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COOPERATIVISMO I: Quando o serviço à venda é o trabalho

Um tipo de cooperativa menos conhecida no mercado tem dado bons resultados. As cooperativas de trabalho já operam em vários segmentos e tornaram-se um elo entre o trabalhador e o mercado, atuando na organização e administração dos interesses da atividade profissional dos trabalhadores.

Dados - Hoje o Paraná conta com oito cooperativas de trabalho. Os dados de 2010 apontam que estas cooperativas agruparam 4.243 cooperados, tiveram uma receita bruta anual de R$ 48,779 milhões naquele ano e receita líquida de R$ 47 milhões. Das oito cooperativas, cinco informaram a receita bruta obtida em 2011 que atinge cerca de R$ 52 milhões.

Trabalho - ''O produto que é colocado no mercado é o trabalho'', descreveu o coordenador jurídico da Ocepar, Paulo Roberto Storbel. Segundo ele, a proliferação deste tipo de cooperativa ocorreu depois da Constituição Federal de 1988. ''As cooperativas de trabalho são uma alternativa de renda. O cooperado nada mais é do que uma espécie de empresário, um autônomo que administra o próprio trabalho'', disse.

Meios de produção - Ele explicou que neste tipo de cooperativa, os meios de produção tanto podem ser do cooperado quanto do tomador do serviço. Segundo ele, a maioria das cooperativas de trabalho no Paraná é da área de saúde, crédito ou agropecuária. E, os maiores estados de atuação são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

Cooperadi - Uma das cooperativas que atua na área de trabalho em Curitiba é a Cooperativa de Trabalho de Profissionais em Radiologia do Paraná (Cooperadi). A entidade iniciou as atividades em 1998 e hoje reúne cerca de 67 cooperados entre técnicos e tecnólogos.

Alternativa - A organização surgiu como uma alternativa de trabalho na área. Todos trabalham como autônomos. A Cooperadi presta serviço atualmente para oito grandes hospitais de Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com o diretor presidente da cooperativa, Luiz Henrique Carbonera, os cooperados recebem o lucro do trabalho prestado que é dividido conforme o número de horas que cada pessoa trabalhou.

 Serviços - Os profissionais prestam serviços de raio-X, tomografia, mamografia e medicina nuclear. Segundo ele, os cooperados pagam Imposto de Renda quando atingem o teto mensal e também são segurados do INSS. Ainda conforme o diretor, a média de renda mensal dos cooperados tem sido de R$ 2.500 a R$ 2.600. Hoje, o piso da categoria para quem trabalha como empregado com carteira assinada é de R$ 1.340 mais 40% de insalubridade, o que daria, em média, R$ 1.876.

Crescimento - De acordo com Carbonera, entre os anos de 2004 e 2011, a cooperativa teve crescimento de 16% no faturamento. No ano passado, o faturamento bruto atingiu R$ 1,5 milhão e hoje a média mensal é de R$ 170 mil. Em 2010, o resultado obtido foi de R$ 1,3 milhão. No final do ano, os lucros que sobram também são divididos entre os cooperados. Em 2011, cada um recebeu cerca de R$ 2 mil.

Planos - Agora, os planos são montar uma clínica própria da cooperativa com equipamentos e raio-X, mamografia e tomografia. O investimento é estimado em R$ 1 milhão, mas ainda não há uma data definida para colocar o trabalho em prática. ''Nosso foco é sempre expandir. Estamos em negociação com dois grandes hospitais de Curitiba para fechar contrato de prestação de serviços'', declarou.

Qualificação - Outro objetivo é em relação à qualificação do quadro profissional. Acontecem treinamentos constantes para capacitar os profissionais a atuarem com novos equipamentos. Isso faz com que os radiologistas ligados à cooperativa estejam entre os profissionais da área de saúde qualificados para operar equipamentos de última geração. (Folha de Londrina)

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