PR COOPERATIVO: Revista destaca trabalho das cooperativas de saúde no enfrentamento à pandemia
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O protagonismo do ramo saúde na pandemia é o tema da matéria especial da edição 187 da Revista Paraná Cooperativo. No Paraná, as 37 cooperativas de saúde geram 6,8 mil empregos e reúnem mais de 15,6 mil profissionais associados na área da medicina, odontologia, fisioterapia, entre outras especialidades. “O cooperativismo não teve a opção de parar, ainda mais se tratando da saúde e preservação da vida”, comenta o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.
Na linha de frente - Para fazer frente à pandemia, foi colocado em prática um robusto plano de contingência, visando fundamentalmente manter as atividades e amparar beneficiários, cooperados, prestadores e funcionários. Com isso, os profissionais de saúde ligados às cooperativas e à rede de atendimento, composta por hospitais, clínicas e laboratórios, reforçaram a linha de frente no combate à Covid-19, evitando problemas ainda maiores no sistema de saúde do país.
Cooperativas médicas - O plano de trabalho das cooperativas abrangeu ações como adoção do home office para o público interno, criação de novos canais de comunicação, telemedicina, reuniões online, treinamentos EAD, antecipação de sobras para cooperados, compras de EPIs e campanhas orientativas. E entre idas e vindas de lockdowns, o presidente da Federação Unimed, Paulo Roberto Farias, diz que o maior desafio foi encontrar soluções para manter as atividades, sem colocar a saúde de ninguém em risco. “Algo que ficou muito visível nesta experiência é a consciência do quanto a minha ação afeta a do outro e vice-versa, e o quanto a união é necessária para vencer as dificuldades”, comenta. Responsável pela assistência à saúde de mais de 1,5 milhão de paranaenses, o Sistema Unimed possui 11 mil médicos cooperados, 7 hospitais próprios, 37 clínicas e 22 laboratórios. Já a rede credenciada é composta por 486 laboratórios, 224 hospitais e 1.540 clínicas.
Cuidar das pessoas - Trabalho duro, preocupação constante e foco no compromisso essencial que move as cooperativas de saúde: cuidar de pessoas. “Garantimos tal cuidado antes, durante e seguiremos depois da pandemia, tendo o reconhecimento de que a nossa missão, por mais desafiadora que seja, é sempre cumprida com o auxílio de várias mãos, cabeças pensantes e corações que sabem sentir e respeitar”, afirma o diretor-presidente da Unimed Cascavel, Danilo Galletto.
Cooperativas odontológicas - A pandemia do novo coronavírus mexeu com a vida de todo mundo. O medo de se contaminar com algo desconhecido e que vem causando mortes no mundo todo, virou parte da rotina. Um cenário que também se mostrou desafiador para as cooperativas odontológicas. “Para manter o atendimento aos usuários, com a qualidade de sempre, gestores e líderes precisaram se reinventar, encontrar soluções para problemas antigos e, principalmente, para os que surgiram, como a necessidade de adotar o home office e implantar novas tecnologias para manter as atividades em funcionamento num momento em que o mundo inteiro se isolou”, conta o presidente da Dental Uni, Luiz Humberto de Souza Daniel.
Somos diferentes - No entanto, o dirigente avalia que o diferencial das cooperativas, e que ganhou ainda mais evidência nesta pandemia, é o fato das cooperativas se guiarem por valores, “em especial pela intercooperação (que se traduz em união de forças), a educação (de suma importância para as medidas de contenção da transmissão do vírus) e o interesse pela comunidade (com ações de solidariedade)”. “Somos diferentes porque somos cooperativa e a sociedade como um todo já percebe isso”, pondera.
Vínculos mais fortes - Como resultado de todo esse esforço, a renda e a empregabilidade foram mantidas, conforme conta o presidente do Sistema Uniodonto, Adalberto Baccarin. “Não realizamos nenhuma demissão e ainda conseguimos um crescimento na ordem de 3% no número de beneficiários das operadoras federadas. Institucionalmente, acreditamos ter consolidado ainda mais a imagem da Uniodonto como promotora de saúde e parceira da sociedade. Também fortalecemos nossos vínculos com os cooperados e seus familiares de forma bastante clara pelas ações positivas implementadas.”
Legado - Baccarin destaca também a resiliência de funcionários e cooperados que, mesmo nos piores momentos da pandemia, mantiveram-se confiantes e motivados para o trabalho sem recusar os desafios do “novo normal”. “A lição aprendida é saber que a conjugação de esforços no enfrentamento da pandemia até agora é fruto do espírito cooperativista que norteia as ações e pensamentos do quadro social da cooperativa, representada pelos seus funcionários e cooperados. Outra lição importantíssima é o fortalecimento dos processos de gestão e atendimento, sem os quais seria impossível a condução do nosso negócio nesse período”, comenta.
Início desafiador - Se, para uma cooperativa estabelecida, enfrentar a pandemia foi algo assustador, para uma cooperativa recém-constituída a tarefa foi ainda mais desafiadora. “Sempre foi um sonho unir a categoria dos enfermeiros em uma cooperativa, buscando a autorrealização no exercício da atividade assistencial e valorizar o trabalho desses profissionais que estão na linha de frente, em qualquer situação. Mas nunca imaginamos que começaríamos enfrentando uma pandemia. Foi um susto grande, mas encaramos isso como uma oportunidade de mostrar o quanto a nossa profissão é importante”, conta a presidente da Cooperativa de Trabalho de Enfermagem do Paraná (Cooenf/PR), Quitéria Livanice Antunes Gomes.
Lado a lado com o cooperado - A Cooenf/PR foi constituída em 22 de janeiro de 2020, na capital paranaense. Atualmente conta com aproximadamente 600 cooperados. “O que fizemos foi focar no treinamento dos nossos cooperados e confiar na experiência deles, principalmente em UTIs. Também adotamos como rotina fazer o acompanhamento constante do cooperado que está em campo, muitas vezes de forma remota, discutindo os melhores procedimentos para o paciente e mostrando que ele não está sozinho, pois faz parte de uma cooperativa”, conta Quitéria.
Boa leitura - A edição 187 da revista Paraná Cooperativo traz ainda entrevista com o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns da Cunha. Outros destaques são: a nova proposta de concessões do pedágio do Paraná; captação de recursos do Plano Safra 2020/2021; a participação das cooperativas nas exportações do agronegócio paranaense; a intercooperação digital que resultou na criação da Supercampo - plataforma de e-commerce, e outros assuntos de interesse do cooperativismo.
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