PARANÁ COMPETITIVO: Cooperativas vão investir R$ 180 milhões em Castro
O governador Beto Richa e os presidentes das cooperativas Castrolanda, Frans Borg, Batavo, Renato Greidanus, e Capal, Erik Bosch, assinaram nesta quarta-feira (15/08) no Palácio Iguaçu, em Curitiba, protocolo de intenções para enquadrar o investimento conjunto das cooperativas, de R$ 180 milhões, no programa Paraná Competitivo.
Frigorífico - O projeto de intercooperação prevê a implantação de um frigorífico destinado ao abate, corte e industrialização de carne suína na região de Castro, nos Campos Gerais. A parceria deve gerar 1800 empregos diretos e mais de 5.400 empregos indiretos até o final de 2014.
Incentivo - O governador Beto Richa destacou que mais uma vez acontece no Estado uma demonstração prática do sucesso do programa de incentivos concebido no início do governo. “O Paraná Competitivo visa promover o desenvolvimento econômico e social no nosso Estado, com a geração de empregos. Ele não é feito só empresas que vem de fora, mas sobretudo para as nossas empresas” disse Beto.
Motivo de orgulho - Richa destacou a importância das cooperativas para o Estado. “As nossas cooperativas são motivo de orgulho para os paranaenses, pelo trabalho digno, honrado e competente, que as colocam como modelo para o País e algumas delas com destaque mundial” afirmou o governador. “O sucesso das cooperativas representa o sucesso de todo o estado do Paraná” declarou.
Agregação de valor - O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que as três cooperativas unidas estão fortalecendo a capacidade do Estado de agregar valor a sua produção. “As cooperativas estão investindo num momento de crise da suinocultura, demonstrando sabedoria e visão estratégica”, avaliou. “Esta parceria inicia um novo ciclo de crescimento para o principal pólo agroindustrial do Paraná” afirmou o secretário.
Desenvolvimento - O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, destacou os investimentos que já foram feitos através do programa Paraná Competitivo, que atraiu R$ 18 bilhões em investimentos produtivos para o Estado, e o processo de industrialização das cooperativas. “As cooperativas unidas tem desenvolvido o interior do estado” disse.
Parceria essencial - Para o presidente da Castrolanda, Frans Borg, a parceria das cooperativas com o Governo do Estado é essencial. “Para fazermos um investimento desse porte temos que ter a segurança dos compromissos do governo nas questões fiscais, de infraestrutura, acesso a energia”, ressaltou.
Investimentos - Na primeira fase do projeto serão investidos R$ 100 milhões, com previsão de um complemento de R$ 80 milhões. O empreendimento das cooperativas projeta um faturamento de R$ 520 milhões após a primeira fase de implantação e de R$ 1 bilhão após a conclusão da segunda fase, o que elevará significativamente o movimento econômico da Região.
Competitivas - Segundo o presidente da Batavo, Renato Greidanus, o novo frigorífico vai tornar as cooperativas mais competitivas no mercado. Entre os produtos que serão industrializados estão: presuntos, tender, bacon, costela defumada, linguiças, mortadelas, salsichas, temperados, marinados e outros produtos a serem desenvolvidos.
Polo do agronegócio - A agregação de valor na cadeia produtiva de suínos vai contribuir significativamente para tornar a região um dos maiores polos do agronegócio do Paraná. Para o presidente da Capal, Erik Bosch, as três cooperativas estão de parabéns por se unirem num empreendimento deste tamanho e somarem juntas.
Paraná Competitivo - O programa Paraná Competitivo contempla uma série de medidas de incentivos ao setor produtivo, por meio da dilação de prazos para recolhimento do ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura e da capacitação profissional para tornar o Estado mais atrativo para novos empreendimentos. A contrapartida é a geração de emprego e com o desenvolvimento sustentável de todo o Estado.
Ascenção - O secretário da Fazenda destacou que o programa é um dos principais fatores da ascensão da economia paranaense, que registrou nos últimos meses crescimento maior que a média nacional. “As parcerias que estamos fazendo com empresas e cooperativas são uma conquista de todos os paranaenses", disse Luiz Hauly.
Presenças - Estiveram presentes a assinatura do protocolo o secretário em exercício da Indústria Comércio e Assuntos do Mercosul, Ercílio Santinoni, o diretor presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Tarcísio Mossato Pinto,os deputados estaduais Hermas Brandão e Pedro Lupion e o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa. (Com informações da AEN)
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GRÃOS: Logística e normas de qualidade são destaques no Simpósio de Pós-Colheita
O “VII Simpósio Paranaense de Pós-colheita de Grãos e VI Simpósio Internacional de Grãos Armazenados” tiveram início nesta quarta-feira (15/08), com debate sobre a infraestrutura e logística do agronegócio brasileiro e comercialização de grãos na Argentina. O Simpósio é uma promoção da Associação Brasileira de Pós-Colheita (ABRAPOS) e, nesta edição, é realizado pela Embrapa Soja com colaboração de cooperativas do Paraná.
