro de Estudos em Comércio Exterior (Funcex), porém, o efeito não teve importância suficiente para provocar um desvio em relação às tendências para o ano. Apesar de surpreso pelo superávit de quase US$ 2,9 bilhões (ele esperava cerca de US$ 2 bilhões), Castro mantém sua expectativa de um saldo de US$ 8 bilhões em 2012. Branco mantém a previsão entre US$ 15 bilhões e US$ 16 bilhões para o saldo do ano.

Produtos manufaturados - Um detalhe que chamou a atenção dos analistas foi a queda relativamente menor das exportações de produtos manufaturados, que ficaram 7,6% abaixo dos valores de julho de 2011. Alguns produtos sofreram quedas fortes nas vendas, porém, como açúcar refinado (menos 57%), óxidos e hidróxidos de alumínio (menos 55%) e polímeros plásticos (menos 24,5%). As exportações de produtos semimanufaturados caíram 12,5%, especialmente alumínio em bruto (menos 54,9%) e semimanufaturados de ferro e aço (menos 55%).

Milho e soja - O forte aumento das vendas de milho, quase 399% acima do valor de julho de 2011, beneficiadas pela seca e quebra na produção nos EUA, e a continuidade do aumento nas exportações de soja (16,6% a mais) não foi suficiente para evitar que o conjunto de produtos básicos tivesse uma queda, de 10,7%, puxada pelos dois principais produtos de exportação brasileiros, minério de ferro (queda de 27,5%) e petróleo (menos 36,4%).

Revisão adiada - Reflexo da retração dos mercados mundiais, o mau resultado das exportações não inspira otimismo no governo. Mas, devido às distorções nas estatísticas provocadas pelas greves, o Mdic decidiu adiar a revisão das metas para exportações deste ano, segundo Teixeira. "Apesar da crise, não houve queda brusca nas exportações e, em 12 meses, a queda nas vendas de manufaturados é menor que as de básicos e semimanufaturados", comentou Branco, da Funcex. (Valor Econômico)

ECONOMIA MUNDIAL: Piora global pode exigir ação dos BCs

 

A economia mundial, que já vinha de forte contração no segundo trimestre, começou o terceiro fracamente e sinalizando sérias dificuldades tanto em países desenvolvidos como em emergentes. Para analistas, os bancos centrais terão de examinar seriamente suas opções para estimular a economia nos próximos meses. O Índice dos Gerentes de Compras (PMI), indicador antecedente de atividade industrial, ficou em julho abaixo da marca de 50 (limite entre contração e expansão) pelo segundo mês consecutivo. O índice caiu para 48,4 ante 49,1 em junho, registrando seu mais baixo nível desde junho de 2009.

Europa - A Europa continuou a ser a principal fonte de fragilidade em julho, enquanto o desempenho de EUA, Brasil e boa parte da Ásia foi lento na melhor hipótese. "A China foi a única grande economia a qual esperamos que o crescimento se acelere no segundo semestre, mas em ritmo bem fraco", diz o analista Andrew Kenningham.

Comércio internacional - O volume de comércio internacional contraiu no maior ritmo desde abril de 2009. Novas encomendas declinaram pelo segundo mês. Houve mais perdas de emprego e as pressões de custos também diminuíram globalmente.

PIB global - O resultado do índice do J. P. Morgan e da consultoria Markit é consistente com um PIB global crescendo 2% em termos anualizados, bem abaixo das projeções iniciais de 3%. "A fraca demanda e o ajuste nos estoques empurraram a produção manufatureira global a uma maior contração no começo do terceiro trimestre", diz David Hensley, do J. P. Morgan, sobre o índice divulgado ontem.

PMI industrial - O PMI industrial para a zona do euro e no Reino Unido afundou a seu mais baixo nível em três anos, um 44 "alarmante" e consistente, com queda de 10% na produção manufatureira da zona do euro neste ano. Sem surpresa, as economias da periferia, como Grécia e Espanha, tiveram o pior desempenho. Mas a pesquisa aponta queda particularmente forte na produção industrial da Alemanha. O Reino Unido teve quase um colapso nos mercados de exportação. O Leste Europeu aparece ligeiramente menos ruim, com deterioração na Polônia e República Tcheca.

Estados Unidos - Nos Estados Unidos, com 28% do PIB mundial, o índice da produção industrial permanece em torno de 49,8, bem melhor que na zona do euro. Mas ficou abaixo de 50 pelo segundo mês consecutivo, significando que os EUA não conseguiram sair da baixa de junho. O PIB americano caminha para crescimento de 1,5% anual.

Taxas de contratação - Taxas de contração aceleraram em Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã, mas se atenuaram no Brasil e na China. Houve melhora em Canadá, Índia, Indonésia, Irlanda, México, Rússia e África do Sul.

Economias asiáticas - A desaceleração global começa a derrubar mais economias asiáticas altamente dependentes de exportações. Companhias da Ásia relatam deterioração não vista desde abril de 2009 em Japão, Taiwan e Coreia do Sul, por exemplo. Somente o PMI da Índia e o da Indonésia sinalizam melhoras nas condições de negócios. Mas mesmo a Índia teve a primeira deterioração nas exportações desde outubro.

Desaceleração nos EUA - Para boa parte dos analistas, a desaceleração econômica nos EUA pode não ser aguda o suficiente para o Federal Reserve lançar nova liquidez (QE3), e o Banco Central Europeu (BCE) pode decepcionar hoje sobre as medidas anticrise na zona do euro. Mas os BCs vão precisar agir até o fim do ano para dar algum ritmo na recuperação econômica. (Valor Econômico)


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