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EDUCAÇÃO I: Cooperativismo se aprende na escola

educacao I 16 08 2012Nas salas de aula de quase 700 escolas paranaenses, a grade curricular ganha novo fôlego e transforma a vida de milhares de crianças e adolescentes graças a dois dos maiores programas de educação cooperativa do Estado. Muito mais do que o português e a matemática, o Cooperjovem - do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Paraná (Sescoop-PR) - e o ''A União Faz a Vida'' - do Sistema de Cooperativas de Crédito Sicredi - há seis anos colocam alunos (e também educadores) em contato direto com noções de cooperativismo e cooperação, respectivamente, tornando-os cidadãos mais comprometidos com suas comunidades. No Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é que quase 40 mil estudantes paranaenses conheçam um pouco mais destes temas por meio de ações socioambientais por todo o Estado.

Homogêneo - De acordo com Vanessa Christofoli, coordenadora do Cooperjovem, desde 1992 o ensino sobre cooperativismo acontece em algumas escolas do Paraná, mas com o programa, instituído a partir de 2006, ''o trabalho ficou mais homogêneo e com uma metodologia definida''. Após a capacitação dos professores feita pelo Sescoop-PR, os alunos de quarta série do ensino fundamental recebem uma formação continuada através de um material didático sobre o assunto, sempre com uma cooperativa intermediando o início do trabalho.

Processo - Para ingressar no Cooperjovem, a cooperativa deve entrar em contato com o Sescoop e depois procurar a secretaria da educação do município com o intuito de escolher uma escola na qual possa iniciar os ensinamentos, ou como uma disciplina à parte no contraturno escolar ou inseridos em meio a outra aula. ''Depois que os alunos entendem o que é cooperativismo, eles vão para a prática, por meio de criação de projetos pensados e elaborados por eles mesmos'', comenta a coordenadora.

Projetos - Os projetos podem ser os mais variados possíveis, desde a reforma de uma biblioteca escolar e a importância de manter os livros em boas condições até a visita a um lar de idosos para conscientizar sobre como tratar bem as pessoas de mais idade. ''O aluno entende o que é cooperativismo e depois vivencia a cultura de cooperação na prática. É uma mudança de cultura, traz reflexão a alunos e professores, além de ser um exercício de cidadania.''

Cooperativas - Já para as cooperativas que buscam o Sescoop para aderir ao programa, Vanessa entende que este é o momento de exercer os princípios do sistema cooperativista. ''A base do cooperativismo é o desenvolvimento econômico equilibrado pensando no quadro social, se preocupar com o que está em volta. Além disso, pode acontecer das cooperativas estarem trabalhando com uma geração de novos cooperados.''

Entendimento - Do total de 240 cooperativas do Estado, apenas 15 participam do Cooperjovem. Porém, Vanessa explica que não é objetivo do Sescoop fazer ''oba-oba'' com o trabalho. Vanessa relata que as cooperativas, antes de vislumbrarem ingressar no programa, devem entender que é algo trabalhoso e não deve ser abandonado de uma hora para outra. ''Vamos colocar em uma escola por vez, de forma tranquila e organizada. Só assim os princípios são disseminados como almejamos. Até hoje, tivemos apenas duas desistências, uma devido a problemas políticos e outra por questões financeiras'', complementa ela.

Material didático auxilia no trabalho - Há quatro anos, a escola Alfa, de Londrina, iniciou os trabalhos junto à Cooperativa Integrada no Cooperjovem. Apesar de neste semestre as aulas estarem interrompidas, o objetivo da escola é sistematizar o trabalho de cooperação que já acontecia anteriormente. ''Quando a disciplina foi incluída em nossa grade com o material didático específico, percebemos que ficou mais efetiva a participação das crianças e também de seus pais'', comenta Solange Reeberg, proprietária da escola.

Mobilização - Durante todo este tempo, as crianças se mobilizaram, por exemplo, para angariar leite para instituições de caridade e até comprar uma bermuda especial para o paratleta cambeense Jefferson Amaro. ''Com o material didático, tudo fica mais concreto para eles. Eles se identificam com os personagens do livro, que trabalham da mesma forma que os alunos.''

Aprendizagem - Numa rápida passagem da reportagem da FOLHA pela sala de aula, é possível perceber que os alunos gostam muito do trabalho. ''Nós aprendemos bastante sobre a cooperação entre os jovens'', comenta a pequena Maria Fernanda Rodrigues, de apenas oito anos. (Folha de Londrina)

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