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Sistema Ocepar - Paraná Cooperativo - Informe Diário

Informe Paraná Cooperativo - edição nº 2910 | 14 de Agosto de 2012

COMUNICAÇÃO: Profissionais gravam documentário sobre a história do Paraná Cooperativo

Um documentário foi gravado, na tarde desta segunda-feira (13/08), no auditório da Ocepar, em Curitiba, para resgatar a história do Paraná Cooperativo, criado há 40 anos para dar nome ao primeiro órgão oficial de divulgação do sistema cooperativista paranaense: um jornal mensal publicado pela entidade em 1972, 14 meses depois de sua fundação. Atualmente, todos os meios de comunicação do Sistema recebem essa denominação, como o Informe Diário, a revista mensal, a revista técnica, o portal, além dos programas de rádio e de televisão.

Experiências - O setor de Comunicação da Ocepar convidou os profissionais que trabalharam para produzir o Paraná Cooperativo ao longo de sua trajetória para falar sobre suas experiências. Participaram os jornalistas Antônio de Ramos Cordeiro, mais conhecido como Tonico, Eloy Olinto Setti, Edison Lemos e Giovani Ferreira. O primeiro jornalista responsável, Violar Sarturi, também foi convidado mas não pode comparecer. A conversa foi mediada pelo coordenador da área, Samuel Milléo Filho, que atua no sistema desde 1987. Os depoimentos coletados durante a gravação serão utilizados na elaboração da reportagem especial da edição de agosto da revista Paraná Cooperativo, que vai tratar das quatro décadas de utilização desse nome, mostrando ainda como a mídia cooperativista vem evoluindo no Paraná. No próximo número, também será lançado o novo projeto gráfico da publicação.

Origem – Eloy Setti, que trabalhou na Ocepar de fevereiro de 1985 a junho de 2009, lembrou que o nome Paraná Cooperativo surgiu a partir de um boletim informativo produzido pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (Inda), em Curitiba, nos anos 70.  Naquele período, a entidade tinha entre as suas atribuições supervisionar e orientar o trabalho das cooperativas e publicava o “Inda Cooperativo”. “O Wilson Thiesen (ex-presidente da Ocepar e atual assessor da diretoria) era estagiário no Inda e ajudava a produzir o boletim. O engenheiro agrônomo do Instituto, Sílvio Galdino, achou que a Ocepar deveria passar a elaborar o informativo e enviar para as cooperativas de todo o Paraná, sugerindo que ele passasse a ser chamado de Paraná Cooperativo”, afirmou.

Publicações - O jornal Paraná Cooperativo, em formato tabloide e com 12 páginas, começou a circular em junho de 1972, em edições mensais e manteve-se assim até meados de 1995, quando a Ocepar decidiu transformá-lo em informativo semanal. Com o advento da internet, passou a ser publicado diariamente e enviado on line para leitores cadastrados. Em 2004, foi lançada a revista Paraná Cooperativo, como relata Setti no livro Ocepar 40 anos. Durante a gravação do documentário, os jornalistas relembraram como a publicação foi evoluindo até chegar aos dias de hoje.

Fonte - Para Giovani Ferreira, atualmente no jornal Gazeta do Povo, a revista Paraná Cooperativo apresenta dados contextualizados, proporcionando uma vida útil maior às informações e tem servido de fonte de consultas às pessoas interessadas em conhecer mais o cooperativismo e o agronegócio. “É muito bacana encontrar exemplares da revista na recepção de várias empresas, como o Ministério da Agricultura, por exemplo”, afirmou. Giovani trabalhou na assessoria de imprensa da Ocepar entre os anos de 2002 e 2005. Ao final do debate, todos concordaram que o Paraná Cooperativo, que hoje dá nome a vários outros veículos de divulgação da Ocepar, tem como desafio continuar se adaptando às novas mídias e às necessidades do seu público-alvo. 

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CAPAL: Finalizadas as reuniões semestrais com cooperados

capal 14 08 2012A Capal promoveu, na noite do dia 08 de agosto, em Arapoti, a última reunião semestral com os cooperados. Ao todo, foram seis reuniões, realizadas em Arapoti, Carlópolis, Itararé, Taquarituba, Taquarivaí e Wenceslau Braz, com o objetivo de dar um posicionamento sobre o desempenho da cooperativa no primeiro semestre. Foram apresentados os resultados consolidados e por Unidade, além do andamento de obras e outras questões relevantes.

Positivo - "Finalizamos em Arapoti a série de reuniões semestrais e posso dizer que todas foram muito positivas. A situação da cooperativa como um todo está muito boa. Temos várias metas muito próximas de serem alcançadas, e tenho certeza que será mais um ano muito positivo para a Capal", afirma Eric Bosch, presidente da cooperativa.

Destaques - Os destaques do semestre foram o crescimento das vendas de ração e o recebimento de milho, que atingiu as previsões iniciais, o que confirma uma safra cheia, sem interferências da seca. A Unidade de Taquarivaí foi a que apresentou maior crescimento: recebeu 40% a mais que o previsto para este ano. A safra de soja, por sua vez, quebrou 5% no total.

