INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS CRITICAM SUBSÍDIO AGRÍCOLA
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Matéria publicada na edição de ontem (17), do jornal Gazeta Mercantil, os diretores do FMI, do Banco Mundial, Bird, e da Organização Mundial do Comércio, OMC, juntos atacando duramente os subsídios agrícolas de mais de US$ 350 bilhões que os países industrializados dão todo ano a seus agricultores, com distorções no comércio e impacto sobre as nações em desenvolvimento. "Isso é demais, é egoísmo", afirmou o diretor-geral do FMI, Horst Köhler. "Os países ricos devem reconhecer que é hipocrisia aliviar a dívida externa de uma mão, mas de outra negar aos países pobres a capacidade de exportar para sair da pobreza", acrescentou James D. Wolfenshon, do Banco Mundial. Participando do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que discute iniciativas para a África, os chefes das três organizações conclamaram os países ricos da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, a se engajarem firmes na redução dos subsídios, para colocar o bem-estar e os interesses dos países em desenvolvimento no centro de uma nova rodada global de negociações comerciais. Mike Moore, diretor da OMC, falou que as exportações agrícolas dos pobres, que já é o pouco que conseguem produzir, enfrentam "formidáveis barreiras": as tarifas agrícolas nos mercados ricos têm média de 40%, algumas chegam a 300%. E existem as barreiras não tarifárias: não apenas limitação quantitativa (cotas), mas também técnicas que regulamentam tamanho e qualidade das importações e requerem selos de produção, além de padrões de saúde e de segurança.