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INOVAÇÃO I: 78 cidades têm parque tecnológico como meta

Um investimento feito há quase 30 anos criou uma ilha de desenvolvimento dentro da Espanha. A Rede de Parques Tecnológicos do País Basco foi criada em 1985 com um investimento privado de 120 milhões de euros. Hoje, as empresas de base tecnológica situadas na rede basca somam um faturamento de 3,7 bilhões de euros anuais e fazem a geração de empregos da região crescer 4% ao ano – realidade drasticamente diferente da Espanha como um todo, que tem hoje um quarto da população desempregada.

Parques - Com o mesmo objetivo de impulsionar a economia local, atrair mão de obra qualificada e ganhar competitividade, 78 cidades brasileiras querem se unir ao seleto grupo de 30 que já contam com parques tecnológicos. A fórmula dos parques consiste em concentrar empresas com alto grau de investimento em inovação e tecnologia, universidades com intensa produção científica e empreendedores. “Ao reunir estes elementos em um mesmo espaço delimitado, a interação acontece de uma forma mais simples e o desenvolvimento é natural”, afirma Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro.

Modelo paranaense - No Paraná, a intenção é completar os parques existentes em Curitiba, Pato Branco e Foz do Iguaçu, além de estender a atuação para todo o estado por meio de Parque Tecnológico Virtual, com novos pólos em Londrina, Maringá, Jacarezinho, Cascavel, Ponta Grossa e Guarapuava.

Sistema virtual - Para isso, o sistema virtual vai usar as instalações das universidades estaduais existentes e integrar a produção científica com as incubadoras destas instituições e empresários de base tecnológica situados em cada região do estado. Tudo isso será catalogado em um software ao qual todos os participantes terão acesso a toda a produção científica do estado.

Investimentos - Ainda que seja importante, a proliferação de parques tecnológicos pode causar uma limitação na capacidade de investimentos em inovação no país. Segundo os especialistas, não há dinheiro para tantos centros assim. Por isso, a maior parte das iniciativas demora para sair do papel. “Eu duvido que até mesmo as empresas de fora do país tenham fôlego para investir em 100 parques pelo Brasil”, afirma o diretor do parque carioca, que espera atrair até R$ 3,2 bilhões da iniciativa privada nos próximos cinco anos.

Investimento privado - A rede virtual paranaense, por exemplo, terá a sua disposição R$ 30 milhões vindos do governo federal e estadual para pequenas e médias empresas que investirem em inovação. A ideia é que a interação chama atenção de investimento privado. “O foco não é atrair grandes empresas com o parque, mas ganhar no volume de pequenos empreendimentos que tenham interesse em trabalhar com inovação”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Alípio Leal.

Modelo virtual paranaense é único no Brasil - O modelo do Parque Tecnológico Virtual que está sendo implantado no Paraná é diferente das outras iniciativas em vigor no país. Enquanto tradicionalmente as empresas ficam limitadas a um espaço geográfico próximo às universidades, o modelo paranaense vai tentar promover esta integração de maneira virtual.

Eficiência - A proposta, ao mesmo tempo que expande os horizontes do programa, é questionada quanto à sua eficiência. “O parque tecnológico deve ser um campo de troca de informações. O trânsito fácil entre os entes é fundamental. Esse intercâmbio nunca foi testado à distância no Brasil”, alerta a presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Francilene Garcia. Ela afirma que a iniciativa se assemelha mais a um catálogo do que a um parque tecnológico tradicional. “Mesmo assim, é uma iniciativa válida e que me parece positiva”, afirma.

Democrática e barata - O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Alípio Leal, defende que a medida paranaense é mais democrática e barata. “Para fazer parte destes programas de fomento, as empresas tinham que se situar perto de uma área pré-estabelecida. O caráter geográfico foi eliminado e os benefícios se estendem a todas as empresas interessadas do estado”, explica Leal. O sistema entra no ar no segundo semestre.

Como participar - Pesquisadores e empresas de todas as cidades paranaenses poderão se vincular ao Parque Tecnológico Virtual do Paraná a partir do segundo semestre deste ano. Veja como funciona:

Núcleos de inovação - Foram criados núcleos de inovação em Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Jacarezinho, Ponta Grossa e Curitiba. Os interessados em participar do programa podem procurar um dos núcleos ou se associar pela internet.

Base virtual - Todos os projetos vinculados ao parque estarão disponíveis em uma base de dados virtual. Os empresários poderão acessar e investir em pesquisadores, apoiar encubadoras e propor projetos a inovadores.

Orientação - Além da visibilidade dos projetos e inovações, empreendedores e pesquisadores participantes do parque vão receber orientações de como podem trabalhar juntos. O objetivo é que exista um intercâmbio entre iniciativa privada e academia. (Gazeta do Povo)

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