Nova fábrica - Com a expansão das vendas de ração e a capacidade de produção quase no limite foi preciso acelerar os estudos para a implantação de uma nova fábrica. Ainda sobre novos investimentos, destacam-se as obras da loja agropecuária de Joaquim Távora, que deve ser inaugurada até o final do ano, os investimentos em Taquarituba, que modernizaram a estrutura da unidade e as novas instalações da Fundação Capal. (Imprensa Capal)

LAR: Mães cooperativistas concluem curso modular

Foi realizada, no último sábado (11/08), no Centro de Desenvolvimento e Treinamentos da Cooperativa Lar, em Medianeira, a solenidade de formatura de 30 mulheres cooperativistas que participaram do curso modular feminino 2012. Dividido em seis módulos, a capacitação teve duração de seis meses. “É com alegria que contemplo esse momento e que as mães formandas sejam multiplicadoras para o próximo modular”, destacou a coordenadora do Comitê Feminino da Lar, Claudiane Bonatto Pastore

Investimento nas pessoas - A coordenadora do Comitê Educativo Central, Suzana Knap Pieniz, que na oportunidade falou também em nome da Diretoria Executiva, disse que a formatura do modular estava concluindo o trabalho naquele momento, mas que a educação e o aprendizado do curso poderão ser utilizados pela vida toda, em valores como coragem, boa vontade, atitude e ética. “É um diferencial da Cooperativa Lar, investir nas pessoas, na educação continuada da família associada, são cursos sequenciais como esse, e os demais voltados à produtividade e rentabilidade das diversas áreas de atuação. Pessoas melhor preparadas, tendem a conseguir melhores resultados”, completou.

Aprendizado - O associado Jonas Konradt, o filho Vitor Natan e a esposa Pâmela Konradt – uma das formandas, da Unidade de Itaipulândia e moradores na comunidade de São José do Itavó, estavam radiantes pelo momento. O jovem casal desenvolve agricultura e a atividade de frango de corte com  um aviário próprio e outro da família, misturam a satisfação da conclusão do curso modular com aprendizado, oportunizado por serem associados Lar. Pâmela é casada há 3 anos e neste período que começou a participar da Cooperativa Lar. “Faz pouco tempo, é o meu primeiro curso modular, e é muito importante esse trabalho realizado, tanto com os jovens, como com as mulheres, pois chama os associados a entender o que é o cooperativismo, e o seu objetivo, que é de fazer as famílias permanecerem no campo, com atividades rentáveis”.

Sucesso - Pâmela reiterou que as pessoas da família gostam de ser chamadas para esses trabalhos, assim todos são realmente corresponsáveis pelo sucesso do empreendimento familiar. “Brota um sentimento conjunto e o curso me deu mais percepção em sentimentos como a coragem, força de vontade, objetividade. Cursos como esses promovem o crescimento pessoal e profissional, a mesma tendência da cooperativa como um todo”, finalizou. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Lar)

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SICREDI: Alunos do Colégio Sesi vão atuar no programa "A União faz a vida"

sicredi parceria sesi 14 08 2012O Sesi e o Sicredi firmaram, na última sexta-feira (10/08), uma parceria para desenvolver programas de responsabilidade social e cooperativismo nos municípios de Ortigueira e Bocaiuva do Sul, no Paraná. Os alunos do Ensino Médio do Colégio Sesi destas cidades vão aprender conceitos e valores do programa "A União Faz a Vida", iniciativa do Sicredi já presente em 32 cidades do Paraná e que tem como objetivo o desenvolvimento de cidadãos capazes de empreender coletivamente.

Convênio - O convênio foi assinado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e diretor regional do Sesi, Edson Campagnolo, pelo presidente da Central Sicredi PR/SP e Sicredi Participações SA, Manfred Alfonso Dasenbrock, e pelo presidente da Sicredi Agroempresarial PR, Agnaldo Esteves, que atende o município de Ortigueira.

Aproximação - "Nos últimos anos, o Sicredi e o setor industrial tiveram forte aproximação", disse Edson Campagnolo. "Essa parceria, com certeza, será muito válida para despertar no jovem a consciência do cooperativismo, da responsabilidade social e do trabalho integrado", afirmou ele, ressaltando que a iniciativa será uma oportunidade para que os jovens tenham contato com diferentes realidades.

Princípios - O Programa A União Faz a Vida tem base nos princípios de Cooperação e Cidadania, contribui para a educação integral de crianças e adolescentes, em âmbito nacional, por meio de práticas de educação cooperativa. Hoje, é desenvolvido nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Metodologia de ensino- Segundo Manfred Dasenbrock, a metodologia de ensino do Colégio Sesi, que prioriza formação de cidadãos e profissionais proativos, empreendedores e inovadores e que valoriza o trabalho em equipe, é muito semelhante à do programa, que forma cidadãos capazes de empreender. "Hoje o Colégio Sesi é reconhecido por sua qualidade e credibilidade na formação de jovens. Queremos compartilhar a expertise do Colégio e ampliar a presença do programa ‘A União Faz a Vida' no Estado", afirmou.

Ampliação da parceria- De acordo com a gerente de Operações Inovadoras do Colégio Sesi, Lilian Luitz, para 2013, a intenção é ampliar a parceria para estudantes de outras unidades. Hoje, a rede de Colégios é formada por 45 unidades e 13 mil alunos.

Solenidade - A parceria para o programa foi firmada na mesma solenidade de assinatura de um termo de compromisso entre a Fiep, Sicredi e BRDE, que disponibilizará às empresas do Estado serviços customizados, de modo a reduzir custos operacionais e criar facilidades para o acesso ao crédito. (Imprensa Sicredi Central PR/SP)

SICOOB TRÊS FRONTEIRAS: Ciclo de palestras é realizado em parceria com a Caciopar

sicoob oeste 14 08 2012Com o objetivo de contribuir com o aperfeiçoamento profissional de empresários e colaboradores das empresas associadas da região oeste do Estado, a Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), em parceria com a Cooperativa de Crédito Sicoob Três Fronteiras, está realizando a edição 2012 do Ciclo de Palestras. Na noite de 02 de agosto, o encontro aconteceu na cidade de Missal, envolvendo cerca de 100 empresários associados, familiares e funcionários. Em cada cidade, o evento é organizado pela Associação Comercial local. Com o tema “A empresa eficaz”, a palestra aborda a importância da visão estratégica nas organizações, gestão eficaz, diferenciais competitivos, os desafios da mudança e foco em resultado.