Palestra - A palestra “Agronegócio brasileiro, alavanca no mercado interno – oportunidades e desafios”, ministrada pelo consultor da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Luiz Antonio Fayet, marcou o início dos trabalhos. Fayet relatou sua experiência com a logística brasileira, reforçando como está o Brasil em termos de transporte, rodovias, ferrovias e portos, escoamento e exportação de grãos.
Navegação - “Por exemplo, em relação à navegação entre portos, a legislação precisa ser alterada de forma a garantir a competitividade sistêmica da economia nacional, separando-se os incentivos que venham a ser concedidos à construção naval da navegação de cabotagem”, destaca o consultor da CNA. A palestra também ressaltou onde os recursos estão sendo investidos e onde é necessário maior investimento.
Programação técnica - Finalizando a programação técnica do dia, o Simpósio trouxe a palestra sobre a “Comercialização de grãos na Argentina e as normas de qualidade”, proferida por Salvador Addamo da Associação Argentina de Pós-Colheita de Grãos –APOSGRAN. “A proposta desta palestra foi proporcionar a troca de experiências e conhecimento entre o Brasil e a Argentina no que se refere à qualidade da produção de grãos, trazendo benefícios para os dois países. Sem dúvida foi também uma oportunidade única de interação entre a ABRAPOS e a APOSGRAN”, ressaltou o coordenador do evento e pesquisador da Embrapa Soja, Marcelo Alvares.
Programação - O evento prossegue até esta sexta-feira (17/08), no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina (PR). Somente nesta quinta-feira (16/08), serão realizados oito painéis, alguns deles moderados por profissionais de cooperativas, e outras duas palestras sobre unidades armazenadoras. (Com informações da Embrapa Soja)
Clique aqui e confira a programação completa do VII Simpósio Paranaense de Pós-Colheita
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UNIMED LONDRINA: Serviço de Atendimento Domiciliar recebe classificação “ouro”
A Unimed Federação do Paraná realizou pela primeira vez uma avaliação entre todas as singulares do Paraná que dispõem do serviço de home care. O serviço de atendimento domiciliar (DOM) da Unimed Londrina recebeu a classificação Ouro, atingindo a nota 94 na avaliação. Entre os principais pontos avaliados, estão a parte técnica e documental dos processos e a maneira como ocorre o transporte dos medicamentos até a casa dos pacientes. A Unimed Londrina se destacou em todos estes quesitos.
Ganho - De acordo com a gestora de Serviços em Saúde, Madalena Ramos, essa conquista representa um grande ganho para a cooperativa. “Além do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, receber da Federação do Paraná a classificação ouro, pode nos ajudar nas negociações dos valores de nossas diárias e taxas de serviço. O que é muito positivo para a Unimed Londrina”, comenta.
Sobre o Serviço Domiciliar - Por meio de uma equipe interdisciplinar, formada por 89 colaboradores e terceiros, entre enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais, o Serviço de Atendimento Domiciliar da Unimed Londrina (DOM) presta assistência médica na residência do paciente, oferecendo maior comodidade aos beneficiários e reduzindo o número de internações hospitalares. O DOM atende em média 140 pacientes por mês. (Imprensa Unimed Londrina)
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UNIMED PARANÁ: Federação participa de feira de negócios da OAB-PR
Nos dias 8, 9 e 10 de agosto, a Unimed Paraná participou das comemorações da semana do advogado e da feira jurídica, na sede da OAB-PR em Curitiba. A Federação montou um estande com profissionais de atenção à saúde, para se relacionar com atuais clientes e também clientes potenciais da OAB, prestando serviços como aferição de pressão, exame de glicemia, IMC, dicas de alimentação, além da distribuição de materiais educativos e brindes aos visitantes da feira. A comemoração da semana do advogado terminou no sábado dia 11 de agosto, com o jantar dos 80 anos da OAB. (Imprensa Unimed Paraná)
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COLÉGIO COOPERATIVA:Dia dos Pais é comemorado com diversas atividades
O Colégio Cooperativa da Lapa promoveu uma série de atividades, no sábado (11/08), para comemorar o Dia dos Pais. Houve apresentações de músicas e danças. Em seguida, o professor Sandro, de Educação Física, coordenou a realização de alongamentos, preparando os papais para atividades recreativas desenvolvidas para que eles e seus filhos brincassem juntos e desfrutassem de momentos onde a cooperação foi fundamental. (Colégio Cooperativa da Lapa)
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ANO INTERNACIONAL: OCB integra projeto de Monitoramento Global das Cooperativas da ACI
Como parte das comemorações do Ano Internacional das Cooperativas, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) lançou o projeto “Monitoramento Global das Cooperativas”, com o objetivo de destacar o perfil das cooperativas em seus setores e países, além de demonstrar a importância econômica e social das cooperativas junto aos órgãos governamentais, agências reguladoras e de fomento, associações e organismos internacionais.
