AFTOSA: PARANÁ INICIA VACINAÇÃO
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O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Deni Schwartz, de início na segunda-feira (29), na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa de 2002. O trabalho de imunização, que é obrigatório para todos os pecuaristas que criam bovinos e bubalinos, vai de 1.º a 20 de maio. Durante os próximos 20 dias, cerca de 9,7 milhões de animais criados no Estado, em mais de 210 mil propriedades, receberão a primeira dose da vacina referente à campanha deste ano. As doses podem ser compradas nas 800 casas de produtos agropecuários em atividade no Paraná ou, no caso dos pequenos criadores, diretamente dos vacinadores treinados e credenciados pela Secretaria da Agricultura.
Vacinação volante - Cerca de mil vacinadores farão a vacinação volante. No Sudoeste, por causa dos municípios que fazem fronteira com a Argentina, eles percorrerão todas as propriedades. Depois de vacinar o gado, o criador deve comprovar a vacinação e cadastrar o rebanho na unidade veterinária mais próxima. Existem 120 em todo o Estado. O cadastro atualizado é o instrumento da Secretaria da Agricultura para dimensionar o crescimento do rebanho e detectar casos de proprietários que não tenham imunizado seus animais dentro do prazo. Quem não vacinar espontaneamente o rebanho até o dia 20 terá que fazê-lo compulsoriamente e ainda pagar multa. "Se for necessário, multaremos os produtores. O que não se pode admitir em hipótese alguma é colocar em risco a sanidade animal do Paraná e a economia do Estado, que há dois anos conquistou o status sanitário de área livre da aftosa", frisou Deni. Quem incorrer na falta pela primeira vez pagará R$ 57,00 por cabeça não vacinada. Se for reincidente, o valor da multa dobra.
Fronteira - Na região Sudoeste - que tem sete municípios na fronteira com a Argentina - a Secretaria da Agricultura vai aproveitar a campanha de vacinação contra a febre aftosa para identificar 400 animais de 270 propriedades. Esse trabalho será feito na região porque o país vizinho recomeçou a registrar casos da doença há pouco mais de um ano. Para identificar os bovinos, serão usados brincos de plástico um dos sistemas de rastreabilidade existentes. "Com isso poderemos controlar o estoque físico das propriedades e determinar facilmente o ingresso de animais clandestinos", explica o responsável pelo serviço estadual de Sanidade Animal, veterinário Felisberto Baptista. Segundo o veterinário, bovinos que forem adquiridos posteriormente à identificação terão que ter as guias de trânsito apresentadas pelos proprietários. Caso contrário, serão encaminhados para abate sanitário. "Não podemos pôr em risco o sucesso de todo um trabalho que vem mantendo o Paraná livre de febre aftosa há sete anos", completou.