Terceira edição- É a terceira edição do Ciclo de Palestras e está sendo conduzida pelo empresário Carlos Guedes, também consultor organizacional, palestrante há mais de 20 anos, facilitador de aprendizagem credenciado pelo Sebrae e ONU para o Programa Empretec, e instrutor internacional, com atuação na Angola, Paraguai, Uruguai e Argentina. O calendário deste ano abrange mais de 20 palestras. Na microrregião Oeste acontecerá nos municípios de Medianeira, no dia 29 de outubro, e em Matelândia, em data a ser confirmada. (Informativo Central Sicoob Paraná)

BANCO CENTRAL: Videoconferências marcam discussões sobre fundo garantidor único

Com o intuito de avançar no processo de divulgação e debate para a construção do fundo garantidor único do cooperativismo de crédito, o Banco Central do Brasil (BC) realizou nesta segunda-feira (13/08) uma videoconferência com integrantes de cooperativas centrais e singulares independentes. O evento envolveu as regionais do BC de Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Os debates foram abertos pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural do BC, Sidney Marques. Também participaram das discussões, o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, Adalberto Gomes da Rocha, o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, o chefe Adjunto do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf), João Luiz Faustino Marques, o assessor sênior do Deorf Lúcio César de Faria, a consultora do Departamento de Normas, Elvira Cruvinel, e outros representantes do BC.

Momento oportuno - Em seu pronunciamento, Marques enfatizou a importância da criação do fundo para o sistema nacional de crédito cooperativo, ressaltando seus objetivos e benefícios, além do momento oportuno e da forma democrática para sua definição. Segundo Giusti, esse é um tema de alta relevância para o ramo crédito e prioritário para o BC. “Estamos trabalhando conjuntamente nesse sentido, mais intensamente desde o final do ano passado, com a coordenação do Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco). Esse assunto foi pauta, inclusive, da reunião ordinária do Ceco, em maior deste ano. Além de seguir as melhores práticas internacionais, a constituição do fundo garantidor único visa proporcionar maior competitividade às cooperativas de crédito no mercado financeiro, contribuindo diretamente para o fortalecimento, o desenvolvimento e a consequente perenidade do segmento”, ressalta Giusti.

Conhecimentos - Durante a videoconferência, os participantes puderam aprofundar seu conhecimento sobre o projeto por meio de perguntas e respostas. De acordo com Giusti, questões de cunho operacional e estrutural da constituição do fundo ainda passarão por avanços. Nesse sentido, o BC disponibilizou o endereço governança.cooperativa@bcb.gov.br para que os interessados possam entrar em contato com o órgão regulador e enviar sugestões e perguntas.

Continuidade - Os trabalhos continuam nesta terça-feira (14/08), novamente com cooperativas independentes, envolvendo as regionais do BC de Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Distrito Federal (DF). (Informe OCB)

OCB: Conselho de Ética define regimento interno

Foi finalizada nesta segunda-feira (13/08) a redação do Regimento Interno do Conselho de Ética da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O texto foi definido durante reunião extraordinária do colegiado, promovida na sede da entidade, em Brasília (DF), com a presença de todos os conselheiros titulares. Como previsto em seu estatuto, o regimento será encaminhado aos presidentes das organizações estaduais do Sistema OCB para análise, indicação de sugestões e posterior aprovação em assembleia. (Informe OCB)

SESCOOP: Conselheiros tomam posse

Nesta segunda-feira (13/08), tomaram posse os novos conselheiros do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), durante a 73ª Reunião Ordinária do seu Conselho Nacional, em Brasília (DF). Eles cumprirão mandato de 2012 a 2016. Na oportunidade, o colegiado acompanhou uma apresentação institucional do Sescoop, que atua desde 1999 com a missão de “promover o desenvolvimento do cooperativismo de forma integrada e sustentável, por meio da formação profissional, da promoção social e do monitoramento das cooperativas, respeitando sua diversidade e melhorando a qualidade de vida dos cooperados, empregados e familiares”.

Representantes - O Conselho Nacional do Sescoop, presidido por Márcio Lopes de Freitas, é formado por representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), dos empregados em cooperativas e dos ministérios da Previdência Social; Fazenda; Planejamento, Orçamento e Gestão; Trabalho e Emprego; e Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Honra - O superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e do Sescoop /SC, Geci Pungam, está entre os novos integrantes. Ele considera uma honra participar do Conselho Nacional. “Fiz parte da criação do Sescoop, e como conselheiro sei que é uma função de muita responsabilidade. Eu estou disposto a me empenhar com todos os esforços para contribuir com a profissionalização dos trabalhadores das cooperativas”, disse. (Informe OCB)

Saiba quem são os novos conselheiros:

Onofre Cezário de Souza (OCB/MT)

Cergio Tecchio (OCEB)

Ronaldo Scucato (Ocemg)

Vergílio Perius (Ocergs)

Dênio Aparecido (Previdência)

Geci Pungan (Ocesc)

João Pinto Rabelo Junior (Ministério da Fazenda)

Erikson Camargo Chandoha (Ministério da Agricultura)

João Batista Ferri Oliveira (Ministério do Planejamento)

Ministério do Trabalho fará a indicação nos próximos dias. 