Parceria - Realizada em parceria científica com a European Research Institute on Cooperative and Social Enterprise (Euricse), a ação marca o relançamento do “Global300”, com a ampliação da base de dados para o desenvolvimento de uma classificação multidimensional das cooperativas, cuja metodologia será mais rigorosa, baseada em vários parâmetros, inclusive indicadores de valor social.
Impacto econômico - O projeto também pretende apresentar o impacto econômico gerado pelas cooperativas em nível internacional, a fim de compartilhar as melhores práticas cooperativistas e divulgar o ranking das melhores cooperativas em diversas categorias.
Relatório - Cabe lembrar que o antigo “Global300” - coordenado pela ACI desde 2005 e responsável pela divulgação dos relatórios anuais com o ranking das 300 maiores cooperativas do mundo - demonstrou que, juntas, geraram mais de US$ 1,6 trilhão em faturamento, de acordo com o relatório de outubro de 2011.
Participação - O Sistema OCB ressalta a importância da participação do cooperativismo neste levantamento, para que o segmento tenha a sua real dimensão atestada. Para participar, a cooperativa só precisa preencher um questionário encaminhado às unidades estaduais da OCB por meio de Ofício-Circular. Depois, este mesmo questionário deverá ser enviado à unidade nacional da OCB, até o dia 05 de novembro, para a Gerência de Relações Institucionais, via e-mail patricia.rocha@ocb.coop.br. Dúvidas devem ser direcionadas a este mesmo e-mail. (Informe OCB)
Veja aqui as orientações para o preenchimento do questionário.
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EXTENSÃO RURAL: Sistema OCB e MDA discutem novo modelo de ATER
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está identificando propostas e considerações sobre as características necessárias para um novo modelo de Assistência Técnica e Extensão Rural, a chamada ATER. Nesta terça-feira (14/08), em reunião na sede do Sistema OCB, o Secretário de Agricultura Familiar do ministério, Laudemir Muller, solicitou ao presidente Márcio Lopes de Freitas apoio da instituição cooperativista na formatação desta estrutura. Muller esteve acompanhado do assessor especial do ministro, Marco Leite, e do diretor do Departamento de Agregação de Valor e Renda, Arnoldo Campos. O superintendente e o gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile e Gregory Honczar, respectivamente, também participaram da reunião.
Representatividade - “O convite feito pelo MDA ao sistema cooperativista é um importante reconhecimento à representatividade do setor que, nos dias de hoje, é responsável por participação expressiva na produção agropecuária nacional”, destacou o superintendente Renato Nobile.
Organização - “O entendimento do MDA é de que existe a oferta no mercado, mas ainda de forma desorganizada. E nós entendemos que a organização do serviço de ATER, em diversos níveis, é relevante para que se possa atender majoritariamente toda a agropecuária nacional”, avaliou o gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gregory Honczar.
Participação financeira - Segundo Honczar, o desenho imaginado pelo MDA prevê a participação financeira do governo na contratação dos serviços de ATER, que poderá ser prestado por cooperativas ou empresas especialmente criadas para esta finalidade. “O importante é que neste modelo, o governo seja capaz de identificar e acessar todas as iniciativas disponíveis e, com o aporte financeiro, fazer com que o público considerado relevante para a efetivação de políticas públicas seja alcançado”, relatou o gestor.
Mais gestão- Outro ponto tratado na reunião foi a implementação do programa do governo Federal “Mais Gestão”. Voltado especificamente para pessoas jurídicas, o objetivo da iniciativa é ampliar a rede de disseminadores de informação. “Nesse aspecto, contamos com a participação do Sescoop na construção de um plano de trabalho. Nossa intenção é ofertar treinamentos relacionados à divulgação da cultura cooperativista (seus valores e princípios) para divulgarmos o nosso tipo de empreendimento”, disse Nobile. Segundo o superintendente, a meta do MDA é beneficiar até 2 mil entidades durante o próximo ano, sendo que destas, 800 são cooperativas. “Este número representa mais de 50% de nossas cooperativas agropecuária. É um plano bastante arrojado”, ressaltou. (Informe OCB)
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EDUCAÇÃO I: Cooperativismo se aprende na escola
Nas salas de aula de quase 700 escolas paranaenses, a grade curricular ganha novo fôlego e transforma a vida de milhares de crianças e adolescentes graças a dois dos maiores programas de educação cooperativa do Estado. Muito mais do que o português e a matemática, o Cooperjovem - do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Paraná (Sescoop-PR) - e o ''A União Faz a Vida'' - do Sistema de Cooperativas de Crédito Sicredi - há seis anos colocam alunos (e também educadores) em contato direto com noções de cooperativismo e cooperação, respectivamente, tornando-os cidadãos mais comprometidos com suas comunidades. No Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é que quase 40 mil estudantes paranaenses conheçam um pouco mais destes temas por meio de ações socioambientais por todo o Estado.
