Coodetec completa nove anos de fundação

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Há nove anos atrás, durante uma Assembléia Geral Ordinária, trinta e sete cooperativas agropecuárias paranaenses, reunidas na sede da Ocepar em Curitiba decidiram pela fundação da Coodetec - Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento Tecnológico e Econômico em substituição aos serviços realizados até então pelo Centro de Pesquisa da Ocepar, com sede em Cascavel. As primeiras iniciativas do sistema aconteceram bem antes, em 1972, quando foram firmados os primeiros convênios com o Ipeame (atual Embrapa) e dois anos depois, 1974, contratos pelas cooperativas os primeiros profissionais para a pesquisa. Hoje são 37 cooperativas filiadas, sendo que 27 são paranaenses e 10 de outros estados (5 do Rio Grande do Sul, 2 de Santa Catarina e 1 de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Coodetec - Passados mais de três décadas de pesquisa cooperativa, das quais, nove sob a coordenação da Coodetec, a entidade vem cumprindo fielmente com os preceitos básicos estabelecidos durante a AGE que decidiu pela sua constituição, que é de manter o compromisso de desenvolver tecnologia própria para o aumento da produtividade, dar maior segurança e rentabilidade aos produtores associados em cooperativas paranaenses, mediante a oferta de sementes adaptadas aos locais de produção. Na opinião do presidente da Central, Irineo da Costa Rodrigues, a pesquisa cooperativa tem hoje um compromisso forte com o desenvolvimento da agropecuária paranaense. Para ressaltar a importância da pesquisa na vida dos produtores, ele lembra sobre um recente estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento e que foi publicado no Paraná Cooperativo do dia 13 de abril último, que afirma que o aumento da produtividade agrícola é mias influenciado por investimentos de pesquisa do que pela liberação de crédito rural. Segundo este mesmo estudo, para cada 1% de aumento do volume de recursos destinados à pesquisa ocorre um aumento imediato de 0,17% na produtividade total da agricultura brasileira. "Estudo que comprova de que investir em pesquisa nada mais é do que investir no desenvolvimento do agronegócio", lembra ele.

Receita - Segundo Irineo, a constituição da Coodetec foi uma decisão acertada para defender a continuidade da pesquisa, pois a Ocepar, enquanto entidade, necessitava de mais tempo para desenvolver a sua missão principal que era a representação política do sistema. "Nestes nove anos podemos dizer que a Coodetec se desenvolveu muito, partindo de uma receita bruta de R$ 12,8 milhões em 1995, para aproximadamente R$ 50 milhões que é a estimativa para 2004. Naquela época a pesquisa era bancada especificamente com recursos das próprias cooperativas e nos últimos anos conseguimos mudar esta realidade fazendo com que a Coodetec possua uma receita própria. Isto prova mais uma vez de que foi uma decisão estratégica importante tomada pela diretoria da Ocepar há mais de 30 anos, de investir em pesquisa e de que os produtores paranaenses e brasileiros colhem os frutos hoje", destaca Irineo.

Competitividade - "Impossível imaginar o agronegócio hoje sem a pesquisa". Com esta afirmação, o presidente da Coodetec ressalta a importância de que este segmento tem dentro da economia paranaense. Para ele, o alto índice de competitividade demonstrado nos últimos anos pelo setor agropecuário tem como origem principal os investimentos que foram feitos em pesquisa, principalmente na pesquisa privada. "É claro que não podemos deixar de reconhecer o importante trabalho de instituições com o Iapar e a Embrapa e de entidades ligadas a universidades que deram sua contribuição mas, que também, passaram por um processo de desmonte por falta de investimentos, fazendo com que a pesquisa privada avançasse de forma firme e constante, como é o caso da Coodetec", ressalta.

Multinacionais - Irineo também lembra que com a aprovação da lei das cultivares no Brasil, o mercado passou a ser muito atraente para empresas multinacionais, que aqui se estabeleceram e desenvolvem pesquisas. "Isto fez com que estas empresas comprassem muitas empresas privadas, concentrando em determinado momento o setor no País. Por isso que ressaltamos da importância do setor cooperativista paranaense manter a sua pesquisa privada, para não ficar dependente de uma pesquisa apenas das multinacionais ou do setor público. Por isso temos hoje um centro de pesquisa forte e com perspectivas de crescimento para os próximos anos. Somos o contraponto e precisamos continuar sendo esta empresa de vanguarda em termos de pesquisa, gerando novos conhecimentos e ajudando nossos agricultores a conquistar cada vez mais índices de produtividade e eficiência", destaca.

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