RECONHECIMENTO: Faciap lança prêmio de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável

Premio Faciap 14 08 2012Reconhecer as boas práticas de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável em todo o Estado é um dos objetivos da Faciap – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná. Pensando nisso, em parceria com o seu Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial – Nurse, lança para o Sistema de Associações Comerciais a terceira edição do Prêmio Faciap de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável.

Reconhecimento - De acordo com o coordenador do Nurse, Flávio Toledo, os projetos premiados terão amplo reconhecimento: “essa é uma oportunidade de oferecer ao Paraná a oportunidade de que outras entidades e empresas sigam seu exemplo e possam despertar para o trabalho socialmente responsável”, destaca. Todos os projetos e iniciativas inscritas no prêmio automaticamente serão registrados no Banco de Práticas da Federação para que possam servir de referência para outras iniciativas.

Participação - A participação no prêmio é aberta às Associações Comerciais, empresas públicas e privadas, lideranças locais e imprensa que estejam no Paraná e apresentem boas práticas sobre o tema. Para saber mais detalhes sobre a premiação e os critérios para concorrer acesse o regulamento no site. (Imprensa Faciap)

EXPEDIÇÃO AVICULTURA: Frango melhora vida no interior do PR

expedicao avicultura 14 08 2012No início, apenas uma alternativa de diversificação. Hoje, uma das maiores riquezas do estado. Na terra dos grãos, o frango assume o papel de protagonista e se consolida como principal motor do desenvolvimento humano paranaense. Socioeconomicamente, o Paraná é mais dependente da avicultura do que da soja, tradicional carro-chefe da pauta de exportações do estado. Dos 43 municípios paranaenses que apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) superior à média estadual, mais de 90% têm avicultura forte e 24 deles figuram entre os 100 maiores plantéis de aves do Paraná.

Dobro - Nos últimos dez anos, a safra paranaense de grãos avançou cerca de 50%, para pouco mais de 30 milhões de toneladas anuais. Já a produção frango mais que dobrou, saltando de 676 mil cabeças abatidas no início da década para quase 1,4 milhão na mesma base de comparação. Nas exportações, a expansão avícola paranaense foi ainda mais significativa, passando de 314 mil toneladas em 2001 para 1,04 milhões de toneladas em 2011 – um salto de 230%. Somente com as remessas ao exterior, o setor movimenta atualmente mais de US$ 2 bilhões ao ano, num negócio que envolve uma cadeia longa e complexa que vai muito além da granja ou da indústria.

Empregos - Da criação de frango ao processamento da carne, o uso de mão de obra intensiva torna a avicultura a maior geradora de empregos e renda do agronegócio paranaense. Milhares de pessoas trabalham em segmentos desconhecidos no meio urbano, como o de produção de ovos férteis, o de distribuição dos pintainhos, o de logística de transporte. Dinâmica e altamente tecnificada, a avicultura demanda também uma ampla gama de produtos e serviços e faz girar ao seu redor, como verdadeiros satélites, indústrias dos mais diversos portes dedicadas especificamente à atividade.

Emprego - A complexidade dessa cadeia fica evidente em pequenos municípios do interior, como é o caso da pequena Cafelândia no Oeste do estado. Dono do nono maior plantel de aves do estado, o município com 12 mil habitantes tem um Produto Interno Bruto (PIB) per capita superior a R$ 15 mil por habitante – o 7.º maior do estado – e ocupa a 46.ª colocação entre os 399 municípios do Paraná no ranking estadual de IDH. Boa parte do desempenho é atribuído à avicultura.

Copacol - Sede da Cooperativa Agrícola Consolata, a Copacol, Cafelândia gira em torno do frango. Uma das primeiras do sistema cooperativo paranaense a investir na industrialização da carne de aves, a cooperativa tem na avicultura o seu principal negócio. Com aproximadamente 60% de seu faturamento proveniente do frango, a Copacol abate atualmente 320 mil aves ao dia e a previsão é chegar a 480 mil aves/dia no ano que vem.

Abatedouro - Somente no abatedouro emprega perto de 2,5 mil funcionários. No campo, integra mais de 800 avicultores e mais de mil aviários. “70% dos nossos cooperados são pequenos produtores e para a maior parte deles a avicultura é a principal fonte de renda”, revela o presidente Valter Pitol.

Renda bimestral faz diferença no meio rural - Integrado da cooperativa Lar, de Palotina (Oeste), Leomar Casarolli tem quatro aviários e 170 hectares de lavoura na propriedade que mantém em Corbélia. “Com renda certa a cada 60 dias, a avicultura garante capital de giro para a fazenda. Com o dinheiro dos grãos faço uma espécie de poupança para pagar dívidas e investir na modernização da propriedade”, relata.

Quitação de dívidas - “Quando começamos a criar frango, em 97, tínhamos uma dívida de R$ 7 mil. Em pouco tempo, conseguimos pagar a dívida e hoje até emprestamos dinheiro para os amigos”, comemora a avicultora Maria Aparecida Ramos. Junto com o marido, Paulo, e os dois filhos, ela mantém dois aviários na propriedade de 5 hectares que a família mantém em Novo Itacolomi.