Homogêneo - De acordo com Vanessa Christofoli, coordenadora do Cooperjovem, desde 1992 o ensino sobre cooperativismo acontece em algumas escolas do Paraná, mas com o programa, instituído a partir de 2006, ''o trabalho ficou mais homogêneo e com uma metodologia definida''. Após a capacitação dos professores feita pelo Sescoop-PR, os alunos de quarta série do ensino fundamental recebem uma formação continuada através de um material didático sobre o assunto, sempre com uma cooperativa intermediando o início do trabalho.
Processo - Para ingressar no Cooperjovem, a cooperativa deve entrar em contato com o Sescoop e depois procurar a secretaria da educação do município com o intuito de escolher uma escola na qual possa iniciar os ensinamentos, ou como uma disciplina à parte no contraturno escolar ou inseridos em meio a outra aula. ''Depois que os alunos entendem o que é cooperativismo, eles vão para a prática, por meio de criação de projetos pensados e elaborados por eles mesmos'', comenta a coordenadora.
Projetos - Os projetos podem ser os mais variados possíveis, desde a reforma de uma biblioteca escolar e a importância de manter os livros em boas condições até a visita a um lar de idosos para conscientizar sobre como tratar bem as pessoas de mais idade. ''O aluno entende o que é cooperativismo e depois vivencia a cultura de cooperação na prática. É uma mudança de cultura, traz reflexão a alunos e professores, além de ser um exercício de cidadania.''
Cooperativas - Já para as cooperativas que buscam o Sescoop para aderir ao programa, Vanessa entende que este é o momento de exercer os princípios do sistema cooperativista. ''A base do cooperativismo é o desenvolvimento econômico equilibrado pensando no quadro social, se preocupar com o que está em volta. Além disso, pode acontecer das cooperativas estarem trabalhando com uma geração de novos cooperados.''
Entendimento - Do total de 240 cooperativas do Estado, apenas 15 participam do Cooperjovem. Porém, Vanessa explica que não é objetivo do Sescoop fazer ''oba-oba'' com o trabalho. Vanessa relata que as cooperativas, antes de vislumbrarem ingressar no programa, devem entender que é algo trabalhoso e não deve ser abandonado de uma hora para outra. ''Vamos colocar em uma escola por vez, de forma tranquila e organizada. Só assim os princípios são disseminados como almejamos. Até hoje, tivemos apenas duas desistências, uma devido a problemas políticos e outra por questões financeiras'', complementa ela.
Material didático auxilia no trabalho - Há quatro anos, a escola Alfa, de Londrina, iniciou os trabalhos junto à Cooperativa Integrada no Cooperjovem. Apesar de neste semestre as aulas estarem interrompidas, o objetivo da escola é sistematizar o trabalho de cooperação que já acontecia anteriormente. ''Quando a disciplina foi incluída em nossa grade com o material didático específico, percebemos que ficou mais efetiva a participação das crianças e também de seus pais'', comenta Solange Reeberg, proprietária da escola.
Mobilização - Durante todo este tempo, as crianças se mobilizaram, por exemplo, para angariar leite para instituições de caridade e até comprar uma bermuda especial para o paratleta cambeense Jefferson Amaro. ''Com o material didático, tudo fica mais concreto para eles. Eles se identificam com os personagens do livro, que trabalham da mesma forma que os alunos.''
Aprendizagem - Numa rápida passagem da reportagem da FOLHA pela sala de aula, é possível perceber que os alunos gostam muito do trabalho. ''Nós aprendemos bastante sobre a cooperação entre os jovens'', comenta a pequena Maria Fernanda Rodrigues, de apenas oito anos. (Folha de Londrina)
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EDUCAÇÃO II: Projetos começam a ser trabalhados em Londrina
''Nós queremos instigar os alunos a olharem fora da sala de aula, aprender não apenas com os professores, mas também com outros atores sociais da comunidade.'' É desta forma que a coordenadora interestadual do programa ''A União Faz a Vida'' do Paraná e São Paulo, Rejane Farias de Andrade, define o objetivo do trabalho ao longo dos últimos anos.
Intuito - Com o intuito de fomentar a cooperação, o diálogo e o empreendedorismo, os alunos devem criar projetos - com a mediação dos professores após uma capacitação deles - que são incluídos entre todas as disciplinas. ''No início os professores até ficam um pouco resistentes, mas depois que passam pelas oficinas de formação acabam se apaixonando pelo Programa'', salienta Rejane.
Início - O ''A União Faz a Vida'' iniciou no Paraná na cidade de Capanema em 2006 e logo se espalhou por diversos municípios. ''O currículo escolar é ligado de diferentes maneiras aos projetos criados. Na cidade de Céu Azul, por exemplo, tivemos um projeto com aquecedores solares para a população carente'', relata a coordenadora.
