INFRAESTRUTURA: Alto escalão será formado por técnicos
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- Criado em Quinta, 27 Dezembro 2018 08:24
O futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, definiu seus principais auxiliares na pasta. São nomes técnicos, com experiência no setor de transportes e sem nenhuma influência de partidos políticos nas indicações. A única "exceção", de certa forma, é o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo. Ex-senador pelo Ceará, ele vai presidir a Valec. O novo governo pretende leiloar a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, as duas principais obras com envolvimento da estatal, o que demandará forte interação com o órgão de controle.
Extinção - O plano é, depois disso, extinguir a empresa. Trata-se, no entanto, de um processo que pode levar mais de um ano. Freitas tem dito a interlocutores que a escolha de Campelo se deve ao bom trânsito dele com o TCU e à experiência na área de compliance.
Planejamento - A ex-diretora da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Natália Marcassa, atual subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, ficará à frente da Secretaria de Planejamento, Fomento e Parcerias. Entre suas atribuições, estará a modelagem para concessões de rodovias e ferrovias.
Portos - O engenheiro Diogo Piloni vai ocupar a Secretaria de Portos, feudo do PMDB nas gestões Dilma Rousseff e Michel Temer, quando teve boa parte do tempo preenchida por indicados da família Barbalho. Piloni já foi gerente de estudos na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e hoje atua na área técnica do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Atribuições - Cuidará dos arrendamentos de terminais e dos preparativos para privatizar as Companhias Docas. Ainda no setor portuário, Casemiro Tércio Carvalho deverá presidir a Codesp, estatal que administra o Porto de Santos. Ex-diretor do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, durante os dois últimos mandatos de Geraldo Alckmin(PSDB), ele tornou-se sócio de uma empresa de estruturação de projetos com foco na área de portos.
Aviação Civil - O economista Ronei Glanzmann ficará com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e terá as concessões de aeroportos como uma de suas principais missões. Ele atua há anos na SAC, onde participou das últimas rodadas de concessão e hoje exerce o cargo de diretor de política regulatória. Ele já integrou o conselho de administração da Inframérica, operadora do aeroporto de Brasília, na condição de representante da Infraero (sócia com 49% de participação).
Infraero - O brigadeiro Hélio Paes Barros, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), chefiará a Infraero. A estatal terá como diretora Martha Seillier, que é chefe da assessoria especial da Casa Civil.
Minas e Energia - No Ministério de Minas e Energia (MME), Marisete Dadald está praticamente fechada como secretária-executiva. Chefe da assessoria econômica do MME, ela já ocupou a função nas gestões de vários ministros - Edison Lobão, Eduardo Braga, Fernando Coelho Filho e Moreira Franco. Bruno Eustáquio Carvalho, engenheiro civil pela UFMG, deve ser o secretário-executivo-adjunto. Ele vinha trabalhando como um dos diretores do PPI.
Repercussão - No início da semana, o almirante havia sondado o consultor legislativo Fábio Gondim para ser o "número 2" do MME. Ex-secretário de Planejamento do Maranhão e de Saúde do Distrito Federal, ele teve o nome abortado depois da repercussão negativa. (Valor Econômico)
Foto: Agência Câmara