Satisfação - Com seis aviários e planos para construir novos barracões, a família Toniette, de Siqueira Campos, também se diz satisfeita com a atividade. Os três irmãos, Liver, Lourival e Luiz relatam nunca ter tido problema ou prejuízo com o frango. “Nem mesmo durante as crises de exportação”, reforça Charles, filho de Luiz. “Sou formado em Administração, mas para mim é inviável sair daqui. Na cidade não dá para ganhar o que eu ganho [na avicultura]”, afirma.

Impostos remuneram apoio público - A avicultura é um excelente negócio não só para o produtor e para a indústria, mas para toda a cidade. Com perto de 2 milhões de aves alojadas, o município de Siqueira Campos (Norte do Paraná) entrou no ramo há cerca de 20 anos. Hoje incentiva a atividade oferecendo auxílio de custo à terraplanagem, transporte de materiais e cascalhamento de estradas.

Retorno - “Muitas prefeituras não incentivam porque não sabem o retorno que dá. Os recursos investidos no incentivo à atividade voltam em impostos em um ou, no máximo, dois anos”, avalia Cláudio Chomiski, diretor de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Siqueira.

Novo Itacolomi - Com 70% do PIB ancorado no frango, Novo Itacolomi (Norte) é outra prova de que o incentivo à atividade vale a pena. “Começamos na avicultura em 1992, com cinco barracões. Na época, a Emater incentivou os produtores a construir granjas para promover a diversificação nas pequenas propriedades. Hoje, o frango é a principal atividade do munícipio. De lá para cá tivemos inclusive aumento da população. Como gera e distribui a renda, a avicultura segura o homem no campo”, conta o prefeito, Moacir Andreola. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

BALANÇO: Exportações do milho crescem 431,4% em julho

balanco milho 14 08 2012O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, destacou nesta terça-feira (14/08), o aumento de 13,2% das exportações brasileiras do agronegócio nos últimos doze meses. Nesse período, o Brasil exportou US$ 97 bilhões e importou cerca de US$ 17 bilhões, cifras que resultaram em um saldo positivo recorde de US$ 80 bilhões. Destaque para as vendas do milho no mês de julho, com ampliaram 431,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Abastecimento - “A escassez externa provocou a elevação das exportações do milho, principalmente devido à queda de produção dos Estados Unidos. No entanto, o Ministério da Agricultura [Mapa] está atento no sentido de garantir o abastecimento deste importante insumo para a produção de aves e suínos, no Brasil”, afirmou Mendes Ribeiro.

Saldo comercial - As exportações do agronegócio brasileiro em julho deste ano atingiram US$ 8,98 bilhões. Somada à queda de 14% nas importações, o saldo comercial do setor no período foi de US$ 7,76 bilhões.

Complexo soja - O complexo soja foi responsável por 35% do total das exportações do agronegócio brasileiro no mês de julho de 2012, sendo tal participação de 30,1% no mesmo mês de 2011. A soja em grão teve uma elevação de 10,5% em quantidade, passando de 3,74 milhões de toneladas para 4,13 milhões de toneladas, e 10,6% no preço médio (de US$ 492 por tonelada para US$ 545 por tonelada). As vendas de farelo de soja aumentaram 52,2%.

Sucroalcooleiro - O segundo setor em vendas foi o sucroalcooleiro. No entanto, houve queda nas exportações do setor (-17,7%), que passaram de US$ 1,96 bilhão para US$ 1,61 bilhão. O principal recuo ocorreu nas vendas externas de açúcar, que passaram de US$ 1,79 bilhão para US$ 1,31 bilhão (-26,9%). O álcool, por sua vez, registrou substancial elevação nas vendas, passando de US$ 171 milhões para US$ 305 milhões (+78,6%). A quantidade embarcada de álcool teve aumento de 66,9% e o preço, de 7%.

Carnes - A terceira posição do mês de julho nas vendas externas do agronegócio ficou com as carnes. A carne de frango continua na primeira posição, com ligeira elevação de embarque de 0,2%. Já a bovina aumentou 18,4%, enquanto a suína foi a que apresentou maior aumento na quantidade exportada (21,5%).

Produtos florestais - As vendas externas de produtos florestais também aumentaram, de US$ 763 milhões para US$ 768 milhões, assim como os cereais, que ficaram em US$ 493 milhões, que representa uma expansão de 207,1% em relação ao mês de julho de 2011. Este percentual foi obtido graças às vendas do milho no mercado internacional, que passaram de US$ 79 milhões para US$ 419 milhões no período.

Mercado - As fortes vendas do complexo soja possibilitaram a expansão da Ásia nas vendas externas brasileiras, com aumento da participação de 35,6% para 37,8% (+2,2 pontos percentuais). A União Européia manteve a participação de 23,2%. Os países do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), por sua vez, aumentaram as aquisições em 44,3%.

Importadores - Entre os 20 (vinte) principais países importadores dos produtos do agronegócio brasileiro no mês de julho de 2012, destaque para Coreia do Sul (+201,7%); Taiwan (+84,5%); Tailândia (+83,5%); Egito (+73,1%); Estados Unidos (+52,5%); e Espanha (+36,9%). A China elevou as aquisições em 14,2%, mantendo sua expansão na participação das exportações brasileiras, que atingiram 23,9%. Os Estados Unidos aumentaram a participação de 5,9% para 8,5%. (Mapa)

Clique aqui para baixar a nota completa da balança comercial do mês de julho.