Disseminação dos conhecimentos - Rejane salienta ainda que os alunos logo abraçam a causa e passam a disseminar seus conhecimentos de cooperação para os pais. Até o final deste ano, a expectativa é que mais 20 cidades comecem a participar do programa, totalizando 48 municípios no Paraná.
Londrina - Na região de Londrina o trabalho acontece desde o ano passado, com 1.032 alunos envolvidos, 75 professores em três escolas. A coordenadora do programa nas cidades de Londrina, Munhoz de Melo, Nova Esperança e Santa Fé, Caroline Consorte, comenta que o trabalho na cidade está na fase de desenvolvimento dos projetos. ''Nos outros municípios, já aconteceram ações como fomentar a doação de sangue, arrecadação de leite, plantio de árvores entre outros'', relata Caroline. (Folha de Londrina)
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STEPHANES: Política brasileira para produção de etanol e biodiesel é inconsistente
“O Brasil precisa de uma política mais realista e consistente para a produção de etanol e biodiesel”. A afirmação é do deputado e ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PSD-PR), que participou nesta quarta-feira (15/08), da quinta mesa redonda do VIII Congresso Brasileiro de Planejamento Energético (CBPE) realizado em Curitiba sob o tema Energia para o Século XXI: Sociedade e Desenvolvimento.
Falta de estratégias - Para o deputado, não há hoje no país nenhuma estratégia, projeto, política ou interlocução com o governo nessa área. “Há cinco anos havia uma euforia em relação ao assunto. O ex-presidente Lula afirmou várias vezes que em dez anos o Brasil dobraria sua produção e passaria a exportar etanol. Além disso, a utilização do combustível nos automóveis nacionais era de 50%. Cinco anos depois, essa utilização caiu para trinta por cento, a produção está menor e importamos etanol dos Estados Unidos. Ou seja, o que assistimos foi a um fracasso total das previsões anteriores”.
Previsão pior - Stephanes ressalta que a previsão para os próximos anos é ainda pior, considerando-se a falta de um planejamento estratégico para o setor. “A insegurança básica se dá em relação à formação do preço atualmente atrelado ao da gasolina que, por sua vez, é controlado pelo governo. Não há como investir hoje sem saber qual a perspectiva para o futuro”, defende.
Condições necessárias - Ainda segundo o deputado é preciso destacar que o país tem todas as condições necessárias para produzir esses combustíveis de forma positiva. “Temos matéria-prima, empresários, terra e clima favoráveis”, conclui.
Apoio - A visão de Stephanes foi apoiada pelos demais debatedores da mesa redonda. Além do deputado, participaram do debate, Luis Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá (Unafei) e Décio Luiz Gazonni, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). (Assessoria de Imprensa do deputado federal Reinhold Stephanes)
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INFRAETRUTURA I: Pacote de concessões inclui apenas duas obras no Paraná
Sem capacidade gerencial para concretizar investimentos ambiciosos, o governo abraçou a iniciativa privada e anunciou nesta quarta-feira (15/08) o maior pacote de concessões em rodovias e ferrovias já feito no país, no valor de R$ 133 bilhões, com a expectativa de impulsionar a economia a partir de 2013. O conjunto de iniciativas inclui apenas duas obras no Paraná, o que gerou reações da administração estadual.
Comparação - O choque na infraestrutura foi comparado a um modelo de privatização até por empresários presentes à cerimônia de anúncio do programa, no Palácio do Planalto, mas a presidente Dilma Rousseff não só rejeitou o termo como criticou a venda de estatais ocorrida na gestão do PSDB. “Nós, aqui, não estamos desfazendo de patrimônio público para acumular caixa ou reduzir dívida”, disse Dilma, numa referência à privatização de empresas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “Nós estamos fazendo parceria para ampliar a infraestrutura do país, beneficiar sua população e seu setor privado, saldar uma dívida de décadas de atraso em investimentos em logística, e, sobretudo, para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios.”
Ano de eleição - As medidas integram a primeira etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), apelidado de “PAC das Concessões”. O plano contemplará ainda portos, aeroportos e energia e passará para o setor privado a responsabilidade por obras de infraestrutura nos próximos 30 anos. Segundo analistas privados, o efeito sobre o desempenho da economia – que neste ano poderá crescer menos de 2% – somente deverá ser sentido de forma plena a partir de 2014, ano de eleição presidencial. Dilma quer um crescimento na faixa de 4,5% a 5%. Dos R$ 133 bilhões previstos para obras em estradas e ferrovias, mais da metade (R$ 79,5 bilhões) serão aplicados em cinco anos. O restante (R$ 53,5 bilhões) deve ser bancado por empresários em um período de 20 a 25 anos.
Dúvidas - Ao abrir um volume colossal de concessões à iniciativa privada, Dilma inaugurou uma nova etapa de relacionamento entre governo e empresas, que também contempla a presença do Estado. “O nosso propósito é nos unirmos para obter o melhor que a iniciativa privada pode oferecer em eficiência, e o melhor que o Estado pode e deve oferecer em planejamento e gestão de recursos públicos, e mediação de interesses legítimos.”