GRÃOS I: América do Sul tem missão de recompor estoque de soja

O Brasil está prestes a se tornar o maior produtor mundial de soja e a assumir a liderança na exportação do produto diante dos Estados Unidos. Na exportação, o posto foi alcançado uma única vez, em 2005/06, e perdido por pouco na última temporada. A previsão que parte do próprio Departamento de Agricultura dos EUA, o Usda, é que a colheita brasileira de soja 2012/13 passe de 80 milhões de toneladas e as exportações atinjam 37 milhões (t), com vantagens de 10% e 20% sobre as marcas norte-americanas. As mudanças no mercado vão além dessa comparação. O trio sul-americano da soja, composto por Brasil, Argentina e Paraguai, deve assumir de vez a liderança no mercado da commodity.

Safra - A safra dos três países em 2012/13, com plantio em a partir de setembro, deve ultrapassar pela primeira vez a marca de 135 milhões de toneladas, contra 110,5 colhidas no ano passado, apontou o Usda, em um de seus mais importantes relatórios de oferta e demanda do ano, divulgado sexta-feira (10/08). O incentivo a essa produção vem dos preços das commodities agrícolas, que, por sua vez, são sustentados na seca histórica vivida pelos norte-americanos.

Participação menor - A quebra climática faz os Estados Unidos perderem participação no fornecimento de soja num momento de crescimento da demanda internacional. Das 94 milhões de toneladas a serem exportadas, 56,4 milhões de toneladas devem sair da América do Sul, o equivalente a 60% do abastecimento total. No ano passado, a marca foi de 52%.

Estoques baixos - Os estoques estão em patamares considerados muito baixos. Nos EUA, são suficientes para 15 dias de consumo. Em âmbito internacional, 76 dias. Daí a previsão de que serão necessárias três safras para um reequilíbrio do quadro.

Produção recorde - A produção prevista para o Brasil é recorde e parte de previsões privadas internas. Para isso, cada estado brasileiro terá de ampliar a área plantada e a produtividade. O Rio Grande do Sul, por exemplo, cogita substituir o arroz por soja em áreas tradicionalmente alagadas. “Eu fui para lá e não acreditei no que vi. O pessoal vai diminuir área plantada em uns 10% e vai plantar soja no banhado. E não é pouco, é coisa de 50 mil hectares”, estima Eugênio Stefanelo, técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná. Em Mato Grosso, maior sojicultor brasileiro, é o algodão que deve ceder espaço para a oleaginosa no campo. No Paraná, o feijão terá dificuldade para recuperar área no próximo ciclo.

Comercialização - Conforme aumenta a produção e os preços de grãos no Brasil, mais antecipadas ocorrem as vendas da safra. No Paraná, estado conservador nessa modalidade, os agricultores comprometeram cerca de 40% da colheita, que começa em janeiro do próximo ano. Normalmente, os paranaenses vendem menos de um terço durante a época de semeadura, que começa em setembro. (Caminhos do Campo / Gazeta do Povo)

GRÃOS II: Alta dos preços entra na pauta do G-20

França e Estados Unidos articulavam nesta segunda-feira (13/08) a realização de uma reunião telefônica na quarta-feira com o intuito de verificar se há necessidade de o G-20 dar uma resposta à alta de preços dos alimentos provocada pela pior seca nos últimos 50 anos nos EUA. A ideia é convocar o primeiro encontro do Foro de Reação Rápida - instância criada em 2011 para oferecer uma contrapartida em caso de forte tensão nos mercados e prevenir uma crise alimentar mundial - entre o fim de setembro e o começo de outubro, em Roma.

Nova crise - O Valor apurou que o plano é evitar, de um lado, que países produtores de commodities agrícolas restrinjam as exportações e, de outro, que importadores se apressem em acumular enormes estoques de cereais. Nos dois casos haveria uma explosão de preços com capacidade de deflagrar uma nova crise alimentar mundial.

Reações - No entanto, as reações entre diferentes negociadores foram variadas. Alguns deles avaliaram que a convocação do foro poderia gerar mais pânico no mercado, levando-se em consideração que os EUA vão perder um sexto de sua colheita de milho e o prejuízo já provocou alta de 23% nos preços do grão desde julho.

Diferente - A própria Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) insiste que a situação atual é bem diferente da crise de 2007-2008. Vários fatores influenciam a visão da agência: os estoques de trigo permanecem elevados, os preços do arroz (principal commodity na Ásia) estão estáveis e vários produtos não negociados em bolsa apresentam boas colheitas, como o feijão e a mandioca.

Degradação - Contudo, o ministro da Agricultura da França, Stéphane Le Foll, observou que o relatório do Departamento de Agricultura americano (USDA) divulgado na semana passada confirma a degradação das perspectivas das colheitas de milho e soja nos EUA. A avaliação de Le Foll fez com que certos negociadores indagassem se a França teria algum benefício político em convocar a reunião para uma situação que na prática, segundo eles, ainda não exige tal posição.

Positiva - Mas para outra parcela de negociadores, uma resposta conjunta do G-20 é vista como positiva, pois faz com que os países se comprometam a evitar os erros cometidos em 2007 e 2008. Na ocasião, a crise alimentar foi impulsionada pela decisão de vários países restringirem as exportações, inclusive a própria Índia, que é uma importadora agrícola. Outra consequência foi a corrida dos importadores para reforçar enormemente os estoques.

Atuação - A atuação de China e Tailândia no mercado de arroz foi responsável pelo aumento de 30% nos preços do cereal. Em 2010, a Rússia impôs embargo total a suas exportações de trigo após uma severa estiagem, o que ajudou para a explosão dos preços no mercado internacional. A Argentina impõe taxas sobre suas exportações que também restringem o comércio.

Engajamento - Para a FAO, portanto, a resposta deveria começar pelo engajamento dos países na manutenção dos níveis de exportações e não pela adoção de medidas políticas unilaterais. José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, também propôs que os EUA suspendam temporariamente seu mandato de produção de etanol. A ideia é que a obrigatoriedade da mistura de 10% do bicombustível na gasolina diminua para cerca de 8% até que os efeitos da seca estejam distantes.

Países africanos - Para Conception Calpe, especialista em preços agrícolas da FAO, os países africanos, no cenário atual, podem ser os mais atingidos, mesmo que tenham investido em agricultura desde a crise de 2007. Já os produtores latino-americanos levam vantagem com essa situação e podem se beneficiar dos altos preços se não restringirem as exportações, medida que parece fora do radar nos países da região. (Valor Econômico)

INFRAESTRUTURA: Estudo sugere mudar gestão de portos

Um estudo feito pela consultora Booz &Co, sob encomenda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vem servindo de base para orientar as discussões sobre os portos no governo. O trabalho faz sugestões que, se adotadas, vão reforçar o poder de planejamento do governo no setor portuário. Há expectativa no mercado em relação à divulgação do estudo, concluído em maio, mas ainda não divulgado. O BNDES não fala sobre o assunto, mas o Valor apurou que o trabalho faz um diagnóstico sistematizado e sugere medidas para aperfeiçoar a organização institucional e a eficiência de gestão dos portos, que não devem estar incluídos nas primeiras medidas para a área de infraestrutura a serem anunciadas amanhã pelo governo.

Conselho de Autoridade Portuária - Uma das principais sugestões do trabalho é mexer na figura do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), instância de decisão dentro da estrutura de governança dos portos. O trabalho sugere tirar o poder deliberativo do CAP para transformá-lo em uma instância consultiva, o que contraria os interesses do setor privado. Ao fazê-lo, o governo ganharia poder de fogo no planejamento portuário, dizem fontes do setor.

Poder - Hoje o CAP, instituído pela Lei dos Portos, de 1993, tem poder de homologar tarifas e de planejar o desenvolvimento do porto com o arrendamento de novas áreas, por exemplo. O conselho tem uma estrutura paritária formada por quatro blocos: governo, operadores, usuários e trabalhadores. Uma fonte disse que hoje cada um olha para "próprio umbigo" dentro do CAP e que os operadores têm condições de barrar a entrada de novos concorrentes, além de travar aumentos de tarifas pedidos pelas autoridades portuárias, empresas públicas que administram os portos. Um executivo disse que há portos no país sem homologação de tarifas há 15 anos.

Péssimo - O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, disse que a transformação do CAP de deliberativo em consultivo, se adotada, seria "péssima". "O governo quer ter poder de aumentar a tarifa [dos portos] quando quiser, o que é ruim para o comércio exterior brasileiro", disse Manteli. O trabalho sugere não só tornar o CAP facultativo, mas reestruturar os conselhos de administração das autoridades portuárias. Essas continuariam a ouvir o CAP, mas sem obrigação de cumprir as recomendações feitas pelo conselho. Para a Booz, mesmo sendo consultivo, a representação no CAP pode ser melhorada.

Norte - Fonte próxima do governo disse que o trabalho encomendado pelo BNDES à Booz tem servido como um "norte" na discussão sobre portos na Casa Civil. Para a fonte, ainda há muita dificuldade em formatar medidas que permitam destravar novos investimentos nos portos. O plano de repassar três novos portos à iniciativa privada em regime de concessão, por exemplo, ainda não estaria maduro, na avaliação da fonte. O projeto mais avançado é o de Manaus. Os projetos para licitar portos no sul da Bahia e no Espírito Santo ainda não teriam deslanchado.

Arrendamentos - O executivo disse que a discussão no momento está mais concentrada nos arrendamentos de terminais nos portos públicos. Ele disse que a discussão passa por encontrar formas de acelerar as licitações nos portos e tornar a gestão desses portos organizados mais eficiente. O Brasil tem no total cerca de 40 portos organizados de diferentes portes. Mas segundo o estudo da Booz&Co o modelo de planejamento setorial dos portos encontra-se fragmentado e sem o devido alinhamento entre as diferentes ações em curso. "O governo precisa voltar a planejar os portos e para isso é preciso tirar uma série de travas", disse outra fonte.

Devolução - O estudo foca também em outro tema que vem sendo analisado pelo governo, que é a devolução à União de portos delegados a Estados e municípios. A Constituição define que é competência da União a gestão dos portos, mas essa função pode ser delegada. Hoje o país tem 15 portos delegados, dos quais 12 a Estados e três a municípios. A sugestão neste ponto é olhar para os portos de interesse nacional que estão delegados e trazê-los de volta para a União.

Critérios - Na visão do estudo, não existem critérios claros nem regras para fazer a delegação dos portos a Estados e municípios. Entre esses critérios, o estudo sugere considerar o tamanho, a importância econômica e a abrangência da área de influência do porto. A ideia seria levar em conta a relevância de um porto para os diferentes Estados de origem e destino das cargas movimentadas. Para ser relevante, o porto teria que ter mais de 50% das cargas originadas em outros Estados, por exemplo. (Valor Econômico)

FISCAIS AGROPECUÁRIOS: Servidores voltam ao trabalho após determinação da Justiça

Após determinação judicial, 639 fiscais agropecuários voltaram ao trabalho. Segundo o presidente do Sindicato dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, os servidores obedeceram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e retomaram as atividades nos portos, aeroportos e postos de fronteiras, além da inspeção para abate de bovino, suínos e aves. Nos demais setores, no entanto, a greve continua. “É uma decisão judicial e temos que cumprir. Nos outros setores continuamos trabalhando com 70% [do pessoal]”, disse.