Execução - Embora bem recebido, o pacote gerou dúvidas quanto à sua execução. O governo quer licitar as rodovias em abril do ano que vem e as ferrovias em junho. “São prazos ambiciosos”, reconheceu o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Mais tempo - Na prática, o governo gasta muito mais tempo que isso para colocar um leilão na rua. “Depois de licitado, você pode cortar os prazos de execução das obras para um quarto do atual”, apostou o presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. Embora otimista, Godoy se mostrou cauteloso quanto às condições de risco, rentabilidade e estabilidade jurídica dos novos negócios.
Trechos que cortam o Paraná - Dos 12 trechos ferroviários e 9 rodoviários incluídos pelo governo federal na primeira fase do Programa de Investimentos em Logística, apenas dois cortam o território paranaense: a ligação ferroviária entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, passando por Mafra (SC) e Rio Negro (PR); e o ramal que ligará Mafra a Maracaju (MS), passando por Porto Camargo (PR).
Sem detalhes - O traçado desses trechos, no entanto, não foi detalhado. Mas já é possível saber que eles não são pequenos: terão pelo menos 1.200 quilômetros de extensão, passando pelas regiões Sul, central e Oeste. O que não significa que tenham agradado a todos.
De fora - Para Nilson Hanke Camargo, assessor técnico e econômico da Federação de Agricultura do Paraná (Faep), trechos importantes para o estado ficaram de fora. “Guarapuava a Ponta Grossa é nosso grande gargalo há anos, mas temos outros, como um novo ramal ligando Guaíra a Cascavel, e um ramal ligando Campo Mourão a Maringá ou Cascavel”.
Expectativa - O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, considera bastante positivo os investimentos anunciados pelo governo por meio setor privado . “Tenho expectativa que seremos contemplados nas próximas fases do pacote, afinal, falar em investimento de logística e deixar o Paraná de fora em obras importantes é inconcebível”, opina. Campagnolo acredita que as rodovias e ferrovias do estado farão parte de outros planos de investimento que estão por vir nos próximos meses.
Ruptura de paradigmas - “Para um governo considerado de esquerda, que prioriza os investimentos estatais, ampliar as concessões é uma ruptura de paradigmas, mas também o reconhecimento da impotência do governo de tentar fazer tudo sozinho”, defende José Guilherme Vieira, professor de economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Por outro lado, ele questiona a forma como foram escolhidas as obras incluídas no pacote. “Ocorreu uma consulta sobre as necessidades e prioridades de cada estado? Afinal, estamos em ano eleitoral!” (Gazeta do Povo, com Agência Estado)
Clique aqui e acesse mais o pacote de concessões anunciado pelo governo federal
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INFRAESTRUTURA II: Estado vai cobrar mais obras
A lista de trechos que fazem parte do programa de concessões não agradou ao governo do Paraná. O vice-governador, Flávio Arns, afirmou que o estado vai cobrar a inclusão de novas obras no pacote. “Não fomos ouvidos, não fomos consultados e não fomos contemplados”, disse. Ele classificou a situação como “um total descalabro de planejamento”, de acordo com informações divulgadas pela agência de notícias do Palácio Iguaçu.
Inaceitável - Ele ressaltou que não é possível aceitar que não haja uma única obra rodoviária prevista no pacote. “O Paraná aparece no pacote em duas obras ferroviárias, mas, ao que tudo indica, só está nos projetos por que fica entre São Paulo e o Rio Grande do Sul”, afirmou.
Lista - Uma lista de obras que o governo local considera estratégicas para o Paraná inclui as BRs 163, 153 (a Rodovia Transbrasiliana), 487 (Estrada Boiadeira) e 101. A Transbrasiliana tem investimentos previstos em Tocantins, Goiás e Minas Gerais. O trecho Alto do Amparo-Imbituva faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento, embora não conste do orçamento do Dnit. No caso da 101 – que tem um pequeno trecho na Bahia incluído no programa – o governo estadual quer construir o corredor entre a divisa de Santa Catarina e o litoral de São Paulo, passando por Paranaguá.