Demora - Mesmo com o retorno das atividades, o sindicalista acredita que ainda vai demorar para que os serviços sejam normalizados. “Com o número normal de fiscais não damos conta do volume. Vamos ter problemas para restabelecer as atividades. Não vai acontecer como varinha de condão. Acho que precisamos pelo menos de um dez dias”, acrescentou.

Retorno imediato- A decisão judicial, comunicada na última sexta-feira (10/08), determinou retorno imediato dos servidores em greve. Segundo dados do sindicato da categoria, dos 3.200 fiscais, 70% estavam sem trabalhar. O descumprimento da determinação da Justiça resultaria em multa diária de R$ 100 mil para a Anffa Sindical.

Recurso - O presidente do sindicato disse ainda que irá recorrer da decisão judicial. “Até esta terça-feira (14/08), devemos entrar com recurso. O governo está colocando na nossa conta o resultado de outras paralisações. Por um lado, isso demonstra a importância da nossa carreira, que é essencial. Por outro, usaram expediente que fere a Constituição, já que fomos impedidos de continuar com a greve”. (Agência Brasil)

GOVERNO FEDERAL: Desoneração gera ganho de R$ 2,5 bilhões

O governo calcula que a desoneração da folha de pagamento já autorizada para 15 segmentos da economia vai render às empresas reforço de caixa de até R$ 2,5 bilhões até o fim do ano. O benefício, que entrou em vigor no dia 1º de agosto, será estendido, a partir de janeiro do próximo ano, a outros setores. Técnicos do governo acreditam que é possível desonerar a folha de até 70% da economia nacional.

Mais intensivos - Os setores mais intensivos em capital, isto é, aqueles que investem mais em máquinas e equipamentos, não são alcançáveis pela medida. A troca da contribuição patronal - de 20% sobre a folha de pagamento - por um adicional de contribuição sobre faturamento - de 1% para a indústria e de 2% para o setor de serviços - reduz os custos dos segmentos mais intensivos em trabalho, mas onera as empresas mais mecanizadas.

Indústria automobilística - A indústria automobilística, por exemplo, ficará de fora do pacote de desoneração da folha. Os técnicos concluíram que, das 16 indústrias multinacionais instaladas no país, apenas as quatro maiores (Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford) são intensivas em trabalho. O governo estima que a alíquota da contribuição adicional sobre faturamento do setor teria que ser de 0,4%, percentual inferior, portanto, à alíquota de 1% estabelecida para a indústria.

Particularidades - No setor automotivo, há particularidades que dificultam a desoneração. Duas das montadoras estrangeiras, por exemplo, compartilham de uma mesma unidade de produção, o que reduz ainda mais a intensidade no uso de mão de obra. Para essas empresas, a desoneração não vale a pena.

Crucial - A desoneração é vista pela equipe econômica como crucial para reduzir custos de produção, estimular a atividade econômica e aumentar a competitividade da economia brasileira. Esta parece ser também a opinião dos empresários. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria revelou que 71% dos empresários acham que essa é a medida mais importante entre as que o governo vem adotando para estimular a atividade.

Incidência - A contribuição patronal sobre folha, explica uma fonte oficial, é inercial ao faturamento da empresa, isto é, ela incide da mesma maneira, independentemente do desempenho econômico da empresa. Essa característica afeta fortemente, por exemplo, a indústria de bens de capital sob encomenda, uma vez que as empresas desse segmento possuem um ciclo de capacidade ociosa que oscila muito ao longo do ano - de 65% a 90%.

Vantagem - A vantagem da nova contribuição previdenciária é que ela tem uma tributação cíclica sobre o faturamento. Se a empresa está a pleno vapor, com baixa ociosidade, ela paga mais contribuição previdenciária. Se está num período de atividade morna, não é onerada por esse fato.

Incentivo - O governo acredita que a desoneração vai incentivar os setores elegíveis a formalizar sua mão de obra para ter direito ao benefício. Se isso ocorrer, a arrecadação previdenciária tenderá a crescer em relação aos níveis atuais. Em geral, está nos setores mais intensivos em trabalho um maior grau de informalidade. Haveria uma vantagem adicional para a formalização: o acesso a crédito oficial.

Distorção - Um assessor do governo lembra ainda que a instituição da nova contribuição previdenciária corrige uma antiga distorção. "A medida dá equidade tributária aos produtos importados. Isso não é protecionismo. Ao aplicar a mesma alíquota sobre faturamento para todo o mundo, a alíquota é a mesma para os importados. Faturou, paga", diz um técnico.

Novos setores - A equipe econômica trabalhava para incluir novos setores no benefício da desoneração de folha ainda neste ano. A rigor, os estudos já estão prontos, mas a medida só entrará em vigor em 2013. Deve ser anunciada até o fim de setembro, mas, por causa da exigência legal da noventena (vigência após 90 dias da adoção da medida), só valerá para o próximo ano.

Superávit - A razão da cautela é que a presidente Dilma Rousseff não abre mão do cumprimento da meta de superávit primário das contas públicas, fixada em 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. O superávit é crucial para que o Banco Central continue reduzindo a taxa básica de juros (Selic), outra prioridade do governo Dilma neste momento.

Setores contemplados - Já foram desonerados os seguintes setores: têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval, bens de capital (máquinas e equipamentos), mecânica, hotéis, tecnologia da informação, call center e "design house". (Valor Econômico)


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