Ferrovias - Nas ferrovias, Arns defende a construção de um trecho entre Guarapuava e o litoral do estado e também de um ramal entre Cascavel e Maracaju (MS), passando por Guaíra. A estatal paranaense Ferroeste (que hoje opera o trecho Guarapuava-Cascavel) detém a concessão de uma ferrovia com esse traçado. (Gazeta do Povo)
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INFRAESTRUTURA III: Valec deixará de ser construtora para ser gestora das ferrovias
Juntamente com o anúncio do pacote de investimentos, o governo informou que os novos empreendimentos do setor ferroviário serão realizados no modelo de Parcerias Público-Privadas. Com isso, a estatal Valec, até agora responsável pela construção de novos trechos ferroviários, passará a ser a gestora da malha. O governo não informou, no entanto, o que deve acontecer com os contratos já firmados pela Valec, como é o caso do trecho da Ferroeste entre Maracaju (MS) e Cascavel, no Oeste do Paraná. A licitação para a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental desse ramal foi anunciada em maio pela estatal, como parte de um investimento de R$ 13,7 bilhões para as ferrovias do Sul. (Gazeta do Povo)
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INFRAESTRUTURA IV: Desoneração de folha valerá para vencedores de concessões
O governo deve conceder um incentivo adicional às empresas e consórcios vencedores das concessões de rodovias e ferrovias, anunciadas nesta quarta-feira (15/08), e de portos e aeroportos, que serão divulgadas nas próximas semanas. Alguns setores inseridos na Medida Provisória (MP) 563, que previa a desoneração da folha de pagamentos inicialmente para 15 segmentos, devem escapar do veto da presidente Dilma Rousseff. Segundo apurou o Valor, o governo vai autorizar a desoneração da folha nos setores de transporte aéreo e de carga, navegação de cabotagem, transporte marítimo, navegação de apoio marítimo e portuário, e manutenção e reparação de aeronaves, motores e componentes.
Renúncia fiscal - Se efetivamente permitir a inclusão desses setores na medida de desoneração prevista no Plano Brasil Maior, o governo deve renunciar a cerca de R$ 900 milhões em recursos fiscais com o estímulo. Isso porque os setores deixam de contribuir com 20% da folha de pagamentos à Previdência Social, e passam a recolher uma alíquota de 1% ou 2% sobre o faturamento bruto. Até a semana passada, a decisão de vetar todos os setores incluídos pelo Congresso estava tomada. Na iminência do anúncio do pacote de concessões de infraestrutura, a convicção do governo mudou.
Sanção - A presidente Dilma Rousseff precisa sancionar o texto da medida provisória, com os eventuais vetos, até o fim deste mês. Uma ideia que ganha força no governo é anunciar a sanção da lei com a desoneração da folha de pagamentos também para segmentos da área de infraestrutura no mesmo dia em que será anunciado o pacote de concessões dos portos.
Medida aguardada - A entrada do setor de transporte entre os segmentos atendidos é aguardada por companhias do setor. O benefício já se estende os fabricantes de veículos para transporte rodoviário e repercute na produção nacional. No ano passado, a indústria brasileira de ônibus produziu 40,7 mil unidades. Para este ano, a produção chegará a 42 mil veículos. "Isso é um crescimento de 5% em um ano em que o país sofre todos os reflexos da recessão econômica global", disse Carlos Alberto Casiraghi, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus). Além da desoneração da folha de pagamento, Casiraghi cita os incentivos à exportação que foram concedidos pelo BNDES. Em 2011, o Brasil exportou 4.287 veículos. Neste ano, o número deve saltar para 5.115 veículos, uma alta de 20%.
Salto - Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, a indústria nacional das ferrovias, que atualmente emprega 20 mil pessoas de forma direta e mais 60 mil de forma indireta, poderá dar um salto importante com a inclusão do segmento. "A presidente já sinalizou que entraremos nos setores beneficiados pela desoneração da folha. É uma medida que pode ter impacto profundo na ampliação da produção nacional de trens", comentou. O faturamento do setor atingiu R$ 4,2 bilhões em 2011.
Ambiente favorável - Apesar de construir trens, o Brasil não tem hoje uma fábrica de trilhos. A avaliação das siderúrgicas é de que o investimento é muito pesado e que a demanda não justifica a empreitada. Essa situação, segundo o ministro dos Transportes, Paulo Passos, tem agora condições de mudar. "Com os novos investimentos, passamos a ter, sim, um ambiente favorável para a produção nacional de trilhos. Acredito que isso passa a ser viável." (Valor Econômico)
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INFRAESTRUTURA V: Pacote pode acrescentar 0,1 ponto ao ano ao crescimento
O pacote de concessões de ferrovias e rodovias anunciado nesta quarta-feira (15/08) pelo governo pode acrescentar 0,1 ponto percentual ao crescimento da economia brasileira ao ano entre 2013 e 2017, estima a LCA Consultores. Segundo relatório da consultoria, "o efeito multiplicador de gastos de investimentos sobre o PIB brasileiro é de cerca de 1,4", o que significa que cada R$ 1 bilhão investido em máquinas e na construção agrega R$ 1,4 bilhão ao PIB, levando em conta os efeitos indiretos sobre o emprego e a renda.
Equivalência - Para a LCA, os R$ 79,5 bilhões que podem ser investidos nos primeiros cinco anos equivalem a R$ 92 bilhões a preços corrigidos por uma inflação de 5% ao ano e um fluxo de aplicação dos recursos com distribuição uniforme no período. Isso pode agregar quase R$ 130 bilhões ao PIB nesse intervalo, segundo estimativas da consultoria.
Acréscimo - "Supondo que todos esses investimentos são novas inversões (isto é, que não seriam feitos caso o governo não estivesse anunciado esse pacote), esses R$ 130 bilhões significariam um acréscimo de 0,4% ao crescimento projetado pela LCA para o PIB entre 2013 e 2017 (de 22,2% no acumulado desse período - o que corresponde a 4,1% ao ano). Ou seja, um acréscimo de 0,1 ponto percentual ao ano", diz o relatório, ressaltando que o cálculo não considera "os efeitos que a melhora do investimento em infraestrutura pode gerar sobre a competitividade e a produtividade da economia brasileira nos próximos anos".
Impactos - A LCA observa que os "impactos macroeconômicos" desses investimentos deverão ocorrer apenas da segunda metade do ano que vem em diante. A consultoria afirma, contudo, que o anúncio dessas medidas, acompanhadas de outras que deverão sair nos próximos meses pode provocar um "choque" positivo no empresariado, eventualmente impulsionando os investimentos privados. (Valor Econômico)
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CAPITAL ECONOMICS: PIB global deve manter ritmo fraco no 2º semestre
O crescimento da economia global ficou abaixo de 3% em termos anuais no segundo trimestre. Essa é a taxa mais baixa desde o começo de 2009, segundo levantamento da consultoria Capital Economics, de Londres. As cifras do PIB para o segundo trimestre, comparadas ao primeiro, mostram a desaceleração nos EUA, zona do euro e Japão, que juntos perfazem 40% da produção mundial, enquanto houve pouca mudança na China.
Índice - Assim, o PIB global cresceu cerca de 2,7% anualizados entre abril e junho, em comparação aos 3,3% no primeiro trimestre, pelas estimativas da consultoria britânica, que não prevê melhoras no segundo semestre.
FMI - O Fundo Monetário Internacional (FMI) já contava com um primeiro trimestre razoável, um segundo ruim e uma possível melhora no resto do ano. A projeção mais recente do Fundo, já revisada para baixo, é de crescimento de 3,5% da economia mundial neste ano e 3,9% no ano que vem.
Sinais positivos - No cenário de deterioração global, há também sinais positivos, como a resistência maior do que esperada da Alemanha e da França, na zona do euro, e de países como a Malásia, entre os emergentes asiáticos altamente dependentes de exportações.
Manufaturados - Além disso, nos EUA, a maior economia do mundo, a produção de manufaturados continuou a crescer. A taxa foi de 0,5% em julho comparada ao mesmo período anterior e de 5% em um ano. Analistas mais céticos argumentam que o "Empire State Manufacturing Index'' caiu para -5,9 em agosto, de +7,4, o que indicaria ainda declínio na produção industrial nos próximos meses.
Revisão das cifras - A taxa anualizada de 4,1% nos EUA no quarto trimestre de 2011 passou para 1,5% no segundo trimestre. Mas uma revisão nas cifras do comércio exterior aponta para crescimento econômico próximo de 2% este ano. Aparentemente, no cenário atual, o Federal Reserve poderá não anunciar mais estímulos econômicos neste ano, na expectativa de vários analistas.
Malásia - A Malásia também surpreendeu nesta quarta-feira (15/08), anunciando crescimento de 5,4% anualizado no segundo trimestre, ante 4,9% no trimestre anterior. O resultado é atribuído à aceleração de investimentos, que cresceram 22% ao ano entre abril e junho. Os gastos de família aumentaram 8,8%. Já as exportações declinaram 2,1%.
Medidas de estímulo - O mercado financeiro acompanhava nesta quarta também o eventual anúncio de novas medidas de estímulo no Brasil. A expectativa é a de que a China vai crescer mais no segundo semestre, respondendo melhor aos estímulos já adotados.
Zona do euro - O grande peso na economia global continuará sendo a zona do euro. A expectativa é que a Espanha anuncie em breve mais alta do desemprego, que já bate o recorde de 24% da população ativa, em meio a recessão e austeridade.
Reino Unido - Por sua vez, ata do Banco da Inglaterra (BoE, o BC britânico), indica que a economia do Reino Unido pode não estar tão fraca como sugerem os dados do segundo trimestre, e o novo programa de crédito para os bancos comerciais deve contribuir com a atividade no segundo semestre, informou a agência Dow Jones. O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido recuou 0,7% no segundo trimestre, segundo dados preliminares. Para o banco central, a queda pode ser atribuída à perda de atividade ao longo do feriado do Jubileu de diamante da rainha Elizabeth.
Retomada - "Há motivos para acreditar que deve haver uma retomada no aumento da demanda", diz o documento. Os responsáveis pelas decisões de política monetária do Reino Unido dizem que é provável que a desaceleração da inflação estimule os gastos, enquanto o novo esquema de empréstimos aos bancos deve impulsionar o crédito às famílias. (Valor Econômico)
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